Novo Banco fecha venda de carteira de imobiliário avaliada em 400 milhões ao fundo Cerberus
Banco liderado por António Ramalho já fechou a venda da carteira "Sertorius", composta por imóveis no valor de 400 milhões de euros, à Cerberus e Finsolutia. Para trás ficou o fundo Bain.
O Novo Banco acabou de fechar a venda de uma carteira de imóveis no valor de 400 milhões de euros ao fundo Cerberus, que concorreu com a Finsolutia, apurou o ECO junto de fonte do mercado. Na corrida pelo designado “Projeto Sertorius” estava ainda o fundo Bain (juntamente com a Whitestar), mas a proposta acabou por ser preterida.
Esta carteira é composta por 200 ativos, cerca de dois terços terrenos não edificados e alguns imóveis industriais, residenciais e comerciais, segundo avançou o Jornal Económico em abril. A maioria destes imóveis está localizada em Lisboa e em Setúbal.
No final do ano passado, a Cerberus tinha adquirido um portefólio de ativos imobiliários ao Santander Totta no valor de 600 milhões de euros. Foi também este fundo que comprou o francês BES Vénétie ao Novo Banco nos últimos dias de 2018 por cerca de 50 milhões de euros.
O banco liderado por António Ramalho prossegue a estratégia de redução do nível de ativos não rentáveis com a venda de carteiras de crédito malparado e imobiliário, perante às exigências dos reguladores europeus. Nos próximos meses o Novo Banco também prevê fechar o “Projeto Nata 2”. Conforme avançou o ECO em primeira mão, é a maior carteira de malparado alguma vez posta à venda no mercado português, num valor superior a 3.000 milhões de euros. Inclui créditos mediáticos como da Ongoing, Joaquim Oliveira ou Moniz da Maia.
Neste caso, Bain, KKR e Davidson Kempner foram as entidades que passaram à segunda fase do concurso (binding offer). A Bloomberg indicava que era a Bain quem estava em melhor posição para ficar com a carteira, à frente da Davidson Kempner.
Estas operações têm sempre de ser aprovadas pelo Fundo de Resolução, uma vez que tem de responder por perdas associadas à alienação de carteiras. Este ano o fundo liderado por Máximo dos Santos foi chamado a injetar 1.145 milhões de euros no âmbito do mecanismo de capital contingente assinado aquando da venda de 75% do banco aos americanos do Lone Star, em outubro de 2017.
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