Portugal: A fibra ótica superou o ADSL
A maioria dos acessos fixos à internet em Portugal faz-se através da rede de cabo, mas é a fibra ótica a tecnologia que mais cresce. Já superou o ADSL e é, agora, o segundo acesso mais escolhido.
A fibra ótica é já a segunda principal forma de acesso fixo à internet em Portugal. A tecnologia tem vindo a ganhar terreno e ultrapassou, pela primeira vez, o acesso por ADSL, segundo os dados dos serviços de acesso à internet revelados esta quarta-feira pela Anacom. Há 1,01 milhões de acessos no país, número que representa 30,5% do total, e que contrasta com os 29% da terceira forma de acesso mais popular.
Segundo o regulador das telecomunicações, o número de acessos através de fibra ótica cresceu 7% entre julho e setembro e “é a tecnologia que mais contribui para o aumento do número de acessos” fixos. Em termos homólogos, a variação é de 31,1%, valor que reflete o investimento que tem sido feito pelas operadoras na expansão das respetivas redes. A fibra caminha, assim, para se tornar na forma de acesso mais comum nos lares dos portugueses, já muito perto da rede de cabo que detém uma fatia de 33,1% do total de acessos fixos em banda larga, ou 1,1 milhões de acessos.
E por falar em acessos, há 3,3 milhões em banda larga fixa no país. Ou seja, “as redes de nova geração que permitem” este tipo de acesso à internet são usadas por 67,3% das famílias em Portugal, indica a Anacom. Neste campo, o troféu da quota de mercado vai para a Meo, que detinha no final do terceiro trimestre uma fatia de 41,8%. Mas a operadora detida pela Altice está a perder terreno (menos 3,2% em termos homólogos) para a Nos NOS 0,00% e para a Vodafone, que detêm, respetivamente, quotas de 37,2% (mais 1,2%) e 16,7% (mais 2,7%).
Transversal a todas as operadoras é a popularidade das ofertas convergentes. Pelas estimativas da Anacom, quase 99% dos acessos fixos de internet estavam integrados num pacote de serviços. Em causa, um mercado que, juntando os acessos fixos únicos e os acessos incluídos em pacotes, totalizaram quase 1,3 mil milhões de euros, mais 12,1% do que no mesmo trimestre do ano passado.
Móvel é um mercado em crescimento
No campeonato da banda larga móvel, o número de utilizadores também cresceu no terceiro trimestre. Mais propriamente 12,2% em termos homólogos e 8,2% em cadeia. São já 6,14 milhões de utilizadores, com a Meo a liderar em termos de quota de mercado: 41,3% dos clientes ativos. É, ainda assim, uma quebra de 1,7% face ao período homólogo.
No campo móvel, o melhor desempenho foi o da Nos, que ganhou 3,3% de quota de mercado no trimestre, situando-se nos 30,8%. Já a quota Vodafone, caiu: menos 1,8%, situando-se nos 27,4%. É, contudo, um mercado de menor valor do que o dos acessos fixos. Os serviços e pacotes de serviços com banda larga móvel totalizaram, no trimestre, 258,4 milhões de euros. Mas foi um bom trimestre para as operadoras: o mercado cresceu 12,8% face ao terceiro trimestre de 2015 — em linha com os acessos fixos.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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