Garrigues já trazia “rodagem” no teletrabalho. Impacto do vírus ainda “não foi significativo”

João Miranda de Sousa, sócio da Garrigues, garante que a firma foi pioneira na "utilização de ferramentas de trabalho remoto". Efeito da pandemia nas contas vai depender da recuperação da economia.

O Covid-19 veio alterar as rotinas de trabalho nos mais diversos setores. Cada vez mais tecnológicos e desmaterializados, também os escritórios de advogados adotaram o regime de teletrabalho. Na Garrigues gerir o escritório remotamente não tem sido difícil.

Entrevistado para a rubrica diária do ECO, Gestores em teletrabalho, João Miranda de Sousa, sócio responsável pela Garrigues em Portugal, explica que se encontra em regime de teletrabalho, embora se desloque pontualmente ao escritório “quando a execução de certas tarefas o exige”.

“O escritório foi pioneiro tanto na implementação de estratégias de transformação digital, como na utilização de ferramentas de trabalho remoto. Antes da eclosão da Covid-19, já estávamos a aplicar na firma políticas ativas de homeworking”, assegura João Miranda de Sousa.

O sócio da Garrigues considera ainda que o facto de a firma ser uma multinacional, de empregar cerca de 1.400 advogados e de terem escritórios abertos em 32 cidades, permitiu-lhes a “rodagem necessária” para adotarem o trabalho remoto de forma “eficiente e coordenada”.

“O perfil digital de muitos dos nossos clientes, e o facto de muitos deles serem empresas dotadas de infraestruturas telemáticas muito sólidas, é um fator que também contribui para que a prestação de serviços aos nossos clientes, estando os nossos advogados fisicamente instalados nos respetivos domicílios, se esteja a processar com normalidade e fluidez”, acrescenta.

A Garrigues tem adotado, em todas as áreas do escritório, uma política reforçada de “proximidade”, “disponibilidade” e “flexibilidade” perante os clientes, de forma a apoiá-los.

Ao ECO/Advocatus, João Miranda de Sousa conta como o teletrabalho afetou a sua rotina. “Começo as jornadas de trabalho mais cedo e acabo-as mais tarde. Falo e interajo todos os dias por e-mail e por vídeo com todos os meus colegas e com as nossas equipas. As tarefas de planificação, de coordenação e de comunicação ocupam uma parcela maior da minha agenda diária”, nota.

Impacto? Garrigues não faz “prognósticos”

Apesar de considerar que é cedo para fazer “prognósticos”, o sócio responsável pela Garrigues em Portugal garante que o impacto da crise nas contas da firma até ao momento “não foi significativo”, mas só se apurará no final do ano.

O impacto na sociedade “dependerá, em boa medida, da evolução da economia ao longo do segundo semestre”, explica João Miranda de Sousa ao ECO/Advocatus.

“Confiamos que, a partir de junho, a economia se reativará e que os efeitos dessa reativação se farão sentir de forma significativa na realidade das empresas e dos investidores, já a partir de setembro“, conclui.

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