Miguel Maya quer dar o exemplo e renuncia ao bónus no BCP

CEO do BCP escreveu ao presidente da comissão de remunerações e ao presidente do conselho de administração a dizer que "não havia condições para pagar" prémios aos membros da comissão executiva.

Miguel Maya, CEO do BCP, abdicou do bónus a que tinha direito, tendo enviado uma carta ao presidente da comissão de remunerações e ao presidente do conselho de administração a considerar que “não havia condições para pagar” prémios aos membros da comissão executiva”.

“Agora os órgãos tomarão a decisão dentro da normalidade. A minha expectativa é de que a decisão seja em consonância com a proposta efetuada por parte da comissão executiva”, revelou Miguel Maya.

“Não que não se mereça, porque tivemos os maiores resultados dos últimos 12 anos. Mas pelo exemplo que consideramos importante e pela necessidade de ter o banco capitalizado e pelo esforço que as pessoas estão a fazer, entendemos que não deveríamos fazer”, explicou o CEO do BCP na audição da Comissão de Orçamento e Finanças.

Os seis membros da equipa executiva do BCP receberam 3,054 milhões de euros em termos brutos no ano passado, no que diz respeito à remuneração fixa. Já a remuneração variável em função do desempenho do banco voltou a aparecer na folha de pagamentos do banco, que atribuiu cerca de 478 mil euros entre pagamentos em dinheiro e ações na parte não diferida.

Apesar de abdicar do seu bónus, Miguel Maya sublinhou que vai manter o compromisso de manter o pagamento dos prémios aos trabalhadores

Isto acima dos 5,3 milhões de euros que o banco prevê pagar aos funcionários como compensação pelos cortes salariais que vigoraram entre 2014 e 2017.

O presidente do BCP também disse que o banco vai adiar a redução de trabalhadores que estava prevista para este ano. “Tínhamos no banco um programa de redução de custos [para este ano] que implicava uma redução mais relevante de pessoas e não o vamos fazer. […] A nossa responsabilidade social obriga-nos a atrasar e ponderar este processo”, disse.

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