Novo CEO do BPI: “Sempre assinei Oliveira e Costa, e assinarei em qualquer circunstância”
Com Pablo Forero de saída, será João Pedro Oliveira e Costa a assumir a liderança do BPI. O novo CEO esclareceu que não tem qualquer relação com o antigo presidente do BPN... Oliveira e Costa.
Com a saída de Pablo Forero, será o atual administrador executivo João Pedro Oliveira e Costa a assumir a liderança do BPI. É um apelido “tóxico” no setor, mas o próximo CEO do banco (já habituado a confusões) esclareceu que não tem qualquer relação com o antigo presidente do BPN… Oliveira e Costa. E disse que tem a honra de carregar o apelido do seu pai.
“É uma pergunta que já me fizeram no passado e que já previa que ma fizessem nesta conferência”, começou por dizer João Pedro Oliveira e Costa, 54 anos, em conferência de imprensa após o BPI ter registado uma queda de 87% dos lucros devido à pandemia.
“Não conheço em concreto o caso e não tenho nenhuma relação familiar, mas tenho respeito por quem já não está connosco”, esclareceu o gestor bancário, depois de questionado sobre se o apelido Oliveira e Costa — antigo fundador do BPN que faleceu no passado mês de março — poderia ter impacto na sua imagem.
O próximo líder do BPI afirmou que o apelido vem do seu pai. “Tenho muita honra no meu pai, que faleceu há 20 anos. Tenho muita pena que não esteja aqui neste momento. Sempre assinei Oliveira e Costa, e assinarei em qualquer circunstância“, disse João Pedro Oliveira e Costa.
“Os meus filhos também terão orgulho em assinar o nome Oliveira e Costa”, acrescentou.
“Seguir legado de Santos Silva, Ulrich e Forero”
A apresentação de resultados também serviu para uma breve apresentação do novo CEO na primeira pessoa.
João Oliveira e Costa lembrou que tem três décadas de experiência no setor financeiro, uma vida profissional quase dedicada exclusivamente ao BPI. E, por isso, disse que o seu perfil se confunde com o perfil do banco naquilo que são os valores de transparência e caráter, fez quase todas as funções no banco e conhece “ao pormenor as vicissitudes” do banco. “Mas meu perfil vai carecer de prova no exercício de funções”, acrescentou.
Disse ainda que terá enormes desafios pela frente, não só pela atual situação de pandemia de Covid-19, mas pela história do banco, de quem passou por lá, mas também pelo atual dono, o CaixaBank.
O próximo CEO pretende dar continuidade ao legado de pessoas que vieram antes dele, “com o prestígio e relevância que tiveram”. Lembrou Artur Santos Silva, Fernando Ulrich (pela “frontalidade e relevância que teve nas intervenções no sistema financeiro”) e ainda Pablo Forero, de quem ficou amigo próximo.
“Outro nível de desafio: ter um acionista da qualidade do CaixaBank, que é entidade bem organizada, de enorme prestígio em Espanha, maior organização em Espanha. Isto implica um maior grau de exigência“, considerou.
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