Teletrabalho foi acelerado pela pandemia, mas trouxe agilidade e eficiência
Covid-19 foi apontada como fator essencial na implementação do teletrabalho em Portugal. No entanto, busca de agilidade e eficiência também contribuíram para aumento de trabalho à distância.
Pandemia, agilidade e eficiência. Estas três palavras foram fundamentais para acelerar o processo de transição de muitas empresas para o formato de teletrabalho em tempos de coronavírus, em Portugal. A conclusão é do estudo sobre flexibilidade no trabalho, divulgado esta quinta-feira pela Mercer.
De acordo com a consultora, a pandemia terá sido o fator desencadeador da prática do trabalho flexível, tendo motivado mais de metade das empresas portuguesas a adotar o trabalho remoto. Cerca de 65% das empresas portuguesas participantes admite que o coronavírus foi o principal fator de adesão a esta prática mas não é o único: entre os business drivers — fatores de motivação — estão a “eficiência” (57%) e a “agilidade” (48%).
“Este estudo ajuda-nos a perceber que foi este o fator desencadeador na introdução do trabalho flexível e de novas formas de trabalhar até então pouco adotadas sobretudo nos setores mais tradicionais. Estamos certos de que o ‘novo normal’ passa também por uma ‘nova forma de trabalhar'”, adianta Marta Dias, líder de estudos de mercado da Mercer Portugal, citada em comunicado.
De acordo com o estudo sobre trabalho flexível, numa escala de 1 a 10, 66% das empresas portuguesas admitiu que a Covid-19 teve um impacto significativo (8 ou mais) na implementação do trabalho flexível e 32% afirmou ter um impacto muito significativo (10). Ainda segundo o inquérito, 24% das empresas inquiridas admite ter implementado práticas de flexibilidade laboral após a pandemia ou ter intenções de vir a implementar nos próximos 18 meses. Atualmente, apenas 19% das empresas incluídas no estudo referiu não ter implementado esta prática.
O foco da introdução da flexibilidade, independentemente da pandemia, são as pessoas, nomeadamente a promoção do seu bem-estar (86%) e do equilíbrio vida pessoal e profissional (62%), assinalam ainda os participantes. As empresas assumem também a importância estratégica da flexibilidade, considerada como uma peça chave na retenção (56%) e na atração de talento (35%). Neste contexto, muitas empresas referem ter já no local de trabalho espaços recreativos, como salas de jogos ou de gaming (31%), salas de lactação (17%) ou serviços de lavandaria (10%).
Realizado entre abril e maio, o survey de flexibilidade contou com a participação de 102 empresas em Portugal, de vários fatores, sendo os mais representativos serviços (não financeiros) (19%), high tech (17%) e indústria (12%). A maioria tem menos de 500 trabalhadores.
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