Homem, trabalhador remoto e com salário acima de 1.000 euros. Este é o perfil do freelancer em Portugal
Os freelancers portugueses são, na maioria, homens, com salários acima da média e que já trabalhavam remotamente antes da Covid-19. A qualidade salarial e a flexibilidade são as principais vantagens.
Os freelancers são trabalhadores sem vínculo laboral, que trabalham por conta própria e podem prestar serviços a vários empregadores. Em Portugal são, na maioria, homens, em teletrabalho, com salários acima da média e que valorizam a independência e a capacidade de gerir o seu próprio tempo.
Ter mais e melhores fontes de rendimento, e a possibilidade de escolher os próprios clientes são algumas das principais razões para escolher ser freelancer, conclui um estudo da Fivver, empresa que ajuda a conectar empresas a freelancers, e que contou com a participação de 250 freelancers portugueses.
Freelancers: homens, em teletrabalho e com salário acima da média
Mais de oito em cada dez freelancers em Portugal são homens (81%), com idades entre os 25 e os 44 anos. A maior parte reside nos distritos de Lisboa, Setúbal, Leiria (29%), Algarve (12%) e Beira Alta (11%) e trabalha remotamente, sendo que mais de metade (51%) dos freelancers já trabalhava remotamente antes da pandemia.
O estudo da Fiverr revela que o salário anual dos freelancers varia entre os 12.000 euros e 28.000 euros, com um rendimento médio mensal de mais de 1.000 euros. De acordo com a Pordata, a média salarial mensal, em Portugal, é de 970 euros para empregados por conta de outrem.
A gestão do tempo é uma das principais vantagens para os trabalhadores independentes, já que para a maioria deles na Europa essa ainda não é uma realidade. Para seis em cada dez trabalhadores da UE – o equivalente a 118 milhões em 194 milhões de trabalhadores –, o início e o fim do horário laboral é definido pelo empregador, pela empresa ou pelo cliente, revelam dados do Eurostat.
A possibilidade de definir o seu próprio horário e uma maior flexibilidade são as principais razões apontadas pelos inquiridos para se terem tornado freelancers. Assegurar a “proximidade familiar” é outra desvantagens apontadas, refere o estudo. No que respeita aos desafios, a capacidade de dividir a vida pessoal e profissional é um dos maiores.
“O tempo torna-se no maior bem, uma vez que representa a quantidade de trabalho exequível, logo o dinheiro ganho, mas também o quanto se decide repartir entre o mesmo, a vida social, família, lazer e descanso. Todos têm as mesmas 24 horas por dia”, destaca a Fiverr, citada em comunicado.
Entre os serviços mais prestados em regime de freelancing destacam-se os de design (38%) — principalmente por empresas no setor do retalho, catering e lazer — seguindo-se os de web development (35%), marketing (33%) e suporte técnico (27%), mais requisitados por empresas ligadas a viagens e transportes.
Ter mais (e melhores) fontes de rendimentos
Para muitos trabalhadores independentes, o trabalho como freelancers não significa necessariamente deixar o emprego fixo. Pelo contrário, permite combinar várias oportunidades de emprego para ter mais rendimentos. Ter a oportunidade de ganhar mais também foi destacada por 44% dos inquiridos, bem como a possibilidade de ter diferentes fontes de rendimento.
“Se, por um lado, um contrato aufere mais certezas mas com uma menor evolução salarial, por outro ser trabalhador independente permite abre a possibilidade de ter um maior rendimento anual — saber gerir os altos e baixos (por vezes 100% negativo) é a chave para sobreviver neste modo de trabalho. Dinheiro à parte, a possibilidade de ter várias fontes de rendimento em vez de apenas uma poderá fazer toda a diferença, especialmente para aqueles que já perderam emprego anteriormente”, lê-se no estudo.
Para vender os seus serviços, os freelancers portugueses usam principalmente os contactos através do marketing direto e e-mail (54%), seguido pelos marketplaces e websites (52%).
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