Leilão ganha velocidade para acelerar chegada do 5G
As alterações ao regulamento do leilão do 5G entraram em vigor esta segunda-feira, numa tentativa de acelerar o processo. As equipas da Meo, Nos e Vodafone vão ter de trabalhar mais uma hora por dia.
As equipas da Meo, Nos e Vodafone responsáveis pelo leilão do 5G vão ter de trabalhar mais uma hora por dia a partir desta semana, até que termine a venda de frequências para a quinta geração. É hoje que entram em vigor as alterações ao regulamento, promovidas pela Anacom para acelerar o processo.
São duas as novidades que, na prática, tornam possível a realização de 12 rondas de licitação diárias, em comparação com as atuais sete. Os dias vão ter mais uma hora para a realização de rondas, passando a ser das 9h00 às 19h00, ao invés de terminar às 18h00. E o tempo por ronda cai para metade, de 60 para 30 minutos.
Quando a fase principal do leilão arrancou em janeiro, a Anacom não estava à espera que se prolongasse durante vários meses. Mas foi o que acabou por acontecer: as operadoras já protagonizaram 119 dias de licitações, num total de mais de 500 rondas. E o encaixe já supera os 328 milhões de euros.
Meo, Nos e Vodafone condenaram em uníssono a decisão da entidade presidida por João Cadete de Matos, considerando que o regulador mudou as regras do leilão a meio do “jogo”. Queixaram-se ainda de que estas alterações vão obrigar a que as equipas trabalhem dez horas por dia.
Por sua vez, a Anacom tem criticado as operadoras por promoverem licitações mínimas, “recorrentemente de 1%”, que estão a atrasar a venda e o lançamento do 5G em Portugal. Assim, se as medidas que agora entraram em vigor não forem suficientes, o regulador pondera avançar com novas alterações, proibindo as licitações de 1% e de 3%, os valores mais baixos permitidos pelas regras.
Entretanto, Portugal e Lituânia são os únicos dois países da União Europeia que ainda não têm redes comerciais de 5G. Mas alguns países europeus que já têm 5G ainda não promoveram o leilão necessário à atribuição de frequências. Algumas operadoras estrangeiras lançaram 5G em frequências de quarta geração e, na Bélgica, o regulador cedeu licenças temporárias comerciais às empresas do setor, para não atrasar mais o desenvolvimento da tecnologia.
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