Uber acusada de inscrever assinantes no Uber One sem o consentimento destes

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

FTC acusa a empresa nos EUA de ter inscrito consumidores no programa de subscrição Uber One sem o consentimento destes e de tornar muito difícil cancelar a assinatura, exigindo 12 ações diferentes.

A Agência de Proteção do Consumidor dos EUA (FTC, na sigla em inglês) interpôs uma ação judicial contra a Uber, alegando que a empresa inscreveu consumidores no seu programa de subscrição sem o seu consentimento. A FTC acusa ainda a Uber de tornar muito difícil para os clientes cancelarem o serviço personalizado, noticiou a AP.

Nos EUA, os membros do Uber One, que também está disponível em Portugal, pagam 9,99 dólares por mês ou 96 dólares por ano por uma variedade de serviços, incluindo entregas gratuitas de comida Uber Eats e cashback quando fazem viagens de Uber.

No processo, a FTC disse que vários clientes se queixaram de que a Uber os inscreveu no Uber One sem a sua permissão ou lhes cobrou pelo serviço antes do fim do período de teste gratuito.

Em pelo menos um caso, uma pessoa foi cobrada em 9,99 dólares por mês, mesmo sem ter uma conta Uber, pode ler-se no processo.

A FTC disse que a Uber também tornou extremamente difícil para os assinantes cancelarem o Uber One. A agência disse que a Uber exige que os clientes realizem pelo menos 12 ações diferentes em pelo menos sete ecrãs para cancelar o serviço.

O cancelamento torna-se ainda mais difícil para os consumidores dentro de 48 horas da data da fatura, exigindo que naveguem até 23 ecrãs e ainda contactem o serviço de apoio ao cliente, apontou a FTC.

“Os norte-americanos estão cansados de receber assinaturas indesejadas que parecem impossíveis de cancelar”, sublinhou o presidente da FTC, Andrew N. Ferguson, que lidera o regulador desde janeiro, depois de ter sido escolhido pelo Presidente Donald Trump.

Em comunicado, a Uber disse estar desapontada por a FTC ter decidido avançar com o processo. A Uber disse que o seu processo de inscrição e cancelamento é claro, simples e legal.

“A Uber não regista nem cobra aos consumidores sem o seu consentimento, e os cancelamentos podem agora ser feitos a qualquer momento na aplicação e demoram, para a maioria das pessoas, 20 segundos ou menos“, frisou a Uber.

A Uber disse que, a dado momento, exigiu que os clientes contactassem um representante de serviço se quisessem cancelar no prazo de 48 horas após um período de faturação, mas já não é assim.

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Uber Portugal lança assinatura de 4,99 euros/mês com “cashback” nas viagens e descontos no Uber Eats

Uber vai dar "cashback" nas viagens, em saldo na conta do utilizador, a quem assinar o novo serviço Uber One, que custa 4,99 euros por mês ou 49,99 euros por ano.

A Uber lançou um serviço de subscrição em Portugal com vantagens e descontos para quem quiser pagar 4,99 euros por mês ou 49,99 euros por ano, anunciou a empresa esta quarta-feira. O primeiro mês é gratuito.

Os subscritores do Uber One passam a poder fazer encomendas no Uber Eats sem pagar taxa de serviço e de entrega, sempre que o pedido exceda os 12 euros. Além disso, 5% do preço de cada viagem é devolvido em Uber Cash, podendo ser descontado noutras viagens ou entregas, explica a plataforma num comunicado.

A Uber promete ainda “apoio prioritário aos membros” e “benefícios especiais e experiências exclusivas”, sem especificar. Quando se registarem atrasos nas entregas do Uber Eats, a empresa paga dois euros aos assinantes, novamente sob a forma de Uber Cash.

“Em média, apenas duas entregas Uber Eats por mês chegam para compensar o pagamento da assinatura mensal”, assegura a Uber. “Com o Uber One proporcionamos uma experiência ainda mais aprimorada, apresentando uma solução acessível para dar resposta a todas as necessidades de mobilidade e compras dos portugueses, pela primeira vez, numa só aplicação”, afirma Francisco Villaça, diretor-geral da Uber Portugal, citado em comunicado.

“Os membros podem pedir tudo o que quiserem dos seus restaurantes e lojas preferidas, para os próprios ou para oferecer a alguém, agora sem quaisquer taxas, sem preocupações ou entraves. Além disso, podem acumular descontos em cada viagem Uber que fazem. Podem ir a qualquer lado e pedir absolutamente tudo, sem limites e quantas vezes quiserem, de modo ainda mais simples”, diz o diretor-geral do Uber Eats em Portugal, Diogo Aires Conceição, citado na mesma nota.

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Uber Eats vai ter serviço de assistência médica em casa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Janeiro 2022

Portugal é o primeiro país com um serviço de assistência médica ao domicílio através da aplicação Uber Eats, que resulta de uma parceria com a Ecco-Salva Medical Services.

A Uber Eats vai disponibilizar um serviço de assistência e consulta médica ao domicílio, resultado de uma parceria com a empresa de prestação de serviços médicos Ecco-Salva Medical Services. Portugal é o primeiro mercado da Uber a contar com esta nova categoria na plataforma.

Através da opção “Médico em Casa”, inserida na categoria de saúde da app, os utilizadores terão disponíveis três tipos de serviço de assistência médica: solicitar a deslocação de um médico a casa, aconselhamento médico via telefone ou realização de uma vídeoconsulta. Para já, a parceria possibilita serviços clínicos gerais, estando para breve a expansão para a área dos serviços de enfermagem e fisioterapia.

O novo serviço vai estar disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, mas só na Área Metropolitana de Lisboa nesta primeira fase. A ideia é, no entanto, que seja alargado a outros grandes centros urbanos do país.

Em comunicado, o diretor geral da Uber Eats em Portugal, Diogo Aires Conceição, explica que este lançamento é “mais um passo gigante” para a plataforma ir “além dos vários serviços de restauração, supermercado, conveniência e outro retalho”.

Já a diretora geral da Ecco-Salva Medical Services, Rac Alves, citada no mesmo comunicado, afirma que o objetivo é “levar a ainda mais casas, de forma particular, o serviço de excelência que já é prestado a algumas das maiores empresas e instituições nacionais”.

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IMT já concluiu relatório que vai mudar a “lei da Uber”

Relatório que vai servir de base à alteração da chamada "lei da Uber" já está concluído, encontrando-se a ser analisado pelo regulador do setor. Atraso já leva dois meses.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) já concluiu o relatório de avaliação àquela que ficou conhecida por “lei da Uber”, por ter enquadrado legalmente esta atividade em Portugal após anos na clandestinidade, apurou o ECO. Trata-se de um documento com “recomendações e propostas de ajustamento” às regras e que está, agora, a ser analisado pelo regulador do setor.

“O IMT concluiu o relatório fundamentado de avaliação do regime previsto na Lei n.º 45/2018”, confirmou fonte oficial do IMT. Ou seja, o relatório já foi “enviado para apreciação” da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), que tem de emitir um parecer, “parecer esse que será parte integrante do relatório”, acrescenta a mesma fonte.

O diploma, que chegou ao Diário da República após meses de intensas negociações no Parlamento, e de duas greves gerais dos trabalhadores do setor do táxi, acabaria por entrar em vigor em 1 de novembro de 2018, determinando a elaboração do relatório de avaliação pelo IMT “decorridos três anos” dessa data, isto é, até 1 de novembro de 2021. Porém, há três anos nada fazia prever a ocorrência da pandemia em 2020, fator que atrasou manifestamente o processo.

De qualquer forma, o país também está sem Assembleia da República em funções desde a dissolução pelo Presidente da República, após o chumbo da proposta de Orçamento do Estado do Governo de António Costa. O dossiê das alterações à “lei da Uber” só será, por isso, aberto e (espera-se) fechado na próxima legislatura, após as eleições de 30 de janeiro.

“Qualquer alteração à lei que possa daí vir a ocorrer, deverá ser sustentada na avaliação vertida no relatório final. Quaisquer alterações de leis são matéria da competência da Assembleia da República e/ou carecem de autorização legislativa para o efeito da parte da mesma”, confirmou fonte oficial do IMT.

Por responder ficaram outras questões do ECO, incluindo quais os pontos da lei atualmente em vigor que devem merecer a atenção dos deputados. Todavia, declarações recentes da líder da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT, não confundir com IMT), Ana Paula Vitorino, publicadas pelo Jornal de Negócios em dezembro, colocaram a descoberto algumas das preocupações das entidades competentes.

Na entrevista, Vitorino afirmou que a atividade dos “Ubers” precisa de “um maior nível de fiscalização por parte de todas as entidades competentes”, apesar de admitir que “as alterações legislativas não serão, por si só, suficientes para uma melhoria” deste segmento do setor dos transportes. “Uma alteração legislativa, que se impõe, a qual só terá eficácia se for acompanhada de uma maior fiscalização”, acrescentou a responsável, que também vê necessidade no aperto da fiscalização dos contratos celebrados com os motoristas.

Dias depois destas declarações, o Dinheiro Vivo publicou declarações de fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela esta área, confirmando que “o IMT no final do mês de novembro informou” o Governo de que estava “a concluir” o relatório em apreço. Nessa altura, o jornal também já dava conta do atraso.

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Uber investigada em França por suspeitas de trabalho ilegal

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

Plataforma de transporte é alvo de investigação das autoridades francesas. Processo remonta a 2015, mas esteve suspenso durante algum tempo.

A empresa norte-americana Uber está a ser alvo de uma investigação em França, desde 2015, por suspeitas de trabalho ilegal, anunciou o Ministério Público francês. Segundo a agência de notícias Efe, as investigações estão a cargo do Departamento Central de Combate ao Trabalho Ilegal.

A investigação foi aberta em 2015, mas esteve algum tempo suspensa, tendo sido retomada em 2020. De acordo com o jornal parisiense Le Figaro, até ao momento as autoridades ainda só solicitaram documentos à multinacional, que desenvolveu uma aplicação para transporte privado urbano semelhante ao táxi.

O mesmo jornal avançou que estão previstos interrogatórios a “dezenas” de motoristas daquela plataforma, para saber as suas condições de trabalho e de contratação.

Na terça-feira, o comissário europeu para o Emprego, Nicolas Schmit, afirmou que a falta de direitos sociais dos trabalhadores deste tipo de plataformas “não é aceitável”. A Comissão Europeia vai tornar público, na quinta-feira, o pacote de medidas que adotou para melhorar as condições de trabalho nas plataformas digitais, que incluem empresas como Amazon, Airbnb ou Uber.

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Uber processada por cobrar taxas de tempo de espera a pessoas com deficiência

  • Lusa
  • 11 Novembro 2021

O departamento de justiça dos EUA instaurou um processo contra a Uber por discriminar pessoas com deficiência, ao cobrar taxas enquanto os motoristas aguardam que os passageiros entrem nos veículos.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos instaurou na quarta-feira um processo contra a plataforma de transporte de passageiros Uber por discriminar pessoas com deficiência, ao cobrar taxas enquanto os motoristas aguardam que os passageiros entrem nos veículos.

As taxas por “tempo de espera” da Uber começam a ser aplicadas dois minutos após a chegada do motorista e são cobradas até que o carro comece a viagem.

Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, a Uber começou a aplicar estas taxas em algumas cidades em abril de 2016, mas acabou por generalizá-las por todo o país, notícia a agência AP.

No processo, aberto na quarta-feira no tribunal distrital federal dos Estados Unidos, no norte da Califórnia, a justiça afirma que a Uber está a violar a lei de proteção para as pessoas portadoras de deficiência (ADA, na sigla em inglês) ao não modificar as suas taxas para aqueles que possam necessitar de um tempo extra para entrar num carro daquela empresa.

A ação judicial salienta que a plataforma de transporte de passageiros cobrou as taxas mesmo quando sabia que o atraso era motivado por uma deficiência.

A Uber referiu na quarta-feira que está em diálogo com o Departamento de Justiça e que ficou surpreendida e dececionada com a instauração do processo.

“As taxas de ‘tempo de espera’ são cobradas a todos os utilizadores para compensar os motoristas após dois minutos de espera, mas nunca foram destinadas a clientes que estão a postos no seu local de recolha mas que precisam de mais tempo para entrar no carro”, sustentou a Uber, em comunicado.

A Uber acrescentou que faz parte da sua política reembolsar as taxas de “tempo de espera” para passageiros com deficiência sempre que alertarem a empresa.

Desde a semana passada, qualquer utilizador que comprove incapacidade terá as taxas automaticamente dispensadas, acrescentou.

A empresa com sede em São Francisco adiantou também que as taxas por tempo de espera cobradas aos passageiros é em média inferior a 60 cêntimos.

“Fundamentalmente discordamos que as nossas políticas violem a ADA e continuaremos a melhorar os nossos produtos para continuar a oferecer a todos a capacidade de se moverem facilmente nas suas comunidades”, destacou.

O processo pede ao tribunal que a Uber seja obrigada a mudar a sua política, a treinar os seus funcionários e motoristas e a pagar indemnizações por danos monetários a pessoas que estiveram sujeitas a taxas de ‘tempo de espera’ que violaram a ADA nos Estados Unidos.

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Uber traz viagens “low cost” para a Grande Lisboa

O serviço UberX Saver acaba de chegar à área metropolitana da capital, sem horários fixos. Mas se tiver mais sorte do que tempo, usá-lo pode permitir poupar uns euros na viagem.

Da próxima vez que tiver de agarrar no telemóvel para pedir boleia à Uber, procure pelo ícone do serviço UberX Saver. Se tiver mais sorte do que pressa, poderá conseguir viajar na Área Metropolitana de Lisboa a um preço mais acessível do que seria normal.

Esta novidade já existe desde junho nas apps dos utilizadores que se encontrem no Porto. A novidade é que este serviço low cost da Uber chega esta quinta-feira à região de Lisboa, oferecendo viagens mais baratas “fora dos horários e zonas de maior procura”.

Com esta medida, a Uber tenta cativar a procura pelo serviço e reduzir os “tempos mortos” dos motoristas. Num comunicado, a empresa admite que, além das viagens mais baratas, o serviço permite “que os motoristas continuem a ter rendimentos durante as horas ou nos locais de menor movimento”. Aos clientes, a empresa promete descontos de 25% pela “mesma segurança e qualidade”.

O UberX Saver não tem um horário fixo de funcionamento, pois acompanha “a dinâmica da cidade”. Os motoristas podem decidir se querem ou não realizar viagens através deste serviço, podendo ligar ou desligar a opção a qualquer momento.

(Notícia atualizada às 11h49 com percentagem do desconto)

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Uber Portugal investe 90 milhões de euros. Cria “hub” em Lisboa e quer recrutar 200 pessoas

A Uber Portugal mudou de casa e tem um novo "hub" em Lisboa. Empresa está inclinada para adotar o regime de trabalho híbrido e procura 200 pessoas para a equipa.

A Uber encontrou uma nova “casa para o longo prazo” em Lisboa. São cinco pisos de escritórios e salas de conferências perto da praça de touros do Campo Pequeno, um investimento de “mais de 90 milhões de euros” e um forte sinal ao mercado de que o teletrabalho pode não ter vindo para ficar, pelo menos de uma forma permanente.

Esta nova residência do grupo vai agregar, numa localização comum, as operações da aplicação de transporte privado, mas também da Uber Eats e o novo Centro de Excelência da empresa, há muito prometido, que vai dar suporte aos clientes da cotada norte-americana no sul da Europa, num total de nove países, de Espanha a Itália, da Turquia a Israel. Será o local de trabalho de 400 pessoas e a empresa quer contratar mais 200 ainda este ano.

Até janeiro de 2022, a política global em vigor permite aos trabalhadores optarem por ficar em casa ou ir ao escritório. E isso aplica-se também à Uber Portugal. Como será depois, é uma decisão que ainda não está tomada, mas há uma inclinação no sentido da adoção do modelo híbrido de trabalho. No piso visitado pelo ECO esta quinta-feira de manhã, contavam-se pelos dedos das mãos os trabalhadores da Uber (descontando o aparato de fatos, gravatas e vestidos).

“A partir deste edifício, vamos continuar a fazer a gestão diária das operações de mobilidade e da Uber Eats. Neste momento, estamos a centrar todas as equipas que tínhamos a trabalhar em Lisboa aqui neste Uber Hub. Estamos a falar de gestão diária da operação, mas estamos a falar também de temas mais diferenciados, como, por exemplo, deteção de fraude, monitorização de qualidade e recolha contínua de feedback das viagens”, explicou ao ECO o diretor-geral da Uber, Manuel Pina.

Os mais de 90 milhões de euros investidos pela Uber Portugal não são apenas no espaço físico, detalhou ainda o responsável, mas representam uma aposta na “formação e criação de talento”. “E esse talento não precisa de, necessariamente, trabalhar aqui todos os dias”, referiu.

Todavia, para a Uber Portugal, o escritório continua a ser uma componente relevante da vida profissional. “Não acho que o trabalho remoto seja uma coisa passageira. Acredito que vai ser parte da realidade no futuro. Mas também é necessário uma componente de trabalho em equipa”, defendeu.

Fotografias do novo Uber Hub em Lisboa:

Um centro que não é um call center

“Este centro não é um call center, apressou-se a esclarecer Régis Hasle, responsável de operações da Uber na Europa, Médio Oriente e África, numa altura em que Portugal é cada vez mais um destino deste tipo de serviços, devido a fatores como a alta qualificação dos trabalhadores e os salários mais baixos em comparação com outros mercados.

O Governo parece concordar. Num discurso proferido na inauguração da nova sede portuguesa da Uber, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, disse que, ao Executivo socialista, não interessa só o montante investido por estas empresas: o impacto que tem é igualmente importante. “Precisamos também dos call centers, mas este centro que a Uber inaugura é verdadeiramente um centro de excelência”, atirou.

2021 caminha para ser “o melhor ano no que concerne ao investimento estrangeiro” no país, vaticinou João Torres. Antes da pandemia, este tipo de centros empregava, em números redondos, 60 mil pessoas em Portugal, revelou o governante.

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Procura por “Ubers” recupera mas há falta de motoristas

Volume de viagens está a recuperar rapidamente e a gerar falta de motoristas para "Ubers". Três principais plataformas de TVDE confirmam que são precisos mais volantes e mãos que os conduzam.

As plataformas eletrónicas de transporte não estão a conseguir recrutar motoristas que cheguem para dar resposta a todas as “boleias” pedidas pelos utilizadores. Este é outro dos setores que enfrentam escassez de mão-de-obra disponível no mercado, à medida que a oferta de recursos humanos se vai ajustando à procura das empresas.

Com a retoma à vista no horizonte, já não é a procura que mais preocupa. É a manutenção de um nível de oferta suficiente que está a gerar dores de cabeça às empresas como a Uber.

“No nosso negócio de mobilidade, a procura está a recuperar mais rápido do que o esperado. Por isso, diríamos que existem no mercado bastantes oportunidades para parceiros e motoristas neste momento”, disse ao ECO uma porta-voz da Uber, que é líder de mercado em Portugal no setor de TVDE.

Não é a única. A Free Now congrega o serviço de táxi com o de transporte privado e confirmou que também nota alguma falta de motoristas para assegurar este último serviço aos utilizadores. “De momento, sentimos que a disponibilidade de motoristas é efetivamente escassa face ao aumento de procura que a nossa plataforma está a ter no contexto atual”, afirmou fonte oficial.

No nosso negócio de mobilidade, a procura está a recuperar mais rápido do que o esperado. Por isso, diríamos que existem no mercado bastantes oportunidades para parceiros e motoristas neste momento.

Fonte oficial da Uber

Quanto à Bolt, que detém uma plataforma de TVDE e uma plataforma de entrega de refeições ao domicílio (Bolt Food), a empresa também está a assistir a “um aumento da procura dos vários serviços” que oferece, em resultado “do aumento da vacinação dos portugueses e aceleração do processo de desconfinamento em todo o país”. Nesse sentido, confirmou estar consciente de que existe escassez de mão-de-obra disponível no mercado.

“Este cenário reflete-se, naturalmente, numa maior necessidade de motoristas e estafetas para assegurar o aumento da procura. Estamos conscientes desta realidade e, como consideramos ser um ótimo momento para entrar neste negócio, estamos a promover algumas ações de comunicação digital para chegar até estes parceiros. O setor está a assistir a uma rápida recuperação e isso irá refletir-se também em maiores ganhos”, explicou fonte oficial da Bolt.

A Uber também detém uma plataforma de entrega de refeições ao domicílio. No entanto, a empresa explica que, “no negócio de delivery [Uber Eats], este período de férias traduz-se, por norma, numa menor procura nas principais cidades portuguesas”.

Em alguns países, sobretudo nos EUA, a pandemia gerou distorções curiosas no mercado laboral, com o desemprego a permanecer elevado, apesar de o volume de ofertas de emprego estar em recordes. Alguns economistas têm justificado este facto com o tipo de empregos que as pessoas procuram não corresponder, exatamente, às vagas abertas pelas empresas.

Soma-se a isto o facto de a taxa de poupança estar em alta, depois de ter subido expressivamente durante os confinamentos (o que pode resultar numa menor urgência na procura de emprego), bem como os apoios sociais continuarem a dar fôlego a algumas famílias. Deste fenómeno não se pode desassociar ainda o medo da Covid-19, que ganha mais expressão no setor dos serviços, dado que são empregos onde há mais contacto entre pessoas.

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Uber Eats acelera expansão, chegando a Sesimbra e Azeitão

A aplicação de entregas de refeições reforçou em 30% a área de cobertura da Grande Lisboa, com o lançamento do serviço em Sesimbra e Azeitão, mas também em Peniche, Sines e Aveleda.

A Uber Eats anunciou “a mais significativa” expansão geográfica do serviço este ano, incluindo a chegada a novas localidades. O plano inclui um aumento de 30% da área de cobertura na Área Metropolitana de Lisboa, com o lançamento em Azeitão e Sesimbra e o “reforço da cobertura” em “áreas adjacentes, desde Torres Vedras a Setúbal”.

O cardápio digital da Uber Eats vai ainda estrear-se “este mês” nas cidades de Peniche, Sines e Aveleda e está previsto um “reforço da área geográfica de Vila Nova de Gaia”. Depois do lançamento da app e Lourosa, Barcelos, Santo Tirso, Abrantes, Viana do Castelo, Terceira e Guarda “no recente trimestre”, a empresa indica que o serviço da Uber Eats cobre agora “mais de 70% da população portuguesa”.

Citado num comunicado, o diretor-geral da Uber Eats, Diogo Aires Conceição, defende que a expansão vai permitir à empresa “aumentar as oportunidades de negócio de mais restaurantes e comerciantes, continuando a apoiar o setor da restauração e comércio”. A plataforma gera receitas por via da cobrança de uma comissão aos restaurantes por cada encomenda, que pode chegar aos 30%, enquanto os clientes pagam uma taxa até 3,90 euros que financia o serviço de estafeta.

A Uber Eats retomou a expansão da aplicação em Portugal com o fim do estado de emergência. No início do ano, em pleno confinamento, o Governo decidiu proibir temporariamente estas empresas de aumentarem as comissões aos restaurantes e de reduzirem os direitos dos estafetas independentes que trabalham nas entregas das refeições. Com o fim do regime de exceção, foi revogada essa medida.

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Uber arranca com tarifa “low cost” a partir do Porto

A empresa lançou o serviço UberX Saver no distrito do Porto, permitindo aos motoristas fazerem viagens a preços mais baixos em horas e locais com baixa procura.

A Uber vai permitir que os motoristas no distrito do Porto ofereçam viagens mais baratas aos clientes nos momentos em que a procura é mais reduzida. O novo serviço chama-se UberX Saver e foi lançado pela empresa esta quarta-feira.

A empresa não especifica quão mais barata é a nova categoria. Salienta, contudo, que a opção estará disponível na aplicação da Uber “em horários alternativos” e que o preço é “mais reduzido” do que a tarifa comum UberX.

“Os horários de funcionamento não são fixos”, explica a empresa. “Acompanham a dinâmica de movimentos da cidade. Cabe aos motoristas decidir se desejam realizar viagens através do UberX Saver para continuar a conduzir e ter rendimento nos momentos ou locais de menor movimento, podendo optar por entrar e sair deste produto a qualquer momento”, acrescenta, num comunicado.

A Uber não vai ser a primeira a oferecer este tipo de modalidade. A Bolt tem uma categoria com características semelhantes, a que chama de Bolt Economy. Mas o lançamento do UberX Saver representa uma estratégica diretamente oposta à da concorrente Free Now, que anunciou na sexta-feira a decisão de acabar com a categoria homóloga Ride Lite e de subir os preços, noticiou o ECO.

“Queremos oferecer aos utilizadores do Porto um serviço de mobilidade mais acessível e seguro quando precisam de viajar fora dos horários de pico. Ao mesmo tempo, queremos que os motoristas e parceiros continuem a ter rendimentos, mesmo em horas ou locais de menor movimento, e isso é possível graças à tecnologia da nossa aplicação e às várias opções que disponibilizamos”, afirma Manuel Pina, diretor-geral da Uber em Portugal, citado na referida nota.

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Uber Eats suspende serviço em três cidades e culpa Governo

A Uber Eats vai suspender o serviço em Águeda, Vila Real de Santo António e Guia, apurou o ECO. A plataforma diz que a decisão é uma consequência do limite às comissões imposto pelo Governo.

Águeda, Vila Real de Santo António e Guia vão ficar temporariamente sem serviço da Uber Eats.Hugo Amaral/ECO

A Uber Eats vai “suspender temporariamente” o serviço de entrega de refeições ao domicílio em três cidades portuguesas, sabe o ECO. A plataforma já está a comunicar a decisão aos estabelecimentos parceiros em Águeda, Vila Real de Santo António e Guia, com efeito a partir desta quinta-feira, 18 de fevereiro.

“Vamos deixar de operar a partir de quinta-feira, dia 18 de fevereiro, à hora de fecho. Sabendo o impacto que esta decisão terá no seu negócio, esperamos brevemente conseguir reverter esta situação”, escreveu a empresa num email enviado aos parceiros, ao qual o ECO teve acesso. A mensagem refere que a decisão é consequência de uma medida do Governo de António Costa.

A 12 de janeiro, o decreto de estado de emergência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, previa que o Governo pudesse definir limites nas comissões e taxas de entrega das plataformas de delivery, como a Uber Eats. O primeiro-ministro, António Costa, decidiu, assim, impor um limite de 20% nas comissões que as plataformas podem cobrar aos restaurantes, travando ainda eventuais aumentos das taxas de entrega enquanto durar o estado de emergência.

Na mensagem enviada aos parceiros, a Uber Eats é clara na responsabilização do Executivo pela decisão de deixar de operar naquelas três localidades: “No passado dia 15 de janeiro, o Governo decretou limitações ao nosso modelo de negócio, que têm vindo a ser estendidas e que têm impactos diretos na nossa operação e sustentabilidade”, começa por referir a empresa.

“Esta decisão limita a nossa capacidade de cobrir os nossos custos operacionais, nomeadamente os custos de entrega, pelo que tivemos que rever temporariamente as áreas onde estamos a operar. Infelizmente, isto significa que iremos suspender temporariamente o nosso serviço”, remata a Uber Eats, referindo-se às cidades de Águeda (Aveiro), Vila Real de Santo António (Algarve) e Guia (Albufeira). “Esperamos poder voltar a apoiá-lo em breve”, conclui a nota.

Contactada pelo ECO, a Uber Eats confirmou a informação: “As restrições impostas no último mês às plataformas de entrega ao domicílio obrigaram-nos a reduzir a cobertura do nosso serviço. A partir do dia 18 de fevereiro o Uber Eats vai deixar de operar em Águeda, na Guia e em Vila Real de Santo António”, disse fonte oficial da empresa.

Plataformas de entregas pressionam Governo

As aplicações de entregas são como catálogos digitais onde os restaurantes e outros estabelecimentos podem promover os seus produtos e serviços. No caso da plataforma da Uber, a empresa cobrava uma comissão aos parceiros que podia ir até aos 30% do valor da encomenda, que abrangia a visibilidade na app, a gestão do cliente e outros serviços associados, como o acesso à rede de estafetas para os estabelecimentos que não disponham de uma.

A empresa aplica ainda uma taxa por cima do valor da encomenda, que é cobrada ao cliente e constitui o preço da entrega da refeição ou outros produtos no destino solicitado pelo cliente. O valor reverte para o estafeta ao serviço da aplicação, que são, geralmente, trabalhadores independentes da chamada “economia da partilha”.

Numa medida altamente contestada pelas plataformas, o Governo decidiu limitar a subida das taxas de entrega e impedir a cobrança de comissões aos restaurantes acima de 20%. A decisão foi justificada pelo Executivo com o facto de o setor da restauração poder funcionar apenas em regime de entregas ao domicílio ou take-away, por causa da pandemia da Covid-19, o que tornou estas apps num dos principais canais geradores de negócio para o setor.

Assim, na mesma resposta ao ECO, a Uber Eats vai mais longe: “À medida que estas restrições se prolongam, é inevitável que o serviço que as plataformas de entrega ao domicílio prestam seja cada vez mais afetado. Acreditamos por isso que estas restrições acabam por prejudicar quem mais precisamos de apoiar — restaurantes, utilizadores e parceiros de entrega”, reforça a empresa.

A Uber tem sido uma das plataformas mais vocais na oposição à medida do primeiro-ministro, o que culminou agora na decisão de encerramento temporário de três mercados em Portugal continental. A concorrente Glovo também está a tentar reverter a limitação imposta pelo Governo no estado de emergência, tendo proposto ao Ministério da Economia uma alternativa: taxas de entrega reduzidas e parcialmente subsidiadas pelas próprias empresas, noticiou o Jornal de Negócios na semana passada.

No final de 2020, a Uber Eats estava disponível em 68 localidades portuguesas e cobria 60% da população, segundo números da própria plataforma. Esta é a primeira vez que a empresa decide deixar um determinado mercado em Portugal, ainda que a medida tenha caráter temporário. A empresa planeia chegar a 75% da população até ao final deste ano.

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