Turismo deverá crescer ao ritmo mais baixo desde 2020

O BPI Research prevê um crescimento de apenas 5,4% do número de turistas este ano, que compara com um crescimento de 13% em 2023. Será o crescimento mais baixo dos últimos quatro anos.

O setor do turismo deverá fechar o ano a crescer, embora a um ritmo mais moderado comparativamente aos anos anteriores. De acordo com uma análise do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros (DEEF) do Banco BPI publicado esta terça-feira, o setor deverá apresentar uma “consolidação do crescimento em níveis mais modestos”, com os analistas do DEFF a antecipar um crescimento de 5,4% do número de hóspedes este ano, face a um crescimento de 13,1% registado no ano passado e após nos primeiro seis meses ter aumentado 5,6%.

“O efeito rebound de recuperação pós-pandemia está esgotado (os níveis pré-pandemia foram ultrapassados) e o crescimento deverá ser mais modesto que em 2023”, refere o relatório do DEEF, destacando ainda que o abrandamento do turismo será causado pelo abrandamento da atividade económica global, pela maior proximidade ao limite da capacidade instalada aeroportuária e pela manutenção de alguma cautela nos mercados europeus centrais, mais expostos aos conflitos.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A pressionar o turismo ao longo deste ano estará uma “moderação do ritmo de crescimento dos turistas provenientes dos EUA”, que em julho manteve-se como o quarto principal mercado com um crescimento homólogo de 4,7%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Além disso, os analistas do BPI Research destacam também como efeito penalizador para o setor o facto da escassez de mão-de-obra, o impacto acumulado da inflação e o aumento das taxas de juro nos orçamentos familiares, os riscos geopolíticos com aumento do preço dos combustíveis e/ou restrições à mobilidade poderem pesar negativamente no desenvolvimento do setor, sendo inclusive “o risco mais forte” do cenário desenhado pelos técnicos do DEEF.

De acordo com as previsões expressas no relatório de análise do BPI Research, o ano ficará também marcado por uma “ligeira redução da sazonalidade” por conta, essencialmente, de dois fatores:

  • Os especialistas consideram que a época alta em Portugal (especialmente Algarve) relativamente mais cara face ao poder de compra dos portugueses que desviou “turistas nacionais para o exterior e para outras alturas do ano”.
  • Aumento da diversificação de mercados emissores que viajam noutras alturas do ano em que o clima é mais rigoroso na origem do que em Portugal.

Apesar do abrandamento previsto do turismo por parte dos especialistas este ano, esta moderação reflete o fim do efeito de recuperação pós-pandemia e espelha uma série de desafios como a desaceleração económica global e restrições de capacidade aeroportuária. No entanto, o crescimento contínuo, ainda que mais modesto, demonstra a resiliência e atratividade duradoura de Portugal como destino turístico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Polónia considera “inaceitável” alargamento de controlos fronteiriços na Alemanha

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

"A Polónia precisa não é de controlos mais fortes nas nossas fronteiras", disse Donald Tusk, que defende maior "monitorização e segurança das fronteiras externas da União Europeia".

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, considerou esta terça-feira que é inaceitável o anúncio de Berlim de endurecimento da política migratória da Alemanha com controlos em todas as suas fronteiras, que incluem a vizinha Polónia. A Alemanha decidiu na segunda-feira alargar os controlos nas suas fronteiras para combater a imigração ilegal, que se tornou mais uma vez numa questão política para o chanceler alemão, Olaf Scholz, face à ascensão da extrema-direita.

“Este tipo de ação é inaceitável do ponto de vista polaco”, disse Tusk num discurso aos embaixadores do seu país reunidos em Varsóvia numa conferência anual. “O que a Polónia precisa não é de controlos mais fortes nas nossas fronteiras, mas de uma maior participação de países, incluindo países como a Alemanha, na monitorização e segurança das fronteiras externas da União Europeia”, para lidar em particular com uma vaga de imigração ilegal orquestrada, segundo Varsóvia, pela Rússia e pela Bielorrússia.

O chefe do Governo polaco apelou para a avaliação da nova situação por parte dos países vizinhos da Alemanha. “Nas próximas horas, iremos abordar os outros países afetados por estas decisões em Berlim, a fim de os consultar urgentemente sobre uma reação dentro da União Europeia em relação a esta questão”, indicou Tusk.

De acordo com o executivo alemão, os controlos com a França, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica e Dinamarca serão estabelecidos durante seis meses a partir de 16 de setembro, juntando-se aos que já estavam em vigor nas fronteiras com a Polónia, a República Checa, a Áustria e a Suíça.

A Comissão Europeia apelou hoje a Berlim para medidas proporcionais que devem manter-se excecionais. Berlim considera estas medidas necessárias para “a proteção da segurança interna contra as atuais ameaças do terrorismo islâmico e da criminalidade transfronteiriça”, duas semanas depois do ataque em Solingen reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Recém-graduados preferem horários flexíveis no local de trabalho

  • ECO
  • 10 Setembro 2024

Licenciados em início de carreira admitem preferir horários flexíveis e pretendem evoluir só numa empresa, desde que a empresa lhe providencie oportunidades e um sentido de comunidade.

Recém-graduados em início de carreira preferem horários flexíveis do que fixos, segundo o relatório da Aliança Global CEMS publicado esta terça-feira. E procuram empresas que lhes dê sentido de comunidade. O relatório indica também que procuram uma carreira evolutiva e constituída por etapas.

Além disso, os recém-graduados estão a redefinir as regras nos locais de trabalho: não se encaixam no modelo tradicional de horário fixo, e preferem trabalhar consoante as tarefas que têm a realizar, mesmo seja fora do horário normal do escritório, de acordo com a mesma análise.

“Esta geração não vê o escritório como obsoleto, mas antes como uma peça instrumental para a construção e sentido de pertença a comunidade, necessária ao seu desenvolvimento profissional”, aponta o relatório.

Os licenciados indicam a disponibilidade de compromissos longos a uma só empresa, desde que a mesma forneça oportunidades, desenvolvimentos, e um sentido colaborativo.

Catherine da Silveira, associate dean da Nova SBE afirma que, “numa época em que a adaptabilidade é fundamental, estes insights são positivos e revelam que recém-graduados estão prontos para abraçar as mudanças do mundo empresarial. Demonstram flexibilidade, mas sem desvalorizar o escritório como espaço de consolidação do sentido de pertença à comunidade. Contrariamente à ideia comum, ainda estão disponíveis para assumir compromissos de longo prazo”.

Este relatório é da autoria Aliança Global CEMS, que conta com as 33 melhores universidades e escolas de Gestão do mundo incluindo a portuguesa Nova SBE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uría Menéndez assessorou a ECS na venda do Hotel do Caracol

A equipa da Uría Menéndez que assessorou a ECS na venda do Hotel do Caracol nos Açores foi liderada pelo sócio de Imobiliário Francisco da Cunha Ferreira.

A Uría Menéndez assessorou a ECS na venda, pelas sociedades Imoangra e Imoangra II, do Hotel do Caracol, sito em Angra do Heroísmo, Açores. O imóvel foi vendido ao Property Core Real Estate Fund – Fundo de Investimento Imobiliário Aberto e a unidade de negócio hoteleira foi trespassada à Açores 2000 – Sociedade de Desenvolvimento Turístico dos Açores S.A., sociedade do Grupo Bensaude.

“O closing da transação de venda do imóvel e de trespasse do estabelecimento hoteleiro teve lugar no dia 31 de julho de 2024″, referem em comunicado.

A equipa da Uría Menéndez envolvida na operação foi liderada pelo sócio de Imobiliário Francisco da Cunha Ferreira e contou com a participação do sócio de Fiscal António Castro Caldas, do counsel de Imobiliário e Turismo Gonçalo Reino Pires, da associada coordenadora de Privacidade e Segurança Joana Mota, da associada sénior de Laboral Susana Bradford Ferreira, do associado sénior de Imobiliário João Fernandes Thomaz, da associada júnior de Imobiliário e Urbanismo Carolina Arantes e Oliveira Maia e da associada júnior de Privacidade e Cibersegurança Filipa de Matos.

A Property Core Real Estate Fund – Fundo de Investimento Imobiliário Aberto, entidade gerida pela Square Asset Management – Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A. foi assessorada pelo departamento jurídico da Square. Já a Açores 2000 – Sociedade de Desenvolvimento Turístico dos Açores S.A. foi assessorada pela Amaral Cabral & Associados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloqueio do X no Brasil leva ao crescimento de outras redes sociais

A maior beneficiada com o bloqueio do X no Brasil é a rede Bluesky, que registou um aumento de dois milhões de utilizadores. Mas também o Threads ou o Rumble tentam aproveitar a espaço deixado livre.

O recente bloqueio do X (antigo Twitter) no Brasil abriu uma porta ao crescimento de outras redes sociais no país que, em abril, figurava como o sexto maior mercado do X, atingindo a marca de cerca de 20 milhões de utilizadores ativos.

O Brasil bloqueou a rede social X tanto na web como através de aplicações móveis, depois do dono da aplicação, Elon Musk, não ter cumprido uma ordem para nomear, no prazo de 24 horas, um representante legal da plataforma no Brasil.

 

Com o X banido, a tendência no Brasil parece estar a passar do pássaro (quando o X ainda era Twitter) para a borboleta, ícone da rede social Bluesky, que é até agora a grande beneficiada do bloqueio. Fundada por Jack Dorsey – cofundador do Twitter -, a plataforma contava apenas com cerca de 6,2 milhões de utilizadores. Mas, com o bloqueio do X no Brasil, a Bluesky registou um aumento de dois milhões de utilizadores, ou seja, cerca de 10% da base de utilizadores que o X tinha no Brasil, segundo o Reason Why.

“Dois milhões de pessoas novas na última semana. Uma calorosa receção para todos”, refere-se numa publicação partilhada pela própria Bluesky na rede social, também disponibilizada em português. Com o aumento exponencial de utilizadores brasileiros, a língua portuguesa ultrapassou mesmo a inglesa, o que motivou uma publicação por parte da Blusky onde dizia que “agora este é um aplicativo brasileiro”.

Foi também registado um aumento de 441% nas pesquisas no Google pela rede social Bluesky, após o X ser banido no Brasil, segundo dados da Hypernode, citados pela Warc.

Já as pesquisas pelo nome “Threads” – rede social lançada pela Meta (dona do Facebook e Instagram) para rivalizar com o X – também quadruplicaram desde 30 de agosto, segundo o Google Trends, tendo a Meta aproveitado para promover a plataforma no Instagram.

O próprio presidente Lula da Silva, que apoiou o bloqueio do X, começou a fazer publicações no Threads, rede que não utilizava desde maio, assim como na sua conta oficial no Bluesky.

Chris Pavlovski, CEO do Rumble, uma plataforma de vídeo que figura como alternativa ao YouTube e que se autodenomina “imune à cultura do cancelamento” – à semelhança do X – também tentou tirar partido do cancelamento da rede social de Elon Musk no Brasil para promover a sua plataforma e a sua visão, ainda que não entre os brasileiros.

É que o Rumble também não está disponível no Brasil, assim como noutros países como a França, Rússia ou China. “As potências mundiais não querem o Rumble, não querem o X, não querem o Telegram e não querem o Truth Social. Elas querem controlar a informação e as nossas empresas não os deixam”, escreveu o Pavlovski. “Se nos quiseres ajudar, junta-te ao Rumble premium e ao X premium. Se crescermos o suficiente, ajudas-nos a mudar o jogo”, acrescenta.

Além disso, houve também um aumento de 434% nas pesquisas por “VPN”. As redes virtuais privadas (tradução da palavra inglesa ‘virtual private network’) visam proteger a privacidade online, ocultando o endereço de IP, e direcionado o tráfego de internet através de um servidor remoto, sendo bastante utilizada para ter acesso a conteúdos que estão bloqueados em determinadas regiões.

A ação que levou à suspensão do X no Brasil, recorde-se, surgiu no âmbito de uma investigação sobre a disseminação de notícias falsas em que a rede social é suspeita de ter cometido crimes de obstrução à justiça, organização criminosa e incitação ao crime, contra a qual Elon Musk, dono do X, se insurgiu, acusando o juiz de destruir a liberdade de expressão “para fins políticos”.

O X ficou suspenso “até que todas as ordens judiciais proferidas nos presentes autos sejam cumpridas, as multas devidamente pagas e seja indicado, em juízo, a pessoa física ou jurídica representante em território nacional”, lia-se na decisão do juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes.

O embate entre Alexandre de Moraes e Musk começou há meses após o juiz ter ordenado a remoção de uma série de perfis por alegada desinformação, ordem que Musk recusou acatar, atacando o juiz e acusando-o de censura. Em meados de agosto, a rede social encerrou o escritório que tinha no Brasil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lusíadas Saúde lembra Dia Mundial da Prevenção do Suicídio com campanha

  • + M
  • 10 Setembro 2024

Assinada pela McCann para o Hospital Lusíadas Monsanto, a campanha vai estar visível numa rede de 130 mupis em Lisboa, Amadora, Alfragide e Sintra e ainda num led digital no Saldanha.

Esta terça-feira, 10 de setembro, assinala-se o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A data está a ser recordada pela Lusíadas Saúde com uma campanha que pretende alertar a população para a importância do tema e sensibilizar para a procura de ajuda profissional especializada.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 800 mil pessoas morram por suicídio anualmente, e que em 90% dos casos estas pessoas apresentavam sintomas ou doenças mentais. Globalmente, o suicídio é a segunda causa de morte da Geração Z. Em Portugal calcula-se que três pessoas se suicidem diariamente“, justifica o grupo.

Assinada pela McCann, para o Hospital Lusíadas Monsanto, a campanha aborda a temática da prevenção do suicídio e a importância de procurar ajuda, invocando as memórias que se criam ultrapassado um momento difícil. “Com o mote “Se ele/a não tivesse procurado ajuda, esta memória não existiria”, esta campanha não só pretende combater o estigma em torno das doenças mentais, mas também oferecer esperança e apoio a todos os que estão a enfrentar momentos difíceis, incentivando-os a procurar ajuda para lidar com os seus problemas”, explica a Lusíadas Saúde em comunicado.

A campanha vai estar disponível numa rede de 130 mupis standard em Lisboa, Amadora, Alfragide e Sintra e também num led digital 4×3 no Saldanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais demite-se depois da fuga de cinco reclusos

Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre. Ministra da Justiça dá esta terça-feira uma conferência de imprensa.

O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais demitiu-se, segundo avança a RTP. Rui Abrunhosa Gonçalves pôs esta manhã o lugar à disposição da ministra da Justiça e Rita Alarcão Júdice aceitou a demissão.

Na reunião realizada com a tutela, Rui Abrunhosa Gonçalves apresentou a Rita Júdice o relatório preliminar sobre a fuga dos cinco reclusos do Estabelecimento prisional de Vale dos Judeus, no sábado. O documento aponta falhas graves de segurança. Rui Abrunhosa foi nomeado para chefiar os serviços prisionais em agosto de 2022. É doutorado em Psicologia da Justiça, pela Universidade do Minho, onde é professor associado com agregação.

Rui Abrunhosa Gonçalves foi nomeado pela ex-ministra da Justiça Catarina Sarmento e Castro durante a última governação socialista, sucedendo então no cargo ao magistrado do Ministério Público Rómulo Mateus, que liderou a instituição desde fevereiro de 2019.

Psicólogo de formação e académico com trabalho na área das prisões, dos reclusos e da reinserção social, Rui Abrunhosa Gonçalves é doutorado em Psicologia da Justiça pela Universidade do Minho, onde trabalhou até 2022 como professor associado com agregação. Foi psicólogo forense da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça e Comunitária, onde se dedicou sobretudo à avaliação pericial e intervenção junto de ofensores violentos e perigosos. Desenvolveu e coordenou investigações sobre o sistema prisional, a psicopatia, os ofensores conjugais e os ofensores sexuais e a psicologia forense.

Além deste relatório, fonte do Ministério da Justiça salientou que está em curso outro inquérito interno dirigido por um magistrado do Ministério Público, no âmbito do Serviço de Auditoria e Inspeção da DGRSP, e que “estará pronto dentro de um mês”.

Já sobre o relatório e as informações entretanto apuradas sobre a fuga e as falhas de segurança, a DGRSP limita-se a indicar que essa matéria “está a ser objeto de averiguação interna por parte dos Serviços de Auditoria e Inspeção, coordenado por Magistrado do Ministério Público, bem como pelos Órgãos de Policia Criminal competente”, sublinhando que, por agora, “não é suscetível de partilha pública”.

Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa. A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos. Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

App da Carris Metropolitana terá horários e lotação em tempo real

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

A aplicação vai permitir que se veja, em tempo real, se um autocarro da Carris Metropolitana “está atrasado e qual a lotação”, colocando “mais pressão aos operadores para cumprir horários”.

A Carris Metropolitana lança na quinta-feira uma aplicação que irá dar informações aos passageiros, em tempo real, sobre horários e lotação dos autocarros da empresa, que prevê chegar a mais de 165 milhões de passageiros transportados este ano. A apresentação da aplicação (app) da Carris Metropolitana aos jornalistas decorreu esta terça-feira com os responsáveis pela aplicação e com os administradores da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), Faustino Gomes e Rui Lopo.

O presidente do conselho de administração da TML, Faustino Gomes, explicou que a app “não é um planeador de viagens”, mas um sítio onde se fornecem informações aos passageiros de forma a “dar confiança para poder usar a Carris Metropolitana”. Rui Lopo, vogal da administração da TML, explicou que a app vai permitir que se veja, em tempo real, se um autocarro da Carris Metropolitana “está atrasado e qual a lotação”, colocando “mais pressão aos operadores para cumprir horários”.

A aplicação vai permitir ainda uma pesquisa por paragem e por linha (nº de autocarro), podendo ser colocados alertas e avisos personalizados. Para já ainda não estará disponível a 100% para utilizadores cegos, reconhecendo os responsáveis a necessidade de trabalhar em alguns pormenores.

Na ocasião, Rui Lopo lembrou que a empresa opera em 15 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (exceto Lisboa, Cascais e Barreiro) e que o serviço “já chega a Vendas Novas”. “Por dia circulam 1.700 autocarros, conduzidos por três mil motoristas e transportando 620 mil passageiros/dia normalmente, tendo chegado aos 650 mil em pico”, disse Rui Lopo, referindo-se a passageiros com título válido, reconhecendo, que serão “muitos mais” a circular nas 730 linhas com 12.500 paragens.

O responsável adiantou que no final do ano prevê-se “mais 20% da procura do que existia em 2019”, avançando que, atualmente, os números, após o pico com a introdução do passe Navegante, faz com que a operação “esteja acima” dos valores de então. “É expectável chegar aos 165 milhões de passageiros transportados até dezembro deste ano”, disse, lembrando que em 2023 foram transportados 141 milhões de passageiros e que, entre janeiro e julho, houve concelhos que observaram um crescimento “acima dos 30%”.

Questionado sobre os problemas vividos no arranque da Carris Metropolitana, em 01 de junho de 2022, na área 4, que compreende os municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, nomeadamente a falta de motoristas e viaturas, Rui Lopo admitiu não estar tudo completamente resolvido.

“Não podemos dizer que os problemas estão completamente resolvidos. A falta de mão-de-obra em transportes rodoviários é por toda a Europa e Estados Unidos, não é só nosso. Mas lembro que a TML não contrata motoristas, são os operadores. No entanto, ao dia de hoje não temos problemas de mão-de-obra e viaturas”, disse. Em termos de crescimento, a área 4 foi a que assistiu a um maior crescimento de procura, já que, de acordo com Rui Lopo “tinha muito pouca oferta”.

Rui Lopo adiantou ainda que o concelho de Sintra aumentou o número de passageiros utilizadores do serviço, tendo, em maio, transportado 25 mil pessoas. Por seu turno, Faustino Gomes adiantou que o objetivo é agregar todos os operadores [comboio, barcos] na aplicação, o que poderá acontecer “dentro de dois/três anos”, tendo em conta que há um grupo de trabalho e já houve uma candidatura conjunta a um projeto.

Quanto aos horários em papel e nas paragens, ambos os responsáveis reconheceram a complexidade de algo “aparentemente tão simples”, mas que depende de muitos fatores, além de que podem mudar de semestre em semestre consoante os horários escolares, que “ainda não se sabem”.

“O facto de um médico deixar um determinado horário num centro de saúde também pode vir a ser um fator para haver uma mudança de horário num autocarro já que é necessário servir as pessoas”, disse Rui Lopo. A Carris Metropolitana é uma marca criada pela TML, sob a qual operam os transportes públicos rodoviários municipais e intermunicipais na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Em termos de circulação de transportes, a AML ficou dividida por quatro áreas, sendo que a área 1 engloba as carreiras dos municípios da Amadora, Oeiras e Sintra, e intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais. A área 2 corresponde aos municípios de Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira e intermunicipais de ligação a Lisboa, enquanto a área 3 corresponde a Almada, Seixal e Sesimbra e a área 4 a Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit terá recorde de 2.750 startups

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

A organização do evento espera ainda receber “mais de 70.000 participantes, incluindo mais de 1.000 investidores".

A edição da Web Summit deste ano terá um recorde de 2.750 startups e são esperadas mais de 70 mil pessoas, numa ‘cimeira’ que terá como foco promover conexões “significativas” através de encontros alimentados pelo Summit Engine.

A Web Summit 2024 vai decorrer entre 11 e 14 de novembro, no MEO Arena, em Lisboa, esperando receber “mais de 70.000 participantes, incluindo mais de 1.000 investidores e um recorde histórico de 2.750 ‘startups’”, anunciou esta terça-feira a organização em comunicado enviado às redações. No ano passado eram também esperados mais de 70 mil participantes e cerca de 2.600 startups.

O evento deste ano terá como foco principal “promover conexões e comunidades significativas através de encontros, alimentados pelo Summit Engine, o software da Web Summit”, de modo a tornar o evento mais “pequeno e íntimo” para os participantes, acrescenta a nota.

Para tal, a organização vai convidar os participantes a realizarem “pelo menos um encontro”, sendo que estes serão selecionados com base em “interesses e objetivos semelhantes”, que vão desde IA, ou fintech à criptografia, sustentabilidade, entre outros. Esta tecnologia já foi testada na Web Summit do Rio de Janeiro em abril e na cimeira de Toronto, em junho.

“Os participantes podem utilizar a aplicação Web Summit para facilmente ligar-se e manter-se em contacto com aqueles que conheceram muito depois de o evento terminar em novembro”, garante a organização. “Este será o nosso maior, mas também o mais pequeno, evento de sempre”, aponta o CEO (presidente executivo) e fundador da cimeira tecnológica, antecipando que esperam “acolher milhares de encontros comunitários”.

Em comunicado, a organização apresenta uma lista de 13 oradores que já estão confirmados que vão participar na Web Summit deste ano entre os quais Lidiane Jones, CEO do Bumble, Omar Berrada, CEO do Manchester United, Meredith Whittaker, presidente da Signal, e o ator e comediante Munya Chawawa.

Na lista estão também oradores portugueses, dado que é o país anfitrião do evento, entre os quais o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a ministra da Juventude e da Modernização, Margarida Balseiro Lopes, Vasco Pedro, cofundador e CEO da Unbabel, Cristina Fonseca, sócia da Indico Capital Partners, e a apresentadora Cristina Ferreira. Além disso, a organização adianta ainda que entre as empresas parceiras e/ou que vão falar no evento estão a Meta, Alibaba.com, Amazon Web Services, Adobe, Visa, Wiz, KPMG, Zoom, LVMH, Salesforce, Qualcomm, entre outras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caixa de Previdência despeja bastonária e equipa de sala da Ordem dos Advogados

A sala, até aqui usada para as reuniões da bastonária e da sua equipa do Conselho Geral desde 2006 de forma gratuita, sempre foi propriedade da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), liderada por Victor Alves Coelho, acaba de proibir o uso da sala do 3º piso da sede da Ordem dos Advogados (OA) e pede à bastonária e equipa que, no prazo de 30 dias, entregue o referido espaço “livre de pessoas e bens, assim como das respetivas chaves na sede da CPAS até ao dia 9 de Outubro”.

A sala, até aqui usada para as reuniões da bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro e a sua equipa do Conselho Geral, desde 2006, é propriedade da CPAS e o seu uso gratuito pela Ordem dos Advogados foi concedida, “ainda que verbalmente, sem convenção de prazo certo ou determinação do uso (em termos temporais), pelo que, diz a CPAS, esta “tem o direito de exigir a respetiva restituição”, segundo o ofício enviado à líder dos advogados no dia 6 de setembro e a que o ECO/Advocatus teve acesso.

A justificação da instituição prende-se com “uma expressiva falta de espaço nas suas instalações, não só para acomodar os seus serviços, como para receber entidades externas. Aliás, nesse sentido, irá ter início este mês de setembro de 2024 o processo de auditoria à CPAS por parte da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras”, diz o mesmo ofício.

“A Ordem recebeu o ofício em causa na sexta-feira, está a analisar e a preparar a resposta ao mesmo, no entanto, não pode deixar de lamentar profundamente a atitude da direção, que notifica o Conselho Geral para devolver em 30 dias a Sala do Conselho, recentemente denominada Sala Regina Quintanilha e que está ao serviço da OA desde 2006“, segundo explica a bastonária, em declarações ao ECO.

Esta notificação e a tentativa anterior de não renovação do contrato de arrendamento do Prédio das Escadinhas (que já são instalações complementares dos serviços) demonstram bem que a OA não só necessita de novas instalações, como deve ser proprietária das mesmas, como foi proposto e pelo Conselho Geral e aprovado em Assembleia geral”, concluiu.

Do lado da CPAS, Pedro Mota Soares, vice da instituição, lamenta que “uma comunicação privada da CPAS à Ordem dos Advogados seja remetida à Comunicação Social mesmo antes” de receber uma resposta da OA. “Não obstante, confirmamos que solicitámos a devolução de instalações da CPAS, que são necessárias para acomodarmos serviços que nos permitem responder com qualidade aos nossos beneficiários e que estão a ser ocupados pela OA”, acrescenta.

Auditoria à CPAS para apurar o património

O Governo publicou no final de agosto, em Diário da República o despacho que determina uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras, a qual deverá estar concluída e homologada no prazo de cinco meses. A nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído.

“A complexidade da matéria em apreço, bem como o pretendido apuramento dos impactos da eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, impõem não só a realização de uma auditoria ao património, encargos e responsabilidades futuras daquela entidade, tal como recomendado pela Assembleia da República, mas também uma análise técnica rigorosa aos resultados dessa mesma auditoria em função dos modelos em que tal integração poderá ocorrer”, lê-se em Diário da República.

Este despacho vem extinguir a comissão de avaliação criada em novembro de 2023, que tinha como objetivo analisar uma auditoria, que não foi realizada, e estudar a eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, ou, em alternativa, de ponderar um novo modelo de proteção social, tendo tal comissão sido incumbida de apresentar um relatório no prazo de 12 meses. A comissão de avaliação vai iniciar funções no prazo de 45 dias após a publicação deste despacho.

Bastonária investe 3,4 milhões para novas instalações da Ordem dos Advogados

A bastonária da Ordem dos Advogados anunciou, em janeiro, a compra de um edifício na Av. Gago Coutinho, em Lisboa, para acomodar alguns serviços da OA. “Há uma necessidade há muito identificada de instalações complementares às já existentes para acomodar o bom funcionamento dos órgãos nacionais da Ordem dos Advogados”, diz o Plano de Atividades e Orçamento do Conselho Geral para 2024. Atualmente, as instalações da OA estão situadas no Largo de São Domingos, em Lisboa.

Para isso, o Orçamento para 2024 – que já foi aprovado – estima que, com esta aquisição, se gaste 3,4 milhões de euros. Feitas as contas, o valor para esse investimento na aquisição de um novo imóvel será de 3,1 milhões para a compra em si e 300 mil euros para as obras de adaptação do novo espaço. Inclui ainda o valor que se estima pagar em 2024, de capital e juro, decorrente do financiamento bancário planeado, no montante de 2,4 milhões de euros, projetando-se uma renda de 20 mil euros mensais. A este valor acresce ainda 233 mil euros relativos ao pagamento do Imposto sobre transações (IMT).

Salão Nobre da Sede da Ordem dos Advogados, no Largo de São Domingos, em LisboaHugo Amaral/ECO

Para isso, o CG planeia usufruir de mais 474 mil euros de saldos de tesouraria acumulados para essas despesas com o IMT, bem como para o pagamento das rendas (capital e juro) à entidade bancária de 20 mil euros mensais. E utilizar um milhão de euros do saldo de tesouraria acumulado de anos anteriores.

Mas essa despesa não foi vista com bons olhos pelo Conselho Fiscal da OA. No parecer desta proposta, o presidente Pedro Madeira de Brito, explica que “o Conselho Fiscal manifesta alguma preocupação com o facto do saldo orçamental global ser negativo e estar-se a consumir as reservas de tesouraria acumuladas e bem assim, com a assunção de encargos futuros com a contratualização de financiamento bancário, para além de não ter sido efetuada uma demonstração de custo benefício da opção tomada e do seu efeito no médio prazo”. Compete ao CF acompanhar e controlar a gestão financeira da Ordem dos Advogados bem como dar pareceres, fiscalizar e pronunciar-se sobre assuntos a nível orçamental, contabilístico, financeiro e fiscal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Força Aérea e Neuraspace lançam telescópio ótico em Beja

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Setembro 2024

Objetivo do projeto, financiado em 25 milhões de euros pelo PRR, é garantir a segurança no espaço, evitando a colisão entre satélites ou com detritos espaciais.

A Neuraspace, empresa aeroespacial portuguesa, inaugurou esta terça-feira o primeiro telescópio ótico em Portugal, que resulta de uma parceria com a Força Aérea Portuguesa. O projeto, instalado na Base Aérea N.º 11, em Beja, contou com um financiamento de 25 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em comunicado, a Neuraspace, sediada no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, explica que o objetivo do telescópio é “melhorar a segurança e a sustentabilidade do espaço exterior” e prestar “serviços complementares” a todas as empresas que operam no domínio aeroespacial.

Telescópio ótico instalado na Base Aérea N.º 11, em Beja, resulta de uma parceria entre a Neuraspace e a Força Aérea Portuguesa

Além disso, a empresa refere que permitirá “acrescentar valor” à Plataforma de Gestão de Tráfego Espacial da Neuraspace — que atualmente monitoriza mais de 300 satélites –, ajudando a “realizar operações espaciais seguras e evitar colisões com detritos espaciais e outros satélites”.

Quanto à parceria com a Força Aérea Portuguesa, o telescópio ótico, que “permitirá seguir objetos com elevada fiabilidade”, irá “reforçar as capacidades de Portugal nas áreas de Space Situational Awareness (SSA) e Space Surveillance and Tracking (SST) e a sua especialização no apoio ao avanço da segurança espacial“, detalha a empresa.

Esta parceria com a Neuraspace insere-se na estratégia de capacitação espacial da Força Aérea, que apoiará no conhecimento situacional espacial e desse modo contribuirá para o Space INTEL.

General Cartaxo Alves

Chefe do Estado-Maior da Força Aérea

Em conjunto com as suas capacidades de Inteligência Artificial, o telescópio vai também permitir à Força Aérea Portuguesa “otimizar a análise de dados espaciais, transformando informações complexas em conhecimentos valiosos para fins de defesa e proteção civil“.

“Esta parceria com a Neuraspace insere-se na estratégia de capacitação espacial da Força Aérea, que apoiará no conhecimento situacional espacial e desse modo contribuirá para o Space INTEL, que alavancará superioridade de informação e, por inerência, valor operacional”, afirma o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Cartaxo Alves, citado no comunicado.

Já a diretora-geral da Neuraspace, Chiara Manfletti, dá conta de que “poucas horas após a sua instalação, o telescópio já provou ser fundamental no apoio a vários clientes através da fase crítica Launch and Early Orbit Phase (LEOP), onde os operadores dependem fortemente da precisão exata para a localização de objetos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações de componentes automóveis recuaram 3,7% até julho

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

As vendas para o mercado europeu até julho tiveram uma quebra de 4,7%. Espanha continua a ser o principal destino dos componentes fabricados em Portugal.

As exportações de componentes automóveis recuaram 3,7%, entre janeiro e julho, para 7.200 milhões de euros, segundo dados divulgados esta terça-feira pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

“No que se refere ao acumulado das exportações, entre janeiro e julho, as exportações de componentes automóveis atingiram os 7.200 milhões de euros, registando uma diminuição de 3,7% face ao período homólogo de 2023”, indicou, em comunicado. Só em julho, estas exportações tiveram um aumento de cerca de 1,3%, relativamente ao mesmo período do ano anterior, para 1.000 milhões de euros.

As vendas para o mercado europeu até julho tiveram uma quebra de 4,7%. Espanha continua a ser o principal destino dos componentes fabricados em Portugal (27,6%), seguida pela Alemanha (23,7%) e por França (8,3%).

“A indústria europeia passa por um período conturbado, no entanto, acreditamos na força da nossa indústria para que se consiga encontrar formas de ultrapassar estes desafios”, referiu, citado na mesma nota, o presidente da AFIA, José Couto. Os números hoje divulgados pela associação têm como base as estatísticas do comércio internacional de bens do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.