União Europeia já admite comprar mais gás aos EUA

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

"É claramente uma possibilidade", disse o comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, antes de ressalvar que a UE não quer ficar "numa situação de dependência" energética.

O comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, colocou a hipótese de a União Europeia importar mais gás dos EUA, como sugeriu Donald Trump para reduzir as tarifas.

Questionado sobre se a UE irá comprar mais gás aos EUA no futuro, depois de Trump ter dito que poderia baixar as tarifas se a UE comprasse 350 mil milhões de dólares (cerca de 319,5 mil milhões de euros) em energia aos EUA, Jørgensen disse que “é claramente uma possibilidade”.

O comissário ressalvou, porém, que a UE não quer criar novas dependências e favoreceu a autossuficiência e a diversificação. “Não queremos estar nas mãos de ninguém que nos possa fechar o acesso à energia (…), não queremos continuar a estar numa situação de dependência como essa”, disse Jørgensen em relação às importações de gás russo pela UE antes da invasão da Ucrânia, durante o fórum Energy Summit 2025, realizado em Bruxelas.

O social-democrata dinamarquês acrescentou que a primeira coisa que a UE deve fazer é reduzir a dependência dos combustíveis fósseis através de um sistema de produção baseado na eletrificação e nas energias renováveis, bem como na melhoria da eficiência energética e das redes, o que poderia poupar à UE até 50 mil milhões de euros por ano.

“Mas, nos próximos anos, continuaremos a precisar de combustíveis fósseis e de gás, pelo que temos de diversificar”, acrescentou. Jørgensen sublinhou que a UE deve estar “grata, especialmente à Noruega, aos EUA e ao Qatar, pelo fornecimento de gás à UE desde que a Rússia invadiu a Ucrânia”.

“Se não o tivessem feito nos últimos dois anos, não teríamos conseguido reduzir tanto a dependência”, disse o comissário, que recordou que as importações de gás russo pela UE caíram de 45% para cerca de 13%, embora tenha sublinhado que é preciso fazer mais.

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Joaquim Aguiar é o novo diretor de subscrição Não Vida da Generali Tranquilidade

  • ECO Seguros
  • 8 Abril 2025

A direção de subscrição de riscos Não Vida da seguradora passa a ser liderada por Joaquim Aguiar. Sucede a João Amaral que se irá focar na Direção de Grandes Clientes e Corretores.

Há 33 anos no grupo Generali e com uma vasta experiência em seguros Não Vida, Joaquim Aguiar é o novo responsável pela área de subscrição Não vida da Generali Tranquilidade. Sucede a João Amaral, que acumulava a responsabilidade desta Direção de Subscrição com a da Direção de Grandes Clientes e Corretores da Generali Tranquilidade e passa agora a exercer em exclusividade esta última função, com o objetivo de reforçar o desenvolvimento sustentado do negócio no segmento de empresas.

Para além das funções na Generali Tranquilidade, Joaquim Aguiar é presidente da Direção do Gabinete Português de Carta Verde.

A sua atividade na indústria seguradora iniciou-se no ramo Automóvel na antiga Generali, em 1992, e durante a sua carreira, Joaquim Aguiar foi responsável pela direção técnica do ramo Automóvel, a direção técnica de Property & Casualty e a responsabilidade pela área de Atuariado Não Vida da Generali Companhia de Seguros SA.

Após a fusão da Generali com a Tranquilidade, em 2020 e até à data, esteve integrado na área de Produto e envolvido em projetos estratégicos da Companhia, como são exemplo a migração de carteiras e o desenvolvimento de um novo Core System para a Companhia. Durante este período teve também a responsabilidade pelo reporting interno na área dos produtos Não Vida.

Para além das atuais funções na Generali Seguros, é também o presidente da Direção do Gabinete Português de Carta Verde, cargo que exerce desde 2020.

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Arte que se saboreia (segundo a segundo)

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 8 Abril 2025

A Jaeger-LeCoultre junta-se ao chocolate sculptor Mathieu Davoine numa colaboração artística que celebra o tempo, a natureza e o savoir-faire suíço no âmbito do programa Made of Makers.

O tempo derrete na boca. Literalmente. A mais recente colaboração artística da Jaeger-LeCoultre — apresentada na semana passada durante a Watches & Wonders 2025 — convida-nos a saborear o tempo. Não em segundos, mas em intensos pedaços de chocolate esculpido, onde cada curva é uma ode ao savoir-faire. No universo relojoeiro o tempo também é feito de emoção, criatividade e uma pergunta que desafia séculos de convenções: poderá a relojoaria ser considerada uma forma de arte?

Foi com essa inquietação que nasceu o programa Made of Makers, há quatro anos. Uma iniciativa que procura criar pontes entre a relojoaria e outras expressões artísticas, explorando os seus pontos de contacto e redefinindo a noção de clássico. “Tudo começou com uma discussão em que formulámos uma pergunta: a relojoaria pode ser considerada uma arte?”, relembra a equipa da maison suíça. Com base na definição de arte como “expressão da criatividade humana, evocadora de emoção e sem utilidade funcional”, a resposta tornou-se evidente: sim. Afinal, desde a crise do quartzo, o relógio deixou de ser apenas um instrumento utilitário e passou a ser objeto de contemplação, de desejo — uma forma de expressão.

E se a arte desafia convenções, também o faz o conceito de “clássico”. Para a Jaeger-LeCoultre, ser clássico não é sinónimo de rigidez ou de tradição estagnada. “Clássico é algo em perpétuo movimento. A maioria das maisons que hoje consideramos clássicas foram, em tempos, profundamente disruptivas. Coco Chanel é o exemplo perfeito: nos anos 20 era revolucionária, hoje é um ícone do clássico.” O programa Made of Makers parte precisamente desta premissa: explorar novos territórios criativos que, hoje ousados, poderão ser os clássicos de amanhã.

Pólo, pólen e praliné
Este ano, o território eleito foi o do chocolate, com a colaboração do talentoso chocolatier francês Mathieu Davoine. A escolha não foi aleatória. “Ano após ano, exploramos diferentes universos da arte clássica. Este ano, queríamos algo inesperado, mas profundamente sensorial.” A seleção de Davoine seguiu três critérios: elevada competência sem fama excessiva, percurso não académico e uma personalidade alinhada com os valores da maison — autenticidade, humildade, paixão pelo trabalho manual.

Davoine recebeu o desafio: reinventar a experiência de degustação de chocolate com ingredientes do Vale do Joux e inspiração no mundo do pólo — o mesmo que motivou a criação do lendário modelo Reverso da Jaeger-LeCoultre, concebido nos anos 30 para resistir aos impactos daquele desporto. O resultado? Quatro criações escultóricas, efémeras, provocadoras, que desafiam tanto o paladar como a perceção visual.

Harmonie de Chocolat é o início da viagem de sabores (em que a Fora de Série teve o privilégio de embarcar no café 1931, no centro do stand da Jaeger-LeCoultre na Watches & Wonders), criada por Mathieu Davoine no âmbito desta parceria: uma sinfonia de texturas com mousse de chocolate negro, pérolas crocantes de cacau e ganache aveludada. Uma ode à riqueza sensorial do chocolate em todas as suas formas. A criação seguinte, Garou des Bois, apresenta-se em forma de bola de pólo, com uma combinação aparentemente clássica de baunilha e chocolate, mas que esconde cogumelos na sua composição — um convite à surpresa. Já Éclat de Caviar estimula a curiosidade, evocando a graxa das botas dos jogadores de pólo, numa pequena caixa onde se escondem micro-esferas de chocolate com tapenade de azeitona. O azeite no chocolate já não é novidade, mas a tapenade? Uma provocação deliciosa. Por fim, Douceur du Cavalier, inspirado no clássico Petit Écolier francês, mistura chocolate com pólen, numa evocação nostálgica à infância e aos sabores reconfortantes da memória do mestre chocolatier.

“O chocolate assume infinitas formas, desde a textura crocante à suavidade aveludada. Cada criação é um convite a uma viagem sensorial. No entanto, uma questão permanece. Existe realmente um limite para a criatividade? Quando a Jaeger-LeCoultre me pediu para reinventar a experiência de degustação de chocolate, vi uma oportunidade única de libertar a minha imaginação e ultrapassar os limites do sabor. Explorar a ligação entre o domínio técnico e a liberdade de expressão. Estar na intersecção do artesanato e da arte. Arte é desafiar expectativas. Azeitona, cogumelo, pólen. Imagino misturas inesperadas, combinações e sabores contrastantes para criar algo totalmente único. Praliné, trufa, fudge, desde um crocante crocante a um suave veludo. A inovação vai para além do sabor. O meu trabalho é também um jogo de texturas e contrastes para criar sensações em camadas. Microbolas, esculturas, trompe l’oeil, criando surpresas visuais através de ilusões de ótica”, conta Davoine.

Cada peça é mais do que um bombom: é uma escultura comestível, uma ilusão de ótica, uma experiência sensorial que teve a sua estreia na Watches & Wonders, mas que acompanhará os eventos Reverso da marca ao longo de todo este ano, desde pop-ups a ativações nas lojas, levando esta viagem de sabor e arte ao mundo.

“O chocolate tem algo de efémero e sensual. É uma matéria-prima viva, que reage ao toque, à temperatura, ao tempo. Tal como os relógios, exige um domínio técnico absoluto e um respeito profundo pela tradição. Para mim, o maior desafio criativo foi ousar”, confessa Mathieu Davoine. Ousadia, afinal, é a essência de toda a arte que perdura — e talvez, daqui a algumas décadas, estas esculturas efémeras de chocolate sejam lembradas como os clássicos de um tempo em que relojoaria e criatividade caminhavam lado a lado.

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J+Legal assessora a BrazFin, S.A., sociedade detida pela BlueCrow Capital

As duas transações foram coordenadas pelo associado sénior Lourenço Côrte-Real, que assessorou a BrazFin em todas as operações de negociação.

A J+Legal assessorou a BrazFin, S.A., sociedade detida pela BlueCrow Capital – Fundo de Capital de Risco português – em duas operações de venda de um conjunto de ativos imobiliários sitos em Alenquer e na Costa de Caparica a dois investidores institucionais, sendo o valor de ambas confidencial.

Uma das operações de venda respeita um conjunto de lotes de terreno para construção sitos na zona de Alenquer, estando já em curso as operações urbanísticas para início da respetiva construção e posterior comercialização de diversas frações destinadas a comércio, serviços e habitação.

As duas transações foram coordenadas pelo associado sénior Lourenço Côrte-Real, que assessorou a BrazFin em todas as operações de negociação, bem como de implementação das mesmas, incluindo negociação de garantias e mecanismos de pagamento do preço, até ao respetivo closing, que se deu no início desta semana.

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IVA zero do PS para um cabaz de alimentos essenciais deve custar 643 milhões de euros por ano

Socialistas não revelam o impacto. Mas a fatura poderá ultrapassar os 600 milhões, tendo por base a perda de receita em 550 milhões, em 2023, quando a medida foi implementada, e a subida dos preços.

O IVA zero, proposto pelo PS no programa eleitoral, para um cabaz de alimentos essenciais poderá custar 642,9 milhões de euros por ano, tendo em conta o impacto que a medida semelhante teve, entre abril e dezembro de 2023, de 550 milhões do lado da perda de receita, e a subida dos preços em 3,7%, entre o final de 2023 e a primeira semana de abril deste ano, calculada pela Deco Proteste. Os socialistas recusam revelar a fatura para o Estado nem indicam quantos e quais os produtos que estarão isentos de imposto.

António Mendonça Mendes, da cúpula do partido e autor do cenário macroeconómico do programa eleitoral, indicou apenas que os socialistas estimam gastar 730 milhões de euros com todas as propostas fiscais, desde o IVA zero na alimentação à redução do imposto para a taxa mínima, de 6%, para todo o consumo de eletricidade com potência contratada até 6,9 kVA, à descida do IUC em 20% para automóveis até média cilindrada, matriculados após 1 de julho de 2007 ou à criação do “ano zero” para o IRS Jovem. Significa que só o IVA zero nalguns bens poderá representar 90% da despesa com redução de impostos.

“Em vez de 1.750 milhões de euros, que é a proposta da AD de diminuição do IRC, aquilo que propomos é dar esses 1.750 milhões às famílias. Para ser mais concreto, 1.744 milhões de euros, divididos entre medidas fiscais (730 milhões), prestações e apoios (270 milhões), habitação e Serviço Nacional de Saúde (744 milhões)”, concretizou esta segunda-feira, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O regresso permanente do IVA zero para um cabaz de produtos alimentares essenciais é uma das principais medidas fiscais do programa com que o PS concorre às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio. Os socialistas não esclarecem, porém, que bens serão abrangidos, mas prometem uma monitorização permanente, que “assegure que as margens de lucro da distribuição não se apropriam dos ganhos para os consumidores”, sublinhou Mendonça Mendes.

Apesar de os socialistas não detalharem quais os produtos que estarão isentos de imposto nem indicarem o impacto para os cofres do Estado, do lado da perda de receita, é possível extrapolar a partir das estimativas feitas pelo anterior Governo socialista, de António Costa, quando implementou, de forma temporária, entre abril e dezembro de 2023, o IVA zero para um cabaz de 46 alimentos essenciais, uma medida para mitigar o efeito da inflação sobre os consumidores.

Estes foram os bens que beneficiaram da eliminação do imposto:

  • Cereais e derivados e tubérculos, como pão, batata, massa e arroz;
  • Legumes e hortaliças como cebola, tomate, couve-flor, alface, brócolos, cenoura, courgette, alho francês, abóbora, grelos, couve portuguesa, espinafres, nabo e ervilhas;
  • Frutas em estado natural, como a maçã, banana, laranja, pera e o melão;
  • Leguminosas em estado seco, especificamente o feijão vermelho e o feijão frade, bem como o grão (não inclui os produtos em frasco);
  • Laticínios, como leite de vaca “em natureza, esterilizado, pasteurizado, ultrapasteurizado, fermentado e em pó” e queijos, mas também iogurtes e bebidas vegetais;
  • Carne e miudezas comestíveis, frescas ou congeladas, como porco, frango, peru e vaca;
  • Peixe fresco, congelado, seco, salgado ou salmoura, como o bacalhau, sardinha, pescada, carapau, dourada e cavala (excluindo o peixe fumado e conserva);
  • Latas de atum em conserva;
  • Ovos (só de galinha);
  • Gorduras e óleos, nomeadamente o azeite, óleos alimentares e a manteiga;
  • Bebidas e iogurtes de base vegetal, sem leite e laticínios;
  • Produtos dietéticos destinados à nutrição entérica e produtos sem glúten

Inicialmente, a isenção do imposto era para vigorar entre meados de abril e outubro e teve um impacto de 410 milhões de euros, segundo as contas do então ministro das Finanças, Fernando Medina. Com o alargamento da medida para o final de dezembro, o Executivo de então indicou que a fatura iria subir mais 140 milhões de euros, ou seja, 70 euros por cada mês, o que gerou uma despesa global de 550 milhões de euros. Se o IVA zero tivesse sido aplicado ao longo dos 12 meses do ano, o custo seria os 620 milhões, aos preços de 2023.

Tendo em conta a atualização que é feita semanalmente pela Deco Proteste, um cabaz de 62 bens alimentares essenciais custava 230,1 euros, a 27 de dezembro de 2023. Na primeira semana de abril, o mesmo conjunto de produtos já pesava mais 8,4 euros nos bolsos das famílias, com a fatura a chegar aos 238,5 euros. Trata-se de uma subida de 3,7%. Aplicando este aumento dos preços ao custo final do IVA zero, de 620 milhões de euros, dá uma perda de receita adicional de 22,94 euros, elevando o impacto para 642,9 milhões de euros por ano.

De salientar, no entanto, que a monitorização da Deco é feita tendo em conta os preços mais de 60 alimentos e que a medida do Governo de maioria absoluta socialista, de António Costa, dirigiu-se a um conjunto de produtos mais restrito: 46.

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Musk insulta publicamente conselheiro de Comércio de Donald Trump

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

O conselheiro para o de Comércio da Casa Branca considera que o responsável da Tesla "não é um fabricante de automóveis", mas apenas um "montador" que trabalha com peças importadas da Ásia.

O CEO da empresa automóvel Tesla, Elon Musk, insultou esta terça-feira o consultor de Comércio de Donald Trump, Peter Navarro, chamando-lhe “idiota” e “mais burro que um saco de tijolos” em mensagens na sua rede social.

Musk – que é considerado o homem mais rico do mundo e que está a liderar uma missão para reduzir radicalmente as despesas públicas dos Estados Unidos – escreveu em duas mensagens, divulgadas na rede social X, que Peter Navarro era um “idiota” e que era “mais burro que um saco de tijolos”, na tradução literal da expressão que utilizou.

O empresário – que tem sido aliado próximo do Presidente Donald Trump, e que financiou generosamente a sua campanha eleitoral – escreveu estes comentários sobre um vídeo em que o consultor de Comércio da Casa Branca considera que o responsável da Tesla “não é um fabricante de automóveis”, mas apenas um “montador” que trabalha com peças importadas da Ásia.

“O que queremos, e é aqui que temos visões diferentes de Elon, é que os pneus sejam feitos” nos Estados Unidos, assim como as transmissões e os motores, explica Peter Navarro neste vídeo, retirado de uma entrevista à cadeia televisiva CNBC. “Navarro é um completo idiota. O que ele está a dizer aqui é falso e facilmente comprovado”, reagiu Musk.

Musk voltou à carga numa terceira mensagem furiosa, acrescentando que, de todos os fabricantes de automóveis, a Tesla tinha “o conteúdo mais americano”.

Elon Musk já tinha sinalizado, mas de forma mais discreta, a sua oposição à política radicalmente protecionista de que Peter Navarro é um dos principais arquitetos e que resultou na semana passada no anúncio de taxas alfandegárias, algumas astronómicas, contra os parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Os meios de comunicação social norte-americanos já tinham relatado tensões entre o empresário e outros membros do Governo de Trump sobre o desmantelamento de grandes setores da burocracia federal por Musk. Donald Trump manteve o seu apoio a Musk até agora, mas recentemente sinalizou várias vezes que a missão do empresário hiperativo dentro do seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) não durará para sempre.

Nas últimas semanas, outros grandes nomes do mundo empresarial, muito menos próximos do Presidente norte-americano, também manifestaram, embora com cautela, as suas dúvidas sobre a política comercial da Casa Branca.

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Bolsa de Lisboa segue Europa e sobe 2,8% na melhor sessão em um ano

PSI teve melhor desempenho desde abril de 2024, com Mota-Engil a recuperar 8%. Cenário semelhante na Europa, ainda que o sentimento permaneça frágil, a horas de entrarem em vigor as tarifas dos EUA.

A bolsa de Lisboa registou esta terça-feira a maior subida percentual em um ano, num dia marcado pela recuperação dos principais índices mundiais, depois de perdas avultadas nas três sessões anteriores. O sentimento dos investidores mantém-se frágil, enquanto aguardam clareza sobre as novas tarifas recíprocas dos EUA que deverão entrar em vigor nesta madrugada.

O PSI fechou a somar 2,8%, para 6.437,75 pontos, alinhado com a subida de 2,72% do índice de referência europeu Stoxx 600. As restantes praças da Europa assistiram a subidas equivalentes nesta sessão, mas continuam em níveis inferiores aos registados antes do anúncio das “tarifas recíprocas” pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, no passado dia 2 de abril.

Em Lisboa, o dia foi positivo para praticamente todas as cotadas, com a Mota-Engil à cabeça (ver gráfico). A construtora avançou 8,02%, para 3,15 euros por ação, depois de na segunda-feira ter sido uma das cotadas mais penalizadas durante a turbulência que se instalou nos mercados financeiros.

Evolução da Mota-Engil na bolsa de Lisboa:

Já a EDP Renováveis, uma das cotadas portuguesas mais expostas aos EUA, valorizou 4,79%, para 7,215 euros, depois de ter afundado mais de 15% nas duas sessões anteriores. No entanto, a EDP Renováveis continua a ser o membro do PSI com o pior desempenho desde o início do ano, vendo os seus títulos perderem mais de 30% do respetivo valor.

Na banca, as ações do BCP recuperaram 3,64% e fecharam nos 49,32 cêntimos, com a empresa liderada por Miguel Maya a quebrar um ciclo de cinco sessões consecutivas de perdas, em que acumulou uma queda de cerca de 16%. No entanto, o banco continua a negociar abaixo do valor de referência de 50 cêntimos por ação.

Das ações para as matérias-primas, o barril de petróleo negoceia com perdas ligeiras, com o Brent a cair 0,36% e a valer menos de 64 dólares em Londres, enquanto o WTI descia 0,33% em Nova Iorque, para 60,5 dólares.

Entretanto, o preço spot do ouro, o ativo de refúgio de eleição dos investidores, avançava 0,75%, para 3.005 dólares a onça.

Mercados aguardam tarifas

As novas tarifas recíprocas dos EUA contra alguns dos seus principais parceiros comerciais deverão entrar em vigor esta madrugada, quando forem 5h01 em Lisboa. Os novos direitos aduaneiros afetam também as importações de bens oriundas da União Europeia (UE), que ficarão sujeitas a uma taxa adicional de 20%.

Ainda assim, alguns investidores mantêm a esperança de que eventuais negociações entre os EUA e os vários países afetados possam chegar a bom porto. Segundo a Bloomberg, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, irá deslocar-se aos EUA na próxima semana para tentar extrair diretamente de Donald Trump concessões para a UE.

Apesar da abertura para negociar, a Comissão Europeia entregou esta segunda-feira à noite aos Estados-membros uma longa lista de produtos norte-americanos que poderão ser alvo de novas tarifas aduaneiras, como forma de retaliação, noticiou o ECO esta terça-feira. A lista será votada pela Comissão Europeia na quarta-feira, com as primeiras taxas previstas para entrarem em vigor no dia 16 de maio, de acordo com um documento preliminar a que o ECO teve acesso.

As atenções estão particularmente voltadas para a China, que já retaliou contra os EUA ao imitar a tarifa adicional de 34% anunciada por Trump na semana passada. A decisão de Pequim levou Donald Trump a ameaçar, na segunda-feira, impor um novo adicional 50% já a partir desta madrugada, caso o regime chinês não recue nessa decisão. A confirmar-se, o imposto aduaneiro sobre as importações chinesas dos EUA poderá ascender aos 104%.

(Notícia atualizada às 17h25 com mais informação)

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Centromarca com prémio de 2.500 euros para distinguir ‘Jornalismo que Marca’

  • + M
  • 8 Abril 2025

A distinção é atribuída aos jornalistas autores do melhor trabalho que aborde temas relevantes na área das marcas e do seu contexto económico e social. As candidaturas decorrem até 28 de maio.

A Centromarca — Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca está a lançar a 7ª edição do prémio ‘Jornalismo que Marca’. A iniciativa pretende distinguir “trabalhos jornalísticos que abordem temas relevantes na área das marcas e do seu contexto económico e social”.

A distinção é atribuída aos jornalistas, detentores de carteira profissional, autores do melhor trabalho individual ou coletivo publicado durante o ano de 2024 num qualquer órgão de comunicação social ativo em Portugal. O prémio é de 2.500 euros.

A concurso podem ser submetidos trabalhos em qualquer formato (imprensa, rádio, televisão ou digital) que abordem aspetos relevantes para as marcas, o mercado ou o consumidor. As candidaturas decorrem até 28 de maio e o anúncio do vencedor é feito até ao dia 26 de junho.

“Nesta sétima edição do prémio ‘Jornalismo que Marca’ queremos, mais uma vez, reconhecer e valorizar o trabalho dos jornalistas que, com rigor e profissionalismo, contribuem para uma melhor compreensão do mercado e das marcas, esse que é um papel fundamental para o desenvolvimento económico e social do país“, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado em comunicado.

O júri é composto por representantes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), da Direção-Geral do Consumidor (DGC), da Direção-Geral da Economia (DGE), do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), da Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing (APAP), da Associação Portuguesa dos Anunciantes (APAN), da Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM) e da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.

Ricardo Miranda, sócio e diretor criativo da agência Wonder Why, é o presidente do júri. “As marcas têm uma voz e uma história, e o jornalismo tem o poder de amplificá-las. Queremos reconhecer os trabalhos que se destacam pela sua capacidade de storytelling e que dão palco às marcas que procuram fazer a diferença, promovendo um debate construtivo sobre o seu papel na sociedade“, aponta.

As candidaturas podem ser submetidas através do e-mail [email protected]. O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis online aqui.

Paula Martinho da Silva, jornalista da RTP, foi a vencedora da última edição com a reportagem ‘A Moda Que Nos Consome’.

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Tabaco aquecido, chocolate branco, champô e roupa. Os produtos americanos com que Bruxelas quer retaliar

Bruxelas quer responder aos EUA aplicando taxas em três fases. A longa lista de produtos que será votada amanhã, a que o ECO teve acesso, inclui papel higiénico, bolachas ou pastilhas elásticas.

Chocolate branco, pastilhas elásticas, rebuçados para a tosse, perfumes, tabaco aquecido, adesivos para deixar de fumar, vestuário, papel higiénico e banheiras. Estes são alguns dos produtos norte-americanos aos quais a Comissão Europeia prevê aplicar taxas alfandegárias de 25% como retaliação à guerra comercial desencadeada pela Administração Trump, de acordo com o documento a que o ECO teve acesso.

A Comissão Europeia enviou aos Estados-membros na segunda-feira ao final do dia a lista de produtos que será votada na quarta-feira de manhã. De acordo com fontes comunitárias, Bruxelas alerta que o impacto das tarifas americanas aos produtos de aço e alumínio da União terão um impacto económico negativo “considerável” nas indústrias europeias.

A estratégia de resposta do executivo comunitário passa por três fases, justificando a opção com o direito ao reequilíbrio previsto nos regulamentos comunitários. Primeiro, a Comissão prevê avançar, a partir de 15 de abril, com taxas adicionais de 10% e 25% sobre as importações americanas, que estavam suspensas, com exceção do uísque bourbon e alguns uísques blended que são retirados da lista. Uma lista elaborada quando Jean-Claude Juncker era o presidente da Comissão Europeia e Donald Trump o Presidente dos Estados Unidos. Na altura, a Comissão decidiu suspender a aplicação de tarifas sobre os produtos americanos mais emblemáticos como o wisky ou as motos Harley Davidson, no âmbito das negociações para travar as tarifas do primeiro mandato de Trump.

Bruxelas justifica que o valor total dos direitos aduaneiros para esta parte do reequilíbrio da União (1,6 mil milhões de euros) reflete “as medidas de salvaguarda dos Estados Unidos de 2018 na forma de direitos aduaneiros adicionais sobre as importações de produtos de aço e alumínio originários, entre outros, da União, nos níveis iniciais de 25% e 10% ad valorem, respetivamente”.

Neste sentido, explica que foram ponderados “o período de tempo que decorreu desde sua introdução em 2018, a evolução dos fluxos comerciais” e o facto de procurar “tornar as medidas de reequilíbrio como um todo mais equilibradas.

A segunda fase da resposta aos Estados Unidos passa pela proposta da aplicação de taxas aduaneiras adicionais de 25% sobre uma lista de produtos a partir de 16 de maio. De acordo com a última versão do documento a que o ECO teve acesso, pastilhas elásticas, gomas, chocolate branco, bolachas e biscoitos, caramelos, pastas e massas, incluindo o maçapão, em embalagens imediatas de conteúdo líquido igual ou superior a um quilo e pastilhas para a garganta e rebuçados para a tosse são alguns dos produtos da lista remetida aos Estados-membros.

A lista, que ainda poderá sofrer alterações, prevê assim que a partir de meados de maio patos, gansos, perus, galinhas D’Angola, ovos frescos de aves da espécie Gallusdomesticus, camarões embalados de conteúdo líquido não superior a dois kg, alguns tipos de açúcar e tripas terão taxas adicionais de 25%.

O mesmo sucede aos feijões, laranjas, mandarinas, clementinas, limões, melancias, pêssegos do Paraguai, nectarinas, framboesas e amoras, mas também café, chá verde e chá preto, pimenta, canela, noz-moscada, coentros em pó, gengibre em pó, açafrão, caril, curcuma, tomilho em pó, arroz castanho e farinha de trigo.

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. EPA/MICHAEL BUHOLZEREPA/MICHAEL BUHOLZER

Bruxelas quer também taxar adicionalmente o molho de soja, farinha de mostarda, gelados, águas, incluindo as minerais e as gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes ou aromatizadas, e bebidas à base de soja.

Além de produtos alimentares a lista estende-se a perfumes, águas-de-colónia, champôs, preparações para ondulação ou alisamento, dentífricos, preparações para barbear, desodorizantes, fio dental, sabonetes, sais perfumados e outras preparações para banhos. O tabaco aquecido que contenha nicotina, bem como os adesivos para deixar de fumar são outros dos produtos que constam da lista de retaliação.

Entre os produtos propostos contam-se também artigos de seleiro ou de correeiro, para quaisquer animais, incluindo as trelas, joelheiras, focinheiras e agasalhos para cães e artigos semelhantes, bem como muletas e pastas de documentos e para estudantes em couro ou em plástico.

Produtos industriais alvo de tarifas

A longa lista inclui também banheiras, polibãs, pias e lavatórios, assentos e tampas de sanitários, mas também partes de serviços de mesa, artigos de cozinha e outros artigos de uso doméstico, esponjas, esfregões, luvas e artigos semelhantes para limpeza, algumas facas, assim como colheres, garfos, conchas, escumadeiras, pás para tortas, facas especiais para peixe ou para manteiga, pinças para açúcar e artigos semelhantes de aço inoxidável sejam prateados, dourados ou platinados.

A Comissão quer também incluir minérios de cobre e concentrados, portas e janelas e os caixilhos, alizares e soleiras, estores, bem como rodízios, fechos automáticos de portas, ferragens para automóveis e para encadernação de folhas soltas ou para classificadores e molduras para fotografias, gravuras ou semelhantes e espelhos.

A ofensiva do executivo comunitário estende-se ainda a diversos materiais de cariz mais industrial como minérios de cobre e seus concentrados, estacas-pranchas, condutores de corrente, com parte de metal não ferroso, vários tipos de carris (trilhos), vários tipos de tubos e tachas, pregos, parafusos, porcas, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços, anilhas (arruelas) e artigos semelhantes.

Na lista são especificados vários produtos de aço inoxidável, uma matéria-prima sobre a qual Trump já decidiu impor tarifas de 25% a 12 de março. Assim, as importações de reservatórios, tonéis, cubas e tubos de vários tipos passam a ser alvo de uma tarifa de adicional de 25%.

Amêndoas e alguns tipos de soja triturada taxadas a partir de dezembro

A terceira fase da resposta de Bruxelas passa por taxas aduaneiras adicionais de 25% a partir de 1 de dezembro a amêndoas e alguns tipos de soja triturada.

A proposta da Comissão Europeia não é ainda uma retaliação às tarifas adicionais de 20% às importações europeias anunciadas por Donald Trump na semana passada, mas sim às tarifas em vigor desde março. O executivo comunitário está a preparar uma resposta mais alargada à decisão de Trump, que deverá ser apresentada no final de abril, de acordo com fontes comunitárias.

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Meta vai bloquear transmissões em direto no Instagram a menores de 16 anos

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

Segundo a Meta, as contas Instagram para adolescentes são utilizadas por 54 milhões de menores de 18 anos em todo o mundo, sendo que mais de 90% dos jovens entre os 13 e os 15 anos.

A Meta vai bloquear a funcionalidade de transmissões em direto no Instagram a menores de 16 anos permitido apenas que aqueles com autorização parental a possam utilizar, avançou o jornal britânico The Guardian.

Este anúncio vem na sequência do alargamento das medidas de segurança para adolescentes que a Meta tem vindo a implementar sendo que a empresa de redes sociais estende as suas salvaguardas para menores às plataformas Facebook e Messenger.

Os menores de 16 anos serão impedidos de utilizar a funcionalidade de transmissão em direto do Instagram, exceto se tiverem autorização dos pais e também será necessária autorização para desativar a funcionalidade que desfoca as imagens com suspeitas de nudez nas suas mensagens diretas.

As alterações foram anunciadas juntamente com a extensão do sistema de contas para adolescentes do Instagram ao Facebook e ao Messenger, sendo que as contas para adolescentes foram introduzidas no ano passado.

Estas colocam os menores de 18 anos, por defeito, numa configuração que inclui a possibilidade de os pais estabelecerem limites de tempo diários para a utilização da aplicação, de impedirem os adolescentes de utilizarem o Instagram em determinadas alturas e de verem as contas com as quais os seus filhos trocam mensagens.

O The Guardian escreve que as contas de adolescentes do Facebook e do Messenger serão lançadas inicialmente nos EUA, Reino Unido, Austrália e Canadá e tal como acontece com as contas do Instagram, os utilizadores com menos de 16 anos precisarão da autorização dos pais para alterar as definições.

Segundo a Meta, as contas Instagram para adolescentes são utilizadas por 54 milhões de menores de 18 anos em todo o mundo, sendo que mais de 90% dos jovens entre os 13 e os 15 anos mantêm as suas restrições por defeito.

A NSPCC, uma das principais instituições de caridade para a proteção das crianças, disse que se congratulava com o alargamento das medidas ao Facebook e ao Messenger, mas disse que a Meta tinha de trabalhar mais para evitar que aparecesse material nocivo nas suas plataformas.

“Para que estas alterações sejam verdadeiramente eficazes, devem ser combinadas com medidas pró-ativas para que os conteúdos perigosos não proliferem no Instagram, Facebook e Messenger“, afirmou o diretor adjunto da política de segurança infantil online da NSPCC, Matthew Sowemimo.

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Prejuízos do BES descem para 402,2 milhões de euros

Os prejuízos do BES caíram significativamente em 2024, mas o banco em liquidação continua atolado em dívidas, num passivo de 11 mil milhões de euros e num labirinto judicial sem saída à vista.

Os resultados de 2024 do Banco Espírito Santo (BES) em liquidação mostram uma redução significativa dos prejuízos face ao ano anterior, situando-se nos 402,2 milhões de euros. Este valor contrasta com os 3,1 mil milhões de euros registados em 2023, um ano marcado por decisões judiciais que agravaram o passivo da instituição.

Segundo o relatório e contas da instituição, publicado esta terça-feira, a Comissão Liquidatária do BES destaca que este resultado reflete “os encargos associados aos passivos existentes” e a continuidade do processo de liquidação judicial.

Em 2023, o banco, outrora liderado por Ricardo Salgado, foi fortemente penalizado por decisões dos tribunais que reconheceram o Fundo de Resolução como credor privilegiado, com um crédito total de 2,7 mil milhões de euros. Este fator contribuiu para que o passivo líquido do BES ultrapassasse os 10 mil milhões de euros no final desse ano.

Nenhum acionista ou credor da instituição pode suportar um prejuízo superior ao que suportaria caso essa instituição tivesse entrado em liquidação.

Comissão Liquiditária do BES

Relatório e contas de 2024

Apesar da melhoria relativa em 2024, o cenário financeiro do banco continua profundamente negativo, como retrata o passivo de 11,1 mil milhões de euros e um capital próprio negativo em 10,9 mil milhões de euros – 3,8% acima dos números de 2023 em ambas as rubricas.

“O ativo do BES é insuficiente para o pagamento dos créditos do Fundo de Resolução, pelo que não haverá pagamentos às outras classes de créditos (comuns e subordinados)”, refere o relatório da Comissão Liquidatária.

Segundo o relatório e contas, durante o ano passado, a atividade do BES concentrou-se em várias frentes ligadas ao processo de liquidação:

  • Verificação e graduação de créditos: A tramitação judicial relacionada com a lista de credores reconhecidos e não reconhecidos foi uma prioridade. Foram extintas 302 impugnações das 1.946 apresentadas até ao final de 2024, “permanecendo, assim, para decisão posterior, 1.644 impugnações.”
  • Liquidação de ativos: O documento revela que a Comissão Liquidatária prosseguiu com esforços para recuperar créditos e liquidar participações societárias. Entre os ativos destacados estão créditos sobre o Grupo Espírito Santo (GES) e a participação na sociedade Espírito Santo Health Care Investments, S.A., já em fase de liquidação.
  • Processos-crime: O banco manteve-se envolvido em vários processos judiciais relacionados com crimes económicos no universo GES, com destaque para o facto de em outubro ter-se iniciado o julgamento relativo ao caso BES Angola.

O relatório sublinha que a situação financeira do BES continua a ser condicionada pela insuficiência dos ativos face aos passivos reconhecidos. “Nenhum acionista ou credor da instituição pode suportar um prejuízo superior ao que suportaria caso essa instituição tivesse entrado em liquidação”, reafirma a Comissão Liquidatária, citando o princípio “no creditor worse off”.

O banco continua atolado em passivos significativos e num processo judicial complexo que limita as perspetivas de recuperação para os seus credores comuns.

Adicionalmente, as ações judiciais pendentes continuam a gerar incertezas quanto à evolução futura da liquidação. O relatório destaca que “o processo judicial de liquidação deverá prolongar-se por largos períodos”, dada a complexidade das questões legais e financeiras envolvidas.

Embora os prejuízos do BES tenham diminuído drasticamente em relação a 2023, esta melhoria numérica não altera substancialmente o quadro precário da instituição em liquidação. O banco continua atolado em passivos significativos e num processo judicial complexo que limita as perspetivas de recuperação para os seus credores comuns.

No relatório e contas do ano passado, a Comissão Liquidatária refere que se mantém focada na gestão dos ativos remanescentes e na resolução das disputas judiciais. Contudo, como conclui o relatório, “o ativo existente é insuficiente para cobrir as responsabilidades prioritárias”, deixando os credores subordinados sem perspetivas reais de recuperação.

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Quase 841 mil pessoas acompanharam debate entre Paulo Raimundo e Luís Montenegro

  • + M
  • 8 Abril 2025

Paulo Raimundo e Luís Montenegro protagonizaram o primeiro debate no âmbito das legislativas de 18 de maio. Pedro Nuno Santos estreia-se esta noite, com Mariana Mortágua. A Dentsu analisa os dados.

Quase 841 mil telespectadores acompanharam na noite desta segunda-feira o frente-a-frente entre o líder da CDU e o AD, o primeiro dos quase 30 debates que vão decorrer no âmbito das legislativas de 18 de maio.

Transmitido na TVI, na CNN Portugal e mais tarde na RTP3, o debate entre Paulo Raimundo e Luís Montenegro foi visto por 737,3 mil pessoas na estação generalista, às quais se juntam 95,3 mil na CNN Portugal e mais 8,2 mil, em diferido, na RTP3, mostra a análise elaborada pela Dentsu para o +M.

O primeiro dia de debates fica também marcado pelo frente-a-frente entre André Ventura e Inês Sousa Real, na RTP3, confronto que foi visto por 79,1 mil pessoas.

Para a noite desta terça-feira está marcado o debate entre Pedro Nuno Santos e Mariana Mortágua, na SIC, e também entre André Ventura e Rui Tavares, na RTP3.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

 

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