Investigadores criam sistema de lubrificação sustentável para aplicações mecânicas

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Investigação da FCTUC tem "implicações significativas para várias indústrias que procuram melhorar o desempenho mecânico enquanto reduzem o impacto ambiental".

Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveram um sistema de lubrificação sustentável que melhora consideravelmente a resistência ao desgaste e à corrosão em aplicações mecânicas, anunciou aquela instituição de ensino superior.

O responsável pela criação deste sistema, desenvolvido no âmbito do projeto internacional “LubEnergy”, é o investigador do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da FCTUC e do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos (CEMMPRE) Fábio Ferreira, revelou a FCTUC num comunicado.

Esta investigação surgiu com o objetivo de melhorar os componentes mecânicos, pois cada vez mais temos a problemática do atrito e do desgaste, que consequentemente conduz a um maior gasto de energia”, explicou Fábio Ferreira.

Nos automóveis, por exemplo, se o motor tem muito atrito, gasta mais combustível para poder mover os componentes e o carro andar.

Esta investigação surgiu com o objetivo de melhorar os componentes mecânicos, pois cada vez mais temos a problemática do atrito e do desgaste, que consequentemente conduz a um maior gasto de energia.

Fábio Ferreira

Investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

Assim, assegurou, ao integrar revestimentos de carbono tipo diamante dopados com gadolínio (Gd-DLC) com líquidos iónicos, além de melhorar em quase 50% a performance desses componentes, foram abordadas as preocupações ambientais associadas a aditivos lubrificantes convencionais, como dialquilditiofosfatos de zinco (ZnDTPs).

“Os lubrificantes tradicionais dependem de aditivos que podem ter impactos ambientais negativos devido aos altos níveis de fósforo, enxofre e zinco”, esclareceu o líder do projeto, frisando que o objetivo era desenvolver uma alternativa mais sustentável que não comprometesse o desempenho.

A investigação envolveu o desenvolvimento de revestimentos de DLC com concentrações variadas de gadolínio para melhorar as suas propriedades de resistência ao desgaste.

“Quando combinados com líquidos iónicos específicos, os revestimentos de Gd-DLC não só reduziram o desgaste, como também forneceram excelente proteção contra corrosão, mesmo na presença de líquidos iónicos contendo brometos, que geralmente corroem superfícies de aço”, sustentou a FCTUC.

De acordo com Fábio Ferreira, as técnicas de análise de superfície revelaram que a presença de gadolínio facilita a adsorção de iões de fosfato dos líquidos iónicos na superfície do DLC, resultando na formação de tribofilmes ricos em fósforo que aumentaram a resistência ao desgaste.

A investigação desenvolvida tem implicações significativas para várias indústrias que procuram melhorar o desempenho mecânico enquanto reduzem o impacto ambiental”, sublinhou.

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Sabseg compra mais duas corretoras de seguros em Espanha

A corretora continua a expansão em Espanha tendo agora adquirido uma corretora especialista em turismo de lazer e uma vocacionada para grandes negócios. Promete mais 6 aquisições até ao fim deste ano.

A corretora de Seguro Sabseg, anunciou hoje a aquisição de mais duas corretoras em Espanha , a Euromex na região de Vitoria, e a PG, baseada em Saragoça, para fortalecer a sua posição no mercado espanhol. A corretora de base portuguesa revelou ainda querer concluir, até final deste ano, o processo de aquisição de mais seis corretoras.

A corretora liderada por Miguel Machado quer concretizar mais seis aquisições até ao final do ano e terminar 2024 com uma carteira de seguros de 600 milhões de euros.

A Euromex foi fundada em 1991 e destacou-se pela sua experiência na área de seguros para empresas, com especialização em desportos de aventura e lazer, tendo uma carteira no valor aproximado de 6 milhões de euros de prémios. Segundo a Sabseg “esta é uma integração que reforça a liderança no escalão de pequenas e médias empresas, além de conferir ainda mais experiência no setor público”

Já a PG Corretores, fundada em 1990, é uma referência no segmento dos grandes negócios, gerindo mais de 11 milhões de euros de prémios. A experiência da PG no que diz respeito a seguros industriais, técnicos e financeiros, permite à Sabseg “ampliar a sua capacidade de oferecer soluções avançadas e personalizadas na gestão de negócios industriais, reforçando a presença em Aragão e no Pais Basco”

A Sabseg sublinha “o compromiso na liderança da intermediação de seguros, contando fechar o ano de 2024 com mais de 600 milhões de euros de prémios sob gestão, no mercado ibérico”.

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Empresários pedem prioridade à lei do trabalho na Concertação Social. UGT “sem tabus”

Ministra do Trabalho não avança que matérias serão prioritárias na discussão na Concertação, mas confederações empresariais dão destaque à lei do trabalho. UGT não fecha a porta, mas CGTP receia.

As confederações empresariais querem que a lei do trabalho seja prioritária na discussão que será feita no próximo ano na Concertação Social. Tiago Oliveira, da CGTP, mostrou-se preocupado com esse foco, mas Mário Mourão, da UGT, garantiu não ter tabus. Já a ministra do Trabalho não quis revelar se a legislação laboral será ou não a primeira matéria a ser abordada nesta sede em 2025, avisando que, primeiro, tem de fechar o calendário com os parceiros sociais.

O acordo de salários e crescimento económico assinado no mês passado na Concertação Social pelo Governo, as quatro confederações empresariais e a UGT identifica seis matérias que serão negociadas: além da lei laboral, a formação profissional, a segurança e saúde no trabalho, os benefícios fiscais, a modernização administrativa e a sustentabilidade da Segurança Social.

Esta quarta-feira, o Governo recebeu os representantes dos empresários e dos trabalhadores para ouvir quais destes temas são prioritários, tendo os primeiros apontando a lei do trabalho e a sustentabilidade da Segurança Social.

Em declarações aos jornalistas, Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) sublinhou que “é preciso corrigir” algumas das medidas que fizeram parte do pacote do anterior Governo de alterações à lei do trabalho, até porque essas mudanças “passaram ao lado da Concertação Social”.

Por exemplo, identificou o “patrão dos patrões”, a proibição do outsourcing (após despedimentos) “não se percebe como é permitida em Portugal”.

Demos um particular ênfase à lei laboral e à modernização do Estado.

Francisco Calheiros

Presidente da CTP

Da parte da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros também explicou que, durante a reunião, deu “particular ênfase à lei do trabalho”, apelando a uma legislação “mais moderna e flexível”. Na visão deste empresário, é preciso, por exemplo, revisitar o banco de horas individual e o contrato de trabalho de muito curta duração.

Já João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), não quis adiantar que mexidas gostaria de ver na lei do trabalho, mas deixou claro que esse é um tema que deve ser “discutido e aprofundado” com prioridade. Outro, disse, é a sustentabilidade da Segurança Social. “Se está sólida, é altura para discutir o futuro”, declarou o responsável, que considera que devem ser estudadas novas fontes de financiamento e reavaliadas as atuais (a CCP defende uma redução da Taxa Social Única).

Armindo Monteiro também concorda com o foco na Segurança Social, considerando-o um tema urgente. “É preciso abordar este tema de forma construtiva”, salientou. Já para Francisco Calheiros, a par da lei laboral, importa dar prioridade à modernização do Estado, tornando-o mais flexível e rápido.

Prioridade à lei do trabalho preocupa CGTP

À saída da reunião desta tarde, Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, mostrou-se preocupado com o foco dado pelas confederações empresariais à necessidade de revisitar a lei do trabalho.

Em contraste, Mário Mourão, secretário-geral da UGT, admitiu que não entende que a lei do trabalho deveria ser uma das primeiras matérias a serem discutidas, mas deixou claro que a central sindical que lidera não faltará ao debate. “Não há tabus para a UGT. O que a UGT não garante é que haja acordo“, assinalou Mário Mourão, que alertou, por outro lado, que algumas das medidas que serão revisitadas ainda nem estão implementadas.

Não há tabus para a UGT. O que a UGT não garante é que haja acordo.

Mário Mourão

Secretário-geral da UGT

Com base nestas visões de empresários e sindicatos, o Governo vai agora definir o calendário de discussão da Concertação Social, que arrancará em janeiro do próximo ano. Já está certo que haverá reuniões todos os meses (nas últimas quartas-feiras), mas ainda não se sabe qual será, afinal, a ordem dos temas a discutir.

Questionada, a ministra do Trabalho argumentou que “o Governo não se antecipa nestas matérias”. “Nunca me adianto em relação à Concertação Social”, asseverou Maria do Rosário Palma Ramalho. Esta tem sido, de resto, a posição desta governante num leque de temas: dar prioridade à Concertação Social, evitando revelar, antecipadamente, quaisquer planos.

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Bolo-rei da pastelaria Versailles é o protagonista da campanha de Natal do Pingo Doce

  • + M
  • 20 Novembro 2024

Assinada pela BBDO Portugal, a campanha "E o Bolo-Rei quem trouxe? Foi o Pingo Doce e a Versailles" está presente em televisão, rádio, redes sociais e lojas da marca.

Na sua campanha de Natal deste ano, o Pingo Doce, em parceria com a pastelaria Versailles, entrega o protagonismo ao bolo-rei. A campanha, no entanto, terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando outros produtos que a retalhista quer levar até à mesa dos portugueses na época natalícia.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da marca Pingo Doce. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar no Pingo Doce para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança“, diz Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado.

Assinada pela BBDO Portugal, a campanha “E o Bolo-Rei quem trouxe? Foi o Pingo Doce e a Versailles” está presente em televisão, rádio, redes sociais e lojas da marca. O planeamento de meios ficou a cargo da Initiative Media, a produção da Blanche Films e a realização de Pedro Varela.

O filme da campanha retrata uma família reunida no Natal, com o avô a partilhar com a neta as saudades que tem da altura em que vivia em Lisboa e tinha como ritual ir comprar o bolo-rei à Versailles. “A neta ao ficar sensibilizada por estas recordações desafia o avô a manter a tradição, dizendo-lhe que a mesma se encontra apenas a 10 minutos a pé de distância. O avô surpreendido fica a perceber que neste Natal é possível manter a tradição, apenas com uma visita ao Pingo Doce mais próximo”, explica-se em nota de imprensa.

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Governo promete “aumento brutal” nos apoios aos jovens agricultores

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

O ministro admitiu ainda que o preço da carne pode sofrer aumentos em Portugal devido ao surto da doença da língua azul, lembrando que alguns produtores "ainda estão a sofrer prejuízos".

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, anunciou esta quarta-feira que haverá um “aumento brutal” no apoio aos jovens agricultores, esperando que a medida do Governo entre em vigor brevemente.

“Objetivo é que o aviso saia até ao final deste mês, ou no início do próximo. Iremos fazer um aumento brutal no apoio aos jovens agricultores”, disse o governante à margem da cerimónia dos 75 anos da União de Cooperativas Agros, em Vila do Conde, distrito do Porto, onde foi debatido o problema geracional do setor.

Segundo o governante, a nova tabela de apoios vai duplicar as verbas de auxílio já existentes, estando também a ser negociadas linhas de financiamento com taxas de juros reduzidas para os projetos de jovens agricultores.

[É] muito importante para o país incentivar os jovens a instalar os seus projetos agrícolas

José Manuel Fernandes

Ministro da Agricultura

Um jovem agricultor que esteja em exclusividade terá 55 mil euros de prémio de instalação, e se estiver numa zona vulnerável o prémio será 55 mil. Além disso, os projetos de investimento podem ter um apoio até aos 400 mil euros, sendo que um projeto de 500 mil euros terá um apoio de 60% e um superior a 500 mil euros terá 50% de apoio”, explicou o ministro.

José Manuel Fernandes vincou que é “muito importante para o país incentivar os jovens a instalar os seus projetos agrícolas”, divulgando a existência de negociações com “Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento, para concessão de empréstimos a taxas de juros muito reduzidas”.

José Manuel Fernandes, ministro da AgriculturaLusa

Ainda no âmbito dos apoios europeus, o ministro da Agricultura disse esperar autorização para aceder a um fundo de apoio comunitário para mitigar os prejuízos que a tempestade Kirk causou, em outubro, em várias explorações do norte e centro do país, nomeadamente nos distrito de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.

“Já pedimos o levantamento dos prejuízos e esperamos que um regulamento europeu dê flexibilidade para a utilização do FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) nesta situação”, disse.

José Manuel Fernandes acredita que a situação possa estar desbloqueada “ainda este mês, ou o mais tardar no próximo”, lembrando a condição de que tenha acontecido “um prejuízo superior a 30% por parcela”. “Em muitos casos isso aplica-se, até pela quantidade de milho que caiu”, completou.

Aludindo a estes fenómenos climáticos extremos, o ministro da Agricultura reiterou a necessidade de os produtores estarem protegidos por seguros. “O Estado já ajuda em 15 a 20 milhões [de euros] por ano na contratação de seguros, mas é importante que os agricultores os façam. Vamos ter, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos e temos de ter seguros acessíveis e com eficácia”, analisou.

Para isso, o governante disse que é preciso também um trabalho junto da União Europeia para a existência “de garantia europeia de seguros”. “Não é justo que alguns países de Estados-membros tenham acesso a seguros mais baratos”, completou.

“Língua azul” sobe preço da carne

Por outro lado, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, admitiu esta quarta-feira que o preço da carne pode sofrer aumentos em Portugal devido ao surto da doença da língua azul, lembrando que alguns produtores “ainda estão a sofrer prejuízos”.

“Já contabilizamos 66 mil mortes [de animais], o que corresponde a cerca de 3% do efetivo nacional. Mas os prejuízos vão muito além dessas perdas. É natural que o preço da carne suba, mas, se acontecer, também é uma forma do produtor ser compensado”.

José Manuel Fernandes lembrou que além das mortes, os produtores têm custos veterinários para tratar dos animais que foram infetados, e apesar de aguardar apoios da União Europeia para tal, garantiu outras medidas para minimizar os prejuízos.

Já pedimos o acesso à reserva de crise [da União Europeia], mesmo sabendo que foi negada a alguns Estados-membros. Mas é algo que vamos continuar a insistir

José Manuel Fernandes

Ministro da Agricultura

“Abrimos o mercado para Israel, e espero que haja suficiente oferta para a procura. E espero, também, que a procura não desça, porque esta variante da doença não se transmite às pessoas, não contamina a carne nem o leite. Há essa segurança para os consumidores”, reiterou.

O ministro Agricultura deixou um apelo aos agricultores para que “não tenham receio de notificar os casos de mortes de animais”, lembrando que o Estado precisa desses dados para “procurar apoios europeus nos casos em que as explorações tenham um prejuízo superior a 30%”.

“Já pedimos o acesso à reserva de crise [da União Europeia], mesmo sabendo que foi negada a alguns Estados-membros. Mas é algo que vamos continuar a insistir”, garantiu.

José Manuel Fernandes garantiu, ainda, que o Governo destinou um milhão de euros, para serem utilizados este mês ou no próximo, para apoiar, em pagamento integral, os agricultores que comprem vacinas para combater o surto.

“Percebo a dor dos produtores, visitei explorações, para perceber a dimensão. Agimos rapidamente para os apoiar e tudo faremos para que esta atividade seja rentável”, vincou.

O ministro da Agricultura insistiu que é preciso, das instituições europeias, “um investimento brutal, através do programa [de investigação] Horizonte Europa, para que haja vacinas eficazes e que eliminem várias variantes”.

“Este é um problema europeu, que resulta das alterações climáticas, e estaremos cada vez mais sujeitos a situações destas. Temos de atuar rapidamente”, concluiu.

A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença viral, de notificação obrigatória, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos, sendo a sua transmissão feita através de um mosquito.

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Sociais-democratas, socialistas e liberais chegam a acordo sobre Comissão de von der Leyen

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Sociais-democratas, socialistas e liberais no Parlamento Europeu chegaram a acordo para aprovar a nova Comissão Europeia, após dias de bloqueio e cedências do PPE e S&D.

Os sociais-democratas, socialistas e liberais no Parlamento Europeu chegaram esta quarta-feira a acordo para aprovar a nova Comissão Europeia, após dias de bloqueio e cedências do Partido Popular Europeu (PPE) e Socialistas e Democratas (S&D), avançaram à Lusa fontes partidárias.

O acordo político foi alcançado numa reunião à porta fechada entre responsáveis do PPE, S&D e Renovar a Europa (a bancada liberal), ao final da tarde em Bruxelas, após mais de uma semana de intensas conversações.

No encontro, de acordo com fontes comunitárias ouvidas pela Lusa, as três maiores forças partidárias da assembleia europeia conseguiram o necessário consenso de dois terços para aprovar, num único ‘pacote’, os sete nomes ainda pendentes (de um total de 26) do novo colégio de comissários, o segundo liderado por Ursula von der Leyen, para entrar em funções a 1 de dezembro.

Neste ‘pacote’ agora com ‘luz verde’, que será confirmado na quinta-feira em Conferência de Presidentes e na próxima semana no plenário do Parlamento Europeu, estão os seis candidatos a vice-presidentes da Comissão Europeia: Kaja Kallas, Alta Representante para os Assuntos Externos; Raffaelle Fitto, vice-presidente executivo para a Coesão e Reformas; Teresa Ribera, vice-presidente executiva para uma Transição Limpa, Justa e Competitiva; Henna Virkkunen, vice-presidente executiva para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia; Stéphane Séjourné, vice-presidente executivo para a Prosperidade e Estratégia Industrial e Roxana Mînzatu, vice-presidente executivo para as Pessoas, Competências e Preparação.

Acresce o comissário indigitado pela Hungria, Oliver Várhelyi, atual representante do país na instituição e ao qual Von der Leyen atribuiu a pasta de Saúde e Bem-Estar Animal, que, por dúvidas dos eurodeputados, viu a sua avaliação adiada duas vezes e agora será avaliado em conjunto com os ‘vices’.

Os nomes mais polémicos são os da espanhola e do italiano, relativamente aos quais há agora cedências dos sociais-democratas e socialistas, de acordo com as mesmas fontes: por um lado, o PPE deixou de exigir que Teresa Ribera, que tem processos contra si devido às trágicas inundações em Espanha, se demitisse caso as acusações avancem, e o S&D abdicou de pedir que Rafaelle Fito perdesse a vice-presidência.

Chegado a acordo, a nova comissão de von der Leyen já pode ser votada em bloco, processo que está agendado para o próximo dia 27 de novembro, no Parlamento Europeu. O novo executivo comunitário tomará posse a 1 de dezembro.

Três maiores forças partidárias do PE acordam “abordagem construtiva” no novo ciclo na UE

As três maiores forças partidárias do Parlamento Europeu – conservadores, socialistas e liberais – comprometeram-se a uma “abordagem construtiva” no próximo ciclo institucional da União Europeia (UE), face “aos desafios colocados”, permitindo provar a nova Comissão Europeia.

“Reconhecemos os desafios colocados pela situação geopolítica, o défice de competitividade da Europa, as questões de segurança, a migração e a crise climática, bem como as desigualdades socioeconómicas. Reafirmamos, por conseguinte, o nosso compromisso de trabalhar em conjunto com uma abordagem construtiva”, vincam os líderes destes três principais partidos do PE uma declaração referente a uma “plataforma de colaboração”, firmada em Bruxelas esta quarta-feira e à qual a agência Lusa teve acesso.

Na posição – assinada pelos líderes do PPE, Manfred Weber; do S&D, Iratxe García Pérez; e do Renovar a Europa, Valérie Hayer –, é salientado que o objetivo é “fazer avançar uma agenda de reformas baseada nas orientações políticas do presidente da Comissão Europeia de 18 de julho de 2024, no melhor interesse dos cidadãos europeus”, numa alusão à data em que foi aprovada a reeleição de Ursula von der Leyen no cargo de líder do executivo comunitário, que aguarda agora aval parlamentar sobre a sua equipa.

Este documento, com diretrizes sobre defesa, migrações, Estado de direito e sustentabilidade ambiental, traça o tipo de cooperação para os próximos cincos anos no novo ciclo institucional da UE, o que permite dar aval ao novo executivo comunitário von der Leyen, após intensas negociações na última semana, para entrar em funções a 1 de dezembro.

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S317 Consulting compra consultora sustentável Sair da Casca

  • Capital Verde
  • 20 Novembro 2024

A S317 Consulting afirma que esta aquisição “cria o maior grupo nacional de consultoria em sustentabilidade” no país.

A S317 Consulting, consultora de transição energética, adquiriu a Sair da Casca, consultora de desenvolvimento sustentável. Esta operação resulta na expansão do grupo português nos serviços de consultoria sustentável.

Nesta fase, de acordo com o comunicado, as duas empresas vão continuar a operar com as respetivas marcas, mas com a integração de equipas com especializações complementares. A S317 Consulting afirma que esta aquisição “cria o maior grupo nacional de consultoria em sustentabilidade” no país.

Esta aquisição é o primeiro passo na nossa estratégia de expansão. Ganhamos uma maior capacidade de resposta aos desafios colocados pelos nossos clientes, que são a razão desta nova aventura e o centro da nossa ação. Esta aliança reforça o nosso posicionamento enquanto líder em sustentabilidade em Portugal e aumenta o portfolio de serviços para os nossos clientes e parceiros internacionais” refere Filipe de Morais Vasconcelos, administrador e fundador da S317 Consulting, citado em comunicado divulgado aos jornalistas.

A aquisição possibilita assegurar serviços especializados e complementares nas áreas da transição energética, água e saneamento, carbono, economia circular, risco climático, investimento social e apoio a comunidades. Estes serviços, segundo o comunicado, estão associados a soluções de financiamento e inovação.

A compra permite às consultoras desenvolver projetos desde a regulação e compliance até à definição e implementação de medidas de mitigação, adaptação ou iniciativas de mobilização e inovação social.

A S317 Consulting é uma consultora de gestão e engenharia especializada nos setores da energia, transição energética, água, saneamento, clima e sustentabilidade e presta assessoria na conceção e implementação de projetos em energia, água e carbono. A adquirida, Sair da Casca, é uma consultora especializada em sustentabilidade que apoia empresas e organizações a integrarem práticas sustentáveis e responsáveis nas suas operações.

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CIP defende alterações à lei do trabalho para facilitar subcontratação

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Armindo Monteiro realçou que a subcontratação "não pode ser uma segunda divisão do trabalho dito normal" e defendeu que as empresas de 'outsourcing' devem estar sujeitas às mesmas regras que as outras

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, defendeu esta quarta-feira mudanças na lei do trabalho para corrigir as dificuldades à subcontratação introduzidas há cerca de um ano com a Agenda do Trabalho Digno.

“Necessariamente, essa lei do trabalho tem de ser mesmo mudada, para que seja compatível com aquilo que é o enquadramento que têm as empresas na Europa. (…) Estamos a pedir igualdade”, defendeu Armindo Monteiro.

Em declarações aos jornalistas à margem de um almoço organizado pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), em Lisboa, onde foi o orador convidado, o presidente da CIP considerou que, “em muitos casos”, a legislação do trabalho em Portugal não está adaptada às necessidades das empresas.

As alterações introduzidas pelo nome de ‘trabalho digno’, de facto, têm várias dificuldades. Dou um exemplo, o outsourcing [subcontratação] tem várias dificuldades que na Europa não acontecem”, apontou o responsável.

A lei do trabalho tem de ser mesmo mudada, para que seja compatível com aquilo que é o enquadramento que têm as empresas na Europa.

Armindo Monteiro

Presidente da CIP

Armindo Monteiro realçou que a subcontratação “não pode ser uma segunda divisão do trabalho dito normal” e defendeu que as empresas de outsourcing devem estar sujeitas às mesmas regras que as outras, em termos, por exemplo, de salvaguarda dos postos de trabalho.

Antes, durante a sua apresentação perante uma sala de empresários cristãos, o presidente da CIP alertou que o país não está a conseguir transformar educação em salários, competitividade e produtividade.

“Nós aumentámos os salários porque tínhamos de fazer isso, pode-se fazer por decreto, pode-se fazer por solidariedade, pode-se fazer por muitas coisas, agora fazer aquilo que é o normal – aumentar os salários em função daquele que é o aumento da economia – nós não estamos a conseguir fazer”, afirmou.

O responsável salientou que a economia portuguesa “só pode fazer parte de uma primeira divisão” se não for assente em fatores competitivos baratos, sejam eles o trabalho, ou outros, e realçou como “bom fator de competitividade” a qualidade da gestão.

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Governo português manda encerrar temporariamente embaixada em Kiev

Paulo Rangel anunciou que o encerramento terá a duração de "alguns dias". Além dos EUA e Portugal, Espanha, Itália e Grécia decidiram também encerrar temporariamente as suas embaixadas em Kiev.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) ordenou o encerramento temporário da embaixada portuguesa em Kiev, mas salientou que tal já aconteceu por várias vezes durante a guerra da Ucrânia. A decisão acontece depois de a embaixada dos Estados Unidos ter anunciado que iria ser evacuada no sentido de prevenir um “potencial ataque aéreo significativo”.

“A nossa embaixada funcionou hoje regularmente até às 15:00 locais e, entretanto, nós tomámos a decisão de que ela não abriria amanhã, eventualmente também não nos próximos dias, com uma avaliação permanente da situação. Portanto, há um encerramento, mas um encerramento temporário”, cita o Expresso as declarações de Paulo Rangel proferidas à margem de uma visita com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, à Casa de Portugal, no Brasil.

Além dos Estados Unidos e de Portugal, Espanha, Itália e Grécia decidiram também encerrar temporariamente as suas embaixadas na Ucrânia, alegando motivos de segurança.

A decisão de fechar temporariamente os postos diplomáticos na capital ucraniana ocorre numa altura em que se assiste a um escalar da guerra na Ucrânia. Na semana em que se assinalou o milésimo dia desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra entrou num novo capítulo, com Joe Biden a autorizar o uso de mísseis ATACMS de longo alcance pelas forças ucranianas contra a Rússia. Estes mísseis, com um alcance máximo de várias centenas de quilómetros, permitirão à Ucrânia atingir os locais de logística do exército russo e os aeródromos de onde descolam os bombardeiros.

Dias depois, o Kremlin retaliou. Esta terça-feira, foi anunciado que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que alarga as possibilidades de uso de armas nucleares pela Rússia.

Também na terça-feira foi noticiado pelas agências internacionais que a Ucrânia já realizou o primeiro ataque com mísseis ATACMS norte-americanos em território russo.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h28)

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Há menos quatro mil trabalhadores em lay-off do que há um ano

O número de trabalhadores em lay-off aumentou em outubro face ao mês anterior, mas manteve-se abaixo do registado há um ano. Houve menos quatro mil beneficiários do que em novembro de 2023.

O número de trabalhadores em lay-off recuou mais de 39% em outubro face ao registado há um ano. De acordo com a síntese de informação estatística da Segurança Social, no 10º mês de 2024 cerca de seis mil pessoas estiveram abrangidas por este regime que permite às empresas em crise reduzirem os horários de trabalho ou até suspenderem os contratos de trabalho.

“Em outubro de 2024, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva, (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 6.280. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, registou‐se uma diminuição de 4.034 prestações processadas, correspondendo a um decréscimo de 39,1%”, lê-se na síntese publicada esta quarta-feira.

Ainda assim, face a setembro houve um aumento dos trabalhadores em lay-off, como mostra o gráfico abaixo. Em causa está um acréscimo de 8,2%, o equivalente a 474 prestações.

O regime de lay-off tem duas modalidades: ou o empregador corta o horário de trabalho (e o salário), ou suspende totalmente o contrato com o trabalhador – sendo que neste caso é assegurada, ainda assim, uma parte do ordenado com a ajuda da Segurança Social.

Ora, de acordo com a síntese agora conhecida, das cerca de seis mil pessoas que estiveram em lay-off em outubro, 3.290 pessoas viram o horário de trabalho reduzido, mais 243 do que em setembro, mas menos 1.625 do que há um ano. Ou seja, verificou-se um aumento em cadeia de 8,0%, mas um decréscimo homólogo de 33,1%.

Por outro lado, 2.990 trabalhadores viram o seu contrato de trabalho suspenso. Mais 231 do que há um mês (o equivalente a um acréscimo de 8,4%), mas menos 2.409 do que há um ano (uma redução de 44,6%).

“Estas prestações foram processadas a 346 entidades empregadoras, o que representa um aumento de 12 entidades em relação ao mês anterior e uma redução de 132 entidades em comparação com o mesmo período do ano passado“, nota ainda a Segurança Social.

Por outro lado, a síntese publicada esta tarde avança que em outubro de 2024 as várias prestações de desemprego abrangeram um total de 180.192 beneficiários, o que corresponde a uma diminuição de 5.475 pessoas face ao mês anterior. Ainda assim, em relação ao mesmo período do ano anterior, verificaram‐se mais 9.726 beneficiários.

“Analisando especificamente os dados do subsídio de desemprego, o número de beneficiários foi de 145.027. Em comparação com o mês anterior, registaram‐se menos 7.075 beneficiários. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, ocorreu um aumento de 11.047 subsídios processados”, revela a Segurança Social, que indica que o valor médio mensal do subsídio de desemprego em outubro foi de 672,68 euros.

Quanto ao subsídio social de desemprego inicial, o número de beneficiários recuou 2,6% em cadeia, para 6.036 pessoas. Em termos homólogos, a redução foi de 0,8%.

Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 20.406 beneficiários, o equivalente a um decréscimo de 0,4% em cadeia e a uma redução de 9,6% em termos homólogos.

Há mais idosos a receber complemento solidário

Por outro lado, 196.946 pessoas beneficiaram do do Complemento Solidário para Idosos (CSI) em outubro. São mais 15.127 do que há um mês e mais 62.598 titulares do que há um ano, revelam os dados hoje divulgados.

“As mulheres representaram a maioria de titulares de CSI. O número de mulheres que receberam o CSI foi de 131.837, o que representa 66,9% do total de beneficiários”, acrescenta a Segurança Social.

o valor médio desta prestação social foi de 204,59 euros brutos mensais, o que corresponde a um salto de 33,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O CSI serve, como o seu nome indica, para complementar os outros rendimentos do beneficiário. São apurados os rendimentos do beneficiário, que são confrontados com o valor de referência. A diferença entre esses dois montantes corresponde ao valor da prestação que é paga pela Segurança Social.

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Portuguesa Tekever levanta 70 milhões de euros e atrai fundo da NATO a investir

Empresa liderada por Ricardo Mendes fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.

A Tekever, empresa portuguesa que desenvolve e opera drones (sistemas aéreos não tripulados), levantou 70 milhões de euros numa nova ronda de financiamento liderada pela Baillie Gifford e em que entrou também o NATO Innovation Fund (NIF), fundo de capital de risco participado pelos 24 aliados da NATO.

“Para a nossa Série B, mais do que investimento, queríamos encontrar parceiros (…) que nos pudessem ajudar a concretizar a nossa visão. Estamos entusiasmados por ter a Baillie Gifford como investidora líder — uma organização com uma visão de longo prazo e um histórico impressionante de apoio a empresas que transformaram profundamente a nossa sociedade”, diz Ricardo Mendes, CEO da Tekever, citado em comunicado.

À Baillie Gifford juntou-se o fundo da NATO, bem como o National Security Strategic Investment Fund (NSSIF), fundo do governo do Reino Unido que apoia tecnologias na área da segurança nacional, a Crescent Cove Advisors LP, empresa norte-americana de investimento sediada em Silicon Valley com experiência no setor da defesa, e os investidores mais antigos Iberis Capital e Cedrus Capital.

A NIF, NSSIF e Crescent Cove “trazem conhecimentos profundos e experiência no mercado global de segurança e defesa, tanto de uma perspetiva europeia como americana, o que será crucial para nos ajudar, e aos nossos clientes, a enfrentar os desafios futuros”, diz ainda o CEO. “Por fim, alegra-nos o reforço feito por parceiros de primeira hora, como a Iberis Capital, um fundo com sede em Portugal que soube fazer uma leitura muito correta da nossa trajetória de crescimento”, destaca ainda.

A empresa portuguesa, como foi noticiado em junho do ano passado, fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.

Com esta nova injeção de capital e com a entrada de “investidores estratégicos”, o objetivo é “apoiar o plano de crescimento sustentável” e “facilitar a expansão geográfica para mercados prioritários”.

“Vamos apostar em crescer noutras geografias, como os EUA”, refere fonte oficial da empresa ao ECO.

“Prevemos crescer sustentadamente a nossa produção, para responder à crescente procura do mercado e vamos recrutar em todas as áreas, desde a produção, desenvolvimento, operação“, diz a mesma fonte sem adiantar números concretos.

Hoje a empresa, que em Portugal tem uma fábrica em Ponte de Sor (e o centro de engenharia em Caldas da Rainha), tem 800 colaboradores.

Em 2022, levantou 25 milhões de euros, uma das maiores rondas do ano, elevando para mais de 90 milhões de euros o montante já captado no mercado.

(notícia atualizada às 17h37)

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Operação Marquês: Relação acusa Sócrates de comportamento “abusivo e ostensivo”

  • ADVOCATUS
  • 20 Novembro 2024

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu "indeferir a reclamação do acórdão" apresentada pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates em que pedia a "declaração de nulidade" do despacho.

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu “indeferir a reclamação do acórdão” apresentada pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates em que pedia a “declaração de nulidade” do despacho, avança a Sic Notícias.

Para além do indeferimento, a Relação criticou a ação de Sócrates afirmando que “não é legalmente admissível a apresentação de sucessivas reclamações”. “Este tem sido o comportamento processual do reclamante/recorrente, pois apresenta sucessivas reclamações para a conferência, contra o despachos do relator e acórdãos”, referem. O Tribunal sublinhou ainda que Sócrates encontra-se a “protelar de forma manifestamente abusiva e ostensiva o trânsito do despacho de pronúncia e, consequentemente, da sua submissão a julgamento”.

No processo Operação Marquês, Sócrates foi acusado pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o ex-governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento e três de falsificação.

Uma decisão posterior do Tribunal da Relação de Lisboa viria a dar razão a um recurso do MP, e em janeiro determinou a ida a julgamento de um total de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

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