Exportações de carros da União Europeia para os EUA valem 39 mil milhões

Estados Unidos são o maior mercado de exportação do setor automóvel para o bloco europeu. Em 2024 foram vendidos um total de 5,4 milhões de carros, no valor de 165,2 mil milhões de euros.

As exportações de carros da União Europeia para os Estados Unidos valeram 38,9 mil milhões de euros em 2024, revelou o Eurostat, um dia antes de entrarem em vigor nos EUA tarifas de 25% sobre todas as importações de automóveis, uma medida que vai afetar diretamente a indústria automóvel europeia. No total, o bloco europeu vendeu 5,4 milhões de veículos, no valor de 165,2 mil milhões de euros.

Segundo o gabinete de estatística europeu, os EUA são o maior destino das exportações de automóveis da UE, cujo valor das exportações subiu de 28,7 mil milhões de euros em 2019 para 38,9 mil milhões em 2024.

O setor automóvel vai ser o segundo setor alvo das taxas aduaneiras de Donald Trump, depois de terem sido implementadas taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, ainda no mês de março.

No mesmo dia em que a Administração norte-americana adiciona o setor automóvel à lista de produtos alvo de tarifas, Donald Trump deverá anunciar novas taxas aduaneiras sobre outros setores, assim como os detalhes das chamadas tarifas recíprocas, que vão atingir todos os países.

Na lista dos maiores mercados de exportação do setor automóvel europeu segue-se o Reino Unido e a China, com exportações de 34,3 e 14,5 mil milhões de euros.

Entre 2019 e 2024, a UE registou o maior aumento nas exportações de automóveis para a Turquia, com um aumento de 364,1%. Em contrapartida, as exportações para a China registaram a maior queda, diminuindo 22,3%.

Relativamente às importações de automóveis para a UE, a China e o Japão foram os maiores fornecedores, com 12,7 mil milhões de euros e 12,3 mil milhões de euros, respetivamente. O Reino Unido ficou em terceiro lugar com 11 mil milhões de euros, seguido pela Turquia com 9,1 mil milhões de euros e pelos Estados Unidos com 8,4 mil milhões de euros.

De 2019 a 2024, a UE registou o aumento mais significativo nas importações de automóveis provenientes da China, com um aumento de 1.591,3%, refere o Eurostat.

UE aumenta excedente no comércio de carros

Os 27 da UE exportaram 5,4 milhões de carros e importaram quatro milhões em 2024. Face a 2019, o ano anterior à pandemia de Covid-19, o número de carros exportados caiu 13,2%, enquanto as importações baixaram 3%.

Em termos de valores, a UE exportou 165,2 mil milhões de euros em carros e importou 75,9 mil milhões, o que resulta num saldo da balança comercial positivo de 89,3 mil milhões. Apesar da quebra no número de automóveis vendidos, o valor das exportações cresceu 17,7% (24,8 mil milhões de euros), face a 2019, enquanto as importações aumentaram 20%, ou 12,7 mil milhões.

Segundo o Eurostat, este aumento no valor das exportações é explicado pela subida dos preços.

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Inspetores do Fisco vão ter aumentos salariais intercalares de 105 euros

Atualizações produzem efeitos a 1 de abril. Em contrapartida, os trabalhadores perdem os pontos de avaliação, mas é garantida a progressão a quem reúna as condições para tal no final de 2026.

Os inspetores da Autoridade Tributária (AT) vão ter aumentos salariais intercalares de cerca de 105 mensais brutos com efeitos a 1 de abril, segundo o decreto-lei, publicado esta terça-feira em Diário da República, que procede à valorização das carreiras especiais de gestão e inspeção tributária e aduaneira e de inspeção e auditoria tributária e aduaneira.

O salário de entrada salta para 1.653,10 euros e o ordenado de topo atinge os 4.029,25 euros. Em contrapartida, os trabalhadores perdem os pontos de avaliação, mas é garantida a progressão a quem reúna as condições para dar um salto remuneratório, em dezembro de 2026, segundo o mesmo diploma.

“Tendo em conta a estratégia de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, são valorizadas as carreiras especiais inspetivas desta Autoridade, reforçando a sua competitividade na atração e retenção de profissionais qualificados“, lê-se no preâmbulo do decreto, assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Neste contexto, o Governo considera que “a valorização remuneratória dos trabalhadores das carreiras especiais da AT traduz-se no reconhecimento do valor profissional destes trabalhadores, da importância da sua função e da dedicação e do compromisso com o interesse público que vêm demonstrando”.

A valorização das carreiras especiais da AT surge na sequência da reforma orgânica do Ministério das Finanças e na senda da criação de três novas autoridades: Entidade Orçamental, Entidade do Tesouro e Finanças e Centro de Pessoas da Administração Pública.

Salário de entrada salta para 1.653,10 euros e ordenado de topo atinge 4.029,25 euros

A revisão da estrutura remuneratória dos trabalhadores do Fisco resulta das negociações encetadas com os sindicatos representativos dos trabalhadores do Estado. Assim, o salário de entrada destes trabalhadores sobe 105,27 euros, passando de 1.547,83 euros mensais ilíquidos, que corresponde ao nível 18 da Tabela Remuneratória Única (TRU), para 1.653,10 euros (nível 20).

As restantes restantes posições, até à oitava, dão igualmente um salto de dois níveis, o que se traduz em mais cerca de 105 a 110 euros por mês. Por exemplo, um inspetor na sétima posição vai ganhar 2.956,03 euros, quando, neste momento, aufere 2.843,05 euros. Trata-se de um aumento de 112,98 euros.

A partir do nono patamar e até ao 12.º, as posições saltam entre três a seis níveis, o que significa a um incremento remuneratório entre 225,92 e 338,94 euros, respetivamente. À nona posição, por exemplo, corresponde, atualmente, um vencimento de 3.181,95 euros (nível 48 da TRU), que vai subir 225,92 euros para 3.3351,42 euros (nível 51).

O 11.º degrau desta carreira dá direito a um salário de 3.520,87 euros (nível 54), que irá evoluir para 3.803,29 euros (nível 59), um aumento de cinco níveis ou de 282,42 euros. A última posição vai passar do nível 57, com um ordenado de 3.690,31 euros, para o 63, com um vencimento de 4.029,25 euros. Trata-se de um salto de seis níveis remuneratórios, que se traduz num avanço de 338,94 euros.

Contudo, há uma cláusula de salvaguarda no decreto que determina que todos os trabalhadores que transitem para as carreiras especiais ou que sejam reposicionados não podem ter aumentos superiores a dois níveis remuneratórios. Ou seja, mesmo os inspetores que se encontram no topo da profissão e que, por via da atualização da estrutura remuneratória, poderiam ter direito a um incremento no salário de mais de 300 euros, apenas serão aumentados em cerca de 105 euros, o equivalente a dois níveis remuneratórios. “Desta forma é garantida a igualdade de tratamento a todos os trabalhadores”, salienta o secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, em declarações ao ECO.

“Os trabalhadores que se encontram posicionados em posições remuneratórias das tabelas remuneratórias da carreira de gestão e inspeção tributária e aduaneira e inspeção e auditoria tributária e aduaneira, não pode resultar, da alteração das referidas tabelas remuneratórias das carreiras […], um acréscimo remuneratório superior a dois níveis remuneratórios da tabela remuneratória única, face ao nível remuneratório a que correspondem as posições remuneratórias detidas pelos trabalhadores à data da produção de efeitos do presente decreto-lei”, segundo o diploma.

“Isto significa que os trabalhadores que estão do topo da carreira, entre a nona e a 12.º posições, serão colocados em posições virtuais, uma vez que não podem transitar logo para os novo níveis remuneratórios sob pena de serem aumentados mais do que os outros”, esclarece o dirigente sindical.

Assim, “os trabalhadores que se encontram integrados em posições remuneratórias virtuais automaticamente criadas, têm um acréscimo remuneratório correspondente a dois níveis remuneratórios da tabela remuneratória única”, estabelece o decreto-lei.

Perda de pontos e norma que permite progredir

A valorização da carreira implica a perda de pontos de avaliação. No entanto, e face às críticas dos sindicatos, foi criada uma norma transitória que permite dar um salto remuneratório aos trabalhadores que, até ao final de 2026, reúnam os pontos necessários para progredir.

“Os trabalhadores que, até 31 de dezembro de 2026, perfizessem as condições para alteração do posicionamento remuneratório se não tivessem beneficiado da valorização prevista […], pode resultar uma nova valorização remuneratória para o nível remuneratório correspondente à posição seguinte àquela em que se encontravam integrados, tendo por referência a tabela remuneratória vigente até à data da entrada em vigor do presente diploma, numa posição virtual automaticamente criada, salvaguardando as suas expectativas de evolução remuneratória”, estabelece o mesmo diploma.

O decreto-lei procede ainda à extinção das categorias de investigador tributário economista e investigador tributário jurista, profissões que são integradas na carreira especial de gestão e inspeção tributária e aduaneira.

Cargos de chefia também são aumentados

Também os cargos de chefia vão ter direito a um aumento salarial de cerca de 105 euros, com a valorização da carreira, que salta dois níveis remuneratórios. Por exemplo, o chefe de serviço de finanças de nível i e o chefe de delegação aduaneira de nível i, que auferiam 2.843,05 euros brutos mês (nível 42 da TRU) vão ganhar 2.956,03 euros (nível 44), ou seja, mais 112,98 euros.

O chefe de serviço de finanças-adjunto de nível i, o chefe de serviço de finanças de nível ii e o chefe de delegação aduaneira de nível ii terão um incremento remuneratório de 109,34 euros. A partir de abril, o vencimento vai saltar de 2.622,59 euros (nível 38) para 2.731,93 euros (nível 40).

Finalmente, o chefe de serviço de finanças-adjunto de nível ii terá um aumento de 108,42 euros, passando a auferir 2.514,15 euros, quando atualmente a folha de vencimento está nos 2.405,73 euros.

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Tesla perde um quarto das vendas em Portugal nos primeiros três meses do ano

Veículos elétricos de Elon Musk sofrem a maior queda entre as principais marcas à venda em Portugal, num movimento que tem sido verificado por toda a Europa.

A Tesla é a grande derrotada na luta de vendas de carros em Portugal, nos primeiros três meses do ano. De acordo com dados divulgados esta terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), os veículos da empresa fundada por Elon Musk sofreram a maior queda entre as marcas mais vendidas no nosso país.

Entre janeiro e março, foram matriculados em Portugal 2.145 ligeiros da marca Tesla, uma quebra de 25,7% face ao registado no mesmo período do ano anterior. Como um todo, este mercado encolheu, no primeiro trimestre de 2025, 0,8%. Porém, a quebra das vendas da Tesla são mais impressionantes se olharmos apenas para o segmento dos carros elétricos. As vendas deste mercado voltaram a crescer, a um ritmo de 27,1%, sendo que, entre os mais populares, ninguém caiu mais que a marca norte-americana.

Ainda assim, no segmento elétrico, a Tesla continua a ser marca mais vendida por cá, mas essa vantagem está a ficar mais curta, devido ao aumento da concorrência, de fabricantes chineses mas não só. As maiores subidas pertenceram à Peugeot, que mais do que duplicou vendas e está na segunda posição; e à chinesa BYD, que também mais que duplicou as matrículas e chegou à quarta posição.

Na tabela geral de veículos matriculados, a Tesla foi a 13º marca mais vendida, num ranking que tem no topo a Peugeot, a Renault, a Mercedes e a Dacia nos postos cimeiros.

O efeito Musk?

Tanto as vendas como a cotação da Tesla têm estado sob forte pressão nos últimos meses, devido a um apelo a um boicote à empresa depois de o seu fundador e principal acionista Elon Musk, ter tomado um cargo na estrutura do governo de Donald Trump. Depois de ter sido um dos seus maiores apoiantes na campanha para a presidência, Musk assumiu a liderança do departamento de eficiência governamental, o DOGE, que se tem destacado por estar a fazer cortes enormes no funcionalismo público e em muitos programas sociais dos Estados Unidos da América.

Na Europa, a tendência de quebra de vendas tem sido até mais intensa do que em Portugal. O movimento anti-Tesla levou Musk a queixar-se publicamente do “ódio” à sua empresa e Donald Trump chegou a aconselhar todos os americanos a comprarem Teslas, enquanto montou uma espécie de stand Tesla no relvado da Casa Branca.

De acordo com dados conhecidos hoje, e divulgados pela Reuters, as vendas da Tesla caíram no primeiro trimestre também em França, na Holanda, na Suécia, na Noruega e na Dinamarca. Em alguns destes mercados, as quedas rondam os 50%, no trimestre e por comparação homóloga.

Estará a chegar ao mercado a nova versão do Tesla Model Y, o grande campeão de vendas da marca, o que poderá explicar em parte estas descidas, com os interessados a preferirem esperar para comprar o modelo atualizado.

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Banco de Fomento recebeu 2.930 candidaturas no primeiro dia das garantias pré-aprovadas

A larga maioria das candidaturas é para fundo de maneio. Comércio e a indústria lideram em número de candidaturas. 90% das candidaturas são de novos clientes.

O Banco de Fomento recebeu 2.930 candidaturas no primeiro dia de arranque das garantias pré-aprovadas no âmbito da linha BPF InvestEU, a 31 de março. Em causa estão 1.036 milhões de euros. De acordo com o balanço da instituição liderada por Gonçalo Regalado, a que o ECO teve acesso, o BPF “recebeu mais candidaturas em 24 horas do que nos últimos dois anos completos”.

A larga maioria das candidaturas é para fundo de maneio (745 milhões). Dos 1.036 milhões de euros globais, 252 milhões são para projetos de investimento e 40 milhões para sustentabilidade.

A estratégia de abordar diretamente as empresas por telefone ou email a informá-las de que têm uma garantia pré-aprovada – uma abordagem inovadora face ao que era feito até aqui – traduz-se em 90% das candidaturas serem de novos clientes num valor global de 872 milhões de euros.

O BCP, de onde vem Gonçalo Regalado, é o banco largamente destacado com o maior número de candidaturas (790) seguido da Caixa (102) e do Crédito Agrícola (77).

Em termos de setores económicos o comércio e a indústria lideram em número de candidaturas e no valor das mesmas. O comércio apresentou candidaturas de 287 milhões de euros (28% do total). As 828 candidaturas, têm um valor médio de 346 mil euros. Já na indústria as candidaturas somam 279 milhões (27% do total) e ascendem a 540. Assim, o valor médio é o mais elevado de todos os setores 516,9 milhões.

Mas há candidaturas de todos os setores — dos serviços à construção, passando pela logística e pela agricultura – e de norte a sul do país. Mas com especial incidência no Porto (220) e em Lisboa (191), mas também em Braga (148) e Aveiro (91) que apesar de terem valores distintos têm quase o mesmo valor: 299 e 250 milhões, respetivamente.

Gonçalo Regalado apresentou este programa de garantias pré-aprovadas na revelação do seu Plano de Ação, no qual definiu como meta abranger, num primeiro lote 50 mil empresas no início março, a quem será comunicado o valor de garantia que, em função dos resultados poderá ter em 2025. Outras 50 mil empresas serão notificadas em abril e depois outras 50 mil em maio, precisou. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios o responsável revelou que emitiu 24 mil milhões de euros em garantias pré-aprovada na segunda semana de março.

Gonçalo Regalado explicou que o banco vai colocar três mil milhões de euros em garantias pré-aprovadas na mão dos empresários que têm projetos do Portugal 2030, do PRR ou do PEPAC para que possam, com as garantias, levantar o financiamento e assim acelerar o investimento. O CEO explicou que quer que o BFP seja “o banco parceiro dos fundos europeus” e por isso, todas as empresas elegíveis ao abrigo daqueles programas vão ser avaliadas em risco pelo próprio BPF para que possam receber garantias pré-aprovadas.

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“Via verde” para imigração já está assinada. Montenegro destaca “visão regulada e humanista”

Primeiro-ministro destacou importância dos imigrantes para as empresas, mas defendeu visão regulada e humanista das entradas. Empresas podem pedir vistos através da via verde a partir de 15 de abril.

Já está assinado o protocolo de cooperação para a migração laboral regulada, conhecido como “via verde” para a contratação de imigrantes por empresas portugueses. “É um dia particularmente importante“, sublinhou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa intervenção esta manhã no Palácio das Necessidades. Destacou também a “visão regulada e humanista” da política de imigração que o Governo tem levado a cabo.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, usa da palavra durante a cerimónia de assinatura de protocolo de migração laboral regulada entre o Estado e as Confederações Patronais e Empresariais, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, 01 de abril de 2025. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

“É mais uma etapa na nossa política em matéria de imigração, que ficou identificada quando dissemos que precisávamos de uma política que nem fechasse as portas, nem as deixasse escancaradas“, sublinhou o chefe do Executivo esta sexta-feira, após a assinatura do protocolo pelas cinco confederações do Conselho Nacional das Confederação Patronais (CNCP) e pela Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP), a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros do Sistema de Segurança Interna (UCFE/SSI), e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Luís Montenegro fez questão de lembrar o “ponto muito problemático” em que encontrou a imigração quando chegou ao poder, frisando que país vivia numa situação de “irresponsabilidade por falta de controlo” e porque disso “adveio uma menor capacidade de integração” dos estrangeiros.

“Deixámos muitas vezes trabalhadores estrangeiros nas mãos de redes, que ficam com parte do esforço do trabalho das pessoas”, criticou. E acrescentou: “esta nova etapa conjuga equilíbrio entre regulação e humanismo. Esta visão de uma imigração regulada e humanista quer ver em cada um daqueles que nos procuram um novo português“.

Sobre a nova “via verde”, o chefe do Executivo assinalou que esta dá “uma forma mais expedita de as empresas poderem atrair mão de obra e acolher imigrantes“, definindo condições (como a existência de um contrato de trabalho, de um plano de formação e acesso a alojamento adequado) que são “do interesse do país, das empresas e dos imigrantes”.

Não deve ser visto de forma facilitista, nem de forma absolutamente restritiva“, declarou o primeiro-ministro. E argumentou que as mudanças que têm sido feitas na área da imigração são “uma verdadeira reforma estrutural“.

A criação desta “via verde” foi anunciada no verão do ano passado, quando o Governo apresentou um plano para pôr um ponto final à “entrada sem regras” de imigrantes no país.

Através deste protocolo, as confederações empresariais e as maiores empresas (pelo menos, 150 trabalhadores e 20 milhões de volume de negócios) podem pedir o agendamento prioritário para a emissão de vistos, sendo que a decisão final sobre esses pedidos deverá ser emitida em 20 dias.

Este protocolo entra em vigor esta terça-feira, mas as empresas só podem fazer os pedidos (individuais ou grupais) a partir de 15 de abril.

Patrões falam em “virar de página”

Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em entrevista ao ECO - 04MAR24
Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em entrevista ao ECO.Hugo Amaral/ECO

Na cerimónia desta terça-feira, também o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Álvaro Mendonça e Moura, fez uma intervenção, em representação das confederações do CNCP e do presidente do Conselho Económico e Social (CES). Frisou que este acordo “representa um virar de página relativamente ao que funcionou menos bem até agora” e alertou que o envolvimento de todas as partes “é indispensável” para o sucesso deste protocolo.

“A falta de trabalhadores tem afetado todos os setores. Para colmatar a falta de mão de obra e dar resposta às encomendas, as empresas tiveram de procurar trabalhadores estrangeiros. Sem a vinda destes trabalhadores, teria sido impossível que Portugal tivesse registado os níveis de crescimento que tivemos de 2014“, sublinhou o responsável.

Ainda assim, denunciou que, desde 2014, os trabalhadores estrangeiros têm sido confrontados com as limitações nos serviços da Administração Pública, não faltando “relatos que dão conta da insuficiência do Estado“, observou.

A “via verde” agora criada é, portanto, “um passo em frente face à situação” que o país temos vivido, elogiou Álvaro Mendonça e Moura, esclarecendo que este protocolo pretende “combinar a celeridade com a regularidade nas entradas em Portugal“.

(Notícia atualizada às 12h53)

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Euribor descem a 3, a 6 e a 12 meses para novos mínimos de mais de 2 anos

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

Esta terça-feira, as taxas Euribor desceram para 2,324% a três meses, para 2,309% a seis meses e para 2,277% a 12 meses.

A Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde, respetivamente, janeiro de 2023 e novembro e setembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,324%, ficou acima da taxa a seis meses (2,309%) e da taxa a 12 meses (2,277%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou, ao ser fixada em 2,309%, menos 0,027 pontos e um novo mínimo desde 17 de novembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,277%, menos 0,029 pontos e um novo mínimo desde 16 de setembro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, caiu, ao ser fixada em 2,324%, menos 0,012 pontos e um novo mínimo desde 12 de janeiro de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Credores aprovam venda da Inapa Portugal a Carlos Martins por 390 mil euros

Proposta do empresário português no valor total de 600 mil euros inclui ainda a aquisição do negócio da Comunicação Visual e de 100% da Inapa Packaging, operações que terão ainda de ser aprovadas.

A venda da Inapa Portugal à holding familiar de Carlos Martins, fundador da Martifer, foi aprovada esta terça-feira pelos credores da empresa. A proposta de 600 mil euros, dos quais 390 mil euros dizem respeito à distribuidora de papel, inclui ainda a aquisição do negócio da Comunicação Visual, assim como de 100% do capital da Inapa Packaging, cuja venda terá ainda de ser votada nas respetivas assembleias de credores.

A proposta para vender a Inapa Portugal à Black and Blue Investimentos, do chairman da Martifer, não teve votos contra, segundo apurou o ECO. Tal como o ECO avançou esta segunda-feira, a solução levada aos credores pelo administrador de insolvência, Bruno da Costa Pereira, garantirá a reserva da totalidade dos postos de trabalho e a atividade da empresa, na distribuição de papel, após meses “muito difíceis”, no âmbito do processo de insolvência da holding Inapa IPG, que forçou a empresa em Portugal a continuar a operar sem acesso a crédito.

Dos 600 mil euros oferecidos pela holding de Carlos Martins, 390 mil são pela Inapa Portugal, 130 mil pela Inapa Packaging e 80 mil pela Inapa – Comunicação Visual. Aprovada a venda da distribuidora de papel, falta agora viabilizar o negócio da Comunicação Social, cuja assembleia está agendada para esta tarde, e de 100% da Inapa Packaging, o que deverá acontecer na próxima sexta-feira.

Carlos Martins, presidente da Martifer, apresentou a única proposta pelo negócio da Inapa em Portugal.ARMÉNIO BELO / LUSA 27 maio, 2015

Apenas após a aprovação pelos respetivos credores, a proposta una apresentada por Carlos Martins será viabilizada, permitindo manter os três negócios, agora sob a alçada do empresário português, que também já comprou os Estaleiros de Viana.

Questionado pelo ECO, o empresário não quis fazer qualquer comentário para já sobre este assunto.

A proposta para vender a empresa a um investidor nacional surge depois de a companhia ter falhado o plano de revitalização da empresa, depois de ter sido arrastada pela insolvência do grupo, a Inapa IPG, no passado dia 29 de julho, na sequência do colapso na Alemanha devido a uma falha de liquidez de curto prazo, que teve como consequência a insolvência do grupo, depois de a gestão não conseguir a aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o que teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência.

A antiga gestão da Inapa IPG, liderada por Frederico Lupi, atirou responsabilidades para a Parpública, o maior acionista, com 44,89%, do capital, mas o antigo presidente da Parpública e o Governo rebateram, no final de janeiro, no Parlamento, as afirmações dos gestores.

À imagem do que já tinha adiantado o ex-presidente da Parpública, Realinho de Matos, numa audição anterior, João Silva Lopes garantiu que “da parte da Inapa não foi apresentado qualquer estudo de viabilidade, nem provas que o Estado iria recuperar o dinheiro“. O mesmo em relação à oferta informal dos japoneses da JPP, a qual “não chegou de forma concreta e formal”.

Quanto ao modo como se desenrolou o processo, “apenas no dia 12 de julho o Governo teve conhecimento de toda esta situação iminente de rutura de tesouraria”, na sequência da suspensão de negociação das ações por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no dia 11 de julho.

Sobre a situação da Inapa Portugal, o secretário de Estado garantiu, na mesma ocasião, que o Governo estava a acompanhar todo o processo e “tanto quanto é conhecimento da Parpública não há qualquer dívida de salários aos trabalhadores“.

(Notícia atualizada às 12:30)

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Tarwi Foods levanta 900 mil euros para levar snacks de tremoço para o Médio Oriente

A startup portuguesa tem vindo a desenvolver desde 2021 snacks tendo por base o tremoço. O Médio Oriente é a primeira região na mira da expansão. Espanha e EUA estão na mira.

Catarina Gorgulho, fundadora e CEO da Tarwi Foods.

A portuguesa Tarwi Foods levantou um milhão de dólares (cerca de 924 mil euros) para internacionalizar os snacks à base de tremoço a nível global. O Médio Oriente é a primeira região na mira da expansão, começando pela Arábia Saudita e depois Emirados Árabes Unidos. Espanha e Estados Unidos estão igualmente nos planos da empresa.

“Até agora, a Tarwi foi totalmente construída com capitais próprios, alcançando um crescimento significativo de forma orgânica e com uma estrutura ágil. Este financiamento vai permitir-nos reforçar o que já está a funcionar — investir em talento, educação do consumidor e bases sólidas para a nossa expansão global”, diz Catarina Gorgulho, fundadora e CEO da Tarwi Foods, citada em comunicado.

O capital foi levantado junto da Homegrown Ventures, fundo com experiência de investimento em produtos de consumo (FMCG) e com “know-how prático em startups e acesso ao mercado do Médio Oriente”, destaca a fundadora. “Estamos ainda melhor posicionados para levar o nosso produto a mais consumidores em todo o mundo”, diz.

 

“No Médio Oriente, o nosso primeiro mercado de entrada será a Arábia Saudita, seguido dos Emirados Árabes Unidos em 2026/27. Quanto aos mercados futuros, estamos a considerar Espanha depois de penetrar Portugal, e o próximo mercado após penetrar Portugal/Espanha e Arábia Saudita/EAU, será os Estados Unidos”, adianta a CEO ao ECO.

Fundada em 2021, a startup portuguesa te vindo a desenvolver snacks tendo por base o tremoço, alimento rico em nutrientes, em proteína, fibra e aminoácidos essenciais. Em Portugal, a marca está presente nos grandes retalhistas como Continente, Pingo Doce e Auchan.

O financiamento da Homegrown Ventures irá impulsionar planos de crescimento da Tarwi, incluindo o reforço da sua presença em Portugal, a entrada no Médio Oriente, “aproveitando a forte ligação cultural ao tremoço”.

“A Catarina criou algo notável,” diz Nader Amiri. “O seu foco em produtos saudáveis e ricos em nutrientes tem impacto junto dos consumidores. É um orgulho apoiar o crescimento da Tarwi em Portugal, a sua expansão para o Médio Oriente e a sua contínua inovação”, refere o managing partner da Homegrown Ventures, citado em comunicado.

A empresa está agora focada em recrutamento estratégico para algumas posições. “Atualmente, a nossa equipa é composta por apenas três pessoas e planeamos contratar mais três: um head of sales, marketing manager, e um analista financeiro”, detalha a fundadora.

(notícia atualizada às 12h48 com dados sobre mercados de expansão)

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Dívida pública sobe pelo terceiro mês para máximos de ano e meio

Dívida pública atingiu os 277,2 mil milhões de euros em fevereiro, o valor mais elevado desde setembro de 2023.

A dívida pública subiu em fevereiro pelo terceiro mês seguido, tendo atingido os 277,2 mil milhões de euros, o valor mais alto desde setembro de 2023.

No segundo mês do ano, o endividamento das Administrações Públicas deu um salto de 2,9 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Esta evolução deveu-se sobretudo ao acréscimo dos títulos de dívida (2,5 mil milhões de euros) e dos Certificados de Aforro (600 milhões de euros), adianta o supervisor financeiro.

Dívida pública volta a subir

Fonte: Banco de Portugal

A dívida pública líquida de depósitos também subiu 2,9 mil milhões de euros em fevereiro, fixando-se nos 259,7 mil milhões, o nível mais elevado desde junho do ano passado.

Embora a dívida pública esteja a crescer em termos nominais, a evolução é normal na primeira metade do ano, quando o IGCP realiza mais operações de financiamento do Estado para todo o ano. Sendo expectável que em outubro venha a registar uma queda expressiva, dado que vence uma linha de obrigações a 10 anos e Portugal precisará de fazer um reembolso de 11,9 mil milhões de euros.

Por outro lado, Portugal tem mantido uma tendência de redução do peso da dívida pública em relação ao PIB. Fechou o ano passado nos 95,3%, o rácio mais baixo desde junho de 2010.

(notícia atualizada às 11h34)

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Viva o poder da mente: retiro exclusivo de mindfulness no Vermelho Melides

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 1 Abril 2025

O retiro "The Brain Edit" no Vermelho Melides, de 6 a 9 de abril, oferece uma jornada transformadora de mindfulness e autodescoberta, conduzida por Terrence the Teacher, especialista em bem-estar.

O refúgio perfeito para a mente e o corpo está de regresso ao Vermelho, em Melides. Entre os dias 6 e 9 de abril, o exclusivo hotel de Christian Louboutin recebe a segunda edição do retiro “The Brain Edit”, uma experiência transformadora conduzida por Terrence the Teacher, especialista mundial em mindfulness. Durante quatro dias, os participantes serão guiados numa jornada de autodescoberta, através de meditação, hipnoterapia, ioga e palestras imersivas.

Criado pelo próprio Terrence the Teacher, “The Brain Edit” é um programa que combina mindfulness, Programação Neurolinguística (PNL) e Hipnoterapia Clínica, oferecendo ferramentas para que cada pessoa possa retomar o controlo da sua saúde mental. “Ensino as pessoas a aceder aos seus próprios recursos internos para a mudança”, explica Terrence em conversa com a Fora de Série. A ideia central é que, tal como um editor ajusta um texto, também é possível “editar” o funcionamento do cérebro e otimizar a forma como reagimos ao stress e às emoções do dia a dia.

A ciência apoia esta abordagem. Estudos mostram que a meditação mindfulness altera fisicamente o cérebro, com melhorias notórias na redução do stress e ansiedade, aumento do foco e da criatividade, bem como no reforço da imunidade. “A mente mais otimizada equivale a uma melhoria da qualidade de vida”, reforça o especialista, frisando que estas alterações “são realçadas pelos exames de ressonância magnética feitos a muitos indivíduos, que mostram alterações na forma como os seus cérebros realmente reagem (acendem) antes e depois de aprenderem a meditar. Uma mente mais otimizada equivale a uma melhoria da qualidade de vida das pessoas, sem dúvida”.

O Vermelho Melides, conhecido pelo seu conceito intimista, foi escolhido a dedo para acolher o retiro. “Melides é como um lar longe de casa”, afirma Terrence, elogiando a atmosfera serena, a ligação à cultura local e o enquadramento natural do hotel. “É um espaço que apoia verdadeiramente uma jornada de bem-estar e autocuidado.”

Os dias serão preenchidos por um programa estruturado para um impacto duradouro. Pela manhã, começa-se com uma sessão de ioga adequada a todos os níveis, seguida de um pequeno-almoço nutritivo. Durante o dia, há duas sessões em grupo orientadas por Terrence, bem como momentos para explorar a vila, usufruir dos tratamentos do spa ou agendar sessões individuais. “As palestras trarão uma nova compreensão sobre o poder da mente, enquanto as meditações e hipnoterapia proporcionarão experiências imersivas inesquecíveis”, detalha o mentor do programa.

Um retiro para quem busca mais
Aberto a qualquer pessoa interessada em melhorar a sua saúde mental, “The Brain Edit” promete deixar marcas para além dos dias passados no retiro. “A verdadeira mudança deve continuar a acontecer mesmo depois de regressarmos às nossas vidas”, defende Terrence. Para isso, o retiro é focado no “porquê” e no “como” das práticas de mindfulness, fornecendo ferramentas que os participantes podem implementar a longo prazo.

Os testemunhos de edições anteriores sublinham o impacto do programa. “As pessoas referiram sentir-se mais calmas, presentes e renovadas”, partilha o especialista. Um dos casos mais marcantes foi o de um empresário cético, levado ao retiro pela mulher sem saber ao que ia. “No segundo dia, estava completamente imerso e saiu daqui convencido do poder da meditação mindfulness.”

Não é por acaso que Christian Louboutin acolhe “The Brain Edit” no seu hotel. O designer de sapatos é um adepto das práticas de bem-estar e trabalha com Terrence há mais de 20 anos. “Ele sempre procurou formas de cuidar de si e acompanhou de perto a minha jornada enquanto professor”, revela Terrence. A relação entre os dois tornou-se uma amizade e culmina agora nesta colaboração no Vermelho.

Este retiro atrai também figuras públicas e líderes que buscam equilíbrio num mundo acelerado. “O padrão comum entre eles é a busca incessante por aperfeiçoamento e a falta de tempo para cuidar do seu próprio bem-estar”, observa Terrence. “Aqui, eles aprendem que o segredo não está em desligar do mundo, mas sim em escolher conscientemente como investir o seu tempo para se sentirem mais calmos e conectados.”

A experiência “The Brain Edit” no Vermelho Melides tem um preço a partir de 2.523€, incluindo estadia e refeições, com um desconto especial de 10% nos tratamentos do spa. Uma oportunidade para quem deseja transformar a sua relação com a mente e descobrir o verdadeiro potencial do mindfulness num dos destinos mais exclusivos do Alentejo.

Vermelho Melides
Rua Dr. Evaristo Sousa Gago, nº2, Melides, Portugal
Tel.: 915 280 5111
E-mail: [email protected]

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Tribunal Constitucional impede coligação PSD/CDS de usar o nome AD

  • ECO
  • 1 Abril 2025

O Tribunal Constitucional (TC) chumbou o nome da coligação pré-eleitoral que junta PSD e CDS, mas deixa o PPM de fora, quando em 2024 o partido de Gonçalo da Câmara Pereira fazia parte da mesma.

O Tribunal Constitucional chumbou o nome da coligação PSD/CDS, que na corrida às eleições legislativas antecipadas de maio deixou de fora o Partido Popular Monárquico (PPM), avança a revista Visão. Assim, os dois partidos ficam impedidos de concorrer sob o nome Aliança Democrática (AD), visto que, segundo a juíza relatora, “manter a sigla era suscetível de induzir em erro o eleitor, fazendo-o acreditar estar perante a mesma coligação que incluía os monárquicos [nas eleições de 2024]”.

O PPM tinha contestado junto dos juízes do Palácio Ratton contra o uso da designação “Aliança Democrática” pelo PSD e o CDS, pelo facto de a coligação pré-eleitoral já não incluir aquele partido, na corrida às legislativas de 18 de maio. Face a esta contestação, a solução de PSD e CDS foi manterem-se coligados e mudar o nome para “AD – Aliança Democrática – PSD/CDS”. Mas a mudança não convenceu o partido liderado por Gonçalo da Câmara Pereira, que se dizia estar a ser “gravemente lesado”.

Apesar de não ter sido uma decisão unânime, “a maioria” dos juízes do Palácio Ratton “acabou por aprovar o projeto de acórdão” que impede PSD e CDS de serem a AD.

A decisão surge depois de, na semana passada, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, ter defendido que “não há nada que impeça a utilização da nomenclatura AD do ponto de vista desta candidatura”. No entanto, o líder do PPM assegurava que a sigla não podia ser usada.

“Nos próximos dias, os senhores serão informados qual será o nome da coligação que vai ser registada, mas quero apenas dizer que do ponto de vista jurídico, formal, constitucional não há nenhum problema. (…) Como o país sabe, esta é a candidatura da AD, nós somos a AD”, afirmou então o secretário-geral do PSD.

Agora, o PSD e o CDS terão de encontrar outra designação, numa altura em que todas as sondagens têm sido feitas usando o nome AD para apurar o sentido do voto dos inquiridos.

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As holdings mais premiadas nos WARC Effective 100

  • + M
  • 1 Abril 2025

Seis das 25 redes de agências consideradas mais eficazes pela WARC são da WPP. 0. Omnicom Groupe e Publicis Groupe foram, por esta ordem, as outras duas holdings com mais distinções conquistadas.

A WPP foi a companhia mais premiada no ranking WARC Effective 100. Omnicom Groupe e Publicis Groupe foram, por esta ordem, as outras duas holdings com mais distinções conquistadas.

Em termos de redes de agências do grupo, a Ogilvy conquistou o primeiro lugar do ranking pelo terceiro ano consecutivo enquanto a VML assegurou a quarta posição. Ainda da WPP, a Mindshare, a EssenceMediacom, a Wavemaker e a AKQA foram também reconhecidas entre as 25 melhores agências.

Já entre as agências de meios, a Wavemaker Bombaim garantiu o primeiro lugar, tendo a Mindshare Nova Iorque, a EssenceMediacom Nova Iorque, a Mindshare Amesterdão, a Mindshare Bombaim e a Wavemaker Londres também ficado entre as 20 melhores.

A Ogilvy Bombaim, a Ogilvy Londres e a Ogilvy Atenas conquistaram também lugares entre as 20 agências criativas mais eficazes.

As equipas da WPP foram também responsáveis por metade das dez campanhas mais eficazes deste ano, destacando-se “The Cost of Beauty”, da Unilever, criada em parceria pela Ogilvy e pela Mindshare, que conquistou o terceiro lugar.

A distinção surge após a WPP também ter alcançado o primeiro lugar nos rankings Media 100 e Creative 100 da WARC.

“Conquistar a tripla coroa da WARC realça o talento e a dedicação das nossas equipas. Estas classificações evidenciam o nosso compromisso em entregar ideias criativas e inovadoras que geram resultados tangíveis e crescimento para os nossos clientes. É um momento de orgulho ver tantas das nossas agências reconhecidas globalmente pelo seu trabalho excecional”, diz Mark Read, CEO da WPP, citado em comunicado.

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