Ministério Público e AT investigam fraude de 28 milhões de parceiros da Uber

  • ECO
  • 16 Abril 2024

Foram realizadas 65 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Uber, por suspeita de fraude fiscal e contra a Segurança Social. Prejuízo causado ao Estado é de cerca de 28 milhões.

As instalações da sede da Uber em Lisboa foram esta manhã alvo de buscas do Ministério Público, da Autoridade Tributária e Segurança Social, avança a CNN Portugal.

Confirmamos as diligências nas nossas instalações, sendo que a Uber não é a entidade visada das mesmas. Estamos a colaborar com as autoridades e a disponibilizar toda a informação solicitada”, afirmou a empresa ao ECO.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) também confirmou, em comunicado, essas mesmas buscas. No âmbito de um inquérito instaurado em julho de 2022 e dirigido pelo DCIAP, realizaram-se 65 buscas domiciliárias e não domiciliárias, sobretudo na zona de Lisboa. Em causa factos que podem ser considerados crime de fraude fiscal e fraude contra a Segurança Social.

“Está em causa a atuação e relação comercial entre uma sociedade comercial – que se dedica, entre outras, às atividades de gestão de plataformas digitais relacionadas com a restauração, e à venda de serviços de entrega a clientes finais – e os seus principais parceiros de frota. Existem indícios de que estes últimos contabilizaram e beneficiaram da emissão de faturas que não correspondem a serviços efetivamente prestados, constituindo por isso operações simuladas”, diz o mesmo comunicado.

O prejuízo patrimonial causado aos cofres do Estado português calcula-se que seja de cerca de 28 milhões de euros, a título de fraude fiscal.

Constitui ainda objeto da investigação, o não pagamento à Segurança Social dos valores devidos pelas quotizações dos trabalhadores, no montante global que se suspeita ser de, pelo menos, €7.500.000,00, a título de fraude à segurança social.

Nas buscas participaram quatro magistradas do Ministério Público, cerca de 80 elementos da Autoridade Tributária, 39 elementos do Instituto da Segurança Social, e 55 elementos da Guarda Nacional Republicana.

No inquérito, o MP é coadjuvado pela Autoridade Tributária – DSIFAE (Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais) e pelo Instituto da Segurança Social – Departamento de Fiscalização de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo a CNN Portugal, foi vedado o acesso dos funcionários ao piso onde estão localizados os servidores da empresa. Segundo disse ao canal fonte da empresa, a investigação poderá estar ligada com a frota de estafetas ligada à Uber Eats, que coloca em contacto os motoristas com os restaurantes.

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Dinamarquesa Bestseller abre primeira Jack&Jones em Portugal e prevê mais 50 lojas em três anos

Grupo internacional inaugura primeira loja portuguesa da conhecida marca Jack&Jones num shopping da Amadora. Pretende abrir 50 novas lojas de várias marcas nos próximos três anos.

O grupo dinamarquês Bestseller acaba de abrir a primeira loja Jack&Jones em Portugal, no Centro Comercial Ubbo, na Amadora. Até ao final do ano, o grupo prevê abrir cinco novas lojas nos principais centros comerciais do país e nos próximos três anos chegar às 50 lojas (25 novas lojas Jack&Jones, 15 novas lojas Only e 10 novas lojas Vero Moda).

“É com um enorme orgulho que abrimos a nossa primeira loja da Jack&Jones em Lisboa. Esta loja tem um significado muito importante para nós, visto que é a loja número 1.000 da Jack&Jones e a nossa primeira loja em Portugal. A Bestseller iniciou a distribuição das nossas marcas em Portugal em 1997, e até ao dia de hoje, abrimos mais de 350 pontos de venda no país. Temos uma forte aposta neste mercado, onde pretendemos abrir mais de 50 lojas nos próximos anos, criando um impacto significativo em conjunto com todas as nossas equipas”, disse Andrés Contreras, CEO Bestseller Portugal, Espanha e América Latina, citado em comunicado.

O grupo já está presente em Portugal há vários anos, através de lojas multimarcas, e no final de 2021 abriu um escritório em Lisboa, onde emprega atualmente 20 pessoas em diversas áreas, incluindo wholesale, retail, marketing e logística.

Além do plano de expansão em Portugal, a Bestseller está a apostar ainda no mercado africano com a abertura prevista de duas novas lojas Jack&Jones em 2024, utilizando Portugal como um “trampolim” estratégico para a entrada neste novo mercado.

O plano ambicioso de abrir cinco novas lojas até ao final de 2024, e adicionar mais 40 nos anos seguintes, sublinha o nosso compromisso com a expansão em Portugal, com foco em marcas como Jack&Jones, Only e Vero Moda.

Diogo Bartolomeu

Country manager da Bestseller Portugal

“A nossa estratégia de investimento reflete a confiança no crescimento contínuo e na solidez das nossas marcas, que se firmaram num mercado onde atuamos há mais de vinte anos. O plano ambicioso de abrir cinco novas lojas até ao final de 2024, e adicionar mais 40 nos anos seguintes, sublinha o nosso compromisso com a expansão em Portugal, com foco em marcas como Jack&Jones, Only e Vero Moda, e mira a expansão para os mercados africanos, usando Portugal como base estratégica”, realça Diogo Bartolomeu, country manager da Bestseller Portugal.

Fundada na Dinamarca, em 1975, por Merete Bech Povlsen e Troels Holch Povlsen, a Bestseller está presente em mais de 70 países e fechou o ano de 2023 com um volume de negócios na ordem dos 5,26 mil milhões de euros.

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PCP e Bloco propõem rejeição do Programa de Estabilidade no Parlamento

Depois do chumbo às duas moções de rejeição, tanto os comunistas como os bloquistas avançam com um projeto de resolução que propõe a rejeição do Programa de Estabilidade do Governo.

Depois de as suas moções de rejeição ao Programa do Governo terem sido chumbadas no Parlamento, o PCP e o Bloco de Esquerda vão apresentar projetos de resolução que propõem a rejeição do Programa de Estabilidade do Governo na Assembleia da República (AR).

O PCP irá apresentar um projeto de resolução, que obrigue à votação da perspetiva em que se baseia o programa de estabilidade apresentado pelo Governo, propondo a sua rejeição e que afirme a política alternativa possível e necessária”, lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira, após a reunião do Comité Central do PCP, em Lisboa.

Segundo Paulo Raimundo, que anunciou a decisão numa conferência de imprensa, “as medidas assumidas” pelo Governo de Luís Montenegro “só agravarão os problemas nacionais e subordinação externa” não permitindo dar resposta “aos problemas mais imediatos” e “estruturais” da economia nacional.

Momentos mais tarde, também em conferência de imprensa, Mariana Mortágua anunciou que o Bloco de Esquerda também vai apresentar uma proposta de resolução.

“O Bloco apresentará um projeto de resolução de rejeição na Assembleia da Republica para ser discutida e votada com este Programa de Estabilidade“, anunciou a coordenadora do partido, considerando o documento apresentado pelo Governo de Luís Montenegro como “inútil, caduco e fora de prazo” face às necessidades do país.

Este projeto visa comprometer o Governo a apresentar em dez dias um documento [novo] à AR que seja clarificador quanto às prioridades de política orçamental e económica, nomeadamente, no que diz respeito a salários, impostos e carreiras na função pública”, afirmou a coordenadora bloquista.

Por seu turno, o presidente do Chega também se manifestou contra o Programa de Estabilidade do Governo, admitindo avançar com um voto de rejeição ao documento e que por isso a AD deverá nesta matéria um entendimento com o PS.

De acordo com André Ventura, o Programa de Estabilidade que o Governo entregou no parlamento, na segunda-feira, “é essencialmente fruto do trabalho do PS e, como tal, o Chega desvincula-se dele, já que sempre o criticou”.

Em relação aos votos de rejeição já anunciados pelo Bloco de Esquerda e PCP ao PE apresentado pelo Governo, André Ventura disse que o seu partido ainda não definiu a sua posição face a essas duas iniciativas. E admitiu que o próprio Chega poderá apresentar também um voto de rejeição ao Programa de Estabilidade.

Caso os projetos de resolução sejam aprovados — sendo necessário um apoio mínimo de 116 deputados em cada votação — o Programa de Estabilidade será forçado a ir a votos, obrigando a que os restantes partidos assumam uma posição.

O PS poderá voltar a abster-se desta votação, repetindo a mesma posição que assumiu perante as duas moções de rejeição apresentadas pelos comunistas e bloquistas ao Programa de Governo, na semana passada, sob o argumento de não querer “bloquear” o início de funções do novo Executivo.

Quanto ao Livre e o PAN ainda não foi assumida nenhuma posição relativamente ao sentido de voto do projeto de resolução do PCP, mas certo é que o partido de Rui Tavares votou a favor das duas moções de rejeição. Já a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, absteve-se na moção apresentada pelo BE e votou contra o texto do PCP.

O debate com os membros do Governo sobre o Programa de Estabilidade está marcado para quarta-feira, dia 24 de abril.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h27 com declarações de André Ventura)

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Registo Internacional de Navios da Madeira quadriplicou embarcações desde 2014

  • Lusa
  • 16 Abril 2024

Em dez anos, embarcações registadas no Porto do Funchal passaram de 232 para mais de 900. Em 2022, representavam cerca de 4.000 postos de trabalho diretos qualificados.

O número de grandes embarcações registadas no Registo Internacional de Navios (MAR) da Madeira quadruplicou na última década, passando de cerca de 230 para mais de 900, indicou esta terça-feira o presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque.

O Registo de Navios quadruplicou desde 2014“, disse Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas à margem do seminário anual da European Community Association of Ship Brokers and Agents (ECASBA), a decorrer na Gare Marítimo do Porto do Funchal.

Segundo Miguel Albuquerque, em 2014 estavam registados no MAR 232 navios e, neste momento, o número ascende a 902, ao que acresce as respetivas tripulações.

Estes números, salientou, têm também “reflexos nos números do Centro Internacional de Negócios da Madeira”, representando em 2022 cerca de 4.000 postos de trabalho diretos qualificados, um aumento de 17,6% em comparação com o ano anterior.

“Em 2023, houve também uma subida no número de postos de trabalho e, no número de empresas, neste momento, temos 2.643 entidades registadas”, indicou.

Ainda de acordo com o chefe do Executivo madeirense (PSD/CDS-PP), “houve um aumento de navios registados e na zona franca industrial houve um aumento das empresas e nos serviços internacionais“.

“Todos os setores cresceram”, sublinhou, considerando ainda que estes dados evidenciam que “a Madeira vai ao encontro da necessidade de diversificar a economia” da região, significando “credibilidade, confiança, segurança e competitividade”.

Apesar de a Madeira registar um aumento no movimento de cruzeiros, Miguel Albuquerque admitiu que o projeto de prolongamento do porto do Funchal está suspenso, porque as prioridades são a construção do novo hospital da Madeira e a habitação.

“Não é prioritário e não temos capacidade de encetar duas obras com grande dimensão”, argumentou, embora reconhecendo que é um projeto que tem de ser equacionado no futuro. “Será inevitável, talvez não para mim, mas quem vier a governar, levar em linha de conta essa necessidade”, acrescentou.

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Rangel chama embaixador do Irão para exigir “libertação imediata” do navio com bandeira portuguesa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Abril 2024

Na reunião desta manhã, o Governo condenou "de forma veemente e categórica" o ataque contra Israel e apelou ainda à “libertação imediata" do navio de carga com bandeira portuguesa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, tutelado por Paulo Rangel, convocou o embaixador da República Islâmica do Irão na manhã desta terça-feira para exigir a “libertação imediata” do cargueiro MSC Aries, de bandeira portuguesa, que foi capturado no estreito de Ormuz.

Em comunicado, o ministério indica que foi igualmente exigida a libertação da tripulação, apelando a que esta seja “condignamente tratada” enquanto o navio se mantiver apreendido, dado “não se considerarem consistentes as explicações até agora fornecidas”.

Note-se que o embaixador iraniano em Portugal afirmou, numa entrevista à RTP transmitida na segunda-feira, que a tripulação do navio de pavilhão português já foi libertada. Seyed Majid Tafreshi garantiu que os 25 tripulantes — nenhum deles português — “não estão a ser controlados nem interrogados”.

O diretor-geral de Política Externa, que esteve na reunião desta terça-feira, reiterou também, “de forma veemente e categórica”, a condenação do ataque realizado pelo Irão no sábado, em que lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel.

Foi a primeira vez que o Irão lançou um ataque militar direto contra Israel, apesar de décadas de hostilidades que remontam à Revolução Islâmica de 1979. O ataque ocorreu menos de duas semanas após um alegado ataque israelita na Síria, que matou dois generais iranianos em um edifício consular iraniano.

“O Governo português manifestou a sua profunda preocupação com a escalada do conflito na região [do Médio Oriente], apelando à máxima contenção”, lê-se ainda na nota, na qual o ministério tutelado por Paulo Rangel refere ainda que irá aguardar “os resultados desta diligência formal” e, em função disso, avaliar “passos adicionais”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h51)

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FC Porto finaliza compra dos terrenos na Maia para academia por 3,4 milhões de euros

  • Lusa
  • 16 Abril 2024

Pinto do Costa garantiu que as obras da construção da nova academia na Maia vão já arrancar esta ou na próxima semana.

O FC Porto formalizou esta terça-feira a aquisição de 14 hectares de terreno no concelho da Maia, distrito do Porto, para a construção da sua academia de futebol, depois de apresentar uma proposta de 3,4 milhões de euros. O Presidente dos “dragões”, Pinto do Costa, considerou o momento “histórico” e garantiu que as obras da construção da nova academia na Maia vão já arrancar esta ou na próxima semana.

Os ‘dragões’ foram os únicos a apresentar a intenção de compra para os terrenos em questão, localizados nas localidades de Nogueira e Silva Escura, no Parque Metropolitano, através de carta fechada, numa sessão de hasta pública, realizada na autarquia maiata.

A SAD portista fez-se representar pelo presidente Pinto da Costa e pelo administrador Fernando Gomes, que assistiram à abertura de proposta, que foi acompanhada, e sinalizada, por um cheque de 680 mil euros, correspondente a 20% do valor total da oferta.

A Comissão de Abertura de Proposta da Câmara Municipal da Maia validou todos os pressupostos da intenção de compra do FC Porto, mas o negócio só será definitivamente adjudicado quando for, em breve, ratificado pelo executivo camarário, que tem de autorizar a alienação dos terrenos.

Depois desse passo, o FC Porto terá de pagar mais 15% do valor total (3,4 milhões de euros), com o remanescente a ser liquidado quando for celebrado o contrato de compra a venda.

Pinto do Costa, que fez questão de estar presente num momento que considerou “histórico”, garantiu que as obras da construção da nova academia na Maia vão já arrancar esta ou na próxima semana. “Já estão a ser feitos os trabalhos de limpeza do terreno, mas, com a presença dos arqueólogos, pensámos começar os trabalhos do arranque de construção ainda esta semana”, disse o presidente do FC Porto.

A partir de agora, e definitivamente, não pode haver dúvidas. Aqueles que disseram que este projeto era uma utopia e um chorrilho de mentiras, agora, se tiveram dignidade, só têm de pedir desculpa pelo que disseram.

Pinto da Costa

Presidente do FC Porto

O dirigente lembrou que este foi um processo que se prologou nos últimos dois anos, mas apontou que “o sonho virou finalmente uma realidade, dando lugar a uma academia que vai orgulhar todos os portistas”.

“A partir de agora, e definitivamente, não pode haver dúvidas. Aqueles que disseram que este projeto era uma utopia e um chorrilho de mentiras, agora, se tiveram dignidade, só têm de pedir desculpa pelo que disseram”, disse Pinto da Costa.

O presidente do FC Porto falou numa obra “fundamental para o crescimento das equipas do clube”, descrevendo que o complexo terá três campos de futebol, um mini-estádio para duas mil pessoas — que pode acolher jogos oficiais –, um refeitório, um hotel e um posto médico.

“É um passo muito importante, mas, apesar de termos dificuldades de espaços para a nossa formação, temos conseguido apresentar jogadores que hoje dão cartas nas nossas equipas A e B. Os nossos rivais têm condições mais avançadas, mas, a partir de agora, vamos ter condições para albergar 140 atletas em simultâneo. As crianças e os jovens que queiram estar no FC Porto vão ter excelentes condições para estudar, treinar e jogar no nosso clube”, concluiu.

Estes 14 hectares adquiridos à Câmara Municipal da Maia para a construção da academia, juntam-se a outros nove que o clube já tinha garantido, ficando o complexo com uma área total de 23 hectares para o clube desenvolver.

Pinto da Costa, que cumpre o 15.º mandato consecutivo como presidente do FC Porto, cargo que ocupa desde 1982, é o líder da Lista A às próximas eleições do clube, concorrendo com o ex-treinador do clube André Villas-Boas (Lista B) e Nuno Lobo (Lista C), derrotado no sufrágio de 2020.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto decorrem em 27 de abril, entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto.

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Mercados “abanam” com tensões no Médio Oriente. Ações europeias derrapam 1,5%

O índice pan-europeu STOXX 600 está a cair 1,5% como resultado de receios sobre o escalar as tensões entre Israel e Irão. É a maior queda diária do índice desde julho do ano passado.

Num contexto onde o Médio Oriente emerge mais uma vez como epicentro de tensões geopolíticas, os mercados financeiros revelam uma reação mista, onde a prudência se traduz em volatilidade.

Os recentes desenvolvimentos entre Israel e Irão, com o ataque direto de Teerão no sábado a Israel — o primeiro desta natureza — têm lançado sombras sobre as expectativas de estabilidade perante o ambiente da economia global.

“Todos (os outros factores) foram agora colocados em segundo plano, e o foco agora está na escalada do risco proveniente deste conflito no Médio Oriente”, referiu Daniela Hathorn, analista de mercado sénior da Capital.com citada pela Reuters.

Desde o início dos conflitos mais diretos entre os dois países, o índice pan-europeu STOXX 600 contabiliza uma queda de 1,2%, com destaque para esta segunda-feira, com o índice a corrigir 1,5%. É preciso recuar até julho do ano passado para encontrar um dia com perdas maiores.

Este movimento do índice composto pelas 600 maiores empresas da Europa reflete-se de igual modo nos principais índices do Velho Continente, com o alemão DAX, o francês CAC40 e o espanhol IBEX a registarem perdas de 1,5%, 1,4% e 1,3%, respetivamente. O português PSI, apesar de ter estado a negociar em terreno negativo durante a manhã, permanece atualmente na linha de água, contabilizando uma ligeira subida de 0,06%.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

​Também a ceder face às tensões geopolíticas segue o barril de petróleo, que se mostra sempre sensível a quaisquer perturbações na região produtora por excelência do ouro negro.

Após um pico significativo na sexta-feira, motivado pelo temor de uma resposta de Israel que pudesse escalar o conflito, os preços do Brent voltam a corrigir esta sexta-feira, contabilizando até ao momento uma queda de 0,3% para os 89,85 dólares.

Este movimento reflete tanto uma avaliação menos alarmista do impacto imediato do conflito como as respostas de política monetária nos EUA, que continuam a pressionar as expectativas da procura mundial de petróleo.

​A puxar pela volatilidade dos mercados na sessão desta terça-feira está também a posição da agência de notação de rating Standard & Poor’s (S&P), que reconheceu o aumento do risco geopolítico como um fator crítico na avaliação das condições de crédito globais.

Embora não altere drasticamente as projeções macroeconómicas de base, a S&P sublinha que “os desdobramentos futuros, particularmente a natureza e magnitude da resposta israelita, serão decisivos”, lê-se num comunicado publicado pela agência esta manhã.

A S&P mantém uma vigilância apertada sobre os canais de transmissão que poderiam afetar as condições de crédito, como os preços de energia, as disrupções na cadeia de suprimentos e a volatilidade dos mercados financeiros, que poderiam agravar-se caso o conflito atinja um ponto crítico​.

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Cerca de 15% da faturação das empresas advém de produtos novos ou melhorados

Setor da informação e comunicação continuou a apresentar proporcionalmente mais empresas inovadoras (71,2%), seguindo-se os serviços financeiros (65,6%) e o comércio (48,4%). Veja os dados do INE.

Em 2022, 15,2% do volume de negócios das empresas resultou da introdução de produtos novos ou melhorados, o que representa um crescimento de 1,4 pontos percentuais face a 2020 e de 4 pontos percentuais face a 2018, totalizando 58,4 mil milhões de euros. Cerca de 10,8% do volume de negócios resultou da introdução de produtos novos para a empresa e 4,4% da introdução de produtos novos para o mercado (9,5% e 4,3%, respetivamente, em 2020).

No caso das empresas com 250 ou mais pessoas, a introdução de produtos novos ou melhorados representou 16% do volume de negócios, enquanto nas empresas com 10 a 249 pessoas essa proporção foi de 14,4% (15,8% e 12,0%, respetivamente, em 2020), de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), baseados no Inquérito Comunitário à Inovação (CIS 2022).

Este inquérito particulariza ainda que 30,9% do volume de negócios do setor da Informação e comunicação resultou da introdução de produtos novos ou melhorados (+1,0 pontos percentuais face a 2020), atingindo 5,2 mil milhões de euros (+1,5 mil milhões de euros relativamente a 2020).

No mesmo ano, a introdução de produtos novos ou melhorados representou 18,3% do volume de negócios da indústria e energia e 18% do volume de negócios dos serviços financeiros (+3,3 pontos percentuais e +1,8 pontos percentuais, pela mesma ordem, face a 2020), totalizando 25,3 e 4,7 mil milhões de euros respetivamente, correspondendo a aumentos de 12,7 e 1,1 mil milhões de euros relativamente a 2020 para esses setores.

Entre 2020 e 2022, 44,7% das empresas portuguesas tiveram atividades de inovação (48% entre 2018-2020 e 32,4% entre 2016-2018). No mesmo triénio, 22,6% das empresas desenvolveram inovação de produto (bens e/ou serviços) e 40,4% introduziram inovação de processo. Face ao período 2018-2020, registou-se um ligeiro aumento de 0,3 pontos percentuais na inovação de produto e uma diminuição de 2,3 pontos percentuais na inovação de processo.

Informação e comunicação lidera inovação

Por atividade económica, o setor da informação e comunicação continuou a apresentar proporcionalmente mais empresas inovadoras (71,2%), seguindo-se os serviços financeiros (65,6%), o comércio (48,4%) e os outros serviços (46,6%). Por oposição, a agricultura e pescas (33,8%) e a construção e atividades imobiliárias (36,1%) foram os setores que registaram as percentagens mais baixas.

Em 2022, a despesa com inovação por pessoa ao serviço nas empresas inovadoras atingiu 2.440 euros, mais 621 euros comparativamente a 2020. Este aumento foi mais expressivo nas empresas do escalão 10 a 249 pessoas ao serviço (+1 029 euros) do que empresas grandes (+253 euros). Este aumento resulta sobretudo do crescimento da despesa total com atividades de inovação (+41,9%), principalmente nas empresas com 10 a 249 pessoas ao serviço (+58,4%).

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Hannover Re reforça proteção para falhas na cloud

  • ECO Seguros
  • 16 Abril 2024

A resseguradora alemã emitiu obrigações catastróficas para proteger a sua carteira de seguros ciberrisco. Conseguiu 13,75 milhões de dólares para indemnizar sinistros em seguros paramétricos.

A resseguradora Hannover Re realizou uma emissão “Obrigações Catastróficas”(catastrophe bond), no valor de 13,75 milhões de dólares para responder a coberturas paramétricas para quebras na “nuvem”, que conduzem “a interrupção de serviços em empresas cada vez mais dependentes e confiantes na armazenagem de dados e capacidade computacional que conseguem na cloud“, afirma fonte da resseguradora.

As empresas dependem cada vez mais da capacidade de armazenagem e computação instalada na nuvem e a exposição das seguradoras está a aumentar e a exigir recursos adicionais.

Sendo a primeira emissão deste género, a Hannover Re colaborou com a Parametrix, uma empresa cujo negócio é a sustentabilidade, e concretizou a emissão através da sua subsidiária Kaith Re sediada na Bermuda.

O objetivo é conseguir capacidade de retrocessão de riscos acumulados na carteira de ciberriscos da resseguradora.

Os seguros abrangidos por esta operação estão limitados a alguns serviços interrompidos, em algumas regiões dos Estados Unidos por alguns provedores de serviços na nuvem.

A Parametrix, através do seu Cloud Monitoring System, criou a primeira base de dados com histórico de falhas na nuvem, permitindo acertar um modelo de risco aplicado às coberturas resseguradas pela Hannover Re.

Os seguros paramétricos são apólices que disparam a indemnização mediante certos indicadores com variação comprovável. Neste caso será a interrupção de tipos de serviço na nuvem e tempo dessa interrupção.

Já as obrigações catastróficas são empréstimos colocados nos mercados financeiros, normalmente com rentabilidade elevada, que apenas são acionados pelas resseguradoras, junto dos obrigacionistas, perante um conjunto de perdas identificadas como resultantes de catástrofes.

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sheerME conclui ronda de 5 milhões para expandir em novas cidades no Brasil e Espanha

São Paulo e Salvador são as novas cidades brasileiras na mira da startup, que pretende ainda abrir um escritório em Barcelona no segundo trimestre de 2024.

A sheerME fechou nova ronda de investimento seed no valor de 2,5 milhões de euros — elevando para 5 milhões o montante levantado nos últimos seis meses — para expandir as operações no Brasil e Espanha a novas cidades.

A nova ronda — que conta com o investimento da M4 Ventures, Lince Capital e Olisipo Way –– vai ser usado para impulsionar os três mercados onde a startup que atua na área da beleza e bem-estar está presente. No Brasil, mercado que concentra já 10% das operações, a startup vai “consolidar a sua atividade através da implementação de novas funcionalidades na app, como a oferta de cashback por cada avaliação realizada pelos clientes aos serviços usufruídos, melhorar a experiência do utilizador e ainda lançar uma plataforma de gestão gratuita para comerciantes.”

Neste mercado, a startup já tem 170 mil utilizadores, 5.000 parceiros e mais de 180 mil serviços ativos — números que a empresa estima triplicar até ao final de 2024. Instalada no hub tecnológico do Rio de Janeiro – Porto Maravelley, a sheerME está agora a expandir, com foco nas cidades de São Paulo e Salvador, mercados para os quais já está a contratar novos talentos.

Em Espanha, a empresa “planeia construir uma equipa local e, futuramente, abrir escritórios em Barcelona no segundo trimestre de 2024.”

“Portugal vai também beneficiar deste investimento, com a sheerME comprometida em desenvolver e aprimorar a carteira virtual da app, para que os utilizadores possam desfrutar de uma gama mais alargada de serviços, mediante a integração de outras carteiras na plataforma e da colaboração com novos parceiros estratégicos.”

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PAN quer revisão intercalar de escalões e reduzir a taxa de IRS dos 6º e 7º escalões

PAN propõe uma redução de 1% da taxa de IRS dos 6.º e 7.º escalões e sugere uma “revisão intercalar de escalões de IRS, num programa de “emergência fiscal” para proteger o rendimento das famílias.

O PAN quer uma revisão intercalar de escalões de IRS, reduzir a taxa de IRS dos sexto e sétimo escalões e reintroduzir o IVA zero nos produtos alimentares do cabaz essencial até ao final de 2024. Estas são algumas das propostas que o partido liderado por Inês Sousa Real entregou no Parlamento depois de o Executivo apresentar na Assembleia da República o Programa de Governo e o Programa de Estabilidade.

“O PAN propõe uma redução de 1% da taxa de IRS dos 6.º e 7.º escalões, que não foram incluídos na redução prevista no Orçamento do Estado para 2024 – deixando de fora grande parte da classe média”, explica o partido em comunicado, encontrando-se a meio caminho com a proposta do PSD de descer o IRS para todos os contribuintes até ao oitavo escalão.

Na proposta que deu entrada no Parlamento, na noite de segunda-feira, é sugerida uma “atualização da dedução específica para os trabalhadores dependentes e para os pensionistas para 4.915 euros”, ou seja, “mais 811 euros do que os atuais 4.104 euros – um valor que se mantém inalterado desde 2015”.

Numa tentativa de “proteger o rendimento das famílias”, já que a atualização dos escalões de IRS não acomoda os valores da inflação de 2021 – 1,3% – e de 2022 – 7,8% – registados pelo Instituto Nacional de Estatística, o que, na prática, se traduziu em perdas reais de rendimentos das famílias no ano de 2023, o PAN sugere uma “revisão intercalar de escalões de IRS, que permitirá, por exemplo, a um trabalhador que ganhe o salário médio (1.463 euros) poupar 238 euros num ano”.

O ministro das Finanças já anunciou que haverá este ano uma nova revisão dos escalões de IRS, na segunda metade do ano, para acomodar a nova decida de IRS de cerca de 200 ou 300 milhões de euros, que somam aos cerca de 1.300 milhões já inscritos pelo Executivo de António Costa no Orçamento do Estado para 2024.

O programa de “emergência fiscal” do PAN inclui ainda a “reintrodução do IVA Zero nos produtos alimentares do cabaz essencial até ao final de 2024” e “o alargamento da duração do IRS Jovem por mais dois anos” e “a criação de um regime especial de isenção contributiva para os trabalhadores-estudantes”. “Este regime garante aos jovens que estão simultaneamente a estudar e a trabalhar acesso ao abono de família, a bolsas de ensino superior, a pensões de sobrevivência e a um regime especial de isenção contributiva”, explica o partido de Inês Sousa Real em comunicado.

O Governo também já anunciou mexidas no IRS Jovem. Para “os jovens até aos 35 anos, com exceção do último escalão de rendimento, todos os escalões serão desagravados em dois terços”, explicou o ministro das Finanças, em entrevista à RTP na semana passada. “Pagarão um terço de IRS daquilo que pagam hoje, independentemente das suas habilitações literárias” e da idade em que comece a trabalhar, se tiver saído ou regressado a uma situação laboral. Vai ser ainda introduzida na proposta do Executivo a isenção para o primeiro ano de trabalho, a única regra do atual regime que se irá manter, explicou Miranda Sarmento.

O pacote fiscal do PAN prevê ainda a redução para 6% do IVA dos cuidados médico-veterinários e da ração dos animais de companhia, porque devido à escalda da inflação “o aumento sentido nas rações para cães e gatos foi, respetivamente, de 30% e de 25%”.

Chega quer “engordar” 200 milhões de redução do IRS para mil milhões

O PAN não foi o único partido a avançar já com propostas ficais em antecipação do debate de urgência no Parlamento sobre o IRS e antes do Conselho de Ministros de sexta-feira no qual o Executivo vai decidir os detalhes da “proposta de lei que altera o artigo 68º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares”, e que irá introduzir “uma descida das taxas de IRS sobre os rendimentos até ao oitavo escalão, que vai perfazer uma diminuição global de cerca de 1500 milhões de euros nos impostos do trabalho dos portugueses face ao ano passado, especialmente sentida na classe média”, como explicou o primeiro-ministro no Parlamento.

O presidente do Chega anunciou que vai propor no Parlamento uma alteração para aumentar a redução do IRS de 200 milhões para mil milhões de euros. “Quando chegar ao Parlamento esta proposta do IRS, vamos transformá-la para ser uma proposta efetiva, com perto de mil milhões de euros de alívio aos contribuintes”, afirmou André Ventura, citado pela Lusa.

O responsável político disse que o Chega vai “procurar que haja diálogo com o PSD e com o PS, que é quem pode formar maiorias, para que haja um alívio bem maior do que aquele que o Governo de Luís Montenegro pretende”.

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Acusada por fraude em fundos europeus, Patrícia Dantas já não será adjunta no Ministério das Finanças

Antiga deputada do PSD decidiu não assumir funções após notícias sobre processo em que está envolvida, ainda que "mantendo a presunção da inocência".

Depois de notícias sobre um processo onde está a ser julgada por fraude para obtenção de fundos europeus, Patrícia Dantas decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças, avança o Ministério num comunicado enviado esta terça-feira.

“Na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social, sobre um processo que teve início em 2017 e que está ainda a decorrer nos locais próprios, sem que sobre o mesmo tenha sido proferida qualquer decisão judicial, Patrícia Dantas, mantendo a presunção da inocência que se impõe e após ponderação, comunicou ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças que decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças“, lê-se no comunicado.

Em causa está um processo judicial onde se investiga um crime de fraude na obtenção de subsídio, que está em fase de julgamento, de acordo com a notícia publicada no Correio da Manhã esta terça-feira. Patrícia Dantas foi acusada pelo Ministério Público, há seis anos, no megaprocesso da já extinta Associação Industrial do Minho, por suspeitas de ter emitido faturas falsas para obter fundos europeus.

A economista, de 52 anos, já foi deputada do PSD, eleita pela Madeira. Na altura a que diz respeito o processo, era presidente executiva da Startup Madeira.

(Notícia atualizada às 12h25)

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