Caso BES. Tribunal deixa cair 11 crimes, três deles de Ricardo Salgado

Prescreveram 11 crimes do caso BES. Três destes crimes - falsificação de documento e infidelidade - eram imputados ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.

O Tribunal deixou “cair por terra” 11 crimes do caso BES uma vez que os mesmos já prescreveram, avança o Observador. Três destes crimes – dois de falsificação de documento e um infidelidade – pertencem ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.

Segundo o despacho judicial que a Sic teve acesso, no total, sete arguidos beneficiaram desta prescrição, incluindo Salgado, Amílcar Morais Pires e Francisco Machado da Cruz. Um ex-funcionário do BES já não vai ser julgado.

O julgamento do processo BES vai começar no próximo dia 15 de outubro, no Campus da Justiça, mais de uma década após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), em agosto de 2014. Tem como principal arguido o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, que foi acusado de 65 crimes, entre os quais associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada e branqueamento.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Euribor cai para novos mínimos a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,238%, continuou acima da taxa a seis meses (3,071%) e da taxa a 12 meses (2,712%).

A Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses para níveis mínimos desde abril e março de 2023 e novembro de 2022.

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,238%, continuou acima da taxa a seis meses (3,071%) e da taxa a 12 meses (2,712%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou esta quinta-feira para 3,071%, menos 0,021 pontos e um mínimo desde 21 de março de 2023. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho mostram que a Euribor a seis meses representava 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou esta quinta-feira, para 2,712%, menos 0,033 pontos do que na quarta-feira.
  • Já a Euribor a três meses desceu esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,238%, menos 0,008 pontos e um novo mínimo desde 20 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Rui Sá Morais é o novo administrador-delegado da Casa da Música, após renúncia de Carla Chousal

Após renúncia de Carla Chousal, o economista bracarense Rui Sá Morais foi cooptado para a administração da Casa da Música e eleito administrador-delegado da instituição liderada por Isabel Furtado.

O Conselho de Administração da Fundação Casa da Música procedeu à cooptação de Rui Sá Morais na sequência da renúncia da administradora Carla Chousal, que ocupava o cargo desde julho de 2022. Vai ser substituída por outro economista, que foi também eleito para a função de administrador-delegado “com efeitos imediatos”.

A decisão será “proximamente ratificada” pelo Conselho de Fundadores, sublinha em comunicado o conselho de administração da Casa da Música, que é agora liderado por Isabel Furtado. A CEO da TMG Automotive sucedeu a Rui Amorim de Sousa, que deixou a liderança da Cerealis depois de vender a dona da Milaneza a Carlos Moreira da Silva e à família Domingues.

Nos próximos três anos, o Conselho de Administração da Fundação Casa da Música passa assim a ser constituído por Isabel Furtado (presidente), Álvaro Teixeira Lopes e António Marquez Filipe (vice-presidentes), Rui Sá Morais (administrador-delegado) e André Tavares, Frederico Silva Pinto e Luís Osório (vogais).

Rui Sá Morais

Casado e pai de 3 filhos, Rui Sá Morais nasceu em Braga a 31 de março de 1976. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto e pós-graduado em Finanças Empresariais pela Universidade Lusíada, tendo concluído o Programa de Alta Direção de Empresas ministrado pela AESE Business School.

Rui Sá Morais foi administrador executivo da AGERE entre 2013 e 2017, altura em que se tornou não executivo da empresa, assim como presidente do conselho de administração da BRAVAL, dedicada à valorização e tratamento dos resíduos sólidos no Baixo Cávado. Desempenhou ainda funções de administrador da SGEB (Parceria Público Privada dos Sintéticos de Braga), liderando o processo de liquidação que poupou mais de 30 milhões de euros aos cofres do município.

Aceito este desafio com a consciência do potencial desta instituição e com ambição de valorizar ainda mais o seu propósito.

Rui Sá Morais

Novo administrador-delegado da Casa da Música

“A Casa da Música é um projeto de relevância nacional, um espaço icónico de promoção da cultura e com um grande impacto na oferta artística do nosso país. Aceito este desafio com a consciência do potencial desta instituição e com ambição de valorizar ainda mais o seu propósito. Fazer parte do crescimento, numa perspetiva de envolvimento com aqueles que, todos os dias, trabalham para construir a relevância da Casa da Música será o meu foco”, afirma Rui Sá Morais, citado numa nota de imprensa.

Os fundadores privados contribuem anualmente com mais de um milhão de euros para a instituição cultural portuense, com a comparticipação do Estado a ascender a 10 milhões de euros em 2024.

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OpenAI obtém 6,6 mil milhões de dólares. Microsoft reforça na criadora do ChatGPT

Num dos maiores investimentos privados já realizados através de uma nova ronda de capital, a empresa de inteligência artificial generativa foi avaliada em 157 mil milhões de dólares.

A OpenAI, empresa que lançou o ChatGPT em 2022, angariou 6,6 mil milhões de dólares (5,97 mil milhões de euros) numa nova ronda de capital que a deixou avaliada em 157 mil milhões de dólares, anunciou em comunicado esta quarta-feira. A Microsoft, que já era o maior investidor da empresa de inteligência artificial generativa, reforçou a sua participação com mais 750 milhões de dólares, descreve a imprensa internacional.

“O novo financiamento vai permitir-nos acelerar a nossa liderança na investigação de ponta em inteligência artificial, aumentar a capacidade de computação e continuar a construir ferramentas que ajudem as pessoas a solucionar problemas difíceis”, declarou a OpenAI, liderada por Sam Altman. “O nosso objetivo é tornar a inteligência avançada num recurso amplamente acessível”, acrescenta a nota divulgada pela empresa.

Os investidores olham para a OpenAI como uma das principais empresa de desenvolvimento de inteligência artificial generativa, um tipo de tecnologia que permite gerar rapidamente textos, imagens ou áudio através dos pedidos introduzidos pelos utilizadores em linguagem simples.

Surgido em novembro de 2022, o ChatGPT foi um sucesso quase imediato, por permitir gratuitamente que qualquer pessoa com um computador e acesso à internet pudesse colocar desafios ou questões a um programa informático e vê-lo a responder em linguagem natural praticamente em tempo real, algo que outrora era do campo exclusivo da ficção científica.

No entanto, treinar e manter em funcionamento estes algoritmos e plataformas é um negócio de capital intensivo, devido à elevada capacidade computacional que tal exige. Para a OpenAI, o forte interesse dos investidores traduziu-se nesta nova ronda que, segundo a Bloomberg, foi liderada pela Thrive Capital, com um investimento de 1,3 mil milhões de dólares. A Microsoft, que já tinha injetado uns impressionantes 13 mil milhões de dólares, aceitou colocar mais 750 milhões.

A lista de investidores vai ainda mais além, incluindo nomes como Khosla Ventures, Fidelity Management & Research e até a Nvidia. Esta última é uma conhecida fabricante norte-americana de placas gráficas e processadores que são vistos como essenciais para treinar este tipo de tecnologia e tem sido uma das grandes ganhadoras nesta onda de entusiasmo pela inteligência artificial generativa. Só desde o início deste ano, as suas ações cotadas em Nova Iorque já dispararam mais de 145%.

Segundo a OpenAI, mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo usam o ChatGPT todas as semanas para “melhorar o seu trabalho, criatividade e aprendizagem”. “Em muitas indústrias, as empresas estão a aumentar a produtividade e as operações e os programadores estão a alavancar a nossa plataforma para criar uma nova geração de aplicações”, enaltece a empresa no comunicado.

Mas estes últimos desenvolvimentos tecnológicos não estão desprovidos de riscos e têm suscitado dúvidas e receios. Muitas empresas temem que informação confidencial seja partilhada pelos colaboradores com ferramentas como o ChatGPT e estes aplicativos também podem ser usados para finalidades menos nobres, como a produção de fake news em massa. Ademais, as respostas dadas podem conter erros e prejudicar os utilizadores menos prudentes.

O próprio percurso da OpenAI tem sofrido alguns solavancos no passado mais recente. No final de setembro, a empresa perdeu um dos seus mais importantes quadros, Mira Murati, que ocupava o cargo de CTO e tinha supervisionado a criação do ChatGPT.

E em novembro do ano passado, cerca de um ano após o lançamento da popular plataforma, o então conselho de administração da empresa surpreendeu a comunidade tecnológica ao anunciar o despedimento do cofundador Sam Altman, acusando-o de mentir. Altman acabaria por conseguir regressar a mesma posição pouco depois, com várias mudanças na própria administração que o tinha decidido afastar.

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Inflação na OCDE abranda pelo terceiro mês seguido para 4,7%

A taxa de inflação no espaço da OCDE alcançou em agosto o valor mais baixo em quase três anos e registou o maior abrandamento desde junho de 2023.

A taxa de inflação homóloga no espaço da OCDE voltou a abrandar pelo terceiro mês consecutivo, atingindo em agosto 4,7%, o valor mais baixo desde setembro de 2021.

Os dados divulgados esta quinta-feira pela OCDE revelam uma queda de 0,6 pontos percentuais da taxa de inflação face aos 5,4% registados em julho, que se traduz no maior abrandamento desde junho de 2023.

Este comportamento dos preços foi causado, em grande medida, por uma queda significativa nos preços da energia na maioria dos países membros, refere a OCDE em comunicado.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A descida da inflação foi observada em 24 dos 38 países da OCDE, com destaque para a Turquia, que registou uma queda de cerca de 10 pontos percentuais, embora ainda se mantenha acima dos 50%.

Excluindo a Turquia, a inflação no espaço da OCDE terá abrandado de forma mais moderada, para 2,7% em agosto. No grupo das sete maiores economias do globo (G7), a inflação homóloga recuou para 2,4% em agosto, face aos 2,7% de julho, por conta da queda dos preços da energia.

A OCDE revela ainda que a inflação diminuiu em todos os países do G7, exceto no Japão, onde aumentou, e no Reino Unido, onde se manteve estável.

A taxa de inflação subjacente (excluindo energia e alimentos) também contabilizou um abrandamento considerável no espaço da OCDE, principalmente devido à forte queda na Turquia. No entanto, a inflação subjacente só diminuiu em 9 países, tendo aumentado em 10 e mantendo-se estável ou relativamente estável em 19, refere a OCDE em comunicado.

Estes dados mostram que, apesar do abrandamento generalizado da inflação, persistem diferenças significativas entre os países da OCDE. Enquanto 16 países já registam uma inflação igual ou inferior a 2%, outros continuam a enfrentar pressões inflacionistas mais elevadas.

A evolução dos preços da energia continua a ser um fator determinante para a inflação global, com 31 países da OCDE a registarem quedas nesta componente. No entanto, a inflação subjacente mantém-se como o principal contributo para a inflação global na maioria dos países do G7, exceto no Japão.

Estes números sugerem que, embora a inflação esteja a abrandar de forma generalizada, os bancos centrais deverão manter-se vigilantes, especialmente no que diz respeito à evolução da inflação subjacente, que tende a ser mais persistente e reflete pressões inflacionistas mais alargadas na economia.

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Preços das casas em Portugal sobem quase três vezes mais do que a média na União Europeia

Portugal continua a ser um dos países europeus onde os preços dos imóveis mais sobem. No segundo trimestre, os preços aceleraram 3,9% face ao trimestre anterior. Apenas a Croácia superou esta subida.

Portugal continua a ser um dos países europeus onde os preços das casas mais sobem, mantendo-se longe da média da Zona Euro e da União Europeia. No segundo trimestre do ano, o mercado nacional registou um crescimento homólogo quase três vezes superior ao da média europeia e, face ao trimestre anterior, foi o segundo país onde os preços mais subiram.

Os preços das casas em Portugal registaram um aumento homólogo de 7,8% no segundo trimestre do ano, um crescimento bem superior à subida média de 2,9% fixada na União Europeia e de 1,3% pelos países da Zona Euro, segundo os dados divulgados pelo Eurostat esta manhã.

Face ao trimestre anterior, o mercado nacional registou uma subida em cadeia de 3,9%, uma percentagem que compara com uma subida de 1,8% nos 20 Estados-membros da Zona Euro e um aumento de 1,9% entre os países da União Europeia.

Trata-se do segundo maior crescimento em cadeia registado na União Europeia, sendo apenas superado pela Croácia, que viu os preços aumentarem 4,3% face ao primeiro trimestre do ano.

Depois de uma desaceleração no primeiro trimestre do ano — os preços no mercado nacional registaram uma subida homólogo de 7% e em cadeia de 0,6% –, os preços voltaram a acelerar no segundo trimestre de 2024, à figura do que aconteceu a nível europeu.

Entre os Estados-Membros da União Europeia, Polónia, Bulgária, Lituânia e Croácia ocupam os lugares no pódio das valorizações imobiliárias, com subidas homólogas de 17,7%, 15,1%, 10,4% e 10%, respetivamente. Portugal mantém-se no 7º lugar deste ranking.

Já o Luxemburgo, Finlândia e França observaram as maiores contrações de preços entre abril e junho, com quebras de 8,3%, 4,8% e 4,6%, respetivamente.

Face ao primeiro trimestre do ano, França e Bélgica lideram as descidas, ambas com um recuo de 0,2% nos preços, enquanto Croácia (4,3%), Portugal (3,9%) e Espanha (3,6%) foram os países onde mais aumentaram as avaliações dos imóveis.

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“Será muito bizarro” chumbar o OE, defende Fórum para a Competitividade

“Será muito bizarro não se conseguir aprovar o Orçamento do Estado para 2025 porque não estamos em presença de dificuldades orçamentais significativas”, escreve o Fórum para a Competitividade.

O Fórum para a Competitividade considera “muito bizarro” se a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025) não for aprovada, já que o país vive num contexto de contas públicas equilibradas. Prevendo que a economia cresça entre 0,2 e 0,6% no terceiro trimestre, a expectativa é que feche o ano com uma progressão entre 1,5% e 1,9%.

Será muito bizarro não se conseguir aprovar o OE 2025, porque não estamos em presença de dificuldades orçamentais significativas”, escreve o Fórum para a Competitividade na nota de conjuntura de setembro. “De acordo, com o Conselho de Finanças Públicas, em políticas invariantes, será de esperar excedentes orçamentais em todos os anos até 2028 e uma redução sucessiva da dívida pública, que deveria baixar para 78% do PIB nesse ano”, recorda a mesma nota a que o ECO teve acesso.

Num paralelismo com França, com um défice “acima dos 5% e a dívida pública está nos 112% do PIB”, o Fórum defende que “é compreensível que o Parlamento gaulês tenha dificuldade em chegar a acordo” – um hemiciclo fragmentado em três grupos: um de direita moderada, outro de extrema-direita e outro de esquerda – “mas é muito menos aceitável que o mesmo se passe” em Portugal, “dados os desafios de contas públicas serem muito menos exigentes”.

Reconhecendo que as “negociações para o OE2025 têm prosseguido com dificuldades” e que o Presidente da República tem “pressionado para a aprovação, sugerindo a marcação de eleições antecipadas caso a proposta seja chumbada”, o Fórum para a Competitividade sublinha que a redução do IRC e o IRS Jovem são “os dois temas com discussão mais acesa” com “aparente irredutibilidade do PS”. “Mas tem de se admitir que são sempre possíveis reviravoltas políticas”, recorda a instituição liderada por Ferraz da Costa.

“Mesmo se a proposta de Orçamento for aprovada na generalidade, há ainda dúvidas sobre se virá a ser desvirtuado na especialidade e se o executivo aceitará governar em tal circunstância”, acrescenta a nota de conjuntura.

O Governo assume um crescimento de 2% em 2025, “o que é uma expectativa razoável, até abaixo da previsão de 2,4% do Conselho de Finanças Públicas (CFP), publicada em setembro”, sublinha o documento elaborado pelo economista-chefe Pedro Braz Teixeira, que admite que o crescimento no próximo ano possa ser superior aos 2% previstos pelo Executivo de Luís Montenegro.

Terceiro trimestre a crescer entre 0,2% e 0,6%

O Fórum para a Competitividade aponta para uma progressão da economia no terceiro trimestre entre 0,2% e 0,6% em cadeia no terceiro trimestre, a que corresponderá um aumento homólogo entre 1,5% e 1,9%. Caso se fique pelo nível inferior do intervalo isso significa uma estagnação face ao trimestre anterior.

A economia portuguesa terá crescido 1,6% em termos homólogos no segundo trimestre deste ano e 0,2% na comparação em cadeia, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em alta a estimativa anterior. Uma revisão que resultou de alterações na base de dados das contas nacionais. Afinal Portugal cresceu 2,5% em 2023, e não 2,3%.

Esta previsão do Fórum assenta no facto de o indicador diário de atividade, calculado pelo Banco de Portugal ter apresentado valores elevados ao longo do primeiro trimestre, ter abrandado no segundo e ter perdido dinamismo de novo no terceiro trimestre. Por outro lado, o clima económico, avaliado pelo INE, estabilizou entre o primeiro e segundo trimestre (1,9%), tendo abrandado ligeiramente no terceiro trimestre (1,8%). E o “investimento teve um bom comportamento no segundo trimestre, mas não na construção, que tem continuado fraca no terceiro”.

No conjunto do ano, o Fórum para a Competitividade estima que o PIB cresça entre 1,5% e 1,9%, podendo subir acima de 2% em 2025, “se o cenário central de recuperação internacional se confirmar e se a elevada incerteza geopolítica e dos mercados financeiros não o impedir e se, a nível nacional, houver estabilidade política”, justifica Pedro Braz Teixeira.

Recorde-se que o Fundo Monetário Internacional reviu em baixa esta quarta-feira, numa décima, a previsão de crescimento da economia portuguesa deste ano, para 1,9%, face às previsões de julho, refletindo “a fraca procura externa, enquanto a procura interna seria apoiada por um mercado de trabalho restritivo e políticas orçamentais expansionistas”. Para 2025 prevê que o PIB acelere para 2,3%.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Viúva Lamego enaltecida no Museu do Azulejo com obras de artistas como Vhils e a brasileira Adriana Varejão

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

O Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, inaugura uma mostra "sobre o presente e futuro" da fábrica de azulejos Viúva Lamego através de obras de 17 artistas, como Vhils, Bela Silva e Adriana Varejão.

O Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, inaugura hoje uma mostra que “reflete sobre o presente e futuro” da fábrica de azulejos Viúva Lamego através de obras de 17 artistas, como Vhils, Add Fuel, Bela Silva e Adriana Varejão.

A exposição “Uma perspetiva do presente, uma visão do futuro” acontece no âmbito das celebrações do 175.º aniversário da Viúva Lamego, recorda a fábrica de azulejos em comunicado.

Entre as obras apresentadas, “de vários artistas consagrados, bem como de uma nova geração de autores”, algumas foram “especialmente concebidas para a mostra” e outras já estão integradas no “portfólio artístico dos autores”.

A exposição, com curadoria dos investigadores Rosário Salema de Carvalho e Francisco Queiroz, “reflete sobre o presente e futuro daquela que é uma das mais importantes fábricas de azulejo em Portugal, com um papel fundamental na história da azulejaria nacional”.

Entre os 17 artistas que participam em “Uma perspetiva do presente, uma visão do futuro”, estão os portugueses Bela Silva, Vhils, Add Fuel, Rita João (Estúdio Pedrita), Manuela Pimentel, Kruella d’Enfer, Tamara Alves e Oficina Marques (Gezo Marques e José Aparício Gonçalves), os franceses Henriette Arcelin, Hervé di Rosa e Noé Duchaufour- Lawrance, a brasileira Adriana Varejão e o suíço Noël Fischer.

A estes, juntam-se os finalistas de um concurso dirigido a novos artistas, lançado no âmbito das comemorações dos 175 anos da Viúva Lamego, André Trafic, Rico Kiyosu e Klasja Habjan.

A exposição abre ao público na sexta-feira e pode ser visitada até 29 de dezembro.

A Viúva Lamego foi fundada em 1849 por António da Costa Lamego. Seis anos depois ficou pronto o edifício, no Largo do Intendente, em Lisboa, que começou por funcionar como a oficina de olaria de António da Costa Lamego e foi depois convertido em fábrica.

O edifício tem a fachada integralmente forrada a azulejos figurativos e foi entretanto classificado como imóvel de interesse público.

Atualmente a fábrica da Viúva Lamego situa-se na zona da Abrunheira, no concelho de Sintra.

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UE avança com ajuda humanitária de 30 milhões de euros ao Líbano

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

Nova verba mobilizada pela UE depois dos 10 milhões anunciados a 29 de setembro. Pacote de ajuda de emergência fornecerá assistência alimentar urgente, abrigo e cuidados de saúde.

A União Europeia (UE) mobilizou esta quinta-feira 30 milhões de euros para ajuda humanitária ao Líbano, devido ao conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, anunciou a Comissão Europeia, admitindo estar “extremamente preocupada” com um alargamento regional.

“À medida que prossegue a escalada das hostilidades entre o Hezbollah e Israel, a Comissão Europeia anunciou hoje mais 30 milhões de euros de ajuda humanitária para ajudar os mais necessitados no Líbano”, indica o executivo comunitário em comunicado.

Citada pela nota, a presidente da instituição, Ursula von der Leyen, diz estar “extremamente preocupada com a constante escalada das tensões no Médio Oriente”.

“Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as vidas de civis inocentes”, apela a responsável, apontando que a ajuda humanitária hoje anunciada visa garantir “que os civis recebem a tão necessária assistência durante este período tão difícil”.

“Continuamos a apelar a um cessar-fogo na fronteira com o Líbano e em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns”, adianta Ursula von der Leyen.

A verba agora mobilizada pela UE vem juntar-se aos 10 milhões de euros já anunciados em 29 de setembro, elevando o total da ajuda humanitária europeia ao país para mais de 104 milhões de euros este ano.

Este novo pacote de ajuda de emergência fornecerá assistência alimentar urgente, abrigo e cuidados de saúde, entre outros apoios essenciais, sendo que a Comissão Europeia também está a facilitar a prestação de assistência material a Beirute através do Mecanismo de Proteção Civil da UE.

O conflito desencadeou uma deslocação sem precedentes da população no Líbano, tendo já provocado milhares de vítimas e feridos entre os civis.

Depois do ataque iraniano com 180 mísseis contra Israel na terça-feira, o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, lançou na quarta-feira cerca de 100 foguetes, sem causar feridos nem vítimas mortais.

De acordo com um comunicado militar israelita, foram detetados 70 lançamentos de foguetes num período de duas horas contra a zona da Galileia Ocidental, no norte de Israel, e os projéteis caíram em zonas abertas.

Da mesma forma, foram detetados outros dois mísseis que atravessaram a fronteira entre o Líbano e Israel e outros 30, novamente contra a Galileia Ocidental ao final da tarde, todos atingindo zonas despovoadas.

A ofensiva terrestre de Israel ocorreu após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos que fizeram quase dois mil mortos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano.

Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns. Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez milhares de mortos e de feridos.

O cessar-fogo na Faixa de Gaza está a ser mediado, principalmente, pelos Estados Unidos, Egito e Qatar, que há meses buscam uma trégua entre Israel e o Hamas, mas as duas partes beligerantes não chegam a um acordo.

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Hamas perde apoio, mas continua a ser fação preferida dos palestinianos

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

Os autores do estudo advertem que "o apoio a este ataque não significa necessariamente apoio ao Hamas e não significa apoio a quaisquer matanças ou atrocidades cometidas contra civis".

Um ano depois do ataque do Hamas a Israel, que desencadeou a ofensiva israelita na Faixa de Gaza, o movimento islamita perdeu apoio dos palestinianos, mas continua a ser a fação preferida, mostrou um inquérito recente.

“Pela primeira vez desde 07 de outubro de 2023, simultaneamente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, os resultados mostram uma queda significativa no apoio ao ataque de 07 de outubro e nas expectativas de que o Hamas vencerá a guerra atual, e uma queda moderada no apoio ao Hamas”, revela um estudo de opinião realizado entre 03 e 07 de setembro nas duas regiões palestinianas pelo Centro Palestiniano de Investigação sobre Política e Inquérito (PSR, na sigla em inglês).

O estudo implicou entrevistas a 1.200 pessoas — 790 na Cisjordânia e 410 na Faixa de Gaza.

Um ano depois da ofensiva do Hamas, a aprovação diminuiu e é agora uma minoria na Faixa de Gaza: a percentagem de palestinianos que considera que a ação foi “correta” desceu 18 pontos desde dezembro passado, para 54%, mas em Gaza apenas 39% concordam com a ofensiva do Hamas.

Os autores do estudo advertem que “o apoio a este ataque não significa necessariamente apoio ao Hamas e não significa apoio a quaisquer matanças ou atrocidades cometidas contra civis”.

Na verdade, lê-se no estudo, parece decorrer do facto de mais de dois terços dos palestinianos acreditarem que a ação do Hamas colocou o tema palestiniano “no centro da atenção” e “eliminou anos de negligência a nível regional e internacional”.

Questionados sobre o papel de vários atores durante a guerra, a satisfação com a atuação do Hamas diminuiu, de forma global, de 75% para 61%, desde julho, mas a queda em Gaza foi maior: menos 25 pontos percentuais, para 39%. O grau de aprovação do Hamas na Cisjordânia é muito superior — atualmente 75%, era 82% em julho.

Comparando com um inquérito realizado em julho, são agora menos os que acreditam numa vitória do Hamas: metade dos interrogados, enquanto há três meses eram mais de dois terços (67%). A queda é ainda maior em Gaza – menos 20 pontos, de 48% para 28%.

Os resultados mostram uma queda na Faixa de Gaza da preferência pela continuação do controlo do Hamas no “dia seguinte” à guerra, enquanto cresce o apoio pelo controlo da Autoridade Palestiniana.

Uma maioria de 57% afirma que o enclave palestiniano permanecerá sob o controlo do Hamas (no poder desde 2007), mas a percentagem desce para 37% na Faixa de Gaza (menos nove pontos que em julho).

Apesar destas quebras, o Hamas continua a reunir o maior apoio, em comparação com todas as outras fações palestinianas: 36% para o Hamas (era 40% em julho) e 21% para a Fatah (menos um ponto).

Na madrugada de 07 de outubro de 2023, militantes liderados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram cerca de 250 reféns. Cerca de 100 ainda estão em cativeiro em Gaza, um terço dos quais se acredita estar morto.

A ofensiva de retaliação de Israel matou mais de 41 mil palestinianos, segundo as autoridades de saúde locais, arrasou vastas áreas em Gaza e desalojou a grande maioria dos seus 2,3 milhões de habitantes.

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Atividade empresarial da zona euro volta a contrair. Serviços abrandam em França e estagnam na Alemanha

  • ECO
  • 3 Outubro 2024

Numa altura em que os receios de uma recessão ensombram a Alemanha, a atividade empresarial na zona euro registou sinais de contração em setembro.

A atividade empresarial da zona euro voltou a registar uma contração em setembro, embora a queda não tenha sido tão acentuada como previsto, revela o Índice de Gestores de Compras composto pelo banco Hamburg Commercial Bank e compilado pela S&P Global.

De acordo com a análise citada esta quinta-feira pela Reuters, este indicador caiu para 49,6 em setembro, face aos 51,0 de agosto, ficando abaixo da marca dos 50 que separa o crescimento da contração pela primeira vez desde fevereiro. Ainda assim, o resultado final ficou acima da estimativa preliminar que previa que o valor se fixasse nos 48,9.

Por seu turno, o indicador que abrange o setor dos serviços desceu de 52,9 para 51,4 no mês passado, ficando, ainda assim, acima da previsão de 50,5.

Serviços abrandam em França e estagnam na Alemanha

Mais detalhadamente, e no que toca ao setor dos serviços, o indicador revela que em Espanha a evolução superou as expectativas dos analistas, subindo para 57 pontos, contra 54,6 em agosto, acima dos 54 esperados pelos analistas.

Em sentido contrário, o mesmo indicador revela que em França a atividade dos prestadores de serviços abrandou significativamente após o efeito dos Jogos Olímpicos, enquanto na Alemanha o crescimento abrandou pelo quarto mês consecutivo em setembro, chegando quase a um ponto de estagnação.

O Índice de Gestores de Compras de serviços finais da HCOB revela que o indicador caiu para 50,6, em setembro, depois de se ter fixado em 51,2 no mês de agosto.

Os dados surgem numa altura em que os receios de uma recessão na Alemanha continuam a aumentar. Em setembro, o índice ZEW apontou para uma queda acentuada e inesperada do sentimento económico para a economia alemã, surpreendendo analistas e investidores.

O índice que mede as expectativas económicas para os próximos seis meses caiu 81% em setembro, o equivalente a 15,6 pontos, passando de 19,2 pontos para apenas 3,6 pontos. Esta queda foi muito mais acentuada do que o previsto pelo mercado, que esperava uma descida de apenas 11,5% para os 17 pontos.

“O papel âncora do setor dos serviços na economia está a ficar cada vez mais fragilizado”, refere Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Banco Comercial de Hamburgo. “Se a tendência decrescente se mantiver, deverá continuar a recuar durante mais alguns meses antes de as coisas melhorarem novamente”, acrescentou.

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