Galp cai até 1,45% após notícia de denúncia sobre o CEO

Ações abriram a descer até 1,45% no rescaldo da notícia de que o CEO, Filipe Silva, está a ser investigado internamente por alegados conflitos de interesse.

A Galp iniciou a sessão desta segunda-feira a perder quase 1,5% em bolsa, no rescaldo da notícia de que o seu CEO, Filipe Silva, está a ser investigado internamente devido a uma denúncia anónima sobre alegados conflitos de interesse.

Num dia que começou positivo para as principais bolsas europeias, incluindo a de Lisboa — que entretanto já inverteu –, a Galp era uma das poucas cotadas a negociarem no vermelho nos primeiros minutos de negociações, com as respetivas ações a caírem até 1,45%, para um mínimo de 15,595 euros.

Cerca das 8h29, a empresa já tinha recuperado algum terreno, com os títulos a descerem 1%, para 15,665 euros. À mesma hora, outras cotadas do mesmo setor na Europa apresentavam desempenhos mistos, com BP, Shell e Eni a valorizarem, mas a Equinor a descer.

Cotação das ações da Galp em Lisboa:

Na sexta-feira, o ECO noticiou que a Comissão de Ética e Conduta da Galp está a investigar uma denúncia relativa a um alegado relacionamento próximo e pessoal do CEO, mantido em segredo, com uma diretora de topo que depende hierarquicamente do gestor.

“Tive conhecimento da denúncia, mas não conheço o teor da mesma e assim que tiver conhecimento dela apenas a discutirei com a Comissão de Ética”, reagiu Filipe Silva. Já a presidente do Conselho de Administração, Paula Amorim, reiterou “o compromisso da Galp no cumprimento do Código de Ética e Conduta, atuando por isso, sempre que aplicável e nos termos das disposições legais e estatutárias”.

A notícia da denúncia sobre o CEO da Galp ganhou expressão internacional durante o fim de semana nas principais agências de informação financeira, a Bloomberg e a Reuters. No passado, casos com contornos semelhantes levaram a demissões de gestores, como aconteceu com Bernard Looney, que teve de abandonar os comandos da BP em 2023, na sequência de denúncias anónimas sobre relacionamentos com colegas de trabalho.

Apesar da abertura positiva, o principal índice português inverteu a tendência, registando uma queda de 0,44%, ara 6.416,37 pontos, com meia hora decorrida desde a abertura. Além da Galp, a praça nacional estava a ser pressionada pela família EDP, com a EDP Renováveis a descer 1,08%, para 10,12 euros, e a EDP a ceder 0,66%, para 3,18 euros.

No sentido oposto, a Mota-Engil e o BCP travavam as perdas em Lisboa. A construtora somava 0,60% e o banco subia 0,43%, para, respetivamente, 3,022 euros e 46,43 cêntimos cada título.

Enquanto isso, na Europa, o Stoxx 600 somava uns ligeiros 0,17%, mas a subida chegava aos 0,4% em Frankfurt e 0,5% em Paris. O britânico FTSE 100 arrancou o dia inalterado.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h35)

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EDP Gás Serviço Universal muda de nome para não confundir clientes

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2025

A empresa chama-se agora Gás SU, para cumprir uma diretiva do regulador, que exige uma "distinção clara entre comercializadores no mercado regulado e no livre".

A EDP Gás Serviço Universal, responsável pelo fornecimento de gás natural no mercado regulado no Litoral Norte do país, passou a partir desta segunda-feira a chamar-se Gás SU, para cumprir uma diretiva do regulador, anunciou a empresa.

“Esta mudança pretende cumprir as disposições da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que exige uma distinção clara entre comercializadores no mercado regulado e no livre, garantindo desta forma maior transparência para os consumidores”, explicou a empresa num comunicado.

Além da mudança de nome, a Gás SU tem também uma nova imagem, distinta das restantes empresas do grupo EDP.

Para evitar qualquer potencial confusão com entidades fraudulentas, a mudança já começou a ser comunicada aos clientes, com mensagens nas faturas e atualizações no site e na loja física, no Porto, e vai continuar a ser feita de forma progressiva.

A empresa garantiu ainda que este processo não altera os serviços prestados aos clientes nem os preços praticados.

Com mais de 30 anos, a agora Gás SU fornece gás natural no mercado regulado nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 6 de janeiro

  • ECO
  • 6 Janeiro 2025

Ao longo desta segunda-feira, 6 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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📹 Os salários dos cargos públicos em Portugal

  • ECO
  • 6 Janeiro 2025

Salários dos políticos é calculada com base na do Presidente da República. Para os dirigentes do Estado e dos gestores públicos é o vencimento do primeiro-ministro que funciona regra geral como teto.

Os vencimentos dos políticos em Portugal são calculados com base no do Presidente da República. O salário do Chefe de Estado foi, em termos brutos, de 8.193,97 euros em 2024, ao qual se aplicou um corte de 5% implementado durante a Troika e que cai com o Orçamento do Estado para 2025, somando-se as despesas posteriormente as despesas de representação. Para os dirigentes do Estado e dos gestores públicos é o vencimento do primeiro-ministro que funciona, regra geral, como teto.

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Empresas de transportes são as que menos conseguem financiar-se com capitais próprios

Autonomia financeira das empresas privadas subiu no terceiro trimestre de 2024. Indústria é a que tem mais ativos financiados por capitais próprios. Transportes mais dependentes.

As empresas de transportes e armazenagem em Portugal são as mais dependentes de financiamento alheio, como o bancário ou contas a pagar a fornecedores, enquanto as indústrias são as que têm maior capacidade de se financiar com capitais próprios. Os dados são do Banco de Portugal (BdP) e revelam que a autonomia financeira das empresas privadas voltou a subir.

Na fotografia geral, a autonomia financeira das empresas privadas em Portugal, isto é a proporção dos ativos que são financiados por capitais próprios como por exemplo através de capital social, reservas ou dos resultados líquidos, aumentou para 45,4%, no final do terceiro trimestre de 2024. Em comparação com o período homólogo, registou-se um aumento em todos os setores, com exceção das sedes sociais, sendo a eletricidade, gás e água o setor que mais contribui para esta evolução.

Contudo, isolando os números e excluindo as sedes sociais, verifica-se que as empresas de transportes e armazenagem tem o menor rácio entre o capital próprio e o ativo: 30,1%. Na lista seguem-se as empresas de construção com uma autonomia financeira de 36,6%.

Fonte: Banco de Portugal

Na prática, o nível de endividamento destas empresas, isto é, a proporção dos ativos que têm de ser financiados por capitais alheios – como empréstimos, emissão de obrigações ou pagamentos a fornecedores – é o mais elevado entre os diversos setores.

Por outro lado, as empresas da área da indústria são as que têm maior capacidade de financiar os ativos com recursos próprios, com uma autonomia financeira de 50,3%, segundo seguidas pelos serviços (45,8%).

Os dados do BdP relativos ao terceiro trimestre do ano passado revelam ainda que, considerando o total das empresas privadas exceto sedes sociais, a autonomia financeira das Pequenas e Médias Empresas subiu de 44,2% para 46,2%, e a das grandes empresas aumentou de 36,3% para 40,1%.

Rendibilidade cai para 9,5%

A rendibilidade do ativo das empresas privadas caiu de 9,9% no terceiro trimestre de 2023 para 9,5%, no final do terceiro trimestre de 2024. Segundo os dados do regulador, a rendibilidade das grandes empresas situou-se em 12% e a das PME em 8,5%.

Face ao período homólogo, registou-se uma descida em todos os setores de atividade, com exceção dos setores da construção e da eletricidade, gás e água.

Fonte: Banco de Portugal

No caso da construção, esta subida reflete a melhoria generalizada do EBITDA do setor, enquanto na eletricidade, gás e água, o acréscimo da rendibilidade resultou, maioritariamente, do aumento da produção de energia renovável combinado com a descida do custo das matérias-primas na produção de energia não renovável”, explica o BdP, numa nota divulgada na sexta-feira.

Segundo o regulador, os setores das sedes sociais e indústrias foram aqueles em que a rendibilidade do ativo mais se reduziu.

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Gigante tecnológica Issuu encerra escritório em Braga e deixa 48 colaboradores desempregados

A decisão de deixar de ter presença física em Portugal surge depois de a norte-americana ter sido comprada pela Bending Spoons no passado mês de julho. Escritório fechou no final de 2024.

Menos de três anos e meio depois de ter aberto um escritório em Braga e um ano após mudar de instalações para um novo espaço, a gigante tecnológica Issuu, que foi comprada pela Bending Spoons no passado mês de julho, encerrou portas, deixando de ter presença física no país. A saída da capital minhota ditou o despedimento da equipa de 48 pessoas que a norte-americana empregava no único escritório que tinha em Portugal.

A Issuu, que ocupava o quarto piso do Edifício Estação Ferroviária, no Largo da Estação, desde setembro do ano passado, encerrou definitivamente o seu escritório bracarense no passado dia 31 de dezembro, menos de três anos e meio depois de ter chegado à cidade, em setembro de 2021, confirmou o ECO, que não obteve até ao momento da publicação desta notícia qualquer resposta nem da Issuu nem da Bending Spoons às questões enviadas sobre o fecho do escritório em Braga.

Com mais de 100 milhões de utilizadores únicos por mês, a tecnológica que reclama ser a maior plataforma SaaS (software as a service) de marketing e conteúdos em todo o mundo, afirmava, aquando da expansão para Braga, que via o escritório bracarense como “estratégico” para a empresa e o local ideal para contratar talento técnico, realçava o CEO da empresa, Joe Hyrkin. No entanto, pouco mais de três anos após a inauguração das instalações na Avenida Cidade do Porto, a start-up abandona o país.

O escritório da Issuu em Braga encerrou no dia 31 de dezembro de 2024. Decisão foi comunicada em agosto, um mês após a aquisição da tecnológica pela Bending Spoons.

A decisão de encerrar o escritório bracarense foi comunicada no passado mês de agosto, apenas um mês após a concretização da aquisição da tecnológica pela italiana Bending Spoons, segundo confirmou ao ECO Pedro Araújo, o engenheiro informático que trabalhava para a Issuu a partir de Braga e ajudou a tornar a capital minhota na “escolha óbvia” para abrir um novo escritório.

Pedro Araújo saiu logo em setembro, mas “algumas pessoas ficaram até 31 de dezembro, quando o escritório fechou efetivamente”. “Foi tudo feito rápido mas bem”, reconhece aquele que foi um dos primeiros funcionários da empresa em Braga, que previa contratar cerca de três dezenas de trabalhadores no primeiro ano no país e que contava atualmente com 48 trabalhadores, entretanto despedidos.

A empresa com sede em Palo Alto, na Califórnia, mantinha escritórios em Copenhaga, Berlim e Braga.

Além da presença em Portugal, a empresa de origem dinamarquesa fundada em 2006 e que tem desde 2013 a sua sede em Palo Alto, na Califórnia (Estados Unidos), contava ainda com escritórios em Berlim, na Alemanha, e Copenhaga, na Dinamarca. Apesar de no site da empresa ainda constarem todas estas localizações, uma pesquisa pelo Google indica que, à semelhança do escritório em Braga, também as instalações em Berlim surgem com a indicação de “fechado permanentemente”.

O encerramento do escritório em Braga e o despedimento da equipa confirma aquela que tem sido a política adotada pela Bending Spoons, a nova dona da Issuu, após as aquisições. A empresa italiana, que comprou empresas como o WeTransfer, Hopin, Evernote ou Meetup, é conhecida por realizar operações de reestruturação agressivas.

No caso do WeTransfer, comprado na mesma altura que a Issuu, a Bending Spoons anunciou que iria despedir 75% da equipa. O mesmo tinha acontecido com a Evernote, um ano antes, com a Bending Spoons a eliminar centenas de postos de trabalho, além de fazer uma reorganização das suas localizações.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 6 Janeiro 2025

Neste Dia de Reis, o dia fica marcado pelo Seminário Diplomático, presidido por Luís Montenegro, e pelo arranque das negociações entre forças de segurança e Governo.

Neste Dia de Reis, o dia fica marcado pelo Seminário Diplomático, que será presidido por Luís Montenegro, e pelo arranque das negociações entre forças de segurança e Governo.

Montenegro preside Seminário Diplomático

Esta segunda-feira arranca mais uma edição do Seminário Diplomático, no Museu do Oriente, em Lisboa, um evento no qual participam membros do Governo, quadros da Administração Pública, das empresas, das universidades e demais setores estratégicos. Este ano, será presidido por Luís Montenegro. No programa, estava previsto que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fizesse o discurso de abertura mas a presença foi cancelada por motivos de saúde.

Como está o mercado de trabalho?

Esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) dá conta das estimativas mensais referentes ao mês de novembro sobre o emprego, em Portugal.

Arrancam negociações entre Governo e forças de segurança

Esta segunda-feira, arranca mais uma ronda de ronda negocial entre o Governo, as Associações Socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) e os sindicatos representativos dos profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) a propósito da valorização das carreiras. As reuniões terão início pelas 10h30 e decorrerão ao longo do dia no Ministério da Administração Interna.

Último dia de propostas para segundo troço da Alta Velocidade

Esta segunda-feira é o último dia de entrega de propostas para a construção do segundo troço da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, entre Oiã e Soure, com um preço máximo de 1.604 milhões de euros. Concurso foi lançado pela Infraestruturas de Portuga e prevê a conceção, projeto e construção de 71 quilómetros de uma nova linha de alta velocidade, a adaptação da atual Estação de Coimbra às necessidades da alta velocidade, a quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e a entrada sul da Estação de Coimbra, uma nova subestação de tração elétrica na zona de Coimbra e ligações da LAV à Linha do Norte, nas proximidades de Oiã, Adémia, Taveiro e Soure.

Arranca julgamento da Operação Babel

O julgamento da Operação Babel, relacionada com a alegada viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanísticos em Gaia, arranca esta segunda-feira no Tribunal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto. Foram chamados a julgamento 16 arguidos (seis pessoas e 10 sociedades) nos exatos termos da acusação do Ministério Público (MP), incluindo o antigo vice-presidente da Câmara de Gaia Patrocínio Azevedo, o empresário Paulo Malafaia e Elad Dror, fundador do grupo Fortera, por dezenas de crimes económicos, nomeadamente corrupção e tráfico de influências.

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Contratos de teletrabalho aumentam 30% num ano. Grande Lisboa lidera

Contratos sem termo que preveem exercício de funções em teletrabalho aumentaram 30% num ano, tendo sido esta a quarta subida anual consecutiva. Lei do teletrabalho pode mudar este ano.

Há muito que a pandemia terminou e que a adoção do teletrabalho deixou de ser obrigatória. Mas o número de contratos de trabalho que preveem especificamente o exercício de funções à distância não tem parado de subir. Apenas num ano, aumentou 30%, superando a fasquia dos três mil contratos. E segundo a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, as regras do teletrabalho serão um dos pontos da lei do trabalho que estarão em cima da mesa da Concertação Social este ano.

De acordo com os dados recentes do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, dos quase 3,3 milhões de trabalhadores por conta de outrem registados em Portugal em 2023, cerca de 2,3 milhões tinham contratos sem termo. E, destes, 3.006 previam a prestação subordinada de teletrabalho.

Em comparação, no ano anterior, contavam-se 2.305 contratos deste tipo, o que significa que houve um salto de 30%, de acordo com os cálculos do ECO.

Quatro subidas consecutivas dos contratos de teletrabalho sem termo

Fonte: GEP

Também nos contratos a termo registou-se uma tendência semelhante. Os contratos a prazo certo para prestação em teletrabalho dispararam quase 48% entre 2022 e 2023. E os contratos a termo incerto para prestação de teletrabalho cresceram mais de 12%.

Importa notar que em qualquer um destes vínculos (sem termo, a termo certo e a termo incerto) verifica-se um salto em comparação com os números verificados cinco anos antes (ou seja, face a 2018), o que reflete o boom do teletrabalho causado pela pandemia, mas também a popularidade continuada deste modelo de trabalho, mesmo depois da crise sanitária ter sido resolvida.

Contratos de teletrabalho com termo também aumentam

Fonte: GEP

No caso dos contratos de teletrabalho sem termo, entre 2018 e 2023, houve um disparo de 405,2%, passando de 595 contratos para os tais 3.006. Já nos contratos de teletrabalho a termo certo, a subida foi de 85,9% (de 156 para 290). E nos contratos de trabalho a termo incerto, o salto foi de 160,7% (de 28 para 73), de acordo com as contas feitas com base nos Quadros de Pessoal.

Mas nem todos os setores estão a abraçar o teletrabalho da mesma forma (até face à características do trabalho implicado em cada uma das atividades). Em 2023, as atividades de informação e comunicação registaram o maior número de contratos de teletrabalho sem termo. Em causa estão 776 contratos, o equivalente a um salto de 113,2% face a 2022. Ou seja, mais do que duplicaram os contratos de teletrabalho neste setor.

Setores com mais contratos de teletrabalho

Atividades de informação e comunicação: 776 contratos sem termo
Indústria transformadora: 691 contratos sem termo
Atividades de consultoria: 479 contratos sem termo

No pódio, estão também a indústria transformadora (com 691 contratos de teletrabalho sem termo, mais 43,7% do que em 2022) e as atividades de consultoria (com 479 contratos de teletrabalho sem termo, mais 14,3% do que em 2022).

Já no setor da captação, tratamento de água, gestão de resíduos e despoluição, só havia três contratos deste tipo em todo o país. E na indústria extrativa somente quatro, mostram os dados do GEP.

É de destacar que há também uma diferença expressiva entre as várias regiões do país: a Grande Lisboa concentra mais de metade dos contratos de teletrabalho sem termo (2.149 dos tais 3.006). O Norte é a segunda região onde esse modelo é mais popular, mas está distante da região da capital portuguesa, com 474 contratos de teletrabalho sem prazo.

Regras do teletrabalho em discussão

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, intervém durante a sua audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, sobre o Orçamento do Estado para 2025, na Assembleia da República.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Até à pandemia, a aplicação do teletrabalho era residual em Portugal, mas a Covid-19 provocou um boom deste modelo de trabalho. Tanto que, no final de 2021, perante a ausência de regras no Código do Trabalho sobre o teletrabalho, os deputados aprovaram mesmo uma nova lei, que entrou em vigor em janeiro do ano seguinte.

Essa lei sofreu mudanças em 2023, de modo a esclarecer algumas dúvidas que persistiam quanto ao pagamento das despesas associadas ao teletrabalho. E pode voltar a ser alvo de alterações este ano.

É que a ministra do Trabalho já identificou as regras do teletrabalho como uma das normas da lei do trabalho que estarão em cima da mesa da Concertação Social, no âmbito da revisitação da chamada Agenda do Trabalho Digno. Ao ECO, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende mesmo que importa usar esse debate para reequilibrar o regime do trabalho, não avançando detalhes, para já.

Como fenómeno de uso massivo recente, parece-me bastante natural que se sinta necessidade em ir ajustando o regime legal à evolução do contexto do mercado.

Rui Valente

Sócio da Garrigues

“Como fenómeno de uso massivo recente, parece-me bastante natural que se sinta necessidade em ir ajustando o regime legal à evolução do contexto do mercado e aos ensinamentos recolhidos dos primeiros tempos de aplicação da nova lei“, argumenta, a propósito, o advogado Rui Valente.

O sócio da Garrigues sublinha que “talvez se possa, por exemplo, caminhar para um quadro legal com menor desconfiança em relação ao teletrabalho” e acrescenta que os termos em que o direito à desconexão foi tratado têm “clara margem para clarificação e melhoria”.

Também a advogada Madalena Caldeira, coordenadora da área do Direito do Trabalho do escritório de Lisboa da Gómez-Acebo & Pombo, realça que o regime carece de mudanças, nomeadamente no que diz respeito aos meios de controlo do trabalho à distância.

“Não significa que seja desejável, muito menos correto, instituir uma espécie de Big Brother laboral, nem que os direitos do trabalhador à sua privacidade e a desligar devam ser sacrificados. Significa, apenas, que o regime, tal como está, não permite ao empregador exercer aquele que, afinal, é um dos seus poderes: o poder de direção“, atira.

Já a advogada Inês Arruda, sócia da Pérez-Llorca Lisboa, chama a atenção para a necessidade de esclarecer “alguns aspetos em matéria de acidentes de trabalho“. “Existem zonas cinzentas, que seria prudente esclarecer antes que o acidente aconteça”, salienta.

Ainda não há data para a discussão destas regras na Concertação Social, mas as confederações empresariais já pediram que a lei do trabalho seja uma das prioridades das negociações de 2025.

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Sociedades de advogados já podem ser taxadas em sede de IRC, diz Fisco

Até aqui, os advogados eram tributados como sócios e não como empresa, o que faz com que paguem valores muito altos de impostos a título individual.

Os advogados já podem ser taxados em sede de IRC e não pelo regime da transparência fiscal se as sociedades de advogados onde exercem passarem a sociedades multidisciplinares. Em causa uma decisão recente da Autoridade Tributária (AT) depois do pedido de um advogado relativamente ao enquadramento fiscal em IRC de sociedade de advogados ao abrigo do novo regime das associações públicas profissionais e da nova redação do Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA), em vigor desde abril deste ano.

Neste caso concreto, a sociedade é composta por um advogado com 70% do capital social e, a sua esposa, titular dos 30% do capital social, e que não irá exercer qualquer atividade na sociedade. De acordo com a decisão da AT, “a futura sociedade com a estrutura societária indicada neste pedido não reunirá os requisitos de enquadramento no regime de transparência fiscal e será, portanto, tributada pelo regime geral de IRC”.

Os advogados estavam obrigados a pagar impostos pelo regime da transparência fiscal, em sede IRS. Até aqui, os advogados eram tributados como sócios e não como empresa, o que faz com que paguem valores muito altos de impostos a título individual.

A transparência fiscal é o regime obrigatório que incide sobre certas pessoas coletivas que faz operar a desconsideração parcial da respetiva personalidade jurídica para efeitos de tributação, apurando-se o lucro tributável na esfera jurídica das pessoas coletivas mas não sendo estas tributadas em sede de IRC, exceto quanto às tributações autónomas. Sendo, ao invés, os respetivos sócios tributados diretamente em sede de IRS.

Em causa o novo estatuto da Ordem dos Advogados, que entrou em vigor em abril e que passou a permitir sociedades de advogados multidisciplinares.

Esta tem sido, aliás, a orientação da Autoridade Tributária (AT) que acaba com dúvidas que ainda pudessem existir. “Isto decorre da lei mas já existem, de facto, várias orientações da AT a confirmar este entendimento”, explicou José Luís Moreira da Silva, presidente da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal (ASAP), em declarações à Advocatus.

Assim sendo, os lucros das sociedades de advogados deixam de ser imputados diretamente aos sócios e tributados em IRS nas a sociedade passa a pagar IRC como qualquer empresa à taxa de 21%, muito mais baixa quando comparada com as taxas de IRS, que, juntamente com o adicional de solidariedade, podem chegar aos 53%. E se houver distribuição de dividendos aos sócios, estes pagarão IRS a 28%.

“Com esta alteração é conferido o Direito à Liberdade fiscal do Advogado”, explica o advogado Pedro Marinho Falcão, sócio da Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados.

“Esta solução tem o defeito de não ser neutra, isto é, exige uma mudança de natureza relevante da sociedade. Também aumenta a desigualdade, pois para as multidisciplinares há um regime diverso das sociedades de advogados. A lei devia ser neutra e ter um regime igual independentemente do tipo de sociedade”, explica ainda José Luís Moreira da Silva. Que acrescenta que “infelizmente, várias sociedades que nunca pensaram em ser multidisciplinares estão a pensar ser apenas por esta questão fiscal”.

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VFA abre no Porto e integra Carlos Vasconcelos

A Valério, Figueiredo & Associados acaba de reforçar a sua presença no Norte do país, com a abertura de um escritório no Porto. O escritório da VFA será liderado pelo advogado Carlos Vasconcelos.

A Valério, Figueiredo & Associados (VFA) acaba de reforçar a sua presença no Norte do país, com a abertura de um escritório no Porto.

O escritório da VFA na “cidade invicta” será liderado pelo advogado Carlos Vasconcelos, que assim passa a integrar o colégio de sócios da sociedade, o novo escritório terá uma vocação full service, mas com uma especial aposta no direito da saúde, seja no quadro da saúde pública, do direito da medicina ou da prestação de cuidados de saúde.

O novo sócio da VFA, Carlos Vasconcelos, conta com mais de 20 anos de experiência profissional em contencioso e assessoria a empresas e particulares, merecendo também destaque o seu forte envolvimento associativo, desde logo como ex-vogal Secretário do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados.

Para o managing partner da sociedade, Paulo Valério, este passo é “o culminar de longos anos de conhecimento e respeito mútuos, permitindo a integração natural de um advogado de grande mérito como o Carlos Vasconcelos e, sob a sua liderança, um salto em frente na abrangência geográfica e leque de serviços prestados pela VFA aos seus clientes”.

Paulo Valério, sócio da VFAHugo Amaral/ECO

Para o novo sócio da VFA, Carlos Vasconcelos, esta integração é “uma honra e uma responsabilidade acrescida. Corporiza um projeto muito estimulante e um desafio exigente, que se pretende sempre assente numa sólida relação de confiança com os clientes da VFA”.

Além da aposta no direito da saúde, a VFA Porto prestará assessoria nos mais diversos domínios, através da intervenção integrada dos diversos departamentos da sociedade e de uma rede de escritórios que, a par com Lisboa e Coimbra, passa agora a cobrir todo o território nacional.

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WTW recruta dos quadros líder do negócio de reformas para Portugal

  • ECO Seguros
  • 5 Janeiro 2025

O novo líder iniciou a sua carreira há 16 anos na corretora como atuário júnior. Desde aí desempenhou várias funções nas áreas de reforma e investimento. Está na direção da WTW em Portugal desde 2017.

José Marques assume responsabilidades de Ana Marta Vasa ao ser nomeado para o cargo de Retirement Business Leader da WTW Portugal. A corretora anuncia em comunicado que a diretora-executiva da área das reformas passa a focar-se nas suas responsabilidades internacionais, ficando já a partir deste mês José Marques responsável por implementar a estratégia global da corretora em Portugal, focado na inovação e tecnologia.

José Marques, escolha da WTW para o cargo de Retirement Business Leader da WTW Portugal, afirma que a função “concilia a enorme responsabilidade de manter a reputação de excelência que a nossa área de pensões construiu nos últimos 30 anos em Portugal com o desafio de continuar a trazer novas ideias aos nossos clientes.”.

O novo líder do negócio das reformas da WTW iniciou a sua carreira há cerca de 16 anos na corretora como atuário júnior. Desde aí desempenhou várias funções nas áreas de reforma e investimentos em Portugal e no Reino Unido chegando à direção da WTW em Portugal em 2017. Também atingiu o nível mais elevado de qualificação do Atuários do Reino Unido (conhecido como fellowship).

Mestre em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico, José Marques é visto como a “pessoa certa” para consolidar o estatuto da WTW como empresa líder, além de assegurar o crescimento e a diversificação da área de pensões e reforma em Portugal, indica a empresa no comunicado.

José Marques confirma que a função “concilia a enorme responsabilidade de manter a reputação de excelência que a nossa área de pensões construiu nos últimos 30 anos em Portugal com o desafio de continuar a trazer novas ideias aos nossos clientes.”.

Por sua vez, Ana Marta Vasa assinala que “José Marques tem tido um fortíssimo percurso na WTW”. A escolha do especialista “vem demonstrar a confiança que temos nas suas competências e também na sua visão para liderar o negócio”, conclui.

Segundo indica a corretora no seu sítio da internet, a WTW é especialista em investimentos, reforma e consultoria para ajudar as organizações a desenvolver e a gerir programas de reforma para a sua força laboral. Presta serviços atuariais a mais de 300 dos principais fundos de pensões do mundo.

A WTW ocupa o 6.º lugar no ranking de 2024 das principais corretoras a operar em Portugal, mantendo o lugar do ano anterior com um crescimento dos negócios para 12,7 milhões de euros em 2023.

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Prémio internacional Glassdrive atribuído a três centros em Portugal

  • ECO Seguros
  • 5 Janeiro 2025

"Este prémio é um reconhecimento das melhores práticas de negócio, da excelência no atendimento e do nosso compromisso com a sustentabilidade", assinala diretora-geral da Glassdrive Portugal.

Os centros da Glassdrive da Figueira da Foz, do Barreiro e de Guimarães descaram-se na sua performance de negócio, experiência do cliente e sustentabilidade, tendo-lhes sido atribuído o prémio internacional Glassdrive. A primeira edição Prémio Glassdrive Champions avalia os centros com base nesses três pilares e visa reconhecer e homenagear os centros Glassdrive que mais se destacaram da rede nos oito países da Europa onde a insígnia está presente.

Rita Bastos, Diretora-Geral da Glassdrive
Rita Bastos, Diretora-Geral da Glassdrive em Portugal: “O prémio é um reconhecimento das melhores práticas de negócio, da excelência no atendimento e do nosso compromisso com a sustentabilidade”.Hugo Amaral/ECO

O prémio organizado pela Glassdrive internacional, decorreu em 1.600 centros Glassdrive espalhados pela Europa, dos quais 130 estão em Portugal.

“A performance de negócio é medida pelo desenvolvimento e expansão da oferta de serviços, assim como pelo aumento das compras na Saint-Gobain Sekurit Service”, explica a marca. “Já a experiência do cliente destaca-se pelo elevado Net Promoter Score, que reflete a qualidade dos espaços físicos e proporciona conforto e confiança aos clientes”, esclarece. Por fim, a sustentabilidade inclui práticas como a gestão eficiente de resíduos, a adoção da mobilidade verde, a eficiência energética e o apoio a comunidades locais.

“Este prémio é um reconhecimento das melhores práticas de negócio, da excelência no atendimento e do nosso compromisso com a sustentabilidade – pilares fundamentais para o sucesso e crescimento sustentável da marca Glassdrive”, assinalou Rita Bastos, diretora-geral da Glassdrive e da Saint-Gobain Sekurit Service Portugal.

Os vencedores a nível nacional foram Paulo Mingachos, da Glassdrive da Figueira da Foz, reconhecido pelo empreendedorismo e pelo investimento em melhorias na experiência do cliente e na sustentabilidade (como a instalação de painéis solares e patrocínios locais); Diogo Rosa, da Glassdrive Barreiro, destacando-se pela inclusão social dos colaboradores e pela qualidade das instalações, que proporcionam um ambiente confortável e funcional, fortalecendo a comunidade e a retenção de talento; e David Abreu, da Glassdrive Guimarães, distinguido pela constante melhoria das instalações e do atendimento, “criando uma experiência única para os clientes e um ambiente de trabalho positivo para a equipa”, indica a Glassdrive.

Além do reconhecimento, os vencedores receberam uma viagem a Paris que inclui visitas à Torre Saint-Gobain, à Fábrica Sekurit e ao Palácio de Versailles, onde remonta a origem da Saint- Gobain, com a produção dos vidros do palácio.

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