Casas compradas com isenção de IMT têm valor médio de 180 mil euros, diz ministro

Ministro das Infraestruturas afirmou no Parlamento que a isenção de IMT já beneficiou mais de 6.500 jovens. Governo vai agilizar atribuição de subsídios a senhorios com rendas antigas.

O ministro das Infraestruturas e Habitação afirmou no Parlamento que a isenção de IMT para a compra de casa já chegou “a mais de 6.500 jovens” e está a apoiar a aquisição de habitações dentro da classe que o Governo pretendia apoiar.

Em média as transações isentadas foram para casas de 180 mil euros, portanto para a classe de jovens que queremos dirigir a medida”, afirmou Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido esta quinta-feira no âmbito do debate do Orçamento do Estado na especialidade, em resposta às críticas da deputada Maria Begonha, do PS, que acusou o Governo de adotar medidas que contribuem para o aumento dos preços.

A isenção de IMT e de Imposto do Selo aplica-se a jovens até aos 35 anos, inclusive. É total para imóveis até 316.772 euros, adquiridos para primeira habitação própria e permanente. Para imóveis até aos 633.453 euros, a isenção é parcial.

A esquerda deixou críticas ao que chamou a “desregulação do alojamento local (AL)”, nas novas medidas adotadas pelo Governo. Miguel Pinto Luz defendeu a atividade: “O AL foi responsável por grande parte da reabilitação urbana, e estamos a dar poder aos municípios para fazer essa gestão. O AL não é inimigo da cidade. Tem de ser regulado”, afirmou.

Questionado sobre as rendas antigas, Miguel Pinto Luz reiterou que não haverá qualquer aumento, mas prometeu agilizar o pagamento dos subsídios aos senhorios.

"Um dos caminhos podia ser descongelar as rendas, o outro seria subsidiar. Até que as 121 mil rendas se extingam, estamos disponíveis para subsidiar.”

Miguel Pinto Luz

Ministro das Infraestruturas e Habitação

As 4.000 candidaturas serão pagas pelo IHRU aos senhorios até ao final do ano. Vamos agilizar todo o processo. É um processo dantesco, moroso, burocrático“, afirmou o ministro.

“Um dos caminhos podia ser descongelar as rendas, o outro seria subsidiar. Até que as 121 mil rendas se extingam, estamos disponíveis para subsidiar”, acrescentou Miguel Pinto Luz.

O ministro revelou ainda que a Estamo já está a trabalhar na reconversão de edifícios do Estado para habitação, nomeadamente os que foram deixados pelos sete ministérios que se mudaram para o Campus XXI. Disse, no entanto, que nem todos poderão ser reconvertidos, por serem de escritórios ou edifícios históricos, mas garantiu que o produto da venda reverterá para políticas de habitação.

Sobre a utilização do Fundo de Emergência para a Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou que o decreto-lei está a ser desenhado e ficará concluído no primeiro trimestre de 2025. Afirmou ainda que o Governo irá avançar com o novo regime das cooperativas de habitação.

(notícia atualizada às 18h09)

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“Aceitamos a escolha que o país fez.” Biden assegura “transição pacífica” de poder nos EUA

Atual Presidente da maior economia do mundo já falou com Donald Trump ao telefone, assumindo a derrota Democrata nas eleições. "Não podemos amar o nosso país só quando vencemos."

Joe Biden reconheceu esta quinta-feira a derrota dos Democratas nas eleições Presidenciais norte-americanas, garantindo uma “transição pacífica” do poder no próximo dia 20 de janeiro. É a primeira reação do ainda Presidente dos EUA à reeleição de Donald Trump, que tomará posse como o 47.º Presidente, e com quem Biden já falou ao telefone.

“Para algumas pessoas, é tempo de vitória, para dizer o óbvio. Para outras, é tempo de derrota. As eleições são como uma competição de ideias, escolhemos uma ou outra. Aceitamos a escolha que o país fez”, afirmou Joe Biden numa declaração ao país esta quinta-feira.

O atual Presidente já deu ordem à sua Administração para trabalhar com a equipa de Trump e assegurar a passagem do testemunho: “Cumprirei o meu dever de Presidente. No dia 20 de janeiro, teremos uma transição pacífica de poder aqui na América.”

A declaração contrasta com o ocorrido no final de 2020, quando Biden derrotou o então Presidente Trump e este não assumiu a derrota, provocando uma sequência de eventos que levaram à histórica invasão do Capitólio a 6 de janeiro de 2021.

“Disse muitas vezes: não podemos amar o nosso país só quando vencemos. Não podemos amar o nosso vizinho apenas quando estamos de acordo”, continuou Biden, que também elogiou a campanha da atual vice-presidente Kamala Harris. A democrata assumiu as rédeas da candidatura democrata há cerca de quatro meses, quando Biden foi forçado a desistir das eleições em julho, depois de uma performance fraca num debate televisivo.

Agora é tempo de “baixar a temperatura” da política norte-americana, rematou Biden, que reconheceu que a reeleição de Trump foi legítima, mostrando que o sistema eleitoral dos EUA é “íntegro, honesto, justo e transparente”.

Com a contagem dos votos ainda a decorrer em alguns Estados, Donald Trump soma já 295 votos do colégio eleitoral, bem mais do que os 270 de que necessitava para ser eleito Presidente. O Partido Republicano também conseguiu reconquistar o controlo do Senado e está a poucos mandatos de alcançar a maioria na Câmara dos Representantes, com 214 lugares dos 218 que lhe dão a maioria, segundo os dados em tempo real disponibilizados pela The Economist.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h58)

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Lucro da Caixa sobe quase 40% para 1.369 milhões até setembro

"Foram uns bons nove meses", destacou o líder do banco público. Paulo Macedo acena com uma "entrega significativa ao Estado" no próximo ano. Margem estabilizou com descida dos juros.

Paulo Macedo, presidente da comissão executiva da Caixa.Hugo Amaral/ECO

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 1,37 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que corresponde a uma subida de 38,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Atingiu uma rentabilidade de 18,8%.

A margem financeira – diferença entre os juros recebidos nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – praticamente estabilizou nos 2,1 mil milhões de euros, com o banco público a sentir já os efeitos da descida das taxas de juro.

Foram uns bons nove meses e esperamos uma entrega significativa [de dividendos] ao Estado no próximo ano“, frisou o CEO Paulo Macedo na apresentação dos resultados. A Caixa foi o último dos grandes bancos a fazê-lo, depois da banca privada ter lucrado 2,5 mil milhões no mesmo período.

O Governo está a contar com um dividendo de cerca de 670 milhões de euros da CGD, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2025, apontando-se assim para um lucro de 1,7 mil milhões no conjunto de 2024.

Os resultados com comissões também estabilizaram nos 437 milhões de euros. “Não aumentámos o preçário”, disse Paulo Macedo. O produto bancário registou uma quebra de 4% para os 2,69 mil milhões de euros, devido ao resultado de operações financeiras, que caiu 27% para 120 milhões (há um ano tinha contabilizado uma mais-valia com a avaliação da sede, que entregou ao Estado sob a forma de dividendo em espécie).

Outro fator que impulsionou o resultado foi a reversão de imparidades em 330 milhões de euros, “reconhecendo a melhoria do enquadramento macroeconómico acima do esperado” em Portugal

“Esforço de contenção de custos”

Do lado dos custos, “refletem um esforço de contenção”, explicou a CFO Paula Geada, que diz que este esforço não interfere no investimento em tecnologia, risco e nos quadros. “Temos vindo a aumentar a remuneração dos nossos colaboradores, como acontece com o novo acordo com os sindicatos”, disse. A Caixa atingiu um nível de eficiência histórico com um rácio cost to income de 28,6% e custos de estrutura de 780 milhões de euros.

Ao nível do balanço, a carteira de crédito em Portugal aumentou 2,8% para 46,6 mil milhões de euros, crescendo em todos os segmentos, incluindo na habitação, que somou 2% para 25,1 mil milhões de euros. Nas empresas cresceu 3,6% para 20,4 mil milhões.

Nos recursos de clientes, que atingiram os 108 mil milhões de euros, os depósitos aumentaram mais de 5% para 74 mil milhões de euros na atividade doméstica, enquanto os recursos fora do balanço subiram 2,1% para 23 mil milhões.

Capitais próprios supera marca dos 10 mil milhões

O bom desempenho permitiu um reforço do nível de solvabilidade e de liquidez. O rácio CET1 subiu para 21%, atingindo capitais próprios de 10 mil milhões de euros, e o rácio LCR melhorou para 339%.

(Notícia atualizada às 17h04)

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Ministro estava “despido de instrumentos” para tratar a agricultura no território

“Ficaria mais tranquilo se visse floresta, a água e ambiente juntos", nas CCDR sendo que o ambiente "já lá está". "E bem”, frisou Castro Almeida.

Remendar uma coisa que estava estragada. É desta forma que o ministro Adjunto e da Coesão se referiu, esta quinta-feira durante a audição parlamentar sobre Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), à alteração feita ao nível das CCDR de modo a garantir que existe um vice-presidente sob a alçada do ministro da Agricultura.

“Fazer um remendo é a solução quando uma coisa está estragada. Havia um erro na forma como as questões foram tratadas. A agricultura ficou despida de instrumentos para tratar da agricultura no território”, frisou Castro Almeida, admitindo que “o PS começou o caminho certo, mas executou mal”.

“Queremos remedar e permitir que os ministérios tenham serviços se adequem entre si, à volta de uma comissão regional”, explicou o ministro da Coesão, explicando aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças que a solução foi incluir um vice-presidente “que tem um papel mais próximo da agricultura.

Mas o objetivo é que o modelo seja replicado a outras áreas, disse o responsável. “Faltava ao regime uma visão regional integrada”, diagnosticou. “Como aprecio o trabalho das CCDR fico feliz com a solução que deve ser replicada a bem da interligação dos serviços regionais para terem uma visão territorial integrada”, sublinhou. “Ficaria mais tranquilo se visse floresta, a água e ambiente juntos, sendo que este já lá está. E bem”, frisou.

“Definir uma política setorial tende a menosprezar as realidades regionais”, reconheceu o responsável que já foi autarca, em S. João da Madeira. “Um órgão regional é capaz de identificar as especificidades de cada território e de que forma a Administração se pode organizar para servir as pessoas daquele território de modo a retirar todas as potencialidades económicas e ambientais do mesmo”, acrescentou.

Em resposta à Iniciativa Liberal, Castro Almeida frisou: “A mim nunca me ouviu falar de descentralização para as CCDR, porque não é correto”. “Descentralização implica eleições, órgãos eleitos”, explicou, “as CCDR são serviços desconcentrados”. Mas reconheceu que nelas existe “uma forma mitigada de descentralização e de desconcentração, estão a meio caminho que resulta de uma eleição indireta do presidente da Comissão de Coordenação”.

Castro Almeida recordou que o primeiro-ministro já disse que não haverá um processo de regionalização nesta legislatura. “Ponto assente. Mas há muito a melhorar a administração pública regional ates de fazer a regionalização. Se pudermos transformar as Comissões de Coordenação em verdadeiro órgão de articulação territorial das diferentes políticas setoriais estaremos a fazer um grande serviço”.

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UE com dificuldades em contratar jovens e pessoal para “áreas vitais”

Função Pública da União Europeia não está a conseguir atrair pessoal para determinadas funções, como peritos informáticos. Contratação de jovens também não tem sido em número suficiente, alerta TCE.

A Função Pública portuguesa não é a única que está a ter dificuldades em contratar o pessoal de que precisa para se munir de competências e rejuvenescer. O Tribunal de Contas Europeu (TCE) alerta que as próprias instituições comunitárias não estão a conseguir atrair os trabalhadores necessários para determinadas “áreas vitais”, como peritos informáticos, apesar de oferecerem “condições de trabalho modernas e flexíveis“.

Num novo relatório, o TCE identifica três grandes dificuldades na atração de talento para a Função Pública da União Europeia. Além de não estar a conseguir atrair e fidelizar pessoal para determinadas funções, as instituições comunitárias não estão a ser capazes de contratar “jovens em número suficiente para compensar o envelhecimento do pessoal”. Isto “apesar das iniciativas dirigidas aos jovens licenciados”.

Por outro lado, a Função Pública europeia continua a ter dificuldade em contratar pessoas vindas de todos os países do bloco comunitário para garantir uma repartição geográfica equilibrada, observa o Tribunal de Contas Europeia, que recomenda, por isso, que se redobrem os esforços para contratar pessoal “cada vez mais diversificado”.

Aos três desafios já destacados, soma-se, depois, um outro: a crescente dependência face a trabalhadores não permanentes. “Ao longo dos anos, as atividades das instituições europeias aumentaram, mas o número de postos de trabalho não. As instituições enfrentaram as novas prioridades reafetando pessoal às funções em que era mais necessário e diversificando os meios de recrutamento. O resultado é que estão cada vez mais dependentes de pessoal com contratos a termo“, explica o TCE.

O resultado é que as instituições da UE estão cada vez mais dependentes de pessoal com contratos a termo, apesar do risco de haver perturbações no serviço quando esses contratos terminarem.

Tribunal de Contas Europeu

Perante este cenário, o novo relatório alerta que há mesmo risco de haver perturbações nos serviços, quando esses contratos de trabalho terminarem. E, ainda que a inteligência artificial possa contribuir para atenuar “um pouco” este problema no futuro, o Tribunal de Contas Europeu argumenta que as instituições têm de “redobrar os esforços para resolver a questão permanente de ter de fazer mais com os mesmos meios“.

Já em jeito de crítica, o TCE atira que, como estas instituições “não têm uma estratégia comum para determinar as causas da falta de atratividade dos empregos que oferecem, as suas ações tornam-se menos eficazes“.

Avaliação demasiado rígida e poder de compra minguante

Bandeiras da União Europeia frente à Comissão Europeia, em Bruxelas. EPA/OLIVIER MATTHYSEPA/OLIVIER MATTHYS

No seu novo relatório, o Tribunal de Contas Europeu aproveita também para realçar os “pontos fracos” na gestão do desempenho do pessoal da União Europeia, a começar pelo sistema de avaliação, que considera demasiado rígido.

Além disso, afirma que este se centra “sobretudo no tratamento dos casos mais graves de incompetência profissional“, sendo o processo em causa “complexo e raramente aplicado”. “Existem poucos procedimentos formais para resolver e corrigir o mau desempenho antes de este se tornar incompetência profissional”, frisa o Tribunal de Contas.

Por outro lado, as regras deste sistema limitam a capacidade das instituições para recompensar os melhores com promoções mais rápidas. “As recompensas não financeiras também não estão bem desenvolvidas”, salienta o TCE, que avisa também que “os concursos internos não são aproveitados em pleno para dar oportunidades de carreira suficientes, em especial ao pessoal de secretariado e aos assistentes”.

Já quanto às remunerações, o TCE observa que o pessoal da União Europeia tem vencimentos “equivalentes aos pagos por outras organizações internacionais”, mas assinala que o poder de compra destes trabalhadores diminuiu mais do que o dos funcionários públicos nacionais (o que pode ajudar a explicar a atratividade diminuída das instituições europeias enquanto empregadoras).

Neste momento, trabalham para as instituições da União Europeia mais de 50 mil pessoas, entre pessoal efetivo, temporário e contratual. A Comissão Europeia é quem mais emprega (cerca de 30 mil trabalhadores), seguida do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia (cerca de sete mil e três mil, respetivamente).

A auditoria do TCE centrou-se nestas três instituições, deixando de fora as agências descentralizadas da União Europeia, que têm políticas específicas em matéria de recursos humanos e mecanismos de governação.

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Medidas de coação de Manuel Serrão adiadas para dia 20

As novas medidas de coação serão conhecidas só a 20 de novembro. Até aqui, os arguidos estão apenas sujeitos ao Termo de Identidade e Residência (TIR).

A decisão relativa a novas medidas de coação para Manuel Serrão – no âmbito da Operação Maestro – foi adiada para dia 20 de novembro. Em causa a junção de documentos pelos advogados de defesa e, perante isto, o juiz de instrução deu prazo ao Ministério Público para se pronunciar.

O empresário Manuel Serrão é suspeito de fraude na obtenção de fundos europeus de 40 milhões de euros. As novas medidas de coação serão conhecidas só a 20 de novembro. Até aqui, os arguidos estão apenas sujeitos ao Termo de Identidade e Residência (TIR).

O Ministério Público (MP) considera o empresário portuense e vogal da Associação Selectiva Moda “o principal mentor” de um alegado esquema na obtenção de subsídios comunitários que levou a Polícia Judiciária a realizar, no dia 19 de março de 2024, 78 buscas no âmbito desta operação, na qual são também suspeitos o jornalista Júlio Magalhães, António Sousa Cardoso, que liderou a Associação de Jovens Empresários, e António Branco e Silva.

A investigação sustenta que, pelo menos desde 2015, Manuel Serrão, António Branco e Silva e António Sousa Cardoso, “conhecedores das regras de procedimentos que presidem à candidatura, atribuição, execução e pagamento de verbas atribuídas no âmbito de operações cofinanciadas por fundos europeus, decidiram captar, em proveito próprio e das empresas por si geridas, os subsídios atribuídos à Associação Selectiva Moda e às sociedades No Less e House of Project — Business Consulting”.

As operações terão sido “cofinanciadas, através, designadamente, da apresentação e utilização como documentos de despesa aos projetos submetidos, com vista ao respetivo reembolso, faturas suspeitas de se tratar de negócios simulados, sem correspondência a serviços prestados nos projetos, ou, ainda faturas com valores sobrefaturados”, frisa o MP, num despacho judicial.

Segundo a investigação, as entidades beneficiárias controladas pelos suspeitos, “através da montagem de justificações contratuais, designadamente referentes a prestações de serviços e fornecimento de bens ou serviços”, obtiveram a aprovação e pagamento de incentivos no valor global de, pelo menos, 38.938.631,46 euros, através de 14 projetos, cofinanciados pelo FEDER.

O MP sustenta que os três suspeitos “obtiveram o comprometimento de pessoas da sua confiança, do seio do seu círculo de amizades”, como o jornalista Júlio Magalhães, “mas também do mundo empresarial, e em particular da área do setor têxtil, casos de Paulo Vaz, João Oliveira da Costa e Mário Genésio”.

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CCSL Advogados assessora criação de joint venture entre ALEA e King Street

A equipa da CCSL envolvida na operação de criação da joint venture foi coordenada pelo of counsel da área de Corporate Frederico Félix Alves.

A boutique CCSL Advogados assessorou a criação de uma joint venture entre a ALEA, que se dedica à gestão de ativos alternativos, e a King Street Capital Management, uma empresa de gestão global de investimentos. O objetivo é investir até 375 milhões de euros de forma a acelerar a expansão da plataforma de build-to-rent de Soluções de Alojamento Alternativas da ALEA, focada em alojamento para estudantes.

A equipa da CCSL envolvida na operação foi coordenada pelo of counsel da área de Corporate Frederico Félix Alves e contou com a participação dos sócios José Calejo Guerra, da área de fiscal, João de Lemos Portugal, da área de imobiliário, Rita Rendeiro, na área de regulatório e compliance, e dos advogados Mariana Alves de Melo e Lourenço Noronha Andrade.

“A CCSL assegurou a vertente legal e fiscal da transação, tendo o Eastdil Secured, banco de investimento global de imobiliário, atuado como consultor financeiro na formação da joint venture“, explicam em comunicado.

A ALEA e a King Street iniciam esta parceria com o desenvolvimento e operação de três ativos com uso para estudantes, com uma área total de 36.000 metros quadrados, localizados em cidades universitárias chave de Portugal.

Esta parceria está suportada na sólida experiência da ALEA no desenvolvimento e operação e venda de projetos construídos especificamente para este fim. As oportunidades da ALEA em fase inicial contam com mais de 3.500 unidades de alojamento em Portugal”, sublinham.

A ALEA tem desenvolvido uma estratégia de Soluções de Alojamento Alternativas que se centra no investimento, desenvolvimento e operação de ativos através de uma plataforma de marca, direcionados para uso estudantil e familiar, construídos especificamente para abordar o desequilíbrio estrutural de oferta e demanda no mercado habitacional pan-europeu, começando por Portugal.

Já a King Street Real Estate, a divisão de investimento imobiliário da King Street Capital Management, especializa-se em investimentos de equity e dívida em mercados disruptivos e situações complexas.

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Miguel Prata Roque na corrida à sucessão de Ricardo Leão na federação de Lisboa do PS

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Depois da demissão de Ricardo Leão da Federação de Lisboa do PS, o professor de Direito e comentador político Miguel Prata Roque vai candidatar-se à presidência nas próximas eleições.

Depois de Ricardo Leão se ter demitido da presidência da Federação da Área Urbana (FAUL) de Lisboa do PS, Miguel Prata Roque está na corrida à sua sucessão. De acordo com a notícia avançada pelo Público, esta quinta-feira, o professor de Direito e comentador político Miguel Prata Roque vai candidatar-se à presidência da FAUL nas próximas eleições.

“Quando forem marcadas as eleições para a Federação da Área Urbana de Lisboa apresentarei e assumirei a representação das ideias de tanta gente que me tem transmitido a vontade de contribuir para transformar a ação prática do PS e, principalmente, a vida daqueles para quem a ação política deve servir, as pessoas”, anunciou em declarações ao Público.

Em causa está a demissão do autarca de Loures, Ricardo Leão, na sequência das polémicas que resultam de o próprio ter defendido, numa reunião pública, o despejo de inquilinos em habitações municipais envolvidos nos distúrbios após a morte do cabo-verdiano Odair Moniz, baleado por um agente da PSP. PS e PSD aprovaram uma recomendação do Chega nesse sentido.

A demissão acontece no dia em que o anterior secretário-geral do PS, António Costa, ter assinado um artigo no Público, conjuntamente com os socialistas Pedro Silva Pereira e José Leitão, a demarcar-se da posição de Ricardo Leão, pressionando Pedro Nuno Santos que considerou que as declarações do autarca “não foram o bom momento”.

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Portugueses já preferem ver vídeos no Instagram em vez de no YouTube

  • + M
  • 7 Novembro 2024

O estudo da Marktest sublinha também o facto de praticamente metade dos portugueses (49,4%) que costumam ver vídeos em redes sociais assumirem o hábito de partilhar depois os links desses vídeos.

O Instagram destronou o YouTube enquanto rede social preferida pelos portugueses para ver vídeos, sendo que 91% dos portugueses utilizam este tipo de plataformas para ver vídeos.

A rede social da Meta ascendeu assim pela primeira vez à posição de rede social mais referida para o visionamento de vídeos, superando o YouTube, embora por uma margem mínima: enquanto o Instagram recolheu 66,2% de referências, o YouTube ficou um pouco atrás, com 66,1%, segundo o estudo “Os Portugueses e as Redes Sociais”, da Marktest, que realizou 803 entrevistas a utilizadores de redes sociais entre os 15 e os 64 anos.

O Facebook ocupa a terceira posição (com 52% de referências), seguido pelo TikTok e Whatsapp nas quartas e quintas posições, a alguma distância.

Em relação ao tipo de conteúdos em formato vídeo mais consumidos, o humor é preferido entre os portugueses. O top três de preferências fica completo com os conteúdos musicais e com os de informação.

O estudo sublinha ainda o facto de praticamente metade dos portugueses (49,4%) que costumam ver vídeos em redes sociais assumirem o hábito de partilhar depois os links desses vídeos.

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Iniciativa Liberal admite comissão parlamentar de inquérito sobre situação da emergência médica

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

Para o Rui Rocha, o que está a acontecer no INEM "é demasiado grave", já que há "portugueses que não têm o socorro devido" – e isso exige que o Governo "seja politicamente responsabilizado".

O presidente da Iniciativa Liberal admitiu esta quinta-feira requerer uma comissão parlamentar de inquérito sobre a situação da emergência médica em Portugal e considerou que a ministra da Saúde se encontra numa situação de elevada fragilidade política.

Estas posições foram transmitidas por Rui Rocha numa conferência de imprensa no parlamento em que acusou o Governo de falta de respostas para a situação “com consequências trágicas” que atravessa o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).

Antes de decidir se requer uma comissão parlamentar de inquérito sobre o INEM, a IL vai primeiro ouvir a ministra Ana Paula Martins, na terça-feira, no parlamento, no âmbito das audições sobre o Orçamento do Estado. Depois, a IL agendou que este tema seja também debatido em sede de Comissão Parlamentar de Saúde.

“Queremos esclarecer tudo num quadro que é perfeitamente inadmissível e que já vem de trás. Na eventualidade de esses esclarecimentos e medidas serem insuficientes e se a auditoria não identificar dados suficientes, a IL admite mesmo como provável avançar para uma comissão parlamentar de inquérito”, declarou o presidente da IL.

Para o Rui Rocha, o que está a acontecer no INEM “é demasiado grave”, já que há “portugueses que não têm o socorro devido” – e isso exige que o Governo “seja politicamente responsabilizado”. Perante os jornalistas, o líder da IL recusou-se para já a pedir a demissão da ministra da Saúde, mas assinalou que é um dos elementos deste Governo “mais fragilizados”.

“Remeto para o primeiro-ministro, Luís Montenegro, uma ponderação e uma decisão, mas parece-me evidente que há uma fragilidade política que começa a pronunciar-se. Estamos a falar de uma área muito importantes para a vida dos portugueses”, acentuou. A seguir, o presidente da IL foi um pouco mais longe sobre a questão da presença da ministra da Saúde no executivo PSD/CDS.

“Desconheço qual vai ser o resultado da auditoria, há um conjunto de medidas que me parecem completamente inadequadas e insuficientes anunciadas na quarta-feira pelo Governo, mas vamos esperar que essas medidas e outras que são necessárias possam ser tomadas. Daqui por umas semanas, quando o parlamento retomar a sua atividade, é a altura certa para fazermos um balanço da equipa governativa, do que fez, do que não fez, que resultados existem, e de fazermos a responsabilização política que vier a ser relevante e determinante”, advertiu.

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“Daremos início em 2025 à privatização da TAP”. Pinto Luz define linhas vermelhas para a venda da companhia

Miguel Pinto Luz afirmou no Parlamento que o futuro comprador terá de manter a marca da TAP e o centro operacional e a sede em Lisboa. Governo recebeu mais de uma dúzia de manifestações de interesse.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou esta quinta-feira no Parlamento que o Governo irá relançar em 2025 o processo de privatização da TAP. E elencou também as exigências que serão feitas aos interessados na companhia aérea portuguesa.

Daremos início em 2025 ao processo de privatização da empresa“, afirmou o governante, que está a ser ouvido no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

Miguel Pinto Luz traçou ainda as linhas vermelhas para a venda da companhia aérea. “Seja qual for o modelo, a marca TAP vai manter-se”, garantiu, tal como “as ligações estratégicas”, nomeadamente à diáspora. Disse também que o aeroporto de Lisboa continuará a ser “o centro operacional da TAP” e a sede terá de manter-se na capital.

As condições elencadas pelo ministro das Infraestruturas são semelhantes às que o Governo de António Costa tinha anunciado no processo que foi travado no final do ano passado pelo chumbo do Presidente da República ao decreto-lei de privatização, por não incluir aquelas garantias.

“Era o que faltava que marca desaparecesse, que a sede e o hub não ficasse em Lisboa e não fossem salvaguardadas as rotas da coesão e da diáspora”, reagiu João Torres, deputado do PS.

O ministro das Infraestruturas garantiu que aquelas linhas vermelhas constarão do decreto-lei do atual Governo. O objetivo do Governo é a “conclusão do processo de privatização em 2025”, acrescentou. “Pelos vistos, há um grande consenso em volta a privatização da TAP e em maximizar o retorno do dinheiro aos contribuintes”, disse ainda em resposta ao deputado do Chega, Filipe Melo.

Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal, pediu a Miguel Pinto Luz que indicasse cinco rotas estratégicas só servidas pela TAP. O ministro não respondeu diretamente, mas elencou: “No plano geopolítico e estratégico todas as ligações aos PALOPS. Economicamente estratégico é o Atlântico Sul e o crescimento dos destinos no Atlântico Norte. Estamos a analisar vários modelos que permitam ao Estado português cumprir esse objetivo estratégico, mesmo não estando na gestão“, disse.

O governante reconheceu que as rotas são operadas por outras companhias, mas que a visão do Governo “é diferente” da Iniciativa Liberal. “Não abdicamos de ter uma companhia de bandeira que permita, face a alguma alteração exógena no mercado continuarmos a operar” as rotas estratégicas.

Miguel Pinto Luz afirmou, após referir os encontros do Governo com interessados na companhia aérea portuguesa, que “a reputação da TAP hoje é sólida e tem vindo a reforçar-se”, apresentando “resultados iguais ou acima” das congéneres europeias.

Questionado sobre quem são os interessados, mencionou a IAG, a Air France – KLM e Lufthansa, cujas reuniões com o Governo “são públicas”. Referiu ainda “várias manifestações de interesse” de outras companhias e fundos. Foram “mais de uma dúzia de manifestações de interesse nacionais e internacionais, de dentro e fora da Europa”.

(notícia atualizada às 18h09)

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Consulado-geral em Maputo cria canal de comunicação direta à comunidade portuguesa

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

O grupo na rede social Whatsapp foi criado "para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional" para a comunidade portuguesa no país.

O Consulado-Geral de Portugal em Maputo criou um grupo na rede social Whatsapp “para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional”, tendo em conta a “atual situação de instabilidade” em Moçambique, disse esta quinta-feira à Lusa fonte diplomática. “Este canal é exclusivamente destinado à comunidade portuguesa na área de jurisdição do Consulado-Geral para contactos em contexto de situações de crise”, explica o Consulado-Geral.

A divulgação da criação do grupo foi feita na página do Consulado-Geral na rede social Facebook e na mensagem publicada são recordados tanto o número de emergência do Consulado-Geral – +258 843987647 –, como os números de emergência disponíveis e o endereço eletrónico [email protected] do Gabinete de Emergência Consular: +351 217 929 714 (atendimento 24 horas) e ainda o +351 961 706 472.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, em 24 de outubro, dos resultados das eleições de 09 de outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Após protestos nas ruas que paralisaram o país, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para esta quinta.

Esta quinta-feira cumpre-se o oitavo dia de paralisação e manifestações em todo o país, com a generalidade a levar à intervenção da polícia, que dispersa com tiros e gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes cortam avenidas, atiram pedras e incendeiam equipamentos públicos e privados.

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