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Brasil é o primeiro “País Criativo do Ano” dos Cannes Lions

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  • 22 Abril 2025

O país conquistou os seus primeiros leões de Cannes em 1971. Desde então, ganhou 1911 prémios. É agora o primeiro país a ser distinguido com o novo prémio de "País Criativo do Ano".

O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions conta este ano com o novo prémio de “País Criativo do Ano” (Creative Country of the Year), que tem por objetivo “reconhecer o comprometimento excecional e duradouro de um país com a criatividade que impulsiona o progresso e o crescimento”. O Brasil é o primeiro vencedor da nova distinção do mais importante festival de criatividade do mundo.

“O País Criativo do Ano homenageará os países que demonstraram sucesso consistente no Festival. Como uma comunidade global de mais de 90 países, pretendemos reconhecer aqueles que demonstraram um compromisso contínuo com a criatividade como um impulsionador do crescimento económico, oferecendo inspiração sem fronteiras através da sua liderança criativa“, explica Simon Cook, CEO do Cannes Lions, citado em comunicado.

“[Este ano] celebramos o impressionante recorde de vitórias do Brasil e o seu desempenho consistente no Cannes Lions, que reflete uma nação que tem a criatividade arraigada na sua cultura“, acrescenta.

O desempenho do Brasil no festival continua a superar o de países com mercados publicitários maiores, aponta ainda a organização do festival, referindo que esta é uma tendência “que parece destinada a continuar”, uma vez que dados da WARC estimam que o investimento publicitário brasileiro cresça 7,9% este ano.

O país conquistou os seus primeiros leões de Cannes em 1971, com a atribuição de dois leões de bronze em Cinema e um leão de prata em Televisão. Em 1975 foi distinguido com o primeiro leão de ouro e, em 1993, recebeu o seu primeiro grand prix. Desde então, ganhou 1911 prémios, 20 dos quais foram grand prix. Só na edição do ano passado, o Brasil conquistou 78 distinções (40 leões de bronze, 26 de prata, 10 de ouro e dois grand prix).

Até agora, já foram também mais de 400 os brasileiros que integraram o júri do Cannes Lions.

Ainda no âmbito deste reconhecimento, a edição deste ano do festival, que se realiza entre os dias 16 e 20 de junho, contará com mostras criativas brasileiras, eventos comemorativos, palestras e ativações lideradas por brasileiros. O Cannes Lions 2025 vai também homenagear Washington Olivetto, nome maior da publicidade brasileira que faleceu em outubro.

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Paulo Raimundo e Pedro Nuno Santos com uma audiência de 623,5 mil telespectadores

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  • 22 Abril 2025

Transmitido pela RTP, o frente a frente foi acompanhado por 579,3 pessoas no canal generalista, às quais se juntaram mais 44,1 mil na RTP3. 

Foram 623,5 mil o número de telespectadores que assistiram na segunda-feira ao regresso de Pedro Nuno Santos aos debates, desta vez com Paulo Raimundo. Transmitido pela RTP, o frente a frente foi acompanhado por 579,3 pessoas no canal generalista, às quais se juntaram mais 44,1 mil na RTP3.

Também na noite desta segunda-feira, a SIC Notícias recebeu Mariana Mortágua e André Ventura. Ao debate assistiram em direto 286,3 mil telespectadores, aos quais se somaram, em diferido na RTP3, 17,4 mil pessoas.

O debate mais visto destas duas semanas, recorde-se, continua a ser o que colocou frente a frente Pedro Nuno Santos e André Ventura, seguido por quase 1,094 milhões de telespectadores, mais cerca de 36 mil do que os que assistiram ao frente a frente entre Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

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Combate à corrupção recebe maior número dos 113 novos inspetores da PJ

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ vai receber o maior número dos 113 inspetores que assumiram funções esta terça-feira.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) vai receber o maior número dos 113 inspetores que assumiram funções esta terça-feira, anunciou o diretor nacional da instituição, congratulando-se com a “renovação geracional” em curso.

Segundo Luís Neves, dos 113 elementos que completaram, no início de abril, o 46.º Curso de Formação de Inspetores, 38 serão colocados, durante o período experimental, na UNCC, 24 na Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, 19 na Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, 17 na Unidade Nacional de Contraterrorismo e 15 na Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes.

“O combate à corrupção e à criminalidade económico-financeira constitui a máxima prioridade e preocupação e consequentemente alvo do maior investimento que a Polícia Judiciária jamais fez nesta área, tanto em recrutamento de recursos humanos especializados como em equipamento e formação”, sublinhou o diretor nacional da PJ, ao intervir hoje na cerimónia de aceitação dos 113 inspetores, na sede da instituição, em Lisboa.

À frente da PJ desde junho de 2018, Luís Neves recordou que, quando assumiu funções, a instituição contava, no total, com 968 investigadores, tendo esta terça-feira ultrapassado “largamente a barreira dos 2.000”.

A média de idades baixou igualmente de quase 50 anos para perto dos 40.

“É óbvio que a renovação geracional está aí, com o cruzamento perfeito entre o conhecimento altamente especializado que a PJ tem e com o valioso aporte que todos vocês nos trazem pela vossa formação académica, pela vossa experiência profissional“, salientou, dirigindo-se aos novos inspetores.

Dos 113 que assumiram funções esta terça-feira, 78 são licenciados, 34 mestres e um doutor, oriundos de 50 cursos diferentes, e 40% têm experiências anteriores noutros órgãos de polícia criminal.

A cerimónia contou ainda com a presença da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, que lembrou aos novos inspetores que, além de investigar, tem como missão “honrar a democracia através do compromisso com a verdade e com a defesa intransigente da legalidade”.

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Economia a crescer sobre carris em áreas estratégicas e alívio no IVA para as famílias. A visão do PS para o país

O Estado deve ter "ambição" e apostar em setores que impulsionem o país como a construção de comboios. IVA zero em alimentos essenciais é amortecedor para eventual inflação gerada pelas tarifas.

“A primeira vez que disse que Portugal podia fazer comboios em Portugal disseram que era doido e Portugal está, neste momento, a fazer um comboio”. É esta a “ambição” que o líder do PS, Pedro Nuno Santos, quer imprimir no país para colocar a economia a crescer sobre carris em áreas estratégicas, defendeu esta terça-feira, durante a 9.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência promovida pelo ECO no Centro Cultura de Belém em Lisboa, dedicada ao tema “A economia no dia seguinte às eleições”. Este é um dos pontos-chave do programa eleitoral com que o partido concorre às legislativas de 18 de maio.

Pedro Nuno Santos, Secretário-geral do PS, na chegada à conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

Pedro Nuno Santos referia-se à agenda mobilizadora, que juntou a CP e empresas do privado para construir um comboio. “O Estado pode ser um parceiro económico e não um empecilho, não tem de ser um estorvo, pode ser um instrumento fundamental para o desenvolvimento económico. Acredito que podemos ter um país mais rico, saibam os governantes ter a estratégia certa para industrializar este país”, frisou.

E deu o exemplo do país vizinho: “Espanha, o único país no mundo que tem a mesma bitola que nós, a mesma distância entre eixos, tem dois fabricantes de comboios e, portanto, a Renfe — homóloga da CP — vai abandonando os seus comboios por razões boas, abandona os seus comboios antigos para poder comprar comboios às suas boas fábricas”. Enquanto Portugal, não tendo indústria nesta área, já teve de adquirir composições antigas, usadas a Espanha. “Fomos lá comprar 50 carruagens que estavam abandonadas e levei pancada, porque estávamos a comprar ferro velho aos espanhóis”, recordou Pedro Nuno Santos, quando era ministro das Infraestruturas.

Para o líder dos socialistas, Portugal tem “as competências industriais, tecnológicas, científicas” para “migrar” a sua indústria para esta área, tanto mais que se trata de “um setor em expansão“, assinalou. “No momento em que estamos de transição climática, todos os países desenvolvidos no mundo estão a expandir a sua rede ferroviária, todos estão a comprar comboios”, salientou.

Temos de ter a capacidade de dizer não. Há apoios para toda a gente e depois os apoios são pequenos e temos menos recursos que os nossos parceiros europeus.

Ao apostar em setores estratégicos para o desenvolvimento económico de Portugal, o secretário-geral do PS defende que o Estado não pode e não deve abrir os cordões à bolsa a todas os patrões que surjam de mão estendida: “Temos de ter a capacidade de dizer não. Há apoios para toda a gente e depois os apoios são pequenos e temos menos recursos que os nossos parceiros europeus”.

Pedro Nuno Santos prefere apostar numa política de apoios assente em benefícios fiscais dirigidos a empresas que reinvistam os lucros em investigação e desenvolvimento e em aumentos salariais. E deu o exemplo da Holanda, “uma economia liberal até”, que “selecionou 10 áreas tecnológicas”. “Grande parte do apoio público tem de seguir uma política seletiva. O país deve perceber onde tem vantagens. Devemos ter uma política de financiamento horizontal, mas o grosso do dinheiro público deve respeitar uma política seletiva”, frisou.

Por isso, mantém o braço de ferro em relação à descida transversal do IRC, uma das bandeiras do programa eleitoral da AD, coligação que junta PSD e CDS, para as legislativas de 18 de maio. Se há um ano deixou passar a redução de um ponto percentual da taxa estatutária, que caiu de 21% para 20%, agora não será certo que volte a repetir a cedência, caso Luís Montenegro vença as eleições sem uma maioria confortável e precise da ajuda dos socialistas.

O secretário-geral do PS lembrou que o país não tem das taxas efetivas mais elevadas. “As empresas que conseguem reinvestir em investigação e desenvolvimento, em capitalização conseguem uma taxa efetiva muito mais baixa”, anotou.

Por outro lado, destacou que “0,2% das empresas são responsáveis por 40% da receita de IRC”. “Quando reduzimos o IRC, para onde vai? Estamos a falar da banca, e ainda bem que tem lucro, o setor da distribuição, o setor energético, que é onde estão concentrados grande parte dos lucros”, afirmou.

Para o líder do PS, não adianta baixar o imposto sobre a banca porque, depois, “os bancos não vão baixar as taxas de juros às empresas, não vão aumentar os juros nos depósitos e só vão aumentar os salários dos trabalhadores se tiverem mesmo de aumentar”.

Pedro Nuno Santos, Secretário-geral do PS, na conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

“Não é uma redução do IRC que vai pôr a economia a crescer de forma estonteante”

Para além disso, considera que “não é uma redução do IRC que vai pôr a economia a crescer de forma estonteante”, como defendem PSD e CDS. Os dois partidos projetam uma evolução do PIB que poderá avançar 3,2% no final da legislatura, suportada em grande medida na descida do imposto sobre as empresas, mas Pedro Nuno Santos tem outra visão.

Apesar de admitir que “uma taxa de crescimento 3% não é nada do outro mundo”, considera que, num “cenário mais realista” e face às previsões de todas as instituições que estão a rever o crescimento em baixa”, a AD não está a ser séria com os portugueses. “A AD fez o mesmo que fez há um ano. Se querem ser enganados uma segunda vez, podem ser enganados”, atirou.

Pedro Nuno Santos considera que o programa eleitoral do PS é mais prudente ao prever uma taxa de crescimento de cerca de 2% até 2029. “Vamos construir o este programa assente nessa previsão e só dá para 1.750 milhões de euros” de medidas”, sinalizou. “E o que faz a AD? Mete mais um ponto percentual para poder acrescentar mais medidas. É um truque”, criticou.

De lembrar que a AD estima gastar cerca de mil milhões de euros com a descida da taxa de IRC, de 20% para 17%, ao ritmo de um ponto percentual ao ano. Mais dois mil milhões com uma nova redução do IRS, o que dá uma fatura de três mil milhões de euros só com estas duas medidas. São mais 1.250 milhões de euros de despesa face ao pacote do PS.

IVA zero será amortecedor de uma onda inflacionista provada pela guerra comercial

Desta vez, o PS não aposta numa nova redução do IRS, como há um ano. A grande bandeira do programa eleitoral do PS passa por tornar permanente o IVA zero para um cabaz de bens alimentares essenciais, uma iniciativa que foi implementada, de forma temporária, entre abril e dezembro de 2023 pelo anterior Governo socialista, de António Costa, para mitigar o impacto da inflação. O custo da medida, proposta agora pelos socialistas, deverá custar cerca de 500 milhões de euros, a fatia mais pesada dos 1.750 milhões de euros de despesa prevista no programa com que o partido concorre às legislativas.

Temos a obrigação de tentar aliviar o custo de vida das nossas famílias. E, quando temos de fazer escolhas, a nossa foi ajudar as nossas famílias a pagar menos nos bens essenciais.

A medida tem sido criticada por ser cega, uma vez que beneficia ricos e pobres, mas Pedro Nuno Santos esclarece que “o IVA pesa mais em quem ganha menos do que em quem ganha mais”. “Quem tem mais dinheiro vai consumir mais arroz? A redução vai ter mais peso no trabalhador que ganha 1.000 euros do que aquele que ganha 10.000″, reforçou.

“Temos a obrigação de tentar aliviar o custo de vida das nossas famílias. E, quando temos de fazer escolhas, a nossa foi ajudar as nossas famílias a pagar menos nos bens essenciais”, designadamente quando se antecipa uma eventual nova onda inflacionistas provocada pela guerra comercial, sublinhou. Pedro Nuno Santos até citou um estudo do Banco de Portugal (BdP) que concluiu que o IVA zero temporário em outubro de 2023 foi repercutido no preço final para defender as virtualidades da medida.

O líder do PS teme mesmo que a polémica em torno do agravamento das tarifas aduaneiras dos EUA sobre os produtos europeus, incluindo os portugueses, poderá ser “a antecâmara de uma recessão“.

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Empresários defendem estabilidade para não parar investimento

Consultora Yunit admite que empresas estão a adiar investimentos à espera de maior clarificação política. Luís Febra diz que a imprevisibilidade está a afetar decisões estratégicas da Socem.

Há investimentos a serem suspensos à espera de maior clarificação “dentro de portas”. E empresas cujas decisões estão a ser afetadas por conta da instabilidade que se faz sentir no país – em cima da incerteza que paira sobre todo o mundo por conta da guerra comercial.

Temos sentido algum atrasar de decisões nesta fase do ano”, adiantou Bernardo Maciel, CEO da Yunit, durante a 9.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO no CCB em Lisboa.

“Até haver uma clarificação do que se passa dentro de portas, aguardam por uma estabilidade para a sua senda de investimento”, frisou o responsável da consultora de gestão especializada no apoio ao investimento e à capitalização das PME através de incentivos financeiros e fiscais.

No mesmo painel, Luís Febra, administrador do grupo Socem, revelou que a “imprevisibilidade” é talvez a palavra que “mais está a afetar a estratégia e tomada de decisão” da fabricante de moldes de injeção e peças plásticas para o setor automóvel.

“Já bastam as tarifas”, desabafou Bernardo Maciel, lamentando o facto de o impasse governativo estar a atrasar decisões importantes no que diz respeito a fundos comunitários — mais do que a incerteza relacionada com a guerra comercial.

“Estamos a negligenciar 23 ou 25 mil milhões de euros num quadro de fundos que vai a meio no prazo temporal”, afirmou.

O CEO da Yunit diz que não ajuda mudar as plataformas e equipas que tratam dos fundos comunitários e que instituições como a Aicep e o Iapmei devem ser “estáveis”, organizações com uma “lógica quase empresarial, para dar estabilidade a quem vai investir”.

Monte do Pasto lamenta falta de apoio à inovação

Mais do que a conjuntura de incerteza global, a presidente da Monte do Pasto lembrou as questões estruturais que afetam a vida de uma PME portuguesa que tem de inovar e internacionalizar-se se quiser crescer.

Clara Moura Guedes lamentou o facto de o setor primário estar excluído dos apoios à inovação, o que dificulta ainda mais a vida à maior exploração agro-pecuária de produção e engorda de bovinos em Portugal.

“Nós, Monte do Pasto, temos feito a nossa parte, mas somos uma PME com recursos limitados e por isso precisamos de vias verdes para levar a cabo os nossos objetivos“, explicou.

Tabaqueira apela a diálogo para atrair investimento

Já o responsável de Operações Comerciais da Tabaqueira, Paulo Pires, destacou que a maior concorrência vem das filiais do grupo Phillip Morris International em Espanha e de outros países e com as quais compete para atrair o investimento da casa-mãe.

Paulo Pires apelou ao debate com a indústria para que o setor – que tem de “ser uma voz ativa” — continue a captar investimento para o país.

Em Portugal, o grupo PMI já investiu mais de 400 milhões de euros na unidade de produção em Albarraque, e emprega cerca de 1500 pessoas (além dos 45 mil postos de trabalho indiretos). Tem centros de excelência no país, nomeadamente o IT Hub, onde estão cerca de 200 engenheiros informáticos.

“Quem cria mais valor deveria ter mais incentivos”

Clara Moura Guedes defendeu que num mercado limitado como o português uma empresa portuguesa deve ambicionar “acrescentar valor”. Uma ideia partilhada pelo administrador da Socem: “Devia haver uma discriminação positiva: quem mais valor cria, mais incentivos tem”. “Acontece ao contrário”, lamentou Luís Febra.

“É uma questão de pensamento estratégico para o país”, prosseguiu o gestor.

“Os bancos e as empresas devem ganhar muito dinheiro, as pessoas devem ganhar muito dinheiro. Esse deve ser o incentivo, em vez de estarmos sempre a falar do salário mínimo“, argumentou.

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Banco de Portugal recuperou 587 mil notas estragadas e devolveu 12,4 milhões em 2024

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

Para que uma nota de euro possa ser valorizada, mais de 50% da superfície da nota tem de poder ser reconstituída, para ser possível garantir a sua autenticidade.

O Banco de Portugal (BdP) recuperou 587 mil notas degradadas em 2024 e restituiu 12,4 milhões de euros aos cidadãos proprietários dessas notas, segundo o Relatório de Emissão Monetária de 2024. O BdP tem um serviço responsável por valorizar notas e moedas degradadas (por exemplo, em fogos, inundações ou por terem estado enterradas). Após a valorização, é entregue aos detentores um valor.

Segundo o Banco de Portugal, em 2024, foram valorizadas manualmente 587.489 notas e devolvidos, a quem as apresentou, 12,4 milhões de euros. A maioria apresentava “dobras, rasgões ou defeitos resultantes da ação do fogo, humidade ou outros elementos”. O banco central valorizou ainda 277.592 moedas e o reembolso atingiu 60,6 mil euros.

Qualquer cidadão que tenha notas destruídas ou mutiladas (estragadas por humidade, queimadas, comidas por animais, entre outros motivos) pode enviá-las para o Banco de Portugal para que sejam valorizadas. Para que uma nota de euro possa ser valorizada, mais de 50% da superfície da nota tem de poder ser reconstituída, para ser possível garantir a sua autenticidade pelos elementos de segurança (no caso das notas de escudo eram 75%).

Se for possível valorizar a nota degradada, esta é destruída e é dado aos cidadãos o montante equivalente. Já se as notas forem irreconhecíveis, são dadas como perdidas, destruídas e o proprietário não recebe qualquer compensação. Todos os casos de notas destruídas que chegam ao Banco de Portugal são declarados à Justiça para prevenir eventuais crimes.

Quando foi a crise bancária de 2008 e houve receio do colapso dos bancos e de perda de poupanças, muitas pessoas levantaram dinheiro e guardaram em casa. Uns anos depois, foram buscar as notas guardadas e perceberam que estavam destruídas. Em 2022, na ilha de São Jorge (Açores), o receio de que a erupção vulcânica destruísse as habitações levou a que muitas pessoas fossem buscar dinheiro guardado em casa para depositarem no banco. Então, perceberam o estado das notas e muitas recorreram ao Banco de Portugal para as valorizar.

Também são valorizadas notas tintadas, por exemplo, por disparos acidentais nas caixas automáticas de distribuição de notas (vulgo multibanco) ou nas malas de transporte de dinheiro. As moedas, apesar de serem muito mais resistentes, também são valorizadas. Também é preciso atestar a sua genuinidade e se o dano não foi intencional.

Ainda segundo o Relatório de Emissão Monetária, em 2024, o Banco de Portugal controlou a genuinidade e a qualidade de 405 milhões de notas e de 90 milhões de moedas, identificando 104 milhões de notas e 485 mil moedas impróprias para circular. O Banco de Portugal produziu, em 2024, 165,5 milhões de notas de 20 euros através da sua empresa Valora.

Quanto à emissão líquida de notas em Portugal (a diferença entre todas as notas saídas e todas as notas entradas), no final de 2024, atingiu o valor negativo de 28,8 mil milhões de euros, acima do valor negativo de 2023. Em 2024, saíram do Banco de Portugal 5.649 milhões de euros em notas e entraram 9.740 milhões de euros.

O banco central justifica a emissão líquida negativa de notas com a alteração das regras das operações de tesouraria do Banco de Portugal, pois “favoreceu a troca de notas entre instituições de crédito e empresas de transportes de valores”. Ainda assim, acrescenta, o impacto desta medida no volume de notas entradas foi atenuado pelo crescimento do turismo, que leva à acumulação de notas no banco central.

Já a emissão líquida de moedas voltou a crescer em 2024. Saíram do banco central 66,5 milhões de euros em moedas e entraram 38,9 milhões.

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Sistema Andante fica disponível na Linha do Vouga a partir de 1 de maio

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

A introdução do Andante nos concelhos da Linha do Vouga que fazem parte da Área Metropolitana do Porto põe fim a uma discriminação entre cidadãos no acesso aos transportes dentro da área geográfica.

O sistema de bilhética Andante vai ficar disponível na Linha do Vouga, entre Espinho-Vouga e Pinheiro da Bemposta (Oliveira de Azeméis), a partir de 1 de maio, anunciaram a Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) e a CP.

De acordo com um comunicado no site do Andante, sistema gerido pela TMP, “a partir de 1 de maio, a integração da Linha do Vouga no Andante vai permitir viagens mais simples e económicas reduzindo a dependência do transporte individual e assegurando o acesso a outros modos de transporte com o mesmo bilhete”.

No comunicado, é referido que “nas estações CP inseridas na Linha do Vouga não haverá máquinas de venda automática nem validadores, pelo que a validação de títulos de transporte Andante, para quem entra nestas estações, é feita a bordo pelos revisores”. Já a CP refere que “a partir de dia 01 de maio de 2025 já pode utilizar os títulos Andante na Linha do Vouga entre as estações de Espinho (Vouga) e Pinheiro da Bemposta (Oliveira de Azeméis)”, incluindo bilhetes ocasionais ou passes.

Entre Oliveira de Azeméis e Pinheiro da Bemposta (e, já fora da AMP, até Sernada do Vouga) o serviço é efetuado atualmente por táxi, estando o troço sem serviço comercial desde 2013 e atualmente em obras, com vista à reposição da circulação integral em toda a Linha do Vouga, entre Espinho e Aveiro.

A introdução do Andante nos concelhos da Linha do Vouga que fazem parte da Área Metropolitana do Porto (AMP) (Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis) põe fim a uma discriminação entre cidadãos no acesso aos transportes dentro desta área geográfica.

A ausência do Andante na Linha do Vouga impedia, por exemplo, os passageiros frequentes de utilizarem o passe Andante metropolitano no comboio, com o respetivo acréscimo de custos (60 euros de dois passes em vez de 40 do passe único), para chegarem ao Porto, criando uma situação de tratamento desigual face aos restantes utilizadores de transportes públicos dentro da AMP.

O percurso abrange as paragens de Espinho-Vouga, Silvalde-Vouga, Monte de Paramos, Lapa, Sampaio-Oleiros, Paços de Brandão, Rio Meão, São João de Ver, Cavaco, Sanfins, Vila da Feira, Escapães, Arrifana, São João da Madeira, Faria, Couto de Cucujães, Santiago de Riba-Ul, Oliveira de Azeméis, Ul, Travanca, Figueiredo e Pinheiro da Bemposta.

A TMP recorda que, “para além da rede Unir que opera nestes territórios e assegura ligação a diversas estações, a CP é o operador de referência para o percurso entre Oliveira de Azeméis e Espinho”.

O trajeto entre Oliveira de Azeméis e Espinho é feito durante mais de uma hora e a estação de Espinho-Vouga fica a cerca de 500 metros da estação de Espinho da Linha do Norte, servida pelos urbanos da CP com ligações ao Porto e a Aveiro, bem como aos comboios de longo curso.

A inserção do Andante na Linha do Vouga é apontada pelo menos desde 2012. Ao longo dos últimos dois anos, a Lusa vinha questionando quer a AMP quer a CP quer os Transportes Intermodais do Porto (antigos gestores do sistema Andante) sobre o tema, mas as entidades ainda não tinham conseguido chegar a uma solução para a implementação do sistema.

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Paez desafia alunos de Belas-Artes a criar padrões para a sua coleção de verão

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  • 22 Abril 2025

Os dois alunos vencedores recebem um prémio monetário de 750 euros e 4% de royalties das vendas (sem IVA) das suas criações.

A Paez uniu-se à Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (FBAL), lançando um desafio dirigido a todos os estudantes da instituição: criar dois padrões para a coleção de verão, passando a fazer parte da comunidade de colaborações e cocriação da marca de calçado.

As propostas, individuais, de padrão de nome conceptual podem ser apresentadas até ao dia 4 de maio. Um júri composto por membros da Paez e FBAL fará uma seleção das 10 melhores criações até ao dia 6 de maio, anunciando, no dia 12 de maio, os dois vencedores que poderão ver as suas Paez de assinatura nas lojas e rede da marca.

Os dois alunos vencedores recebem um prémio monetário de 750 euros e 4% de royalties das vendas (sem IVA) das suas criações. A iniciativa, que arranca assim numa segunda edição, representa “o compromisso da Paez com a criatividade, a inovação e o talento emergente“, refere a marca em nota de imprensa.

“Mais do que um concurso, esta parceria representa o nosso compromisso em apoiar os talentos emergentes que moldam a cultura portuguesa do futuro. Num momento em que é essencial valorizar a criatividade e a juventude e abrir espaço para novas formas de expressão, acreditamos que iniciativas como esta reforçam não só a nossa ligação à arte, mas também a nossa capacidade de nos mantermos atentos às necessidades dos nossos stakeholders e às tendências que definem o presente e o futuro. Queremos continuar a inspirar e a ser inspirados por uma nova geração de artistas”, diz Luís Gaivão, diretor de marketing e comunicação da Paez, citado em comunicado.

Já António de Sousa Dias, presidente da FBAUL, refere que esta colaboração “constitui uma oportunidade estimulante para os estudantes explorarem o design como prática artística situada num contexto real“.

“Através deste desafio, é-lhes dada a possibilidade de desenvolver propostas autorais com impacto público, em diálogo com uma marca de referência. A forte adesão à edição anterior revelou a qualidade do trabalho produzido na Faculdade e a vitalidade da sua comunidade estudantil. Acreditamos que esta nova edição voltará a afirmar a diversidade e o rigor que distinguem a criação artística desenvolvida entre nós. Parcerias como esta reforçam a missão da Faculdade, promovendo experiências formativas relevantes e aproximando a prática artística dos circuitos da indústria criativa“, acrescenta.

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Duas aldeias evacuadas a cerca de 70km de Moscovo após explosão

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

As causas da explosão ainda não são conhecidas. Mas as duas aldeias estão a ser evacuadas.

As autoridades russas ordenaram esta terça-feira a evacuação de duas aldeias a cerca de 70 quilómetros a nordeste de Moscovo, devido a uma forte explosão, cujas causas ainda não são conhecidas.

Todos os habitantes de Barsovo estão a ser retirados para as escolas n.º 6 e n.º 7 da aldeia de Krasny Oktiabr, no distrito de Kirzhach”, disseram as autoridades locais, segundo a agência oficial de notícias TASS, que também anunciou a retirada dos habitantes de Mirnoe.

O governador da região de Vladimir, Alexandr Avdeyev, escreveu na plataforma Telegram que “os serviços responsáveis estão a trabalhar no local” e remeteu para mais tarde pormenores sobre o que aconteceu.

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Espanhola Adapta Capital compra posição maioritária na portuguesa Irmarfer

Empresa de Freamunde, especializada em palcos e tendas para eventos como a F1 e fatura 25 milhões ao ano, recebeu um investimento da private equity madrilena.

O grupo de Paços de Ferreira que constrói palcos e tendas para eventos como o Rock in Rio e a Fórmula 1 tem um novo acionista maioritário, a sociedade de private equity espanhola Adapta Capital. Os investidores da firma com sede em Madrid compraram uma participação superior a 50% na Irmarfer, especializada em engenharia, fabrico e instalação de estruturas temporárias.

O objetivo da Adapta Capital é consolidar a posição de liderança da Irmarfer em Espanha – um dos seus principais mercados – e acelerar o crescimento internacional, onde se tem destacado em feiras e exposições empresariais, no entretenimento e também na construção de hangares e armazéns temporários para o setor automóvel.

Tal como aconteceu aquando da entrada da Crest Capital Partners na estrutura acionista da Irmarfer, a gestão mantém-se nas mãos do atual líder da empresa, Afonso Barros. “Com o apoio da Adapta Capital, o nosso principal objetivo este ano é avançar na internacionalização do grupo Irmarfer, reforçando sobretudo a nossa presença no mercado espanhol”, afirmou o CEO, em comunicado enviado ao ECO.

“Ao mesmo tempo, começaremos a comercializar os nossos produtos em novos países para escalar o nosso crescimento”, explicou, adiantando que a empresa vai utilizar esta nova capacidade de investimento para fazer aquisições, desenvolver mais produtos nesta indústria das estruturas e procurar outras geografias para trabalhar, além dos atuais 15 países, entre os quais Estados Unidos, Austrália, África do Sul ou Arábia Saudita.

“A incorporação da Adapta Capital como parceira permitirá ao grupo Irmarfer expandir a sua oferta de produtos, impulsionar o seu crescimento através da aquisição de outras empresas concorrentes e explorar novas oportunidades noutros mercados internacionais”, lê-se na mesma nota.

A transação foi assessorada pela sociedade de advogados Pérez-Llorca e a consultora EY do lado do comprador, enquanto a CMS apoiou os vendedores – o fundo português Crest e a família fundadora – e a Morais Leitão esteve ao lado das instituições financeiras.

Empresa de Freamunde emprega 250 pessoas

Sediada na cidade nortenha de Freamunde, em Paços de Ferreira, desde 1998, a Irmarfer foi criada – como o próprio nome indica – por cinco irmãos de apelido Ferreira e tem uma faturação anual de cerca de 25 milhões de euros.

Atualmente, emprega 250 trabalhadores, exporta aproximadamente metade da sua produção e tem palcos, tendas e/ou outras estruturas temporárias em eventos internacionais como F1, Jogos Olímpicos, Rock in Rio, Louis Vuitton America’s Cup, Starlite, Copa Davis, Super Bowl e Liga dos Campeões.

A Irmarfer reconhece que o ponto de inflexão na empresa foi a instalação da maioria das infraestruturas necessárias para a organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

A Adapta Capital investe em empresas na Península Ibérica e tem no portefólio os centros de estética Elha Laser Center e a fabricante de portas Proma.

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Sabseg lança ferramenta digital que calcula pegada de carbono individual

  • ECO Seguros
  • 22 Abril 2025

Após preencher o questionário, o utilizador recebe um diagnóstico detalhado da sua pegada ecológica, uma comparação com a média nacional e global, e sugestões práticas para reduzir o seu impacto.

A Sabseg anunciou esta terça-feira o lançamento de uma ferramenta digital gratuita que permite calcular a pegada de carbono individual. A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Get2C.

Rui Romeiro, Diretor Geral de Marketing e Comunicação da SABSEG: “Ao disponibilizarmos esta ferramenta de utilização muito intuitiva, estamos a dar o nosso contributo para incentivar uma reflexão coletiva sobre as nossas decisões quotidianas e o seu impacto a longo prazo”

Segundo o comunicado da corretora, a iniciativa “reforça o compromisso estratégico da Sabseg em contribuir para um futuro mais sustentável e consciente” em linha com o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, especialmente com o ODS 13 – Ação Climática, demonstrando o seu papel ativo e responsável na promoção da sustentabilidade e proteção ambiental.

A nova ferramenta, disponível no site da corretora, proporciona uma “experiência interativa e pedagógica” através de um questionário que abrange quatro áreas, nomeadamente, transportes, alimentação, energia e resíduos. Após o preenchimento do questionário, os utilizadores recebem um diagnóstico detalhado da sua pegada ecológica, uma comparação com a média nacional e global, e sugestões práticas para reduzir o seu impacto.

“No nosso papel, enquanto corretor de seguros líder em Portugal, temos a responsabilidade de antecipar riscos, protegendo pessoas e organizações. Hoje, um dos riscos mais críticos é o ambiental. Com esta ferramenta, damos um passo claro e concreto no sentido de mobilizar cidadãos e empresas para práticas mais responsáveis, contribuindo para a prevenção e redução dos riscos ambientais que já enfrentamos” afirma Carlos Martins, chief operating officer da Sabseg.

A plataforma está disponível em duas versões: uma para os particulares e outra para as empresas de forma a “responder às necessidades de diferentes públicos”.

A versão para os particulares permite ao público em geral calcular a sua pegada ecológica “e receber recomendações práticas e personalizadas sobre como reduzir o seu impacto ambiental”.

Já a outra versão é destinada ao tecido empresarial e “pode servir como referência para ações internas e externas de sustentabilidade, programas ESG e campanhas de sensibilização ambiental corporativa. Desta forma, as organizações podem incentivar os seus colaboradores e parceiros a adotarem, no seu dia a dia, práticas mais sustentáveis e conscientes”, lê-se no comunicado.

“Mais do que proteger bens e património, a nossa visão passa por criar valor partilhado e sustentável. Ao disponibilizarmos esta ferramenta de utilização muito intuitiva, estamos a dar o nosso contributo para incentivar uma reflexão coletiva sobre as nossas decisões quotidianas e o seu impacto a longo prazo” sublinha Rui Romeiro, diretor-geral de marketing e comunicação da SABSEG.

A corretora tem vindo a investir em ferramentas digitais que podem ser utilizadas pelo público disponíveis no site. Este ano lançou uma ferramenta que identifica os principais riscos que as empresas enfrentam e, antes, um novo assistente virtual .

A Sabseg é uma das maiores corretoras de seguros a nível nacional com um volume de negócios superior a 42 milhões de euros em 2023, valor 15% superior ao registado no ano anterior.

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“Mais do que tarifas de Trump”, metalúrgicas estão preocupadas com resposta da União Europeia

Representantes dos setores da metalurgia, tecnologia e vestuário demonstraram esta terça-feira a sua preocupação com a guerra comercial e defenderam uma redução da carga fiscal sobre as empresas.

Empresários representantes dos setores da metalurgia, tecnologia (centros de dados) e vestuário demonstraram esta terça-feira a sua preocupação com a guerra comercial e defenderam uma redução dos custos do trabalho e da carga fiscal sobre as empresas para estimular o investimento e a produtividade.

O vice-presidente executivo da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal mostrou-se especialmente temeroso em relação à resposta da União Europeia (UE) à subida das taxas alfandegárias dos Estados Unidos (UE) às importações. “Mais do que preocupados com as tarifas de Trump, estamos preocupados com as tarifas da UE”, referiu Rafael Campos Pereira, numa intervenção durante a 8.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO no CCB – Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

A declaração surge num momento em que decorre a suspensão de 90 dias das tarifas retaliatórias aos produtos dos Estados Unidos por parte de Bruxelas, após a Casa Branca ter anunciado uma pausa temporária nas tarifas. Para o dirigente da AIMMAP, as tarifas anunciadas por Donald Trump são uma “grande preocupação”, mas também a concorrência que virá da China, que “vai precisar de fazer escoar os seus produtos e inundar a Europa”.

Rafael Campos Pereira, Vice-Presidente Executivo da AIMMAP, na conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

Rafael Campos Pereira considera que a atenção também deve estar virada para a segunda maior economia do mundo, até porque “a Europa está muito preocupada com impor tarifas à importação de matérias-primas, mas ao mesmo tempo não há tarifas aos produtos transformados”. “Ou seja, não protege os transformadores de aço e alumínio”, explicou o também vice-presidente do Conselho Geral da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e conselheiro do CES – Conselho Económico e Social, numa referência aos setores do automóvel, ferrovia e aeronáutica.

Por sua vez, o presidente da Anivec – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção e CEO da Calvelex admitiu que as empresas do setor têxtil estão “muito apreensivas” com esta política protecionista da administração Trump e espera que a UE consiga negociar com a contraparte norte-americana no sentido de obter um desfecho positivo.

César Araújo, Presidente da Anivec, na conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

“Já tínhamos taxas aduaneiras de 17%. Agora com tarifas [recíprocas] de 10%, temos 27%. O cliente não consegue refletir as tarifas no consumidor final. E, se forem à falência, deixamos de ter encomendas”, lamentou César Araújo. Na sua opinião, Bruxelas não deve entrar já em retaliação. Porém, “se em 90 dias os EUA insistirem nisso, não nos devemos pôr de joelhos”. Face à avalanche de produtos têxteis chineses que se antecipa, a UE tem de estar atenta “e regular as entradas para não colapsar a economia europeia”, defendeu o presidente da Anivec.

O presidente da Portugal DC – Associação Portuguesa de Centro de Dados revelou que está a encetar esforços para reverter a decisão dos Estados Unidos de colocarem Portugal entre os países com restrições aos chips norte-americanos.

“Estamos a tentar reverter esta classificação de Portugal como país Tier 2. Já estivemos em reuniões com o Ministério da Economia e em breve teremos com a embaixada dos Estados Unidos. Há países que passaram a situação on hold“, disse Luís Pedro Duarte.

“Já tinha sido anunciado pelos EUA, antes das tarifas, a classificação do mundo em três Tiers sobre quem tem acesso ao fabricante norte-americano de chips Nvidia. Portugal foi dos poucos países da Europa com a classificação 2. Tem efeitos nefastos para o investimento“, explicou o especialista em data centers.

Luís Pedro Duarte, Portugal DC, na conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

Luís Pedro Duarte esclareceu que, enquanto Portugal não sair “desta zona cinzenta, ficará “para trás”, o que é prejudicial, até porque existem recursos nacionais de valor para este setor, nomeadamente a localização estratégica através dos cabos submarinos, que ligam o país a todos os continentes.

“Não é por ter fundos americanos que deixam de ser travados por esta restrição”, alertou o líder da Portugal DC, numa referência indireta à Start Campus, que tem em mãos um investimento de milhares de milhões em Sines com capital da Davidson Kempner.

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