Covilhã vai ter parque comercial com 15 lojas e um hotel

  • Lusa
  • 14:39

Além de um hotel de três estrelas, o empreendimento terá marcas como a Fnac, Primark, Mercadona, KFC, Fábrica dos Óculos, Jysk e um centro de lavagem automóvel.

A Câmara da Covilhã aprovou esta quinta-feira três projetos de Interesse Municipal (PIM) no concelho, um deles um Parque Comercial na zona baixa da cidade, para o qual está prevista a instalação de um hotel e 15 lojas.

A decisão tomada na sessão pública do executivo camarário foi unânime e em causa está a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

O presidente do município, Vítor Pereira, adiantou que, de acordo com o que lhe foi transmitido pelos promotores, o empreendimento terá marcas como a FNAC, Primark, Mercadona, KFC, Fábrica dos Óculos, Jysk, a Leroy Merlin ou uma oficina de automóveis e um centro de lavagem automóvel, além de um hotel de três estrelas.

Para a mesma zona, na Alameda Pêro da Covilhã, existe o projeto de construção de um hotel Epic Sana, embora este esteja “numa fase anterior”, segundo o autarca.

A empresa proprietária do terreno, a Forumlar, já começou a movimentação de terras, mas os investidores são um consórcio de duas empresas portuguesas: a Páginas & Sátiras, detentora de 30%, e a Páginas Meticulosas, com 70% do capital.

O presidente da Câmara da Covilhã disse que “os prazos de execução ainda não estão em cima da mesa” e não adiantou o valor global do investimento, que o vice-presidente, Serra dos Reis, com o pelouro do Urbanismo, revelou em novembro rondar os 20 milhões de euros.

Segundo Vítor Pereira, o empreendimento criará, “no mínimo, centenas de postos de trabalho”.

Na mesma reunião foram também aprovados, por unanimidade, dois projetos PIM e os respetivos benefícios fiscais.

A Windmill Village contempla a criação de alojamento, para fins turísticos, em forma de moinhos.

O outro PIM é do investidor HolidayOnJ, empresa com várias áreas de negócio.

São investimentos que vêm robustecer a nossa economia local, vêm criar mais empresas, mais emprego.

Vítor Pereira

Presidente da Câmara da Covilhã

“São investimentos que vêm robustecer a nossa economia local, vêm criar mais empresas, mais emprego“, sustentou o presidente da Câmara da Covilhã, no distrito de Castelo Branco.

O autarca acrescentou que estas são “iniciativas que vêm confirmar a grande atratividade do concelho do ponto de vista da forma como os privados veem na Covilhã grandes oportunidades de negócio”.

“Sendo nós uma cidade desenvolvida, com características cosmopolitas e em franco desenvolvimento, reconhecem isso e é por isso que investem connosco”, concluiu Vítor Pereira.

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Uma Aliança pela Saúde Mental

  • BRANDS' TRABALHO
  • 14:00

Em Portugal, existe um conjunto de líderes com uma enorme vontade de melhorar a saúde mental dos seus colaboradores. Temos as portas abertas para que outros se juntem a nós, na MindAlliance Portugal.

Em 2023, a Ordem dos Psicólogos Portugueses disponibilizou um novo relatório no qual estimou que os custos do stress e dos problemas de Saúde Psicológica no Trabalho para as empresas, em Portugal, subiram mais de 60% nos últimos dois anos, para 5,3 mil milhões. Este é um problema sério na nossa sociedade, que tem de ser abordado.

A MindAlliance Portugal é uma organização sem fins lucrativos, inteiramente dedicada à Saúde Mental no Local de Trabalho, que se estabeleceu em Portugal em Novembro de 2022, procurando colocar este tema especialmente sensível na agenda pública nacional.

Neste momento, a nossa aliança conta já com o envolvimento de 13 administradores e diretores executivos de diversos setores da economia, que decidiram colocar a Saúde Mental dos colaboradores entre as prioridades estratégicas das empresas que dirigem.

É um orgulho poder contar com líderes como Emanuel Agostinho (Managing Director da Accenture Portugal), Gonçalo Quadros (Fundador e Chairman da Critical Software), Gustavo Barreto (Chief Commercial Officer da Ageas), João Bento (CEO dos CTT), João Vieira de Almeida (CEO da VdA), Luísa Soares da Silva (Chief Legal and Compliance Officer do Novobanco), Maria João Sales Luís (CEO da Multicare), Miguel Abecassis (Administrador da Fidelidade), Omar Guerra (CEO BAI Europa), Pedro Castro e Almeida (CEO do Santander Portugal e Europa), Rui Camacho Palma (Sócio Linklaters), Renata Eckman (HR Director Western & South Europe e Board Member da AstraZeneca) e Vitor Cunha (CEO da JLM&A).

A MindAlliance Portugal integra a comunidade MindForward Alliance, organização internacional não-governamental e sem fins lucrativos, atualmente com presença no Reino Unido, Hong Kong, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Portugal, Estados Unidos – e em processo de estabelecimento nos Emirados Árabes Unidos. Esta organização conta com mais de 13 anos de experiência no apoio às maiores empresas do mundo no desenvolvimento de condições que melhorem a forma como é encarada a saúde mental dos seus colaboradores. Destaco, em particular, o papel preponderante que teve no lançamento da agenda da saúde mental no Lloyds, o António Horta Osório – e no HSBC (Hongkong and Shanghai Banking Corporation), o John Flint, CEO do Grupo na altura.

Trata-se de uma verdadeira aliança constituída, não só por líderes de setores de diversas atividades, como por especialistas de saúde mental e de outras organizações que partilham a mesma visão de criar e manter um ambiente de saúde mental positivo no local de trabalho, dando assim o exemplo para que mais pessoas e empresas se possam juntar a nós.

Deixo ainda três exemplos de iniciativas que demonstram o poder de influência e o impacto da MindFoward Alliance. Em primeiro lugar, o papel que assumiu ao colocar este tema em discussão pela primeira vez em Davos 2019, no Fórum Económico Mundial. Depois, a parceria com o Oxford University, no lançamento do maior estudo sobre o impacto do bem-estar nos locais de trabalho. Finalmente, a parceria com o McKinsey Health Institute, no desenho de indicadores de saúde mental a integrar o reporting da componente ‘S’ do ESG.

Raquel Sampaio Diretora Executiva da MindAlliance Portugal

Fui desafiada a assumir a função de Diretora Executiva da MindAlliance Portugal, no final do ano passado, para desenvolver os projetos em mãos, dar notoriedade ao trabalho desenvolvido e criar mais consciencialização à volta da temática da saúde mental no local de trabalho. Acreditamos no trabalho em rede e na criação de um verdadeiro ecossistema na área. Neste momento, encontramo-nos a desenvolver projetos com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, o McKinsey Health Institute, a NOVA SBE e a Business Roundtable Portugal – tudo com o apoio incansável e empenho dos nossos membros.

Mais ainda, como acredito em Portugal ligado ao mundo, tenho a certeza de que esta organização nos permite, como país e como aliança de empresas portuguesas, estar em conexão com uma forte rede internacional, para que possamos partilhar, aprender e crescer através da promoção da saúde mental no local de trabalho.

Para as empresas em Portugal, e para a comunidade que as rodeia, a proposta de valor e os fatores diferenciadores são evidentes. Por um lado, podem fazer parte de uma aliança, liderada por executivos e apoiada por especialistas em saúde mental, com o acesso a uma rede internacional de empresas, especialistas em saúde mental e organismos europeus e globais. Contamos ainda com mais de uma década de experiência acumulada nesta área e com o conhecimento adquirido do que funciona e do que não funciona nestas matérias. Acedemos aos mais diversos estudos e ferramentas, tanto da própria MindForward Alliance, como dos parceiros – por exemplo, da McKinsey Health Institute ou da Oxford University – para avaliar o bem-estar dos colaboradores e direcionar o investimento das empresas nestas áreas. Finalmente, participamos numa plataforma internacional de partilha, entre líderes de topo, de diversos setores da economia.

Estamos a prosseguir a missão da MindForward Alliance em Portugal. Pretendemos alargar a comunidade, multidisciplinar e complementar, num reforço contínuo para que as empresas assumam cada vez mais o seu papel preponderante na promoção da saúde mental dos colaboradores, compreendendo a importância que tem na sustentabilidade das empresas – e na produtividade e competitividade da nossa economia.

Sei bem que o caminho que temos pela frente ainda é longo e difícil. Mas também sei que existe em Portugal um conjunto de líderes mais do que disponíveis, com uma vontade enorme de melhorar a saúde mental dos colaboradores das empresas que lideram. Temos as portas abertas para que outros se juntem a nós, na MindAlliance.

Vamos a isso, pela Saúde Mental de todos.

Raquel Sampaio Diretora Executiva da MindAlliance Portugal

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Prazo do concurso do TGV adiado para julho. Preço mantém-se

Infraestruturas de Portugal justifica adiamento do concurso da alta velocidade em cerca de três semanas com "motivos técnicos". Concorrentes consideram valor a pagar baixo.

A Infraestruturas de Portugal adiou em quase três semanas o prazo para a entrega de candidaturas para a construção e manutenção do primeiro troço da linha de alta velocidade entre Porto e Lisboa, “por motivos técnicos”. Ao que o ECO apurou junto de duas fontes que acompanham o processo, a empresa pública não pretende alterar outras condições do concurso, nomeadamente o preço, um valor máximo de adjudicação de 2,14 mil milhões de euros, apesar de ser considerado baixo por consórcios empresariais que estão a avaliar se concorrem.

A alteração do prazo foi comunicada na plataforma dos concursos públicos. Em vez de 13 de junho, a data limite passou para 2 de julho. Contactada, fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP) afirmou apenas que a alteração ocorreu por “motivos técnicos” e “não introduz um desvio em relação ao planeado”.

A TVI noticiou no último fim de semana a existência de um atraso, a pedido dos concorrentes, que consideram o preço demasiado baixo face às exigências da obra. A espanhola FCC, que liderava um dos consórcios, desistiu mesmo do processo, segundo o canal de televisão. E uma fonte de outro consórcio disse ao ECO que, perante o valor inscrito no caderno de encargos, não se surpreenderia se o concurso ficasse deserto.

Estas notícias surgem numa altura em que o país está a entrar num ciclo intenso de obras públicas. Além da linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto e entre o Porto e Vigo, e vários investimentos a decorrer um pouco por todo o país na ferrovia, o novo Governo anunciou esta semana que pretende avançar com a linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid, a construção da Terceira Travessia do Tejo e o novo aeroporto em Alcochete.

Ao que o ECO apurou junto de fontes conhecedoras do processo, além do prazo, não está prevista qualquer outra alteração às condições do concurso, nomeadamente do preço. A empresa pública responsável pela gestão da rede rodoviária e ferroviária está até já a avançar com o segundo concurso, tendo publicado há cerca de um mês as peças técnicas no Jornal Oficial da União Europeia. O lançamento está previsto para 15 de julho.

Certo é que o número de consórcios interessados encolheu, primeiro devido a fusões entre concorrentes, e agora com a saída da FCC. Chegaram a ser noticiados cinco, agora serão dois ou três, um deles liderado pela Mota-Engil, que integra outras cinco empresas: Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril.

O primeiro-ministro, António Costa, discursa durante a cerimónia do lançamento do concurso para a construção do 1.º troço da Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa.RODRIGO ANTUNES/LUSA

Foi ainda com o anterior primeiro-ministro, a 12 de janeiro, que foi lançado o concurso para a construção e manutenção do primeiro troço da linha de alta velocidade, que ligará o Porto a Oiã (Aveiro), num total de 71 km. É considerado o mais complexo do traçado, já que inclui 12 km em túnel e 19 km em pontes, e tem um valor máximo de adjudicação de 2,14 mil milhões de euros, dos quais 480 milhões financiados através de fundos comunitários do mecanismo Interligar a Europa. A Infraestruturas de Portugal recorreu ainda a um financiamento do Banco Europeu de Investimento.

O concurso prevê a concessão por 30 anos, em duas fases, sem possibilidade de renovação. Uma primeira de cinco anos para a “conceção, projeto, construção e financiamento da infraestrutura”. Seguem-se 25 anos para a manutenção e disponibilização dos ativos. É usado o modelo de Parceria Público-Privada (PPP), com o vencedor do concurso a receber em função da disponibilidade de circulação na linha.

O segundo concurso da Alta Velocidade, que completa a primeira fase do projeto, ligará Oiã a Soure (Coimbra).

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Bruxelas investiga Meta por falta de proteção de menores no Facebook e Instagram

  • Lusa
  • 13:46

A Comissão Europeia mostra-se preocupada com alegados estímulos à dependência comportamental das crianças e à criação de "rabbit-hole", que pode conduzir ao isolamento e à violência.

A Comissão Europeia anunciou esta quinta-feira ter avançado com um procedimento formal contra a Meta por estar “preocupada” com alegadas violações das regras na proteção de menores no Facebook e Instagram pelos estímulos à dependência comportamental.

Em comunicado, o executivo comunitário indica ter dado “início a um processo formal para avaliar se a tecnológica norte-americana, dona do Facebook e Instagram, poderá ter violado a Lei dos Serviços Digitais em áreas relacionadas com a proteção de menores”.

A Comissão está preocupada com o facto de os sistemas do Facebook e do Instagram, incluindo os seus algoritmos, poderem estimular vícios comportamentais nas crianças, bem como criar os chamados efeitos de rabbit-hole. Além disso, a Comissão está igualmente preocupada com os métodos de verificação e de controlo da idade implementados pelo Meta”, acrescenta a instituição na nota.

Estes efeitos de “rabbit-hole” traduzem-se em situações de dependência (neste caso, Bruxelas entende que isso pode acontecer na utilização pelos menores do Facebook ou do Instagram), que podem conduzir ao isolamento e à violência.

Citada na nota, a vice-presidente executiva da Comissão Europeia para uma Europa Preparada para a Era Digital e responsável pela pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, dá conta da “preocupação com o facto de o Facebook e o Instagram poderem estimular a dependência comportamental e de os métodos de verificação da idade que a Meta implementou nos seus serviços não serem adequados“.

Por isso, “iremos agora proceder a uma investigação aprofundada” para “proteger a saúde mental e física dos jovens“, adianta Margrethe Vestager.

Por seu lado, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, assinala que a Meta “não tem feito o suficiente para cumprir as obrigações impostas pela Lei dos Serviços Digitais para atenuar os riscos de efeitos negativos para a saúde física e mental dos jovens europeus nas suas plataformas Facebook e Instagram“.

A abertura do processo formal à Meta surge após uma análise a relatórios de avaliação de riscos.

Bruxelas vai agora avançar com uma investigação aprofundada com caráter prioritário e recolher elementos de prova.

No final de abril, a Comissão Europeia já tinha avançado com um processo formal contra a Meta, em relação ao Facebook e ao Instagram, sobre publicidade enganosa, conteúdos políticos, mecanismos de notificação e ação, acesso aos dados por parte dos investigadores, bem como sobre a indisponibilidade de um instrumento eficaz de monitorização do discurso cívico e das eleições antes do sufrágio para o Parlamento Europeu.

A UE tornou-se, desde final de agosto passado e após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais como Facebook e Instagram, que passam a estar obrigadas a remover conteúdos ilegais.

As empresas que não cumprem esta nova legislação podem ter coimas proporcionais à sua dimensão, sendo que as companhias de maior dimensão podem ser sancionadas até 6% do seu volume de negócios global.

São alvo destas regras plataformas em linha de muito grande dimensão, com 45 milhões de utilizadores ativos mensais, entre as quais o Facebook e o Instagram.

A Lei dos Serviços Digitais foi criada para proteger os direitos fundamentais dos utilizadores online e tornou-se numa legislação inédita para o espaço digital que responsabiliza plataformas por conteúdos ilegais e prejudiciais, nomeadamente desinformação.

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Mais de meio milhão de pessoas acompanharam o segundo debate para as europeias

  • + M
  • 13:37

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu para o +M, o confronto entre Catarina Martins, Pedro Fidalgo Marques, Tânger Correia e Francisco Paupério foi acompanhado em média por 528.514 pessoas.

O debate que juntou na noite de quarta-feira os cabeças-de-lista do BE, do PAN, do Chega e do Livre foi acompanhado por 505,4 mil pessoas na RTP1 e por 23,1 mil telespectadores na RTP3.

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, o confronto entre Catarina Martins, Pedro Fidalgo Marques, Tânger Correia e Francisco Paupério foi acompanhado em média por 528.514 pessoas, na soma dos dois canais.

CDU, BE, IL e Livre encontram-se agora a 17 de maio (TVI). CDU, PAN, Chega e IL a 20 de maio (SIC); PS, AD, Chega e CDU a 21 de maio (RTP); e PS, AD, BE e PAN a 24 de maio (TVI). O PS e a AD, como mostra o calendário, surgem junto em todos os debates.

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Supremo rejeita pedido de Sócrates para afastar juízas da Relação

  • Lusa
  • 13:29

O Supremo Tribunal de Justiça recusou o pedido de Sócrates para afastamento de duas das juízas do Tribunal da Relação de Lisboa que decidiram levar o arguido a julgamento por corrupção.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) recusou o pedido de José Sócrates para afastamento de duas das juízas do Tribunal da Relação de Lisboa que decidiram levar o antigo primeiro-ministro a julgamento por corrupção no processo “Operação Marquês”.

Segundo a plataforma eletrónica dos tribunais, Citius, o incidente de recusa suscitado pela defesa de José Sócrates foi rejeitado na quarta-feira pelos juízes conselheiros Jorge Gonçalves, Albertina Pereira e Vasques Osório.

O pedido de afastamento das juízas desembargadoras Raquel Lima e Madalena Caldeira apresentado pela defesa de Sócrates fundamentou-se no facto de aquelas duas magistradas já não integrarem o quadro do Tribunal da Relação de Lisboa no momento em que proferiram a decisão favorável ao recurso do Ministério Público (MP), enviando o antigo primeiro-ministro a julgamento por corrupção e outros crimes que não tinham sido validados em 2021 pelo juiz de instrução criminal Ivo Rosa.

Raquel Lima e Madalena Caldeira já estavam colocadas na Relação do Porto e na Relação de Guimarães, respetivamente, quando o acórdão desfavorável a Sócrates foi proferido, mas estavam em exclusividade neste recurso da Operação Marquês por determinação do Conselho Superior da Magistratura (CSM).

A informação da recusa do STJ foi avançada pela SIC, que adianta que a defesa de Sócrates, a cargo do advogado Pedro Delille, tenciona recorrer para o Tribunal Constitucional.

Em janeiro, as juízas da Relação de Lisboa decidiram que o ex-primeiro-ministro José Sócrates vai a julgamento por corrupção passiva no processo Operação Marquês, recuperando quase na íntegra a acusação do MP.

Segundo o acórdão da Relação, Sócrates, chefe do governo entre 2005 e 2011, vai responder em julgamento por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal qualificada, entre outros ilícitos.

No processo Operação Marquês, Sócrates foi acusado pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

A decisão das juízas da Relação recuperou quase na totalidade a acusação do MP na Operação Marquês e determinou a ida a julgamento de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

O coletivo de juízas decidiu ainda enviar para julgamento os administradores da Portugal Telecom (PT) Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o empresário Hélder Bataglia e o ex-administrador do empreendimento imobiliário de luxo Vale do Lobo Rui Horta e Costa.

Serão ainda julgados José Paulo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, o ex-diretor de Vale do Lobo Gaspar Ferreira, os funcionários das Infraestruturas de Portugal Luís Silva Marques e José Luís Ribeiro dos Santos, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, a ex-mulher do antigo primeiro-ministro, Sofia Fava, e o administrador de empresas Rui Mão de Ferro.

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Centeno garante que falou com Medina e Miranda Sarmento sobre prejuízos do Banco de Portugal

O governador do Banco de Portugal responde à "surpresa" do ministro das Finanças sobre os prejuízos de 2023, garantido que o informou desses números com antecedência, tal como fez com Medina.

Em resposta à “surpresa, espanto e preocupação” de Joaquim Miranda Sarmento sobre os resultados negativos do Banco de Portugal, Mário Centeno garante que informou o atual titular da pasta das Finanças sobre este tema, tal como já tinha falado com o antecessor, Fernando Medina.

“Obviamente que falei com o anterior e com o atual ministro das Finanças” sobre os prejuízos operacionais do Banco de Portugal registados em 2023, referiu o governador no seguimento da sua intervenção durante a apresentação do relatório anual do Conselho de Administração do banco central, esta quinta-feira

O Banco de Portugal fechou 2023 com prejuízos operacionais de 1.054 milhões de euros em 2023, como resultado de uma redução significativa na margem de juros e de um pior desempenho na repartição do rendimento monetário, justifica a entidade liderada por Mário Centeno no Relatório do Conselho de Administração, apresentado esta quinta-feira.

Para mitigar estes prejuízos, o Banco de Portugal explica no relatório que recorreu à “Provisão para Riscos Gerais”, cobrindo assim completamente este resultado, que se traduziu num saldo nulo desta rubrica. As provisões para riscos gerais foram assim reduzidas em 27% para 2.858 milhões de euros no final de 2023, após uma utilização de 1.054 milhões de euros para anular os resultados operacionais negativos.

O governador revela ainda que “as provisões que constituímos são suficientes para responder à estimativa que temos de resultados a este ciclo de política monetária”, explicando ainda que “esta estimativa não é pública porque depende de decisões tomadas pelos bancos centrais.

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Garantia pública do crédito à habitação “ainda não foi discutida com Banco de Portugal”, diz Centeno

O governador do Banco de Portugal revela que o Governo ainda não discutiu com o banco central a medida de garantia pública na concessão de crédito à habitação aos jovens.

Uma das 30 medidas do Governo do programa “Construir Portugal” passa por avançar com a disponibilização de uma garantia pública aos jovens até 35 anos para viabilizar o financiamento bancário através da concretização de um contrato de crédito à habitação.

De acordo com Mário Centeno, “ainda não houve qualquer contacto entre o Banco de Portugal o Governo nesta matéria”, referiu o governador durante a apresentação do relatório e contas de 2023, que confirmou o uso de provisões para anular perdas de 1.054 milhões de euros.

Mário Centeno destaca que o Banco de Portugal irá “acompanhar” o desenvolvimento desta medida, mas sublinha a importância das condições prorrogativas das medidas macroprudenciais da conceção de crédito pelos bancos serem garantidas.

“Tem uma questão complexa”, destaca Centeno sobre esta medida, explicando que as medidas macroprudencias e a necessidade de garantir que as condições em que o crédito é concedido existem em função das condições que os mutuários devem assegurar para satisfazer aquilo que é o serviço da dívida.

“Quando movemos o risco de um agente económico para outro agente económico, como através de garantias, temos de ter garantia de que o novo agente tem capacidade para garantir o risco”, refere o ex-ministro das Finanças, destacando que “as garantias públicas têm um processo muito complexo ao abrigo da nossa lei e por isso esse processo deve ser sempre cauteloso.”

Em entrevista ao ECO, Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, alertou que esta garantia aos jovens para crédito da casa não é “dinheiro a fundo perdido”. Sobre esta medida incluído pelo Executivo no novo pacote para a habitação, tem de ser dada apenas a quem tem condições para fazer face à dívida. Uma avaliação que deve ser feita pelos bancos, nota o gestor.

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Decisão sobre aeroporto provoca “aumento substancial” da procura de imóveis em Alcochete e Samora Correia

  • Lusa
  • 12:57

Empresas imobiliárias dos dois municípios de Setúbal antecipam aumento da procura de terrenos para construção de casas e de serviços para servirem o novo aeroporto.

O setor imobiliário registou “um aumento substancial” da procura de imóveis em Alcochete e Samora Correia poucas horas depois de o Governo ter anunciado a construção do novo aeroporto, segundo empresas imobiliárias nos concelhos de Alcochete e Benavente.

“Posso dizer que os nossos telefones ainda não pararam de tocar. Nós temos aqui clientes com terrenos a que nós tínhamos dado um determinado valor e eles já querem pôr o dobro [do preço] em cima deles“, disse à agência Lusa Cristina Peres, da Imobiliária ERA Samora Correia, no concelho de Benavente, no distrito de Santarém.

Os terrenos vão ser muito procurados para a construção de novas habitações, mas também para todos os serviços que são necessários junto de um grande aeroporto. Isto vai ser brutal aqui para esta zona. Era uma zona pacata, vai deixar de ser”, acrescentou.

Segundo Cristina Peres, um apartamento em Samora Correia já custa atualmente cerca de 200 mil euros e uma moradia mais de 400 mil, mas os preços “ainda devem subir mais, porque Samora Correia está a 20 minutos de Lisboa e vai ficar a 10 minutos do futuro aeroporto”.

O Governo anunciou na terça-feira a construção da nova infraestrutura — para substituir o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa — no Campo de Tiro da Força Aérea, também conhecido como Campo de Tiro de Alcochete (pela proximidade deste núcleo urbano) e que fica maioritariamente localizado na freguesia de Samora Correia, tendo ainda uma pequena parte na freguesia de Canha, já no município do Montijo (distrito de Setúbal).

Nos concelhos do Montijo e de Alcochete, também no distrito de Setúbal, os terrenos e as casas já estão a preços muito elevados para a maioria dos cidadãos, mas os operadores do setor acreditam que vai haver um aumento da procura nos próximos tempos.

“Aquilo que potencia efetivamente a construção e a compra e venda de imóveis nesta região é a sua localização em relação a Setúbal e a Lisboa. O aeroporto tem sido sempre uma questão paralela, até porque não é assim tão bem-vindo para algumas pessoas, que acham que pode ser mais prejudicial do que trazer algo de positivo”, afirmou Cláudio Oliveira, da Imobiliária Novo Impacto, que trabalha no setor há mais de 12 anos.

“Claro que para os construtores e para os proprietários de terrenos a expectativa é que a procura ainda aumente mais, mas a realidade é que nos últimos anos a oferta tem sido inferior à procura“, referiu, assegurando que o português médio já tem dificuldade em adquirir uma habitação e que o “principal comprador de casas na região já é o mercado internacional“.

No concelho de Alcochete, onde um apartamento novo ou uma moradia a estrear podem custar mais umas largas dezenas de milhares de euros, comparando com o Montijo ou Samora Correia, Ana Nascimento, da Imobiliária Century21 Nações, acredita que os imóveis já estão muito caros e que o anúncio do novo aeroporto não terá um impacto muito significativo nos preços.

“Um T2 novo, a estrear, em Alcochete, não o consegue comprar por menos de 450.000 euros. Uma moradia em banda pode andar à volta dos 550.000 euros, moradias isoladas à volta de 1,2 milhões de euros”, indicou.

Apesar dos preços elevados, Ana Nascimento contou que na quarta-feira, um dia depois do anúncio do novo aeroporto, “algumas grandes construtoras já procuravam terrenos na região, para verem o que poderão construir”.

O vice-presidente da Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal (ASMIP), Francisco Bacelar, não tem dúvidas de que a construção do novo aeroporto e o comboio de alta velocidade “vão aportar muitos interesses, na zona envolvente e nas vias de acesso, que podem ajudar a dinamizar o imobiliário”.

“Será um novo centro imobiliário, como foi há 20 e poucos anos a Expo98. À volta do aeroporto haverá um novo centro imobiliário, uma nova cidade que se perspetiva para as próximas décadas“, acrescentou, advertindo que “podem surgir entraves que atrasem o prazo previsto pelo Governo para a construção do novo aeroporto”.

Segundo o Governo, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, a futura infraestrutura, que terá a denominação Aeroporto Luís de Camões, deverá estar concluída dentro de 10 anos.

A escolha do Campo de Tiro de Alcochete coincide com a recomendação do relatório final da Comissão Técnica Independente responsável pela avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto.

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Rádio Comercial e RFM separadas por 3,8 pontos de audiência

A Bauer Media Audio Portugal obteve nos primeiros quatro meses do ano uma audiência acumulada de véspera de 29,9% e o Grupo Renascença Multimédia de 23,8%.

A Rádio Comercial manteve a fasquia dos 20% de audiência acumulada de véspera (AAV) nos primeiros quatro meses do ano. De acordo com a segunda vaga do Bareme Rádio de 2024, a estação da Bauer Media Audio Portugal obteve uma AAV de 20,3% (-0,4 pontos percentuais), um reach semanal de 39,6% (+0,8 pp) e um share de audiência de 24,7% (-1,6%).

A RFM, estação do grupo Renascença Multimédia, registou uma AAV de 16,5% (-0,6 pp), um reach semanal de 36% (-1,9 pp) e um share de 20,3% (-3,5 pp).

Na terceira posição mantém-se a M80, com uma AAV de 8,1% (+0,1 pp), um reach semanal de 19,1% (+0,5 pp) e um share de audiência de 10,5% (+1,7 pp).

A Rádio Renascença mantém-se na quarta posição, com uma AAV de 6,6 %, na quinta, com 5,6%, surge a Antena 1 e na sexta a Cidade FM, com regista 4,1% de AAV.

A TSF, que aguarda a decisão do regulador para sair do universo Global Media e passar para a Notícias Ilimitadas, obteve uma AAV de 4% (-0,1 pp), um reach semanal de 8,8% (+0,4 pp) e um share de audiência de 3,6% (-0,1 pp).

Mega Hits (2,6%), Antena 3 (2,1%), Smooth FM (1,5%) e Rádio Observador (1,5%) encerram o top 10.

Referidas no estudo são também a Rádio Nova Era (1,1%), a Antena 2 (0,7%), a Radar (0,5%) e a Estação Orbital (0,4%).

Por grupos, o Bauer Media Audio Portugal obtém agora uma AAV de 29,9% (-0,6 pp) e o Grupo Renascença Multimédia de 23,8% (-0,7 pp). O reach semanal do grupo liderado por Salvador Bourbon Ribeiro situou-se nos 53,2% (+0,7 pp) e o do grupo comandado por José Ramos Pinheiro foi de 49,6% (-1 pp). O share de audiência do grupo Bauer é de 40,7% (+0,2 pp) e o do grupo Renascença Multimédia de 28,3% (-2,6 pp).

O grupo RTP regista uma AAV de 7,9%, um reach semanal de 14,8% e um share de audiência de 9,6%.

As entrevistas que integram esta segunda vago do ano do Bareme Rádio, o estudo regular de audiências elaborado pela Marktest, foram recolhidas entre 4 de janeiro e 28 de abril. Para a vaga em análise foram consideradas válidas 6.034 entrevistas.

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Governo admite incluir propostas dos partidos no programa de habitação

Partidos reuniram com o Governo para debater o pacote Construir Portugal. Bloco e PAN revelam que Governo mostrou abertura para revisitar dedução de juros de créditos e compensar municípios.

O ministro das Infraestruturas admite vir a incluir propostas apresentadas por outros partidos no programa para a habitação Construir Portugal, apresentado pelo próprio na semana passada.

Em declarações aos jornalistas, após a conclusão do ciclo de encontros na Assembleia da República, Miguel Pinto Luz admitiu que está em cima da mesa “a perspetiva de podermos incluir muitas propostas apresentadas pelos partidos“, não detalhando ao certo a quais se refere. No entanto, de acordo com o Bloco e o PAN, o Ministério das Infraestruturas mostrou-se “disponível” para revisitar dedução de juros de créditos à habitação após 2011 e compensar municípios pela perda da receita do IMT, que resultará com a isenção da cobrança deste imposto aos jovens até 35 anos.

“O Governo já tem o processo legislativo em marcha e os partidos serão informados desses detalhes para poderem aportar valor às alterações que entenderem necessárias”, esclareceu o governante quando confrontado com as queixas dos partidos de que as medidas apresentadas pecam por falta de pormenor.

Questionado se o Governo irá optar por aprovar cada um dos diplomas em sede de Conselho de Ministros, ao invés de procurar aprovação no Parlamento, Pinto Luz afirma que “ficou acordado uma metodologia de trabalho aberta”. “Aquilo que tiver de passar pela AR, naturalmente terá de passar, e mesmo aquilo que não tiver de passar pela AR, estamos disponíveis para o diálogo”, vincou.

PS diz que propostas para flexibilizar arrendamento são “preocupantes”

A líder parlamentar do PS vê com “preocupação” as medidas apresentadas pelo Governo que visem flexibilizar as regras de arrendamento previstas no programa Construir Portugal, apresentado na semana passada. “A proteção dos inquilinos é essencial e é um ponto no qual dificilmente poderemos ceder“, disse Alexandra Leitão, após a reunião com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, na Assembleia da República.

Alexandra Leitão admite que o partido não acompanhará outras medidas previstas no programa programa Construir Portugal. Desde logo, a revogação de medidas direcionadas no alojamento local e que constavam do Mais Habitação, elaborado pelo anterior Executivo. E que, garantiu, “têm tido resultados muito positivos” nos últimos meses, nomeadamente ao nível do aumento de imóveis para arrendamento.

“Temos receio que essas medidas, nomeadamente a facilitação da transmissibilidade do registo do alojamento local no fim da contribuição, tenham o efeito contrário de retirar casas do mercado para a habitação, pondo-as noutros, como o do alojamento local”, disse a porta-voz socialista. “Este conjunto de medidas é muito preocupante para nós e é uma área em que dificilmente acompanharemos”.

Ainda assim, o PS mostrou-se “disponível para apresentar medidas” e “trabalhar” nos aspetos em que “dificilmente” acompanhará ao abrigo do programa Construir Portugal, disse Alexandra Leitão. “Veremos quais são os próximos passos”, concluiu.

Chega admite votar a favor se foram adotadas novas propostas

À direita, o Chega, através do deputado Filipe Melo, reconheceu que “houve um esforço de aproximação” do Governo aos partidos neste pacote e que o seu partido votará a favor do diploma se este for ao encontro das suas ideias, que, diz, “foram recebidas com bastante agrado” pelo ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

O Chega propôs, entre outras, a redução do IVA de construção para habitação a custos controlados, a obrigação de os investidores beneficiados pelos vistos gold destinarem 10% do valor do investimento a habitação acessível, e o fim do limite por idade da isenção de IMT na compra da primeira casa, que o Governo quer que abranja apenas os jovens com até 35 anos.

Liberais criticam regras de isenção no IMT

A Iniciativa Liberal também se mostrou disponível para continuar a trabalhar com o Governo para melhorar o programa, salientando, porém, que o voto favorável dos liberais a este pacote estará dependente “daquilo que for submetido”. Desde logo, referiu Mariana Leitão, a medida que visa isentar o pagamento de IMT e Imposto de Selo na compra da primeira casa para os jovens até aos 35 anos nos imóveis até a 316 mil euros.

“A proposta do Governo é de restringir a isenção a uma faixa etária, e outras condicionantes, e a nossa visão é diferente. O IMT é um imposto que não faz sentido, já se paga o IMI a vida inteira“, argumentou a líder parlamentar do partido, em declarações aos jornalistas.

Em sentido contrário, as medidas propostas que visam reverter as regras direcionadas ao setor do alojamento local permitem que haja uma “aproximação” entre a IL e o Governo.

“Esta reunião foi uma oportunidade para voltarmos a referir as sete propostas que já tínhamos apresentado e também para obter esclarecimentos sobre dúvidas que tínhamos. Esse diálogo irá continuar. Temos uma ambição maior que gostaríamos de ver refletidas no pacote de Governo”, afirmou a líder parlamentar.

Bloco quer deduções no IRS dos juros do crédito a habitação

Fabian Figueiredo considera ser uma “injustiça fiscal” que apenas os contratos de crédito a habitação, anteriores a 2012, possam deduzir os juros em sede de IRS, urgindo que o Governo possa “introduzir essa igualdade” no pacote Construir Habitação.

Segundo o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, o Executivo de Montenegro está, de facto, “disponível para revisitar esta matéria”, mas ainda assim os bloquistas vão procurar garantir uma “maioria” em sede na Assembleia da República para que “a medida passe”.

“Face ao aumento dos juros por causa da política irresponsável do BCE, hoje muitas famílias têm dificuldades em fazer face às prestações. É de elementar justiça que todos que tenham créditos a habitação possam descontar esses juros em IRS“, defendeu Fabian Figueiredo, em declarações aos jornalistas.

Apesar deste sinal de convergência, o Bloco mantém as críticas ao pacote apresentado na semana passada por Miguel Pinto Luz.

“O Governo quer revogar as as restrições ao alojamento local, não quer regulação ao turismo, nem adotar boas práticas na Europa de controlo de rendas”, enumerou o líder bloquistas. “Por essas mesmas razões somos muitos críticos do programa”, sublinhou.

Livre apela a mais habitação pública

A líder parlamentar do Livre considera que a “emergência” em resolver a crise da habitação não está a ser tratada como tal pelo atual Governo, urgindo, por isso, que o Executivo de Montenegro trabalhe nesse sentido.

Saudamos abertura para o diálogo mas a emergência da habitação não esta a ser tratada como uma verdadeira emergência“, afirmou Isabel Mendes Lopes, em declarações aos jornalistas, que sublinhou ter duas preocupações em relação ao programa Construir Portugal: A falta de “habitação pública” –principalmente no centro das cidades, de forma a “permitir que haja diversidade nos prédios, cidades e no país”– e a revogação de medidas destinadas ao controlo do alojamento local, argumentando que este setor “tem implicações diretas no aumento do preço das casas”.

Ademais, e à semelhança da Iniciativa Liberal, o Livre critica a proposta de isenção de IMT e imposto de selo para jovens, dizendo que “não é na redução ou isenção” destas matérias que se resolve “o problema da habitação para jovens”. “Quem tem dinheiro, consegue comprar uma casa, quem não tem não consegue. Isso tem de ser resolvido e não com a isenção do IMT. falta capacidade de dar entrada para a compra da casa”, sublinhou a líder da bancada do Livre.

PAN admite “aproximação” com o Governo para compensar municípios

Ao contrário da Iniciativa Liberal e do Livre, o PAN mostrou-se a favor da isenção do IMT e o imposto selo cobrado aos jovens na compra da sua primeira habitação, revelando que o Governo mostrou “abertura” e “aproximação” em compensar os municípios pela perda de receitas que resultaria do fim da cobrança destes dois impostos.

Inês Sousa Real adiantou ainda que esta “abertura” do Governo também incide sobre a renovação dos contratos de elegibilidade de apoio às rendas, no aumento da eficiência e combate à pobreza energética e no apoio ao arrendamento jovem e estudantil por via de uma bolsa pública.

“O PAN procurou contribuir para a discussão tendo em conta os interesses dos portugueses. Estamos disponíveis para trabalhar em prol do bem comum”, disse a líder parlamentar e deputada única do partido após a reunião com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

 

Notícia atualizada pela última vez às 15h11 com declarações do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz

Com Lusa

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Barras de ouro do Banco de Portugal valorizam 9,3% para 23 mil milhões de euros

Banco de Portugal não alterou a quantidade de onças de ouro nos seus cofres, mas a mais-valia potencial aumentou em 1.989 milhões de euros por conta da valorização do preço do ouro no mercado.

No meio de um ano financeiramente desafiador, o Banco de Portugal encontrou uma nota positiva nas suas reservas de ouro. De acordo com o Relatório do Conselho de Administração de 2023, apresentado esta quinta-feira, as reservas de ouro da instituição liderada por Mário Centeno registaram uma reavaliação em alta de 11%, subindo para 19.940 milhões de euros face aos 17.951 milhões de euros registados em 2022, que coloca do stock de ouro do Banco de Portugal nos 22.978 milhões de euros.

Esta valorização significativa de 1.989 milhões de euros é atribuída ao aumento do preço do ouro em euros, justifica o Banco de Portugal no relatório, sublinhando que “a quantidade de ouro detida pelo Banco não se alterou (382,6 toneladas), mas valorizou-se 9,3%.” Todavia, nota que “em 2023, o Banco de Portugal continuou a efetuar aplicações em ouro, que se traduziam, essencialmente, em swaps de ouro por moeda estrangeira e por euros, registados contabilisticamente como empréstimos colateralizados.”

Num ano marcado por um resultado antes de provisões e impostos (RAPI) negativo de 1.054 milhões de euros, a reavaliação das reservas de ouro proporcionou um alívio bem-vindo ao Banco de Portugal. Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, sublinha a importância desta valorização no relatório, destacando que “a gestão prudente e rigorosa” da instituição permitiu mitigar parte dos impactos negativos decorrentes das políticas monetárias restritivas e da redução da margem de juros.

As reservas de ouro do Banco de Portugal desempenham um papel crucial no fortalecimento do balanço patrimonial do banco central português. Em 2023, o aumento do preço do ouro no mercado internacional refletiu-se diretamente na valorização das reservas do banco central português.

Este fenómeno não só melhorou a posição financeira do Banco de Portugal, como também demonstrou a relevância de manter ativos em ouro como forma de proteção contra volatilidades económicas. As reservas de ouro representam 57,7% dos ativos de investimento próprio do Banco de Portugal, que registaram um “acréscimo de 8,6% em relação ao final de 2022”, nota a entidade liderada por Centeno.

O Banco de Portugal refere ainda que “os ativos da carteira de negociação aumentaram 2,8% em relação a 2022, devido aos resultados obtidos ao longo do ano, particularmente nos ativos denominados em euros.” A 31 de dezembro, os ativos denominados em euros representavam 77,1% do valor total desta carteira.

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