Livro de Steven Braekeveldt foi muito além dos seguros

O lançamento em português do primeiro romance do autor, que foi líder do grupo Ageas em Portugal durante oito anos, encheu a Livraria Buchholz em Lisboa.

O homem que se fez esquecer não é com certeza Steven Braekeveldt que encheu a Livraria Buchholz, em Lisboa, para a apresentação da versão portuguesa do seu primeiro romance. Juntou muito dos que foram tocados por ele pessoalmente ou através da relação profissional como CEO da Ageas Portugal, ao longo dos anos em que esteve em Portugal, e esses não se esquecerão dele. E, a partir de agora, também não se esquecerão do seu avô, o protagonista do livro De Vergetene, traduzido agora para português sob o título O homem que se fez esquecer.

A obra foi mais explicada pela editora Maria do Rosário Pedreira e por Inês Simões que pelo autor Steven Braekeveldt.

“O avô de Steven esteve longe de ser uma boa pessoa”, denunciou Inês Simões, que trabalhou diretamente com o autor durante muito tempo e é a atual presidente da APCE – Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa, durante a apresentação da obra.

Explicando a sua ideia, Inês desvenda que “Jules Braekeveldt teve uma vida absolutamente louca e aventureira, longe sequer do que a grande maioria de nós pudesse considerar real: foi gangster, mercenário, espião, oficial superior das SS durante a Segunda Guerra Mundial, e acabou aprisionado pelos russos. Mas foi também caridoso, solidário, e de braços abertos para ajudar. Contraditório?”, interrogou-se Inês Simões.

Livraria encheu para a apresentação do livro de Steven Braekeveldt, muitas pessoas para além dos seguros.

Steven “fez sempre questão de liderar o que eu chamo de “movimento anti-cinzento” no setor segurador, trazendo cor, diferença e uma marca própria”, prosseguiu Inês Simões, “é um CEO atípico, inesperado, that don’t play by the standards, que não é o que esperam que seja, que não faz porque fica bem, que não diz porque é bonito. Apenas é, faz e diz, segundo os seus princípios, valores fortes e emoções”, concluiu.

Este feitio cativante e intrigante reuniu pessoas de todos os quadrantes da sociedade portuguesa no evento. Do seu par nos seguros José Galamba de Oliveira, à empresária Rita Nabeiro, a Leonor Beleza, para além de muitos que tiveram oportunidade de se cruzarem com Steven ao longo deste tempo. Parece que já tem dois novos livros em progresso, ainda não há informação de que também se publicarão em português. Assim se espera.

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TVI aumenta para 1,1 pontos percentuais distância da SIC

A TVI reforça liderança e a RTP1 conquista o horário de aceso ao prime-time. De acordo com a análise da Dentsu Media, a CNN continua o canal de informação mais visto e a Now ultrapassa a RTP3.

A TVI aumentou para 1,1 pontos percentuais (pp) a distância que a separa da SIC. De acordo com a análise da Dentsu Media/Carat para o +M, a estação da Media Capital fechou o mês de outubro com uma média de 15,7% de share (+0,2 pp do que no mês anterior) e a SIC obteve um share médio de 14,6% (-0,1 pp). A diferença entre as duas estações aumenta assim três décimas em relação ao setembro, mês em que estavam separadas por 0,8 pp.

O canal da Media Capital obteve uma audiência de 3,7% e foi acompanhado em média por 324,7 mil telespectadores. Já a SIC registou uma audiência média de 3,5% e foi seguida por 302,3 mil pessoas, em média.

No mês em que foi anunciado o fim da publicidade na RTP1, o canal público subiu em 0,4 pp o share, que se situa agora nos 11,7%. A audiência média no último mês situou-se nos 2,8% e a estação foi vista por 242,8 mi pessoas, em média. Já a RTP2 manteve os 0,6% de share e foi acompanhada em média por 14,4 mil pessoas.

O total cabo, canal virtual cuja audiência é diluída pelos muitos canais que o constituem, regista um share de 41,2% (+0,2 pp) e foi no último mês acompanhado em média por 852,9 mil espetadores.

Analisando por faixas horárias, a principal alteração é no período de acesso ao prime-time, em outubro liderado pela RTP1, com 15,5% (+1,7 pp). A estação pública é também o canal mais visto entre as 7h30 e as 12h. A SIC é o canal mais visto entre as 12h e as 14h e a TVI encabeça as audiências nos restantes períodos.

No cabo, a CMTV mantém o share de 6,7%, sendo acompanhada em média por 137,9 mil telespectadores (+0,1 pp de audiência média). A CNN Portugal mantém-se como o canal de informação mais visto, com 2,5% de share (+0,1 pp), e a SIC Notícias segue como o segundo canal mais visto, com 1,9% (-0,1 pp). O Now, com 1%, ultrapassa por uma décima a RTP3, e foi visto em média por 20,5 mil espectadores, mais 2,8 mil do que o canal de informação da RTP. Destaque ainda para o V+TVI, que chega pela primeira vez no top 20.

Entre os dez canais mais vistos do cabo, destaque para o Star Channel, Hollywood, Star Movies e SIC Mulher, nas três últimas posições.

O programa mais visto em outubro foi mais uma vez futebol, desta vez o Escócia X Portugal, também para a Liga da Nações, transmitido pela RTP1. A estação colocou ainda no Top 15 o Pevidém X Benfica, para a Taça de Portugal Generali Tranquilidade e, no mês em que a continuidade do Preço Certo foi questionada, também o programa apresentado por Fernando Mendes entrou para o ranking.

A TVI surge oito vezes nesta tabela, na qual a SIC ocupa as restantes três posições.

No cabo, a CMTV faz o pleno, ao ocupar todas as posições do top 15.

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de sete dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (televisão) num determinado período.

Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a três minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

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Projeto de baterias em central do Ribatejo escolhido para financiamento europeu

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

BigBATT prevê a instalação de baterias de armazenamento no Carregado, junto à central de ciclo combinado do Ribatejo. Comissão Europeia reconheceu "carácter inovador do projeto" da EDP.

O projeto de baterias ligado à Central Termoelétrica do Ribatejo, da EDP, foi o único português selecionado na última edição do Fundo Europeu de Inovação, com um financiamento de 4.800 milhões de euros para 85 projetos, foi anunciado esta terça-feira.

O BigBATT, um sistema de baterias de 150 megawatts (MW) a ser instalado junto à central de ciclo combinado do Ribatejo “é ainda a única iniciativa de armazenamento de energia aprovada nas candidaturas de média e grande escala”, informou a EDP, em comunicado.

“A Comissão Europeia, através do programa Innovation Fund [Fundo Europeu de Inovação], reconheceu o caráter inovador do projeto da EDP para a construção de um dos maiores sistemas de baterias da Europa ligado a uma central de ciclo combinado”, realçou a elétrica.

O projeto BigBATT prevê a instalação de baterias de armazenamento no Carregado, junto à central de ciclo combinado do Ribatejo, aproveitando infraestruturas já existentes e “proporcionando assim um mecanismo fiável e eficiente para armazenar o excedente de energia renovável durante os períodos de vazio e fornecê-la nos períodos de pico de procura, reduzindo a utilização de gás”, explicou a EDP.

O Fundo Europeu de Inovação, gerido pela Comissão Europeia, é um dos maiores instrumentos de financiamento público para apoiar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras de baixo carbono.

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Portugal tem 30 trabalhos na shortlist dos prémios ADCE

À frente de Portugal, com mais trabalhos em shortlist, ficaram apenas a Alemanha, com 108 projetos, a Espanha (48) e a Áustria (33).

Portugal conta com 30 candidaturas entre as 375 finalistas dos prémios Art Director’s Club of Europe (ADCE). Os trabalhos que chegaram à fase final foram submetidos pela Bastarda, Bürocratik, Coming Soon, COMON, Deadinbeirute, Graficalismo, Havas, José Mendes, Judas, Label, Paulo Mariano, Poets & Painters, Stream and Tough Guy, Studio Eduardo Aires, The Walt Disney Company Portugal, This is Pacifica, VML e WYcreative.

Para a shortlist da 33ª edição dos prémios ADCE foram selecionadas 370 candidaturas de 22 países europeus. À frente de Portugal, com mais trabalhos em shortlist, encontram-se apenas a Alemanha, com 108 projetos, a Espanha (48) e a Áustria (33).

Confira as 30 inscrições finalistas de projetos desenvolvidos em Portugal, algumas nomeadas para mais do que uma categoria:

  • Cult Of Pita“, produzido pela Bastarda, para o Cult Of Pita, na categoria “Design
    Illustration”
  • Made of Nature“, produzido pela Bürocratik, para a Kōzōwood Industries SA, na categoria “Interactive Design”
  • Remote.com“, produzido pela Bürocratik, para a Remote Europe Holding B.V., na categoria “Interactive Design”
  • Surfing Through the Odds“, produzido pela Coming Soon + Betclic + Shutterstock London, para a Betclic e Shutterstock, na categoria “Photography”
  • Unhappy Hour“, produzido pela Comon + Musa + Shesaid.so + Skoola, para a Cerveja Musa, na categoria “Point of sale Experience and Activation”
  • Goat“, produzido pela Deadinbeirute + Cabrita Wines, para a Cabrita Wines, na categoria de “Illustration”
  • Salad-o-rama (Saladas A-gosto)“, produzido pela Graficalismo, para Joana Barrios, na categoria de “Motion Graphics”
  • The streaming undies“, produzido pela Graficalismo, para a Maison Pixel, nas categorias de “Design Any Other” e “Interactive & Mobile”
  • Portugal COP 28“, produzido pela Graficalismo + The Hotel + Sílvio Teixeira, para a República Portuguesa, na categoria “Design Graphic Communication”
  • Look for Freedom“, produzido pela Havas Portugal + Canal 180 + Havas Play + H/Advisors Portugal, para a Aministia Internacional, na categoria de “Live Stunts Brand Activation”
  • Arquipélago“, produzido por José Mendes, para a Written by light, na categoria de “Editorial Design”
  • League of All Leagues“, produzido pela Judas + Betclic, para a Betclic, na categoria de “Live Stunts Brand Activation”
  • “Madrasta”, produzido pelas Judas + Grupo Non Basta, para a Madrasta, nas categorias de “Corporate Brand Identity”, e “Design Logotype”
  • Cromática Book – The Book that isn’t a Book“, produzido pela Label, para a Revigres, na categoria “Editorial Design”
  • All_About_Francis“, produzido pelo Paulo Mariano, para Paulo Mariano, na categoria “Design – Any Other”
  • Cosmogonia da Identidade“, produzido pela Poets & Painters, para a Poets & Painters editions editions, na categoria de “Editorial Design”
  • When I grow up I want to be an accountant“, produzido pela Stream and Tough Guy + Hand Creative Chain + Ajuda de Berço, para a Ajuda de Berço, na categoria “Integrated and Innovation for non-profit / public service / NGO”
  • Pires and Turner Escolha 2022“, produzido pelo Studio Eduardo Aires, para a Pires & Turner Wines, na categoria “Packaging”
  • Vicente Gajardo“, produzido pelo Studio Eduardo Aires, para a Vicente Gajardo, na categoria “Editorial Design”
  • XXIII Portuguese Government Visual Identity System“, produzido pelo Studio Eduardo Aires, para o XXIII governo português, na categoria “Corporate Brand Identity”
  • Avatars’ Casting“, produzido pela The Walt Disney Company Portugal, para a The Walt Disney Company Portugal, nas categorias “Best use of Technology”, “Social Media Campaigns” e “Interactive & Mobile – Any Other”
  • Google First 25 Years“, produzido pela This is Pacifica, para a daMaia Publisher, na categoria “Editorial Design”
  • Parents of Classical Music“, produzido pela VML + Krypton, para a Orquestra Sinfónica Juvenil, na categoria “TV / Cinema Commercials”
  • End Child Marriage“, produzido pela VML + Mindshare, para a UNICEF, na categoria “Print & Outdoor for non-profit / public service / NGO”
  • Fireworks“, produzido pela WYcreative + Amnistia Internacional, para a Amnistia Internacional, na categoria “Interactive & Mobile for non-profit / public service / NGO”
  • The Dream Team“, produzido pela WYcreative + Briefing, para a WYcreative, na categoria “Interactive Design”

As 370 finalistas, de um total de 924 inscrições de 24 países, dividem-se entre as categorias “Film & Audio” (37), “Print & Outdoor” (51), “Interactive & Mobile” (74), “Design” (108), “Brand Experience” (60) e “Integrated & Innovation” (40), descreve o ADCE.

Os vencedores finais de ouro, prémios especiais e o grande prémio são anunciados na Gala de Entrega de Prémios do ADCE, no dia 22 de novembro, integrada na 11ª edição do Festival ADCE que acontece dia 21 e 22 de novembro, no Design Hub, em Barcelona. Já os vencedores dos prémios prata e bronze são publicados logo após a Gala de Entrega de Prémios, no site do ADCE.

O Festival do Art Directors Club of Europe (ADCE) visa celebrar o que há de melhor na criatividade europeia e reunir uma variedade de profissionais de diversas áreas que pretendem cultivar mudanças e inovação através da criatividade, servindo o festival como um espaço para a comunidade criativa da Europa se reunir, inspirar e promover a troca de experiências.

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Deloitte vai ocupar antiga sede da Ageas no Porto

A consultora, que tem atualmente instalações no Bom Sucesso e em Bessa Leite, desistiu do plano de se mudar para o Icon do Nó de Francos. Ocupará todo o edifício Mutual, com o dobro da área.

A Deloitte vai mudar de escritórios no Porto, passando as operações para o edifício Mutual, que foi durante vários anos a sede da seguradora Ageas na cidade Invicta. A consultora e auditora, que chegou a assinar um acordo de pré-arrendamento para o novo empreendimento da Civilria no Nó de Francos, vai ocupar os 10.000 metros quadrados do edifício localizado na Rua do Campo Alegre, o dobro do espaço que iria ocupar na Icon Tower.

Com as equipas atualmente distribuídas pelo edifício Bom Sucesso Trade Center e pelo edifício em Bessa Leite, ambas na zona da Boavista, a Deloitte, que inaugurou em julho um novo escritório em Braga num investimento de 10 milhões, vai ocupar a totalidade do edifício Mutual, com 10.300 metros quadrados distribuídos por sete pisos acima do solo, situado na zona do Campo Alegre e a poucos metros da rotunda da Boavista.

Atualmente a ser alvo de obras de reabilitação, o edifício que foi vendido à Osborne no ano passado terá ainda mais de 1.400 metros quadrados de zonas exteriores, balneários, 144 lugares de estacionamento e um rooftop com vista sobre o rio Douro e o Atlântico. Deverá estar pronto para receber o novo inquilino no segundo trimestre de 2025, data em que estarão terminadas as intervenções em curso.

“A nossa mudança para o edifício Mutual em 2026 consubstanciará um objetivo que temos há algum tempo de termos um espaço de referência na cidade do Porto, reforçando o nosso posicionamento na região Norte do país e proporcionando às nossas pessoas e clientes um espaço único em termos de qualidade e funcionalidade”, refere Cláudia Bernardo, partner e COO da Deloitte, citada em comunicado.

O edifício remodelado vai contar com painéis solares, pontos de carregamento para veículos elétricos e estacionamento para bicicletas, contando ainda com diferentes certificações sustentáveis, à data da conclusão do projeto.

A mudança de instalações no Porto já vinha a ser preparada pela Deloitte, que tem vindo a aumentar equipas, precisando por isso de uma maior área. Algo que terá estado na origem da decisão de ocupar a antiga sede da Ageas e não o espaço na nova Icon Tower, onde seria vizinha da Vodafone.

“Na Osborne+Co, estamos todos muito entusiasmados na colaboração com a Deloitte no nosso primeiro projeto em Portugal. Um projeto único numa cidade única, que personifica o nosso compromisso em oferecer espaços de trabalho de classe mundial, criando um ambiente moderno e integrado”, realça Fernando Caldas, partner da Osborne+Co.

As consultoras imobiliárias Cushman & Wakefield (C&W) e CBRE assessoraram o processo de arrendamento do novo escritório da Deloitte no Porto. André Almada, head of offices, salienta na mesma nota que a CBRE esteve “envolvida neste projeto desde o seu início, nomeadamente assessorando a Osborne+Co na definição do conceito e produto, com o objetivo de entregar a melhor e mais diferenciadora experiência aos futuros utilizadores do edifício”

 

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STCP diz que operação no metrobus do Porto é “insegura e ineficiente”

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

A operação nas atuais condições do canal é “insegura, ineficiente e comercialmente desvantajosa, comprometendo a integridade do serviço e a segurança dos passageiros", assegura a STCP.

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) concluiu que a operação da linha 203 no canal do metrobus é “insegura, ineficiente e comercialmente desvantajosa”, e que as atuais condições comprometem o serviço e segurança dos passageiros.

“Em função dos resultados e das análises técnicas realizadas, o nosso parecer é desfavorável à utilização do canal BRT (Bus Rapid Transit)”, lê-se no parecer enviado ao grupo de trabalho da Assembleia Municipal e a que a Lusa teve acesso esta terça-feira.

O relatório analisa os testes realizados a 29 de outubro no canal do metrobus com dois autocarros standard elétricos da STCP, que fizeram o percurso Praça do Império/Rotunda da Boavista e Rotunda da Boavista/Praça do Império (parcialmente coincidentes com o trajeto da Linha 203).

A operação nas atuais condições do canal é “insegura, ineficiente e comercialmente desvantajosa, comprometendo a integridade do serviço e a segurança dos passageiros”, assegura a STCP, acrescentando que a utilização dos autocarros da linha 203 naquele canal “não é tecnicamente viável em condições de segurança”.

“Os ensaios revelaram que as faixas de circulação, na configuração atual, são estreitas e inadequadas para manobras em contra sentido, especialmente durante a aproximação às estações”, assinala.

Em resposta ao grupo de trabalho, a STCP indica também que as plataformas das estações apresentam uma altura e configuração “inadequadas para o alinhamento seguro dos autocarros”, sobretudo nas aproximações em contra sentido.

“Durante os ensaios, verificou-se que foi praticamente impossível reduzir para níveis aceitáveis a folga entre o veículo e a plataforma da estação”, observa, acrescentando que, na estação Pinheiro Manso, a tentativa de reduzir a folga entre o veículo e a plataforma resultou “num embate com o cais, causando danos na carroçaria do autocarro”.

Já quanto ao serviço ser comercialmente viável, ao permitir uma redução do tempo de percurso da linha entre estações, a STCP afirma que “os ganhos de tempo de circulação foram marginais e insuficientes para justificar o interesse comercial em desviar a linha 203 através do canal BRT”.

“O ganho estimado foi de apenas dois a três minutos por viagem nas extremidades do percurso em comparação com a situação atual”, indica, acrescentando que o acompanhamento policial facilitou e representou “condições artificiais, que não se replicariam em operação normal”.

No relatório, a STCP assinala ainda que a utilização da estação da Casa da Música “revelou-se inviável” e que a entrada em contra sentido na rotunda da Boavista e, consequente, integração no canal “não são exequíveis devido às limitações físicas do traçado”.

“Qualquer tentativa de adaptar a infraestrutura para permitir a utilização desta estação exigiria uma remodelação profunda e custos significativos, inviáveis para uma solução temporária. Dada a configuração atual, a estação Casa da Música não pode ser utilizada, uma vez que não oferece os níveis mínimos de segurança para a operação“, considera.

O relatório tinha como objetivo fornecer à Câmara do Porto e grupo de trabalho da Assembleia Municipal uma análise dos testes, para permitir “uma tomada de decisão sobre a operação de transporte público” no canal, enquanto o material circulante e o sistema de produção e abastecimento de hidrogénio verde não estão disponíveis.

O metrobus do Porto será um serviço de autocarros a hidrogénio que ligará a Casa da Música à Praça do Império (obra quase concluída) e à Anémona (na segunda fase) em 12 e 17 minutos, respetivamente.

Os veículos definitivos do serviços custaram 29,5 milhões de euros. Já a empreitada do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.

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Conselho Regional de Lisboa recusa senhas de presença para os advogados

Conselho Regional de Lisboa alerta para problemas financeiros na Ordem dos Advogados e diz que esta medida poupará 62.871,98€ por ano à Ordem dos Advogados.

O Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados (OA) vai prescindir das senhas de presença atribuídas aos seus membros. Segundo comunicado enviado às redações, o presidente do CRL, João Massano, diz que a decisão passa pela situação de “desequilíbrio injustificável e paradoxal” do orçamento da OA e que levou o CRLisboa “a tomar uma posição firme: prescindir integralmente das senhas de presença atribuídas aos seus membros. Esta medida resultará numa economia anual de 62.871,98 euros para a Ordem dos Advogados, contribuindo para atenuar o desequilíbrio financeiro atual”.

João Massano, presidente do CRLisboa, afirma: “confrontamo-nos com uma convergência de desafios que ameaça não apenas a nossa estabilidade financeira, mas também a própria essência da nossa missão institucional. Esta conjuntura coloca em risco a nossa capacidade de defender eficazmente os interesses da Classe, de manter o nosso papel essencial na salvaguarda do Estado de Direito e de assegurar a continuidade das nossas funções essenciais”.

Em causa a implementação do novo Regulamento de Remuneração, Compensação e Senhas de Presença dos Membros dos Órgãos da Ordem dos Advogados que, segundo o mesmo comunicado, “resultaria num aumento substancial dos custos operacionais, num momento em que as receitas estão em queda acentuada”.

Segundo as contas feitas pelo CRL, e divulgadas no comunicado, esta medida levará a um aumento dos custos e diminuição das receitas na Ordem dos Advogados.

O projeto de regulamento propõe custos consideráveis para os órgãos da Ordem:

  • Conselho Geral: Um encargo anual total de 157.179,96 euros, incluindo Segurança Social.
  • Conselho Regional de Lisboa: Um custo anual total de 62.871,98 euros, incluindo encargos sociais.
  • Apenas para estes dois órgãos, o total anual atingiria 220.051,94 euros. Adicionalmente, outros órgãos como o Conselho Superior, demais Conselhos Regionais e Conselhos de Deontologia também seriam remunerados, elevando ainda mais os custos totais.

Simultaneamente, a Ordem enfrenta uma redução significativa nas inscrições:

  • Em Lisboa, houve uma queda de uma média anual de 700 inscrições de advogados-estagiários para pouco mais de 200.
  • Esta diminuição tem um impacto direto nas receitas da Ordem e compromete a renovação geracional da Advocacia portuguesa.

Adicionalmente, e a agravar esta situação, “o CR Lisboa identifica ainda pressões financeiras adicionais, nomeadamente, aquisição de novas instalações no valor de 3,4 milhões de euros; novas obrigações legais que impõem a criação de órgãos remunerados; proposta de remuneração para órgãos anteriormente pro bono; aumento substancial das despesas fixas; risco à sustentabilidade financeira a médio e longo prazo e necessidade urgente de reestruturação do modelo de financiamento”.

“O CR Lisboa estará sempre solidário com a classe e tomará as medidas que considerar necessárias e estiverem ao seu alcance para atenuar situações adversas como a que se vive agora”, declara João Massano. “Esta decisão de prescindir das senhas de presença é apenas o primeiro passo. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir a estabilidade financeira e o futuro da nossa instituição, sempre em defesa dos interesses dos advogados e da Justiça”.

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Descida de 1% do IRC é um “bom sinal” mas não chega, defendem banqueiros

Baixa de 1% do IRC só pode ser considerado positivo "se for interpretado com um sinal", referiu líder da Caixa. Banqueiros defendem maior consistência na redução fiscal sobre famílias e empresas.

A descida de 1 ponto percentual do IRC, como prevê o Orçamento do Estado para o próximo ano, é “um bom sinal”, mas a redução fiscal deve ser maior, defendem os líderes dos principais bancos em Portugal.

“Pessoalmente acho que é importante baixar a carga fiscal. 1% [um ponto percentual de baixa do IRC] só é positivo se for interpretado como um sinal”, referiu Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), na conferência Money Summit, organizada pela EY. “Se virmos que há uma redução da carga fiscal, (…) temos um conjunto de medidas e efeitos na economia que podem gerar uma onda otimista, e uma melhoria para o rendimento das famílias, designadamente dos jovens“, referiu.

Pedro Castro e Almeida considera que há três “bons sinais” no Orçamento do Estado: contas públicas equilibradas, IRS Jovem e a redução do IRC. Porém, “falta uma agenda de crescimento” e retirar burocracia na Administração Pública, acrescentou o CEO do Santander Totta.

Para Pedro Leitão, do Banco Montepio, a proposta orçamental traz “bons sinais no que diz respeito a libertar dinheiro”, seja no IRS Jovem ou atualização dos escalões e no IRC. “O sinal é importante, temos de começar por algum lado”, sublinhou o gestor considerando que se deve “tornar consistente” o alívio fiscal.

“Saímos do jardim escola”, ironiza líder do BPI

Do lado do BPI, João Pedro Oliveira e Costa disse estar um “bocadinho mais contente” com a aprovação do Orçamento do Estado pois permitiu dar “um passo em frente” e abandonar o “jardim escola” em que se havia transformado a discussão em torno do assunto.

“O Orçamento do Estado é o possível, com um Governo minoritário”, disse o gestor, frisando que importa agora executá-lo “com uma visão de crescimento”.

João Pedro Oliveira e Costa considerou que Portugal está perante uma oportunidade como nunca teve nas últimas três décadas para crescer, apontando o foco a três grandes temas: habitação, infraestruturas e desburocratização.

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Insurtech domina ecossistema fintech em Portugal e atrai novas parcerias

  • ECO Seguros
  • 5 Novembro 2024

Ainda que seja a maior fatia do sistema, é apenas o terceiro a nível de investimento: blockchain e cripto estão em primeiro lugar.

O setor das insurtech continua a representar a maior fatia (20%) das fintech portuguesas, seguindo-se-lhe o setor de lending & credit (empréstimos e crédito) e depois pagamentos e transferências de capital (ambas representando 19% cada). Estes dados constam no Portugal Fintech Report 2024 que regista um crescimento da criação de fintech face ao ano passado, visto que do ecossistema 11% foram criadas em 2024 e no ano passado apenas 3%.

Até à data, o ecossistema fintech teve um investimento de 1.164.011.646 euros. Do montante investido, 85% é proveniente de investidores estrangeiros, um crescimento de 43% face ao ano passado.

Entre os setores que mais atraíram investidores, o da insurtech fecha o pódio do setor com maior investimento perdendo para a blockchain e cripto, que é o que capta mais investimento e lending & credit que surge logo em segundo lugar.

Segundo o relatório, entre as parcerias que guiam o progresso da indústria estão a Caravela e a fintech Indie que fornece “insurance as a service” para técnicos da plataforma Oscar, onde se paga por cada serviço solicitado.

Destaque ainda para os seguros auto e motociclo propostos pela Habit aos clientes da Credibom, para a parceria entre a VD Insurance e a Mudum e entre esta e a Minalea. Esta última aplica ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para análise de mercado, apoio de vendas, análise de dados e integração dos dados dos clientes.

A Portugal Fintech foi fundada em 2016 como a primeira comunidade fintech sem fins lucrativos em Portugal. Desde daí, evoluiu para uma rede desde startups a incumbentes dedicatos ao ecossistema. As suas principais iniciativas são a Fintech House, um incubador para fintech em Lisboa, Fintech Solutions, órgão consultivo que visa fechar as lacunas entre startups e incumbentes e, finalmente, Portugal Fintech Report.

Os relatórios são elaborados desde 2017 para promover conhecimento e conexão no ecossistema fintech português, impulsionando o crescimento e a inovação através de insights e colaboração entre startups, investidores e especialistas da indústria.

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Pombal com investimentos de dez milhões de euros em quatro unidades de saúde

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

Pedro Pimpão garantiu que a autarquia, no distrito de Leiria, vai avançar com o procedimento concursal "o mais rapidamente possível".

O concelho de Pombal vai ter investimentos de 10 milhões de euros em quatro unidades de saúde, destacando-se, pelo montante, a ampliação do centro de saúde da sede do concelho, foi divulgado esta terça-feira.

“Creio que é um salto muito positivo no nosso território”, afirmou à agência Lusa o presidente do município, Pedro Pimpão, adiantando que os investimentos decorrem do Plano de Recuperação e Resiliência, pelo que “têm de ter a sua execução física e financeira até 2026”.

Admitindo tratar-se de um contrarrelógio para a sua concretização, Pedro Pimpão garantiu que a autarquia, no distrito de Leiria, vai avançar com o procedimento concursal “o mais rapidamente possível”.

Numa nota de imprensa, a Câmara referiu que “em causa está a remodelação e ampliação do Centro de Saúde de Pombal, no valor de quatro milhões de euros, que permitirá uma melhor capacidade de resposta e dignidade aos utentes, para além de disponibilizar outras respostas de cuidados de saúde primários aos utentes”.

“Os restantes investimentos referem-se à construção da Unidade de Saúde do Vale do Arunca (para servir as freguesias de Redinha, Almagreira e Pelariga) e as Unidades de Saúde de Santiago, São Simão de Litém e Albergaria dos Doze, e de Carnide, Vermoil e Meirinhas, num valor a rondar os dois milhões de euros cada”, lê-se na nota.

De acordo com o município, “as futuras infraestruturas, consensualizadas com a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria e as respetivas juntas de freguesia, permitirão melhorar as condições para os profissionais médicos, de enfermagem e técnicos, melhorando, igualmente, a qualidade da resposta assistencial às populações, com mais valências e serviços”.

Pedro Pimpão disse que a autarquia está a acompanhar a reorganização da rede de cuidados de saúde primários e quando o município assumiu as competências na área da saúde fez questão de articular os investimentos necessários para a criação de “condições físicas, de infraestruturas, necessárias para melhorar os cuidados de saúde” no concelho.

“Nesse âmbito, apresentámos logo essas candidaturas”, explicou.

Questionado sobre a falta de médicos de família, o presidente do município considerou que a dignidade e a qualidade dos equipamentos são um “fator de atratividade para os profissionais de saúde se fixarem no território, porque vão ter melhores condições de trabalho”.

Pedro Pimpão salientou ainda que as autarquias não têm competência para contratar clínicos, mas podem exigir, “de quem tem essa responsabilidade, que coloque profissionais de saúde” no território.

“A partir do momento em que estas unidades estão a evoluir para unidades de saúde familiar, só a própria organização é mais atrativa para os profissionais de saúde, porque, se cumprirem determinados objetivos, têm reforço também das suas remunerações”, acrescentou, reconhecendo que este modelo é “positivo e de atratividade para os médicos”.

Estes investimentos vão ser apresentados à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento, na sexta-feira à tarde, nos Paços do Concelho, anunciou a Câmara de Pombal.

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Contrato da Digi permite subir preços à inflação, mas operadora promete não o fazer

Operadora garante que os seus preços são estáveis e não serão atualizados anualmente à inflação. Nas condições gerais, reserva o direito a fazê-lo, num mínimo de 50 cêntimos ao ano.

A Digi prometeu na segunda-feira praticar preços mais baixos do que a concorrência no mercado português, sem promoções e sem atualizações anuais à inflação. Mas as condições gerais disponibilizadas no novo site da operadora dão claramente à empresa o direito de aumentar os preços à taxa de inflação. Em resposta ao ECO, a Digi diz que se trata apenas de uma “previsão contratual” e insiste que não pretende exercer esse direito.

A promessa está num dos slides exibidos esta segunda-feira aos jornalistas, dia em que a Digi realizou um evento para anunciar a chegada a Portugal. Na apresentação, assistida pelo ECO, a nova operadora de origem romena indicou que os seus preços “não estão indexados anualmente com a inflação”.

Só que as condições gerais dão o direito à empresa de fazer exatamente o contrário. O documento, que ficou disponível para consulta esta terça-feira de manhã no site da Digi, confere à operadora a capacidade de atualizar as mensalidades à inflação no início de cada ano civil.

Mais: nos anos em que a inflação é mais reduzida, a empresa estabelece um aumento mínimo dos preços de 50 cêntimos, em linha com o que é normalmente praticado pela operadora Meo.

“De modo a suportar os custos referentes ao investimento na rede, no início de cada novo ano civil e mediante notificação prévia ao cliente através de um dos meios previstos na Cláusula 18, a Digi reserva-se no direito de proceder ao aumento da mensalidade do(s) serviço(s) e/ou tarifário(s) contratado(s), o qual será calculado com base no último Índice de Preços no Consumidor relativo a um ano civil completo, tendo por referência a data da referida notificação, conforme publicado pelo Instituto Nacional e Estatística, no valor mínimo de 50 cêntimos, com IVA incluído”, lê-se no documento.

Sendo um “direito”, nada garante que a Digi o pretenda exercer. Ainda assim, o ECO contactou fonte oficial da Digi sobre esta questão.

“A mensagem que encontra nas ‘Condições de oferta de serviços’ é apenas uma previsão contratual, sendo referido ser uma opção. Contudo, não representa a política de preços do Grupo Digi, como provado em outros mercados, como em Espanha, onde não há subida de preços desde 2008, ou na Roménia, onde não há subida de preços desde 2019 (e a anterior em 2009)”, explicou ao ECO fonte oficial.

As atualizações de preços nas telecomunicações ganharam relevância nos últimos dois anos, devido à escalada da inflação em Portugal a partir de 2022, com o início da guerra na Ucrânia. Em 2023, as operadoras Meo, Nos e Vodafone subiram os preços aos consumidores em cerca de 7,8%. Este ano, os preços das três operadoras voltaram a aumentar em torno de 4,3%.

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Bancos atacam modelo de contribuições para o Fundo de Resolução

Miguel Maya (BCP) e Pedro Castro e Almeida (Santander Totta) defendem mudanças nas contribuições para o fundo que pagou a resolução do BES e a capitalização do Novobanco.

Os líderes dos principais bancos em Portugal voltaram a atacar o modelo de contribuições para o Fundo de Resolução, que vão subir no próximo ano, e criticaram ainda as muitas “taxas e taxinhas” que são cobradas ao setor.

“Por que é que são os bancos portugueses que pagam a fatura [para o Fundo de Resolução] e não todas as entidades que prestam serviços financeiros aos contribuintes portugueses?”, voltou a questionar o CEO do BCP, Miguel Maya, na conferência Money Summit organizada pela EY.

“Não critico a decisão inicial”, acrescentou Miguel Maya. “O pior é quando não se corrige o erro. (…) Nunca me vou conformar com isso, é verdadeiramente inaceitável”, atirou.

Pedro Castro e Almeida, do Santander Totta, também considera que o modelo de financiamento do Fundo de Resolução tem de ser alterado. Da forma como está cria incentivos para os bancos deixarem se ter sucursais para terem apenas filias por cá para evitar ter de fazer contribuições para o fundo.

Na semana passada o líder do BPI criticou o facto de a contribuição anual dos bancos para o Fundo de Resolução subir no próximo ano. “Já não gostei de ter pagado o jantar a que não fui. Apresentarem agora alterações à fatura é um bocado complicado”, disse na quinta-feira. Esta terça-feira João Pedro Oliveira e Costa considerou “pesada” a fatura de 250 milhões de euros que a banca vai ter de pagar todos os anos até 2046, além das outras faturas que “são puramente ideológicas”, referindo às outras taxas que são cobradas ao setor, como o adicional de solidariedade, criado na pandemia.

Sempre que há alguma coisa a fazer, há sempre alguém que tem de pagar a fatura”, lamentou.

O CEO do Banco Montepio também atacou as “taxas e taxinhas” aplicadas aos bancos e que no caso do Montepio tem um custo de 2% da rentabilidade anual. É dinheiro que “deixamos de entregar ao acionista ou de investir”, disse Pedro Leitão.

Já o líder da Caixa lembrou uma notícia do ECO em relação ao Novobanco e segundo a qual o fim do mecanismo de capital contingente vai permitir o pagamento de dividendos. “O Novobanco pagará dividendos, que o Fundo de Resolução receberá a sua parte. Se o Novobanco for vendido, uma parte irá para o Fundo de Resolução”, disse para desfazer a ideia de que foram os contribuintes que pagaram a resolução do BES em 2014 e a capitalização do Novobanco nos últimos anos.

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