Albuquerque sem “certezas” de que novo programa do Governo vá ser aprovado na Madeira

Líder regional reuniu com os partidos da oposição, expecto PS e JPP, e, embora tenha incluído 19 novas propostas, não garante que o programa do Governo seja aprovado na quinta-feira.

Miguel Albuquerque garante ter condições para apresentar um novo programa do Governo para a região autónoma da Madeira, para ser votado na próxima quinta-feira, 4 de julho, na Assembleia Legislativa.

Em declarações aos jornalistas esta terça-feira, o líder do executivo madeirense anunciou que após se ter reunido com os vários partidos, com exceção do PS e JPP, surgiram 19 novas propostas que serão incluídas no programa. No entanto, não deu garantias de que elas venham acompanhadas de um voto favorável, depois do primeiro programa ter sido retirado por falta de condições para a sua aprovação.

“Na sequência das negociações que foram ultimadas ontem, temos condições para apresentar um novo programa do Governo”, indicou Miguel Albuquerque esta terça-feira. “Não há certezas taxativas de qual será o sentido de voto de cada partido mas temos a confiança na responsabilidade dos partidos relativamente ao programa do Governo”, acrescentou o presidente do executivo regional.

Em causa estão 19 propostas que surgiram dessas negociações. Entre elas, a revisão do Estatuto do Provedor do Animal a pedido do PAN, a criação de um Portal da Transparência proposto pela Iniciativa Liberal, uma auditoria externa e independente às contas da região autónoma defendida pelo Chega e, ainda, a elaboração de uma proposta, em conjunto com a Concertação Social, para a definição de uma referência para o salário para os jovens licenciados na Madeira, a pedido do CDS-PP.

Face a estas propostas, Miguel Albuquerque foi questionado sobre como decorrerá a votação do programa, prevista para esta quinta-feira, 4 de julho. Embora não tenha garantido que esta nova versão será aprovada — já que, na primeira tentativa, o PS, JPP e Chega anunciaram que votariam contra — o governante sublinhou que tudo fez para que fossem estabelecidas “vias de diálogo”.

“No quadro de uma democracia pluralista, madura, fizemos o que tínhamos de fazer: estabelecer vias de diálogo e concertação no sentido de colocarmos os interesses da região e da população em cima dos interesses partidários. Estamos satisfeitos e agradecemos a disponibilidade dos partidos“, disse Albuquerque, não respondendo como irá proceder se o programa for chumbado na Assembleia regional.

A nova proposta de Programa do Governo da Madeira será debatida e votada na quinta-feira, anunciou esta terça-feira o presidente da Assembleia Legislativa regional, José Manuel Rodrigues.

“Iniciar-se-á com uma intervenção do senhor presidente do governo, 15 minutos, e segue-se o período de pedidos de esclarecimento, que podem ser dirigidos quer ao presidente do governo, quer aos secretários regionais”, explicou o presidente do Parlamento. A nova proposta de Programa do Governo da Madeira dará entrada ainda hoje na Assembleia Legislativa.

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“Governo não pode estar à espera da ANA” no novo aeroporto, apela presidente da CTI

A presidente da Comissão Técnica Independente responsável pelo estudo da localização do novo aeroporto acredita que novo aeroporto poder ser construído em sete anos.

Rosário Partidário, responsável pela Comissão Técnica Independente (CTI) que elaborou a Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto, apela a que o Governo “não fique à espera” da ANA para avançar com os passos necessários para o início da construção da nova infraestrutura.

O Governo pode pensar no que tem de fazer, ter uma programação e não estar à espera da concessionária“, afirmou Rosário Partidário, em declarações à margem da 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society, que decorre esta semana no Instituto Superior de Educação e Ciências, em Lisboa.

A presidente da CTI assinalou que o contrato de concessão dá até cinco anos para a ANA elaborar todo o processo de candidatura à construção do futuro aeroporto Luís de Camões. “Vamos estar cinco anos à espera que qualquer máquina esteja no terreno? Cinco anos é muito tempo quando estamos numa situação de urgência. Os procedimentos que tem de fazer não são novidade. É uma questão de planear e não ficar à espera”, sublinhou.

Rosário Partidário mantém que “em sete anos é possível” construir o novo aeroporto. Foi esse o prazo apontado pelo relatório da CTI, que no arranque do ano indicava 2030 como prazo para a entrada em operação da primeira pista.

Quando anunciou a localização do novo aeroporto, o Governo afirmou que iria encetar negociações com a ANA para reduzir os tempos de execução previstos contratualmente. O ministério das Infraestruturas enviou formalmente à concessionária a carta que dá início à contagem de prazos para a construção do novo aeroporto, a 17 de junho. A ANA tem seis meses para elaborar o Relatório Inicial.

Rosário Partidário considerou, durante a sua intervenção na conferência, que a avaliação realizada pela CTI “foi uma história de sucesso”, esperando que “seja um exemplo inspirador para o resto do mundo”.

Deixou ainda elogios ao “acordo entre os dois principais partidos” para a criação da Comissão. “Um no Governo em 2022 e o outro agora. Juntos concordaram em como chegar a esta decisão”, sublinhou. “Apesar de todos os estudos técnicos que foram feitos, é isto que é importante: haver acordo político e decisões conjuntas”, acrescentou.

A CTI entregou o relatório final de avaliação ao anterior Governo a 11 de março, apontando o Campo de Tiro de Alcochete como a opção com mais vantagens para a localização do novo aeroporto. Foi essa a opção política adotada pelo Executivo de Luís Montenegro no final de abril, em conjugação com a expansão do Humberto Delgado.

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Governo apoia transporte ferroviário de mercadorias com 45 milhões

  • Lusa e ECO
  • 2 Julho 2024

O Governo "vai apoiar os operadores de transporte ferroviário de mercadorias, com 9 milhões de euros anuais, por um período de cinco anos", depois de ter tido luz verde da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia deu esta terça-feira luz verde a ajudas estatais portuguesas, de subvenções de 45 milhões de euros até 2029, para incentivar a transferência do transporte rodoviário de mercadorias para a ferrovia, visando um modelo menos poluente.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, o executivo comunitário dá conta de que “aprovou, ao abrigo das regras comunitárias em matéria de auxílios estatais, um regime português de auxílios no valor de 45 milhões de euros destinado a incentivar a transferência do transporte de mercadorias da estrada para o caminho de ferro”.

“O objetivo do regime é promover a transferência modal do transporte de mercadorias para o caminho de ferro, que é um modo de transporte mais ecológico, e está em conformidade com os objetivos da Estratégia de Mobilidade Sustentável e Inteligente da Comissão e do Pacto Ecológico Europeu”, refere a instituição europeia.

Posteriormente, o Ministério das Infraestruturas e Habitação adiantou que, perante esta autorização, vai “apoiar os operadores de transporte ferroviário de mercadorias, com 9 milhões de euros anuais, por um período de cinco anos“, tendo em vista compensar as empresas pelos “custos externos ambientais evitados, nomeadamente poluição, congestionamento e acidentes”.

A Comissão Europeia argumenta que “o regime é necessário e adequado para promover a utilização do transporte ferroviário, que é menos poluente do que o transporte rodoviário”, cria incentivos “na oferta de preços mais baixos” e é ainda “proporcionado uma vez que se limita ao mínimo necessário e tem um impacto limitado na concorrência e no comércio entre os Estados-membros”.

O regime está aberto às empresas ferroviárias autorizadas pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes a prestar serviços de transporte ferroviário de mercadorias na infraestrutura ferroviária pública existente em Portugal. Este apoio “será atribuído com base num valor de 0,07 euros por tonelada/km transportadas e terá aplicação já em 2024″, acrescentou o gabinete de Miguel Pinto Luz, em comunicado.

“Esta é a primeira medida em Portugal com vista à promoção da ferrovia na logística nacional, tornando-a mais competitiva e mais sustentável, sendo materializada numa Resolução do Conselho de Ministros depois de ter sido hoje obtido aval da Comissão Europeia”, acrescenta o Governo, na nota de imprensa.

“O nível de apoio reflete os custos externos – ou seja, os custos ambientais, como as emissões de CO2 [dióxido de carbono] e a poluição atmosférica -, bem como os custos socioeconómicos, – como o congestionamento, os acidentes e a poluição sonora – que o transporte ferroviário permite evitar em comparação com o transporte rodoviário de mercadorias”, assinalou também a Comissão Europeia.

(Notícia atualizada às 14h08 com o comunicado do Ministério das Infraestruturas e Habitação)

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Presidente da ASF defende mecanismos público-privados para proteger em caso sinistro

Margarida Corrêa de Aguiar quer mecanismos público-privados para reduzir a lacuna de proteção de sinistros e mais transparência nas alterações dos prémios de seguro.

Margarida Corrêa Aguiar, presidente da ASF no Fórum Nacional de Seguros, a ser entrevista pelo Diretor-executivo do ECOseguros, Francisco Botelho, no 3.ª edição do Fórum Nacional dos Seguros.Gonçalo Gomes

A presidente da Autoridade Portuguesa de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Margarida Corrêa de Aguiar, defendeu esta terça-feira, durante o 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, que devem ser implementados mecanismos público-privados face ao “problema estrutural” da maioria dos portugueses não ter proteção de seguro em caso de sinistro. Para a “estrutural lacuna de proteção em Portugal, temos que ter respostas estruturais”, como “mecanismos coletivos de cobertura e financiamento” onde participem os segurados, o Estado e as seguradoras – mecanismos público-privados, assinalou a presidente da ASF.

Em entrevista na abertura da 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, que decorre até esta quarta-feira, Margarida Corrêa de Aguiar aponta como causas para a lacuna de proteção as baixas taxas de poupança das famílias portuguesas e os elevados níveis de iliteracia financeira. “Estas duas lacunas juntas conduzem a uma deficiente cultura de risco que se traduz numa falta de sensibilização face a seguros”, afirmou Margarida Correia Aguiar. Uma situação que “acaba por retrair a procura”.

No entanto, a líder da ASF também apontou problemas no lado da oferta de seguros em algumas áreas de risco, entre elas a da proteção face a catástrofes climáticas. Face à elevada exposição dos residentes a riscos relacionados com eventos climáticos (com os sismos com uma lacuna de 79%), “o setor não está a conseguir responder”, assinalou.

Quanto ao Fundo Sísmico, a presidente da ASF admite que “estamos muito atrasados no fundo desta natureza”, referindo haver a profissionalização do risco, mas nota a escassez de recursos financeiros. Acrescenta que já contam com instituições e empresas do setor

Transparência no setor segurador

A presidente da ASF confirma que, já para este ano, as alterações do valor da anuidade do prémio do seguro de incêndio, multirriscos e saúde vão conter as informações precisas relativamente aos motivos do aumento ou descida do preço a pagar pelo segurado.

Os esclarecimentos aos segurados dos motivos de alteração do prémio vão ser estendidos às restantes modalidades a 8 de janeiro. Margarida Corrêa de Aguiar revela que já há empresas que “desde maio estão a emitir avisos de pagamento nestas condições”.

Margarida Corrêa Aguiar, presidente da ASF no Fórum Nacional de Seguros, no 3.ª edição do Fórum Nacional dos Seguros.Gonçalo Gomes

Em causa estão recomendações lançadas pelo órgão regulador no âmbito de maios transparência nos prémios de seguro, que só entram em pleno vigor em 2025. Assim, as seguradoras terão que explicar os segurados os motivos do aumento (ou diminuição do prémios) anualmente, especificando se se deveu ao aumento da sinistralidade, inflação ou outros fatores.

“Esta recomendação está a ser implementada de forma faseada, porque a autoridade é sensível aos investimentos tecnológicos que as empresas podem fazer para cumprir esse desafio”, explica Margarida Corrêa Aguiar. Uma vez que as diferentes seguradoras têm diferentes capacidades de implementação dos mecanismos necessários para responder à recomendação até “todas terem capacidade de resposta”.

Geopolítica ameaça estabilidade do setor

A presidente do órgão regulador salienta que o desempenho do setor segurador pode ser negativamente afetado pelas tensões geopolíticas, pois pode afetar as cadeias de abastecimento e “põem em causa a redução da taxa da inflação”.

O que pode influenciar o aumento dos preços dos seguros e até o aumento de sinistros relacionados com o estabelecimento de zonas de perigo (um mapa que define zonas de risco em que ao entrar nelas, os armadores devem avisar os seus seguradores desse facto, porque um sobre-prémio passa a ser devido, por exemplo).

No entanto, surgem oportunidades macroeconómicas para os seguros, como o início da redução da taxa de juro, “o que perspetiva que venha trazer mais estabilidade e previsibilidade na economia e mercados financeiros”, realça Margarida Corrêa Aguiar.

“O setor segurador tem registado crescimento acima do PIB”

“O setor segurador tem registado crescimento acima do PIB” assinala a presidente da ASF. A produção global de seguro direto – venda direta de seguros aos clientes – registou uma subida de 13,6% no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo. Crescimento impulsionado pela subida de 18,8% da produção do ramo Vida.

“Começamos bem o ano e esperamos que estes resultados se mantenham com uma trajetória bastante positiva”, afirmou Margarida Corrêa Aguiar.

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Ana Figueiredo, Carolina Afonso e Paulo Macedo calçam ténis em campanha do ISEG

Os novos ténis do ISEG, edição exclusiva em parceria com a Sanjo, dão o mote para os testemunhos dos CEO da Altice Portugal, do Gato Preto ou da Caixa Geral de Depósito, três alumni da instituição.

Ana Figueiredo, Carolina Afonso e Paulo Macedo são os protagonistas do movimento “Mais CEOs de ténis”, a nova campanha do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão. Os novos ténis do ISEG, uma edição exclusiva criada em parceria com a Sanjo, dão o mote para os testemunhos dos CEO da Altice Portugal, do Gato Preto ou da Caixa Geral de Depósito, três alumni da instituição.

Com o objetivo de destacar a formação de executivos do ISEG e a sua capacidade de formar líderes de topo em Portugal, o principal objetivo do movimento “é mostrar que o ISEG é uma escola de negócios pioneira, arrojada, com uma identidade própria e revelar as características e desafios de liderança dos seus antigos alunos que hoje ocupam cargos de CEO em grandes empresas”, conta o +M Helena Laymé, diretor of marketing & external relations da instituição.

Os ‘nossos’ CEO, tal como ensinamos no ISEG, não têm que estar dentro de um ‘sapato engraxado’ para mostrarem a sua competência. Este movimento não só celebra a criatividade e inovação, marcas indeléveis do ISEG, mas também destaca o espírito open minded que a escola incute nos seus alunos, preparando-os para enfrentar e liderar no mundo moderno com uma perspetiva inclusiva e inovadora”, acrescenta.

O “movimento” conta com vídeos com testemunhos de CEO formados pelo ISEG e que são hoje o rosto de algumas das principais empresas que operam em Portugal. Esses vídeos serão publicados semanalmente e irão explorar as características humanas, inspirações e os percursos que cada um destes líderes escolheu fazer, explica Helena Laymé.

“O estilo do ISEG – agora também calçado nos pés destes CEO – é inconfundível e tem um toque de irreverência assumido pelos próprios, como símbolo do movimento “Mais CEOs de Ténis”, reforça.

A iniciativa começa com estes três gestores, mas Helena Laymé adianta que o objetivo é acrescentar testemunhos de outros CEO que foram também alunos do ISEG.

Quanto aos ténis, estão à venda na ISEG Store. “A Sanjo representa bem a nossa marca identitária, por ser uma marca portuguesa que decidiu reinventar-se, mas que tem memória e se mantém fiel aos seus valores e tradição. Queremos que o ISEG entre de facto na vida das pessoas através de experiências e produtos, e estamos muito contentes com o resultado”, justifica a diretora de marketing e relações externas.

O conceito criativo da campanha é da Lift Consulting, que colabora com o ISEG na implementação do movimento “Mais CEOs de ténis”.

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CEO da TAP espera verão “o mais tranquilo possível” nos aeroportos

O presidente executivo da TAP afirma que "pontualmente" podem existir cancelamentos de voos, mas está otimista. Sobre a privatização da companhia, espera novidades em setembro.

“O verão em aviação nunca é tranquilo”, assinala o presidente da TAP. Luís Rodrigues está, no entanto, otimista em relação à capacidade de resposta dos aeroportos nacionais durante os meses de época alta no transporte aéreo.

Trabalhámos com todos os elementos do ecossistema para garantir um verão o mais tranquilo possível. Estamos otimistas em relação a isso”, afirmou, em declarações à margem da 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society, que decorre esta semana no Instituto Superior de Educação e Ciências, em Lisboa. “Pontualmente pode haver algum cancelamento, mas neste momento está tudo normal“, acrescentou o gestor.

Depois de a companhia aérea registar prejuízos de 71,9 milhões no primeiro trimestre, Luís Rodrigues garantiu que as contas do segundo trimestre correram “muito melhor que o primeiro”, como já tinha afirmado recentemente no Parlamento. Sobre a privatização, disse apenas que “a TAP está preparada para qualquer cenário”. “O ministro já tornou público que em setembro haveria novidades”, afirmou, acrescentando, no entanto, que “não falou sobre o assunto com o Governo”.

Voos para a China? Só se for com o novo acionista

O presidente da TAP foi um dos oradores principais da 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society. Após a apresentação, foi questionado sobre quando existira um voo direto entre Lisboa e Pequim. Luís Rodrigues afastou essa possibilidade, respondendo que a estratégia da companhia portuguesa “é voar para Oeste”. “Talvez o novo acionista tenha ideias diferentes, mas deixo para eles”, acrescentou.

Durante a apresentação, elegeu a sustentabilidade como o principal desafio do setor, mas considerou que “foi criada na opinião pública uma perceção errada sobre o impacto da aviação nas emissões“, que diz terem rondado os 2,5% a 3%. Ainda assim, defendeu que o setor tem de atingir emissões líquidas zero “o mais rapidamente possível”.

A Lufthansa anunciou recentemente a aplicação de uma sobretaxa entre 1 e 72 euros em todas as passagens aéreas para voos a partir de 2025 devido aos custos ambientais, incluindo a obrigatoriedade de utilizar 2% de combustíveis sustentáveis (SAF, na sigla inglesa), que são mais caros que o querosene.

Questionado sobre se a TAP pretende aplicar um sobrecusto idêntico, Luís Rodrigues afirmou que a companhia aérea está a “avaliar todas as opções”. “Não temos decisão sobre isso. Em função das imposições regulatórias tomaremos as decisões na melhor altura”, disse.

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Jovens que façam 36 anos podem candidatar-se mais uma vez ao Porta 65

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Julho 2024

Alterações ao programa de arrendamento jovem preveem que quem completar 36 anos enquanto beneficia do apoio se possa candidatar mais uma vez, “desde que consecutiva”.

O diploma que alarga o acesso ao Porta 65 Jovem foi publicado esta terça-feira em Diário da República, passando a prever, por exemplo, que jovens que completem 36 anos durante o prazo em que beneficiam do apoio se possam candidatar mais uma vez consecutiva.

Caso o jovem complete 36 anos durante o prazo em que beneficia do apoio, pode ainda candidatar-se até ao limite de uma candidatura subsequente, desde que consecutiva“, lê-se no diploma, que foi aprovado no Conselho de Ministros de 23 de maio e promulgado pelo Presidente da República a 13 de junho.

Podem também beneficiar deste apoio “jovens em coabitação, com idade igual ou superior a 18 anos e idade igual ou inferior a 35 anos, partilhando uma habitação para residência permanente dos mesmos”, bem como “casais de jovens não separados judicialmente de pessoas e bens ou em união de facto, com residência no locado, com idade igual ou superior a 18 anos e idade igual ou inferior a 35 anos, podendo um dos elementos do casal ter idade até 37 anos“.

De acordo com as alterações ao programa, que entram em vigor em setembro, é eliminada a renda máxima como um fator de exclusão. Significa isto que caso um candidato tenha arranjado uma casa para arrendar que custa 401 euros, mas o teto máximo do concelho em que reside é de 400 euros, continua a ser elegível para receber o apoio.

Nos requisitos para um jovem beneficiar do programa, passa a prever-se que o seu rendimento mínimo (ou do agregado) não seja “superior a quatro vezes o valor da renda máxima de referência”.

Quanto ao processo de candidatura, deixa de ser necessário apresentar previamente o contrato de arrendamento ou uma promessa de contrato. Se os jovens forem elegíveis, têm uma garantia de que terão direito ao apoio assim que celebrarem um contrato de arrendamento, que tem de ser firmado nos dois meses seguintes.

Além disso, no caso dos jovens que acabaram de entrar no mercado de trabalho — e, por isso, ainda não entregaram declaração de IRS –, passam a poder candidatar-se apresentando três recibos de vencimento em vez dos atuais seis.

A reformulação do programa Porta 65 Jovem, que faz parte do pacote de medidas destinado à juventude que o Governo de Luís Montenegro aprovou em maio, prevê um reforço de 16 milhões de euros este ano aos 37 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado de 2024. Em 2025, o apoio será reforçado em 26 milhões de euros, de acordo com o gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes.

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BCE coloca a ameaça à biodiversidade no centro da sua agenda

A introdução de impostos sobre atividades nocivas para os ecossistemas são apenas parte de um problema com consequências exponenciais da perda de espécies, alertam especialistas no Fórum do BCE.

A perda de biodiversidade é um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta atualmente. Além do seu valor intrínseco, a biodiversidade desempenha um papel crucial na economia global.

A destruição da biodiversidade tem efeitos negativos nas gerações futuras, mesmo que deixe o bem-estar (económico) das gerações atuais praticamente inalterado“, afirmou Theresa Kucher, economista e investigadora da Stern School of Business, em Nova Iorque, esta terça-feira no Fórum do BCE no decorrer da apresentação do seu paper “A economia das perdas da biodiversidade”.

Perante uma plateia repleta de banqueiros centrais, investigadores, académicos e economistas, Kucher expressou a necessidade de se construir uma perspetiva holística para compreender plenamente os impactos económicos da perda de biodiversidade, destacando por diversas vezes a importância de haver uma visão de longo prazo na gestão dos recursos naturais para bem do planeta e da economia global.

Theresa Kuchler considera que os impostos pigouvianos sobre atividades que destroem os ecossistemas podem ser justificados, mesmo quando os efeitos económicos imediatos parecem limitados.

O modelo desenvolvido por Kucher e dos outros três co-autores deste trabalho académico demonstra como diferentes espécies interagem para fornecer serviços ecossistémicos que complementam outros fatores de produção económica. Esta abordagem permite, por exemplo, quantificar o impacto económico da perda de biodiversidade de uma forma mais precisa do que os modelos anteriores.

Um dos pontos-chave da apresentação de Kucher foi a não-linearidade da relação entre biodiversidade e produção económica. “A produção económica é uma função crescente, mas altamente côncava, da riqueza de espécies”, explicou. Isto significa que as perdas iniciais de biodiversidade podem ter impactos económicos relativamente pequenos, mas à medida que mais espécies são perdidas, os efeitos negativos aumentam exponencialmente.

Efeitos da biodiversidade no universo financeiro

Kucher também abordou a questão da fragilidade dos ecossistemas: “Desenvolvemos expressões para a fragilidade da prestação de serviços ecossistémicos e a sua evolução ao longo do tempo, que depende, entre outros fatores, da distribuição das perdas de biodiversidade entre as funções do ecossistema.”

A investigadora explicou que esta análise tem implicações significativas para a política económica e ambiental. Por exemplo, sugere que os impostos pigouvianos sobre atividades que destroem os ecossistemas podem ser justificados, mesmo quando os efeitos económicos imediatos parecem limitados, justamente para proteger as espécies ameaçadas.

A investigação de Kucher e dos seus colegas também oferece dados valiosos para o setor financeiro. “Mostramos empiricamente que notícias sobre a perda de biodiversidade aumentam mais os spreads dos credit default swaps (CDS) para países com ecossistemas mais esgotados“, referiu a investigador, sublinhando a relevância da biodiversidade para a estabilidade financeira.

Kucher enfatizou ainda a importância de considerar a biodiversidade nas decisões económicas: “Este não é apenas um exercício de abraçar árvores… isto é economia central”. Esta afirmação ressoa com as recentes declarações de líderes financeiros globais sobre a importância económica da biodiversidade.

A investigadora também destacou a necessidade de uma abordagem multidimensional: “O nosso modelo captura como diferentes espécies interagem dentro e entre funções ecossistémicas para produzir os serviços ecossistémicos agregados que entram nas funções de produção económica”.

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Alunos do 1.º ao 12.º ano das escolas do Porto vão ter literacia financeira

Os alunos do 1.º ao 12.º ano das escolas do Porto vão ter uma disciplina de literacia financeira, que lhes dará mais ferramentas para a vida.

Forum Nacional de Seguros
Vereador da Economia da Câmara do Porto, Ricardo Valente, no 3.º Fórum Nacional de SegurosGonçalo Gomes 2, julho, 2024

Numa iniciativa pioneira, a Câmara Municipal do Porto vai implementar em todas as escolas do concelho uma disciplina de literacia financeira que irá abranger os alunos do 1.º ao 12.º anos. O anúncio foi feito pelo vereador da Economia, Ricardo Valente, na sessão de abertura do 3.º Fórum Nacional de Seguros, uma organização do ECOseguros e da Zest que acontece até quarta-feira, na Alfândega do Porto.

Vamos pela primeira vez implementar na cidade um programa municipal de literacia financeira para as crianças da cidade, para que, desde o 1.º ano, tenham uma disciplina que os vai acompanhar desde os 6 aos 18 anos”, adiantou Ricardo Valente. O objetivo desta medida, explanou, é para que as crianças e jovens “percebam porque devem pensar na sua reforma com tempo com um plano de pensões, ou o que é um seguro acidentes de trabalho“, ou até um orçamento financeiro, completou.

Vamos pela primeira vez implementar na cidade um programa municipal de literacia financeira.

Ricardo Valente

Vereador das Atividades Económicas, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal do Porto

Esta medida da autarquia da Invicta vem responder a uma lacuna existente na comunidade: “As pessoas não são ensinadas desde tenra idade sobre o que é a literacia financeira.” A Câmara do Porto encontrou a solução na implementação de aulas nas escolas da cidade, capacitando os mais novos de mais ferramentas para o futuro.

Dirigindo-se para uma plateia repleta de parceiros do setor dos Seguros, o vereador da Economia do município afirmou: “Vocês têm um papel no mundo”, referindo-se à importância das seguradoras na literacia financeira.

3.º Fórum Nacional de SegurosGonçalo Gomes 2 julho, 2024

Fazendo uma alusão ao risco associado aos seguros, Ricardo Valente disse que a própria “cidade do Porto tem sido palco de uma evolução muito grande, o que implica risco”. Aliás, reiterou, “o município tinha de arriscar, mudar, aplicar uma estratégia diferente do que tinha sido feito no passado. Não tínhamos prova do sucesso e decidimos assumir o risco”. Até porque, realçou, “sem risco não há um retorno que pode ser financeiro ou social“. E o resultado está à vista: uma cidade que cresceu e que tem tido retorno económico, turístico e até social.

Os números falam por si: só entre 2015 e 2023 foram criados mais de 25 mil empregos na cidade. Além da evolução económica e turística, a grande aposta da autarquia é atacar o problema de falta de habitação. “A Câmara do Porto vai até 2030 trazer para o parque habitacional da cidade 1.600 novos fogos“, anunciou o vereador, adiantando que o Porto é “a cidade do país com o maior stock de renda acessível, habitação social, o equivalente à Finlândia”.

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Francisca Seabra é a nova CEO da Burson. José Bourbon-Ribeiro deixa o grupo

Francisca Seabra irá trabalhar com Piedade Guimarães, diretora de operações, e com Maria Silvestre, diretora financeira, que mantém as funções que já assumiam no grupo de comunicação. 

Francisca Seabra foi nomeada CEO da Burson, agência da WPP que resulta da fusão da Hill & Knowlton com a BCW. Na Hill & Knowlton desde 2017, a nova CEO era Chief Client Officer desde o início de 2023.

A Francisca provou ter fortes valências na sua relação de proximidade com clientes e é uma líder talentosa”, refere Scott Wilson, CEO da Burson para a região EMEA. “Estou confiante de que, sob a sua orientação, a Burson Portugal será a agência de referência para os clientes que procuram construir a sua reputação para obter vantagens competitivas e para os talentos que pretendem trabalhar com as principais marcas a nível mundial e construir carreiras extraordinárias”, acrescent, citado em comunicado.

Francisca Seabra irá trabalhar com Piedade Guimarães, diretora de operações, e com Maria Silvestre, diretora financeira, que mantêm, assim, as funções que já assumiam no grupo de comunicação.

“Numa fase tão empolgante para a Burson a nível global, é uma honra assumir este novo cargo. Estou muito orgulhosa da nossa equipa de profissionais altamente qualificados que todos os dias acrescentam enorme valor à nossa operação, e é com enorme entusiasmo que assumo o desafio de os orientar para melhor alavancarmos, em conjunto, o capital de reputação dos nossos clientes”, comenta, também citada em comunicado, a nova CEO.

Francisca Seabra vai substituir José Bourbon-Ribeiro, que assumiu o cargo de CEO da Hill+Knowlton Strategies Portugal em março de 2023, altura em que Francisco Teixeira passou a chairman do negócio de relações públicas em Portugal. Na liderança da agência contava com Francisca Seabra (Chief Client Officer), Piedade Guimarães (COO) e Maria Silvestre (CFO).

Um mês depois, Francisco Teixeira passou a CEO do GroupM, sucedendo a José Pedro Dias Pinheiro, que passou a chairman da companhia do grupo WPP com o negócio das agências de meios.

O grupo WPP anunciou a nível global, no final de janeiro, a fusão das suas duas maiores agências de comunicação, a Hill & Knowlton e a BCW. Desta operação surgiu a Burson, operacional desde 1 de julho de 2024.

“Através desta nova identidade, a Burson vai reforçar a sua liderança na indústria e oferecer soluções modernas de comunicação, com um grande foco na construção e preservação de reputação, a clientes de todo o mundo”, afirma a companhia.

Em Portugal, assegurou ao +M José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton, a alteração não terá impacto de maior. “Este caminho já vinha a ser feito há alguns anos quando a WPP decidiu, de forma pioneira, reunir as suas operações no WPP Campus em Lisboa. A BCW e a Hill & Knowlton não só acompanharam este movimento como passaram a partilhar a mesma equipa de gestão”, justificou o responsável.

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Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

Enquanto as taxas a três meses e a 12 meses subiram para 3,714% e 3,589%, respetivamente, no prazo a seis meses desceu para 3,676%.

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a segunda-feira. Com estas alterações, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,714%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,676%) e da taxa a 12 meses (3,589%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta terça-feira para 3,676%, menos 0,002 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou esta terça-feira para 3,589%, mais 0,022 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,714%, mais 0,005 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

O Banco Central Europeu (BCE) desceu em 6 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Portugal volta a superar taxa de desemprego da Zona Euro

Em abril a taxa de desemprego portuguesa ficou alinhada com a média da Zona Euro, mas em maio voltou a ficar acima. Portugal superou também o desemprego médio da União Europeia.

Depois de em abril a taxa de desemprego portuguesa ter ficado alinhada com média da Zona Euro, em maio voltou a superá-la, mostram os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. Portugal ficou também acima da média da União Europeia (UE), já que esta não mexeu face ao mês anterior, enquanto a nível acional houve um aumento (ainda que ligeiro).

“Em maio de 2024, a taxa de desemprego da Zona Euro foi de 6,4%, estável face a abril de 2023 e abaixo dos 6,5% registados em maio de 2023. A taxa de desemprego da UE situou-se nos 6% em maio de 2024, também estável face a abril de 2024 e do modo mesmo face a maio de 2023″, explica o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã. No total, em maio havia 13,2 mil milhões pessoas desempregadas nos países do bloco comunitário.

Tal como já tinha adiantado o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego em Portugal fixou-se em 6,5% em maio, o que correspondeu a um aumento de 0,1 pontos percentuais em cadeia e em termos homólogos.

Esta evolução colocou a taxa de emprego portuguesa novamente acima da média da Zona Euro, depois de em abril ter ficado alinhada com a mesma. O indicador nacional também superou a média comunitária, o que tem acontecido há vários meses.

De resto, entre os Estados-membros, Espanha voltou a ser o país com a taxa de desemprego mais grave: 11,7%. A completar o pódio, estiveram a Grécia (10,6%) e a Suécia e a Finlândia (em ambos os casos, a taxa de desemprego situou-se em 8,2%).

Espanha tem a pior taxa de desemprego da Europa

Fonte: Eurostat

Do outro lado da tabela, foi a República Checa que conseguiu o lugar de país com a taxa de desemprego mais baixa do espaço europeu: 2,7%, abaixo dos 2,8% registados no mês anterior. Também a Polónia (3,0%) e Malta (3,2%) merecem destaque.

Apesar dos desafios (incluindo o conflito em curso no leste europeu), o mercado de trabalho português e comunitário tem mostrado sinais de resiliência e estabilidade, ainda que a situação varie de forma considerável entre países, como mostram os dados divulgados pelo Eurostat.

Notícia atualizada às 10h52

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