“I ❤️” não pode ser registado como marca para vestuário na UE, determina tribunal europeu

  • + M
  • 9 Julho 2025

Este sinal não permite distinguir os produtos em causa dos de outras empresas, entende o Tribunal Geral da UE, que considera que as marcas pedidas são "desprovidas de caráter distintivo".

O sinal “I ❤️” não pode ser registado como marca da União Europeia para peças de vestuário, como t-shirts, decidiu o Tribunal Geral da União Europeia. “Mesmo que seja reivindicado para determinados posicionamentos específicos, este sinal não permite distinguir os produtos em causa dos de outras empresas“, considera o tribunal.

A decisão do tribunal surge depois de, em 2022, a empresa alemã sprd.net ter pedido ao Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) o registo, como marcas de posição (tipo de marca registada que protege a aplicação de um sinal visual numa posição específica num produto ou serviço), para peças de vestuário, nomeadamente em t-shirts, sweat-shirts e pull-overs.

A marca pretendia assim registar a colocação de um sinal ou logótipo constituído por um ‘I’ maiúsculo e um coração vermelho, sobre o lado esquerdo do peito de uma peça de vestuário e numa etiqueta interior ou exterior, na zona da nuca.

Depois de o EUIPO ter indeferido os pedidos de registo, com o fundamento de que as marcas pedidas são “desprovidas de caráter distintivo“, a sprd.net contestou a decisão junto do Tribunal Geral da União Europeia, que vem agora confirmar as decisões do EUIPO.

Segundo o tribunal, “o EUIPO não cometeu um erro quando concluiu que o posicionamento específico do sinal figurativo numa peça de vestuário descrita pela sprd.net nos seus pedidos de registo não era suscetível de conferir a esse sinal, que, enquanto tal, é desprovido de caráter distintivo, semelhante caráter relativamente aos produtos em causa”, lê-se ainda em nota de imprensa.

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Concentração de seguradoras traz “prejuízo” para mediadores e clientes, diz novo líder da Aprose

Nuno Martins defende uma valorização da mediação de seguros e diz que o futuro da profissão "não é esmagar preço", mas sim reforçar a proteção dos clientes.

A crescente concentração no setor dos seguros está a traduzir-se num prejuízo para mediadores e para o cliente final, aponta Nuno Martins, o novo presidente da Aprose, associação que representa os corretores e agentes a exercerem a atividade de mediação de seguros em Portugal. Há dois meses no cargo, o responsável defende uma maior valorização da profissão e diz que o futuro não é “esmagar o preço”, mas acrescentar valor.

“As seguradoras têm desafios. Um deles foi esta concentração de seguradoras que, de algum modo, se reflete num prejuízo para a mediação e para o cliente final“, assumiu Nuno Martins, durante a abertura do segundo dia do Fórum Nacional de Seguros 2025, que está a decorrer na Alfândega do Porto.

Durante a sua primeira intervenção pública desde que assumiu a liderança da Aprose, em maio, Nuno Martins reforçou que “a concentração e o mercado em si estão a pressionar as seguradoras derivado ao aumento de sinistralidade e aos custos”.

No entanto, o mesmo responsável argumentou que “o motor da indústria das seguradoras é a mediação“, assumindo uma relação de “parceria” na qual os mediadores surgem como uma “equipa de vendas das seguradoras”.

Nuno Martins, presidente da Aprose, durante o Fórum Nacional de Seguros 2025Pedro Granadeiro/ECO

Ainda a estabelecer as prioridades para o seu mandato, Nuno Martins disse querer valorizar o papel do mediador, procurando transformar o valor percebido do cliente — que muitas vezes é o preço — no trabalho com o mediador”. Para o responsável, é preciso “perceber que isto não é para esmagar preço, mas proteger cada vez mais”.

Nuno Martins quer ainda que os mediadores assumam um papel mais ativo em temas como as catástrofes naturais, ou o protection gap, incluindo a profissão nesta transformação que o setor está a atravessar. “Temos de levar ao nosso cliente a noção de risco e de proteção”, completou.

Congresso em fevereiro e regresso dos prémios Aprose

No que diz respeito à questão tecnológica, o presidente da associação adiantou que quer desenvolver a tecnologia no trabalho da mediação, acrescentando que os planos passam, numa primeira fase, por criar uma plataforma de conversa com empresas de tecnologia e software para perceber qual é o caminho a seguir. Para, numa segunda fase, perceber como implementar essas soluções.

A preparar a realização de um questionário junto das empresas precisamente “para sustentar os passos seguintes”, a Aprose está já a preparar o próximo congresso, previsto para o final de fevereiro do próximo ano, com algumas mudanças para dinamizar este encontro.

Outra das novidades avançadas pelo presidente da associação é o regresso dos prémios Aprose, para criar uma montra com os melhores operadores deste setor.

Desenvolver a academia da Aprose, assim como criar novos conteúdos, nomeadamente em termos técnicos, são outras das prioridades na lista do novo líder da associação que representa a mediação de seguros em Portugal.

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Após avisos, IP avança com remoção de painéis publicitários

  • + M
  • 9 Julho 2025

A IP, que já removeu algumas estruturas, vai avançar com mais operações ao longo dos próximos meses, em vários dos pontos do país. O custo das remoções fica a cargo das empresas responsáveis.

Depois de já ter enviado cartas onde pedia às empresas a remoção voluntária de painéis publicitários “indevidamente colocados” junto a estradas, a Infraestruturas de Portugal (IP) avançou para a remoção forçada destes painéis publicitários irregulares.

Segundo a CNN, os desmantelamentos das estruturas já começaram, tendo uma das primeiras remoções ocorrido junto ao nó de Alfragide, no IC19, a estrada mais movimentada do país, onde agora já não se encontra um painel publicitário de grandes dimensões, após uma operação que demorou mais de 10 horas.

A IP vai avançar com mais operações de desmantelamento ao longo dos próximos meses, em vários dos pontos do país, ficando o custo das operações a cargo das empresas responsáveis. Entretanto, após o início das remoções, algumas empresas já comunicaram à gestora da rede de estradas nacionais que vão remover os painéis a propósito dos quais foram notificadas, o que leva pessoas familiarizadas com o processo a acreditar que se “está a verificar uma mudança de postura das empresas de publicidade“, refere a CNN.

Recorde-se que, em fevereiro, a IP enviou cartas a pedir a “retirada voluntária” de painéis publicitários “indevidamente colocados” junto a estradas e que podiam representar um risco para a segurança rodoviária. A IP tinha desde logo avançado que, no caso das empresas que não removessem as estruturas, a própria IP iria proceder à sua retirada a expensas dos titulares.

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PJ detém 55 suspeitos de auxílio à imigração ilegal com recurso a casamentos

  • Lusa
  • 9 Julho 2025

Suspeitos sugeriam a estrangeiros a realização de casamentos de conveniência com cidadãs portuguesas para obterem autorização de residência no país.

Cinquenta e cinco pessoas foram detidas esta quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) na Grande Lisboa numa operação de combate à imigração ilegal, alegadamente com recurso a casamentos de conveniência entre portuguesas e estrangeiros.

Segundo anunciou a força policial, o plano para “promover a regularização fraudulenta de cidadãos estrangeiros” foi concretizado através das redes sociais e passaria inicialmente por explicar aos interessados, em encontros combinados em Portugal”, que “a forma mais fácil de se regularizarem e obterem autorização de residência seria com a abertura de uma empresa“.

“Posteriormente, uma vez que tais procedimentos eram exigentes, os suspeitos passaram a sugerir a realização de casamentos de conveniência com cidadãs portuguesas, não havendo qualquer relação entre os nubentes“, refere, em comunicado, a instituição. Os enlaces seriam realizados mediante o pagamento de quantias elevadas.

Os suspeitos estão indiciados dos crimes de auxílio à imigração ilegal, associação de auxílio à imigração ilegal e falsidade informática e vão ser apresentados, no âmbito deste processo, ao Ministério Público.

No total, participaram na operação “Aliança Digital” cerca de 300 elementos da PJ, que deram cumprimento a 57 mandados de busca.

A investigação está a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, em inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

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PSD aceita adiar para setembro votação final da revisão da lei da nacionalidade

  • Lusa
  • 9 Julho 2025

 Governo quer, nomeadamente, alargar prazo mínimo de residência para acesso a naturalização. Parlamento vai fazer audições antes de votação do diploma.

O PSD aceitou hoje abrir um período de audições, a realizar até ao fim da terceira semana de setembro, antes da votação na especialidade e final global do diploma do Governo que altera a lei da nacionalidade.

Esta posição foi transmitida pelo deputado social-democrata António Rodrigues em reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais.

Porém, o dirigente da bancada social-democrata também advertiu que não aceitaria que esse período de audições se prolongue excessivamente, fazendo com que a votação final global do diploma do executivo passe, eventualmente, para um período após a conclusão do processo legislativo referente ao Orçamento do Estado para 2026, ou seja, dezembro.

Na sexta-feira passada, a proposta de lei do Governo de alteração ao diploma da nacionalidade baixou à fase de especialidade sem ser votada na generalidade, bem como um projeto-lei do Chega sobre a mesma matéria.

A proposta de lei do Governo de alteração ao diploma da nacionalidade pretende aumentar o período de permanência em Portugal exigido para a obtenção da cidadania (de cinco para 7 ou 10 anos, consoante se trate de cidadãos lusófonos ou não lusófonos).

O Governo prevê, ainda, a possibilidade da perda da nacionalidade para os naturalizados há menos de 10 anos e que sejam condenados a pena de prisão efetiva igual ou superior a 5 anos pela prática de crimes graves. Quanto à atribuição de nacionalidade originária a descendentes de estrangeiros residentes em Portugal, passa a exigir-se a residência legal durante o período de três anos.

A proposta do Governo de revisão lei da nacionalidade tem levantado dúvidas de constitucionalidade, designadamente aos partidos da esquerda parlamentar, sobretudo em questões como a possibilidade de perda da nacionalidade quando obtida por naturalização e por decisão judicial, em caso de condenação por crimes.

Na sexta-feira, durante um debate sobre a proposta do Governo de revisão da lei da nacionalidade, na generalidade, a intervenção mais contundente partiu do dirigente da bancada socialista Pedro Delgado Alves.

A perda da nacionalidade proposta pelo Governo é desproporcional. Cria duas categorias de cidadãos: uns que são da espécie de período experimental e os outros que têm todos os direitos“.

Ainda de acordo com o ‘vice’ do Grupo Parlamentar do PS, o diploma do Governo viola a Constituição no que respeita “à retroatividade”, já que “pessoas que já hoje reúnem os requisitos para requerer a nacionalidade e deixariam de o poder fazer, o que viola o princípio da proteção de confiança”.

Um projeto do Chega, também para alteração da lei da nacionalidade, teve mesmo um parecer dos serviços da Assembleia da República no sentido da sua inconstitucionalidade.

Apesar de aceitar estas dúvidas, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, admitiu-o a discussão, esperando que as eventuais desconformidades com a Lei Fundamental possam ser corrigidas ao longo do processo legislativo.

Na terça-feira, em Gaia, o presidente da Assembleia da República estendeu as suas advertências ao diploma do executivo. Afirmou esperar que haja uma reflexão sobre eventuais riscos constitucionais da alteração à lei da nacionalidade proposta pelo Governo, como o efeito retroativo da medida, na fase de discussão na especialidade.

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Geradores, vacinas e até tendas. UE vai criar reservas essenciais para situações de crise

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Julho 2025

A Comissão Europeia lançou uma estratégia para garantir acesso a alimentos, água, medicamentos e equipamento médico em situações de conflito, pandemias, catástrofes naturais, ciberataques ou apagões.

A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira uma estratégia que visa a constituição de reservas de bens essenciais, como alimentos, água, combustível e medicamentos, e de contramedidas médicas, assegurando o acesso a material médico vital, especialmente em situações de crise como apagões energéticos, catástrofes naturais, guerras, ciberataques ou pandemias.

A estratégia centra-se em cinco domínios, nomeadamente:

  • “fornecimentos de emergência” (equipamento e materiais essenciais para responder a catástrofes, como tendas, cobertores e kits de purificação de água);
  • “contramedidas médicas” (vacinas, medicamentos e equipamento para emergências de saúde);
  • “matérias-primas críticas” (recursos vitais para a indústria e para a autonomia estratégica);
  • “equipamento energético” (componentes para manter a segurança energética, tais como geradores de eletricidade e equipamento de alta tensão);
  • e “segurança agrícola e hídrica” (medidas potenciais contra a escassez de alimentos e água em situações de crise).

Os principais objetivos desta estratégia são criar uma “rede de armazenagem da União Europeia (UE) com os Estados-membros para partilhar as melhores práticas, coordenar as reservas e elaborar recomendações conjuntas”, “identificar lacunas e duplicações de stocks através da partilha de informações e do reforço da cooperação entre os 27 e com a UE”, “alargar as reservas a nível da UE para colmatar as lacunas em bens essenciais, com o apoio de iniciativas como a rescEU para equipamento médico, abrigos, geradores, etc.”, “melhorar o transporte e a logística para uma resposta rápida às crises” e “promover parcerias civis-militares, público-privadas e internacionais para maximizar a utilização dos recursos de forma eficiente e atempada”.

No que toca às contramedidas médicas, as principais ações incluem “avançar com as vacinas contra a gripe da próxima geração, novos antibióticos para a resistência antimicrobiana, antivirais para doenças transmitidas por vetores (vírus, bactérias ou parasitas) e melhorar o acesso a contramedidas de defesa química, biológica, radiológica e nuclear (QBRN)” e “reforçar as informações e a vigilância através do desenvolvimento de uma lista da UE de contramedidas médicas prioritárias, roteiros de preparação e sistemas sentinela de águas residuais da UE/global”.

Outras medidas nesta matéria incluem “acelerar a inovação através do acelerador de contramedidas médicas, de pólos de I&D e da expansão do programa HERA Invest“, “assegurar a produção em grande escala”, “melhorar o acesso e a disponibilização de medicamentos através da aquisição conjunta e do apoio a laboratórios prontos a utilizar” e “reforçar a cooperação global e a colaboração intersetorial, incluindo a preparação civil-militar, os esforços dos setores público e privado, a preparação dos cidadãos e o investimento na mão-de-obra”.

Em comunicado, o Executivo comunitário explica que o objetivo desta estratégia não é armazenar grandes quantidades de todos os bens essenciais mas sim “avaliar as necessidades e adotar uma abordagem global, que abrange a antecipação, o acompanhamento da cadeia de abastecimento e a distribuição” desses bens, através de uma “melhor coordenação entre os Estados-membros, o setor privado e os esforços militares”.

Para isso, “serão desenvolvidas e partilhadas entre os Estados-membros estratégias que incentivem a cooperação do setor privado, tais como incentivos fiscais e regimes de garantia“, de modo a “incentivar a solidariedade” da União Europeia (UE) e “evitar ruturas de abastecimento dispendiosas”, revela a Comissão Europeia.

A estratégia lançada esta quarta-feira tem por base instrumentos já existentes, como o Mecanismo Europeu de Preparação e Resposta a Crises de Segurança Alimentar (EFSCM, na sigla em inglês), que serão aprofundados e operacionalizados de maneira a “melhorar o intercâmbio de informações, a transparência e a solidariedade na constituição de reservas entre os Estados-membros, as partes interessadas e as instituições da UE”.

“Uma abordagem coordenada a nível da UE pode garantir a disponibilidade contínua dos bens em todos os Estados-membros durante uma situação de crise, evitar a concorrência entre eles e reduzir os custos para os mesmos, as suas empresas e os seus cidadãos”, sublinha o Executivo comunitário.

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Telles assessora venda da Climber

A equipa da Telles envolvida na operação foi liderada pelo counsel da área de Corporate, Transacional e Private Equity Guilherme Seabra e contou com o apoio do associado Delber Pinto Gomes.

A Telles assessorou a venda da Climber, empresa portuguesa de soluções de Revenue Management System para o setor hoteleiro, à Revenue Analytics, grupo norte-americano líder em soluções de pricing e otimização de receitas com base em inteligência artificial.

Em comunicado, a firma explica que prestaram apoio em todas as fases do processos, incluindo a estruturação da operação, a coordenação entre acionistas para viabilizar o exercício dos direitos de drag-along, a realização de due diligence legal e a negociação dos termos e condições da alienação.

“Adicionalmente, a Telles assegurou assessoria jurídica especializada na extinção de compromissos financeiros com colaboradores – nomeadamente planos de phantom stock options –, na negociação da rollover equity, bem como na definição e negociação dos mecanismos post-closing para assegurar a continuidade e o alinhamento estratégico da equipa de gestão sénior da Climber”, referem.

A equipa da Telles envolvida na operação foi liderada pelo counsel da área de Corporate, Transacional e Private Equity Guilherme Seabra e contou com o apoio do associado Delber Pinto Gomes.

“A combinação entre inovação tecnológica, visão estratégica e rigor jurídico conferiu a esta transação um caráter particularmente relevante no contexto da tecnologia aplicada ao setor hoteleiro, reforçando o posicionamento de Portugal como polo de inovação na economia digital global”, sublinha a firma em comunicado.

Fundada em Portugal, a Climber desenvolve soluções de software que permitem a pequenas e médias cadeias hoteleiras na Europa e América Latina maximizar receitas através da automatização de processos de definição de preços.

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“PME continuam sub-representadas na conceção das políticas europeias”, avisa vice da CIP

Ema Paulino é vice-presidente da CIP e acaba de ser nomeada presidente do Comité de Empreendedorismo e PME da BusinessEurope. Ao ECO, assinala que é preciso que PME sejam "cocriadoras" das políticas.

Apesar dos progressos, as pequenas e médias empresas (PME) “continuam sub-representadas” no desenho das políticas europeias, sendo necessário que passem a ser vistas não apenas como “destinatárias passivas”, mas “cocriadoras dessas soluções”. O apelo é deixado por Ema Paulino, vice-presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que acaba de ser nomeada presidente do Comité de Empreendedorismo e PME da BusinessEurope (organização que representa as confederações nacionais dos países da União Europeia).

“Muitas vezes, os regulamentos e diretivas são pensados e desenhados com base na realidade das grandes empresas e, depois, aplicados indistintamente a todas as dimensões. Isto conduz a um défice de proporcionalidade e realismo, nomeadamente nas áreas da sustentabilidade, digitalização, reporte regulatório e acesso ao financiamento, onde as exigências legais ultrapassam muitas vezes a capacidade operacional das PME”, sublinha a responsável, em respostas enviadas ao ECO.

Na visão de Ema Paulino, é precisa uma abordagem que coloque as PME no centro, desde os programas de financiamento até à legislação, nomeadamente, sobre sustentabilidade e digitalização. “A minha nomeação para a presidência do Comité de Empreendedorismo e PME da BusinessEurope visa precisamente dar voz a esta realidade e trabalhar para que as soluções europeias partam da diversidade e da realidade concreta das pequenas e médias empresas“, declara.

De acordo com esta vice-presidente da CIP, há três grandes desafios colocados hoje às pequenas e médias empresas: a legislação (isto é, o excesso de regulamentação, o peso da carga administrativa e a instabilidade legislativa), o financiamento (“limitado, complexo e penalizador”) e a mão-de-obra (“a escassez de talento qualificado e a rigidez do mercado de trabalho”).

Muitos dos constrangimentos que as PME enfrentam podem, e devem, ser abordados a partir do nível europeu.

Ema Paulino

Vice-presidente da CIP

Ora, vários destes desafios dependem de medidas a nível nacional, mas muitos constrangimentos “podem e devem ser abordados a partir do nível europeu”, apela a nova presidente do referido comité. “Desde logo, a União Europeia (UE) tem um papel central na regulação do mercado único, no desenho de políticas de coesão e nos instrumentos financeiros que podem reforçar a competitividade das PME“, atira.

“Para transformar a UE numa verdadeira ‘superpotência das PME’, é fundamental promover uma regulação mais eficaz, eficiente e verdadeiramente orientada para as PME, sujeitando cada nova proposta legislativa a um rigoroso ‘SME Test’“, argumenta.

“Além disso, é imprescindível assegurar um acesso mais rápido, efetivo e desburocratizado ao financiamento, por meio de programas europeus com critérios transparentes, flexíveis e claros e maior capacidade de resposta, eliminando obstáculos para que as PME possam concorrer efetivamente”, acrescenta.

Ema Paulino propõe ainda uma “maior convergência fiscal e laboral entre os Estados-membros“, o que poderia contribuir para uma “concorrência mais justa”.

“Finalmente, é necessário fortalecer a governança europeia dedicada às PME, garantindo-lhes voz ativa nos comités de decisão e coordenação das políticas comunitárias, bem como reforçar a capacitação técnica das PME para uma utilização plena dos recursos disponíveis“, observa a responsável.

Desbloquear acesso ao financiamento

Ema Paulino é a nova presidente do Comité de Empreendedorismo e PME da BusinessEurope.

Sendo o financiamento um dos principais desafios das pequenas e médias empresas, Ema Paulino entende que “é essencial atuar de forma coordenada e eficaz” para desbloquear o acesso.

E a BusinessEurope já identificou três passos prioritários: facilitar o acesso a novo capital, em particular por parte das PME, “dando continuidade à concretização do plano da União dos Mercados de Capitais da Comissão Europeia”; Reforçar a participação das empresas, e em particular das PME, em todos os programas de financiamento relevantes da UE, “com critérios mais simples, maior previsibilidade e assistência técnica dedicada”; E avançar com uma estratégia europeia para os créditos à exportação, “assegurando uma cobertura de risco mais sólida e mecanismos de apoio à internacionalização das PME”.

Acrescentaria a importância de reforçar os mecanismos de garantia pan europeus, como os geridos pelo FEI, para reduzir o risco para os bancos e estimular o crédito a PME“, realça Ema Paulino.

“No plano nacional, mais ainda do que o que sucede ao nível europeu, uma das fragilidades estruturais do nosso tecido empresarial é a excessiva dependência de crédito bancário, sobretudo de curto prazo, num quadro de estruturas financeiras pouco sólidas, devido a elevados níveis de endividamento. Esta questão assume uma importância crucial no caso das PME. Há muitos anos que a capitalização das empresas é reconhecida como uma necessidade absoluta para a competitividade da economia“, afirma a responsável, que remata apelando a uma “urgente capacitação do Banco Português de Fomento” para que cumpra a sua missão de apoio à capitalização das pequenas e médias empresas portuguesas.

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PRR

Dominguinhos assegura que “até agora não perdemos qualquer euro” do PRR

  • Lusa
  • 9 Julho 2025

Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR diz que o país tem "cumprido, naturalmente, os pedidos de pagamento até ao sexto, que será desembolsado brevemente".

O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) assegurou que, até agora, Portugal não perdeu um único euro deste plano e alertou para a dificuldade dos últimos desembolsos.

“Até agora não perdemos qualquer euro. Temos cumprido, naturalmente, os pedidos de pagamento até ao sexto, que será desembolsado brevemente”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, que falava na comissão parlamentar de Economia e Coesão territorial, a requerimento do Chega e do PS.

Dominguinhos referiu que o sétimo e oitavo pedidos de pagamento não deverão oferecer grandes dúvidas, mas alertou que os últimos dois pedidos têm uma dificuldade acrescida, tendo em conta os marcos e metas que comportam.

Por outro lado, assinalou que o PRR agora em execução não é o mesmo que foi apresentado, em 2021, à Comissão Europeia, uma vez que já foi reprogramado.

Questionado, em particular, sobre o setor da saúde, o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, avisou que a “situação mais complexa” verifica-se na rede nacional de cuidados continuados, onde muitas obras ainda não estão lançadas. A isto somam-se as infraestruturas ou equipamentos concluídos, mas que ainda não estão a ser utilizados pela população. “Visitei um edifício com 60 camas, em Leiria, pronto desde março, que aguarda a sua integração na rede”, exemplificou.

Este responsável sublinhou que todos os seus relatórios foram aprovados por unanimidade e que os representantes da sociedade civil fazem parte desta comissão, como universidades, politécnicos, mutualidades e as confederações dos agricultores, turismo, comércio e dos empresários.

O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico. Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela Covid-19, este plano tem o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.

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Patrocínios das marcas ao Nos Alive são “absolutamente fundamentais”. Veja como as marcas se vão ativar no festival

Várias marcas apostam em estratégias de ativação no Nos Alive, entre passatempos, desafios e ofertas de brindes. O +M explica o que as move e compila algumas das ativações que podem ser encontradas.

O Nos Alive está de regresso ao Passeio Marítimo de Algés para a sua 17ª edição. Enquanto patrocinadoras do evento, são muitas as marcas que desenvolvem estratégias e campanhas de ativação para se aproximarem dos clientes num festival que conta com nomes como Olivia Rodrigo, Benson Boone, Anyma, Muse, Nine Inch Nails, Foster the People, Noah Kahan ou St. Vincent.

Nos — que dá nome ao festival — Galp, Fidelidade, EY, Novobanco, Heineken ou Tezenis estão entre as principais marcas patrocinadoras, apontando a construção de relação e proximidade com os consumidores, a visibilidade junto de públicos distintos e culturalmente ativos e o reforço da imagem da marca, como principais razões para o seu apoio ao evento.

A naming sponsor do festival diz que o seu apoio ao evento é “nuclear” na sua estratégia de marca, uma vez que lhe permite “chegar, de forma tão diferenciada e próxima, a públicos muito distintos“.

“O festival é uma oportunidade única de realizarmos o nosso papel enquanto catalisadores de experiências e emoções — aproximando os fãs daquilo que mais amam, seja através da tecnologia, de ativações imersivas ou de momentos únicos entre fãs. O Nos Alive é um importante veículo de construção de relação e proximidade, seja com clientes da marca ou o público em geral“, diz António Fuzeta Da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos, ao +M.

Com a música a ocupar um “lugar central” na estratégia global da Heineken — recolhendo cerca de 25% do investimento de marketing da marca em Portugal — a marca também volta a apostar em ser a cerveja oficial do festival que “celebra a música e proporciona a criação de ligações duradouras com os consumidores“.

“A diversidade musical, a capacidade de gerar experiências imersivas, a visibilidade junto de públicos distintos e culturalmente ativos e o compromisso com práticas sustentáveis são, sem dúvida, fatores determinantes” para a marca se associar ao Nos Alive, explica María Ruiz, diretora de marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas.

Reforço da proximidade é também o que a Galp procura no Nos Alive. “A nossa estratégia de patrocínios é clara e consistente: queremos estar onde estão os portugueses. Mas mais do que marcar presença, queremos fazer parte da experiência, contribuir para ela de forma relevante e genuína“, diz Filipa Lopes Ribeiro, global head of brand strategy da Galp.

“Este patrocínio encaixa no nosso objetivo maior: mostrar que a Galp de hoje está em transformação, mais próxima, mais humana e mais conectada às pessoas. Não apenas como fornecedora de energia, mas como marca que acompanha a vida real dos seus clientes, em todos os momentos, até mesmo em contextos de celebração”, acrescenta a responsável.

Para a Fidelidade, o Nos Alive representa também um “espaço privilegiado para reforçar a imagem de uma marca mais humana, jovem e participativa, aproximando-se especialmente de um público urbano, ativo e conectado, com especial ênfase nas gerações mais novas, exigentes quanto ao propósito e à relevância cultural das marcas“, diz Cristina Tavares, head of branding & communication da Fidelidade.

O facto de o Nos Alive se “destacar pelo seu compromisso com a sustentabilidade” é também “essencial” para a Fidelidade, que “procura constantemente reduzir o seu impacto ambiental nas suas ativações e iniciativas“. Esta combinação de valores e objetivos “faz deste festival o parceiro ideal para a Fidelidade afirmar a sua presença cultural, emocional e geracional, alinhando-se com os interesses e expectativas do seu público-alvo“, acrescenta a responsável.

Ao patrocinar o Nos Alive, a EY diz que reforça a sua presença num território onde ganham vida valores como a criatividade, diversidade e partilha, o que lhe permite uma aproximação das novas gerações, mostrando-se assim como uma marca “aberta, inovadora e atenta ao mundo”.

“Esta aposta no festival e na cultura é parte de uma estratégia mais ampla, que se estende ao longo do ano com diversas iniciativas. Para a EY, estar presente na cultura é também uma forma de contribuir para uma sociedade mais plural, inspiradora e criativa“, refere Rosália Amorim, diretora de brand, marketing e communications do EY Portuguese Cluster.

Quanto à importância destes patrocínios por parte das marcas, Álvaro Covões, diretor-geral da promotora do festival Everything Is New, não tem dúvidas: os patrocínios são “absolutamente fundamentais” para a concretização de um festival da dimensão do Nos Alive. Embora sem adiantar valores, responsável indica que os patrocínios representam uma “fatia significativa” do orçamento global do festival, com registo de “evolução positiva e consistente de ano para ano“.

Mas, “para além do contributo financeiro direto, são também uma fonte de inovação e valor acrescentado para a experiência do público, através das ativações e serviços que promovem no recinto. Este apoio permite manter os mais elevados padrões de produção, garantir um cartaz de excelência e proporcionar uma experiência de qualidade a pensar em exclusivo no público do festival”, acrescenta ao +M.

Já as marcas ganham “acesso privilegiado a um público altamente valioso” e beneficiam da “oportunidade de criar ativações de marca memoráveis, experiências diferenciadoras e momentos de ligação emocional com o público, que dificilmente seriam possíveis noutros contextos”. “O retorno em termos de engagement, notoriedade e afinidade de marca é muito relevante“, observa Álvaro Covões.

Com um cartaz “diversificado e equilibrado” — composto por um total de 112 artistas e bandas (31 dos quais portugueses) que se repartem entre sete palcos ao longo de três dias –, Álvaro Covões espera “manter os níveis de lotação habituais do festival”, ou seja, com 55 mil pessoas a passarem pelo recinto do festival por dia.

Mas que ativações podem os milhares de festivaleiros esperar por parte das marcas?

A presença da Nos no festival é feita desde logo com as habituais paredes de carregamento de telemóvel e pontos de wifi e com uma bancada com capacidade para 364 pessoas. A marca promove ainda o Nos Há Live, “um formato de cobertura do evento, na voz dos videocasts/podcasts mais conhecidos em Portugal”, trabalhado para “entregar uma forma alternativa de experienciar o festival, emitido nas redes sociais da marca Nos”.

Na quinta-feira, a marca de telecomunicações promove também o Look Alike Content, um concurso de sócias, para procurar os maiores fãs. O concurso é apresentado pela content creator Mafalda Creative.

Partindo do insight de que “os fãs cometem loucuras pelos seus artistas preferidos”, a Nos lançou também uma campanha que “liga e amplifica o amor dos fãs” e que tinha como objetivo “convocar os clientes Nos e WTF, de forma a premiar as loucuras que as pessoas cometem em nome do amor pelos seus artistas preferidos”, através de um passatempo no TikTok e Instagram, que premiava os “mais criativos e corajosos” com passes para o festival.

Sob a assinatura “Ao teu ritmo”, a presença da Heineken materializa-se através do naming de um palco (Palco Heineken), em experiências sensoriais no seu stand e em colaborações com artistas. Com a ativação Heineken Star Experience, a marca de cerveja vai guiar os festivaleiros numa experiência sensorial, onde uma especialista em cerveja vinda diretamente da Heineken Experience, em Amesterdão, irá explicar todo o processo de produção de cerveja e no final desafiar os participantes a servir a cerveja perfeita. A Heineken promove também um passatempo nas redes sociais para oferecer aos seus “amigos chegados” 30 entradas duplas no seu stand.

Tendo a sustentabilidade também como elemento central da sua atuação, a Heineken promove uma campanha de apelo à devolução de copos, com o propósito de voltarem a ser reutilizados, sendo que cada copo reverterá num donativo para apoiar causas sociais e ambientais. No campo da sustentabilidade, conta também com uma parceria com a EDP, que prevê a instalação de painéis solares para alimentar com energia elétrica de fontes renováveis as operações dos bares do recinto e do Stand Heineken.

Sob o mote “A tua energia traz magia”, a Galp patrocina o Palco Galp Fado Café, onde vai celebrar o talento nacional com uma programação maioritariamente portuguesa, e onde dá palco (literalmente) a projetos que já apoia através da Fundação Galp.

A Rua Galp é decorada com posters fruto da colaboração da marca com a Tumo Lisboa, sendo que a marca vai ainda instalar painéis solares flexíveis, que vão gerar energia renovável e que darão luz a um espaço bastante ‘instagramável’, inspirado no museu Moco em Amesterdão. O espaço conta ainda com um candeeiro multifuncional inspirado nos postes urbanos de carregamento elétrico, que ilumina e permite carregar telemóveis.

A Galp vai ainda apresentar modelos da Diverge, marca portuguesa de sapatilhas também apoiada pela Fundação Galp, sendo que um dos modelos apresentados no recinto e que foi desenhado por uma jovem em situação de exclusão social integra o uniforme da equipa de promotores da marca. Enquanto parceiro multienergia do festival, a Galp vai também abastecer os geradores com HVO (combustível 100% renovável), fornecer a eletricidade ao recinto e apoiar a logística da organização com cartões Galp Frota.

A Fidelidade, por seu turno, aposta em “ativações que envolvem diretamente os festivaleiros, com conteúdos criados em tempo real, proporcionando experiências autênticas e imersivas”, assim como em conteúdos dinâmicos, especialmente orientados para redes sociais como o Instagram e o Tik Tok, “utilizando uma linguagem próxima e formatos nativos, que permitem uma integração orgânica e não intrusiva da marca na experiência vivida pelos participantes”.

“Adicionalmente, a Fidelidade irá potenciar a utilização das suas plataformas digitais e aplicações móveis, tornando mais visível e relevante a proteção no dia-a-dia das pessoas, mesmo em contexto de diversão e lazer”, acrescenta Cristina Tavares. Procurando “reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade”, a ação da marca passa pela distribuição de brindes sustentáveis como tote bags reutilizáveis.

Com o mote “Music Shapes You”, a EY reforça o seu “compromisso com a diversidade, inclusão e empatia, reconhecendo na música uma linguagem universal que une e transforma”, aponta Rosália Amorim. O stand da marca terá uma “abordagem mais digital, interativa e inclusiva, mantendo o foco nas pessoas e criando momentos memoráveis que geram diálogo”.

“Ao torná-lo mais acessível ao público, queremos promover uma relação mais próxima e transparente, surpreendendo com interações leves, mas impactantes, que revelam uma EY atenta, presente e próxima de todos”, descreve a responsável.

Além disso, a marca alia a sua presença ao Movimento 1 Euro, pelo que cada passo dado numa ativação (surpresa) no seu stand vale um euro (até cinco mil euros/dia). Esta ativação permite assim “converter gestos simples em impacto real”, desde o apoio a instituições ate à reabilitação de casas, num “contributo direto para uma sociedade mais justa e solidária”.

Ativações de marcas em edições passadas do Nos Alive

Já a Coca-Cola estreia-se este ano como patrocinadora oficial do Nos Alive. A presença da marca no festival insere-se na campanha “Partilha uma Coca-Cola”, e contará com experiências exclusivas para os consumidores, prémios e uma “ativação envolvente” no recinto. A presença da marca no recinto do festival é feita através da Brand House Coca-Cola, um “espaço vibrante onde os festivaleiros poderão viver experiências únicas e personalizadas”, como seja a possibilidade de personalizar um copo Coca-Cola.

Também a Auchan marca presença no Nos Alive este ano e pela primeira vez, sob o conceito “Grandes Produtos, Pequenos Preços”. O espaço da marca conta com produtos em tamanho gigante e preços em miniatura, numa “inversão divertida que promete fazer parar quem passa”. O stand da marca conta ainda com uma piscina de bolas onde os festivaleiros podem mergulhar à procura de produtos Auchan e ganhar prémios e uma área VIP com vista privilegiada para os concertos. No âmbito da sua presença no festival, a marca aposta ainda em dinâmicas de oferta de produtos no recinto.

Igualmente estreante no festival, a Normal marca presença no evento através de um stand interativo dedicado ao universo capilar, onde os festivaleiros poderão “dar um refresh ao visual com penteados criativos” numa das seis estações de hairstyling em funcionamento. O stand da marca de retalho dinamarquesa conta ainda com duas claw machines, onde os participantes poderão testar a sua sorte e ganhar brindes.

O stand da Delta, sob o mote “Mergulha no ritmo do teu café” e com promotores “Salva-Dias”, recria o estilo baywatch, convida os festivaleiros a encontrar chávenas numa piscina gigante de bolas para ganharem meias, toalhas de praia, bonés ou óculos de sol. A marca de café conta ainda com carrinhos que, sob o mesmo conceito, vão circular no recinto para oferecer mais experiências.

O Novobanco apostou também num espaço cujo conceito “assenta na criação de um ambiente moderno, atrativo e acolhedor, onde a iluminação exterior é protagonista, criando um efeito que transmite movimento, energia e felicidade”, onde a iluminação “acompanha também o ritmo do festival e cria diferentes atmosferas ao longo do dia e da noite”, descreve a Feeders, responsável pela conceptualização, desenho e implementação do espaço da marca bancária no festival.

Já as ativações do espaço, desenvolvidas pela Multilem, incluem uma área de make-up, batalhas de música num palco espelhado e um photobooth que permite aos visitantes levarem para casa memórias únicas do festival.

Patrocinador desde 2013 do Nos Alive, o Casal Garcia volta este ano ao festival com três pontos de venda localizados junto ao palco principal, ao palco secundário e na zona de restauração. Sob o mote “Vais pela música. Ficas pela Alegria” a novidade deste ano prende-se com o lançamento de Casal Garcia Sangria Frutos Tropicais que estará disponível.

Sob o mote “Feel the Music on Your Skin”, a CeraVe marca presença no Nos Alive pelo terceiro ano consecutivo, com uma proposta que une ciência, música e cuidado da pele. Em parceria com a agência criativa Mustard, a marca convida os festivaleiros a “sentir a música na pele” através de uma experiência imersiva.

O espaço da CeraVe promove também outras ativações como a aplicação de tatuagens temporárias e a distribuição de amostras, o que será também feito em todo o recinto. A marca está ainda visível nos ecrãs gigantes do festival e nas casas de banho femininas, onde vai disponibilizar produtos CeraVe, bem como distribuir diariamente amostras por todo o recinto.

Também presente no festival, a Rádio Comercial vai fazer a sua emissão a partir do recinto do festival, com conteúdos ao vivo, ativações interativas, presença no digital e a animação de Pedro Ribeiro, Vera Fernandes, Vasco Palmeirim, Nuno Markl, Joana Azevedo, Diogo Beja, Filipa Galrão, Tecas, Wilson Honrado e Ana Isabel Arroja.

Num stand de 30 metros quadrado, a rádio promove ainda uma ativação inspirada num fenómeno viral do TikTok: “Quem é o Maior Impostor?”. O desafio “convida pequenos grupos a dançar ao som das músicas que vão tocar nos palcos do evento, mas entre eles está um ‘impostor’ que ouve uma música diferente nos auscultadores. Cabe aos participantes identificarem quem é o impostor enquanto todos dançam. As participações são gravadas em vídeo e enviadas por e-mail para que os participantes possam partilhar a experiência”, descreve a rádio em nota de imprensa.

A Solverde também regressa ao Passeio Marítimo de Algés com um espaço que recria a experiência de um avião, inspirado no Crash Game “O Avião”, um dos jogos online lançados em exclusivo pela marca em Portugal. Ao lado do palco principal, o espaço de 74 m2, projetado pela Feeders e montado pela Digital Décor, reproduz o interior de uma cabine de avião. No piso térreo, as janelas são ecrãs interativos que convidam o público a apertar o cinto, e a habilitar-se a prémios e brindes diferentes todos os dias, como totes, bonés ou meias. Já no andar superior, acessível por uma porta de avião, está a área VIP exclusiva para convidados.

Entre as ativações que a empresa vai promover, encontra-se também a experiência interativa Crash Games, onde o festivaleiro com maior pontuação durante os três dias vence um voucher de viagem para um destino de sonho. Todos os jogadores que ficarem dentro do top 35 – incluindo o vencedor – recebem ainda vouchers de subscrição da Sport TV ou Dazn.

A marca de apostas, que vai contar com a presença no seu espaço de personalidades parceiras, promoveu ainda um passatempo — incluindo em televisão — onde oferecia 50 bilhetes para os três dias de festival.

Já a Hyundai é a viatura oficial do Nos Alive pelo quarto ano consecutivo pelo que, ao longo dos três dias do festival, o público terá a oportunidade de conhecer o Hyundai Inster, o mais recente modelo 100% elétrico da marca de origem sul-coreana.

A FlixBus, por sua vez, aliou-se ao festival enquanto parceira de mobilidade. Durante os dias do festival, a FlixBus irá reforçar todos os horários dos autocarros com partida de Lisboa, Sintra e Cascais, com especial atenção aos horários noturnos, de modo a permitir o regresso a casa a todos os festivaleiros que optem por não pernoitar na capital. Os festivaleiros beneficiam também de um desconto exclusivo de 20% em viagens domésticas na rede FlixBus.

A televisão oficial do festival é a RTP que aposta numa cobertura multiplataforma conduzida por Filomena Cautela, Alexandre Guimarães e Catarina Moreira. Durante os três dias do festival, e a partir das 17h, os espectadores podem acompanhar os concertos na RTP Play, assim como entrevistas e outros momentos do evento.

Na RTP2 são feitas emissões especiais em direto do recinto na quinta e sexta-feira a partir das 18h e ao final da noite, em todos os dias do festival, a RTP1 mostra “o melhor do dia e os melhores concertos”. A cobertura estende-se ainda à Antena 3, que vai estar em direto no recinto com Inês Henriques e Marta Rocha.

Também contactadas pelo +M, o Novobanco e a Tezenis optaram por não responder.

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Mutualista vai pagar 4,8 milhões para evitar entrada do Estado no Banco Montepio

Associação Mutualista terá de desembolsar perto de cinco milhões de euros para comprar os direitos de conversão dos créditos fiscais atribuídos ao banco.

A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) adiantou ao ECO que vai comprar os direitos de conversão dos créditos fiscais atribuídos ao Banco Montepio por conta dos prejuízos de 2020 e 2021. Desta forma, o grupo liderado por Virgílio Lima irá desembolsar aproximadamente 4,8 milhões de euros para evitar a entrada do Estado no capital do banco.

“Confirmamos, desde já, que é intenção da AMMG exercer o seu direito potestativo de aquisição dos direitos de conversão, dentro do quadro vigente do Regime Especial dos Ativos por Impostos Diferidos (REAID)”, referiu fonte oficial da maior mutualista do país, que conta com mais de 600 mil associados.

O banco — que não fez qualquer comentário sobre o tema — acabou de marcar uma assembleia-geral de acionistas para o final deste mês para discutir as condições da operação, nomeadamente o aumento de capital para incorporar as novas ações que resultarem da conversão dos ativos por impostos diferidos, e ainda os termos (preço e calendário) para o exercício por parte dos acionistas do direito potestativo de aquisição dos direitos de conversão titulados pelo Estado.

No âmbito do REAID, criado em 2014 no governo de Pedro Passos Coelho, os bancos podem converter os ativos por impostos diferidos (quando resultam de perdas por imparidades de créditos ou nos benefícios pós-emprego, como pensões) em créditos sobre o Fisco ou ser pedida a devolução em qualquer momento futuro.

No caso do Banco Montepio, por conta dos resultados negativos registados nos exercícios de 2020 e 2021, a instituição bancária recebeu créditos fiscais da parte da Autoridade Tributária num montante de perto de 4,37 milhões de euros nos últimos dois anos, como revelou aqui o ECO.

Ao abrigo do regime, o banco foi obrigado a constituir uma reserva especial equivalente a 110% dos créditos fiscais recebidos, ou seja, cerca de 4,8 milhões de euros. É este montante que está agora em causa e que corresponderá a uma ínfima parte das ações do banco liderado por Pedro Leitão.

Ainda assim, se a AMMG não avançar para a compra dos direitos, a conversão destes títulos significará que o Estado passará a deter uma pequena participação na instituição financeira.

Novobanco e Haitong passaram mesmos processos

Esta situação não é propriamente uma novidade na banca portuguesa. Foi através deste mecanismo dos DTA que o Estado entrou no capital do Novobanco, assumindo uma participação de 11,46%, após o Fundo de Resolução ter abdicado do exercício de preferência sobre os direitos de conversão. Com o recém-anunciado negócio de venda do Novobanco aos franceses do Groupe BPCE, por cerca de 6,4 mil milhões de euros, o Estado prepara-se para encaixar mais de 730 milhões de euros.

Também os chineses do Haitong — agora detido por outro grupo chinês, a sociedade Guotai Junan — tiveram de pagar alguns milhões de euros para adquirirem os direitos de conversão e assim travarem assim a entrada do Estado português no antigo BES Investimento.

Fisco já pagou mais de 1,2 mil milhões em créditos fiscais

Os últimos dados disponíveis mostram que a Autoridade Tributária já pagou mais de 1,2 mil milhões de euros em créditos fiscais a oito instituições financeiras, incluindo, como referido, o Novobanco, o Haitong e o Banco Montepio, ao abrigo do REAID.

O Novobanco foi quem tirou maior partido deste regime, com o reembolso de 117 milhões de euros feito no ano passado a elevar para 736,8 milhões de euros os créditos tributários já recebidos da parte da AT.

Por via deste mesmo mecanismo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve direito um reembolso de 421 milhões de euros em 2022 (por conta dos prejuízos avultados de 2016) e surge em segundo lugar da lista de bancos que mais beneficiaram dos créditos tributários. Há mais seis instituições.

Como já foi tornado público, o Banif recebeu um crédito fiscal de 53,6 milhões de euros em junho de 2023, dinheiro que permitiu à comissão liquidatária prosseguir com o processo de liquidação judicial do banco falido em dezembro de 2015.

Seguem-se o Haitong (20,7 milhões) e o Banco Montepio: o banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) passou a figurar nesta lista depois dos reembolsos de 2023 e 2024 (relativos aos resultados negativos de 2020 e 2021), num total de 4,37 milhões de euros.

Efisa (917 mil euros), Banif Banco de Investimento (561,5 mil) e Bison Bank (85,4 mil) também tiveram direito a reembolsos, mas consideravelmente mais pequenos.

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Estado financia-se em 1.260 milhões de euros a longo prazo mas paga juros mais altos

O IGCP colocou 1.260 milhões em obrigações do Tesouro a 6 e 27 anos com taxas de 2,57% e 3,78%, respetivamente, que se traduz em custos mais elevados face a leilões semelhantes realizados já este ano.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP realizou esta quarta-feira dois leilões de dívida de longo prazo que permitiram ao Tesouro financiar-se em 1.260 milhões de euros a 6 e a 27 anos, ficando assim ligeiramente acima do teto máximo de 1.250 milhões de euros do montante indicativo global indicado.

Os resultados destas operações traduziram-se em preços mais elevados para os cofres do Estado — tanto na emissão de mais curto como de maior prazo –, tomando em conta leilões de dívida com características semelhantes realizados já este ano.

No leilão a 6 anos, realizado através da obrigação do Tesouro com maturidade a 17 de outubro de 2031 e que contou com uma procura 2,09 vezes acima da oferta, o Estado pagou 2,57% para colocar 650 milhões de euros.

A República não fez qualquer emissão a 6 anos nos últimos 12 meses, mas, para efeitos de comparação, pode ter-se em conta um leilão realizado há quatro meses, a 9 de abril, por via de uma emissão obrigacionista a cinco anos através da linha com maturidade a 15 de fevereiro de 2030. Essa operação contou com uma procura 2,26 vezes superior à oferta, que resultou na emissão de 461 milhões de euros por uma taxa de 2,347%.

No leilão a 27 anos, realizado através da obrigação do Tesouro com maturidade a 12 de abril de 2052, que contou com uma procura 1,93 vezes acima da oferta, a República pagou 3,78% para emitir 610 milhões de euros.

Numa operação semelhante (igualmente a 27 anos) realizada a 12 de fevereiro através da mesma linha obrigacionista, o Tesouro financiou-se em 491 milhões de euros, tendo assumido na altura uma yield de 3,433%, numa operação que contou com uma procura 1,73 acima da oferta.

Apesar do aumento do custo de financiamento da República, Filipe Silva refere que “as curvas das taxas de juro nacionais têm estado estáveis e acompanhado a evolução da dívida soberana alemã”, sublinhando ainda que, “Portugal, por força do seu desempenho económico, é dos países da periferia, onde vamos incluir a França, aquele que apresenta atualmente o menor spread versus a Alemanha, que neste momento se situa nos 43,4 pontos base.”

Texto atualizado às 11h14 com declarações de Filipe Silva.

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