Construtora Garcia Garcia está à procura de universitários para estagiar

Garcia Garcia tem abertas candidaturas para estágios de verão. Oferece bolsa e subsídio de refeição, além de orientador e experiência no mundo do trabalho. Procura estudantes universitários.

Com o verão a chegar, a construtora Garcia Garcia decidiu abrir mais uma edição do seu programa de estágios, que terão a duração máxima de três meses e serão acompanhados por uma bolsa mensal. A empresa está à procura de jovens universitários nas áreas de engenharia, informática, arquitetura e gestão.

Até 30 de junho, a construtora nacional está à procura de estudantes de licenciatura e mestrado, oferecendo-lhes estágios remunerados que podem ir de um a três meses e que serão acompanhados por uma bolsa mensal, assim como subsídio de alimentação“, informa a Garcia Garcia, numa nota enviada esta terça-feira às redações.

Durante os estágios, os estudantes serão integrados numa das equipas do grupo e serão acompanhados por um orientador, que lhes proporcionará “uma visão abrangente das responsabilidades diárias associadas à sua área de estudo“.

“Esta imersão no mundo real permite não só o desenvolvimento de competências práticas, mas também uma melhor compreensão das suas ambições profissionais após a conclusão dos estudos“, assinala a Garcia Garcia.

Os interessados têm de se candidatar pela via online, através do e-mail [email protected].

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Uso de numerário cai 28% em cinco anos. Cartões destronam moedas e notas

Em 2022, o número de pagamentos com cartões superou o número de pagamentos com numerário, segundo um estudo realizado pelo Banco de Portugal.

Já se sabia que o crescimento dos pagamentos eletrónicos, principalmente desde a pandemia, tem resultado na diminuição do uso do numerário. Mas agora um estudo do Banco de Portugal, divulgado esta terça-feira, permite analisar melhor essa tendência, mostrando inclusivamente que o uso de moedas e notas já foi ultrapassado pelos pagamentos com cartões.

No espaço de cinco anos, entre 2017 e 2022 — período que apanha o antes e o depois da Covid-19 –, o uso de numerário para fazer pagamentos no país afundou 28%, para 2,4 mil milhões de transações, de acordo com a nova edição do estudo “Custos dos instrumentos de pagamento de retalho em Portugal”. Em contrapartida, o Banco de Portugal registou 2,6 mil milhões de pagamentos com cartões de débito ou crédito, uma subida de 60% nessa mesma meia década (ver gráfico).

Ou seja, enquanto os pagamentos em numerário representaram 43% dos 5,7 mil milhões de pagamentos feitos em 2022, os cartões foram o meio usado em 46% das transações, conquistando a liderança com uma distância de três pontos percentuais.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Se a análise for em valor, os pagamentos com cartões há muito que superaram os pagamentos com numerário, geralmente, usados em transações de valores mais reduzidos (em média, 12 euros por pagamento, contra 50 euros por cada transação com cartão). Significa que, em 2022, por cada 100 euros de pagamentos em numerário, os portugueses fizeram 448,25 euros de pagamentos com cartões, mais do dobro do observado meia década antes.

Obter dados sobre o numerário é uma tarefa particularmente complexa, visto que os pagamentos com moedas e notas são difíceis de rastrear. Por isso, o Banco de Portugal extrapolou e fez estimativas a partir de um inquérito realizado junto de uma amostra representativa de 813 consumidores em janeiro e fevereiro de 2023. Além disso, o número de pagamentos com numerário contempla apenas os feitos por particulares, excluindo-se as empresas e a Administração Pública.

Apesar de estar a cair em desuso, a maioria dos consumidores continuam a “valorizar a possibilidade de realizar pagamentos com notas e moedas”. Mais de 82% dos inquiridos classificaram essa possibilidade como “importante ou extremamente importante” e, “adicionalmente, 90% dos respondentes afirmaram dispor habitualmente de numerário para pagamentos do dia-a-dia”, lê-se no estudo do supervisor bancário.

“Não obstante, a utilização do numerário tem decrescido continuamente, uma tendência acentuada pela pandemia de Covid-19”, reconhece o Banco de Portugal, com mais de 31% dos consumidores a assumirem pagar menos vezes com dinheiro do que em comparação com a era pré-pandemia.

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Custos dos pagamentos sobem 20% em meia década e pesam mais sobre os comerciantes

Utilização dos instrumentos de pagamento, como o numerário e os cartões, custou 0,95% do PIB em 2022, num total de 2.293,1 milhões de euros, onerando bancos, comerciantes e consumidores.

A utilização dos instrumentos de pagamento de retalho em Portugal teve custos globais de 2.293,1 milhões de euros em 2022 para o sistema bancário, comerciantes e consumidores. O valor engloba os pagamentos com numerário, cartões, transferências, débitos diretos e cheques e representa um aumento de 20% em relação a 2017.

Estes dados fazem parte de um estudo que o Banco de Portugal realiza pontualmente, cuja última edição foi publicada esta terça-feira. Os dados mostram que os pagamentos representaram um custo equivalente a 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal desse ano e um custo per capita de 219,1 euros, um agravamento face ao custo de 188,5 euros registado meia década antes.

“Os custos globais da utilização dos instrumentos de pagamento de retalho em Portugal correspondem aos custos do sistema bancário, comerciantes e consumidores para disponibilizar e viabilizar a utilização dos diferentes instrumentos de pagamento de retalho”, explica o Banco de Portugal.

Segundo o estudo, os comerciantes arcaram com mais de metade desses custos (52%) e os os bancos estudados (BCP, Novobanco, Santander Totta, Crédito Agrícola, Caixa Geral de Depósitos e Unicre) pagaram 39% da conta. A restante parcela (9%) recaiu sobre os consumidores (ver gráfico).

Estes custos globais representam a soma dos custos internos dos três intervenientes, que resultam dos custos privados subtraídos das comissões e taxas pagas às outras partes envolvidas na disponibilização desses instrumentos, “para evitar uma dupla contabilização dos custos”, explica a nota metodológica.

Com isso em mente, “dos três intervenientes considerados, foram os comerciantes que apresentaram o maior aumento dos custos internos entre 2017 e 2022 (+28%)”, refere o Banco de Portugal.

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Bancos ficam a ganhar

Olhando para os custos privados – que contemplam a totalidade dos custos de cada interveniente — os comerciantes tiveram custos de 1.520,2 milhões de euros em 2022 com a aceitação de pagamentos de retalho (+19%) e os consumidores tiveram custos de 1.095,2 milhões de euros (+39%).

Já o sistema bancário teve custos de 892,2 milhões de euros (+12%) em 2022, que foram mais do que compensados pelas receitas associadas à disponibilização de instrumentos de pagamento de retalho na ordem dos 1.215,9 milhões de euros no mesmo ano.

“Assim, a disponibilização dos instrumentos de pagamento de retalho gerou uma situação líquida positiva para o sistema bancário de 323,7 milhões de euros, mais 191,6 milhões de euros do que em 2017″, refere o Banco de Portugal, sublinhando: “Em particular, do lado das receitas, merece destaque o incremento significativo das comissões cobradas por via dos pacotes de gestão e manutenção de contas.”

Para os bancos, os gastos com pessoal representaram 28% dos custos totais, seguidos dos serviços especializados (27%), uma diferença que o Banco de Portugal nota ser agora “marginal” em comparação com 2017. “O encurtar desta diferença entre 2017 e 2022 justifica-se pela redução dos gastos com pessoal, em 22%, e pelo aumento dos custos com serviços especializados, em 26%”, evolução que “pode indiciar um aumento do recurso a outsourcing em atividades associadas à disponibilização de instrumentos de pagamento”.

Já as comissões pagas às marcas de cartões — como Visa e Mastercard — foram responsáveis por 17% dos custos dos bancos e 2022, ascendendo a 158,3 milhões de euros, e foram “a rubrica de custos que mais subiu em relação” a 2017, segundo o estudo do Banco de Portugal.

Na ótica dos comerciantes, entre as componentes de custo mais relevantes estão as “comissões pagas ao sistema bancário e, no caso do numerário e dos cheques, também os encargos relativos à contratação, com empresas de transporte de valores, de serviços que permitem a obtenção, troca e depósito de notas, moedas e cheques”.

No caso específico dos cartões, segundo o Banco de Portugal, “a contratação com um adquirente” para aceitação de uma ou mais marcas de cartões e pela disponibilização do terminal de pagamentos automático (TPA) representou 44% do total de custos com cartões de débito e 71,3% no caso dos cartões de crédito.

Já em relação aos consumidores, os custos suportados “incluem os encargos associados ao tempo necessário para efetuar o pagamento [desde o momento em que toma conhecimento do montante a pagar até ao momento em que recebe o troco e o talão] e as comissões bancárias”, representando estas últimas um custo de 885,3 milhões de euros para estes intervenientes.

Analisando novamente em termos globais, “o numerário foi o instrumento que mais contribuiu para os custos com os instrumentos de pagamento em 2022” e, conjuntamente com os cartões, os dois mais utilizados nos pontos de venda físicos, representaram pouco mais de 80% do total dos custos.

“Os custos do numerário e dos cartões de débito foram maioritariamente suportados pelos comerciantes (na proporção de 70% e de 45%, respetivamente). Nos restantes, foi o sistema bancário que suportou a maior parte dos custos”, resume o supervisor bancário português.

De forma agregada, os débitos diretos continuaram a ser o instrumento mais eficiente em termos de custos, com custo de 22 cêntimos por transação. “Seguiram-se o cartão de débito, as transferências e o numerário, que custaram, respetivamente, 34 cêntimos, 41 cêntimos e 50 cêntimos”, continua o estudo.

“Os instrumentos menos custo-eficientes foram o cheque, com um custo de 4,16 euros por pagamento, e o cartão de crédito, com 2,38 euros por pagamento”, ressalva o Banco de Portugal.

Numerário é mais eficiente para pagamentos inferiores a 1,07 euros

A análise do banco central permitiu ainda concluir que, para pagamentos de montantes inferiores a 1,07 euros, o numerário revela-se o mais eficiente, enquanto acima desse valor é o cartão de débito que mais compensa, “com economias de escala a compensar os custos fixos deste instrumento”, explica.

Este estudo estimou também que em 2022 os agentes económicos fizeram 5,7 mil milhões de pagamentos no país, um aumento de 2% face a 2017, com o número de pagamentos com cartões a superar pela primeira vez o número de pagamentos com numerário (46% vs. 43%, respetivamente).

O uso de instrumentos de pagamentos de retalho resultou na circulação de mais de dois biliões de euros na economia. E o numerário, “apesar da sua utilização expressiva”, representou apenas 1% do valor total dos pagamentos realizados em 2022, visto ser maioritariamente usado em pagamentos de menor valor.

Para este estudo, o Banco de Portugal recolheu dados junto de vários bancos e de uma amostra de comerciantes e promoveu um inquérito junto de uma amostra representativa de consumidores. Por isso, os dados relativos ao numerário são estimativas e só englobam o uso por particulares, excluindo as empresas e a Administração Pública.

Este estudo é apresentado na tarde desta terça-feira na conferência SPIN – Sobre Pagamentos e INovação, promovida pelo Banco de Portugal no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

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13% dos consumidores têm ou já tiveram criptoativos e “stablecoins”

Inquérito do Banco de Portugal, feito no início de 2023 a uma amostra representativa de 813 consumidores, concluiu que 13,2% dos inquiridos dizem deter ou já ter detido criptoativos e "stablecoins".

Um inquérito do Banco de Portugal a mais de oito centenas de consumidores concluiu que pouco mais de 13% dizem deter ou já ter detido criptoativos e stablecoins, onde se inserem as criptomoedas e as criptomoedas de valor indexado ao euro ou ao dólar. A realização de pagamentos não está no horizonte da esmagadora maioria.

No âmbito de um estudo sobre os custos dos instrumentos de pagamento de retalho no país, o Banco de Portugal promoveu um inquérito em janeiro e fevereiro de 2023 junto de uma amostra representativa de 813 consumidores. A percentagem exata de inquiridos que confirmaram deter estes ativos virtuais foi de 13,2%.

O estudo permite também concluir que a maioria das pessoas que têm ou já tiveram criptoativos não tinha intenção de os usar para fazer pagamentos. Dos 13,2%, só 10,8% afirmaram que “a realização de pagamentos foi um dos motivos para a respetiva detenção” — o que, para efeitos da amostra, representam pouco mais de uma dezena de consumidores inquiridos.

As criptomoedas ganharam popularidade mundial a partir de 2017 devido às violentas oscilações de preços, tornando-as num ativo atrativo para a especulação. Os criptoativos em concreto, um conceito mais abrangente que não se limita às criptomoedas, tem vindo a estabelecer-se a nível internacional e já faz parte de muitas carteiras de investimento, incluindo de investidores institucionais.

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Operação Tutti-Frutti já tem 20 arguidos. Vereador da CML ouvido no DIAP

A Operação Tutti-Frutti já tem cerca de 20 arguidos constituídos, maioria dos PSD. O vereador da Câmara de Lisboa Ângelo Pereira é suspeito do crime de recebimento indevido de vantagem.

A Operação Tutti-Frutti, que investiga o alegado favorecimento entre dirigentes e militantes do PS e PSD nas eleições autárquicas de 2017, já tem cerca de 20 arguidos constituídos, maioria dos Partido Social Democrata. Segundo avançou a CNN Portugal, o vereador da Câmara de Lisboa Ângelo Pereira é suspeito do crime de recebimento indevido de vantagem. Para dar andamento a uma investigação de mais de seis anos, no final do ano passado foi criada uma equipa especial no DIAP de Lisboa, com cinco procuradores e cinco inspetores da PJ que trabalham a tempo inteiro no caso, apoiados por peritos informáticos e com uma sala exclusiva para os interrogatórios judiciais.

Ao ECO, a PGR não avançou com pormenores, escudando-se no segredo de Justiça, respondendo apenas que “a investigação, dirigida pelo DIAP de Lisboa, prossegue com a realização de diligências para obtenção de prova, nomeadamente a análise de documentação, bem como a inquirição de testemunhas e constituição e interrogatório de arguidos”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete de Lucília Gago.

Em abril deste ano, o Ministério Público (MP) pediu o levantamento da imunidade parlamentar dos deputados do PSD Luís Newton, Carlos Eduardo Reis e Margarida Saavedra no âmbito do processo Tutti-Frutti. O pedido surgiu menos de um mês depois dos três deputados terem sido eleitos pela AD, a 10 de março.

De acordo com o documento, os crimes pelos quais os deputados estão fortemente indiciados dizem respeito ao processo que decorre desde 2016 e que investiga uma alegada conspiração de dirigentes políticos para negociar lugares políticos nas freguesias e nas autarquias de Lisboa.

Para o MP, Luís Newton é suspeito de dois crimes de corrupção passiva e prevaricação, enquanto Carlos Eduardo Reis se encontra indiciado por dois crimes de corrupção, um de tráfico de influência e um de prevaricação. Já a deputada Margarida Saavedra está “fortemente indiciada” pelo crime de burla qualificada, de acordo com o ofício.

Luís Newton recorreu para o Tribunal da Relação da decisão de Carlos Alexandre que rejeitou o seu pedido para ser constituído arguido. Mas o tribunal de segunda instância ainda não decidiu esse recurso. O social-democrata ataca a decisão do juiz de instrução e diz que ela se fundamenta num acórdão do Tribunal Constitucional “que diz precisamente o contrário” do que alegou Carlos Alexandre. Há sete anos que Luís Newton, líder do PSD Lisboa, é publicamente suspeito da Operação Tutti Frutti sem nunca ter sido constituído arguido.

Este processo só foi tornado público em 2018, com a “multiplicação de buscas” em várias juntas de freguesia de Lisboa e câmaras municipais, mas a investigação teve início anos antes. Tudo terá começado em 2016, após várias denúncias anónimas relacionadas com a contratação da empresa Ambigold, que tem como sócio-gerente Carlos Eduardo Reis, um dos principais visados desta operação, que na altura era conselheiro nacional do PSD.

Carlos Eduardo Rei controlava diversas empresas que ganharam várias adjudicações diretas de autarquias controladas pelo PSD e pelo PS. Este e outros militantes social-democratas são suspeitos de integrarem uma teia de influências que junta também as freguesias que foram alvo de buscas.

Outras das figuras deste processo é Sérgio Azevedo. O ex-deputado do PSD terá alegadamente ajudado a empresa Ambigold a conseguir os contratos públicos para a limpeza e conservação de jardins públicos de três juntas de freguesia lideradas pelo PSD – Areeiro, Estrela e Santo António. Em causa estarão contratos superiores a um milhão de euros.

Segundo noticiou o ECO na altura, a Junta do Areeiro, liderada por Fernando Braamcamp, terá estabelecido avenças de um total de 596.982 euros com militantes sociais-democratas. Já Luís Newton, que dirige a Junta de Freguesia da Estrela estabeleceu contratos de, pelo menos, 303.521 euros. E Vasco Morgado, o presidente da Junta de Santo António, fechou negócios no valor de 149.776 euros.

Em 2018, com as buscas, Fernando Medina entra em “cena” neste processo. Entre as visadas nas buscas estiveram os serviços centrais da Câmara de Lisboa, serviços de Urbanismo da autarquia, no Campo Grande, nas juntas de freguesias de Areeiro, Santo António e Estrela, e nas autarquias de Santa Maria da Feira, Golegã, Arruda dos Vinhos, Barcelos, Póvoa do Lanhoso, Loures, Faro, Cascais, Esposende, Gaia, Famalicão e Ponta Delgada.

Em causa está a alegada prática de crimes económico-financeiros decorrentes da contratação de pessoal e da adjudicação direta de serviços a empresas ligadas ou controladas por dirigentes políticos sobretudo do PSD. Isto no tempo em que Fernando Medina era presidente da Câmara de Lisboa e Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, era número dois de Medina na autarquia.

Na altura, a Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que estavam a ser investigados alegados crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido, por suspeitas do exercício de “influências destinadas a alcançar a celebração de contratos públicos, incluindo avenças com pessoas singulares e outras posições estratégicas”.

Ao todo foram efetuadas cerca de 70 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo buscas a escritórios de advogados, autarquias, sociedades e instalações partidárias, em diversas zonas do país. “Segundo os fortes indícios recolhidos apurou-se, no essencial, que um grupo de indivíduos ligados às estruturas de partido político, desenvolveram entre si influências destinadas a alcançar a celebração de contratos públicos, incluindo avenças com pessoas singulares e outras posições estratégicas”, referiu a PGR na altura. Segundo a TVI, nesta altura a Polícia Judiciária terá apreendido a caixa de correio eletrónico de Medina e onde foram encontradas centenas de emails “com relevância criminal”.

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Governo espanhol nomeia novo supervisor de seguros

  • ECO Seguros
  • 28 Maio 2024

José Antonio Fernández de Pinto substitui Sergio Álvarez à frente da DGSFP, organismo equivalente à ASF em Portugal.

O conselho de ministros do Governo espanhol acaba de nomear José Antonio Fernández de Pinto como novo diretor-geral de Seguros e Fundos de Pensões (DGSFP), substituindo Sergio Álvarez, que deixou o cargo esta semana.

José Antonio Fernández de Pinto vai ser, à frente da DGSFP, o novo supervisor máximo do setor de seguros e pensões em Espanha.

Segundo o jornal INESE, Fernández de Pinto era o candidato mais bem posicionado para assumir o cargo entre os atuais vice-diretores-gerais daquele organismo de controle.

Fernández de Pinto é, desde 2017, diretor-geral adjunto de Fiscalização do órgão de controlo, cargo que aceitou poucas semanas depois de Sergio Álvarez ter assumido a Direção-Geral de Seguros e Fundos de Pensões.

Anteriormente, Fernández de Pinto foi responsável pela Área de Análise de Balanços, Contabilidade e Estatística na própria Subdireção de Inspeção Geral. É licenciado em Direito pela Universidade Complutense de Madrid, com especialização em Jurídico-Empresarial (CEU) e está inscrito no Registo Oficial de Auditores de Contas.

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Diário de Notícias vai lançar DN Brasil para “valorizar os imigrantes que escolheram Portugal para viver”

  • + M
  • 28 Maio 2024

O DN vai lançar um site e um suplemento mensal em papel para a comunidade brasileira residente em Portugal. O projeto é adaptado do É Brasil, desenvolvido pela administração anterior.

O Diário de Notícias (DN) vai lançar um título para a comunidade brasileira residente em Portugal, o DN Brasil. Trata-se de um suplemento mensal do DN, com notícias escritas em português do Brasil e um site com atualização diária, escreve o próprio título da Global Media.

Lançado no próximo dia 3 de junho, “o objetivo do DN Brasil é valorizar os imigrantes que escolheram Portugal para viver e promover a integração na sociedade portuguesa. O lançamento do DN Brasil ganha contornos ainda mais especiais neste ano em que o Diário de Notícias completa 160 anos em dezembro”, escreve o título.

O lançamento de um jornal para a comunidade brasileira era, recorde-se, um projeto da administração liderada por José Paulo Fafe, como avançou em entrevista ao +M em dezembro.

“Tudo começou ao contrário. Começou com a ideia de fazer o DN Brasil, que é um pouco ocupar aquele espaço que o El País deixou numa certa faixa do mercado brasileiro. Não é um projeto que tenhamos posto numa gaveta mas, a pouco e pouco, fomos percebendo que era capaz de ser mais urgente fazer um projeto para os milhões de brasileiros que estão cá fora. Em Portugal, apesar de no consulado estarem registados 300 mil, há mais de 1 milhão de brasileiros e muitos luso-brasileiros. Para dar um exemplo, há cerca de 40 mil pessoas que estão em Portugal como cidadãos italianos que são brasileiros. Há também uma comunidade fortíssima no Reino Unido, forte na Alemanha, é imensa a comunidade brasileira fora do país”, explicava, na altura, sobre o É Brasil.

A Global Media, recorde-se, emitiu um comunicado na sexta-feira no qual dizia aguardar a qualquer momento a posição da Concorrência sobre a venda de alguns dos títulos à Notícias Ilimitadas e reiterou que quando o processo estiver concluído regularizará o subsídio de Natal em atraso. Em comunicado aos trabalhadores, ao qual a agência Lusa teve acesso, a Global Media Group (GMG) deu nota de que aguarda, “a qualquer momento, a tomada de posição da AdC (Autoridade da Concorrência) para que o negócio se conclua”.

Em causa está a venda pelo grupo à Notícias Ilimitadas da TSF, Jornal de Notícias, JN, O Jogo, Evasões, Volta ao Mundo, N-TV e Delas.

O grupo assegurava “que assim que, o processo esteja concluído”, terá “finalmente condições para indicar uma data definitiva para regularizar o subsídio de Natal em atraso aos trabalhadores da Global Media, que tanto se têm empenhado no futuro deste grupo”

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Adagietto ganha comunicação da Portugália

  • + M
  • 28 Maio 2024

A Portugália celebra o seu centenário em 2025, pelo que a Adagietto foi desafiada a desenhar e implementar um plano de comunicação para assinalar a efeméride.

A Adagietto assumiu a comunicação da Portugália, sendo que a agência liderada por Miguel Moreira Rato é agora responsável pelas áreas de comunicação estratégica, relações públicas e assessoria de imprensa da marca.

“É com grande entusiasmo que iniciamos a parceria com a Portugália, uma marca histórica no nosso mercado. Na área da restauração é cada vez mais raro vermos uma marca que se consiga manter no mercado durante 100 anos. Vai ser uma aventura e um desafio enriquecedor poder trabalhar a comunicação de uma marca tão bem acolhida pelos portugueses”, diz Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto, citado em comunicado.

Já por parte da Portugália, José Maria Jorge, diretor coordenador da direção de marketing estratégico, comunicação e corporate, refere que esta parceria “será fundamental para elevar” a marca. “É uma combinação perfeita entre a nossa rica herança e o caráter inovador da Adagietto e, juntos, pretendemos criar experiências únicas e memoráveis para os nossos clientes“, acrescenta.

A Portugália celebra o seu centenário em 2025, pelo que a Adagietto foi desafiada a desenhar e implementar um plano de comunicação para assinalar a efeméride.

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“Banco de Portugal não emitiu nenhum parecer para a elaboração da garantia pública”, diz Centeno

Mário Centeno revela que o regulador não apresentou qualquer indicação para a construção da garantia pública, mas destaca que "a recomendação macroprudencial é para levar a sério.”

Mário Centeno é claro sobre a forma como deve ser conduzida a garantia pública que o Governo pretende disponibilizar aos jovens até aos 35 anos a partir de agosto. “A recomendação macroprudencial é para levar a sério. Mesmo muito a sério”, destacou o governador do Banco de Portugal esta terça-feira no decorrer da apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira.

Centeno refere-se tanto à obrigatoriedade do crédito à habitação não exceder os 90% do valor de aquisição da habitação própria e permanente (conhecido como o rácio LTV), como as prestações acumuladas do crédito à habitação e dos créditos ao consumo não poderem exceder 50% do rendimento líquido do agregado familiar (conhecido como DSTI).

“Do ponto de vista da estabilidade financeira e do contexto financeiro e bancário de Portugal e europeu, a recomendação [macroprudencial] é para ser cumprida.

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

“Portugal teve dificuldade em se aproximar das práticas macroprudenciais e essa dificuldade esteve muito associada às dificuldades que o setor bancário sofreu na primeira década deste século”, recorda Centeno, sublinhando que as medidas macroprudenciais são “um pilar importante da resiliência do setor bancário e isso deve-se ao cumprimento das recomendações macroprudenciais do Banco de Portugal pelos bancos.”

Numa citação livre de Ernest Hemingway em “O Sol Nasce Sempre” (traduzido para português como “Fiesta”), Centeno refere que o nobelizado “escreveu o primeiro relatório de estabilidade”, referindo-se que “os problemas da dívida aparecem primeiro gradualmente e depois repentinamente.”

Aos jornalistas, Centeno revelou também que “o Banco de Portugal não emitiu nenhum parecer para a elaboração do decreto-lei [da garantia pública]”, mas destacou que “há um trabalho que está em contínuo que deverá manter-se com o Governo, com o Ministério das Finanças, para esse fim” e que “o processo de legislativo é complexo, longo, há várias entidades a serem ouvidas para a concretização da medida, incluindo o BCE.”

Todavia, o governador do Banco de Portugal salienta que, “do lado do Banco de Portugal, os princípios macroprudenciais devem ser sempre a pedra de cada um de nós perante o endividamento, porque é um pilar alienável da saúde financeira económica do país neste momento.” “Do ponto de vista da estabilidade financeira e do contexto financeiro e bancário de Portugal e europeu, a recomendação [macroprudencial] é para ser cumprida”, destaca Centeno.

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Há três novos sócios na GPA Advogados

Anabela Caetano, Inês Gomes Ferreira e Manuel Gouveia Pereira são os novos sócios da GPA, com efeitos a partir de junho.

A Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados (GPA) nomeou três novos sócios, com efeito a partir de junho: Anabela Caetano, sócia responsável da área de Fiscal; Inês Gomes Ferreira, sócia responsável da área de Corporate & Governance; e Manuel Gouveia Pereira, sócio responsável das áreas de Ambiente, Clima & ESG e da área de Direito Público.

Estas recentes nomeações são expressão da aposta contínua da GPA nas áreas que considera estratégicas para os seus clientes, têm em vista o crescimento e reforço de competências da firma e são sinal inequívoco do reconhecimento do percurso profissional e das qualidades de liderança destes advogados, todos com um percurso e experiência consolidada com mais de 20 anos nas respetivas áreas de especialização. É, pois, com muito entusiasmo que a GPA acolhe estes três novos sócios e lhes deseja as maiores felicidades”, sublinhou a managing partner Sofia Gouveia Pereira,

Anabela Caetano integrou a GPA em fevereiro de 2018. Árbitra do Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) em matéria tributária, conta com experiência de mais de 25 anos em assessoria fiscal, 16 dos quais como Tax Manager da PwC Portugal. A nova sócia presta assessoria numa multiplicidade de temas de índole fiscal a clientes nacionais e internacionais incluindo contencioso tributário e acompanha, em particular, diversas operações relativas a estruturação do investimento, em transações com investidores, sobretudo institucionais.

Na GPA desde junho de 2023, Inês Gomes Ferreira conta com mais de 20 anos de experiência, 18 dos quais na Vieira de Almeida (VdA). A advogada dedica-se à assessoria jurídica de clientes nacionais e internacionais nos mais diversos setores, em matérias de direito societário, comercial e de governação de sociedades e acompanha operações de fusão, cisão, aquisição, venda e reestruturação de grupos empresariais, estruturação de parcerias e investimentos internacionais, bem como investimentos na área do capital de risco.

Por fim, Manuel Gouveia Pereira, na GPA desde junho de 2023, criou o projeto interno de sustentabilidade “GPA Sustainable Impact”. Ao longo de 20 anos, desenvolveu a sua expertise em matérias de Direito Público, Ambiente, Clima, ESG, Sustentabilidade, Carbono, Transição Energética, Contencioso Ambiental, Compliance e Licenciamento Ambiental. Acompanha ainda diversas operações e projetos de ESG, reporte de sustentabilidade, clima, carbono, objetivos de desenvolvimento sustentável e transição energética. O seu percurso conta com passagem pela VdA, durante 16 anos, e pelos XVII e XVIII Governos Constitucionais, onde foi adjunto jurídico de dois ministros do Ambiente.

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Castro Group garante continuidade do megaprojeto imobiliário em Matosinhos, apesar da crise da Farfetch

Grupo de construção de Braga aguarda a aprovação do loteamento do megaprojeto inicialmente desenvolvido com a Farfetch, que ocuparia 40% do espaço, admitindo alterar o "modelo de negócio".

O Castro Group, a empresa responsável pela construção do Fuse Valley, o megaempreendimento de Matosinhos anunciado em 2021 e onde a Farfetch tencionava localizar um novo centro tecnológico, garante que o projeto imobiliário vai mesmo avançar, mesmo que isso implique alterar o modelo de negócio atual. A construtora está a aguardar a aprovação de loteamento para arrancar com o projeto, cuja construção deveria ter arrancado no final do ano passado.

Podemos assegurar que o Castro Group continua a trabalhar ativamente no projeto“, garantiu ao ECO fonte oficial do grupo de construção. A mesma fonte afiança que “apesar dos desafios que enfrentamos, o Fuse Valley permanece firme e comprometido com os seus princípios fundamentais”.

Este mega projeto imobiliário no valor de 200 milhões de euros, anunciado em 2021, além do futuro campus global da Farfetch, previa acolher outras empresas, um hotel e 42 apartamentos. O projeto inicial previa que dos 140 mil metros quadrados, 60 mil fossem ocupados pela Farfetch. Com a tecnológica criada por José Neves, agora nas mãos dos sul-coreanos da Coupang, a reestruturar a sua atividade e a concentrar unidades, o modelo deste megaempreendimento poderá ter de ser totalmente repensado.

“Assim que obtivermos a aprovação do loteamento, continuaremos a avançar com a mesma dedicação e empenho, seja no modelo de negócio atual ou em outro que melhor responda aos desafios presentes“, acrescenta a mesma fonte.

Assim que obtivermos a aprovação do loteamento, continuaremos a avançar com a mesma dedicação e empenho, seja no modelo de negócio atual ou em outro que melhor responda aos desafios presentes.

Fonte oficial do Castro Group

Com uma área de 5 mil metros quadrados destinada a acolher espaços para comércio e serviços de suporte ao empreendimento, como áreas de restauração, ginásio e SPA, bem como um anfiteatro ao ar livre, disponível para receber mostras de arte, palestras e workshops, o vale da Farfetch, como chegou a ser apelidado, foi desenhado pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels e ambicionava ser um pilar da sustentabilidade.

A Farfetch foi a grande promotora deste mega projeto. Contudo, a crise da empresa e a venda à Coupang levaram a uma grande reestruturação do marktplace daquele que foi o primeiro unicórnio de capitais portugueses. Além de um programa de despedimentos, para reduzir entre 25% e 30% dos trabalhadores, a empresa tem vindo a encerrar unidades no país, com vista a tornar o negócio rentável.

Como o ECO noticiou, depois do encerramento dos escritórios de Braga e da Avenida da Boavista no Porto, a Farfetch vai fechar o Centro de Creative Operations (CrOps) que mantinha em Leça do Balio, em Matosinhos, já no final deste mês. Apesar do encerramento deste centro, a empresa mantém, contudo, abertos os escritórios em Matosinhos.

Com o encerramento do Centro de Creative Operations (CrOps) no dia 31 de maio, as pessoas serão transferidas para a unidade de Guimarães. Esta decisão, de concentrar mais esta unidade em Guimarães, surge depois de a Farfetch, a empresa fundada por José Neves e cuja venda aos sul-coreanos da Coupang foi concluída em fevereiro, já ter fechado o edifício da Boavista, no Porto, e a unidade de Braga, mantendo ainda os escritórios em Lisboa, além de Guimarães.

 

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Pensionistas de velhice da CGA atingem valor mais alto dos últimos anos

  • Lusa
  • 28 Maio 2024

O número de pensionistas de velhice da Caixa Geral de Aposentações foi de 420.349 em 2023, tendo atingido o valor mais alto dos últimos anos, segundo o Conselho das Finanças Públicas.

O número de pensionistas de velhice da Caixa Geral de Aposentações (CGA) foi de 420.349 em 2023, tendo atingido o valor mais alto dos últimos anos, segundo o relatório divulgado hoje pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP).

De acordo com o relatório sobre a “Evolução Orçamental da Segurança Social e da CGA”, o número médio de aposentados e reformados da CGA passou de 482.276 em 2022 para 484.236 em 2023, refletindo um aumento médio de 1.961.

Esta evolução resulta do efeito conjugado de mais 4.172 pensões de “velhice e outros motivos” e de menos 2.211 pensões de invalidez, em termos médios. De acordo com o CFP, “o número médio de pensões de ‘velhice e outros motivos’ (420.349) foi o mais elevado dos últimos anos, tendo o número médio de pensões de invalidez (63.888) sido o mais baixo”.

A instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral recorda que em 2023 a idade normal de acesso à pensão de reforma por velhice diminuiu três meses, passando para os 66 anos e quatro meses.

O CFP indica que o valor médio mensal das pensões de aposentação registou uma subida de 8,8% ou 120 euros, passando de 1.375 euros em 2022 para 1.495 euros em 2023, “essencialmente justificado pela dupla atualização das pensões ocorrida no ano de 2023”.

A despesa decorrente da atribuição de novas pensões da CGA (excluindo as de “sobrevivência e outros”) totalizou 32,9 milhões de euros, mais 6,9 milhões de euros do que em 2022, tendo o aumento ocorrido sobretudo na despesa com novas pensões de “velhice e outros motivos” (mais 6,7 milhões de euros).

O CFP assinala ainda que foram atribuídas 20.228 novas pensões de aposentação e reforma, mais 3.291 (+19,4%) do que em 2022, tendo o respetivo valor médio ponderado aumentado 5,8%, passando de 1.539 euros em 2022 para 1.628 euros em 2023, refletindo essencialmente as novas pensões atribuídas aos aposentados e reformados oriundos da administração central, cujo valor médio foi de 2.345,88 euros.

Em 2023, o rácio entre subscritores e aposentados voltou a diminuir, “agravando o desequilíbrio estrutural do sistema”. O organismo explica que “a diferença negativa entre o número de subscritores da CGA e o número de aposentados tem-se vindo a agravar, tendo passado de 96.722 no final de 2022 para 107.516 no final de 2023”.

O CFP destaca ainda que o saldo orçamental da CGA passou de um défice de 196 milhões de euros em 2022 para um excedente de 2.713 milhões de euros em 2023, na ótica da contabilidade pública. Contudo, excluindo o encaixe extraordinário de 3.018 milhões de euros recebido como compensação pelas responsabilidades transferidas do extinto Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, o saldo orçamental da CGA foi negativo em 305 milhões de euros.

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