Accenture abre centro tecnológico em Coimbra

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

A operação em Coimbra abriu em março de 2023 e tem já mais de 100 postos de trabalho.

A multinacional Accenture abriu um centro avançado de tecnologia em Coimbra, contando já com mais de 100 postos de trabalho criados e perspetivas de crescimento a “um ritmo acelerado” na cidade, disse a presidente da Accenture Portugal, Manuela Vaz, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração. A consultora internacional tem também centros em Lisboa e Braga.

O centro em Coimbra arrancou em março de 2023, tendo a empresa optado por apostar naquela cidade por ser o local onde teria “todas as condições para criar mais um centro de excelência”, nomeadamente a existência de talento qualificado, aclarou a responsável.

Questionada pela agência Lusa, Manuela Vaz admitiu que está “em cima da mesa” a criação, no futuro, de instalações próprias, referindo que a Accenture optou pela Torre Arnado para começar, mas à medida que o centro cresça, poderão ser encontradas outras soluções.

Durante a cerimónia de inauguração, a responsável dos centros avançados de tecnologia da Accenture em Portugal, Susana Mata, aclarou que 70% dos trabalhadores em Coimbra têm formação na Universidade de Coimbra e 23% vieram dos centros já existentes em Lisboa e Braga.

Todos os trabalhadores do centro têm, no mínimo, licenciatura e 62% têm mestrado, referiu, realçando que, em Coimbra, 51% dos funcionários são do sexo feminino, algo que não é normal no setor das tecnologias.

Susana Mata, que estudou em Coimbra, afirmou que espera que o centro “dê oportunidades a pessoas” como ela, que acabaram o curso na cidade e que gostariam de ter ficado no concelho, mas que não encontraram “oportunidades para ficar”.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, destacou a capacidade da cidade de atrair “mais uma grande multinacional” para o concelho. “Coimbra tem tudo”, salientou, considerando que faltava uma postura proativa na atração de investimento, “abrir-se ao mundo e mostrar toda a sua capacidade”.

Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, recordou que a Accenture chegou ao seu concelho em 2017, após o município ter iniciado uma política de atração de investimento, passando de 100 colaboradores nesse primeiro ano para cerca de 700, de momento.

Ricardo Rio congratulou-se por ver “Coimbra a trilhar agora o mesmo caminho” feito no passado por Braga, considerando que a cidade tem “imenso potencial”.

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Tribunal obriga casal a pagar 186 mil euros de IRS por fim da renovação de Residente Não Habitual

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

O casal pediu o reembolso do imposto liquidado e juros indemnizatórios tendo indicado como valor da causa o montante de 130.004,85 euros. Mas o tribunal arbitral não lhes deu razão.

O tribunal arbitral não deu razão a um casal que contestou a liquidação de 186 mil euros de IRS por não lhe ter sido aplicado o regime do Residente Não habitual que deixou, entretanto, de poder ser renovado.

Na origem desta decisão do Centro de Arbitram Administrativa (CAAD), já divulgada, está o caso de um casal de suecos que mudou a residência para Portugal em 2011, estando ambos os elementos inscritos no regime fiscal do Residente Não Habitual (RNH) por um período de 10 anos (de janeiro de 2011 a dezembro de 2020) e que, em 2021, se viram confrontados com a impossibilidade de ainda beneficiarem daquele regime cujo prazo de 10 anos deixou, entretanto, de poder ser renovado.

Na sequência da impossibilidade de renovação – em 2012 uma alteração à lei veio determinar que o regime é atribuído por um período de 10 anos – a sua declaração de IRS relativa ao rendimento de 2021 já não pôde ser entregue ao abrigo do regime do RNH, o que resultou numa liquidação de imposto a pagar no valor de 186.116,84 euros.

Após verem a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) indeferir a sua reclamação graciosa a contestar a liquidação – com o fisco a fundamentar a resposta no facto de, à luz da lei em vigor, já não haver lugar a renovação do período do RNH -, o casal avançou para o CAAD, invocando que, por efeito do estatuto de RNH adquirido em 2011, constituíram o direito a beneficiar de um período de vigência de 10 anos consecutivos renováveis, que se estendia para além do ano de 2020.

Na exposição ao CAAD, o casal pedia o reembolso do imposto liquidado e juros indemnizatórios tendo indicado como valor da causa o montante de 130.004,85 euros – que corresponde ao valor da liquidação que pretendiam evitar.

Porém, a decisão do CAAD, que data de novembro de 2023, foi no sentido de que a AT “fez correta interpretação da lei e não cometeu qualquer ilegalidade ao efetuar a liquidação impugnada e ao indeferir a reclamação graciosa contra ela deduzida”.

Ao abrigo do RNH os trabalhadores de uma lista de profissões consideradas de elevado valor acrescentado, pagam uma taxa de IRS de 20%. Os reformados, começaram por estar isentos de IRS em Portugal, mas a lei foi alterada tendo passado a estar sujeitos a uma taxa de 10%.

No caso dos suecos, e após ter terminado a convenção para evitar a dupla não tributação entre Portugal e a Suécia, este país voltou a tributar os seus pensionistas, mesmo que estes residam em Portugal.

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Heineken quer ser a marca não desportiva mais inclusiva do futebol, diz diretora de marketing

O troféu da Liga dos Campeões vai estar em Portugal e ser mostrado pela Heineken. A cerveja pretende tornar-se na "marca não desportiva mais inclusiva do mundo do futebol", diz Filipa Magalhães.

Queremos ser conhecidos como a marca não desportiva mais inclusiva do mundo do futebol“. É este o objetivo com a nova campanha da Heineken, que quer brindar aos verdadeiros fanáticos do futebol e que reforça a ligação à Liga dos Campeões, segundo Filipa Magalhães.

Esta ambição – plasmada na nova campanha “Um brinde aos verdadeiros fanáticos” – advém do facto de a inclusão fazer parte do “ADN da marca”, explica ao +M Filipa Magalhães, diretora de marketing da marca de cerveja em Portugal. “A Heineken é uma marca open-minded, muito inclusiva, muito focada, e o seu propósito está muito assente em criar relações entre os consumidores, ultrapassando barreiras e estereótipos que existam através de experiências únicas“.

“Sendo este o propósito da marca, tendo isso no seu ADN e tendo em conta o facto de já estar distribuída em mais de 190 países enquanto uma marca muito inclusiva, [a Heineken] tem muita propriedade para se poder afirmar no mundo do futebol como a marca mais inclusiva não desportiva“, acrescenta Filipa Magalhães.

Filipa Magalhães, diretora de marketing da Heineken em Portugal

Num ano em que a ligação da Heineken, a nível global, à UEFA Champions League completa três décadas, Filipa Magalhães refere que este patrocínio faz todo o sentido até porque a competição europeia está para o futebol como a Heineken está para a cerveja, “porque somos ambos premium”, diz.

E, mesmo a nível local, a parceria tem também todo o sentido tendo em conta que a UEFA Champions League “tem vindo a ganhar muita notoriedade e presença” no país, algo que é “também um pouco em reflexo do bom desempenho das equipas portuguesas”.

Além disso, o futebol é o “desporto de excelência” do país. “Portugal e futebol são quase sinónimos e futebol e cerveja também têm muitas semelhanças, pois significam e têm como identificado o convívio e a socialização, são elos de ligação muito fortes“.

Embora o futebol seja um território “apetecível” e aproveitado por muitas marcas, a diretora de marketing da Heineken em Portugal considera que ainda é possível inovar, o que a marca de cerveja tenta fazer através da oferta de experiências “únicas” aos consumidores, para que estes “tenham uma experiência cada vez mais inovadora, fresca e única no mundo do futebol”, refere.

É por isso mesmo que no âmbito da campanha, numa ação de fake out of home (FOOH), que combina imagens de ambientes reais com computação gráfica, a Heineken vai mostrar o troféu de vencedor da competição esta terça-feira, na Avenida dos Aliados, no Porto, numa experiência visual que também é disponibilizada no Facebook e Instagram da marca. O troféu segue depois para Lisboa para ser “exposto” na quarta-feira na rotunda do Marquês de Pombal, nos mesmos formatos.

O troféu vai também ser mostrado num evento da Heineken esta quarta-feira no Construction Lisbon Club com o objetivo de desconstruir preconceitos que se criam no mundo do futebol, e “tornar real aquilo de que pretendemos ser a marca não desportiva mais inclusiva no mundo do futebol”. A iniciativa conta também com uma talk com vários convidados que vão contar histórias na primeira pessoa sobre inclusão.

Embora a campanha seja global, conta assim com diversas inovações desenvolvidas localmente. Também em out-of-home, a marca apresenta vários mupis digitais que vão mostrar um countdown para o início dos jogos da competição assim como os resultados dos jogos em tempo real. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Dentsu – agência responsável pelo planeamento de meios da Heineken em território nacional -, a Publicis e a LivePoster.

Através destes mupis, colocados em “zonas estratégicas de Lisboa e do Porto”, os “verdadeiros fanáticos que não conseguirem ver o jogo vão conseguir perceber como estão os resultados em live”, explica Filipa Magalhães, acrescentando que a marca também vai contar com mupis que “vão comunicar pontos de venda onde se pode também viver a experiência do futebol e ver um jogo da Uefa Champions League”.

Entre as ativações da marca no âmbito desta campanha encontra-se ainda o recurso a influenciadores para “demonstrarem também como são verdadeiros fanáticos do futebol e o que fazem quando vêm o seu clube jogar, numa ótica da champions“.

A marca vai também oferecer aos consumidores a oportunidade de assistirem aos jogos da fase final da Liga dos Campeões, numa experiência reservada aos verdadeiros fanáticos do futebol, ou seja, aqueles que tiverem a história mais original.

De forma a participar no passatempo, os interessados devem aceder a este link e contar uma história, sua ou de alguém que conheçam, relacionada com um ritual ou superstição que tenham para ver jogos da Liga dos Campeões. Ganham aqueles que tiverem as histórias mais interessantes e contadas com mais paixão.

Os vencedores são premiados com bilhetes para os jogos da fase final, assim como voos e estadia.

Propondo-se a brindar aos “verdadeiros fanáticos” do futebol, a campanha lançada a nível internacional foi desenvolvida globalmente pela Le Pub, conta com um spot inspirado em adeptos reais, onde é mostrado de forma tanto cómica como comovente a devoção que os adeptos demonstram fora das quatro linhas. Como embaixadores globais e visando a inclusão no futebol, a campanha conta com Virgil van Dijk, capitão do Liverpool e da seleção holandesa, e com Jill Scott, antiga internacional pela Inglaterra.

O conceito por trás desta campanha “é sempre o mesmo”, explica Filipa Magalhães. “Nós queremos fazer com que os verdadeiros fãs sejam cada vez mais visíveis. O futebol é um mundo muito masculino dentro e fora das quatro linhas, e aquilo que nós queremos demonstrar é que podemos ir muito mais além do que isso. O verdadeiro fanático de futebol vive pela forma como sente e experiencia o mundo do futebol e é isso que nós queremos enaltecer e dar visibilidade nesta campanha”, diz ao +M.

A responsável da Heinken considera que “ainda há muito por fazer” neste campo da inclusão mas que “já foram dados os primeiros passos”, sublinhando a existência de competições especificamente para o futebol feminino e o apoio de marcas a esta competições, como é o caso da própria Heineken que é também patrocinadora da UEFA Champions League feminina.

Em relação aos investimentos futuros da marca, a estratégia passa por continuar a investir em futebol (incluindo voltar a investir na Liga dos Campeões no arranque da próxima época), até tendo em conta que “o futebol é a segunda plataforma mais importante para a marca Heineken em Portugal“, explica. Questionada não revelou valores de investimento mas adiantou que o investimento em futebol está de certeza “acima dos 20%” do total do investimento.

Filipa Magalhães adianta que o eixo de divulgação mais importante para a marca está relacionada com o produto pois é “aquilo que faz a Heineken diferente das restantes cervejas que existem no mercado e que é fundamental. Dar a conhecer as características da Heineken, o facto de ser uma cerveja puro malte, claramente vai ser a plataforma em que vamos investir mais”, acrescenta

Já a terceira plataforma de comunicação da marca será a música que “também é extremamente importante”, diz a responsável pelo marketing da Heineken, acrescentando que esta “é a plataforma mais relevante para as gerações mais novas pelo que também vamos fazer um grande investimento em música”.

A marca de cerveja vai assim manter os patrocínios que tinha no ano passado ao festivais Nos Alive, o Neopop e o Brunch Eletronic, procurando “ter uma presença cada vez mais diferenciadora e única junto dos festivaleiros”.

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“Infelizmente em Portugal temos esta terrível fobia do mérito”, diz Moreira

Durante o primeiro Fórum Porto de Economia, Moreira destacou a "fobia do mérito" e as assimetrias económicas do país.

Infelizmente em Portugal temos esta terrível fobia do mérito“, mas “deve ser reconhecido, valorizado”, afirmou esta terça-feira Rui Moreira, durante o primeiro Fórum Porto de Economia. “Acho que é um aspeto relevante nas políticas públicas”, que também “deviam contrariar” a existência de um país de assimetrias económicas, considerou o presidente da câmara portuense.

Rui Moreira defendeu ser “importante que na cidade e na região se fale de mérito” e citou como exemplo o caso das “startups do Porto que têm que concorrer no mercado internacional e precisam de reconhecer o mérito dos seus para que eles façam um pouco mais”. Já “numa empresa que vive de fornecer o Estado, o mérito não é assim muito importante, porque no fundo a pouca eficiência acaba por se repercutir e ser paga de qualquer maneira”, apontou à margem do evento, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, que juntou empresários e académicos.

Por isso mesmo, vivemos num país de assimetrias económicas. “Temos quase um país percecionado em três dimensões: um país que vive à volta da capital, uma economia que vive de fornecer serviços ao Estado, uma economia claramente financeira; temos um Norte em que tem cada vez mais uma pujança industrial e que foi capaz de se requalificar; temos depois todo o interior muito desertificado, com enormes capacidades de desenvolvimento, mas que fica à margem do progresso”, sublinhou.

Rui Moreira não tem dúvidas de que esta assimetria “resulta de políticas públicas. Não acontece por acaso ou pelo menos as políticas públicas deviam contrariar esta realidade e pelo meio falta o mérito”.

Durante o discurso de abertura do Fórum Porto de Economia, o autarca independente assegurou que “este executivo, enquanto cá estiver, vai pugnar para que a cidade continue a crescer”. Até porque, sustentou, “uma das grandes apostas da cidade do Porto tem sido atrair e fixar talento, trazer empresas e empreendedorismo, além de trabalhar com a academia e as escolas, no sentido também de ajustar aquilo que é a qualificação dos nossos quadros àquilo que é a realidade percecionada”.

Este executivo, enquanto cá estiver, vai pugnar para que a cidade continue a crescer.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Os números falam por si: desde 2015 a agência InvestPorto já apoiou mais de 475 empresas e investidores com 550 projetos de investimento na cidade, dos quais 59 foram registados em 2023. Os investimentos concretizados com apoio da InvestPorto representam mais de 1,8 mil milhões de euros investidos na cidade e a criação de 22.500 postos de trabalho diretos. Só o investimento direto estrangeiro (IDE) ronda cerca de 65% dos projetos apoiados desde 2015; ano da criação da agência como força motriz para promover e apoiar os investidores na implementação do negócio. Reino Unido, França, EUA, Israel e Alemanha surgem à cabeça dos investidores internacionais de mais de 40 países que fazem negócio na Invicta.

“Há três anos consecutivos que a fDi Intelligence, revista do Financial Times, coloca o Porto no topo das cidades e regiões europeias do futuro”, assinala o edil. O Porto tem, assim, uma mão cheia de trunfos para captar talento e grandes empresas tecnológicas internacionais, como é o caso das “excelentes universidades”, o ecossistema de inovação e o empreendedorismo “dinâmico, competitivo e cosmopolita” que cresceu sustentadamente nos últimos anos.

“A cidade concentra uma em cada cinco startups portuguesas, o que representa uma fatia equivalente a 19% de todo o tecido empreendedor nacional. Além disso, o Porto apresenta um número de startups per capita 20% superior à média europeia”, realçou Rui Moreira, perante uma plateia cheia de empresários, académicos e estudantes.

Ainda assim, o autarca apontou a “burocracia administrativa, o sistema fiscal, os custos de contexto, a instabilidade legislativa, a morosidade na justiça e a lenta execução dos fundos europeus” como entraves ao desenvolvimento económico do país.

Outro dos problemas apontados por Moreira é a falta doutorados nas empresas; atualmente têm uma representatividade na ordem dos 6%. “Com mais doutorados, as empresas têm melhores condições para apostar na inovação e, a partir daí, desenvolver bens e serviços mais competitivos”, defendeu. A somar a tudo isto, destacou, “faltam às empresas interlocutores válidos para dialogarem com os investigadores no âmbito de projetos de I&D”.

A cidade concentra uma em cada cinco startups portuguesas, o que representa uma fatia equivalente a 19% de todo o tecido empreendedor nacional. Além disso, o Porto apresenta um número de startups per capita 20% superior à média europeia.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Mas as “preocupações” não se ficam por aqui, sendo transversais ao tecido empresarial e académico. “Há também dificuldades no que respeita à conjugação de interesses entre universidades e empresas. As rotinas de produção de conhecimento pelas instituições de ensino superior e a própria natureza desse conhecimento nem sempre são consentâneas com as necessidades do tecido produtivo”, apontou. Por isso mesmo, o autarca defendeu o ajustamento da oferta formativa das universidades às necessidades do tecido empresarial. “Isto passa por oferecer aos estudantes currículos mais transdisciplinares e competências tecnológicas diferenciadoras”, explanou.

Neste encontro que juntou empresas, empreendedores, academia e outros agentes, num “momento dedicado ao talento, ao investimento e ao empreendedorismo que protagonizam a dinâmica do tecido económico da cidade”, o autarca destacou ainda que o meio empresarial deve encarar o desafio da inteligência artificial como uma oportunidade e não como ameaça.

Por fim, Rui Moreira enfatizou a necessidade de haver “pessoas mais qualificadas na nossa economia, com competências críticas para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas”. E que contribuam com valor acrescentado. Neste aspeto, o Porto está na dianteira. “Tem excelentes universidades e politécnicos, com capacidade para formar capital humano em áreas científicas e tecnológicas de grande potencial”. Aliás, sublinhou, “este potencial humano pode vir a ser incorporado no tecido económico português”.

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Altri vai voltar a aumentar preços da pasta de papel em março

A papeleira portuguesa vai acompanhar o aumento de preços anunciado pela brasileira Suzano. Aumento é de 80 dólares por tonelada para as encomendas para a Europa e América do Norte.

A Altri anunciou um novo aumento de preços da pasta de papel, para março. A decisão surge depois da brasileira Suzano ter anunciado uma subida dos preços de 80 dólares por tonelada nas vendas para a Europa e América do Norte, enquanto para a Ásia o aumento fixou-se em 30 dólares. Subidas que vão ser acompanhadas pela empresa portuguesa.

Com este aumento, o preço de referência para a tonelada de pasta passa para 1.300 dólares na Europa e para os 1.490 dólares na América do Norte. A Suzano, a maior produtora mundial de pasta branqueada de eucalipto (BEKP), tem vindo a aumentar os preços da pasta de papel nos últimos meses, subidas que têm sido acompanhadas pela Altri.

A Altri vai acompanhar este aumento de preços”, diz fonte oficial da Altri.

A Suzano tinha já anunciado, em fevereiro tinha um aumento idêntico, de 80 dólares, para as vendas para a Europa e América do Norte. Contudo, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois meses, a papeleira decidiu agravar também os preços das vendas para a Ásia, segundo a Fastmarkets RISI.

A Suzano tem estado a informar os seus clientes destes aumentos, os quais justifica com inventários mais baixos em toda a cadeia de abastecimento, especialmente na Europa; a crise que está a afetar o transporte pelo Mar Vermelho e os problemas no Canal do Panamá; e sinais positivos preliminares para a procura na Ásia após o Ano Novo chinês.

Além da Altri, também a Navigator anunciou ontem o segundo aumento do preço do papel em quatro meses. A empresa vai aumentar em até 5% o preço do papel uncoated woodfree (UWF), usado na impressão e escrita, a partir de 25 de março.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Empréstimos da casa recuam para mínimos de dois anos

Bancos continuam a assistir a uma contração da carteira de crédito à habitação devido ao impacto da subida das taxas de juro. Já os empréstimos para o consumo estão a crescer há 12 meses.

O montante de crédito à habitação caiu em janeiro para 98,7 mil milhões de euros, o valor mais baixo em dois anos, refletindo o impacto da subida das taxas de juro junto das famílias.

Desde dezembro de 2022, quando se iniciou a tendência de descida (apenas interrompida em novembro), o stock de empréstimos da casa já encolheu 1,6 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

O aumento das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) fez refrear a procura da parte das famílias, mas não só. Muitas famílias também decidiram amortizar o crédito da casa num esforço para aliviar a prestação da casa, o que ajuda explicar esta evolução.

Por outro lado, o stock de empréstimos ao consumo cresce há 12 meses consecutivos, tendo atingido 21,2 mil milhões de euros no arranque do ano, o valor mais elevado de sempre, segundo o supervisor.

Já o montante de empréstimos às empresas caiu 672 milhões de euros em janeiro, totalizando 72,6 mil milhões, o valor mais baixo desde novembro de 2020.

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Governo estende até amanhã prazo para contribuintes validarem faturas para abater ao IRS

Prazo para validar faturas para deduções no IRS deveria ter terminado ontem, mas Governo decidiu dar mais tempo aos contribuintes. Só termina a 28 de fevereiro.

Afinal, os contribuintes portugueses vão ter mais tempo para validar as faturas que permitem beneficiar de deduções no IRS. Face aos constrangimentos vividos na segunda-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais decidiu estender esse prazo em dois dias, para 28 de fevereiro.

“Na sequência do elevado número de acessos ao e-Fatura do Portal das Finanças no dia de ontem, em virtude do fim do prazo legal para a verificação e validação de faturas para efeitos do IRS de 2023, levando a constrangimentos e limitações pontuais de acesso, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais decidiu prorrogar por dois dias o prazo de verificação e comunicação de faturas“, anunciou o Ministério das Finanças, numa nota enviada às redações.

Quer isto dizer que, afinal, os contribuintes têm até amanhã para classificarem as faturas no e-Fatura. O Governo garante que tal já é possível no Portal das Finanças, mas sinaliza que, no caso da aplicação móvel e-Fatura, estão ainda em curso as alterações técnicas para permitir o prolongamento do prazo.

Além disso, o Ministério das Finanças sublinha que “a prorrogação não tem efeitos nos prazos de reclamação prévia dos valores apurados pela Autoridade Tributária, nem de entrega da declaração modelo 3 de IRS, que se mantêm”. Ou seja, apesar deste prolongamento, o prazo de entrega do IRS deverá começar a 1 de abril, como é tradição.

Importa explicar que a maioria das faturas (nomeadamente de supermercado, saúde, habitação e lares) deverá estar, à partida, corretamente classificada, mas algumas exigem que a intervenção do contribuinte.

Além disso, se tem filhos, deve consultar também as páginas destes no que diz respeito às faturas, validando-as e encaixando-as nas categorias adequadas.

Notícia atualizada às 13h11

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Empresas planeiam investir mais em sustentabilidade nos próximos três anos

“As organizações vão gastar mais em ESG nos próximos três anos, à medida que os requisitos de reporte aumentam”, lê-se no estudo desenvolvido pela KPMG.

90% das empresas vão aumentar o investimento nas três vertentes da sustentabilidade (ambiente, social e governança – ESG), ao longo do próximo triénio. Estes montantes serão investidos sobretudo na contratação de recursos humanos focados nestas matérias (43%), na formação ESG dos profissionais já empregados pelas empresas (38%), e em programas informáticos que suportem as políticas ESG (40%).

Estas conclusões são da autoria de um estudo da KPMG, divulgado esta segunda-feira pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação. A consultora inquiriu empresas sobretudo norte-americanas (61%) e europeias (25%), com uma distribuição quase igualitária entre o setor público e privado e dimensões que vão desde menos de mil trabalhadores até mais de 20.000.

As organizações vão gastar mais em ESG nos próximos três anos, à medida que os requisitos de reporte aumentam”, lê-se no estudo.

Com acesso a melhor informação, 83% das entidades inquiridas prevê que exista um aumento na integração das matérias ESG, transversal a várias áreas da empresa. Para obter mais informação, quase 60% espera recorrer a sistemas avançados de dados, direcionados ao reporte, e a aposta em inteligência artificial para efeitos de recolha de dados espera-se praticamente na mesma proporção.

Apesar desta alavanca ao crescimento da sustentabilidade nas organizações, a KPMG identifica também alguns desafios no caminho para a sustentabilidade. Recursos insuficientes, falhas de comunicação entre departamentos, prioridades divergentes para as diferentes áreas, dificuldade em medir o retorno e constrangimentos no orçamento são os desafios destacados.

De forma a combater estas dificuldades, 76% dos inquiridos planeia reestruturar equipas de forma a que haja um melhor alinhamento entre a estratégia de negócio e os objetivos de sustentabilidade. Em paralelo, quase a mesma fatia de empresas pretende recorrer a serviços externos para o reporte de sustentabilidade.

“Definir funções e responsabilidades claras, incluindo a identificação de líderes e profissionais destas matérias, e decidir quando recorrer a serviços externos ou reforçar os recursos existentes, é crucial para uma implementação eficaz e um reporte eficiente”, escreve a KPMG.

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Futebol profissional rende 228 milhões de euros em impostos ao Estado português

Estudo da EY relativo à última época mostra que o futebol profissional gerou receitas de quase mil milhões e contribuiu com 667 milhões para o PIB português, assegurando 3.504 empregos diretos.

A Liga Portugal e as sociedades desportivas que disputaram os dois principais campeonatos de futebol em Portugal registaram um volume de negócios superior a 987 milhões de euros na época 2022-2023, mais 74 milhões do que na temporada anterior, com o futebol profissional a reclamar uma contribuição recorde de 667 milhões para o PIB (+8%), equivalente a 0,26% da riqueza nacional.

Estes são os principais números incluídos na 7ª edição do Anuário do Futebol Profissional Português, produzido pela EY em parceria com a Liga. Abrange as contas da estrutura liderada por Pedro Proença — pelo oitavo ano consecutivo teve resultados operacionais positivos e fechou a época com receitas de 24 milhões e lucros de 825 mil euros — e das 34 sociedades desportivas que integraram as últimas edições da Liga Betclic e da Liga SABSEG.

No período em análise, o futebol profissional gerou 228 milhões de euros em impostos em Portugal, mais 6% do que na temporada anterior, sendo a competição principal responsável por 91% do impacto fiscal apurado. Quase oito em cada dez euros que entraram para os cofres do Estado português resultaram do pagamento de IRS e de contribuições para a Segurança Social, contabiliza ainda o estudo da EY, apresentado esta manhã no Estádio do Bessa (Porto).

O futebol profissional assegura 3.504 postos de trabalho diretos, mas 74% do bolo salarial (364 milhões de euros) vai para o bolso dos atletas. Para ilustrar a internacionalização deste setor, o mesmo relatório sublinha que 65% dos futebolistas foram transferidos de clubes da principal divisão portuguesa para ligas no estrangeiro, com estas 277 transações a movimentarem 505 milhões de euros. No total, o balanço do mercado de transferências teve 432 entradas e 427 saídas de jogadores, com um saldo positivo de 319 milhões de euros.

Pedro Proença, presidente da Liga PortugalJOSÉ COELHO/LUSA 7 junho, 2022

Ao longo da última temporada, 3,5 milhões de pessoas assistiram nos estádios a jogos da Liga Portugal Betclic (ocupação média de 51%), baixando estes indicadores para 338 mil e 27% na SABSEG, respetivamente. Durante a apresentação destes resultados, Miguel Farinha, country managing partner da EY Portugal, Angola e Moçambique, destacou o “impacto direto do futebol profissional na economia portuguesa, desde o contínuo aumento da sua contribuição para o PIB e receitas fiscais do Estado à dinamização de uma atividade geradora de emprego”.

Já o presidente da Liga Portugal considerou que esta atividade “assume-se de forma cada vez mais sustentada como uma das indústrias de maior relevância a nível nacional e com um papel preponderante na promoção do país no estrangeiro”, reclamando que “chegou o momento de [ver] finalmente reconhecido o papel deste setor no tecido económico e social português, garantindo ao futebol profissional as mesmas condições que são dadas a outras indústrias nacionais e àqueles com quem [tem] de competir a nível internacional”.

A carga fiscal do futebol profissional português limita a sua competitividade. Portugal é o país, a par de Itália, onde o escalão máximo de IRS (48%) é taxado no valor absoluto mais baixo (75.009 euros).

7ª edição do Anuário do Futebol Profissional Português

Em causa estão reivindicações como a redução dos custos de contexto, nomeadamente em sede de IRS, IRC ou IVA na bilhética (taxada no máximo, em contraste com os benefícios concedidos a outras áreas de entretenimento), que, como refere no relatório o antigo árbitro, são “uma questão de justiça (…) e de equidade”.

“A carga fiscal do futebol profissional português limita a sua competitividade. Portugal é o país, a par de Itália, onde o escalão máximo de IRS (48%) é taxado no valor absoluto mais baixo (75.009 euros). Este agravamento da tributação aplicada às sociedades desportivas dificulta a retenção de talento futebolístico, já que cria um nível de gastos que incapacita a competitividade financeira e desportiva face às sociedades desportivas internacionais”, lê-se no estudo.

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Taxa Euribor mantém-se a três meses e sobe a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2024

A Euribor manteve-se esta terça-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira e permaneceu abaixo de 4% nos três prazos.

A Euribor manteve-se esta terça-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira e permaneceu abaixo de 4% nos três prazos.

Com as alterações desta terça-feira, a Euribor a três meses, que se manteve em 3,952%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,918%) e da taxa a 12 meses (3,735%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu esta terça-feira para 3,735%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do ‘stock‘ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também subiu esta terça-feira, para 3,918%, mais 0,017 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Noutro sentido, a Euribor a três meses manteve-se esta terça-feira, ao ser fixada de novo em 3,952%, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Novobanco avança com emissão de 500 milhões de dívida sénior

Banco português está no mercado com uma emissão de dívida sénior no valor de 500 milhões de euros. Operação está a cargo do BofA Securities, Citigroup, Crédit Agricole CIB, Deutsche Bank e Nomura.

O Novobanco está no mercado com uma emissão de dívida sénior com maturidade a quatro anos no valor de 500 milhões de euros, de acordo com a agência Bloomberg.

O banco português mandatou o BofA Securities, Citigroup, Crédit Agricole CIB, Deutsche Bank e o Nomura para avançar com esta operação, segundo a mesma fonte.

Os títulos de dívida sénior preferencial terão a maturidade de quatro anos, mas o Novobanco fica com a opção de recompra antecipada ao fim do terceiro ano.

Esta emissão surge num momento favorável para o Novobanco no acesso ao mercado, que o CEO, o irlandês Mark Bourke, considera ser um passo importante nos planos para o IPO que poderá avançar ainda este ano.

Na semana passada, o Novobanco conseguiu um financiamento de 500 milhões de euros através de obrigações cobertas, com a operação a atrair um forte interesse dos investidores – a procura situou-se dez vezes acima da oferta.

O Novobanco encerrou 2023 com lucros de 743 milhões de euros, uma subida de 33% em relação ao ano anterior beneficiando da subida dos juros dos empréstimos da casa.

(Notícia atualizada às 12h21)

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Depósitos a prazo superam os 100 mil milhões pela primeira vez em oito anos

Depósitos a prazo estão a atrair de novo as poupanças das famílias portuguesas. Em janeiro, captaram 2,8 mil milhões de euros.

Os depósitos a prazo estão a captar de novo as poupanças das famílias portuguesas, com o stock a superar novamente a barreira dos 100 mil milhões de euros, o que acontece pela primeira vez em cerca de oito anos.

As aplicações dos particulares em depósitos com prazo acordado e depósitos com pré-aviso atingiram os 101,9 mil milhões de euros em janeiro, o valor mais elevado desde dezembro de 2015, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Depósitos a prazo em alta

Fonte: Banco de Portugal

No primeiro mês do ano, os depósitos a prazo captaram, em termos líquidos, 2,8 mil milhões de euros, confirmando uma tendência que se regista desde setembro do ano passado.

O facto de os bancos oferecerem remunerações mais atrativas do que há um ano ajuda a explicar esta evolução. Há um ano, as famílias estavam a tirar o dinheiro do banco para apostar nos Certificados de Aforro, que se manteve ao longo da primeira metade de 2023, até o Governo ter cortado a taxa de juro dos certificados em junho.

A taxa de juro dos novos depósitos fechou o ano passado a superar a fasquia dos 3% pela primeira vez em mais de 11 anos, segundo o Banco de Portugal.

Agora, o movimento é outro: os particulares estão a transferir o dinheiro que se encontra à ordem para aplicar em depósitos a prazo, mostram os números divulgados pelo supervisor: em janeiro saíram 2,1 mil milhões de euros das contas à ordem, com o stock a baixar para 78,6 mil milhões, o montante mais baixo desde maio de 2021.

Contas feitas, o stock de depósitos de particulares (a prazo e à ordem) aumentou cerca de 720 milhões de euros no arranque do ano, totalizando os 180,1 mil milhões de euros, a valor mais alto do último as poupanças que perderam para os Certificados de Aforro.

Já no que diz respeito aos depósitos de empresas, totalizavam os 62,6 mil milhões de euros em janeiro, menos 1,5 mil milhões de euros do que em dezembro de 2023.

(Notícia atualizada às 12h10)

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