Grupo logístico de Singapura troca sede na Maia por escritório na Boavista

Crescimento das operações e da equipa leva gigante Ocean Network Express a instalar-se no conhecido edifício Burgo, no Porto, onde passa a ocupar uma área de 700 metros quadrados no 10º piso.

A Ocean Network Express, uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, com sede em Singapura e que presta serviços em mais de 100 países, decidiu trocar a antiga sede localizada na Maia por um novo escritório na Avenida da Boavista, no Porto.

As novas instalações da multinacional de origem asiática – a troca é justificada pelo crescimento das operações e da equipa – estão situadas no conhecido edifício Burgo, onde a Ocean Network Express Portugal passa a ocupar uma área de 700 metros quadrados no 10º piso.

A mudança foi anunciada esta segunda-feira pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W), que além de ter sido responsável pela seleção e arrendamento do novo espaço, prestou também serviços de design + build (D+B), entregando vários espaços, de forma faseada e à medida das necessidades” do grupo de origem asiática.

O edifício Burgo Torre atinge 100% de ocupação, o que demonstra a boa dinâmica que o mercado de escritórios do Porto atravessa, em especial na procura por espaços de qualidade.

Mário Jacob

Associate e Head of Porto da Cushman & Wakefield

“Foi uma operação muito desafiante e motivadora, na qual foi necessário identificar um escritório prime que respondesse aos exigentes requisitos de qualidade da Ocean Network Express, numa perspetiva de otimização de espaço, sem comprometer os fluxos de trabalho existentes e com implementação das mais recentes tendências de estratégia de espaços de trabalho”, indica Mário Jacob, líder da consultora no Porto.

Com esta operação, acrescenta o mesmo responsável, citado em comunicado, o edifício Burgo Torre atinge 100% de ocupação, “o que demonstra a boa dinâmica que o mercado de escritórios do Porto atravessa, em especial na procura por espaços de qualidade”.

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Portuguesa Indaqua entra em Espanha com aquisição em Maiorca

Com a aquisição da Fusosa, o Grupo Indaqua vai levar água a mais de 25 mil utilizadores. É a primeira empresa portuguesa a entrar no setor do abastecimento de água em Espanha.

O Grupo Indaqua acaba de adquirir a Fusosa, que é responsável pelo abastecimento de água a cerca de 25 mil utilizadores na zona da albufeira de Muro, em Maiorca. É a primeira empresa portuguesa a entrar no setor do abastecimento de água em Espanha, “um dos mais competitivos do mundo”.

Ao longo de 55 km de rede, a Fusosa assegura anualmente a distribuição de 1,7 milhões de metros cúbicos de água, a um conjunto de alojamentos, na sua grande maioria, hoteleiros.

“A entrada no mercado espanhol, ainda para mais numa das zonas de maior escassez de água potável, assume-se como um passo natural na estratégia de crescimento do Grupo Indaqua, não apenas pela sua proximidade, mas também pelas eficiências que conseguiremos introduzir”, afirma Pedro Perdigão, CEO do Grupo Indaqua, citado em comunicado.

“Com o suporte dos nossos acionistas, estamos certos de ter todas as competências para crescer naquele mercado, um dos mais competitivos do mundo, aportando valor em áreas tão estratégicas como a redução das perdas de água, onde somos já uma referência à escala mundial”, acrescenta o CEO do grupo.

Fundado em 1994, o Grupo Indaqua emprega 750 colaboradores e serve uma população de cerca de 800 mil pessoas em Santa Maria da Feira, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santo Tirso/Trofa, São João da Madeira, Vila do Conde, Barcelos, Marco de Canaveses e Paços de Ferreira. Assegura ainda o serviço de abastecimento de água nas regiões de Muro e Alcúdia, em Maiorca, Espanha.

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Armando Pereira já pagou dez milhões de caução e fica em liberdade

Na semana passada, o tribunal substituiu a medida de coação de prisão domiciliária por uma caução de dez milhões de euros. Esta foi a caução mais alta aplicada pela Justiça portuguesa.

Armando Pereira, cofundador da Altice, pagou dez milhões de euros de caução e fica assim em liberdade, deixando de estar em prisão domiciliária, avançou a SIC Notícias e confirmou posteriormente a defesa.

“Já foi prestada esta manhã, através do deposito bancário da quantia arbitrada pelo juiz, portanto, neste momento está à ordem deste processo e vai apenas aguardar o juiz confirmar isso e declarar a caução validamente prestada. A partir daí, o senhor Armando Pereira pode deslocar-se em liberdade”, disse o advogado Manuel Magalhães e Silva.

Na semana passada, o tribunal substituiu a medida de coação de prisão domiciliária uma caução de dez milhões de euros. Segundo a SIC Notícias, o dinheiro teve de ser transferido do estrangeiro para Portugal antes de ser entregue à Justiça. A caução foi prestada numa conta da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O cofundador da Altice fica também proibido de contactar os outros arguidos do processo e colaboradores de empresas ligadas ao também arguido Hernâni Antunes (conhecido como braço direito de Armando Pereira) e ao grupo Altice, bem como de viajar para o estrangeiro sem autorização.

O Ministério Público tinha pedido a substituição da medida de coação de prisão domiciliária de Armando Pereira, cofundador da Altice, pelo pagamento de uma caução de dez milhões de euros. O requerimento do procurador Rosário Teixeira foi entregue ao juiz de instrução Jorge Bernardes de Melo. Que acabou a concordar com o Ministério Público.

O procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) defende que a medida de coação aplicada a Armando Pereira já não se justifica, refere a Visão. Recorde-se que em julho, o Ministério Público já tinha apresentado ao juiz de instrução, que na altura era Carlos Alexandre, a alternativa de substituir a prisão domiciliária pela caução de dez milhões de euros.

Até aqui, o primeiro lugar de cauções elevadas pertencia a Manuel Pinho, com o valor de seis milhões. Porém, o ex-ministro não conseguiu pagar esse valor e, por isso, ficou em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.

Meses antes – em 2021 – foram aplicadas a dois dos arguidos mais mediáticos da história recente da Justiça portuguesa — o ex-presidente do SLB, Luís Filipe Vieira e o empresário madeirense, Joe Berardo — o pagamento de cauções de três milhões e cinco milhões de euros, respetivamente.

Armando Pereira encontra-se em prisão domiciliária desde julho sem qualquer vigilância, eletrónica ou policial, tal como o outro arguido do processo Hernâni Vaz Antunes.

Armando Pereira está indiciado pelo Ministério Público de 11 crimes, entre os quais seis de corrupção ativa e um de corrupção passiva no setor privado, além de quatro de branqueamento de capitais e crimes não quantificados de falsificação de documentos no processo ‘Operação Picoas’.

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Arranca o primeiro curso (gratuito) em competências digitais para formadores. Conheça as condições

Além do cheque de formação digital, o programa Emprego + Digital prevê a dinamização de cursos, nomeadamente, para formadores. O primeiro arranca esta segunda-feira, dia 30 de outubro.

Já está no terreno mais uma medida do programa Emprego + Digital, ao abrigo do qual está a ser promovido, por exemplo, o cheque de formação digital. Arranca esta segunda-feira o primeiro curso sobre tecnologias digitais, que visa capacitar os profissionais da área da formação.

“Arranca hoje, no Centro para o Desenvolvimento de Competências Digitais, em Leça da Palmeira, o primeiro curso Formador + Digital uma medida do Governo, com financiamento Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), inserida no Programa Emprego + Digital, para promover a capacitação em tecnologias digitais através da formação de trabalhadores nesta área”, anunciou o Ministério do Trabalho, numa nota enviada às redações.

Na semana passada, como o ECO escreveu, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, já tinha sinalizado que estaria para breve o início dos cursos destinados aos formadores.

Nessa ocasião, o governante fez também um balanço de outra das medidas do Emprego + Digital: em cerca de dois meses, chegaram ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) um total de 793 candidaturas para o cheque de formação digital, que prevê a atribuição de um apoio até 750 euros para os trabalhadores que façam formação, por exemplo, em marketing digital ou tratamento de dados.

Quanto ao curso que arranca esta segunda-feira, o Executivo informa que é gratuito e ministrado em regime misto, isto é, prevê sessões presenciais e online.“Os formandos que concluírem com sucesso a formação obtêm o Certificado de Competências Pedagógicas Digital”, detalha o Ministério do Trabalho.

Para frequentarem esta formação, os candidatos têm de ter, pelo menos, o 12.º ano de escolaridade concluído e, no mínimo, um ano de experiência profissional no desempenho de funções no setor tecnológico digital, ou serem detentor de Certificado de Competências Pedagógicas.

“A medida Formador + Digital visa a promoção da qualificação para os profissionais do setor tecnológico e para formadores certificados que pretendam ministrar formação em áreas do digital, contribuindo para o desenvolvimento do setor em Portugal, através do alargamento da oferta formativa do País”, salienta ainda o Ministério do Trabalho.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a sexta-feira.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a sexta-feira.

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa Euribor a 12 meses ficou com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta segunda-feira para 4,078%, menos 0,026 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do ‘stock‘ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu esta segunda-feira, para 4,109%, mais 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No caso da Euribor a três meses, esta também avançou esta segunda-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,968%, mais 0,020 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Exportações aprofundam queda e recuam 8,8% no terceiro trimestre

As importações também diminuíram em 12,3% face ao mesmo período do ano anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística.

As exportações de bens voltaram a cair no terceiro trimestre do ano, recuando 8,8% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Este número representa um agravamento do decréscimo nas transações. Já as importações diminuíram 12,3%.

“O decréscimo nas transações de bens ocorre pelo segundo trimestre consecutivo e acentuou-se face ao trimestre anterior, em que se registaram variações homólogas de -4,7% nas exportações e -6,4% nas importações”, indica o INE.

O segundo trimestre marcou mesmo a primeira diminuição das exportações em mais de dois anos e meio, que é agora acentuada. É preciso recuar até ao período da pandemia para ver quedas tão acentuadas no comércio internacional, de acordo com os dados do INE.

Este abrandamento do comércio internacional pode ser explicado com o arrefecimento da economia em alguns dos principais parceiros comerciais de Portugal, numa altura em que a inflação elevada e os efeitos da política monetária do Banco Central Europeu para controlar a evolução dos preços pesam no desempenho económico.

O Governo já sinalizou, na proposta de Orçamento do Estado para 2024, que com esta evolução das exportações, o crescimento do próximo ano será mais assente na procura interna. As Finanças estimam que o PIB português vai crescer 1,5% no próximo ano, com a procura externa líquida a contribuir negativamente para esta evolução.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Lucro do BPI sobe 35% para 390 milhões até setembro

Margem financeira quase duplicou para 688 milhões de euros, graças ao aumento das taxas de juro do BCE. Negócio em Portugal lucrou 324 milhões.

O BPI lucrou 390 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia do aumento das taxas de juro.

O negócio em Portugal contribuiu com 324 milhões de euros para este resultado, sendo que o contributo das operações em Angola e Moçambique ascendeu a 42 milhões e 24 milhões, respetivamente.

Em conferência de imprensa, o CEO João Pedro Oliveira e Costa explicou que a melhoria dos resultados te sobretudo a ver com o aumento do produto bancário. “Houve um aumento da atividade e também o aumento das taxas de juro por causa do aperto do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a inflação”, referiu o responsável.

O produto bancário somou 50% para 924 milhões de euros entre janeiro e setembro. Esta rubrica divide-se em duas linhas de receitas principais: a margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — disparou 84% para 688 milhões de euros e as comissões estabilizaram nos 218 milhões.

Oliveira e Costa adiantou que a margem financeira irá atingir o pico este trimestre ou no próximo e que irá mesmo descer já em 2024. “O aumento do custo dos recursos e o abrandamento vai contrabalançar com o processo de repricing que ainda exista. Contamos que a estabilização [da margem] aconteça neste trimestre ou no próximo. Em 2024 irá reduzir”, apontou o CEO.

Depósitos caem 6%. Bancos já “normalizaram” taxas, aponta CEO

Neste período, o banco português do grupo espanhol CaixaBank sofreu uma redução dos recursos de clientes na ordem dos 5%, totalizando agora os 37 mil milhões de euros. Oliveira e Costa explica a diminuição das poupanças dos clientes com a fuga para os Certificados de Aforro no primeiro semestre do ano e com a amortização antecipada dos créditos. O CEO do BPI acredita que a banca portuguesa já normalizou as taxas que oferecem nos depósitos e já estão alinhados com a Europa. Os depósitos de clientes caíram 6% para 28,4 mil milhões.

Quanto ao crédito, o BPI viu a carteira engordar, com Oliveira e Costa a sublinhar que o banco reforçou a sua quota. O banco chegou a setembro com uma carteira de empréstimos de 29,8 mil milhões de euros, um aumento de 3% em termos homólogos.

O crédito para a compra de casa aumentou 4% para 14,6 mil milhões, mas a procura está a abrandar. “A contratação de habitação diminuiu 15% face ao período homólogo, alcançando cerca de 1,8 mil milhões nos primeiros nove meses de 2023 como consequência da menor procura de mercado”, indica o banco.

A carteira de empréstimos às empresas aumentou 2% para 11,2 mil milhões.

3.400 renegociações e 4.700 clientes a bonificarem

O banco revelou ainda que já renegociou 3.400 clientes com empréstimos da casa totalizando os 414 milhões de euros ao abrigo do decreto-lei do Governo criado há um ano, correspondendo a 2,1% do total de clientes. Fora deste decreto, as renegociações ascenderam a 950 milhões de euros.

Por outro lado, 4.700 clientes encontram-se a beneficiar da medida da bonificação de juros, de acordo com o administrador Francisco Matos. A bonificação média ronda os 10 euros por mês.

Venda do BFA parada, Efacec

Relativamente à venda da participação no BFA, “está a fazer o seu caminho”, indicou Oliveira e Costa, mas o processo está “suspenso”. “Neste momento não há novidade. Não informação nova. O banco está muito bem, continua a ser uma enorme fortaleza em Angola e a apresentar rácios de solidez risco e rentabilidade importantes”, disse o CEO.

Sobre a Efacec, o banco escusou a revelar qual o perdão de dívida aceitou para que o processo de reprivatização fosse adiante. “Os valores de financiamento eram muito baixos”, disse o administrador Francisco Matos”. “Não contamos para mudar o ponteiro, não seremos o banco importante no processo de reprivatização”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 12h39)

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Abanca triplica ganhos para 429 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano

Instituição financeira diz ter aumentado em 76% o número de clientes em Portugal, reportando um crescimento de 17,5% nos novos empréstimos às famílias e empresas portuguesas entre janeiro e setembro.

O Abanca anunciou esta segunda-feira um resultado atribuível de 428,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o triplo em termos homólogos, elevando o seu rácio de rendibilidade para 13%. “O desempenho positivo foi sustentado pelo dinamismo do mercado de retalho e pela solidez do seu perfil financeiro, gerando um conjunto de resultados de elevada qualidade”, justifica.

Em comunicado, a instituição financeira diz ter captado mais de 96 mil novos clientes em Portugal e Espanha neste período (aumento homólogo de 76% deste lado da fronteira), com um ganho de quota de mercado nos principais segmentos de negócio. Em particular, destaca o “peso crescente dos canais digitais”, que valem quase metade dos novos clientes

“O banco apresenta níveis de capitalização robustos (capital total de 17,3% e excesso de capital em relação aos requisitos de 1.528 milhões de euros), uma qualidade de ativos máxima (rácio de NPL de 2,3% e rácio de ativos executados em relação ao balanço de 0,2%), níveis de cobertura elevados (cobertura de ativos duvidosos de 75,3% e rácio Texas de 25,7%) e uma posição de liquidez confortável”, assegura.

Na mesma nota, o Abanca contabiliza que, entre janeiro e setembro, concedeu mais de 7.000 milhões de euros de novos empréstimos às famílias e empresas. Segmentos que pesam 40% e 42% do total, respetivamente, recebendo mais de 8 em cada dez euros de crédito do banco. Em Espanha, os novos empréstimos foram 3,7% superiores aos reportados até ao final de setembro de 2022, enquanto em Portugal foram mais elevados: 17,5%.

No crédito à habitação diz ter havido um crescimento da quota de mercado das novas operações de 97 pontos base (pb) em Portugal, enquanto no crédito às empresas e também no país, a progressão ficou-se pelos 58 pb. Já os depósitos de clientes de retalho aumentaram 8,3% nos dois mercados, com os ganhos de quota de mercado a atingirem 10 pb em Portugal, de acordo com a mesma nota.

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Confiança dos consumidores e indicador de clima económico voltam a baixar em Portugal

Evolução da situação financeira do agregado familiar e expectativas futuras sobre situação económica do país e finanças das famílias contribuem para a queda da confiança.

O indicador de confiança dos consumidores portugueses diminuiu entre agosto e outubro, depois de ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou “significativamente” este mês, após ter diminuído nos cinco meses anteriores.

“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar e das expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, apenas as expectativas de evolução da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo positivo”, justifica o INE.

Também o indicador de clima económico diminuiu entre julho e outubro, embora “de forma ligeira no último mês”, assinala o instituto. Os indicadores de confiança diminuíram na indústria transformadora, na construção e obras públicas, e nos serviços, tendo aumentado no comércio.

Na indústria, o indicador de confiança diminuiu nos agrupamentos de bens de consumo e de bens intermédios, tendo aumentado no agrupamento de bens de investimento, “invertendo a expressiva redução observada no mês anterior no sub-agrupamento de fabricação de veículos automóveis”, detalha o gabinete de estatísticas.

Já o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em todos os setores inquiridos, mas de forma mais intensa na indústria transformadora. No campo industrial, 55,1% das empresas preveem uma estabilização do investimento em 2024, face a este ano, enquanto com 32% a estimar um aumento e 13% uma diminuição.

Ainda na indústria transformadora, o saldo das apreciações sobre a procura global diminuiu em outubro, contrariando o aumento verificado em setembro. As opiniões relativas à procura interna deterioraram-se este mês, após terem recuperado em agosto e setembro, enquanto as apreciações relativas à procura externa, por outro lado, deterioraram-se nos últimos quatro meses.

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Depósitos a Prazo: uma alternativa interessante para o investimento da poupança das famílias

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  • 30 Outubro 2023

Numa época de incerteza na conjuntura internacional e de potencial instabilidade económica, a preocupação em poupar está cada vez mais presente na vida de muitos portugueses.

Poupar, isto é, colocar de parte uma porção do rendimento mensal, é fundamental e uma forma eficaz de prevenir eventualidades futuras.

Apesar da inflação e da subida das taxas de juro, que provocam um aumento dos custos nos orçamentos familiares, muitas vezes superior ao aumento dos salários ou das pensões, é muito importante que as famílias se esforcem para conseguir poupar.

Nesse sentido, três aspetos parecem ser críticos: estabelecer uma meta de poupança mensal, conter adequadamente os custos e depois investir de forma apropriada o valor poupado.

No que ao controlo de custos diz respeito, é muito importante uma correta gestão do cabaz de produtos e serviços adquiridos regularmente. Além disso, também é importante fazer uma boa negociação das condições dos empréstimos bancários com o banco para minimizar o impacto da subida das taxas de juro na prestação mensal. Neste aspeto, a negociação com o banco de empréstimos, a taxa fixa e com prazos mais longos pode ser uma via de reduzir a despesa familiar mensal.

Uma vez conseguida uma poupança mensal, é necessário decidir a forma adequada de a investir, de modo que a poupança se valorize, de preferência a um ritmo superior à taxa de inflação.

A estratégia de investimento deverá depender dos conhecimentos técnicos das famílias. Neste sentido, os depósitos a prazo podem constituir uma alternativa interessante.

Eduardo Moradas, Executive Board Member do Bison Bank

Nos últimos meses, vários bancos, entre eles o Bison Bank, renovaram a oferta de depósitos a prazo, aumentando de forma relevante a remuneração oferecida neste tipo de produtos.

São produtos simples, fáceis de subscrever, com prazos distintos consoante as preferências de cada cliente que, em muitos casos, podem ser resgatados em caso de necessidade deste, que oferecem um juro apelativo com um risco reduzido. Os depósitos estão inclusivamente protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até ao valor de 100 mil euros por titular de conta.

Os depósitos a prazo Bison Rendimento Premium são uma alternativa muito interessante, pois, além do relevante juro oferecido (4% a 12 meses) e da possibilidade de resgate antecipado, permitem a abertura de conta e a subscrição online. Tal acontece mesmo para pessoas que ainda não sejam clientes do banco, o que é bastante conveniente para o cliente.

Em resumo, é fundamental que as famílias poupem e invistam criteriosamente. Desta forma, garantem que as suas poupanças não desvalorizam por via da inflação.

Eduardo Moradas, Executive Board Member do Bison Bank

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Vale da inquietação: dilemas éticos, sociais e oportunidades da IA

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  • 30 Outubro 2023

O podcast Vale da Inquietação, uma iniciativa da Confederação Empresarial de Portugal e da Microsoft, vai debater os dilemas éticos, sociais e as oportunidades de transformação que a IA trouxe.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal e a Microsoft lançam, amanhã, o podcast “Vale da Inquietação”, que abordará os dilemas éticos, as oportunidades de transformação e as implicações sociais da revolução tecnológica, mais concretamente da Inteligência Artificial (IA).

Esta temporada é composta por sete episódios, lançados quinzenalmente, e procura, sobretudo, estimular o debate sobre o impacto da IA em diferentes áreas e setores, nomeadamente na ética, na educação, nas próximas gerações, nas empresas, no bem-estar social, na liberdade e na economia do futuro.

Em cada episódio vão ser recebidos diferentes especialistas e figuras conhecidas de cada uma destas áreas, que irão expressar a sua opinião sobre a forma como a evolução da tecnologia está a moldar o futuro de toda a sociedade.

Todos os convidados serão recebidos por Pedro Duarte, vice-presidente da CIP, que irá conduzir as conversas sobre o impacto da IA em cada uma das áreas mencionadas anteriormente. O primeiro episódio, com o tema “A IA e a Ética”, sai já amanhã, às 10 horas.

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Operação Marquês: Salgado reclama para o STJ da condenação a oito anos de prisão

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Ricardo Salgado apresentou uma reclamação para o Supremo Tribunal de Justiça admitir o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo conexo da Operação Marquês.

O ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado, apresentou uma reclamação para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) admitir o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo conexo da Operação Marquês.

A reclamação, a que a Lusa teve acesso, entrou na semana passada e pode ser a última hipótese de admissão do recurso para o ex-banqueiro no STJ, restando apenas depois o Tribunal Constitucional (TC).

Condenado em março de 2022 a uma pena única de seis anos de prisão por três crimes de abuso de confiança, Ricardo Salgado viu o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) agravar em maio de 2023 a pena para oito anos e recorreu por duas vezes, mas os recursos não foram admitidos.

No entender da defesa de Salgado, o recurso para o STJ só não é possível quando o acórdão do TRL confirma a decisão da primeira instância, sublinhando que tal “não sucedeu neste caso”, face ao agravamento da pena única de seis para oito anos de prisão. Os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce defenderam, por isso, segundo a reclamação, que “o recurso para o STJ estritamente quanto a estas questões é admissível”.

Em causa estão os dois despachos assinados em 14 e 29 de setembro pelo juiz desembargador Rui Teixeira a não admitir a subida dos recursos da Relação para o STJ.

Se no primeiro defendeu que “só seria de admitir recurso ordinário para o STJ se tivesse sido aplicada ao arguido pena superior a 8 anos”, no segundo o magistrado considerou que o recurso seria uma forma de tentar contornar a decisão.

No último recurso, em setembro, a defesa do ex-banqueiro apelou à revogação da decisão do TRL, visando então a rejeição da realização de uma perícia médica — entretanto efetuada no âmbito do Caso EDP, atualmente em julgamento — e a não suspensão da pena única de prisão, por força de uma anomalia psíquica decorrente do diagnóstico de doença de Alzheimer.

Colocar o arguido com a doença de Alzheimer numa prisão equivale a determinar a sua pena de morte. (…) Isto apenas se verificou no presente processo, porque o nome do arguido é Ricardo Salgado”, referiram os advogados do ex-banqueiro, denunciando ainda “um judicialismo aterrador que atropela a dignidade humana e a saúde e que, aparentemente, não se importa de aplicar uma pena de morte camuflada”.

Com críticas à decisão do TRL, que descreveu como “um gritante e chocante menosprezo por todos aqueles que sofrem da doença de Alzheimer”, a defesa reiterou que a condenação ignora “uma realidade que está provada neste processo” relacionado com a Operação Marquês e que a vontade de prender Salgado vai acelerar a morte do antigo presidente do GES.

O recurso sustentou que o “cuidado da saúde do arguido deve prevalecer sobre a execução da pena de prisão” e que o diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi atribuído “não é culpa de ninguém”, invocando também que a decisão do TRL sobre o ex-banqueiro, agora com 79 anos, acarreta violações do Código Penal, da Constituição e da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, além de insuficiência da matéria provada e erros de direito.

Acrescentou ainda que um cumprimento da pena impede a ressocialização de Salgado, que o ex-banqueiro não estava em condições plenas para fazer a sua defesa em tribunal, que não existia “inclinação criminosa” na sua personalidade e que “o exercício do poder punitivo do Estado não pode prevalecer, nem prevalece, sobre a dignidade humana e saúde do arguido”.

O ex-banqueiro esteve acusado de 21 crimes no processo Operação Marquês, mas, na decisão instrutória de 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa deixou cair quase toda a acusação imputada ao arguido. Ricardo Salgado acabou pronunciado para julgamento em processo separado por três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros.

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