Operação Marquês: Salgado reclama para o STJ da condenação a oito anos de prisão

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Ricardo Salgado apresentou uma reclamação para o Supremo Tribunal de Justiça admitir o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo conexo da Operação Marquês.

O ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado, apresentou uma reclamação para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) admitir o recurso da pena de oito anos de prisão a que foi condenado no processo conexo da Operação Marquês.

A reclamação, a que a Lusa teve acesso, entrou na semana passada e pode ser a última hipótese de admissão do recurso para o ex-banqueiro no STJ, restando apenas depois o Tribunal Constitucional (TC).

Condenado em março de 2022 a uma pena única de seis anos de prisão por três crimes de abuso de confiança, Ricardo Salgado viu o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) agravar em maio de 2023 a pena para oito anos e recorreu por duas vezes, mas os recursos não foram admitidos.

No entender da defesa de Salgado, o recurso para o STJ só não é possível quando o acórdão do TRL confirma a decisão da primeira instância, sublinhando que tal “não sucedeu neste caso”, face ao agravamento da pena única de seis para oito anos de prisão. Os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce defenderam, por isso, segundo a reclamação, que “o recurso para o STJ estritamente quanto a estas questões é admissível”.

Em causa estão os dois despachos assinados em 14 e 29 de setembro pelo juiz desembargador Rui Teixeira a não admitir a subida dos recursos da Relação para o STJ.

Se no primeiro defendeu que “só seria de admitir recurso ordinário para o STJ se tivesse sido aplicada ao arguido pena superior a 8 anos”, no segundo o magistrado considerou que o recurso seria uma forma de tentar contornar a decisão.

No último recurso, em setembro, a defesa do ex-banqueiro apelou à revogação da decisão do TRL, visando então a rejeição da realização de uma perícia médica — entretanto efetuada no âmbito do Caso EDP, atualmente em julgamento — e a não suspensão da pena única de prisão, por força de uma anomalia psíquica decorrente do diagnóstico de doença de Alzheimer.

Colocar o arguido com a doença de Alzheimer numa prisão equivale a determinar a sua pena de morte. (…) Isto apenas se verificou no presente processo, porque o nome do arguido é Ricardo Salgado”, referiram os advogados do ex-banqueiro, denunciando ainda “um judicialismo aterrador que atropela a dignidade humana e a saúde e que, aparentemente, não se importa de aplicar uma pena de morte camuflada”.

Com críticas à decisão do TRL, que descreveu como “um gritante e chocante menosprezo por todos aqueles que sofrem da doença de Alzheimer”, a defesa reiterou que a condenação ignora “uma realidade que está provada neste processo” relacionado com a Operação Marquês e que a vontade de prender Salgado vai acelerar a morte do antigo presidente do GES.

O recurso sustentou que o “cuidado da saúde do arguido deve prevalecer sobre a execução da pena de prisão” e que o diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi atribuído “não é culpa de ninguém”, invocando também que a decisão do TRL sobre o ex-banqueiro, agora com 79 anos, acarreta violações do Código Penal, da Constituição e da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, além de insuficiência da matéria provada e erros de direito.

Acrescentou ainda que um cumprimento da pena impede a ressocialização de Salgado, que o ex-banqueiro não estava em condições plenas para fazer a sua defesa em tribunal, que não existia “inclinação criminosa” na sua personalidade e que “o exercício do poder punitivo do Estado não pode prevalecer, nem prevalece, sobre a dignidade humana e saúde do arguido”.

O ex-banqueiro esteve acusado de 21 crimes no processo Operação Marquês, mas, na decisão instrutória de 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa deixou cair quase toda a acusação imputada ao arguido. Ricardo Salgado acabou pronunciado para julgamento em processo separado por três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros.

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PPR europeu já tem regulamentação, mas falta a fiscalidade

  • ECO Seguros
  • 30 Outubro 2023

Governo apresentou finalmente a regulamentação para o designado PPR europeu. Define regras para resgate mais apertadas que as atuais para os PPR, mas omite os benefícios fiscais para quem subscreve.

O novo regulamento do PEPP (Pan-European Personal Pension Product) aplicado a Portugal já tem proposta de lei, regulamentando esse produto individual de reforma pan-europeu. A proposta foi aprovada em conselho de ministros e o Jornal de Negócios (acesso pago), adiantou alguns pormenores.

As regras a aplicar serão semelhantes às existentes para o investimento em fundos de pensões para contribuições individuais, sendo o seu resgate mais dificultado quando comparado com a situação atual das regras para o PPR. Apenas desemprego de longa duração e doença grave poderão ser argumentos para resgates antecipados, excluindo-se por exemplo, a possibilidade de os utilizar para pagamento de educação de filhos.

A proposta de lei é omissa em relação aos benefícios fiscais para os subscritores, condição que Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, reguladora do setor, considera fundamental para o sucesso do PEPP e que tem sido o motor das subscrições dos atuais produtos de poupança PPR.

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Mais de metade das medidas da oposição viabilizadas no OE2023 continua por executar

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Apesar deste conjunto de iniciativas que o PS deixou passar no último Orçamento não exigirem grande esforço financeiro, a dois meses do final do exercício, 37 propostas estão ainda "na gaveta".

Com o debate sobre o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) em curso – António Costa abre esta tarde a discussão na generalidade -, nem metade das cerca de 70 medidas da oposição aprovadas no último Orçamento foram executadas, avança o Público (acesso pago). Apesar deste conjunto de iniciativas que o PS deixou passar não exigirem grande esforço financeiro, 37 dessas propostas estão ainda em execução, não foram cumpridas ou os partidos nem sequer têm informação sobre o que lhes aconteceu.

Por cumprir estão, assim, as medidas que dependem diretamente da ação do Governo. Ao todo, estão 13 propostas por executar e outras 18 “em andamento”, contabilizam o PAN e o Livre. Mais 32 medidas foram total ou parcialmente cumpridas, mas grande parte delas diz respeito a questões fiscais que a lei do OE coloca automaticamente em vigor.

O alargamento da tarifa social de energia, o incentivo aos veículos de emissões nulas ou o IVA de 6% nos laticínios e margarinas de base vegetal e nos espetáculos transmitidos online são alguns exemplos de propostas já executadas do PAN. Assim como a medida de redução de 150% no IRC dos gastos com passes sociais ou a dedução dos bilhetes de transporte no IRS.

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Web Summit nomeia ex-Wikipedia Katherine Maher para o cargo de CEO

Nomeação surge depois da polémica envolvendo as declarações do antigo CEO e fundador da cimeira, Paddy Cosgrave, sobre a atuação de Israel após o ataque do Hamas.

Katherine Maher é a nova CEO da Web Summit. A antiga responsável pela Wikipedia Foundation assume funções depois da demissão de Paddy Cosgrave, na sequência da saída de tecnológicas de peso da cimeira na sequência das suas declarações sobre a atuação de Israel na resposta ao ataque do Hamas. Cimeira nomeou ainda Damian Kimmelman como membro não executivo da administração.

“A nossa tarefa imediata é voltar o foco para o que fazemos de melhor: promover o diálogo entre todos aqueles conectados com o avanço tecnológico”, diz a nova CEO, citada em comunicado.

Katherine Maher, nova CEO da Web Summit

“Num presente onde a tecnologia está interligada em todos os aspetos das nossas vidas, e num futuro onde representa a nossa maior esperança e o nosso maior disruptor, o papel da Web Summit como local de ligação e conversa é mais urgente do que nunca”, afirma Katherine Maher.

O nome é conhecido pouco mais de uma semana de Cosgrave ter deixado a liderança da Web Summit, após empresas como o Google, da Meta (dona do Facebook) ou da Amazon terem seguido a decisão de Israel de abandonar a cimeira tecnológica.

A nova responsável é uma figura ligada ao mundo tecnológico. Durante cinco anos foi CEO da Wikimedia Foundation, a organização pode detrás da Wikipedia, plataforma com mais de mil milhões de utilizadores mensais, liderou uma equipa global de mais e 300.000 voluntários em 75 países, gerindo um orçamento anual de 140 milhões de dólares, segundo dados da Web Summit. A profissional é chair da Signal Messenger, entre outras funções.

“Também estou muito satisfeita por Damian Kimmelman se juntar ao conselho do Web Summit. Além do seu extraordinário histórico como fundador, Damian também trará ao conselho do Web Summit insights inestimáveis ​​sobre a comunidade tecnológica global que definirá nosso futuro compartilhado”, diz a nova CEO.

Cofundador de várias empresas na Europa e Estados Unidos, como a edtech Batelle.com, a não governamental FoundersPledge.com, o banco Rho.co ou a DueDil.com (Fullcircl), Damian Kimmelman há dez anos que está ligado à cimeira como participante.

“Acredito firmemente na missão do Web Summit de ajudar a estabelecer conexões significativas que mudam o mundo, e estou ansioso para trabalhar com Katherine e o conselho para conseguir isso e apoiar o diálogo que garantirá que a Web Summit continue a ser a conferência tecnológica líder mundial”, diz o novo membro não executivo da administração.

A Web Summit 2023 decorre de 13-16 de novembro, esperando-se 2.600 startups — cerca de um terço fundadas por mulheres –, mais de 85 países, 800 investidores e 300 parceiros e 2.000 media de 160 países.

(Última atualização às 9h15)

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Hoje nas notícias: PPR europeu, Orçamento e “almofada”

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Está em fase final de preparação a regulamentação do PEPP que terá regras semelhantes ao investimento em fundos de pensões para contribuições individuais. Sete contribuintes que pediram fatura com o número fiscal não reclamaram o prémio do concurso da Fatura da Sorte – o equivalente a 245 mil euros. Mais de metade das medidas da oposição no OE2023 continua por executar. Escolas públicas têm de recorrer a contentores face ao aumento de aulas.

Novo PPR europeu vai ter mesmas regras dos fundos de pensões

O produto de reforma pan-europeu (PEPP) terá regras semelhantes ao investimento em fundos de pensões para contribuições individuais, como será o caso do resgate dos valores aplicados. Na prática, só serão permitidos levantamentos antecipados em caso de desemprego de longa duração ou de doença grave. A regulamentação está em fase final de preparação. O PEPP será mais restritivo do que os Planos de Poupança Reforma (PPR).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Mais de metade das medidas da oposição no OE2023 continua por executar

Com o debate sobre o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) em curso – António Costa abre esta tarde a discussão na generalidade -, nem metade das cerca de 70 medidas da oposição aprovadas no último Orçamento foi ainda executada. Apesar deste conjunto de iniciativas que o PS deixou passar não exigirem grande esforço financeiro, os cálculos dos diferentes partidos apontam que 37 estão ainda em execução, não foram cumpridas ou nem sequer têm informação sobre o que lhes aconteceu.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Contribuintes premiados não reclamam 245 mil euros do e-fatura

Desde 2014, sete contribuintes que pediram fatura com o número fiscal não reclamaram o prémio do concurso da Fatura da Sorte – o equivalente a 245 mil euros -, segundo fonte oficial da Autoridade Tributária (AT). A verba acabou por beneficiar outros contribuintes, integrando sorteios extraordinários posteriores. Semanalmente, o Fisco atribui um prémio de 35 mil euros em Certificados do Tesouro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre).

Almofada do Estado terá reforço de 30% em 2024, o maior desde a pandemia

A almofada financeira do Estado, um instrumento imposto pela troika para garantir liquidez e segurança às contas públicas em caso de dificuldades de mercado, deverá ter um reforço de cerca de 30% no próximo ano, face a 2023. A meta das Finanças é subir o valor para 7,7 mil milhões de euros (vs. 6 mil milhões estimados para o final deste ano), naquele que será o maior aumento da rubrica desde a pandemia.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Escolas no limite aumentam número de alunos por turma e algumas já recorrem a contentores

Face ao crescente número de alunos estrangeiros e à maior procura no pré-escolar, as escolas públicas estão a utilizar contentores ou salas de professores ou ainda a aumentar o número de estudantes por aula para encontrar uma solução. Estão no limite e muitas autarquias, que ficaram com a gestão do parque escolar na sequência da descentralização de competências na área da Educação, têm agora de dar uma célere e eficaz resposta ao problema.

Leia a notícia completa no JN epaper (acesso pago).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 30 de outubro

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Ao longo desta segunda-feira, 30 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Lucro da Galp sobe 18% até setembro, para 718 milhões de euros

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Petrolífera reporta à CMVM resultado líquido de 718 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Estimativa para preço médio do Brent (referência na Europa) sobe de de 75 para 83 dólares.

A Galp Energia registou um lucro de 718 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que equivale a um aumento de 18% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com um comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) baixou ligeiramente (-2%), atingindo um valor de 2.838 milhões de euros entre janeiro e setembro, “com a melhoria do desempenho operacional a compensar o ambiente mais favorável nos preços das commodities registado durante o período” e por ser contabilizada a contribuição de Angola no upstream”, operação vendida pela companhia.

considerando apenas o terceiro trimestre do ano, os resultados da petrolífera ascenderam a 210 milhões de euros, o que representa uma desaceleração face aos 258 milhões que tinham sido obtidos no trimestre anterior, mas um aumento de 12% face aos mesmos três meses do ano passado.

No mesmo comunicado, a Galp atualizou as estimativas para este ano, tendo subido a perspetiva para o preço médio do Brent (referência na Europa) de 75 para 83 dólares por barril e uma margem de refinação de 11 dólares por barril, o que compara com os 9 dólares da anterior previsão. A empresa liderada por Filipe Silva projeta ainda fechar este ano com uma produção média de 120 mil barris por dia, acima dos 115 mil barris antes estimados.

Entre julho e setembro, período em que o EBITDA escalou 35%, para 1.057 milhões de euros, o houve um recuo de 3% no negócio da extração e produção de petróleo e gás (upstream). Por outro lado, dispararam os ganhos da área industrial e aumentou igualmente a performance nas divisões comercial (7%) e de renováveis (12%).

No mesmo documento, a petrolífera indica também que continuou este ano a transformação do seu negócio para “alavancar a conveniência e expandir a liderança regional no carregamento de veículos elétricos”. No final de setembro, a Galp tinha um total de 3.374 pontos de carregamento a operar em Portugal e Espanha, mais 43% do que no final de 2022.

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Team B da America’s Cup recruta talento global no Barcelona International Community Day

  • Servimedia
  • 30 Outubro 2023

O responsável pelo programa de voluntariado, Xavier Prat, e a gestora de eventos da ACE Barcelona, Eva Pizá, valorizam o papel dos cidadãos no evento.

A 37ª America’s Cup foi a grande protagonista da décima edição do Barcelona International Community Day. No encontro anual do ecossistema de talento internacional da capital catalã, a entidade organizadora da próxima edição do troféu mais antigo do planeta (ACE Barcelona) foi representada pela sua gerente de eventos, Eva Pizà, e pelo responsável pelo programa de voluntariado, Xavier Prat, que destacaram a importância da participação cidadã na mais importante regata do mundo.

Diante de uma representação numerosa de talentos de diversas nacionalidades residentes na cidade, e após uma breve introdução à história centenária da regata mais importante do mundo, os porta-vozes da ACE Barcelona apresentaram o formato e as novidades mais importantes da próxima edição da America’s Cup (como é o caso da Celebração da Youth America’s Cup e da primeira regata feminina Puig Women’s America’s Cup) e enfatizaram a importância de Barcelona sediar a próxima edição do troféu desportivo mais antigo do planeta.

Neste dia, organizado pela Câmara de Barcelona e impulsionado pelo Barcelona International Welcome Desk, a delegação da ACE Barcelona enfatizou a experiência única que a 37ª America’s Cup oferecerá à cidadania.

“Estamos a preparar uma edição da America’s Cup mais aberta do que nunca aos espetadores e à cidadania de Barcelona. Desfrutar da 37ª America’s Cup será possível da terra, das múltiplas ‘fan zones’, além da água. Seremos capazes de ver a competição gratuitamente da praia, ou através das telas gigantes do Race Village, localizado no Moll de la Fusta, ou das Fan Zones distribuídas entre o Port Olímpic, a Plaça del Mar e a Plaça de la Rosa dels Vents”, afirmou a gerente de eventos da ACE Barcelona, Eva Pizà.

Além de poder desfrutar de um dos maiores espetáculos desportivos do planeta completamente gratuito – tanto da água como da praia – e aberto pela televisão e pelos canais oficiais da America’s Cup, o público em geral poderá fazer parte deste evento histórico para a cidade através do Team Barcelona (Team B), a equipa de voluntariado da 37ª America’s Cup.

“O objetivo do programa de voluntariado é envolver os cidadãos de Barcelona, não importa a idade, experiência, nível de formação ou origem. Se você reside em Barcelona e quer viver uma experiência inesquecível no próximo ano, seja voluntário na 37ª America’s Cup. Vocês, que fazem parte da nossa comunidade mais internacional, são mais do que bem-vindos”, acrescentou o responsável pelo programa de voluntariado, Xavier Prat, fazendo um apelo aos participantes do painel.

Durante as dez semanas do evento, 2.300 pessoas desfrutarão de uma experiência única e enriquecedora e receberão sessões de treinamento específicas para cada uma das três áreas nas quais os perfis selecionados serão agrupados: Água, Terra e Media e TV.

As pessoas interessadas em fazer parte do Team B devem ter mais de 18 anos, ter um mínimo de 10 dias livres entre 22 de agosto e 27 de outubro de 2024 e falar pelo menos um dos três idiomas oficiais do evento (catalão, espanhol ou inglês). O processo de inscrição permanecerá aberto até 15 de dezembro no site oficial da America’s Cup.

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5 coisas que vão marcar o dia

Vai arrancar a discussão na generalidade da proposta de OE2024 e Marcelo vai começar a ouvir os partidos políticos. Já o BPI e o BCP vão apresentar os resultados dos primeiros nove meses do ano.

Esta segunda-feira arranca a discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2024 e, como já é habitual, o Presidente da República vai começar a ouvir os partidos políticos. Já o INE vai publicar os dados de outubro dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores. O BPI e o BCP vão apresentar os resultados dos primeiros nove meses do ano. Por fim, os preços do gasóleo vão descer e da gasolina manter.

OE começa a ser debatido no Parlamento

Arranca esta segunda-feira a discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), depois de os deputados já terem ouvido o ministro das Finanças e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. O debate em plenário estende-se até terça-feira, quando o documento será votado na generalidade antes de seguir para a apreciação na especialidade.

Marcelo recebe partidos em Belém

O Presidente da República vai começar a ouvir os partidos políticos, como já é habitual acontecer no seguimento da apresentação da proposta de OE2024. Esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa vai receber o Livre, às 11 horas; o PAN às 12 horas; o BE às 13 horas; e o PCP às 14h30. Já a Iniciativa Liberal tem o encontro marcado para as 16 horas e o Chega às 17h30. As audições retomam depois no dia 8 de novembro, quarta-feira, com o PSD e o PS.

Como está o indicador de confiança dos consumidores?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os dados de outubro dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores. Em setembro, a economia voltou a dar sinais de arrefecimento. O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em agosto e setembro, “de forma mais expressiva no último mês, após ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022” e o indicador de clima económico caiu entre julho e setembro, após ter estabilizado em junho.

BPI e BCP apresentam resultados

Esta segunda-feira, o BPI vai apresentar os resultados dos primeiros nove meses do ano pelas 11h00. No primeiro semestre de 2023, o banco registou lucros de 256 milhões de euros, uma subida de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Também o BCP vai apresentar as contas dos primeiros nove meses de 2023, pelas 17h00. No primeiro semestre registou lucros de 423,2 milhões de euros, uma subida de 580% em relação ao período homólogo do ano passado.

Gasóleo vai descer esta semana

Os preços do gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, vão descer 2,5 cêntimos esta semana. Já a gasolina não deverá mexer. Assim, se o seu carro é a diesel, espere para abastecer na próxima semana. A partir desta segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,701 euros por litro de gasóleo simples e 1,774 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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Armando Pereira bate recorde com a caução de 10 milhões, a mais alta de sempre

Vieira e Berardo tiveram de pagar cauções de três e cinco milhões de euros. A Pinho foi-lhe aplicada uma de 6 milhões mas que este não conseguiu pagar. Cofundador da Altice terá de pagar 10 milhões.

O juiz de instrução decidiu pela substituição da medida de coação de prisão domiciliária de Armando Pereira, cofundador da Altice, pelo pagamento de uma caução de dez milhões de euros, no âmbito da Operação Picoas. Caso este aceite ou possa pagar, esta será a caução mais alta de sempre aplicada pela Justiça portuguesa.

Armando Pereira encontra-se em prisão domiciliária desde julho, tal como o outro arguido do processo Hernâni Vaz Antunes.

Até aqui, o primeiro lugar de cauções elevadas pertencia a Manuel Pinho, com o valor de seis milhões. Porém, o ex-ministro não conseguiu pagar esse valor e, por isso, ficou em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.

Meses antes – em 2021 – foram aplicadas a dois dos arguidos mais mediáticos da história recente da Justiça portuguesa — o ex-presidente do SLB, Luís Filipe Vieira e o empresário madeirense, Joe Berardo — o pagamento de cauções de três milhões e cinco milhões de euros, respetivamente.

O ECO/Advocatus fez um levantamento e relembra agora quais os arguidos obrigados a pagar os valores mais altos e quais as regras para definir esse valor.

O que é uma caução?

A caução é uma medida de coação não privativa da liberdade que visa, como todas as outras, prevenir a continuação da atividade criminosa ou proteger a prova. Pode ser aplicada apenas a crimes punidos com pena de prisão. Esta medida pode acumular‑se com qualquer outra, exceto a prisão preventiva e a obrigação de permanência na habitação.

Se o arguido faltar sem justificação a um ato processual a que devesse comparecer ou não cumprir as obrigações decorrentes de outra medida de coação, a caução considera‑se quebrada, revertendo o seu valor para o Estado. Quando um arguido presta a caução, esse valor fica numa conta bancária ‘congelada’ apensa ao processo. Esta medida de coação pode ser substituída, por iniciativa do juiz, ou por requerimento, por qualquer outra medida de coação, caso o arguido esteja impossibilitado de a prestar.

Como é calculado o valor da caução pelo juiz de instrução?

A lei discrimina como deve ser calculado o montante da caução, mas com critérios demasiado subjetivos. O Código de Processo Penal, no artigo 197.º, n.º 3 diz que o juiz toma em consideração “os fins a que se destina, a gravidade do crime imputado, o dano que este causou e a condição socioeconómica do arguido”. O arguido pode prestar caução mediante depósito, penhor, hipoteca, fiança bancária ou fiança.

Se o arguido não prestar a caução, o seu património poderá ser objeto de arresto preventivo, isto é, de uma apreensão judicial de bens (artigos 206.º, n.º 4 e 228.º do CPP). Ou pode ainda ficar sujeito a outra medida de coação, desde que explique porque não conseguiu pagar o valor em causa.

A quem foram aplicadas cauções mais elevadas?

Armando Pereira arrisca pagar 10 milhões para não ficar em domiciliária

Armando Pereira ocupa agora o primeiro lugar, com o valor decidido pelo juiz de 10 milhões. Valor esse que tinha precisamente o proposto pelo Ministério Público. Neste processo está em causa uma “viciação decisória do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”. Os investigadores suspeitam que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba superior a 100 milhões de euros.

O cofundador da Altice e chairman da PT, Armando Pereira, durante a intervenção na sessão de apresentação da Altice Labs, centro de inovação do grupo Altice, com sede e coordenação em Portugal, Aveiro, 20 de janeiro de 2016. PAULO NOVAIS/LUSAPAULO NOVAIS/LUSA

A Armando Pereira são imputados seis crimes de corrupção ativa agravada no setor privado, com referência a colaboradores da Altice – como Luís Alvarinho, Alexandre Fonseca -, um crime de corrupção passiva no setor privado, com referência a decisões da Altice, quatro crimes de branqueamento de capitais e ainda crimes de falsificação de documentos.

Caução de Manuel Pinho: seis milhões de euros

Em 2021, Carlos Alexandre aplicou uma caução de seis milhões a Manuel Pinho e prisão domiciliária com pulseira eletrónica, discordando com a proposta que tinha sido feita pelo Ministério Público de aplicar a medida de coação mais grave: a prisão preventiva. Mas Manuel Pinho não conseguiu pagar e acabou a ficar em domiciliária. Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.

Caução de Joe Berardo: cinco milhões de euros

Após primeiro interrogatório judicial, o empresário, que foi detido a 29 de junho de 2021, ficou indiciado de oito crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada, dois crimes de abuso de confiança qualificada e um crime de descaminho. Ficando assim sujeito ao pagamento de uma caução de cinco milhões de euros, impedido de sair do país e de entrega do seu passaporte. Carlos Alexandre aceitou a proposta de caução apresentada por Joe Berardo, que deu como contrapartida imóveis avaliados em oito milhões de euros, que pertencem a empresas de familiares.

Ricardo Oliveira, do processo BPN: cinco milhões de euros

Quando Oliveira Costa e o antigo ministro Arlindo Carvalho foram pronunciados, o ex-administrador do BPN, Ricardo Oliveira viu confirmado pelo tribunal o pagamento de uma caução no valor de cinco milhões de euros, em janeiro de 2014.

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) fixou “um depósito à ordem dos autos, fiança ou hipoteca de imóvel com valor compatível ou ainda por penhor sobre participações sociais detidas” por Ricardo Oliveira. Na fixação da caução económica, foram tidos em conta pelo juiz Carlos Alexandre os factos pelos quais o arguido está “fortemente indiciado” e “ponderadas as razões apresentadas pelo Ministério Público”.

Caução de Ricardo Salgado: três milhões de euros

O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado viu as suas medidas de coação alteradas, em outubro de 2015, podendo ficar em liberdade, mediante a prestação de uma caução de três milhões de euros. Ricardo Salgado estava em prisão domiciliária desde 24 de julho, no âmbito do processo “Universo Espírito Santo”. Um mês depois, o Tribunal Central de Instrução Criminal reduziu de três milhões para 1,5 milhões de euros a caução aplicada ao banqueiro Ricardo Salgado no âmbito do processo Monte Branco. Determinou ainda que o valor de 1,5 milhões de euros resultante dessa redução fosse afeto à caução fixada ao arguido no âmbito do processo Universo ES. Ficou então sujeito à entrega do remanescente valor de 1,5 milhões de euros.

Caução de Luís Filipe Vieira: três milhões de euros.

O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira quis pagar a sua caução de três milhões de euros através de um imóvel e de ações do Benfica. Mas o juiz acabou por não aceitar. No caso de Luís Filipe Vieira, estão em causa suspeitas de “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento” por “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente”. Carlos Alexandre considerou que devido às oscilações de valor das ações da SAD do Benfica, sujeitas à volatilidade do mercado e até aos resultados do clube dos encarnados em campo, não estão reunidas as condições para aceitar a proposta de pagamento da caução de três milhões por Luís Filipe Vieira.

O ex-presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

Caução de Alexandra Pinho: um milhão de euros

Em dezembro de 2021, o juiz de instrução aplicou a Alexandra Pinho uma caução de um milhão de euros. Ficou ainda obrigada a apresentar-se periodicamente às autoridades e proibição de se ausentar do país. Já Alexandra Pinho, que entre 2004 e 2014, trabalhou no BES como curadora da coleção de arte do banco, foi confrontada com os cerca de 600 factos que o MP reuniu. É suspeita de corrupção e branqueamento de capitais.

Caução de Mexia e Manso Neto: um milhão.

Os dois antigos gestores da EDP António Mexia e João Manso Neto já recuperaram — em março deste ano — as cauções que tiveram de desembolsar por ordem do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre. A obrigação de cada um entregar uma caução no valor de um milhão de euros foi uma de várias medidas de coação aplicadas por Carlos Alexandre no contexto do processo EDP/CMEC, que incluíram ainda a suspensão de funções, a proibição de entrar em qualquer instalação da EDP e de contactar testemunhas e outros arguidos.

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Estudantes da UAX criam um veículo autónomo inteligente que melhorará a gestão do campus e o atendimento aos visitantes e estudantes

  • Servimedia
  • 30 Outubro 2023

O inteligente Rover, projetado e montado por estudantes da UAX, percorrerá o campus de Villanueva de la Cañada.

Os estudantes da Universidade Alfonso X el Sabio avançam na criação de um Gémeo Digital do campus de Villanueva de la Cañada, um esforço notável para analisar e padronizar dados de um espaço de mais de 10 hectares.

Como parte desse projeto, e utilizando a inovadora metodologia UAXmaker, os alunos desenvolveram um veículo inteligente autônomo capaz de guiar os visitantes e acompanhar pessoas com deficiências sensoriais no campus universitário.

O veículo foi definido, prototipado, montado e testado por uma equipe multidisciplinar de estudantes de Engenharia em Design Industrial, Engenharia Eletrónica e Engenharia Mecânica, que trabalhou em conjunto com a empresa Avanade, fornecedora líder de serviços de consultoria, digital e nuvem, que possui seu espaço de inovação (LAB) nas instalações da UAX.

Este projeto faz parte do modelo educacional da Universidade Alfonso X el Sabio, o UAXmaker, no qual empresas líderes propõem desafios aos estudantes da universidade, que têm a oportunidade de colaborar na resolução desses desafios com colegas de diferentes áreas de estudo, ao mesmo tempo em que entram em contacto com o mundo empresarial.

O desenvolvimento deste Rover é parte de um projeto ainda maior, a criação de um Gémeo Digital do campus da Universidade Alfonso X el Sabio em Villanueva de la Cañada. Isso significa que a universidade contará com um modelo virtual que replica o espaço, e por meio de ferramentas como este veículo autónomo, coleta e analisa dados para aprimorar a gestão dos seus recursos e garantir a sustentabilidade do campus.

Para Ramón Miranda, Diretor de Inovação Tecnológica para a Europa da Avanade, essa iniciativa “cria um vínculo direto entre a universidade e as empresas, gerando um cenário em que podemos colaborar diretamente com os estudantes, trabalhar com eles e conhecer suas melhores qualidades como profissionais. Para nós, esse modelo é uma fonte de aprendizado para jovens inovadores e inquietos, e uma fonte de talento”.

“Projetos como este, apoiados por uma empresa do porte da Avanade, nos permitem pensar em soluções práticas para os desafios que enfrentaremos no nosso dia a dia quando terminarmos nossos estudos. Com essa experiência estaremos muito melhores preparados e teremos mais habilidades para nos desenvolver no mundo empresarial”, afirma Jesús Jiménez, estudante do curso de Engenharia Mecânica da UAX.

UAXMAKER

A Universidade Alfonso X el Sabio impulsiona o modelo educacional UAXmaker, no qual os estudantes enfrentam desafios reais propostos por empresas líderes de setores diversos, como Quirónsalud, B2Space ou Avanade, entre outras.

Essa metodologia promove modelos de trabalho colaborativo e multidisciplinar, com equipas compostas por alunos de diferentes áreas de estudo, replicando o sistema de trabalho do ambiente corporativo. Além disso, durante o desenvolvimento dos projetos, os alunos têm contato direto com as necessidades reais das empresas e seus profissionais, gerando soluções inovadoras e desenvolvendo habilidades de trabalho em equipa fundamentais para sua futura carreira.

Dessa forma, a UAX dá um passo adiante em sua estratégia de co-criação com as empresas líderes, formando profissionais resilientes que trabalham de forma eficiente em equipes multidisciplinares.

Os desafios lançados pelas empresas, e que estão avançando significativamente, abrangem setores tão diversos como o espacial, saúde, direito ou marketing. Com isso, a UAX integra sua metodologia em todas as áreas educacionais, potencializando as habilidades dos seus estudantes e preparando-os para impactar a sociedade do futuro.

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Separar o telemóvel do pacote pode permitir poupar na fatura das telecomunicações

Em vez de contratar um pacote 4P (com quatro serviços), pode ser mais económico contratar um 3P e subscrever o tarifário móvel à parte, sugere o ComparaJá.

Comparar ofertas, negociar com as operadoras e contratar só o que se precisa são algumas dicas gerais para se poupar nas telecomunicações. Mas a complexidade e diversidade das ofertas, alidada à falta dela nos preços, podem ser um problema na hora de tomar uma decisão. Com o aproximar do Dia Mundial da Poupança, o ECO procurou dicas que podem ajudar alguns consumidores a gastar menos euros ao fim do mês. Uma das conclusões é que, apesar de existirem 4,6 milhões de subscritores de pacotes em Portugal, nem sempre um pacote é a opção mais em conta.

“No que diz respeito à análise de pacotes de telecomunicações, a mesma pode parecer algo complexa e desnecessária, porque os grandes players do mercado (Meo, Nos e Vodafone) costumam praticar preços muito semelhantes entre si”, confirma fonte oficial do ComparaJá, uma plataforma de comparação de preços e ofertas em vários setores, numa análise sobre telecomunicações feita a pedido do ECO. “Aliás, por norma, os preços não diferem entre si e, em muitas alturas do ano, são mesmo iguais”, acrescenta. A análise mostra que um pacote com internet fixa, televisão e telefone pode custar 40,49 euros por mês na Meo e na Nos e 40,5 euros no caso da Vodafone.

Para muitas famílias, porém, os três serviços não são suficientes. Atualmente, os telemóveis são praticamente ubíquos e a economia digital exige que se esteja ligado aos dados móveis em todo o lado, pelo que é necessário contratar pelo menos um serviço móvel. Os consumidores devem analisar a sua situação específica antes de tomarem qualquer decisão, mas o ComparaJá destaca que muitos poderão ficar surpreendidos ao descobrir que, feitas as contas, pode ser mais vantajoso contratar o serviço móvel à parte, ao invés de o acrescentar ao pacote de telecomunicações.

“Pode parecer algo estranho ou até mesmo incoerente, mas, na maior parte das vezes, um pacote 4P [internet, televisão, telefone e telemóvel] não é a solução mais indicada. Os pacotes convergentes são naturalmente mais caros quanto mais produtos apresentarem, e, por isso, tentar ‘fintar’ essas soluções pode ser uma boa hipótese para atingir poupanças significativas ao final do mês e do ano”, diz fonte oficial da plataforma de comparações. Para isso pode fazer sentido olhar para as operadoras virtuais mais pequenas, como a Uzo e a Woo (que pertence à Nos).

Vamos a um exemplo. No dia 23 de outubro, um consumidor que quisesse contratar um pacote 3P da Meo (internet, televisão e telefone), líder de mercado nas ofertas convergentes, tinha à sua disposição no site da operadora o pacote M3 300 Net Fibra, por 40,49 euros por mês, com oferta da primeira mensalidade, dois anos de fidelização, internet com 500 Mbps (megabits por segundo) de download e oferta da box Android TV 4K. Se quisesse adicionar o serviço móvel ao pacote, poderia aproveitar a oferta M4 200 Net Fibra, com 500 Mbps de download, a mesma box e 5 GB de dados móveis, por 57,99 euros mensais. Adicionar este cartão de telemóvel custaria, assim, 17,5 euros mensais.

“No entanto, a solução é quase tão simples quanto desconhecida. Em vez de se contratar um pacote 4P, a solução pode muito bem ser contratar um pacote 3P + 1”, recomenda o ComparaJá. A plataforma cita, por exemplo, uma oferta da Uzo de 10 GB de dados móveis, por dez euros por mês, sem fidelização, e com oferta da primeira mensalidade, embora menos SMS e minutos de chamadas que a oferta da Meo. Um consumidor que valorize a internet no telemóvel e conjugasse o 3P da Meo com esta oferta da Uzo poderia ambicionar gastar menos 7,5 euros por mês do que se contratasse o pacote com quatro serviços.

“O mercado da internet móvel tem diferenças importantes e significativas naquilo que são os valores a pagar, dado que existem operadoras que trabalham única e exclusivamente nesse tipo de ofertas. Assim, quando (e se) chegar o momento de adicionar produtos ao pacote, faz todo o sentido olhar para alguns em particular de forma individualizada”, explica fonte oficial do ComparaJá, que refere também a oferta de dez euros mensais da Woo, embora com um plafond mais curto de 4 GB de dados móveis.

André Pedro, diretor do ComparaJá, detalha ao ECO que, “dependendo da zona onde se reside, pode haver ofertas móveis específicas que compensem separar os serviços”. “Isso é muito comum, por exemplo, na Margem Sul, ou na zona Oeste, onde há operadores mais pequenos que estão mais focados em rede móvel. Mas também há ofertas nas grandes cidades que compensam”, assegura o responsável, ressalvando que tudo depende de uma “análise casuística” que deve ser feita por cada cliente. Um tarifário pré-pago da mesma operadora pode ser outra solução.

Espreite as campanhas da Black Friday

Além de separar as ofertas, o ComparaJá sugere olho atento às campanhas da Black Friday, que tem lugar no dia 24 de novembro.

“À semelhança do que acontece com quase todo o comércio, a Black Friday é uma ótima altura para comparar pacotes de telecomunicação e não é por haver um período de fidelização que não pode aproveitar esta onda de promoções”, lê-se na análise partilhada com o ECO. “As operadoras de telecomunicações são muito fortes nesta altura do ano (o verão e a Black Friday são das alturas mais favoráveis para os clientes) e pode negociar já alguns preços para quando terminar o seu contrato. Se, por acaso, o seu contrato de telecomunicações termina no final deste ano ou até no início do próximo, pode já estipular um pacote e um preço a pagar”, acrescenta.

Fora destes períodos de maior atividade comercial, o ComparaJá aconselha mais prudência, pois a aceitação pode implicar uma renovação do período de fidelização: “No que diz respeito às promoções que surgem meio que inesperadamente, tenha em atenção que muitas destas iniciativas farão com que o seu período de fidelização aumente e, por isso, ficará impossibilitado de procurar novas e melhores soluções”, explica a plataforma.

De facto, segundo André Pedro, as fidelizações podem ser “uma barreira” à poupança. “O mercado livre sai de cena. O que aconselhamos é a, dois ou três meses antes de o período de fidelização terminar, começar a procurar alternativas. Muitas vezes, quando procura alternativas, [o cliente] percebe que arranja uma alternativa mais barata, mas também tem força para contra-argumentar ofertas que surjam da mesma operadora. Muitas vezes até conseguem reduzir o preço na mesma operadora”, acrescenta o diretor. Assim, a fidelização pode impedir uma “poupança mais imediata”, mas, salvo grandes atualizações e preços, como a que aconteceu este ano por causa da inflação, “bloqueia-nos o preço por dois anos, deixando-nos mais ou menos seguros”, conclui.

O ComparaJá serve de angariador para todas estas empresas, segundo André Pedro, tendo, por isso, acordos comerciais com as mesmas.

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