AICEP atrai investimento sul-coreano para a área dos semicondutores

Memorando de entendimento com a multinacional SK, o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, foi assinado esta quinta-feira. Valor do projeto não foi revelado.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) assinou esta quinta-feira um acordo com a empresa SK hynix do grupo sul-coreana SK, que é o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, para desenvolver um projeto na área dos semicondutores em Portugal, durante o próximo ano, segundo uma nota enviada à imprensa. O mesmo comunicado não revela, contudo, o valor do investimento.

“A assinatura decorreu esta quinta-feira manhã à margem de uma reunião na residência oficial do primeiro-ministro e surge na sequência da visita oficial do primeiro-ministro, António Costa à Coreia do Sul, em abril”, de acordo com a AICEP.

O mesmo comunicado dá conta de que “a AICEP e a SK hynix reconhecem que a economia global exige uma maior cooperação para fazer face à reorganização das cadeias de valor, de modo a estabelecer canais de abastecimento estáveis e resilientes”.

“Neste contexto, Portugal tem vindo posicionar-se para atrair produção de semicondutores, tendo em vista fortalecer a autonomia estratégica do país e da União Europeia“, lê-se na mesma nota.

O grupo sul-coreano SK é o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, que integram os mais diversos produtos usados no dia a dia, como automóveis, smartphones, televisões ou computadores.

O memorando de entendimento foi assinado pelo administrador executivo da AICEP com o pelouro do investimento, João Noronha Leal, e pelo vice-presidente e diretor de tecnologia da SK hynix, Seon Yong Cha, na presença do primeiro-ministro António Costa, do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

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Caso EDP: Julgamento vai parar uma semana e audições de testemunhas vão ser repetidas

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

O despacho determina igualmente a repetição das audições das testemunhas ouvidas nas sessões nos dias 24, 30 e 31 de outubro, nas audiências realizadas após o pedido de escusa da juíza adjunta.

A sessão de sexta-feira do julgamento do Caso EDP foi anulada e os trabalhos só vão ser retomados no dia 10, tendo a presidente do coletivo de juízes decidido repetir as audições das testemunhas ouvidas nas últimas três sessões.

Segundo o despacho do tribunal devido à “extensão e a complexidade dos autos”, as sessões de audiência de julgamento para os dias 03, 06, 07 e 09 de novembro ficam sem efeito. O despacho determina igualmente a repetição das audições das testemunhas ouvidas nas sessões nos dias 24, 30 e 31 de outubro, ou seja, as audiências realizadas após o pedido de escusa da juíza adjunta.

A interrupção e a repetição das inquirições das testemunhas Rui Silveira, Joaquim Goes, Carlos Andrade, Maria Vilar, Manuel Espírito Santo Silva, Carlos Beirão da Veiga e Carlos Cortez devem-se ao afastamento da juíza-adjunta Margarida Ramos Natário, após notícias de que tinha sido casada com António Miguel Natário Rio Tinto, que desempenhou diferentes cargos em diversas entidades do GES e que este teria recebido 1,2 milhões de euros através da sociedade ES Enterprises, considerado o ‘saco azul’ do GES.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal.

A mulher do ex-ministro, Alexandra Pinho, está a ser julgada por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido –, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.

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Minipreço reforça aposta na proximidade em nova campanha

  • + M
  • 2 Novembro 2023

Com criatividade da Nossa e planeamento de meios da PHD, a nova campanha reforça a importância dos pequenos momentos e reforça a aposta na proximidade.

No Minipreço, sabemos que os maiores prazeres são os mais… pequenininhos. Mesmo no Natal” é o mote da nova campanha multicanal da cadeia de retalho que vai esta quinta-feira para o ar.

Mantendo a assinatura “Minipreço. Ao seu lado, com os melhores preços”, a insígnia pretende transmitir a ideia de que é nas coisas simples que se encontram os verdadeiros prazeres e reforçar a aposta na proximidade. A atriz Sara Prata é o rosto desta campanha.

“O Minipreço mantém intactas as suas premissas de proximidade, de bairro e comunidade, realçando a importância dos pequenos prazeres que, num contexto particularmente desafiante para as famílias portuguesas nos impele a atuarmos no que controlamos: oferecer a melhor qualidade aos melhores preços do mercado”, refere Sebastião da Cunha, head of marketing da Dia Portugal, citado em comunicado.

O responsável destaca também a “extensa renovação da nossa marca própria que trouxe inovação, qualidade e, acima de tudo, acessibilidade aos lineares das lojas Minipreço“.

Assinada pela Nossa, “esta campanha vem no seguimento da anterior, mas adaptada a esta altura do ano, que também está cheia de pequenas coisinhas que, juntas, dão ao Natal a grandeza que tem. São situações com as quais todos nos identificamos de alguma maneira, e essa identificação é também uma forma de passar a proximidade tão presente no ADN do Minipreço”, acrescenta Rui Simões, diretor criativo da agência. O planeamento de meios é da PHD.

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Estudo questiona necessidade do euro digital e aponta riscos

Relatório aponta preocupação com o impacto na estabilidade financeira, na sobrevivência dos atuais operadores de pagamentos ou na privacidade dos utilizadores.

O euro digital acarreta riscos para o sistema bancário e de pagamentos europeu se não for desenhado da maneira correta, aponta um estudo do Centre for European Policy Studies, que ouviu operadores do setor financeiro. Para ser um sucesso, o novo sistema tem de trazer uma “proposta de valor convincente e benefícios claros para os consumidores e comerciantes”.

“Os objetivos do euro digital ou não acrescentam valor a um sistema de pagamentos já eficiente e em constante desenvolvimento, ou estão mal definidos e não são bem justificados, ou a sua relevância para a Europa é limitada e existem formas alternativas de os alcançar“, conclui o estudo “A digital euro beyond impulseThink twice, act once“, realizado pelo Centre for European Policy Studies (CEPS) o European Capital Markets Institute e o European Credit Research Institute.

Um dos objetivos do BCE com esta iniciativa é contribuir para a autonomia estratégica da Europa, tendo em conta que os pagamentos transfronteiriços são dominados por dois operadores norte-americanos: Visa e Mastercard.

Segundo o estudo, aquele objetivo pode ser atingido sem a emissão do euro digital. “Em toda a Zona Euro, já existem sistemas domésticos bem-sucedidos, que fornecem pagamentos instantâneos alternativos aos cartões internacionais. Fomentar a interoperabilidade entre os sistemas existentes – que aspiram a ser o novo normal – seria uma via alternativa, em vez de estabelecer uma nova forma de dinheiro e um sistema de pagamentos para processar transações”.

Defende ainda que existe “o risco de anular as soluções privadas europeias ou falhar na articulação de uma proposta de valor para os consumidores, o que afetaria a concorrência e reduziria a adoção, ao mesmo tempo que falharia no objetivo de desafiar o domínio dos sistemas internacionais de cartões”, aponta o relatório, que resulta dos debates dos membros da “Round Table on the Digital Euro”, onde participaram representantes da banca, dos sistemas de pagamento, do comércio eletrónico e académicos.

Em 10 ou 15 anos podemos ter um sistema que mata todas as outras formas de pagamento. É preciso ter cuidado para que no desenho do euro digital seja tido em conta o contexto atual de sistemas de pagamento.

Karel Lannoo

CEO do Centre for European Policy Studies

Uma preocupação salientada por Karel Lannoo, presidente-executivo do CEPS. “Em 10 ou 15 anos podemos ter um sistema que mata todas as outras formas de pagamento. É preciso ter cuidado para que no desenho do euro digital seja tido em conta o contexto atual de sistemas de pagamento”, alertou numa conferência de imprensa de apresentação do estudo, realizada esta quinta-feira nas instalações da SIBS, em Lisboa.

Para o responsável “a Europa já tem um sistema de pagamentos muito eficiente. É preciso ter uma visão clara das vantagens adicionais para os consumidores. O BCE tem de explicar melhor qual a proposta de valor“, desafia. Esta é, de resto, uma das sete recomendações deixadas pelo estudo, que contou com Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos e Teresa Mesquita, chief product officer da SIBS, nas mesas redondas de debate.

Outro objetivo do BCE é robustecer o euro como âncora da política monetária. O estudo argumenta que as transferências entre bancos e as grandes transações comerciais usam o sistema TARGET2, do BCE, o que já ancora o sistema ao banco central. “Uma forte âncora monetária já está presente mesmo sem o euro digital para o retalho“, alega. Sobre o papel do euro como unidade de conta e meio de pagamento, “o fator determinante é a estabilidade do valor da divisa”, o que é assegurado pela política monetária.

O euro digital suscita também questões sobre a estabilidade financeira. Os consumidores vão passar a ter uma conta direta junto do BCE, com dinheiro numa divisa de curso legal, pelo que pode ser percecionada como mais segura do que ter depósitos num banco. Razão porque será introduzido um limite ao valor em euros digitais que se poderá ter na conta, sendo atualmente apontada a quantia de 3.000 euros.

É necessário garantir que o euro digital não tem consequências em termos de estabilidade e previsibilidade no financiamento da banca e não prejudica o fluxo de crédito para a economia.

Se houver uma crise como a que tivemos há 15 anos, as pessoas quererão pôr todo o seu dinheiro no BCE“, refere Karel Lannoo. “Se de um dia para o outro deixa de haver um limite, matam o sistema bancário porque todo o dinheiro sai dos depósitos para o banco central”, acrescenta. “É necessário garantir que o euro digital não tem consequências em termos de estabilidade e previsibilidade no financiamento da banca e não prejudica o fluxo de crédito para a economia”, aponta o estudo.

O limite faz, por isso, sentido. Mas falta explicar porquê 3.000 euros e não outro montante, aponta Karel Lannoo. Essa é, de resto, outra das recomendações do relatório.

A preocupação com o sistema bancário e de pagamentos estende-se ao impacto sobre a rentabilidade dos operadores privados. “Considera-se que os principais serviços providenciados são gratuitos para os utilizadores individuais. Isto pode criar custos adicionais para os intermediários, afetando a sua rentabilidade e capacidade concorrencial“, alerta o estudo, apelando a que sejam garantidos modelos de negócio sustentáveis e seja promovida a eficiência.

“Deve ser realizada uma análise de custo-benefício holística sobre o impacto de introduzir o euro digital nos atuais agentes do mercado, incluindo as infraestruturas bancárias e de pagamentos”, recomenda-se.

A privacidade foi outro tema abordado. “Estar totalmente digitalizado significa controlo total. A partir do momento em que uma coisa é digitalizada pode ser rastreada”, afirma Karel Lanoo. “Os consumidores poderão não querer usar o euro digital para que o ‘Big Brother’ não saiba o que andam a fazer“, acrescenta. “Questiono-me se estaremos totalmente protegidos”.

A partir do momento em que uma coisa é digitalizada pode ser rastreada. Os consumidores poderão não querer usar o euro digital para que o ‘Big Brother’ não saiba o que andam a fazer.

Karel Lannoo

Presidente executivo do CEPS

Segundo um inquérito do BCE, 43% dos inquiridos consideraram a privacidade como a característica que mais esperavam de um euro digital. O banco central garante que será responsável pela liquidação das transações mas que a informação sobre o cliente ficará apenas no banco ou fornecedor do sistema de pagamento.

Além da versão online, o euro digital deverá ter também uma offline, através de um cartão. Poderá também ser criada uma carteira digital custodiada pelos próprio clientes, através de uma chave que ele só conhece. Características que, segundo o estudo, permitiriam reforçar a privacidade na utilização do euro digital, um tema muito relevante em países como a Alemanha e a Áustria, onde existe maior resistência à nova moeda do BCE, segundo Karel Lannoo.

A versão offline poderia também reforçar a inclusão financeira, relevante para países como Portugal, que tem uma das taxas mais elevadas de população sem conta bancária: 7%.

Ainda que veja vantagens, o relatório conclui que “alguns dos potenciais benefícios de um euro digital (por exemplo, em termos de custos, liquidação, privacidade e inovação) são altamente dependentes das suas características específicas de concepção e apresentam um conjunto de complexidades que são difíceis de implementar”.

Depois de dois anos em estudos, o euro digital passou em outubro para a fase de preparação. Karel Lannoo não tem dúvidas de que o processo vai avançar, podendo estar concluído dentro de três anos. Falta também concluir o processo legislativo na União Europeia que irá dar ao euro digital a força de uma divisa com curso legal, tal como as moedas e notas.

“Para garantir uma adoção generalizada, o euro digital deve oferecer uma proposta de valor convincente e benefícios claros para os consumidores e comerciantes na União Europeia, enquanto o quadro legislativo da UE deve permitir que esses benefícios emerjam”, conclui o estudo. “Comecem com um euro digital o mais simples possível e que inclui apenas as funcionalidades mais básicas”, recomenda.

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André Freire de Andrade passa a CEO da Dentsu Europa, Médio Oriente e África

CEO da [então] Carat desde 2004, André Freire de Andrade passou a CEO da Aegis Media Portugal e Espanha em 2011 e a CEO Iberia & Sub-Saharan Africa da Dentsu em 2013.

André Freire de Andrade foi nomeado CEO da Denstu EMEA, passando a supervisionar a estratégia integrada de crescimento e execução de negócio da Dentsu na Europa, Oriente Médio e África (EMEA).

O anúncio, feito pela companhia, lembra que o português faz parte da Denrsu há quase 20 anos, “demonstrando uma capacidade comprovada de impulsionar o crescimento e dimensionar relacionamentos com clientes nos mercados EMEA“.

CEO da [então] Carat desde 2004, André Freire de Andrade passou a CEO da Aegis Media Portugal e Espanha em 2011 e a CEO Iberia & Sub-Saharan Africa da Dentsu em 2013. “Andrade aumentou significativamente a receita e o desempenho em todo o cluster IBSSA e executou um plano de aquisição bem-sucedido que integrou dez operações de media, criatividade, conteúdo e dados, trazendo novas capacidades e talentos para as equipas da Dentsu”, descreve a companhia.

André Freire de Andrade também liderou o Client & Solutions Hub da Dentsu para a zona EMEA, responsável por impulsionar a estratégia centrada no cliente para soluções integradas de crescimento em toda a região, acrescenta a Dentsu.

Tendo trabalhado com André durante muitos anos, testemunhei em primeira mão o seu compromisso em liderar equipes, transformar negócios e impulsionar o crescimento dos clientes”, afirma Giulio Malegori, chief operating officer (COO) do Dentsu Group Inc., citado no comunicado. “Tem um amplo conhecimento da Europa, Médio Oriente e África, o que significa que está bem posicionado para compreender as diversas necessidades dos nossos colaboradores, clientes e consumidores”, prossegue.

Estou pronto para aproveitar esta próxima oportunidade com a Dentsu e espero trabalhar com nossos 16 mil funcionários em toda a zona EMEA para integrar inovação e transformação centrada nas pessoas aos nossos clientes“, diz no mesmo comunicado André Freire de Andrade.

A Dentsu anunciará o nome do sucessor de André Freire de Andrade nas próximas semanas. Em Portugal a companhia está presente com o seu braço de media e de criatividade.

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Lucros da EDP disparam 83% para 946 milhões até setembro

Olhando isoladamente para o terceiro trimestre de 2023, a subida nos lucros foi de 141% em relação aos mesmos três meses de 2022.

Os lucros da EDP, relativos aos primeiros nove meses do ano, dispararam 83% face ao mesmo período de 2022, para os 946 milhões de euros, informou a empresa.

Numa leitura isolada do terceiro trimestre de 2023, a subida nos lucros foi de 141% em relação aos mesmos três meses de 2022. A empresa regista um total de 509 milhões de euros em lucro entre julho e setembro.

“O resultado líquido da EDP nos primeiros nove meses de 2023 alcançou 946 milhões de euros suportado, por um lado, pela recuperação da produção hídrica em Portugal em 61% face à seca extrema em 2022″, mas também “pelo aumento de resultado líquido recorrente do Brasil” e “pelo impacto das mais-valias das duas transações de rotação de ativos em Espanha e na Polónia”, escreve a energética em comunicado, publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O EBITDA recorrente aumentou 26% para os 3,8 mil milhões de euros, impulsionado pela subida da produção hídrica e normalização dos custos de abastecimento de eletricidade e gás face aos primeiros nove meses de 2022, indica a EDP. No entanto, ao nível da Península Ibérica, o EBITDA baixou 3% devido ao impacto da inflação nos custos operacionais.

O investimento nos primeiros nove meses de 2023 totalizou os 4,1 mil milhões de euros, sendo que a maior fatia foi dirigida à América do Norte. Seguiu-se o Brasil, que captou 16% do investimento, e finalmente Portugal, com direito a uma fatia de 13%.

A empresa salienta que 97% do investimento está alinhado com a taxonomia europeia e recai sobretudo sobre projetos de energias renováveis, assim como sobre as redes elétricas em Portugal, Espanha e Brasil. “As energias renováveis representaram já 85% da produção total de eletricidade da EDP, contribuindo para a forte redução de emissões de CO2 (scope 1 e 2) em -51% face a 2022”, lê-se no comunicado.

A dívida líquida subiu 28% para os 16,9 mil milhões entre dezembro de 2022 e o último mês de setembro. “Até ao final do ano, a EDP conta securitizar a maior parte do défice tarifário acumulado durante o ano assim como realizar o encaixe de uma parte significativa das transações de venda entretanto anunciadas”, indica a EDP.

(Notícia atualizada pela última vez às 18:22)

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Gi Group Holding compra operações da Kelly (incluindo a portuguesa)

Negócio europeu da Kelly vai ser adquirido pela Gi Group Holding. Acordo está fechado, mas transação deverá estar concluída no primeiro trimestre do próximo ano.

A Gi Group Holding anunciou esta sexta-feira a celebração de um acordo para adquirir o negócio europeu da empresa de recursos humanos Kelly, incluindo a operação portuguesa. A transação, que poderá chegar aos 130 milhões de euros, deverá ser concluída no primeiro trimestre do próximo ano.

“A Gi Group Holding anuncia a celebração de um acordo para adquirir o negócio europeu da Kelly, um líder mundial em soluções de talentos especializados, por um valor de até 130 milhões de euros“, foi indicado esta tarde, numa nota enviada às redações em que se explica que a transação envolve uma contrapartida financeira de 100 milhões de euros e um valor adicional que pode chegar aos 30 milhões de euros.

“Nos termos do acordo, a Kelly fará a transição da sua atividade de recrutamento na Europa, que fornece serviços de recrutamento a clientes em 14 países, dentro da sua estrutura de operações internacionais, para a Gi Group Holding”, acrescentam os responsáveis em comunicado.

Em reação, Stefano Colli-Lanzi, fundador e CEO da Gi Group Holding, frisou que “o negócio europeu de recrutamento da Kelly reforçará a presença e recursos na Europa, permitindo aumentar a escala e tirar partido da experiência da Kelly na região.

Neste negócio, a Gi Group Holding foi assistida pela Baker McKenzie como consultor jurídico e pela Deloitte como consultor fiscal e financeiro.

Importa explicar que a Gi Group Holding foi fundada em 1998 em Milão. Hoje é uma empresa mundial, prestando serviços a mais de 20.000 empresas clientes e com receitas de 3,6 mil milhões de euros. “A Gi Group Holding é a 8.ª maior empresa de recrutamento europeia e a 15.ª a nível mundial”, garante a própria em comunicado.

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Polémica com Paddy Cosgrave foi “a melhor publicidade” para a Web Summit, diz Marcelo

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

A cimeira "vai correr muito bem. E, digo-vos, ironicamente, o que se passou só aumentou a atenção sobre a Web Summit", disse o Presidente da República.

O Presidente da República considerou esta quinta-feira que a polémica que levou à saída de Paddy Cosgrave da Web Summit foi “a melhor publicidade” para esta edição da cimeira tecnológica em Lisboa, em que prometeu aparecer “de surpresa”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no encontro anual com startups portuguesas que vão participar nesta cimeira tecnológica, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa – que desta vez, ao contrário do que tem sido habitual, não contou com a participação da presidente executiva da Web Summit, que é agora Katherina Maher.

“[Esta edição] vai correr muito bem. E, digo-vos, ironicamente, o que se passou só aumentou a atenção sobre a Web Summit. É o tipo de publicidade que parece às vezes negativa mas é a melhor publicidade: digam mal de mim, mas falem, ou digam que há pequenos problemas, mas falem”, declarou o chefe de Estado. Segundo o Presidente da República, “na balança de poderes no mundo mexer com um ou outro interlocutor, um ou outro protagonista da Web Summit só prova a importância da Web Summit”.

Paddy Cosgrave demitiu-se em 21 de outubro, depois de grandes empresas como a Google, a Meta e a Amazon, cancelarem a sua participação na Web Summit, por causa de uma mensagem que publicou na rede social X, ex-Twitter, sobre a guerra entre Israel e o Hamas, pela qual acabou por pedir desculpa.

“Estou impressionado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais que, com a exceção em particular do Governo da Irlanda, que por uma vez está a fazer a coisa certa. Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são”, foi a mensagem que Paddy Cosgrave, cofundador da Web Summit, escreveu em 13 de outubro.

Neste encontro com o Presidente da República e o ministro da Economia, António Costa Silva, a Web Summit esteve representada pelo seu vice-presidente e diretor para Portugal Artur Pereira. A edição deste ano desta cimeira tecnológica em Lisboa está marcada para entre 13 e 16 de novembro.

No fim do encontro, questionado pelos jornalistas se ficou surpreendido com as palavras de Paddy Cosgrave e a reação que suscitaram, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Cada qual diz o que pensa. Vivemos num país livre. Diz o que pensa, e depois esclarece o que diz, e depois retira as consequências das reações ao que disse”. O chefe de Estado defendeu que “vale a pena” manter a Web Summit em Portugal e que o contrário representaria “perder uma posição no mapa num setor fundamental”.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que não irá discursar no encerramento da edição deste ano – marcada para entre 13 e 16 de novembro – porque coincide com uma cerimónia comemorativa da independência da Guiné-Bissau, mas prometeu aparecer noutro dia “de uma forma inesperada e de surpresa, que é muito mais divertida”, para “conhecer os bastidores da Web Summit”.

Na sua intervenção, o Presidente da República considerou que a chamada lei das ‘startups’, que promulgou em 2023, “pode ser muito melhor”, com “um regime mais generoso”, e também que o Estado pode “apoiar um bocadinho mais” estas empresas emergentes.

Antes, o ministro da Economia apontou a lei portuguesa como uma das “mais competitivas da Europa e do mundo” e afirmou que no Orçamento do Estado para 2024 o Governo continua “a trabalhar e a lutar para ter condições ótimas” para as startups. “O IRC das startups foi reduzido para 12,5%, é dos mais competitivos da Europa. E o regime de não residentes vai-se manter também para o pessoal das startups“, salientou.

De acordo com António Costa Silva, Portugal tem cerca de 4.600 startups que constituem “um ecossistema fulcral” e para as quais a Web Summit “é absolutamente vital” como “plataforma de diálogo” e para acesso a investimento.

Nos termos de um contrato assinado em 2018 com o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa, a Web Summit comprometeu-se a manter-se na capital portuguesa por mais dez anos e a não realizar eventos concorrentes na Europa durante este período, recebendo em contrapartida 11 milhões de euros por cada edição – num total de 110 milhões de euros, dos quais 80 milhões provêm do Estado português, repartidos entre 2019 e 2028.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h07)

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Lucros dos CTT aumentam mais de 25% nos primeiros nove meses de 2023

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Novembro 2023

A empresa obteve um resultado líquido de 35,5 milhões de euros até setembro, registando aumentos expressivos nas receitas de encomendas, do banco e da venda de Certificados de Aforro.

Entre janeiro e setembro deste ano, os CTT alcançaram um lucro de 35,5 milhões de euros, um aumento de 25,5% face aos 28,3 milhões obtidos no período homólogo de 2022. No relatório enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa revela que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 33,1%, atingindo 115,6 milhões de euros.

Os rendimentos operacionais do grupo liderado por João Bento totalizaram 715,4 milhões de euros, 7,9% acima do valor registado nos primeiros nove meses do ano passado, enquanto do lado das despesas, os gastos operacionais tiveram um crescimento de 4,1%, atingindo 599,8 milhões de euros.

À exceção das receitas do segmento de Correio e Outros, que desceram 6,5% no período em análise, para 323 milhões de euros, todos os outros negócios dos CTT registaram aumentos homólogos expressivos dos rendimentos operacionais: o Expresso e Encomendas subiu 22,2%, para 229,5 milhões de euros; o Banco CTT cresceu 20,1%, para 108,1 milhões de euros; e os Serviços Financeiros e Retalho dispararam 38,6%, para 54,8 milhões de euros.

A empresa assinala que o decréscimo das receitas do segmento de Correio e Outros continua a ser influenciado por dois fatores registados no primeiro trimestre de 2022: por um lado, pela receita do projeto de venda de computadores (21,5 milhões) das soluções empresariais; e, por outro, pela receita adicional do correio internacional de saída, em fevereiro de 2022, devido à repetição das eleições legislativas no círculo da Europa (3,5 milhões). Excluindo esses efeitos, os rendimentos desta área de negócio teriam crescido 0,8%, aponta.

No Expresso e Encomendas, que teve um aumento de 46,7% do tráfego, os CTT destacam o desempenho no mercado espanhol, tanto ao nível dos rendimentos (+58%), como no tráfego (+68,9%). Em Portugal, os rendimentos desta área de negócio atingiram 106,2 milhões de euros até setembro, mais 12,6% face ao mesmo período do ano passado, e o tráfego totalizou 27,8 milhões de objetos (+18,9%).

Para as receitas do Banco CTT contribuiu o desempenho “muito positivo” da margem financeira, que se fixou em 72,1 milhões de euros (+34,8%), ancorada no “crescimento da sua carteira de crédito ao consumo (auto) e habitação e beneficiando da evolução favorável das taxas de juro”, indica a empresa postal no relatório. Os clientes deste serviço totalizavam 637 mil contas no final de setembro.

Os Certificados de Aforro voltaram a brilhar no segmento dos Serviços Financeiros e Retalho, apesar de, segundo os CTT, se ter registado uma queda na procura a partir de junho em virtude das alterações verificadas nas características deste produto. “Os títulos da dívida pública (certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento) apresentaram rendimentos de 40,7 milhões nos primeiros nove meses de 2023 (+106,1%)“, lê-se no relatório.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h11)

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Atenção, trabalhadores independentes. Têm até ao fim do mês para optar pelas declarações trimestrais

Trabalhadores independentes podem optar até ao fim do mês pelo regime anual ou trimestral relativamente às declarações a entregar em 2024 à Segurança Social.

Os trabalhadores independentes com contabilidade organizada têm até ao fim deste mês para indicar à Segurança Social se preferem entregar quatro declarações de rendimentos trimestrais ou uma anual ao longo de 2024. Estes portugueses estão também já a ser notificados para que tomem conhecimento da base de incidência contributiva que terão no próximo ano, caso optem pelo regime anual.

“Até 30 de novembro de 2023, os trabalhadores independentes podem optar, através da Segurança Social Direta, pelo regime de apuramento trimestral do rendimento relevante, ficando sujeitos à obrigação declarativa trimestral e contributiva a partir de janeiro de 2024″, informa a Segurança Social.

Desde 2019 que os trabalhadores independentes são obrigados a declarar trimestralmente os seus rendimentos, para que sirvam de base de cálculo das contribuições.

Mas há quem esteja fora dessa regra: é o caso dos trabalhadores independentes com contabilidade organizada, que podem optar por entregar as declarações trimestrais ou apenas uma anual, que serve de base aos descontos efetuados no ano seguinte.

Por isso, a Segurança Social está já a notificar os trabalhadores independentes abrangidos pelo regime de contabilidade organizada para lhes indicar a base de incidência contributiva que corresponde ao duodécimo do lucro tributável declarado no ano de 2023, produzindo efeitos de janeiro a dezembro de 2024.

O Governo criou a opção das declarações trimestrais para aproximar temporalmente o valor da contribuição a pagar aos rendimentos relevantes mais recentemente auferidos.

De acordo com a síntese estatística mensal elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o número de trabalhadores independentes com contribuições à Segurança Social totalizou 355.614 em dezembro de 2022, uma redução mensal de 9,9% e uma queda de 17,3% face ao período homólogo. As estatísticas não permitem, porém, perceber quantos têm contabilidade organizada.

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Lucro da NOS recua 1,6% para 126,3 milhões de euros até setembro

Excluídos os ganhos extraordinários com a venda de torres, os resultados da operadora de telecomunicações encolheram até setembro face aos 128,4 milhões registados no período homólogo do ano passado.

A Nos lucrou 126,3 milhões de euros entre janeiro e setembro, um recuo de 1,6% face aos resultados líquidos de 128,4 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado, segundo o relatório enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A operadora de telecomunicações, liderada por Miguel Maia, explica que a quebra apurada foi expurgada dos efeitos das mais-valias com a venda de torres de telecomunicação em 2022. Se estes ganhos fossem incluídos nas contas do ano passado, a descida teria sido bem superior, de 34%.

Apesar da quebra nos lucros, Miguel Maia, indica que, “nos primeiros nove meses do ano, a NOS apresenta resultados operacionais robustos, com crescimento na base de clientes em todos os segmentos do negócio de telecomunicações”.

Assim, as receitas consolidadas do grupo cresceram 5,3% para 1.183 milhões de euros, com destaque para as telecomunicações que subiram 3,9% para 1.131,6 milhões de euros, com o aumento do número de serviços, nomeadamente nos móveis pós-pagos.

No setor audiovisual e de cinema, as vendas aumentaram 23,5% para 77,2 milhões de euros. As bilheteiras dos cinemas renderam 6,3 milhões de euros, entre janeiro e setembro, um impulso de 45,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, sobretudo devido ao fenómeno “Barbenheimer”, ou seja, do sucesso dos filmes “Barbie” e Oppenheimer” que, em conjunto, atingiram 1,45 milhões de espectadores.

A empresa conclui que o terceiro trimestre “foi o melhor de sempre na NOS Cinemas, tendo vendido mais de 2,8 milhões de bilhetes, ultrapassando o terceiro trimestre de 2019”. Para este resultado, contribuíram não só os êxitos de bilhética acima mencionados como também as películas “Missão Impossível” e “Elemental”.

O EBITDA consolidado, que diz respeito aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, consolidado evoluiu 10,6% para 553 milhões de euros, com o EBITDA das telecomunicações a atingir 516,3 milhões, 10,3% acima do ano anterior.

A NOS destaca ainda que, nos primeiros nove meses do ano, investiu 292 milhões de euros no reforço da cobertura de redes de última geração. “Este investimento incluiu a cobertura da totalidade das ilhas dos Açores e da Madeira com 5G”, de acordo com a nota enviada à CMVM.

“Em setembro, a rede 5G da NOS contava já com mais de 4.200 estações base instaladas e cobria 91% da população portuguesa, valor que compara com 81% da população coberta com 5G na UE a 27”, assinala a operadora.

A dívida líquida da NOS agravou-se em 12,9% para os 1.763,3 milhões de euros no final de setembro, em comparação com o período homólogo quando estava em 1.561,8 milhões de euros

(Notícia atualizada às 17h29)

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Valor médio das novas pensões da CGA foi de 1.723 euros em setembro, o mais alto em 12 anos

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

Esta a primeira vez nos últimos 12 anos que supera a barreira dos 1.700 euros. Em setembro reformaram-se por velhice e outros motivos 1.652 funcionários públicos.

O valor médio das reformas por velhice atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) em setembro foi de 1.723,8 euros brutos, sendo esta a primeira vez nos últimos 12 anos que supera a barreira dos 1.700 euros.

De acordo com a última síntese da execução orçamental, em setembro a CGA registou a entrada de 1.652 novos reformados por velhice e outros motivos, com o valor médio das pensões atribuídas nesse mês a ascender aos 1.723,8 euros.

Trata-se do valor mensal de novas pensões mais elevado desde que a síntese da execução orçamental, divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), passou a disponibilizar esta informação, o que acontece desde as pensões atribuídas de novembro de 2010 em diante.

Por comparação com as pensões atribuídas no mês anterior, as pessoas que se reformaram em setembro recebem uma pensão que em média é 55,1 euros brutos superior, sendo que, ao longo de 2023, os mesmos dados indicam que apenas em dois meses (fevereiro e junho) aquele valor médio foi inferior aos 1.600 euros.

A entrada para a situação de reforma de funcionários públicos com carreiras mais longas e com níveis remuneratórios mais elevados são alguns dos fatores que ajudam a explicar a subida do valor médio das pensões atribuídas no mês que assinala o final do verão.

Em setembro reformaram-se por velhice e outros motivos 1.652 funcionários públicos, número que inclui, por exemplo, quase 400 professores e cerca de 100 médicos.

Nos primeiros nove meses deste ano a CGA registou a entrada de 13.301 novos reformados por velhice e outros motivos, a que se somam 739 por invalidez e 7.599 pensões de sobrevivência.

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