O dia em direto nos mercados e na economia – 24 de agosto

  • ECO
  • 24 Agosto 2023

Ao longo desta quinta-feira, 24 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maior fundo imobiliário português reforça compras em Espanha

  • Ana Petronilho
  • 24 Agosto 2023

Portfólio do CA Património Crescente em Espanha sobe para 20 imóveis, depois de fechar por 12 milhões a compra do edifício da Moyca, uma das maiores empresas europeias de uvas sem grainha.

O fundo imobiliário do Crédito Agrícola, o CA Património Crescente – o maior fundo imobiliário nacional – comprou, na primeira semana de agosto, um imóvel de logística à Moyca, uma das maiores empresas europeias de uvas sem grainha.

O valor da transação foi fechado por 12,4 milhões de euros e o edifício, localizado em Múrcia e com uma área acima de 12.700 metros quadrados, é usado pela empresa como armazém e centro de distribuição, apurou o ECO junto de fontes do mercado.

A empresa Moyca era o anterior proprietário do imóvel, construído em 2016, e decidiu vender o ativo de forma a ter capital para comprar mais terreno e aumentar a capacidade de produção, sabe ainda o ECO. O negócio prevê ainda um contrato de arrendamento à Moyca, que tem outros dois edifícios junto ao imóvel vendido, por um prazo de 20 anos.

De acordo com a informação da empresa, a Moyca exporta uvas sem grainha para cerca de 40 países, como por exemplo, para os EUA, Canadá, África do Sul, Arábia Saudita, Qatar, China ou Malásia. Nos últimos anos tem faturado cerca de 140 milhões de euros anuais em vendas.

O CA Património Crescente tem vindo a investir em Espanha, onde já tem um portfólio de 19 imóveis (excluindo este negócio), que traduzem um investimento de cerca de 80 milhões de euros.

O último negócio do fundo, em Espanha, tinha sido a compra do edifício onde funciona o principal centro de distribuição de papel da Inapa em Espanha, na zona de Madrid (em Leganés), localizado no Poligono Industrial Ciudad del Automóvil. Esta transação foi de 11,6 milhões de euros e o antigo proprietário era a subsidiária espanhola da empresa portuguesa, a Inapa Espanha, que tem armazéns em Barcelona, Bilbau e Valência, escreveu à data o Jornal de Negócios.

Além destes edifícios o CA Património Crescente é ainda o proprietário de oito imóveis, onde está instalada a retalhista francesa Carrefour, dos quais seis estão localizados na região da Andaluzia e outros dois na zona de Madrid. Estes imóveis têm contratos de arrendamento por um prazo de oito anos.

Somam-se ainda dez bombas de gasolina, das quais nove estão arrendadas à Eroski e uma à Carrefour. Sete destes imóveis estão localizados no País Basco e uma em Pamplona, outra em Oviedo a que se soma outra em Logrono.

Em Portugal, o fundo, que é gerido pela Square Asset Management, comprou em julho por cerca de 60 milhões o centro comercial La Vie Funchal. O imóvel era da propriedade da CentroNovoFunchal SA que é detida “em cerca de 50% pelo fundo HLP, de quem a ECS Capital é a sociedade gestora, e em cerca de 40% pelo grupo Oitante, em conjunto com outros acionistas minoritários”.

O La Vie Funchal conta com uma área que ronda os 16 mil metros quadrados onde funcionam 68 lojas.

Outro dos fundos geridos pela Square Asset Management, o Property Core, que é comercializado pelo banco best, comprou a um family office português, o Foz, um portfólio de três imóveis de retalho, onde estão instalados três supermercados. O negócio foi fechado no final de julho por 10,5 milhões de euros, sabe o ECO.

Em causa está um Continente em Massamá, que tem uma área de 1,382 metros quadrados, que ficou sujeito a um contrato de arrendamento com um prazo de 15 anos. Outro dos imóveis comprados pelo Property Core está em Castelo Branco e está arrendado ao Leroy Merlin por um prazo de sete anos.

E o terceiro imóvel está localizado na Quinta do Anjo, concelho de Palmela, tem uma área de 891 metros quadrados e está alugado ao Dia por 11 anos.

De acordo com os últimos dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património, a Square Asset Management é a sociedade com o maior património imobiliário sob gestão, avaliado em 1.595,6 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com preços do petróleo sem sinais de quebra, alívio nos combustíveis está nas mãos do Fisco

Subida da cotação do Brent, que deve continuar impulsionada pela OPEP+, e carga fiscal a 50% levaram combustíveis em Portugal a máximos de 10 meses. Redução da taxa do carbono volta a ser tema.

O preço dos combustíveis em Portugal está a subir de forma sustentada desde maio, com o litro da gasolina 95 simples a pesar mais nas carteiras. Esta subida é principalmente potenciada pelo aumento da carga fiscal que já representa cerca de 50% do preço final, tanto na gasolina como no gasóleo.

De acordo com os dados disponibilizados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), esta quarta-feira Portugal tinha um preço médio de 1,703 euros por litro no gasóleo e de 1,857 euros por litro na gasolina 95 simples. Embora esteja longe do pico registado em junho do ano passado, altura em que os combustíveis custavam cerca de 2 euros por litro, é preciso recuar até outubro e novembro de 2022 para encontrar preços semelhantes.

Nessa altura, estava congelada a taxa de carbono, uma decisão do Governo no sentido de aliviar o preço dos combustíveis nas bombas. Porém, em dezembro, questionado pelo ECO/Capital Verde, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática admitiu que ia avançar com o descongelamento progressivo da taxa de carbono. Em maio essa medida concretizou-se e desde então a taxa de carbono no litro da gasolina e do gasóleo mais do que duplicou, de cerca de 5 cêntimos para quase 13 cêntimos na gasolina e cerca de 14 cêntimos no gasóleo, em agosto.

Mas além da taxa de carbono, os impostos incluem ainda o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) e a Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR). Segundo os dados da DGEG, o peso da carga fiscal no litro da gasolina é de cerca de 59 cêntimos, enquanto no gasóleo esse valor é de 46 cêntimos. A este valor, acresce o IVA: 31 cêntimos no gasóleo e 34 cêntimos na gasolina. Sem impostos, tanto o litro da gasolina simples, como do gasóleo seriam 92 cêntimos.

Estamos neste momento muito próximos em termos de carga fiscal de valores finais que existiam antes da intervenção do Governo em agosto do ano passado. Esta alteração da carga fiscal aproxima-se dos 50% [do preço total do combustível]”, avalia Pedro Silva, especialista de energia da Deco Proteste ao ECO/Capital Verde. No início de 2022, o peso da taxa de carbono, ISP e CSR era de 63 cêntimos para o litro de gasolina e 46 cêntimos para o litro de gasóleo.

Comparativamente à União Europeia, Portugal encontrava-se, no segundo trimestre, acima da média no peso que os impostos têm no preço final da gasolina, mas ligeiramente abaixo quando se trata do gasóleo.

Pedro Silva acrescenta que embora os combustíveis ainda não estejam em máximos do ano passado, altura marcada pela subida sustentada da inflação, este descongelamento da taxa de carbono pode agravar as pressões sobre o rendimento das famílias.

“Não estamos muito longe [do máximo]. Estamos a cerca de 20 cêntimos [no litro da gasolina] e com o descongelamento da taxa de carbono a este ritmo rapidamente lá chegaremos”, antecipa Pedro Silva, alertando que aqueles que não conseguirem suportar os custos vão ficar “excluídos”. “A vasta população vai ter uma restrição na mobilidade”. Assim, da parte da Deco Proteste, é defendida uma maior “previsibilidade” dos preços, urgindo que o Governo trace uma evolução do peso da carga fiscal a seis meses.

No entanto, a evolução do preço dos combustíveis coloca em cima da mesa a questão sobre se o Governo deveria recuar na decisão de descongelar a taxa de carbono. Filipe de Vasconcelos Fernandes, especialista em economia da Energia responde à questão do ECO/Capital Verde de forma clara: “Neste momento, admito que seja precipitado o Governo voltar a adotar medidas de apoio à conjuntura”.

Para Vasconcelos Fernandes este tipo de medidas, que atuam em impostos que são “percepcionados pelos consumidores como preço”, “têm um efeito particularmente pernicioso”. E explica: “acabam por contaminar a propensão marginal para o consumo por desadequação aos dados da economia real, em especial o rendimento disponível”. Assim sendo, defende que este tipo de medidas “não devem perpetuar-se excessivamente no tempo”. Ainda assim, reconhece que a receita angariada destes impostos permitiria a adoção de medidas “culminantes” com a redução da carga fiscal.

Ainda é desconhecido a que preço estarão os combustíveis nas gasolineiras na próxima semana, mas certo é que a taxa de carbono deverá continuar a pesar no preço final do gasóleo e da gasolina até ao final do mês, estando prevista uma atualização das medidas para setembro da parte do Ministério das Finanças, tal como acontece todos os meses.

No caso do gasóleo, os automobilistas passaram a suportar em agosto um aumento de 2 cêntimos na taxa de carbono, enquanto na gasolina a subida da taxa de carbono foi de 1,8 cêntimos.

“As medidas adotadas pelo Governo têm em vista os objetivos ambientais e o alinhamento gradual do peso dos impostos sobre os combustíveis em Portugal com a média da zona euro”, explicou o Ministério das Finanças no seu comunicado.

Preço do Brent sobe 12% desde junho

Ainda que a escalada do preço dos combustíveis em Portugal esteja potenciada pelo aumento gradual da carga fiscal, parte dessa evolução também vem do estrangeiro.

Esta quarta-feira o Brent, petróleo de referência no mercado europeu, cotava acima dos 83 dólares por barril, e o seu valor médio semanal estava também acima dos 83 dólares. Segundo as contas do banco Best, o preço global de petróleo valorizou mais de 12% desde junho, num período onde se verificaram cinco semanas seguidas de ganhos, “naquele que foi o maior rally desde o início do conflito armado na Ucrânia”, detalha o trader Ângelo Custódio ao ECO/Capital Verde.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, é expectável que a procura global de petróleo aumente em 2,2 milhões de barris por dia, para um recorde de 102 milhões por dia durante este ano, com a China a representar entre 60% a 70% do total. Por outro lado, as previsões para a produção global antecipam um aumento de apenas 1,5 milhões barris por dia.

A principal causa desta nesta dinâmica da lei da oferta e da procura é atribuída aos cortes na oferta da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, incluindo outros produtores que não são membros oficiais) que decidiu em abril um corte à produção diária em resposta à queda superior a 35% nos preços petrolíferos desde o pico do ano anterior. É dado especial destaque à Arábia Saudita — o maior exportador mundial de crude — que anunciou cortes adicionais, impulsionando ainda mais o preço do petróleo no mercado.

O preço do petróleo poderá efetivamente manter a tendência de subida nos próximos meses, refletindo assim a expetativa que a OPEP+ tem numa economia resiliente que, face às taxas de juro estarem perto do seu pico, vê as perspetivas de crescimento melhorar.

Ângelo Custódio, trader do banco Best

Segundo a análise do trader banco Best, a tendência de subida deverá manter-se nos próximos meses face à decisão da OPEP+ e dos seus “aliados” de prolongarem “uma agressiva restrição do lado da oferta até ao outono”. Ainda assim, essa subida não deverá tocar os máximos de 2022, altura em que a cotação do Brent transacionou nos 120 dólares, nem tão pouco o teto de 2008, “quando o barril de crude atingiu os 146 dólares”, detalha Ângelo Custódio.

Os valores poderão, contudo, aproximar-se dos três dígitos. Numa nota de análise, o banco neerlandês ING prevê que o barril do Brent atinja uma média de 86 dólares por barril por dia até setembro, e valorize até aos 92 dólares por barril até ao fim do ano. E, partindo do pressuposto que a OPEP+ mantém os seus objetivos de produção planeados até ao próximo ano, o preço médio do barril de Brent deverá fixar-se nos 90 dólares do barril por dia no próximo ano.

A evolução do preço do petróleo não se reflete, porém, apenas no preço dos combustíveis a nível nacional. À semelhança do que aconteceu em 2022, na sequência da guerra na Ucrânia, o petróleo é um dos principais drivers na evolução da taxa de inflação. Em julho, a taxa de inflação em Portugal fixou-se nos 3,1% à boleia da descida dos preços dos alimentos. Mas há um ano, quando a inflação se encontrava nos 9%, em termos anuais, os preços da energia foram dos principais responsáveis. “Por norma, sempre que os combustíveis aumentam, a generalidade dos restantes bens acompanha a evolução devido aos custos de produção e transporte, com óbvio impacto negativo na economia”, salienta o trader do banco Best.

Para já, não se sabe qual será o impacto que o preço do petróleo terá na rota da inflação (que tem assumindo uma tendência de abrandamento), mas Filipe de Vasconcelos Fernandes antecipa que esta evolução não passará despercebida nos rendimentos das famílias. “O vetor petróleo ainda é (e será) absolutamente decisivo para a generalidade dos setores da atividade económica, tendo efeitos colaterais a praticamente todos os níveis, em especial, a propensão para o consumo e a relação óbvia com a poupança”, aponta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Insolvência da Groundforce com fim à vista dois anos depois

Credores votam plano que permitirá a entrada do novo acionista e a capitalização da empresa de serviços de assistência em terra a 27 de setembro.

A discussão e aprovação do Plano de Insolvência da Groundforce, que selará a entrada do novo acionista maioritário e a recuperação da empresa de handling, está marcada para 27 de setembro. Será o epílogo de um processo que começou há dois anos com a declaração de insolvência pedida pela TAP, no meio da guerra com o empresário Alfredo Casimiro.

A convocatória da assembleia de credores pelo Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa foi publicada a 11 de agosto, dispondo os credores de 10 dias para informar se pretendem comparecer.

Os credores reclamam cerca de 47 milhões de euros em dívidas efetivas da empresa de handling, com destaque para os 15,5 milhões da TAP, 12,75 milhões da ANA – Aeroportos de Portugal e 2,1 milhões da Fidelidade, que fazem todas parte da comissão de credores. Outra parte substancial do bolo diz respeito aos trabalhadores, que têm 2,87 milhões em créditos efetivos reclamados.

O plano desenhado pelos administradores de insolvência, Bruno Costa Pereira e Pedro Piwell, prevê a redução de capital a zero para limpeza de prejuízos e a capitalização da Groundforce por um novo acionista. Foi selecionada a britânica Menzies, detida pela Agility, do Koweit, que ficará com 50,1% do capital, cabendo o restante à TAP, através da conversão de créditos.

A aprovação é dada como garantida. “Será seguramente aprovado pela esmagadora maioria dos credores, desde logo a ANA, a TAP e a Fidelidade, que representam mais de 60% dos créditos”, afirma Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), a estrutura sindical da Groundforce com mais associados.

Será seguramente aprovado pela esmagadora maioria dos credores, desde logo a ANA, a TAP e a Fidelidade, que representam mais de 60% dos créditos.

Fernando Henriques

Dirigente do SITAVA

“Seguramente os trabalhadores também votarão na sua esmagadora maioria favoravelmente o plano, uma vez que os sindicatos representativos de mais de 90% dos trabalhadores assinaram um acordo de princípios com a Menzies“, acrescenta o dirigente com responsabilidade pela empresa de assistência em terra. O outro é o Sindicato dos Técnicos de Handling e Aeroportos (STHA). De fora ficou o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), que contesta o acordo e ameaçou já ir para a greve.

Processo já leva dois anos

Fez este mês dois anos desde que foi declarada a insolvência da SPDH (a designação societária da Groundforce), a pedido da transportadora aérea portuguesa, que é também a sua maior cliente, em conflito com o empresário Alfredo Casimiro, que através da Pasogal detém 50,1% do capital.

Alfredo Casimiro contestou a decisão do Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, recorrendo até ao Constitucional, o que impediu que a insolvência transitasse em julgado. Ultrapassado esse entrave, a assembleia de credores pode avançar. Com a aprovação do Plano de Insolvência, o empresário perde todo o capital.

Essa aprovação permitirá “a capitalização da empresa por um novo investidor, assegurando as condições para que a empresa recupere e saia da situação de insolvência em que se encontra, imprescindível para que possa acudir aos concursos futuros para renovação das licenças”, apontava Bruno Costa Pereira em março, em declarações ao ECO.

A Autoridade da Concorrência deu em junho luz verde à entrada da Menzies Aviation na Groundforce, que passa a integrar o grupo que reclama a liderança global no mercado de handling com operações em 58 países e 254 aeroportos, empregando 35 mil colaboradores. A empresa britânica deverá assumir a gestão no terceiro trimestre.

A atividade da Groundforce tem vindo a recuperar, com a capacidade no ano passado a ficar apenas a 10% da registada em 2019, segundo o administrador de insolvência. Com o aumento da atividade, a empresa de assistência em terra reforçou as contratações, contando com cerca de 3.600 trabalhadores, diretos e através de empresas de trabalho temporário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consórcio nacional que junta dono da Avianca também quer ficar com a TAP

  • ECO
  • 24 Agosto 2023

Grupo que tem Diogo Lacerda Machado como rosto e que deverá ser anunciado nas próximas semanas conta também com Germán Efromovich para entrar na corrida à privatização da TAP.

A corrida à privatização da TAP deverá contar com um consórcio nacional, do qual Diogo Lacerda Machado, ex-administrador da companhia aérea, será um dos rostos, avança o Jornal de Negócios esta quinta-feira. De acordo com a notícia, deverá juntar-se a este consórcio o dono da Avianca, Gérman Efromovich, naquela que, a confirmar-se, será a terceira tentativa do empresário para entrar no capital da TAP. Além disso, o empresário nortenho Mário Ferreira, que controla a Media Capital, dona da TVI e da CNN Portugal, também poderá já ter sido abordado para se juntar ao grupo, refere ainda a mesma publicação.

Ao Jornal de Negócios, Diogo Lacerda Machado respondeu apenas que tem sido abordado por “candidatos interessados” na TAP e não quis dar mais informação sobre o processo. Mas o certo é que o gestor, que é próximo do primeiro-ministro e foi consultor de António Costa para negócios com privados, já tinha admitido que poderia envolver-se na privatização: “Não excluo envolver-me se achar que posso ser útil à própria TAP”, respondeu em maio quando foi questionado na comissão de inquérito, apesar de ter assegurado, nessa altura, que não tinha aceitado “nenhuma das abordagens” de que tinha sido alvo por parte de candidatos à compra da companhia aérea portuguesa.

Quanto a Germán Efromovich, o jornal refere que o empresário colombiano-brasileiro, que também tem nacionalidade polaca, nunca perdeu o interesse na TAP, nem mesmo depois de ter ficado para trás no processo de privatização de 2015. Assim, deverá juntar-se ao consórcio português, que deverá ser formalmente anunciado nas próximas semanas, assegura a notícia.

Em relação a Mário Ferreira, o Negócios lembra apenas que Lacerda Machado é administrador da Mystic Invest, a holding de investimentos no turismo deste empresário, que é, igualmente, acionista do ECO. Esta quarta-feira, numa entrevista que deu ao Público, o investidor fez alguns comentários sobre o dossiê TAP: “Como empresário, gostava que o Estado mantivesse uma posição na TAP, que teria investidores privados portugueses ou internacionais, mas a gestão tem que ser privada, profissional, desligada dos ciclos políticos e bem auditada. Uma gestão despolitizada é fundamental”, afirmou.

Atualmente, o Governo está à espera de duas avaliações independentes à TAP que estão a ser elaboradas pela EY e pelo Banco Finantia. O Executivo espera fechar a venda até junho de 2024, mas ainda não decidiu qual a percentagem do capital que pretende alienar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

NOS conquista o nível avançado no Engage Partner Program da Fortinet

  • Conteúdo Patrocinado
  • 24 Agosto 2023

A NOS, o maior grupo de comunicações e entretenimento em Portugal, tornou-se um parceiro de nível avançado no âmbito do Engage Partner Program da Fortinet.

Esta conquista demonstra o compromisso da NOS em obter os objetivos de receita e certificação para parceiros Advanced, bem como os esforços contínuos em maximizar o portfólio de produtos e serviços do Fortinet Security Fabric.

Esta conquista surge numa altura em que os desafios das empresas nacionais nesta área parecem estar a crescer de forma notória – segundo dados do National Cybersecurity Center, o número de incidentes de cibersegurança em 2021 aumentou 26% face a 2020. Além disso, o Centro Nacional de Cibersegurança informou que as PME tiveram mais incidentes do que a média da UE em 2021 (81% em Portugal vs 54% média da UE).

"Ao alcançar o estatuto de parceiro de nível avançado da Fortinet, a NOS é reconhecida pelas suas capacidades tecnológicas e experiência especializada na integração de soluções Fortinet no seu portefólio B2B multifuncional. A parceria abre oportunidades para o desenvolvimento e integração de inovações no portefólio de produtos da NOS, como a gestão de acessos, gestão de informação ou segurança de email, bem como a criação de planos de formação conjuntos, contribuindo para uma melhor proteção cibernética do negócio português.”

Marcelo Carvalheira, Country Manager, Portugal, Fortinet

Como parceiro de nível avançado no Engage Partner Program, a Fortinet reconhece a NOS como um parceiro importante com uma vasta gama de conhecimentos de cibersegurança e a capacidade de satisfazer as necessidades dos clientes com as soluções líderes de mercado da Fortinet. A NOS tem demonstrado um investimento significativo na Fortinet através de um compromisso com a obtenção de receitas e a conclusão de certificações.

 

Engage Partner Program: um programa focado em possibilitar oportunidades para parceiros

A Fortinet está empenhada em ajudar os parceiros a enfrentar os novos e evolutivos desafios dos clientes criados pelos modelos de trabalho a partir de qualquer lugar, ambientes de TI híbridos e o cenário de ameaças em evolução através do Engage Partner Program e das ferramentas de capacitação para parceiros. O programa está focado em permitir oportunidades de crescimento que são únicas com o portfólio expansivo da Fortinet construído em torno do Fortinet Security Fabric, projetado para proteger toda a infraestrutura dos clientes, desde o data center até à cloud.

Além disso, a Fortinet está empenhada em ajudar os parceiros a desenvolver relações produtivas, previsíveis e gratificantes para se diferenciarem dos concorrentes. O programa ajuda os parceiros a adquirir o conhecimento do setor de que precisam para aumentar as oportunidades de negócios, fornecer aceleração digital para os clientes com programas personalizáveis e acelerar o crescimento dos parceiros.

Sobre a NOS

A NOS é o maior grupo de comunicações e entretenimento em Portugal. Oferece soluções fixas e móveis de última geração, televisão, internet, voz e dados para todos os segmentos de mercado. É líder na distribuição e exibição cinematográficas, detendo o maior número de complexos e salas de cinemas em Portugal. A NOS conta com 5 milhões de clientes móveis, 1,7 milhões de clientes de televisão, 1,8 milhões de clientes de telefone fixo e 1,5 milhões clientes de internet de banda larga fixa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rudy Giuliani, ex-advogado de Trump, entrega-se às autoridades

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

Giuliani é acusado juntamente com Trump e outras 17 pessoas de conspirar para subverter a vontade dos eleitores da Geórgia numa tentativa desesperada de manter Biden fora da Casa Branca.

O ex-advogado pessoal de Donald Trump e antigo autarca de Nova Iorque, Rudy Giuliani, entregou-se esta quarta-feira às autoridades da Geórgia, enfrentando a acusação de principal co-conspirador do ex-presidente para reverter os resultados eleitorais de 2020.

Giuliani, que chegou a ser conhecido como o “autarca da América” pela sua liderança após os atentados de 11 de setembro de 2001, é acusado juntamente com Trump e outras 17 pessoas de conspirar para subverter a vontade dos eleitores da Geórgia numa tentativa desesperada de manter Joe Biden fora da Casa Branca.

A fiança do ex-político foi fixada em 150 mil dólares (138 mil euros), abaixo dos 200 mil dólares (184 mil euros) determinados para Trump. Os registos da prisão do condado de Fulton mostraram que Rudy Giuliani se entregou esta quarta. Giuliani, de 79 anos, é acusado de liderar os esforços de Trump para obrigar os legisladores estaduais na Geórgia e em outros estados a nomear ilegalmente eleitores favoráveis a Trump.

A Geórgia foi um dos vários estados-chave em que Trump perdeu por pequenas margens, o que levou o Republicano e os seus aliados a proclamar, sem provas, que a eleição foi alvo de fraude a favor do seu rival Democrata e atual Presidente, Joe Biden. Giuliani é acusado de fazer declarações falsas e solicitar falsos testemunhos, conspirar para criar documentação falsa e pedir aos legisladores estaduais que violassem o seu juramento.

A procuradora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, responsável pelo caso, disse que, se condenado, Giuliani será sentenciado a pena de prisão. Giuliani negou qualquer irregularidade, argumentando que tinha o direito de levantar questões sobre o que acreditava ser uma fraude eleitoral. Classificou ainda a acusação de “uma afronta à democracia americana”.

o ex-Presidente Donald Trump deverá entregar-se na quinta-feira às autoridades da Geórgia, naquela que é a quarta acusação criminal que enfrenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro convencido de que Santana Lopes vai regressar “a casa”

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

Líder do PSD convencido que Santana Lopes vai voltar a um partido "coeso e unido", que não é de "unanimismos".

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta quarta-feira estar convencido de que Pedro Santana Lopes “vai regressar a casa”, num partido “coeso e unido”, mas não de unanimismos.

Em Mogadouro, distrito de Bragança, na última intervenção na região no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, questionado sobre um possível regresso de Pedro Santana Lopes ao PSD, o atual líder do partido disse acreditar nessa possibilidade. “O doutor Santana Lopes é um histórico do PSD, foi presidente do PSD, foi primeiro-ministro PSD. E estou convencido de que vai regressar a casa”, respondeu Luís Montenegro.

Antes, contextualizou: “Eu já tive ocasião de dizer, o doutor Pedro Santana Lopes hoje é presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz onde, de facto, está a fazer um trabalho que tem a colaboração do PSD. O nosso vereador hoje integra o executivo com funções atribuídas. Foi eleito por um movimento independente e cumprirá o seu mandato em respeito ao mandato que recebeu do povo com essa circunstância”.

Luís Montenegro explicou depois esta convicção. “Vai regressar a casa porque este PSD que estamos a construir, de baixo para cima, em todo o território, em todas as terras, com toda a gente, abrindo à sociedade a nossa ação política é um PSD coeso e unido. Não é um PSD de unanimismos. Nós não pensamos todos da mesma maneira. É verdade. Nem nunca vamos pensar. Mas essa é uma riqueza grande do PSD”, considerou Montenegro.

Luís Montenegro disse ser “com base neste sentido de coesão e de unanimidade” que vê que “o caminho nomeadamente do presidente da câmara da Figueira da Foz há de vir a encontrá-lo, ou a reencontrá-lo na sua casa, que é o PSD.” Questionado pelos jornalistas sobre se o regresso do antigo líder do PSD seria uma mais valia para o partido, Montenegro respondeu: “Com certeza, se não eu não diria isto”, rematou o presidente dos sociais-democratas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa mantém apoios ao desporto em 2023 e 2024

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

Os patrocínios às entidades desportivas vão manter-se este ano. Em 2024, os apoios serão assegurados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pelo Governo.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai manter os patrocínios às entidades desportivas este ano, enquanto em 2024 os apoios serão assegurados por aquela organização e pelo governo, foi anunciado esta quarta-feira.

No que diz respeito aos patrocínios concedidos às entidades desportivas importa desde logo salientar que os mesmos se irão manter em 2023. Já em relação a 2024, os referidos patrocínios serão igualmente mantidos, sendo então assegurados tanto pela SCML como pelo Governo”, refere o comunicado emitido pela secretaria de Estado da Juventude e do Desporto.

Na mesma nota, salienta-se que “nenhum destes patrocínios está relacionado com os programas olímpico e paralímpico”. O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, e a provedora da Santa Casa, Ana Jorge, reuniram-se esta quarta para discutir a revisão do plano de patrocínios da SCML ao desporto.

Na semana passada, a SCML avisou várias federações desportivas da necessidade de rever o plano de patrocínios a diversas instituições e entidades, nomeadamente federações desportivas e Comité Olímpico, a menos de um ano dos Jogos Olímpicos Paris2024, advertindo ainda que o apoio financeiro, em nome dos Jogos Santa Casa, na sua maioria, além dos contratos em vigor, não estava assegurado.

A justificação para este corte prendia-se, segundo a Santa Casa, com “a conjuntura económico-social que se vive” que conferiu “novas exigências sociais e financeiras à SCML no que diz respeito ao apoio das populações mais vulneráveis”.

Na sequência deste anúncio, João Paulo Correia manifestou, em declarações à Lusa, a intenção de ver minimizados, na reunião de hoje, os cortes anunciados pela SCML, tendo frisado logo na altura que os ciclos olímpico e paralímpico dos atletas lusos não estavam em causa, uma vez que o financiamento cabe sobretudo ao Instituto Português do Desporto e da Juventude, com cerca de 31,2 milhões de euros.

Entre as entidades apoiadas pelos Jogos Santa Casa, de acordo com a lista publicada no seu site, constam o Comité Olímpico de Portugal (COP), o Comité Paralímpico de Portugal (CPP), a Confederação do Desporto de Portugal (CDP), as federações de equestre, motociclismo, andebol, atletismo, canoagem, ciclismo, futebol, ginástica, judo, natação, patinagem, remo, râguebi, surf, ténis de mesa, triatlo, voleibol e de desporto para pessoas com deficiência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo alemão adota lei para facilitar a mudança de género

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

A Alemanha juntar-se-á assim ao grupo dos países que adotaram o princípio da autodeterminação, como a Bélgica, Espanha, Irlanda, Luxemburgo e até a Dinamarca.

O Governo alemão adotou esta quarta-feira um projeto de lei que simplifica a mudança de género, medida exigida há muito pela comunidade LGBTQ+ (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, queer e outros), seguindo os passos recentes de outros países europeus.

O texto, projeto emblemático do governo liderado por Olaf Scholz e composto por sociais-democratas, verdes e liberais, suscita, no entanto, controvérsia, especialmente entre as fileiras conservadoras, que o consideram demasiado liberal. A ministra da Família, Lisa Paus, saudou “um grande momento para pessoas ‘trans’ e intersexuais na Alemanha”.

O projeto sobre “autodeterminação de género”, que ainda terá de ser submetido ao parlamento, visa facilitar a mudança de género e nome próprio no estado civil para pessoas transexuais, intersexuais e não binárias. Bastará preencher uma declaração com o estado civil para alterar o nome e o sexo. A Alemanha juntar-se-á assim ao grupo dos países que adotaram o princípio da autodeterminação, como a Bélgica, Espanha, Irlanda, Luxemburgo e até a Dinamarca.

A nova lei substituirá a legislação datada de 1981 que de facto considera a transidentidade uma doença mental e que obriga as pessoas que desejam mudar de género a passar em dois testes psicológicos e, em particular, a responder a perguntas muito íntimas sobre a sua sexualidade. No final, um juiz toma a decisão de autorizar ou não a mudança.

O Tribunal Constitucional já tinha recalibrado parcialmente a lei em vigor nos anos de 2010 e permitido abolir a obrigação de esterilização e intervenção cirúrgica antes da mudança de género. O novo texto também esclarece o caso dos menores: para menores de 14 anos, apenas os pais ou responsáveis podem iniciar o processo.

Os maiores de 14 anos podem iniciar o processo sozinhos, mas com o consentimento dos pais, sob pena de decisão judicial. Também há tempo para reflexão, pois só depois de três meses é que a alteração será validada no estado civil. Um eventual pedido de mudança de sexo só será possível após um ano.

A oposição conservadora considera que o Governo está a ir demasiado longe, defendendo que quem quiser mudar de género deve consultar primeiro especialistas, e o processo deve ser reservado a adultos. A lei “não faz justiça à importância do género no nosso sistema jurídico”, frisou Günter Krings, porta-voz para questões jurídicas do grupo parlamentar do partido conservador de oposição CDU.

Alice Schwartzer, 80 anos, uma conhecida feminista alemã que já lançou várias campanhas anti-transgéneros na sua revista Emma, realçou numa entrevista à Der Spiegel que teme que a lei incentive os jovens a mudar de género só porque está “na moda”.

De forma mais geral, os movimentos feministas apontam para o risco de que homens potencialmente abusivos possam abusar das novas regras para obter acesso a espaços reservados às mulheres, como saunas, balneários ou “casas de mulheres”, onde as vítimas se refugiam de violência doméstica.

O ministro da Justiça, Marco Buschmann, especificou, a este respeito, que os estabelecimentos em causa continuariam a estabelecer as suas regras de acesso. A ministra Lisa Paus garantiu que a autodeterminação “já existe noutros países (…) sem que haja o menor indício de abuso”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo norte-americano aprova venda a Taiwan de caças F-16

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

EUA indicam que "esta potencial venda serve os interesses nacionais" do país, "apoiando os esforços do comprador para modernizar as suas Forças Armadas e manter uma capacidade de defesa credível".

O Governo dos Estados Unidos aprovou esta quarta-feira uma possível venda a Taiwan de aviões de combate F-16 e de sistemas de rastreamento por infravermelhos, que ainda terá de ser autorizada pelo Congresso. O gabinete do representante Cultural e Económico de Taiwan havia pedido ao Governo norte-americano autorização para fazer as referidas aquisições à empresa Lockheed Martin, segundo um comunicado do Departamento de Estado.

Esta potencial venda serve os interesses nacionais dos EUA, apoiando os esforços do comprador para modernizar as suas Forças Armadas e manter uma capacidade de defesa credível”, afirma a nota da diplomacia norte-americana.

O pedido formal do comprador é o primeiro passo no processo de venda de armas militares dos EUA para o exterior. Em seguida, o Departamento de Estado autoriza a venda, que depois passa pelo Congresso, que deve estudá-la, antes de poder dar autorização.

O pedido inclui material de apoio para as aeronaves de combate, munições, software e equipamentos para treino militar. O anúncio surge menos de um mês depois de a Casa Branca ter anunciado um pacote de ajuda militar de 345 milhões de dólares (cerca 320 milhões de euros) para Taiwan, retirados do orçamento do Pentágono e não do programa de vendas militares estrangeiras, como é habitual.

Taiwan é uma das principais fontes de tensão entre os Estados Unidos e a China, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armas do território, algo que Pequim tem repetidamente criticado. A China reivindica a soberania sobre Taiwan, um território que considera uma “província rebelde” desde que os nacionalistas se retiraram, em 1949, depois de perderem a guerra contra o exército comunista.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agricultores de Portalegre compram alimento para gado a preços “proibitivos”

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

A seca está também a afetar outros países, como França e Espanha, os preços dos alimentos para os animais dispararam para valores muito elevados, além de haver menos disponibilidade.

A seca está a provocar “problemas a vários níveis” aos agricultores do distrito de Portalegre, que estão a recorrer à compra de alimentos para os animais em Espanha e França a preços considerados “proibitivos” para o setor.

“A ausência de comida seria até normal em agosto, mas o problema é que também já não tivemos para trás. O ano passado já foi mau de colheitas e as reservas já não existiam”, lamentou a presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), Fermelinda Carvalho, contactada pela Lusa.

De acordo com a responsável, como a seca está também a afetar outros países, como França e Espanha, os preços dos alimentos para os animais dispararam para valores muito elevados, além de haver menos disponibilidade.

“Era muito habitual [fazer-se com estes países] as trocas comerciais de feno e de palha. Como também produziram menos, é difícil neste momento comprar. Está a preços proibitivos, mas tem de se comprar. O problema é que não há quase disponibilidade nenhuma, é difícil”, relatou.

A representante disse ter conhecimento de casos em que os agricultores pagaram à cabeça e que não lhes foi entregue o produto. A presidente da AADP recordou ainda que as barragens e as charcas nas explorações agrícolas encheram há vários meses, mas os furos nem tanto, situação que está a preocupar o setor.

A água que choveu foi muito de repente e não se infiltrou suavemente. E alguns furos também já estão sem água”, alertou. Face à falta de alimentos, há agricultores a “abater um grande número de animais” e os leilões de gado também têm estado cheios nos últimos tempos. “Há aqui um aproveitamento também – como há sempre nestas coisas – em termos do preço da carne, que está muito baixo”, acrescentou.

A maior participação em leilões tem sido uma das medidas dos agricultores do Alentejo, tal como o recurso aos matadouros, para se desfazer dos animais, sobretudo o gado bovino, de forma a fazer face à atual situação no setor, com falta de pastagem e preços elevados de palha e rações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.