X oferece crédito publicitário de 250 dólares a PME que invistam na plataforma

Ação tem como objetivo atrair anunciantes e foi divulgada cerca de um mês depois de Elon Musk ter dado a conhecer uma quebra acentuada nas receitas publicitárias.

O X (ex-Twitter) está a oferecer um crédito em publicidade de 250 dólares (cerca de 230 euros) a todos os pequenos negócios que invistam mil dólares numa nova campanha na rede social durante os próximos 30 dias. Esta decisão surge cerca de um mês depois de a rede social ter dado a conhecer perdas de cerca de 50% nas receitas de publicidade.

Referindo que mais de 8 em 10 clientes ativos da rede social são pequenas e médias empresas, o X pretende com esta campanha promocional alargar a oportunidade para que mais destas empresas “experimentem o poder dos anúncios X”.

Os créditos “X Ads credits” a serem atribuídos expiram a 31 de dezembro, segundo a informação mais detalhada divulgada pela rede social de Elon Musk, onde se clarifica que estes créditos apenas podem ser usados para adquirir anúncios na plataforma e não para qualquer outro propósito.

Esta ação tem como objetivo atrair anunciantes, tendo sido divulgada cerca de um mês depois de Elon Musk ter dado a conhecer uma quebra acentuada nas receitas publicitárias: “Ainda estamos numa situação de fluxo de caixa negativo, devido a uma queda de cerca de 50% nas receitas de publicidade e a uma pesada carga de dívida”, disse na altura o bilionário na plataforma a um utilizador que estava a fazer sugestões estratégicas sobre a rede social.

O investimento publicitário das 10 principais categorias de anunciantes do Twitter também sofreu uma queda de 71% nos primeiros seis meses do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo dados da MediaRadar.

A maior queda registou-se no setor dos seguros (a segunda principal categoria anunciante da rede social) com um decréscimo 96%. Segue-se o investimento publicitário de empresas de tecnologia (-92%), de jogos online (-85%) e de moedas digitais (-78%).

Quanto a empresas em específico, houve as que cortaram o investimento publicitário na totalidade, como a Progressive, a Crypto.com ou a Pernod-Ricard, ou que ficaram muito perto disso, como a Coca-Cola (-99%) e a AT&T (-96%).

No entanto, Linda Yaccarino, a nova CEO do X, revelou recentemente à CNBC que alguns destes grandes anunciantes já regressaram à plataforma, incluindo marcas como a Coca-Cola ou a Visa, em resultado do seu envolvimento direto com responsáveis de marketing e comunicação das marcas.

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“Estimular a paixão pela leitura não tem preço”. Palácio de Cristal recebe mais uma edição da Feira do Livro do Porto

A Feira do Livro no Porto vai contar com 108 editoras, livreiros e alfarrabistas. Manuel António Pina é o autor homenageado desta décima edição.

Os jardins do Palácio de Cristal voltam a receber, a partir desta sexta-feira, mais uma edição da Feira do Livro do Porto. Esta décima edição conta com 108 editoras, livreiros e alfarrabistas, distribuídos por 130 pavilhões. São esperados mais de 160 mil visitantes no evento que representa um investimento de 650 mil euros da Câmara Municipal do Porto.

“O Porto tem, desde 2014, um evento cultural que promove, simultaneamente, a divulgação editorial, o debate de ideias em torno da literatura, da cultura e dos temas do mercado livreiro, a valorização da memória das letras portuenses, sem deixar de acolher, ano após ano, milhares de pessoas, de todas as gerações e todas as origens, e de estimular a paixão pela leitura”, diz Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, em declarações ao ECO/Local Online.

Para a autarquia, liderada por Rui Moreira, este evento, com entrada gratuita, faz parte da estratégia política e cultural do município do Porto; “é uma forma de estimular a paixão pela leitura” e “isso não tem preço”.

Questionado se os portugueses estão mais recetivos à leitura, o município portuense responde que os “valores relativos às vendas de livros em Portugal são promissores” ao “registar-se um aumento gradual desde a pandemia”.

O livro não morreu e está longe disso. É fundamental garantir que o livro se mantém vivo e adotar medidas concretas que incentivem os portugueses a continuar a ler, e, acima de tudo, a ler mais. Por exemplo, tornar o preço dos livros mais acessível e rever o programa curricular de português nas escolas, de forma a torná-lo mais cativante para os jovens através de uma postura de modernidade”, refere o município do Porto.

O livro não morreu e está longe disso. É fundamental garantir que o livro se mantém vivo e adotar medidas concretas que incentivem os portugueses a continuar a ler, e, acima de tudo, a ler mais.

Câmara Municipal do Porto

A autarquia realça ainda que existe o estigma que os “jovens não leem”, mas está convicta que os “jovens não perderam o interesse nos livros” e justifica que “fenómenos como o BookTok (a vertente literária do TikTok), cuja influência se refletiu no segmento 16-25 e potenciou as vendas de Young Adult em Portugal (…) Os hábitos de leitura podem estar a mudar, mas existem e vão continuar a existir”, afirma o município portuense.

Livreiros, editores e alfarrabistas estão confiantes no sucesso comercial desta edição de 2023, antecipando, apesar da crise, um número de visitantes e de vendas idêntico ao ano passado, de acordo com a Lusa.

O escritor e jornalista Manuel António Pina é o autor homenageado nesta edição da feira literária que termina a 10 de setembro. “A cidade do Porto dedica a Manuel António Pina a 10.ª edição da Feira do Livro do Porto, que tem como mote o título do seu primeiro livro de poemas, “Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde””, realça o município.

A Feira do Livro do Porto pretende “recordar o autor na cidade onde viveu e também promover o seu legado junto de novos públicos, e garantir que a obra de Pina continua a ser admirada”. Segundo a autarquia, “o nome de Manuel António Pina ficará, assim, eternizado na Avenida das Tílias dos Jardins do Palácio de Cristal, juntando-se ao leque de autores que, desde 2014, foram homenageados no evento, como Ana Luísa Amaral, Vasco Graça Moura, Agustina Bessa Luís, Mário Cláudio, Sophia de Mello Breyner Andersen, José Mário Branco, Eduardo Lourenço, Leonor de Almeida e Júlio Dinis”.

Para Rui Moreira, Pina é “um dos maiores escritores portugueses da sua geração e que sempre dignificou a cidade do Porto. A sua obra representa um legado inestimável para a cultura portuguesa”.

O programa contempla ainda 20 conversas, 21 concertos, quatro sessões de cinema, cinco sessões de comédia e 58 atividades para crianças e famílias.

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Bairrada antecipa acréscimo de 10% na produção de vinho

  • Lusa
  • 24 Agosto 2023

Estimativas são válidas tanto para os brancos, cuja vindima começa geralmente duas semanas antes da colheita das outras uvas, como para os tintos.

A produção de vinhos na região da Bairrada promete ser de boa qualidade e com um acréscimo nas quantidades a rondar os 10%, de acordo com as previsões da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB). O presidente da CVB, Pedro Soares, disse esta quinta-feira à agência Lusa que estas estimativas são válidas tanto para os brancos, cuja vindima começa geralmente duas semanas antes da colheita das outras uvas, como para os tintos.

“A vindima dos brancos começou há perto de 15 dias”, adiantou, salientando que estas uvas “são a base espumante“, produto que continua a ser uma das grandes apostas dos vitivinicultores da região demarcada da Bairrada, que abrange municípios dos distritos de Aveiro e Coimbra.

Quanto à quantidade na colheita de brancos, “as perspetivas são boas, com 10% a mais do que em 2022″, sublinhou Pedro Soares à Lusa, para realçar igualmente que “a qualidade das uvas é muito boa“.

Nos tintos, cuja vindima está agora a começar, a nossa expectativa é a de que seja também uma boa colheita”, com um aumento de 10% no volume de uvas levadas para a fermentação, relativamente ao ano passado, referiu.

A CVB ainda não dispõe de dados que permitam avaliar o eventual impacto negativo do calor excessivo dos últimos dias na produção de uvas, o que deverá ser possível “lá mais para a próxima semana”, segundo o mesmo responsável.

A certificação dos vinhos da região com denominação de origem controlada (DOC) é da responsabilidade da Comissão Vitivinícola da Bairrada, com sede em Anadia, distrito de Aveiro.

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Emprego no setor da cultura cresce mais em Portugal do que na UE

Depois de ter caído no primeiro ano da pandemia, o emprego no setor cultural tem estado em recuperação e em 2022 voltou a aumentar no conjunto da UE. Portugal conseguiu crescimento superior à média.

O número de pessoas empregadas no setor da cultura voltou a aumentar no último ano. E, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, o crescimento registado em Portugal superou mesmo a média da União Europeia (UE). Por cá, o emprego cultural engordou mais de 5%, o que compara com a subida de 4,5% verificada no conjunto do espaço comunitário.

“Em 2022, o setor cultural na União Europeia empregou 7,7 milhões de pessoas, o que representa 3,8% do emprego total. Em comparação com 2021, houve um aumento de 4,5%“, sublinha o gabinete de estatísticas, num destaque publicado na manhã desta quinta-feira.

No último ano, o emprego na cultura aumentou em 19 dos Estados-membros da UE, tendo as subidas mais significativas sido registadas no Chipre (21,5%), Luxemburgo (14,5%) e a Irlanda (14%).

Portugal também aparece entre os países onde o número de empregos culturais aumentou: em 2022, esse setor deu emprego a 197,8 mil indivíduos por cá, acima dos 187,7 mil postos de trabalho registados no ano anterior.

Contas feitas, houve um aumento de 5,4% do emprego na cultura em Portugal, variação que supera a média comunitária, ainda que fique longe dos melhores desempenhos verificados entre os vários Estados-membros.

Por outro lado, o emprego no setor cultural representou em Portugal 4% do emprego total, mais 0,1 pontos percentuais do que no ano anterior e mais 0,2 pontos percentuais do que a média da União Europeia.

Já em contraste, em oito países da UE o emprego na cultura recuou. A Bulgária (-7,7%), a República Checa (-7,3%) e a Croácia (-6,3%) registaram as maiores descidas.

Fosso entre géneros diminui

O destaque publicado pelo Eurostat deixa ainda perceber como está a evoluir o fosso entre géneros no que diz respeito ao emprego na cultura. E há boas notícias a divulgar: em 2022, o setor cultura registou o menor fosso de emprego entre elas e eles de sempre, com “uma diferença de apenas 1,6 pontos percentuais”.

Por outras palavras, no último ano, havia 3,9 milhões de homens empregados na cultura, o equivalente a 50,8% do emprego no setor, e 3,8 milhões de mulheres, o correspondente a 49,2%.

Entre os Estados-membros, Malta destaca-se como o país com o maior fosso de emprego entre géneros: 21,6 pontos percentuais.

Mas há também países onde há mais mulheres do que homens empregadas nesse setor. É o caso da Letónia (26,3 pontos percentuais a favor delas), da Lituânia (25,7 pontos percentuais) e do Chipre (17,1 pontos percentuais).

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Comércio externo dos países do G20 regista contração no segundo trimestre

  • Lusa
  • 24 Agosto 2023

Na União Europeia, as importações contraíram 1,2%, enquanto as exportações de mercadorias diminuíram na Alemanha e na Itália, mas cresceram a um ritmo sólido, embora lento, na França.

As exportações e as importações do conjunto dos países do G20 registaram uma contração no segundo trimestre de 3,1% e 2%, respetivamente, face ao trimestre anterior, revelou esta quinta-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

A queda das exportações e das importações no período em análise ficou a dever-se à fraca procura mundial e à diminuição dos preços das matérias-primas, nomeadamente da energia, justifica a OCDE num relatório sobre o comércio externo do conjunto dos países membros do G20, as nações mais industrializadas do mundo.

Além disso, a queda dos preços da energia contribuiu para a redução do comércio externo na América do Norte, também em termos de valor, realça a OCDE, especificando que as exportações e importações dos Estados Unidos da América sofreram uma contração de 5,7% e 2%, pela mesma ordem, e as exportações canadianas diminuíram 3,7% e as importações permaneceram estáveis.

Na União Europeia, as exportações de mercadorias diminuíram na Alemanha e na Itália, mas cresceram a um ritmo sólido, embora lento, na França, impulsionadas pelas vendas ao exterior de equipamentos de transporte, sobretudo em termos de aeronáutica.

As importações da UE, por seu turno, apresentaram, no segundo trimestre, uma contração de 1,2%, mais uma vez devido, sobretudo, à descida dos preços da energia.

As exportações aumentaram 2,1% no Reino Unido, refletindo as fortes vendas de maquinaria e equipamento de transporte, adianta o relatório.

Além disso a OCDE refere que o comércio de mercadorias apresentou, no período em análise, uma forte contração na Ásia Oriental, com as exportações a caíram 5,7% na China, em parte devido à quebra nas vendas de produtos eletrónicos de consumo.

As importações diminuíram acentuadamente no Japão (menos 8,1%) e na Coreia (menos 7,9%) devido à redução das despesas com a importação de energia, sendo que a queda dos preços dos produtos de base fez baixar as exportações na Austrália e na Indonésia.

O relatório refere, por último, que as previsões preliminares apontam para um abrandamento acentuado do comércio de serviços do G20 no segundo trimestre, face ao primeiro trimestre do ano, estimando-se que em valor as exportações de serviços tenham crescido 0,2% e as importações tenham recuado 0,6%.

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Veja como vão ser os acessos às novas estações do metro de Lisboa (nas Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo)

Fique a conhecer o exterior das três novas estações subterrâneas da Linha Vermelha: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo. Obras devem ficar concluídas em 2026.

O Metropolitano de Lisboa divulgou imagens em 3D daquilo que será o exterior das três novas estações subterrâneas da Linha Vermelha: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo. A expansão da Linha Vermelha, que inclui também a estação de Alcântara, que será à superfície, representa um investimento de 405 milhões de euros e uma extensão de cerca de quatro quilómetros. A obra deverá começar este ano e as estações devem entrar em funcionamento em 2026.

A estação Campolide/Amoreiras com uma profundidade de 18,5 metros e cinco pontos de acesso, ficará localização ao longo da Rua Conselheiro Fernando Sousa, próximo do cruzamento desta com a Av. Engenheiro Duarte Pacheco.

Já a estação Campo de Ourique, com uma profundidade de 31 metros, ficará sob o Jardim Teófilo Braga, mais conhecido como Jardim da Parada. Vai contar com dois pontos de acesso na Rua Almeida e Sousa, próximo do cruzamento da Rua Ferreira Borges e na Rua Francisco Metrass. O Metropolitano de Lisboa avança ainda que “dois elevadores serão as únicas estruturas emergentes no Jardim da Parada quando a estação abrir ao público e ficarão localizados onde hoje se encontram as instalações sanitárias”.

A uma profundidade de 29,5 metros vai ficar a estação Infante Santo, que ficará localizada entre a Avenida Infante Santo e a Calçada das Necessidades e contará com dois pontos de acesso: um na avenida Infante Santo e outro na zona alta da Infante Santo.

A expansão da Linha Vermelha contará ainda com a futura estação Alcântara que será à superfície. “A estação Alcântara constitui um interface que se desenvolve em 3 níveis: piso superior onde funcionará o cais do Metro; piso intermédio onde funciona o átrio da estação e piso inferior onde funcionará o cais do LIOS (Linha Intermodal Sustentável), promovendo a ligação ao concelho de Oeiras”, adianta o Metropolitano de Lisboa.

Viaduto da futura estação AlcântaraMetropolitano de Lisboa

O metropolitano de Lisboa estima “que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos atuais utilizadores do transporte coletivo”, o que corresponde a “menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente”.

O investimento calculado neste prolongamento da Linha Vermelha encontra-se previsto no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026 e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros.

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Taxas Euribor descem nos três principais prazos

  • Lusa
  • 24 Agosto 2023

As Euribor desceram esta quinta-feira a três, seis e a 12 meses em relação a quarta-feira.

As taxas Euribor desceram esta quinta-feira a três, seis e a 12 meses em relação a quarta-feira, os três principais prazos para referência no crédito à habitação:

  • Euribor a 12 meses: atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e desceu para 4,048%, menos 0,034 pontos do que na quarta-feira.
  • Euribor a seis meses: desceu 0,021 pontos relativamente a quarta-feira, para 3,932%.
  • Euribor a três meses: também desceu para 3,784%, menos 0,042 pontos do que na quarta-feira.

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Associação ambientalista acusa Governo de prometer e não cumprir nas restrições ao óleo de palma

  • Lusa
  • 24 Agosto 2023

Zero acusou o Governo de prometer e não cumprir nas restrições ao uso do óleo de palma nos biocombustíveis, considerando que "a grande ambição de Portugal" virou "uma completa desilusão".

A associação ambientalista Zero acusou o Governo de prometer e não cumprir nas restrições ao uso do óleo de palma nos biocombustíveis, considerando que nesta matéria “a grande ambição de Portugal” virou “uma completa desilusão”.

“Assinala-se hoje, 24 de agosto, 600 dias após a data indicada pelo governo português para a restrição da comercialização e produção de combustíveis ou biocombustíveis que contenham óleo de palma“, começa por dizer a associação em comunicado, acrescentando que a promessa foi incluída no Orçamento do Estado de 2021 sem ter sido concretizada, e que é também um compromisso da Lei de Bases do Clima.

A Comissão Europeia já tinha em 2019 dado “um sinal forte” para a necessidade de se abandonar o uso de culturas alimentares para a produção de biocombustíveis, incluindo desde logo o óleo de palma, por a cultura estar a levar à destruição de ecossistemas ricos em carbono, como as turfeiras ou as florestas tropicais, ameaçando mesmo o habitat do orangotango.

Lembra a Zero que a nível europeu se estabeleceu um abandono progressivo, até 2030, do óleo de palma na produção de biodiesel, um calendário que poderia ser antecipado. Portugal foi logo um dos países que se comprometeu em abandonar o óleo de palma a curto prazo, mas a associação considera que “a grande ambição de Portugal no pelotão europeu virou uma completa desilusão”.

No comunicado, e citando dados públicos, a associação refere que nos últimos quatro anos houve no setor dos biocombustíveis “uma ligeira redução na produção nacional na ordem dos 13% e um forte incremento das importações, com uma subida de 900%” (biocombustíveis para incorporação no gasóleo e na gasolina).

Afirmando que na produção de biodiesel a aposta em Portugal é essencialmente no FAME, um biodiesel que utiliza na sua produção óleos vegetais virgens, óleos alimentares usados ou gordura animal, a Zero acrescenta, citando os números oficiais, que “tem existido uma evolução muito positiva no abandono da utilização de óleos alimentares virgens como a soja, colza e palma“, e uma aposta crescente na utilização de matérias-primas residuais (como óleos alimentares usados).

Mas, alerta, há “um senão”, que é a dependência da importação: em Portugal a recolha de óleos alimentares usados só garante 10% das necessidades, sendo os restantes importados de mais de 40 países (mais de 600.000 metros cúbicos nos últimos quatro anos). E essa importação, diz a Zero, “levanta sempre muitas dúvidas quanto a eventuais esquemas de fraude”.

A Zero manifesta-se também preocupada com a questão da transparência dos dados sobre biocombustíveis, lamentando que o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) tenha publicado em maio de 2023 o relatório de 2021 e mesmo assim com falta de “dados fundamentais”, especialmente sobre as importações, para se escrutinar a aplicação da legislação.

Esta situação é tão mais grave quando existem suspeitas de fraude com o comércio de matérias-primas, nomeadamente residuais que podem estar a ser adulteradas, de forma a beneficiarem de um enquadramento fiscal mais favorável e de subsidiação, assim como de biocombustíveis importados para a Europa, que podem colocar em causa toda uma boa intenção de utilização de energias renováveis e redução de emissões implícita na Diretiva das Energias Renováveis”, alerta a Zero.

A associação pede que se se abandone de imediato, e não até 2030, o óleo de palma, dando resposta às promessas não cumpridas do Governo. E que se faça um “escrutínio sério sobre o mercado dos biocombustíveis”, tornando pública em tempo útil a informação sobre produção e importação.

Deverá ainda haver, diz, um mecanismo europeu de rastreabilidade, que garanta de forma clara a existência de informação sobre percurso de matérias-primas e biocombustíveis ao longo de toda a cadeia de abastecimento.

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Lucro do Crédito Agrícola quase triplica para 174 milhões até junho

Margem financeira do banco duplicou no primeiro semestre do ano, superando os 330 milhões de euros, compensando descida dos resultados nos seguros e perdas nos fundos imobiliários.

O lucro do Crédito Agrícola quase triplicou no primeiro semestre do ano. Atingiu um resultado líquido de 174,1 milhões de euros entre janeiro e junho, o que corresponde a um aumento de 170% em relação ao mesmo período do ano passado.

Tal como aconteceu nos outros bancos, também o grupo liderado por Licínio Pina beneficiou e muito da subida das taxas de juro. No caso do Crédito Agrícola, a margem financeira — que resulta da diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — disparou para 334,4 milhões de euros, mais do dobro do que havia registado há um ano.

De acordo com o banco, a taxa da margem financeira situou-se nos 2,80%, comparando com 1,28% do período homólogo. Em média, os seus ativos (sobretudo empréstimos) renderam uma taxa de 2,94%, enquanto pagou 0,14% de taxa média nos passivos (sobretudo depósitos).

O aumento da margem mais do que compensou a quebra no negócio dos seguros, onde a margem técnica recuou 35,7% para 43,3 milhões.

Com as comissões a subirem 16% para 78,3 milhões, o grupo registou um produto bancário de 456 milhões de euros, um aumento de 57,9% face ao primeiro semestre do ano passado.

O negócio do banco foi assim o grande responsável pelos lucros consolidados do grupo: contribuiu com 156,6 milhões de euros, disparando 374,6% em relação ao período homólogo, enquanto as empresas seguradoras (CA Vida e Seguros) viram o resultado cair 68,4% para 8,1 milhões e os fundos imobiliários tiveram um prejuízo de 6,1 milhões.

Crédito e depósitos em queda

O Crédito Agrícola também não escapou às grandes tendências do setor no que diz respeito ao crédito e aos depósitos, que contraíram em resultado do ambiente de aumento brusco das taxas de juro.

Em relação à carteira de crédito, registou um decréscimo de 0,1% para 11,97 mil milhões de euros, com o crédito às famílias a recuar 1,5% para 5,03 mil milhões de euros, uma evolução justificada em parte por 132,8 milhões de amortizações antecipadas do empréstimo da casa. O crédito às empresas e setor público aumentou 0,8% para 6,93 mil milhões.

Os recursos de clientes sob a forma de depósitos caíram 3,0% para 19,8 mil milhões de euros, menos 611 milhões em relação a dezembro. O que acontece é que muitas famílias utilizaram os depósitos para pagar o crédito da casa antes do tempo ou para investir nos Certificados de Aforro. O Crédito Agrícola diz, no entanto, que a partir de março já começou a contrariar a tendência.

O banco chegou ao final de junho com um rácio de transformação de depósitos em crédito nos 57%.

Quanto à qualidade da carteira de crédito, o rácio de malparado agravou-se em 0,3 pontos percentuais para 5,4%, o que traduz um aumento de 44 milhões de euros. O malparado ascendia a 629,9 milhões no final de junho. Para estes NPL (non performing loans) o Crédito Agrícola tinha de lado 384,4 milhões de euros, conferindo um grau de cobertura por imparidades de 61%.

Em termos de solvabilidade, o Crédito Agrícola regista rácios de capitais próprios de nível 1 (CET1) e de fundos próprios totais de 21,2%, acima dos níveis mínimos requeridos pelos reguladores.

(Notícia atualizada às 10h53)

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Grupo dos BRICS vai passar a integrar mais seis países

  • Lusa
  • 24 Agosto 2023

O bloco de países representa atualmente mais de 42% da produção mundial e deve mudar a economia mundial até 2030, sendo os maiores parceiros comerciais de África.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou esta quinta-feira a entrada da Argentina, Egito, Etiópia, Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos no grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“Decidimos convidar a República da Argentina, a República Árabe do Egito, a República Federal da Etiópia, a República Islâmica do Irão, o Reino da Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, para serem membros de pleno direito, efetivo a partir de 1 de janeiro de 2024“, anunciou.

O líder sul-africano falava em conferência de imprensa conjunta, em Sandton, sobre o resultado das deliberações da 15.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS, terminada esta quinta-feira, em Joanesburgo, África do Sul.

Ramaphosa disse que os líderes BRICS adotaram a declaração “Joanesburgo II” da 15.ª Cimeira dos BRICS.

O bloco representa atualmente mais de 42% da produção mundial e deve mudar a economia mundial até 2030, sendo os maiores parceiros comerciais de África.

Nos últimos dois dias, chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estiveram envolvidos em conversações sobre vários temas, incluindo o reforço da cooperação de segurança, energética, comercial, económica, social.

Brasil, Índia e África do Sul estiveram representados pelos respetivos chefes de Estado na cimeira dos BRICS, que decorreu entre 22 e 24 de agosto.

A Rússia, que também integra o bloco, esteve representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov.

Cerca de 1.500 líderes empresariais de vários países participaram no Fórum empresarial do bloco, segundo o presidente sul-africano.

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Preço do gás na Europa cai até 21% após alívio dos receios com fornecimento da Austrália

Preço de referência do gás na Europa registou a maior queda desde março de 2022, mantendo-se volátil, perante um alívio dos receios com possíveis constrangimentos no GNL australiano.

O preço do contrato de gás natural que serve de referência para o mercado europeu caiu até 21% esta quinta-feira, o maior trambolhão desde março de 2022, perante sinais de que uma disputa laboral na maior unidade de exportação de gás natural liquefeito (GNL) pode ter uma solução à vista.

Segundo a Bloomberg, a Offshore Alliance, que junta dois grandes sindicatos que representam trabalhadores da unidade de GNL North West Shelf, do grupo Woodside Energy, disse estar a considerar uma “oferta forte” apresentada pela empresa, depois de mais uma ronda negocial que se prolongou madrugada dentro.

Os trabalhadores têm ameaçado com greves que podem ter impacto em cerca de um décimo do mercado mundial de GNL. Assim, a notícia alivia as preocupações em torno de uma das três greves que estão em cima da mesa.

Uma paralisação prolongada das unidades australianas, que abastecem o mercado asiático, poderia desviar da Europa o GNL dos EUA e do Qatar, explica a agência. É por isso que os preços do gás natural no mercado europeu têm enfrentado forte volatilidade neste último mês.

Entretanto, o preço de referência do gás natural na Europa já recuperou parcialmente desde essa queda. Pelas 9h00, os futuros do TTF para entrega em setembro seguiam a cair 11,79%, para 32,45 euros/MWh (megawatt-hora), de acordo com dados da plataforma Barchart.

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Sócio da Kyaia quer “calçar” Europa com nova marca de calçado ecológica

Além de criar produtos sustentáveis, a marca de calçado, liderada por Amílcar Monteiro, quer minimizar o impacto ambiental. Lançada há menos de um mês, a a.li.ás já conquistou clientes europeus.

Amílcar Monteiro, sócio do grupo Kyaia, acaba de lançar, juntamente com o filho João Monteiro, a a.li.ás, uma nova marca de calçado ecológica que promete “respeitar o meio ambiente, a diversidade e a economia local”. O objetivo passa por afirmar-se no mercado nacional e conquistar países como a Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido.

“Decidimos fazer um projeto diferente. Achamos que seria melhor começar um projeto novo para conseguirmos implementar algumas das ideias diferentes que temos e é assim que nasce a a.li.ás“, conta ao ECO/Local Online João Monteiro — trabalhou na Kyaia, durante uma década, como responsável de uma das marcas do grupo liderado por Fortunato Frederico, a Softinos. A palavra aliás vem do latim e significa “de outra forma” que é exatamente o que a dupla pai e filho pretende fazer num setor tão tradicional como o do calçado.

João e Amílcar Monteiro, fundadores da a.li.ás a.li.ás

Até chegar ao mercado, o projeto demorou cerca de um ano a ser desenvolvido e, numa primeira fase, representou um investimento de cerca de 50 mil euros. Lançada há menos de um mês, a marca já conquistou clientes alemães, espanhóis, italianos e britânicos. A sede da empresa é em Ovar, mas produção é subcontratada em fábricas de Felgueiras.

Alguns dos mercados principais que queremos atacar, nomeadamente a Alemanha, estão muito recetivos a este tipo de produtos e a sustentabilidade já não é uma tendência, mas sim, um tipo de produto estabelecido. Já existe uma base de clientes vocacionados para este tipo de produtos.

João Monteiro

Fundador da a.li.ás

“Alguns dos mercados principais que queremos atacar, nomeadamente a Alemanha, estão muito recetivos a este tipo de produtos e a sustentabilidade já não é uma tendência, mas sim, um tipo de produto estabelecido. Já existe uma base de clientes vocacionados para este tipo de produtos e que estão dispostos a pagar um pouco mais pelas características que estes produtos têm de ter”, explica ao ECO/Local Online João Monteiro.

Desde o processo de produção até a comercialização, a marca adota práticas que visam reduzir a pegada de carbono e promover a sustentabilidade de “ecossistemas fragilizados por décadas de práticas ambientalmente menos conscientes”.

Com foco na sustentabilidade, o processo produtivo da a.li.ás utiliza matérias-primas orgânicas ou provenientes de desperdício industrial. Entre os materiais utilizados o empresário destaca o “bio couro produzido localmente –sem metais ou substâncias nocivas –, o algodão certificado pelos parceiros da Better Cotton Initiative, o Burel — tecido artesanal português proveniente de lã de ovelha da Serra da Estrela –, a borracha natural totalmente reciclável ou a espuma de PU reciclada, refletindo um sério compromisso com o uso ético e sustentável dos recursos naturais”.

João Monteiro realça ainda que nesta área da sustentabilidade é “muito interessante ver que quase de seis em seis meses aparecem, na feira de materiais, uma infinidade de materiais novos que se pode introduzir nas coleções”. Formado em Ciências Políticas e Relações Internacionais, João Monteiro esteve sempre ligado ao calçado. “Nasceu no meio do setor” e desde jovem percebeu que era por este cluster que queria enveredar.

Numa primeira fase, a a.li.ás vende sapatilhas e chinelos, mas um dos objetivos a curto prazo é apostar nas sandálias e botas, revela o jovem empreendedor de 33 anos. Os preços variam entre os 35 euros (chinelos) e os 130 euros (sapatilhas). Os produtos são unissexo e estão disponíveis para venda na loja online da marca e noutros espaços comerciais multimarcas.

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