Governo autoriza o abate de 1.821 sobreiros para construção de parque eólico da EDP Renováveis

O despacho declara "a imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel e da linha elétrica" que a EDP Renováveis se propôs construir na zona de Sines e Santiago do Cacém.

A Parque Eólico de Moncorvo, da EDP Renováveis, pediu ao Governo autorização para abater 1821 sobreiros para poder avançar com a construção de um parque eólico em Sines, tendo obtido luz verde, indica um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República.

A Parque Eólico de Moncorvo quer construir o Parque Eólico de Morgavel e instalar uma linha elétrica a 400 quilovolts (kV) de interligação à subestação da Sines. Para isso, solicitou o abate dos 1.821 sobreiros, que se estendem por 32,22 hectares entre em várias freguesias de Sines e Santiago do Cacém.

O despacho “declara a imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel (PEM) e da linha elétrica”, argumentando que foram equacionadas alternativas no momento de Avaliação de Impacte Ambiental, tendo a comissão responsável decidido que o projeto se encontrava em conformidade ambiental.

O despacho refere ainda que os proprietários apresentaram também a autorização para o abate dos Sobreiros e que a Câmara Municipal de Sines emitiu uma declaração reiterando o interesse do município na instalação da central eólica.

A empresa promotora do projeto comprometeu-se a avançar com medidas compensatórias que passam pela arborização, num misto de sobreiros e medronheiros, numa área de 50,07 hectares. Além disso, vai “beneficiar as infraestruturas já existentes” na área do Perímetro Florestal de Conceição de Tavira.

O abate dos 1.821 sobreiros está condicionado à aprovação e implementação do projeto de compensação e respetivo plano de gestão, e ao cumprimento das eventuais condicionantes apresentadas pela entidade licenciadora da obra, conclui o despacho, assinado pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

O Parque Eólico de Morgavel recebeu, em setembro de 2020, um parecer “favorável condicionado” da Agência Portuguesa do Ambiente. No resumo não técnico, lê-se que está prevista a construção de 15 aerogeradores e plataformas de apoio, uma subestação elétrica, linhas elétricas internas a 30 kV (enterradas e aéreas), caminhos de acesso internos e, como projeto associado, uma linha elétrica aérea a 400 kV para ligação à subestação Elétrica REN de Sines.

Foi em fevereiro deste ano que a Autoridade da Concorrência (AdC) comunicou que não se opunha à compra pela EDP Renováveis da empresa Parque Eólico de Moncorvo, a qual se dedicava a conceber e implementar o parque eólico de Morgavel, no concelho de Sines.

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Concorrência autoriza compra da Amper e central fotovoltaica da Amareleja pela Acciona

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Com esta aquisição, a Acciona passa a deter a totalidade da operação da central, comprando a participação que se encontrava na Diamond Generating Europe, subsidiária da Mitsubishi.

A Autoridade da Concorrência (AdC) autorizou a compra total da Amper, empresa ativa na produção energética e que explora a central fotovoltaica da Amareleja, pela Acciona Energía, considerado que a operação não cria entraves no mercado nacional.

O Conselho de Administração da AdC deliberou, a 20 de julho deste ano, “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, dado que “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”, esclarece a entidade num comunicado divulgado no site.

A Acciona, sociedade do grupo empresarial espanhol Grupo Acciona notificou, a 22 de junho, a AdC da compra da Amper, empresa ativa na produção energética e que explora a central fotovoltaica da Amareleja.

“A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pela Acciona Energía Internacional, S.A. (“Acciona”), do controlo exclusivo da Amper Central Solar, S.A. (“Amper”), através da aquisição de 34,4% das suas participações sociais à Diamond Generating Europe, Ldt”, lia-se no aviso publicado no portal da AdC, que dava conta da notificação ter sido feita a 7 de junho e com produção de efeitos a 19 de junho.

A compradora é detida pelo Grupo Acciona, grupo empresarial espanhol que se encontra ativo no desenvolvimento e gestão de soluções de infraestruturas, projetos imobiliários, serviços urbanos e ambientais e desenvolvimento e gestão de projetos no domínio das fontes de energia renováveis.

Já a energética Amper foi criada para gerir a central solar da Amareleja, que entrou em operação em 2008 e que tem uma capacidade instalada próxima de 46 megawatt-pico.

Com esta aquisição, a Acciona passa a deter a totalidade da operação da central, comprando a participação que se encontrava na Diamond Generating Europe, subsidiária da Mitsubishi.

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Dívida pública cai pela primeira vez para níveis anteriores à troika

Dívida pública estabilizou em junho, nos 280,1 mil milhões após aumento de 7,5 mil milhões na primeira metade do ano. Mas o peso em relação ao PIB caiu para o valor mais baixo desde março de 2011.

A dívida pública caiu pela primeira vez para níveis anteriores à troika. Chegou a junho nos 111,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o valor mais baixo desde março de 2011, quando Portugal estava a ser pressionado pelos mercados e um mês antes do anúncio do pedido de assistência financeira internacional.

Em termos absolutos, o endividamento público estabilizou nos 280,1 mil milhões de euros em junho, correspondendo a um aumento de apenas 100 milhões em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal. Em relação a dezembro do ano passado deu um salto significativo de 7,5 mil milhões, refletindo a corrida das famílias aos Certificados de Aforro. Uma trajetória de subida que será corrigida em outubro, quando Portugal tiver de devolver um cheque de 9,4 mil milhões aos investidores, relativo a uma linha de obrigações do Tesouro que vence naquele mês.

Ainda assim, a força da economia na primeira metade do ano ajudou a baixar o peso da dívida pública em relação ao PIB para mínimos de mais de 12 anos, embora a dívida pública absoluta se tenha mantido perto do registo máximo histórico de 280,4 mil milhões, observado em maio do ano passado.

Por outro lado, em relação ao pico de 138,2% do PIB atingido em março de 2021, em plena pandemia, já baixou 27 pontos percentuais e as perspetivas do Governo apontam para que continue a cair nos próximos anos.

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Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, revelou que deverá baixar da fasquia dos 100% no próximo ano, tirando Portugal do grupo das economias mais endividadas da Zona Euro. De resto, no primeiro trimestre do ano, Portugal registou a terceira maior queda da dívida pública e colou-se à Espanha e França.

Atualmente, a taxa das obrigações portuguesas a dez anos transaciona nos 3,243%, abaixo da taxa espanhola (3,522%) e italiana (4,115%), por exemplo, e com um prémio de risco (spread) de 77,2 pontos base em relação à dívida alemã.

A dívida pública traduz o nível de endividamento das administrações públicas e compreende as suas responsabilidades face aos restantes setores residentes da economia e do resto do mundo.

Segundo o Banco de Portugal, os depósitos das administrações públicas aumentaram 1,1 mil milhões de euros em junho. Pelo que, deduzida desses depósitos, a dívida pública líquida registou uma diminuição de mil milhões para 255,4 mil milhões.

(Notícia atualizada às 11h39)

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Uma app que quer os portugueses felizes

  • Conteúdo Patrocinado
  • 1 Agosto 2023

Um insight que levou à criação do Poupa Shaker e que desafiou os portugueses a dançar para terem acesso a promoções personalizadas todos os dias.

Esta é apenas uma das vertentes criativas da app “O Meu Pingo Doce”, desenvolvida pela Bliss Applications, que Gonçalo Menezes, do Pingo Doce, Diogo Cunha e Samir Valimamede, da Bliss, dão a conhecer nesta conversa que vai desde a estratégia ao produto digital.

 

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Contribuintes que pagaram em maio a totalidade do IMI baixou face a 2022

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Mais de 550 mil contribuintes optaram por pagar a totalidade do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) em maio, dispensando o pagamento faseado.

Mais de 550 mil contribuintes optaram por pagar a totalidade do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) em maio, dispensando o pagamento faseado, segundo dados Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), mas o número recuou face ao ano passado.

“No mês de maio, 556.011 contribuintes efetuaram o pagamento antecipado de IMI relativo a 2022”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial da AT.

O número é inferior ao verificado no ano passado (para o IMI relativo a 2021), quando 580.811 notas de liquidação de valor acima dos 100 euros foram pagas logo em maio.

O Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) é pago de uma vez só, durante o mês de maio, quando o seu valor é inferior a 100 euros, mas é desdobrado em duas ou três prestações (pagas em maio e novembro ou maio, agosto e novembro) quando o seu valor oscila entre, respetivamente, os 100 e os 500 euros ou supera os 500 euros.

Porém, há já quatro anos que a primeira nota de liquidação inclui uma referência de pagamento para a totalidade do imposto, podendo os contribuintes com valores acima dos 100 euros ‘arrumar’ as contas do IMI durante o mês de maio, dispensando, assim, o pagamento fracionado.

Segundo dados do fisco, este ano foram emitidas 4.082.440 liquidações de IMI, sendo 916.359 de valor até 100 euros.

Neste total há ainda 2.486.548 com valores de imposto entre os 100 e os 500 euros e 679.533 acima dos 500 euros, sendo que neste último caso o prazo para os contribuintes pagarem o imposto arrancou hoje e termina em 31 de agosto.

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Autocarros da Busway começam a circular nos 11 municípios da região de Aveiro

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro vai comparticipar, anualmente, em cerca de 1,2 milhões de euros os encargos do novo operador de transporte de passageiros.

O novo serviço público de transporte de passageiros na região de Aveiro, concessionado à empresa Busway, do grupo israelita Afifi, arranca esta terça-feira com a ativação de um total de 111 linhas, a percorrer 3.200.000 quilómetros pelos 11 municípios da região de Aveiro.

No total, serão 74 linhas municipais, 17 intermunicipais e 20 interregionais, servidas por uma frota de 120 autocarros, entre os quais cinco veículos elétricos e/ou híbridos, com serviços de entretenimento/informação e Wi-Fi a bordo, com uma idade média de cinco anos.

“Através do reforço da oferta na ordem de 423.000 quilómetros anuais face à base atual, que foi atualizada e complementada, teremos uma nova rede de carreiras de serviço público regular ajustada às necessidades de procura de transporte público da população“, refere uma nota divulgada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA).

A rede está equipada com sistemas tecnológicos que permitem informação em tempo real e fidedigna aos passageiros, através de uma aplicação que permite saber o ponto exato onde estão os autocarros e quanto tempo falta até chegarem a uma determinada paragem.

Através do reforço da oferta na ordem de 423.000 quilómetros anuais face à base atual, que foi atualizada e complementada, teremos uma nova rede de carreiras de serviço público regular ajustada às necessidades de procura de transporte público da população.

Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA)

Fonte da CIRA disse à Lusa que a app, que estará disponível tanto para Android como iOS, deverá começar a funcionar durante o mês de agosto.

Os postos de venda e carregamento de bilhetes/passes estão distribuídos pelos 11 municípios da CIRA, tendo a BusWay uma linha de apoio gratuita disponível para esclarecimento de dúvidas (800 10 10 12) e um site dedicado para o mesmo efeito.

A Busway vai assegurar os transportes municipais e intermunicipais nos 11 municípios da CIRA, excetuando o concelho de Aveiro, onde os transportes municipais continuarão a ser assegurados pela Aveirobus/Transdev.

No âmbito do novo contrato de concessão assinado com a empresa Nateev Express, do grupo israelita Afifi, a CIRA irá pagar cerca de 1,2 milhões de euros por ano para comparticipar os encargos do novo operador, que irá assegurar o serviço durante os próximos cinco anos.

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Euribor sobem a 3, 6 e 12 meses, após médias mensais terem voltado a avançar em julho

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

As taxas Euribor subiram a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, depois de as taxas médias mensais terem voltado a avançar em julho nos três prazos.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda, depois de as taxas médias mensais terem voltado a avançar em julho nos três prazos.

As taxas médias das Euribor subiram para 3,672% a três meses, 3,942% a seis meses e 4,149% a 12 meses em julho, ou seja mais 0,136 pontos percentuais, 0,117 pontos e 0,142 pontos percentuais do que as de junho, respetivamente.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 4,076%, mais 0,012 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, também avançou para 3,948%, mais 0,019 pontos do que na segunda-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 3,723%, mais 0,008 pontos, depois de ter atingido um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,725%, em 28 de julho. A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 04 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

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Taxa de desemprego na Europa estável nos 6,4%

Em junho havia mais de 12 milhões de pessoas desempregadas na União Europeia, das quais dez milhões na Zona Euro. Taxa de desemprego em Portugal em linha com Zona Euro.

Em junho, a taxa de desemprego na Zona Euro (composta pelos 20 países da UE que utilizam a moeda única) foi de 6,4%, idêntica à apurada no passado mês de maio e abaixo dos 6,7% registados em junho do ano passado. Na União Europeia (UE), a taxa de desemprego fixou-se nos 5,9%, abaixo em 0,2 pontos percentuais (p.p) da registada em junho de 2022, e também estável face a maio deste ano, revelam esta terça-feira os dados do Eurostat. Em Portugal, a taxa de desemprego estabilizou nos 6,4%.

Segundo estima o gabinete de estatística europeu, em junho havia mais de 12 milhões de pessoas desempregadas na União Europeia em junho, das quais dez milhões na Zona Euro.

Fonte: Eurostat

Entre os Estados-membros da UE, Espanha (11,7%), Grécia (11,1%), Suécia e Lituânia (7,5%) tinham a maiores taxas de desemprego em junho. Por outro lado, Malta (2,6%), República Checa e Polónia (2,7%) e Alemanha (3%) tinham as taxas menores.

Já Portugal registou em junho uma taxa de desemprego 6,4%, em linha com a Zona Euro. O valor mantém-se face ao apurado em maio, mas é superior, em 0,4 pontos percentuais, relativamente ao registado no período homólogo. Em junho, 336.500 pessoas estavam desempregadas no país, de acordo com os dados do INE apresentados na segunda-feira.

Mais de 2.700 milhões de jovens desempregados na UE

No que toca ao desemprego jovem, 2.739 milhões de jovens com menos de 25 anos estavam desempregados na União Europeia em junho, dos quais 2.204 milhões pertencentes à Zona Euro. Face a maio deste ano, há mais 28 mil jovens na UE desempregados e menos 31 mil jovens na Zona Euro nessa situação. Já comparativamente a junho de 2022, o desemprego jovem há menos 16 mil jovens desempregados na UE e menos 81 mil na Zona Euro.

Neste contexto, a taxa de desemprego jovem era de 14,1% na UE e de 13,8% na Zona Euro, respetivamente acima e abaixo dos 14% registados em ambas as regiões no mês anterior.

Em Portugal, segundo as estimativas provisórios do INE, no período, 66.800 jovens estavam desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 17,2%, valor que, pese embora o recuo de 1,5 p.p. face a maio e 1,9 p.p. em relação ao período homólogo, está acima tanto da Zona Euro, como da UE.

Uma análise por género permite concluir que as mulheres eram as mais penalizadas. A taxa de desemprego das mulheres era de 6,1% na União Europeia, enquanto a taxa de desemprego dos homens na UE era de 5,7%. Tanto uma como a outra estão estáveis face a maio de 2023.

Na Zona Euro, por sua vez, a taxa de desemprego das mulheres foi de 6,7% e a dos homens foi de 6,1%, também sem alterações relativamente ao mês anterior.

(Notícia atualizada com mais informação às 10h58)

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Petrolífera BP passa de prejuízo a lucro de 10 mil milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

BP anunciou que teve um lucro de 10.010 milhões de dólares até junho, depois de um prejuízo de 11.127 milhões de dólares no mesmo período de 2022.

A BP anunciou esta terça-feira que teve um lucro de 10.010 milhões de dólares (9.099 milhões de euros) até junho deste ano, depois de um prejuízo de 11.127 milhões de dólares (10.114 milhões de euros) no mesmo período de 2022. O prejuízo registado até junho do ano passado deveu-se à saída da BP do capital da petrolífera russa Rosneft.

Em comunicado enviado à Bolsa de Londres, a petrolífera britânica refere ainda que teve um lucro de 1.792 milhões de dólares entre abril e junho deste ano, menos 78,1% do que no trimestre anterior — janeiro a março –, devido à queda dos preços do petróleo.

Indica ainda que o seu lucro antes de impostos atingiu os 15.341 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano, contra um prejuízo bruto de 3.477 milhões de dólares no mesmo período do ano passado.

As receitas, por sua vez, atingiram os 106.430 milhões de dólares até junho deste ano, menos 11,8% em relação ao primeiro semestre do ano anterior.

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Comissão Europeia aprova 12 novos padrões para reporte ESG das empresas

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

A Comissão Europeia aprovou uma lista com 12 novos padrões ambientais e sociais, sobre cujo cumprimento as grandes empresas e as cotadas na bolsa devem passar a informar no reporte.

A Comissão Europeia aprovou na segunda-feira uma lista com 12 novos padrões ambientais e sociais, sobre cujo cumprimento as grandes empresas e as cotadas na bolsa devem passar a informar, para evidenciar o seu contributo para uma economia sustentável.

Quanto ao ambiente, a lista tem cinco variáveis, a saber, clima, poluição, água e recursos marinhos, biodiversidade e ecossistemas e, ainda, uso de recursos e economia circular.

No âmbito social, avançam-se as rubricas mão-de-obra própria, trabalhadores na cadeia de valor, comunidades afetadas e consumidores e utilizadores finais.

Estes nove pontos são acrescidos de mais um sobre o comportamento da gestão das empresas e dois outros, transversais, sobre obrigações e informações em geral.

A informação relacionada com estes itens deve integrar os novos relatórios de sustentabilidade, um documento anual em que cada empresa da União Europeia (UE) informa sobre questões relacionadas com o ambiente, o tratamento dos seus trabalhadores, o respeito pelos direitos humanos ou a luta contra a corrupção.

Hoje, todas as empresas da UE consideradas de interesse público e com mais de 500 trabalhadores — sejam cotadas, bancos ou seguradoras — já estão obrigadas a fazer estes relatórios.

A partir de agora, com a entrada em vigor da nova diretiva sobre relatórios de sustentabilidade empresariais, Bruxelas estende esta obrigação a todas as grandes empresas e às cotadas nas bolsas, incluindo as pequenas e médias (PME). Contudo, as PME estão isentas de fazer este documento até 2028.

Mas as grandes empresas, com mais de 500 trabalhadores, que já estão obrigadas a fazer este documento, vão ter de se adaptar e incluir os novos 12 padrões já nos documentos a apresentar em 2024.

A comissária europeia dos Serviços Financeiros, Mairead McGuinness, assegurou, em comunicado, que estes novos padrões configuram uma listagem “ambiciosa”.

Mas a organização não governamental de defesa do ambiente Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em Inglês) expressou a sua desilusão com a listagem final e acusou a Comissão de ter sucumbido à “pressão da indústria”, o que a levou a “minar os padrões dos relatórios de sustentabilidade”.

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Atividade industrial na zona do euro afunda para mínimos de 2020

O índice PMI do setor industrial caiu para 42,7 em julho, face aos 43,4 de junho, o valor mais baixo desde maio de 2020. "Parece que a recessão na indústria transformadora veio para ficar".

A atividade industrial em toda a zona euro contraiu-se em julho a um ritmo mais rápido do que o esperado. O índice PMI do setor industrial caiu para 42,7 em julho, face aos 43,4 de junho, o valor mais baixo desde maio de 2020, de acordo com um inquérito do S&P Global.

“Parece que a recessão na indústria transformadora veio para ficar na zona euro”, afirmou Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, citado pela Reuters. O economista prevê que as “quebras mais fortes na produção, nas novas encomendas e nos volumes de compras no início do terceiro trimestre confirmam que a economia como um todo vai ter um percurso acidentado na segunda metade do ano”.

A procura caiu acentuadamente, apesar de os custos dos fatores de produção — que caíram ao ritmo mais rápido desde meados de 2009 devido ao aumento da concorrência entre fornecedores — terem permitido às fábricas reduzir os seus encargos. O índice de preços na produção caiu de 47,0 para um mínimo de quase 14 anos, 45,0.

“O Banco Central Europeu ficará satisfeito por ver que a deflação dos preços na produção voltou a acelerar, caindo ao ritmo mais rápido em quase 14 anos. No entanto, as preocupações com a inflação dos serviços continuam no topo da agenda”, disse de la Rubia.

Na semana passada, o BCE subiu as taxas de juro pela nona vez consecutiva, mas levantou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionistas mostram sinais preliminares de abrandamento, à medida que as preocupações com a recessão aumentam.

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Moscovo vive terceiro dia consecutivo de ataques de drones

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os sistemas de defesa aérea abateram dois drones, enquanto um terceiro foi "suprimido por guerra eletrónica e caiu na cidade de Moscovo".

Moscovo foi atingida esta madrugada por um ataque noturno de drones ucranianos, pelo terceiro dia consecutivo, que voltou a danificar um edifício de escritórios na capital da Rússia, sem causar feridos.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os sistemas de defesa aérea abateram dois drones, enquanto um terceiro foi “suprimido por guerra eletrónica e caiu na cidade de Moscovo”, em edifícios não residenciais.

“Na noite de 01 de agosto, uma tentativa de ataque terrorista do regime de Kiev com aeronaves aéreas não tripuladas contra instalações na cidade de Moscovo e na região de Moscovo foi frustrada”, explicou um porta-voz do ministério.

O autarca de Moscovo, Sergei Sobianin, confirmou que vários drones que tentavam sobrevoar a capital foram abatidos por sistemas de defesa aérea, apesar de um deles ter atingido um prédio.

“Um drone conseguiu atingir a mesma torre da vez anterior”, disse Sobianin, referindo-se a duas torres de escritórios no principal distrito comercial da cidade, já danificadas por um ataque na madrugada de domingo.

“A fachada do prédio no 21.º andar foi danificada, as janelas quebradas numa área de 150 metros quadrados”, disse o autarca na plataforma Telegram.

Sobyanin indicou que até ao momento não há informações sobre possíveis vítimas, enquanto os serviços de emergência estão no local do incidente.

A televisão estatal russa RT também avançou que os sistemas de defesa aérea foram ativados e que sons de explosões foram ouvidos em Odintsovo, Kubinka e Naro-Fominsk, a oeste de Moscovo.

O aeroporto internacional de Vnukovo, um dos dois aeroportos da capital russa, foi brevemente encerrado ao tráfego antes de os voos serem retomados esta madrugada, noticiou a agência de notícias oficial russa TASS.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou no domingo que a guerra está a chegar “à Rússia e aos seus centros estratégicos e bases militares”.

Na segunda-feira, as forças russas lançaram um ataque com mísseis contra um edifício de apartamentos na cidade de Kryvyi Rig, no centro da Ucrânia, a terra natal de Zelensky, anunciaram as autoridades ucranianas.

Num novo balanço feito esta madrugada, o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, revelou que o número de vítimas do ataque, que afetou também o edifício de um estabelecimento de ensino, subiu para seis mortos e 75 feridos.

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