Hermès destrona dona da Louis Vuitton e torna-se a mais valiosa no luxo

A marca de luxo francesa ultrapassou a capitalização bolsista da dona da Louis Vuitton, depois de a empresa ter revelado um conjunto de resultados desapontantes, levando as ações a desvalorizar.

Há um novo campeão no luxo europeu. A francesa Hermès ultrapassou esta terça-feira o valor de mercado da LVMH, a dona da Louis Vuitton e da Dior, tornando-se a mais valiosa em bolsa no segmento de luxo, 15 anos depois de a rival ter entrado em segredo no capital da Hermès e ter tentado a sua aquisição.

Este feito da dona das malas Birkin e Kelly surge depois de a concorrente detida por Bernard Arnault ter reportado um conjunto de resultados que ficou abaixo das expectativas, levando as ações a afundar mais de 8% em bolsa.

Esta desvalorização conduziu a capitalização bolsista da companhia para 243,9 mil milhões de euros, um valor inferior à capitalização de 244,4 mil milhões de euros da Hermès. Ainda assim, o domínio da Hermès foi de curta duração, uma vez que os títulos da LVMH recuperaram, avaliando a empresa em 247 mil milhões de euros.

As famílias que detêm as duas empresas mais valiosas do setor do luxo europeu não se enfrentam apenas nos mercados. A rivalidade entre os dois grupos escalou há cerca de 15 anos, quando a LVMH, de Bernard Arnault, comunicou, em 2010, que comprou uma participação superior a 17% no capital da Hermès. Esta posição aumentaria até aos 23%, à revelia da família fundadora, que se uniu para forçar Arnault a sair do capital da empresa.

Nos anos seguintes, o valor de mercado da Hermès escalou, com a estratégia de exclusividade da companhia a mostrar-se vencedora. Contudo, a política comercial de Trump está a afetar o setor como um todo, com os títulos das empresas de luxo sob pressão nos mercados financeiros, pressionados pelos receios que as tarifas impostas pelos EUA — e entretanto suspensas — levem a uma contração do consumo.

As ações do setor seguem a negociar em queda, com a Kering, que detém a Gucci, a recuar 2,6%, enquanto a Hermès desce 1,5%. Já a suíça Richemont desvaloriza 2,5% e a italiana Brunello Cucinelli recua 2,6%.

Os resultados reportados pela LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton, Dior, Tiffany & Co. e a Sephora, já mostram uma contração da procura, com os clientes a retraírem-se perante a expectativa que o aumento das taxas aduaneiras se reflita em preços mais elevados. As vendas da empresa caíram 3% nos primeiros três meses do ano, contrariando as estimativas dos analistas, que apontavam para um crescimento de 2%.

Os receios de uma guerra comercial têm mantido as empresas do setor sob pressão. Desde o final de março, a LVMH, Kering e Burberry descem cerca de 14%, a Richemont baixa 13% e a Hermès recua 5%.

Os analistas têm emitido perspetivas mais cautelosas para o setor. A Bernstein reduziu recentemente a sua previsão de vendas para o setor para este ano, antecipando agora uma queda de 2%, contra uma previsão anterior de crescimento de 5%. A confirmar-se esta contração, será a maior desaceleração do setor em mais de duas décadas.

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Novo crédito ao consumo supera 1,4 mil milhões até fevereiro

Empréstimos para a aquisição de automóvel continuam a puxar pelo mercado de crédito ao consumidor. Novas operações superaram os 1,4 mil milhões de euros nos dois primeiros meses do ano.

O novo crédito ao consumo superou os 1,4 mil milhões de euros nos dois primeiros meses do ano, subindo 6% em comparação com o mesmo período de 2024, impulsionado pelos empréstimos para a compra de automóvel.

Os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal mostram que em fevereiro os bancos e financeiras concederam 736,8 milhões de euros em novas operações de crédito junto dos consumidores. Em janeiro este montante foi de 700,4 milhões.

Os dois primeiros meses somam assim 1,437 mil milhões de euros de empréstimos às famílias com a finalidade de consumo, o valor mais alto desde 2013, data a partir da qual o supervisor começou a compilar estes dados.

Empréstimos ao consumo em alta

Fonte: Banco de Portugal

Todos os segmentos do crédito aos consumidores registaram subidas, com a exceção dos empréstimos concedidos por cartão de crédito, que teve uma quebra de 2% para 229,6 milhões de euros em janeiro e fevereiro.

Já os empréstimos para a aquisição de carro continuam a impulsionar o mercado: as novas operações ascenderam a 546,6 milhões de euros, refletindo um aumento de 11% em comparação com o ano anterior. Tanto os carros usados como os novos tiveram aumentos no que toca ao crédito concedido para a sua aquisição.

No crédito pessoal, que representa 45% do total do empréstimo ao consumo, os empréstimos sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades subiram 6% para 661 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano.

(Notícia atualizada às 11h36)

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EUA investigam importações de fármacos e chips para aplicarem novas tarifas

Departamento do Comércio vai avaliar implicações das importações de fármacos e de semicondutores para a segurança nacional. Trump já avisou que irá anunciar novas tarifas esta semana.

O Departamento do Comércio dos EUA iniciou duas investigações às importações norte-americanas de produtos farmacêuticos e de semicondutores, numa decisão que antecede a aplicação de novas tarifas por Donald Trump sobre estes setores. Portugal está particularmente exposto nas exportações de medicamentos.

A informação consta de dois documentos oficiais publicados segunda-feira no portal do jornal diário do Governo dos EUA. De acordo com um dos documentos, “o Secretário do Comércio iniciou uma investigação para determinar os efeitos na segurança nacional das importações de produtos farmacêuticos e ingredientes farmacêuticos, incluindo medicamentos acabados, contramedidas médicas, componentes críticos como substâncias ativas, materiais iniciais essenciais e produtos derivados desses itens”.

O segundo documento determina a abertura de outra investigação sobre as importações norte-americanas de “semicondutores e de equipamento de fabrico de semicondutores, e seus produtos derivados”.

Ambos os procedimentos foram iniciados a 1 de abril e podem demorar até 270 dias a produzirem conclusões, segundo a Bloomberg. Mas a Administração Trump já sinalizou a intenção de impor estas tarifas setoriais bem mais cedo. As duas investigações incluem um período de consulta pública de 21 dias a contar a partir de 16 de abril, data em que está prevista a publicação dos dois documentos no jornal oficial.

O presidente dos EUA garantiu no domingo que irá anunciar a taxa que incidirá sobre as importações norte-americanas de chips ao longo desta semana. “Queremos fazer os nossos chips e semicondutores e outras coisas no nosso país”, justificou, citado pela Reuters.

Desde 5 de abril que os EUA estão a aplicar uma tarifa de 10% sobre todas as importações, mas os semicondutores e os produtos farmacêuticos estão isentos dessa taxa. Porém, a Administração Trump nunca escondeu a intenção de aplicar tarifas distintas sobre esses dois setores. Por exemplo, a maioria dos chips utilizados nos EUA são importados de Taiwan.

A confirmarem-se, as novas tarifas poderão representar um novo golpe no setor tecnológico dos EUA, depois de, no fim de semana, Trump ter aceitado isentar de tarifas as importações de telemóveis e computadores da China — o que seria particularmente problemático para a Apple.

Quanto ao setor farmacêutico, a aplicação de novas tarifas pelos EUA será particularmente penalizador para a indústria em Portugal. Como nota o Público esta terça-feira, citando dados da AICEP, apesar de 44,5% das exportações portuguesas para aquele mercado estarem a salvo das novas tarifas de Trump, essa percentagem não inclui os medicamentos. E só em medicamentos Portugal exportou 1.167 milhões de euros para os EUA em 2024.

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Euribor sobe a três e a seis meses e mantém-se a 12 meses

  • Lusa
  • 15 Abril 2025

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três e a seis meses e manteve-se a 12 meses em relação a segunda-feira.

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três e a seis meses e manteve-se a 12 meses em relação a segunda-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,263%, ficou acima da taxa a seis meses (2,214%) e da taxa a 12 meses (2,126%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,214%, mais 0,002 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se, ao ser fixada de novo em 2,126%, o mesmo valor da sessão anterior.

A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, avançou hoje, ao ser fixada em 2,263%, mais 0,011 pontos.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se esta semana, em Frankfurt.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu na reunião de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente do que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Novobanco apresenta evolução da sua assinatura em nova campanha protagonizada por Júlia Palha

  • + M
  • 15 Abril 2025

A nova campanha marca uma "evolução clara" no posicionamento do banco, "consolidando o rejuvenescimento da comunicação da marca". A criatividade é da BBDO e o planeamento de meios da Hearts & Science.

“Presente no meu futuro” é a nova assinatura do Novobanco. A evolução da assinatura, apresentada numa campanha novamente protagonizada por Júlia Palha, pretende funcionar como uma declaração expressa pelos clientes, na primeira pessoa, e “captar a essência do que o Novobanco representa — um parceiro de confiança que desempenha um papel ativo, hoje, na vida dos seus clientes e que os acompanha na construção do futuro que desejam”, descreve a marca.

A nova campanha institucional assinala uma “evolução clara” no posicionamento do banco, “consolidando o rejuvenescimento da comunicação da marca, materializado numa identidade visual mais vibrante, alinhada com a leveza e frescura dos protagonistas”, refere-se em nota de imprensa.

O banco celebra momentos simples como sair com os amigos, ser espontâneo e viver o momento, num spot ao som de “Alright”, dos Supergrass, que “capta a energia e o otimismo de quem é e se mantém jovem — onde a vida aparece sempre cheia de possibilidades”.

Através de expressões como “sou diferente”, “sou igual”, “sou de fazer” ou “sou de ficar a ver”, a marca mostra que “cada pessoa importa, e que o Novobanco está presente para apoiar as pessoas, em cada momento da vida, sem exceção”, falando com a voz dos seus clientes e não apenas para eles.

Júlia Palha, que já tinha sido a cara da última campanha institucional do banco em novembro de 2024, reforça esta ambição, liderando um conjunto de protagonistas com rostos e cenários reais, que “personificam a promessa da marca de estar presente no presente e no futuro de todos, clientes e não clientes”.

Com criatividade da BBDO, a campanha marca presença em televisão, cinema, rádio, digital, mupis digitais dos balcões e redes sociais. O planeamento de meios foi da Hearts & Science.

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16% dos portugueses diplomados têm qualificações a mais para os empregos que exercem

Em Portugal, 16% dos diplomados têm qualificações superiores às que são exigidas pelos empregos que exercem. No conjunto da UE, o desajuste é mais grave.

Mais de um quinto dos diplomados da União Europeia tem qualificações a mais para os empregos que exercem, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. Em Portugal, esse desajuste é menos expressivo: 16% dos diplomados são sobrequalificados face aos seus postos de trabalho, sendo esta a nona taxa mais baixa do bloco comunitário.

“A sobrequalificação diz respeito a pessoas com educação terciária [nomeadamente, superior] que estão empregadas em ocupações que não requerem níveis tão elevados de educação. Em 2024, a taxa de sobrequalificação na UE foi e 21,3%“, observa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Entre os países da União Europeia, a taxa de sobrequalificação foi mais alta em Espanha (35,0%), seguindo-se a Grécia (33,0%) e o Chipre (28,2%).

Já os países com os menores desajustes entre as qualificações dos trabalhadores e os empregos são o Luxemburgo (4,7%), a Croácia (12,6%) e a República Checa (12,8%).

E Portugal? Por cá, a taxa de sobrequalificação registada em 2024 foi de 16%, abaixo da média comunitária e a nona menos expressiva da União Europeia, conforme mostra o gráfico abaixo. Face a 2023, houve mesmo um recuo, de 16,6% para os tais 16%.

Por outro lado, o Eurostat destaca que a sobrequalificação tende a afetar mais as mulheres do que os homens. No conjunto da União Europeia, 22% das mulheres estavam nessa situação, contra 20,5% dos homens.

“Em 21 dos 27 países da UE, as mulheres registaram taxas mais altas de sobrequalificação do que os homens, tendo sido as diferenças mais elevadas verificadas em Itália (7,7 pontos percentuais), na Eslováquia (6,4 pontos percentuais) e em Malta (5,3 pontos percentuais)”, realça o gabinete de estatísticas.

Em Portugal, a taxa de sobrequalificação das diplomadas foi de 18,1%. Já dos diplomados foi de 12,8%. Ou seja, Portugal foi um dos países onde as mulheres foram mais afetadas pela sobrequalificação.

Em sentido contrário, em seis países do bloco comunitário, os homens foram mais afetados pela sobrequalificação do que as mulheres. A Lituânia, com uma diferença de 5,2 pontos percentuais entre a taxa feminina e a masculina, é o país onde tal é mais evidente, seguindo-se a Letónia (2,6 ponto percentuais) e a Estónia (2,5 pontos percentuais).

Emprego em máximos de 2009

A nota divulgada esta manhã pelo Eurostat mostra também que, em 2024, a União Europeia registou os níveis mais elevados de emprego desde 2009, ano em que se inicia a atual série estatística. Em concreto, 75,8% dos trabalhadores dos 20 aos 64 anos estavam empregados, estando em causa 197,6 milhões de pessoas.

“Entre os países da União Europeia, as taxas de emprego mais elevadas foram registadas na Holanda (83,5%), Malta (83%) e República Checa (82,3%). As taxas mais baixas foram verificadas em Itália (67,1%), Grécia (69,3%) e na Roménia (69,5%)”, nota o Eurostat.

Em Portugal, a taxa de emprego fixou-se em 78,5% em 2024, acima da média comunitária e do valor registado no mês anterior (78,0%). O mercado de trabalho português continua a dar provas de estabilidade, o que os especialistas estimam que se irá manter.

(Notícia atualizada às 11h28)

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Mais de mil candidatos às 181 vagas no próximo curso de magistrados

  • Lusa
  • 15 Abril 2025

Do total de candidatos, houve 895 que manifestaram à partida a preferência por uma magistratura, havendo 663 candidatos interessados em seguir a magistratura judicial e 232 a do Ministério Público.

O Centro de Estudos Judiciários (CEJ) recebeu mais de mil candidaturas para os 181 lugares do curso de formação de magistrados que abre no final do ano, anunciou o Ministério da Justiça na segunda-feira.

Do total de candidatos, houve 895 que manifestaram à partida a preferência por uma magistratura, havendo 663 candidatos interessados em seguir a magistratura judicial e 232 candidatos com preferência pela magistratura do Ministério Público.

Os mais de mil candidatos vão agora prestar provas em Lisboa (411), Porto (526) e Coimbra (135), sendo depois seriados pelo resultado obtido para preenchimento das 181 vagas abertas para o 42.º curso de formação do CEJ, que fechou o processo de candidaturas em 10 de abril.

Por portaria, o Ministério da Justiça determinou a abertura de 75 vagas para a magistratura judicial, 52 das quais na sede do CEJ, em Lisboa e 23 no novo polo de Vila do Conde.

Para a magistratura dos tribunais administrativos e fiscais foram abertas 31 vagas, todas em Lisboa, e para a magistratura do Ministério Público abriram 75 lugares, 52 em Lisboa e 23 em Vila do Conde.

As 181 vagas abertas para o curso de formação de magistrados que se deve iniciar no último quadrimestre de 2025 representam um aumento em relação às 135 abertas no curso de 2024.

O curso deve arrancar no final do terceiro trimestre do ano ou início do quarto trimestre.

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Hermès ultrapassa LVMH e assume o trono do luxo mundial

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 15 Abril 2025

Discreta mas implacável, a Hermès sobe ao topo do luxo mundial, ultrapassando a LVMH e dando o tom a uma nova era no setor.

A supremacia no universo do luxo acaba de mudar de mãos. A Hermès, símbolo de exclusividade, savoir-faire irrepreensível e crescimento sustentado, ultrapassou a LVMH em valor de mercado, tornando-se a empresa de luxo mais valiosa do mundo. A troca de posições entre os dois gigantes — a histórica maison familiar e o conglomerado de marcas liderado por Bernard Arnault — reflete muito mais do que uma oscilação bolsista: espelha a transformação em curso num setor onde a resiliência, a desejabilidade a longo prazo e a gestão cuidadosa da imagem são, mais do que nunca, diferenciais estratégicos.

O abalo foi causado pela divulgação dos resultados trimestrais da LVMH, que reportou uma quebra de 3% nas receitas do primeiro trimestre de 2025 — uma surpresa negativa que contraria as projeções mais conservadoras dos analistas. As ações da empresa recuaram 7,8% num só dia, o pior desempenho desde março de 2020, permitindo que a Hermès ascendesse ao topo da hierarquia do luxo com uma valorização de mercado de 246,4 mil milhões de euros, ligeiramente acima dos 244,1 mil milhões da LVMH. O impacto não foi apenas corporativo: segundo a Forbes, mais de 9 mil milhões de dólares foram apagados da fortuna de Bernard Arnault na manhã deste dia 15 de abril, após a queda abrupta das ações da LVMH.

Embora continue a ser o maior grupo do setor em termos de portefólio e presença global, com marcas como Louis Vuitton, Dior, Moët & Chandon e Hennessy, a LVMH enfrenta ventos contrários inesperados. A divisão de vinhos e bebidas espirituosas — tradicionalmente sólida — caiu 9%, penalizada pela quebra de procura nos EUA e na China, mercados chave onde os cognacs de marcas como a Hennessy têm sido afetados por tensões comerciais e alterações nos hábitos de consumo.

Mais preocupante ainda para os investidores foi o declínio de 5% na divisão de moda e artigos em pele, a mais lucrativa do grupo, responsável por 78% dos lucros em 2024. A Ásia (excluindo o Japão) registou uma queda acentuada de 11%, os EUA encolheram 3% e o Japão 1%. Apenas a Europa mostrou sinais positivos, com um crescimento modesto de 2%.

A Hermès, em contraste, mantém-se numa trajetória de crescimento robusto, mesmo em tempos de incerteza. A sua abordagem centrada na produção artesanal, em quantidades limitadas e com um controlo rígido da distribuição, confere-lhe uma aura de exclusividade que se traduz em lealdade do consumidor e numa rentabilidade excecional. A valorização estável das suas ações e o desempenho sólido em períodos de retração confirmam a confiança do mercado na visão de longo prazo da maison.

A troca de lugares no topo do luxo mundial tem implicações simbólicas e estruturais. Por um lado, questiona-se se o modelo de expansão agressiva adotado pelos conglomerados — com apostas em novos mercados, categorias e influenciadores — está a perder força perante a valorização crescente da herança, da autenticidade e da contenção. Por outro, sublinha-se a vulnerabilidade do setor às dinâmicas geopolíticas e económicas, desde as tarifas comerciais à desaceleração da economia chinesa, passando pela incerteza económica nos EUA.

Analistas do Citi e do Bank of America são unânimes: apesar de os fundamentos de longo prazo se manterem sólidos — sobretudo devido ao crescimento da classe média global e da procura de luxo nos mercados emergentes —, a visibilidade a curto prazo é extremamente limitada. Com os consumidores mais cautelosos e os custos sob pressão, o setor entra num período de ajustamento, onde a estratégia e a identidade de marca serão postas à prova.

O que está em jogo não é só a liderança num ranking financeiro. É a redefinição das regras do jogo no luxo global — onde menos pode voltar a ser mais, e onde a coerência e a exclusividade poderão valer mais do que a escala. Num mundo em mutação, a Hermès parece estar a cavalgar à frente da mudança, enquanto a LVMH, com o seu império multifacetado, se vê obrigada a parar para respirar e recalibrar.

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UE instruiu Maria Luís Albuquerque a usar telemóvel descartável na visita aos EUA

  • Lusa
  • 15 Abril 2025

A Comissão Europeia deu telemóveis descartáveis e computadores portáteis a alguns responsáveis que têm viagens aos EUA, incluindo a comissária europeia portuguesa, para evitar o risco de espionagem.

A Comissão Europeia forneceu telemóveis descartáveis e computadores portáteis básicos a alguns responsáveis que têm viagens aos EUA, incluindo a comissária europeia portuguesa Maria Luís Albuquerque, para evitar o risco de espionagem, noticiou o jornal Financial Times.

Os comissários e altos funcionários europeus com deslocações programadas às reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial na próxima semana receberam estas novas orientações, de acordo com quatro pessoas ligadas aos processos citadas na segunda-feira pelo jornal britânico.

Segundo estas fontes, as medidas replicam as utilizadas em viagens à Ucrânia e à China, onde os equipamentos informáticos padrão não podem ser levados para os países por medo da vigilância russa ou chinesa.

Estão preocupados com a possibilidade de os EUA entrarem nos sistemas da comissão“, frisou uma das fontes.

O Presidente norte-americano Donald Trump acusou a União Europeia (UE) de ter sido criada para “prejudicar os EUA” e anunciou tarifas recíprocas de 20% sobre as exportações do bloco, que posteriormente reduziu para metade durante um período de 90 dias.

Bruxelas e Washington estão envolvidos em negociações delicadas em diversas áreas em que seria conveniente para cada um dos lados recolher informações sobre o outro, referiu ainda o Financial Times.

Maros Sefcovic, comissário do comércio da UE, manteve na segunda-feira uma reunião com o secretário do Comércio, Howard Lutnick, em Washington, num esforço para resolver uma guerra comercial crescente.

Três comissários vão viajar para Washington para as reuniões do FMI e do Banco Mundial de 21 a 26 de abril: Valdis Dombrovskis, comissário da economia; Maria Luís Albuquerque, comissária de Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos; e Jozef Síkela, que se ocupa da assistência ao desenvolvimento.

A Comissão confirmou que atualizou recentemente o seu conselho de segurança para os EUA, mas disse que nenhuma instrução específica sobre a utilização de telefones descartáveis foi dada por escrito, ainda segundo o Financial Times.

As fontes citadas pelo jornal adiantaram ainda que a orientação para todos os responsáveis que viajam para os EUA incluía uma recomendação de que devem desligar os telemóveis pessoais na fronteira e colocá-los em capas especiais para os proteger de espionagem se deixados sem supervisão.

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FCT avalia 75% dos centros de I&D com Excelente ou Muito Bom

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Abril 2025

313 centros de investigação vão receber 635 milhões de euros entre 2025 e 2029. 75% obteve classificação de Excelente ou Muito Bom.

Já são conhecidos os resultados provisórios da avaliação dos centros de investigação e desenvolvimento (I&D), que determinam a distribuição de um total de 635 milhões de euros para o período entre 2025 e 2029. De acordo com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), das 336 unidades que apresentaram candidatura, 313 obtiveram financiamento, sendo que 79 unidades melhoraram a classificação face à avaliação anterior, 46 pioraram, 167 mantiveram e foram avaliadas 43 novas unidades. Houve apenas uma desistência.

Três quartos dos centros de investigação foram avaliados com Excelente (40%) ou Muito Bom (35%), detalha o comunicado do Ministério da Educação.

Entre as que viram o financiamento aprovado, 33 estão associadas a institutos politécnicos, 203 a universidades e 77 são geridas por instituições de outra natureza. No caso dos politécnicos, oito acolhem os 16 centros avaliados com Muito Bom ou Excelente, um dos critérios que lhes permite atribuir o grau de doutor.

“Participaram nesta avaliação mais de 315 avaliadores internacionais, distribuídos por 29 painéis de avaliação disciplinares, selecionados entre peritos de elevada competência e experiência científica de mais de 35 países”, refere a tutela, sublinhando que os resultados “revelam maturidade e qualidade do sistema científico e tecnológico”.

O financiamento total de 635 milhões de euros a ser distribuído até 2029, que representa uma subida de 22% relativamente ao financiamento verificado entre 2020 e 2024, resulta da reprogramação proposta pelo Governo para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na qual foram alocados 110 milhões de euros para o reequipamento das unidades de I&D.

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Mais de dois quintos das exportações de Portugal escapam às novas tarifas dos EUA

  • ECO
  • 15 Abril 2025

Dos 5.318 milhões de euros exportados para os EUA em 2024, 2.365 milhões de euros estão a salvo das tarifas de 10%, valor onde se incluem medicamentos e produtos petrolíferos.

No ano passado, Portugal exportou bens no valor de 5.318 milhões de euros para os EUA. Desse total, 2.365 milhões (cerca de 44,5%) estão livres das tarifas de 10% aplicadas por Donald Trump, revela o Público (acesso pago), citando dados da Aicep. Entre os bens que escapam (pelo menos para já) às taxas alfandegárias estão, por exemplo, os medicamentos, que em 2024 atingiram os 1.167 milhões de euros para o mercado norte-americano, e os produtos petrolíferos da Galp, no valor de 1.030 milhões de euros.

Se se tiver em conta o universo empresarial, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, das 4.255 empresas portuguesas que exportaram para os EUA no ano passado, 624 (15%) estavam dependentes a 100% deste mercado nas suas vendas para o exterior, que totalizam 968 milhões de euros, o que equivale a 18% do total das exportações. Outras 645 empresas dependem entre 50% e 99% dos EUA para as suas vendas ao exterior, no valor de mil milhões de euros.

De acordo com o Banco de Portugal, o grau de exposição às novas medidas dos Estados Unidos (que podem provocar descidas nas margens de lucro e/ou quebras no volume de vendas) “é próximo de 12% nos setores da fabricação de têxteis, 11,5% na fabricação de outros produtos minerais não metálicos (que incluem vidros e porcelanas) e de 10% na indústria das bebidas“. Isto faz com que estes sejam os “setores mais diretamente expostos ao aumento das tarifas”, refere o banco central.

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Desconto especial de 35%: conheça as subcategorias com inscrição promocional esta semana

  • Conteúdo Patrocinado
  • 15 Abril 2025

Aproveite esta oportunidade e inscreva o seu projeto com 35% de desconto. A transformação do poder local começa com boas ideias.

Após muitos pedidos de prolongamento do desconto nas candidaturas ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros, decidimos lançar uma campanha especial: todas as semanas, um conjunto de subcategorias selecionadas terá um desconto de 35% no valor da inscrição.

A medida pretende incentivar a participação em áreas que consideramos particularmente relevantes para o desenvolvimento local e para a construção de comunidades mais inclusivas, sustentáveis e inovadoras.

Na primeira semana da campanha, o desconto aplica-se às seguintes subcategorias:

Economia

  • Inovação e Tecnologia
  • ⁠Empreendedorismo e Startups

Cultura e Património

  • Música
  • Artesanato

Democracia, Igualdade e Participação Cívica

  • Orçamento Participativo
  • Combate à Discriminação de Género

Desporto e Vida Saudável

  • Atividades ao Ar Livre
  • ⁠Promoção de Estilo de Vida Saudável

Ecologia e Cuidado dos Animais

  • Combate às Alterações Climáticas
  • Bem-Estar Animal

Educação

  • Políticas de whistleblowing e prevenção de situações de abuso de poder ou assédio
  • Inclusão Escolar (apoio a estudantes com necessidades especiais)

Mobilidade

  • Ciclovias e Apoio aos Ciclistas
  • Mobilidade dos Idosos

Segurança e Proteção Civil

  • Combate e Prevenção aos Incêndios Florestais
  • Combate e Prevenção da Criminalidade

Turismo

  • Turismo Ecológico e de Aventura
  • Turismo Cultural

Saúde e Bem-estar

  • Criação de Unidades de Saúde Móvel
  • Serviços de Apoio Hospitalares

Se a sua autarquia está a desenvolver um projeto nestas áreas, esta é a altura ideal para submetê-lo e garantir o reconhecimento merecido. A campanha é válida apenas durante esta semana — novas subcategorias com desconto serão anunciadas em breve.

Aproveite esta oportunidade e inscreva o seu projeto com 35% de desconto. A transformação do poder local começa com boas ideias.

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