Acionistas da Farminveste votam em emissão obrigacionista até 60 milhões em janeiro

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

A reunião magna, a 9 de janeiro, terá como ponto principal a emissão de obrigações ordinárias com o valor inicial de até 40 milhões, o qual poderá ser aumentado até 60 milhões de euros.

Os acionistas da Farminveste irão reunir-se, a 9 de janeiro, em assembleia-geral, para deliberar sobre a emissão de obrigações que poderão chegar aos 60 milhões de euros, segundo um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na nota, o grupo dá conta de que a reunião magna tem como primeiro ponto a “deliberação de emissão de obrigações ordinárias, escriturais, nominativas, com o valor nominal global inicial de até 40.000.000,00 euros, o qual poderá ser aumentado até 60.000.000,00 euros através de adenda ao prospeto a ser aprovada pela CMVM”.

Serão ainda discutidos “outros assuntos do interesse da sociedade”, indicou o grupo.

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Comissário europeu defende um “big bang” na Defesa contra a ameaça russa

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

O comissário europeu defende que o Velho Continente precisa "gastar mais na defesa, não por causa de Trump, mas por causa de Putin".

O novo comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, defendeu esta sexta-feira que a União Europeia (UE) precisa de aplicar um investimento exponencial, uma espécie de “big bang“, no setor da Defesa para fazer frente à ameaça russa.

“Precisamos de passar daquilo a que alguns chamam uma abordagem incremental para aumentar as nossas capacidades de defesa para uma abordagem big bang, para sermos capazes de responder a uma possível agressão russa”, sublinhou o antigo primeiro-ministro lituano numa entrevista à agência francesa AFP. O comissário europeu alertou para a necessidade imperiosa desta mudança de abordagem, dada a ameaça crescente da Rússia.

“A Rússia pode estar pronta a lançar um ataque militar contra um país da UE ou da NATO antes de 2030”, alertou, citando vários relatórios de serviços secretos ocidentais. “A questão é saber se existe vontade política suficiente [na Europa] para nos defendermos”, acrescentou.

Sobre o regresso de Donald Trump à Casa Branca (presidência dos Estados Unidos) e o seu impacto na afetação de mais recursos europeus à segurança no continente, Kubilius sublinhou ser necessário “gastar mais na defesa, não por causa de Trump, mas por causa de Putin”.

Desde a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, os países europeus têm tentado reforçar a sua indústria de defesa, mas as suas capacidades continuam a ser limitadas. No entanto, de acordo com as estimativas da NATO, cerca de 49 novas brigadas, 1.500 tanques e mil peças de artilharia terão de ser adicionadas ao arsenal europeu até 2044.

“Estamos muito aquém destas condições, que temos de satisfazer antes de 2030, porque não podemos pedir ao Presidente [russo] Vladimir Putin que adie os seus planos para 2044”, alertou. Kubilius tenciona impulsionar a expansão da indústria europeia através de “um plano com uma visão clara para o setor”, afirmou.

“Acrescentaremos valor se chegarmos com uma procura significativa, contratos a longo prazo e dinheiro claramente identificado”, insistiu.

O comissário explicou que, ao passo que se um único país europeu comprasse 20 tanques pagaria mais e não teria prioridade em relação a encomendas maiores, se os países europeus encomendassem, em conjunto, 1.500 tanques de uma só vez, poder-se-ia “esperar que o preço fosse mais baixo”, o que encorajaria a indústria, que precisa de visibilidade a longo prazo.

No entanto, tal implica um grande investimento, cerca de 500 mil milhões de euros ao longo de dez anos, segundo Kubilius, que acredita que há soluções. O representante do executivo comunitário não clarificou os meios de financiamento, embora rejeite um empréstimo europeu pois, segundo frisou, deixaria “toda a gente nervosa”.

Vários países, entre os quais a Alemanha e os Países Baixos, opõem-se a que a União Europeia volte a contrair empréstimos, como fez pela primeira vez durante a pandemia de covid-19. Kubilius salientou que seria necessário persuadir os Estados-membros a contrair empréstimos de até 500 mil milhões de euros, que seriam reembolsados ao longo de vários anos, com vista a satisfazer as novas exigências da NATO.

A UE dedica atualmente menos de 0,1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em ajuda militar à Ucrânia, enquanto 9% do PIB da Rússia é absorvido pelas despesas militares, mencionou ainda o representante europeu.

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Limites da Universidade de Coimbra a visitas guiadas de grupos pequenos geram críticas

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

A Universidade de Coimbra vai limitar as visitas guiadas de pequenos grupos aos seus espaços. Os guias-intérpretes criticam a medida, pois anteveem impacto no setor.

A Universidade de Coimbra (UC) vai alterar a entrada de operadores turísticos, a partir de janeiro de 2025, impedindo guias-intérpretes de comprar bilhetes de agência para grupos com menos de cinco pessoas, justificando esta mudança com o objetivo de “evitar a presença de um número demasiado elevado de guias-intérpretes em cada visita”, disse à agência Lusa fonte do gabinete de comunicação da reitoria.

Em resposta escrita, a mesma fonte considera que a atual “sobrecarga” de guias-intérpretes presentes no espaço da Universidade, “além de aumentar a pressão exercida sobre locais turísticos que carecem de medidas específicas de proteção/preservação (como a Biblioteca Joanina)”, torna “frequentemente as visitas mais confusas”.

Três guias turísticos, contactados pela agência Lusa e que optaram por não se identificar, afirmaram que a medida tem gerado imensa preocupação no setor, não apenas pelo impacto na sua atividade, mas na própria atratividade da cidade, nomeadamente com a possibilidade de agências estrangeiras retirarem Coimbra das viagens que planeiam para casais ou famílias.

Um dos guias contactado disse à Lusa que, face à mudança de regras e trabalhando sobretudo com grupos pequenos — casais e famílias -, acredita que a sua atividade estará em causa.

“Agora vou começar a fazer o Porto e Tomar, porque a UC inviabilizou o meu negócio aqui”, referiu, considerando que a medida inviabiliza “qualquer visita guiada por operadores externos” com grupos pequenos, já que grande parte do tempo passado na cidade é na Universidade de Coimbra, principal motivo para a paragem em Coimbra, normalmente feita na viagem entre Lisboa e Porto ou Douro.

“Tenho agências que nos contactam para fazer visitas guiadas e já recebi ‘e-mails’ a dizer que não vêm mais para cá. Muitas agências estão a cortar Coimbra do mapa”, notou.

Este guia considerou ainda que a medida até poderia ser praticável no verão, altura em que poderia juntar diferentes casais ou famílias num mesmo período, mas no inverno é “danoso“.

Universidade de Coimbra

Outro guia explica que a medida acaba por não impedir grupos pequenos de fazer visita guiada com guia externo, apenas implica a compra de pelo menos cinco bilhetes, o que, mesmo assim, torna a experiência quase inviável para um casal, passando “de cerca de 30 euros para 90 euros”.

“Este tipo de turistas viaja com carro alugado, está em Portugal uma semana e passa quatro ou cinco horas em Coimbra, almoça ou janta. Para as agências que lhes programam a viagem, tanto faz ser em Coimbra como em Óbidos ou Aveiro”, referiu. No seu caso, o receio não é tanto o trabalho “que possa perder”, mas haver pessoas que deixarão de visitar Coimbra.

Sobre a ideia de sobrecarga de guias, contesta, considerando que nunca viu “mais de quatro ou cinco guias” na UC ao mesmo tempo e que, mesmo esse número, “é raro“.

O guia, com uma larga experiência no setor, mostrou-se também desiludido com a falta de diálogo da UC com estes profissionais, quando no passado eram vistos “como parceiros”.

A Universidade de Coimbra explicou que os visitantes em pequenos grupos poderão comprar visitas não acompanhadas ou visitas guiadas por guias da UC.

Fonte da reitoria disse que embora as visitas guiadas sejam vendidas a grupos de menos de cinco pessoas, as visitas realizadas por guias da UC são sempre “com um número bastante maior de visitantes, acompanhados por um(a) único/a guia-intérprete”.

A UC vincou que “as alterações efetuadas não vão afetar as visitas de grupos mais pequenos“, referindo ainda que as medidas têm em consideração o contacto regular “com os agentes e operadores turísticos”.

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Sindicato convoca greve na SPdH/Menzies de 21 a 26 de dezembro afetando aeroportos

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

A greve convocada pelo SIMA será diferente da realizada no verão, pois vai decorrer em moldes de duas horas nas entradas e/ou saídas dos vários turnos que ocorram durante o período consignado.

Os trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce) vão estar em greve entre as 00:00 do dia 22 de dezembro e as 24:00 de 26 de dezembro, segundo o pré-aviso emitido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA).

Na origem da greve estão reivindicações sobre melhores condições salariais e de trabalho, nomeadamente a falta de transportes que faz com que os trabalhadores se desloquem para o trabalho horas antes do início do turno. Em comunicado, o SIMA contesta também as declarações do vice-presidente da Menzies Aviation Portugal, Rui Gomes, numa recente audição no parlamento, a pedido do partido Chega, sobre o funcionamento e a segurança nos aeroportos.

Manifestando “estupefação e repulsa” pelas declarações do gestor, o SIMA considera que as mesmas revelam “absoluto desconhecimento da realidade operacional atual”. A greve convocada pelo SIMA será diferente da realizada no verão, pois vai decorrer em moldes de duas horas nas entradas e/ou saídas dos vários turnos que ocorram durante o período consignado.

Desta forma, refere o comunicado, a paralisação será menos penalizadora para os trabalhadores, já que os subsídios de refeição, transporte e tomadas de refeição “terão a sua integridade intacta”. Em declarações à Lusa, Carlos d’Oliveira, da direção do SIMA, referiu que dois sindicatos do setor já lhe comunicaram que vão associar-se a esta greve e insistiu nas críticas ao facto de haver trabalhadores da Menzies Portugal com vencimento base inferior ao salário mínimo nacional.

Além de exigir o fim destas situações, o SIMA reivindica também a revisão e atualização da tabela salarial e contesta o fim do parque de estacionamento gratuito para os trabalhadores, bem como a falta de condições dos trabalhadores que se deslocam de transportes. No dia da audição do vice-presidente da Menzies Aviation Portugal foi também chamado ao parlamento o comandante Mário Chaves, administrador operacional da TAP (que é cliente e acionista da empresa de assistência em aeroportos Menzies).

Um dos temas abordados nas duas audições prendeu-se com os casos de trabalhadores do serviço de assistência em terra (‘handling’) que iniciam o turno às 04:00, mas, face à inexistência de transporte público àquela hora, deslocam-se para o aeroporto nos últimos transportes disponíveis, entre as 00:00 e a 01:00, onde ficam a aguardar a entrada ao serviço.

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Acordo UE-Mercosul “representa um ganho muito substancial”, diz Marcelo

  • ECO
  • 6 Dezembro 2024

Presidente da República espera que agora o acordo seja "rapidamente confirmado pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros".

Marcelo Rebelo de Sousa aplaudiu o acordo político entre a União Europeia (UE) e o Mercosul alcançado esta sexta-feira em Montevideu (Uruguai) e anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Este acordo histórico representa uma oportunidade única para as empresas e a economia de ambos os lados do Atlântico”, indica nota publicada no site da Presidência.

E também será, segundo o Presidente da República, “um ganho muito substancial para os dois lados do Atlântico, beneficiando todos: Estados, empresas e cidadãos”. Marcelo junta-se assim ao coro de líderes europeus, entre os quais António Costa e Luís Montenegro, que aprovam a conclusão de um acordo comercial entre os 27 Estados da UE e quatro países sul-americanos – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

O documento, após cerca de 20 anos de negociações, foi finalizado em 2019 e desde então esteve meio congelado pela oposição frontal de França, que já esta sexta-feira voltou a sinalizar que iria “lutar em todas as fases” contra este acordo. Para que entre em vigor ainda é necessária a aprovação de 15 dos 27 Estados-membros e a maioria simples do Parlamento Europeu.

Na nota, Marcelo defende, por isso, que “este acordo possa ser rapidamente confirmado pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros”, uma vez que é “muito importante pô-lo em prática”.

Também o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, escolheu a rede social X, para defender que é preciso “avançar rapidamente com a criação da maior zona de comércio livre do mundo”.

Von der Leyen, que está a ser criticada por aproveitar a fragilidade política em França para dar o seu aval ao acordo, acredita que o acordo é “uma vitória para a Europa” e se hoje “30 mil empresas já exportam para o Mercosul, muitas mais seguirão”. O acordo abrange 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial, e os países envolvidos representam 25% da economia global.

Após este acordo, o texto vai ser revisto, traduzido e será apresentada uma proposta ao Conselho Europeu e ao Parlamento para a assinatura final.

 

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Agricultores de Baião pedem 654 mil euros de apoio ao Governo devido aos fogos

O município de Baião contabiliza 183 candidaturas ao apoio excecional aos prejuízos dos incêndios na agricultura, no valor global de 654 mil euros.

A Câmara Municipal de Baião contabilizou um total de 654 mil euros em prejuízos no setor agrícola do concelho, na sequência dos incêndios florestais que consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares no país. O valor diz respeito às atuais 183 candidaturas registadas por munícipes ao apoio excecional aos prejuízos dos fogos na agricultura.

“Até ao dia 5 de dezembro, no concelho de Baião, foram registadas 183 candidaturas ao apoio excecional aos prejuízos dos incêndios na agricultura, no valor global de 654 mil euros”, avança esta sexta-feira a autarquia liderada por Paulo Pereira.

Dessas candidaturas, 108 foram submetidas através do Balcão de Apoio de Baião, em funcionamento desde o dia 11 de outubro, para informar e ajudar os munícipes no processo de candidatura, detalha a autarquia liderada por Paulo Pereira.

Estas candidaturas reportam-se apenas aos prejuízos referentes ao setor agrícola que conta com linhas de apoio por parte do Governo. Estes apoios destinam-se aos prejuízos verificados até ao valor máximo de 6.000 euros, nomeadamente com animais, culturas permanentes e temporárias, máquinas e equipamentos agrícolas, espaços de apoio agrícolas.

Até ao dia 5 de dezembro, no concelho de Baião, foram registadas 183 candidaturas ao apoio excecional aos prejuízos dos incêndios na agricultura, no valor global de 654 mil euros.

Câmara Municipal de Baião

Só em Baião arderam cerca de 6.000 hectares. A autarquia adianta ainda, em comunicado, que até esta quinta-feira a linha de apoio municipal não registou qualquer candidatura a reportar prejuízos causados em habitações em Baião.

Desde terça-feira está em curso o processo de submissão de candidaturas referentes a prejuízos diretos ou indiretos registados na apicultura. “São elegíveis prejuízos em apiários registados e situados nas áreas afetadas pelos incêndios ou num raio de 1,5 km dessas áreas”, assinala.

O prazo para a apresentação de candidaturas às três linhas de apoio decorre até 31 de dezembro.

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Israel anuncia uma das maiores apropriações de terras na Cisjordânia desde os anos 90

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

A apropriação de terras, declarada ilegal pelas Nações Unidas, afeta em particular o maior colonato da Cisjordânia, Maale Adumim, a leste de Jerusalém. Em causa estão 2.266 hectares.

O ministro das Finanças israelita, o ultranacionalista Bezalel Smotrich, confirmou esta sexta-feira que está em curso a apropriação de 2.260 hectares de terra na Cisjordânia, numa das maiores operações deste tipo desde a década de 1990.

Mais de 23.000 dunams (2.266 hectares) de terras em benefício dos colonatos. Somos nós que determinamos a realidade no terreno e que desmantelamos o estabelecimento de um Estado Palestino”, afirmou o ministro, citado pelo Canal 14.

A operação de apropriação de terras, que é uma ação declarada ilegal pelas Nações Unidas, afeta em particular o maior colonato da Cisjordânia, Maale Adumim, a leste de Jerusalém, que será alargado 260 hectares para sul para se ligar ao colonato de Kedar, segundo o mesmo canal de televisão.

Os colonatos de Migdal Oz e Susya, no sul da Cisjordânia, e o colonato de Jaffit, no vale do Jordão, também serão alargados. Trata-se de uma das maiores operações deste tipo desde os Acordos de Oslo em 1993.

Em 13 de setembro de 1993, Israel e a Organização para Libertação da Palestina (OLP) assinaram os Acordos de Oslo, em Washington, os quais levaram à criação da Autoridade Nacional Palestiniana com o intuito de ser o primeiro passo para um Estado palestiniano independente.

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Marcelo promulga diploma que prevê aumentos para enfermeiros

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

O decreto-lei, agora promulgado pelo Presidente da República, prevê aumentos salariais de cerca de 300 euros para os enfermeiros até janeiro de 2027.

O Presidente da República promulgou esta sexta-feira o decreto-lei que prevê aumentos salariais de cerca de 300 euros para os enfermeiros, na sequência do acordo alcançado em setembro entre o Ministério da Saúde e cinco sindicatos da classe.

Uma nota publicada no site da Presidência da República avança que Marcelo Rebelo de Sousa “promulgou o diploma do Governo que procede à alteração do regime da carreira especial de enfermagem, o regime da carreira de enfermagem nas entidades públicas empresariais e nas parcerias em saúde, alterando as respetivas tabelas remuneratórias”.

Em 22 de novembro, o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei para valorização das carreiras da enfermagem, através de um aumento salarial de pelo menos 300 euros até janeiro de 2027, subindo de imediato 150 euros com efeitos retroativos a 1 de novembro. O Governo alegou que com esta medida pretendia contribuir para uma maior motivação da classe, assim como para uma maior capacidade de atratividade e de retenção dos enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Este diploma surge depois de no final de setembro o Ministério da Saúde ter chegado a um acordo com uma plataforma de cinco sindicatos, após mais de três meses de negociações, que prevê aumentos salariais acima dos 20% até 2027.

O acordo foi assinado com o Sindicato dos Enfermeiros (SE), o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU), o Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE), o Sindicato Independente Profissionais Enfermagem (SIPENF) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR).

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Concorrência aceita compra da Sotagus pela Yilport e Grupo Sousa, mas com remédios

O Grupo Sousa comprometeu-se a desinvestir a participação no TSA - Terminal de Santa Apolónia e os compradores garantiram que vão manter acesso dos concorrentes ao terminal da Sotagus.

A Autoridade da Concorrência decidiu não se opor à aquisição da Sotagus – Terminal de Contentores de Santa Apolónia pela Yilport Iberia e pelo Grupo Sousa, depois de as empresas terem aceitado um conjunto de remédios para limitar o impacto na concorrência.

Por um lado, o Grupo Sousa comprometeu-se a desinvestir a participação que tinha no TSA – Terminal de Santa Apolónia, “eliminando, desta forma, qualquer ligação estrutural entre os dois terminais concorrentes”.

O segundo remédio passa pela garantia que “a Yilport e o Grupo Sousa vinculam-se a garantir determinadas condições tarifárias a aplicar pela Sotagus e, em particular, garantir que as condições aplicadas aos concorrentes – atuais ou potenciais – do Grupo Sousa no transporte marítimo de carga entre Lisboa e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores não sairão deterioradas, face às condições tarifárias aplicáveis ao Grupo Sousa, obviando, desta forma, o referido risco de encerramento do acesso ao terminal da Sotagus”, explica o comunicado da AdC.

A Autoridade da Concorrência tinha aberto uma “investigação aprofundada” à compra da Sotagus pela Yilport e Grupo Sousa, no passado mês de junho, por considerar que não se podia excluir “que a referida operação de concentração resulte em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste”.

O regulador divulga agora que, “da análise levada a cabo pela AdC, concluiu-se que a operação de concentração seria suscetível de ter impactos concorrenciais de natureza horizontal e de natureza vertical.”

As preocupações de natureza horizontal suscitadas são justificadas pelo facto de dois terminais concorrentes no porto de Lisboa, o Terminal Multipurpose de Lisboa e o Terminal de Contentores de Santa Apolónia, passarem a ser controlados pelo Grupo Sousa, em conjunto com o Grupo ETE e com a Yilport, respetivamente.

Já “as preocupações de natureza vertical suscitadas decorrem, nomeadamente, de um risco de encerramento do acesso ao terminal da Sotagus por parte dos concorrentes – atuais ou potenciais – do Grupo Sousa nos mercados do transporte marítimo de carga contentorizada entre Lisboa e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.”

Perante estes entraves identificados pela AdC, a Yilport e o Grupo Sousa assumiram um conjunto de compromissos, que a Concorrência aceitou para permitir prosseguir com o negócio.

“A AdC concluiu que os referidos compromissos contribuem para promover a concorrência no transporte marítimo de carga entre Lisboa e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, por um lado, ao eliminarem a ligação estrutural que resultaria do controlo por parte do Grupo Sousa de dois terminais concorrentes no porto de Lisboa e, por outro, ao garantirem determinadas condições de acesso não deterioradas do terminal da Sotagus aos concorrentes do Grupo Sousa”, conclui o comunicado.

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Município de Aveiro investe um milhão de euros em monumento evocativo da muralha e adro da Sé

Este é um "investimento de um milhão de euros que tem um grande valor patrimonial, histórico e cultural", diz Ribau Esteves.

Monumento evocativo da muralha de Aveiro projetado pelo arquiteto Siza Vieira6 de dezembro, 2024

Num investimento de um milhão de euros, a câmara aveirense inaugura, neste domingo, o monumento evocativo da muralha de Aveiro, no local onde existia a Porta do Sol, e a requalificação do adro da Sé, com projeto de arquitetura de Siza Vieira. “Este é um investimento de um milhão de euros que tem um grande valor patrimonial, histórico e cultural”, afirma o autarca Ribau Esteves ao ECO/Local Online.

Considerando que esta empreitada vem valorizar a história da cidade, Ribau Esteves acrescenta que “enriquece esta zona central da cidade, dá uma presença urbana digna à Sé de Aveiro e cria a única obra de arte pública do mundo de um dos melhores arquitetos portugueses que é Siza Vieira”.

Ribau Esteves explica que o monumento evocativo da muralha de Aveiro já era uma ideia antiga do município, muitos anos antes de assumir funções como presidente de câmara. “Nasceu com o meu antecessor; portanto já tem quase 20 anos. Foi alvo de apresentação pública, mas não passou disso e a câmara não deu seguimento”, nota.

É a única obra de arte pública do mundo de um dos melhores arquitetos portugueses que é Siza Vieira.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Apesar de o autarca considerar tratar-se de “um projeto muito interessante, no início do mandato não havia condições” para avançar. Anos depois, o município viria a contratualizar este projeto com arquiteto. “Tomámos a decisão de ter um monumento evocativo à muralha medieval de Aveiro.”

Na sequência das reuniões que a autarquia realizou com o arquiteto, surgiu depois a ideia de avançar com a requalificação do adro da Sé nas imediações e que “criava um espaço insalubre, dado a más práticas, escondendo a Sé”, explica o autarca social-democrata. Acabou por ser demolida a pérgula existente na lateral do adro, sendo substituída por duas linhas de árvores.

A câmara adjudicou a empreitada à CIMAVE – Construtora e Imobiliária de Aveiro que ainda requalificou a área envolvente à Sé, incluindo a plataforma rodoviária.

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Tarifário do abastecimento de água aumenta 1,12% na Batalha

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

“O aumento recomendado pela ERSAR para 2025 de 1,12% é abaixo da taxa de inflação, pelo que temos de aceitar o que o regulador comunica à Águas da Batalha”, sublinhou o autarca.

O Município da Batalha aprovou, com a abstenção dos vereadores do PSD, um aumento de 1,12% dos valores do tarifário para o serviço de abastecimento de água para 2025.

O presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro (movimento independente ‘Batalha é de Todos’) explicou à agência Lusa que o executivo deliberou, na última reunião, aplicar uma atualização de 1,12% ao tarifário vigente, “após parecer favorável da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)”.

O aumento recomendado pela ERSAR para 2025 de 1,12% é abaixo da taxa de inflação, pelo que temos de aceitar o que o regulador comunica à Águas da Batalha”, sublinhou o autarca da Câmara da Batalha, no distrito de Leiria. A vereadora social-democrata Ana Rita Calmeiro justificou à Lusa a abstenção com o facto de os “valores apresentados virem já retificados pela ERSAR”, face à proposta que tinha sido enviada pela administração da empresa municipal Águas da Batalha.

Ana Rita Calmeiro sublinhou, contudo, que o PSD votou contra a criação da Águas da Batalha, pois defendia a concessão, porque o serviço tinha qualidade.

Segundo a informação disponibilizada pela Câmara da Batalha, os consumidores até cinco metros cúbicos (m3) passam a pagar 0,5950 euros (0,5887 em 2024), entre seis e 15 m3 o valor é de 0,8847 (0,8753 em 2024), entre 16 e 25 m3 a taxa cifra-se em 1,4312 euros (1,4159 em 2024) e os consumos superiores a 25 m3 mensais têm um custo de 2,3763 euros (2,3510 em 2024).

A criação da empresa municipal para gerir o abastecimento de água no concelho foi aprovada em 30 de junho de 2022, em reunião de Assembleia Municipal.

No dia seguinte, em comunicado, os vereadores sociais-democratas justificaram o voto contra por considerarem que um “erro não se emenda com outro erro ainda maior”, isto é, “não bastava à atual governação acabar com uma concessão gerida de forma exemplar por empresa privada há 25 anos [Águas do Lena], praticando as tarifas mais baixas da região e fornecendo um serviço de elevada qualidade, como agora decidem constituir mais uma empresa municipal, criar mais uns lugares de nomeação e fazer os munícipes e as empresas pagar esta opção através do aumento sem justificação do preço da água”.

De acordo com os vereadores, esta “é uma má decisão para o futuro do concelho e prejudica o equilíbrio financeiro” daquela autarquia do distrito de Leiria. Consideraram também que “a criação da nova empresa municipal terá um acréscimo de custos muito significativo quando comparado com a opção de internalização para os serviços municipalizados ou da manutenção da concessão a empresa privada”.

No esclarecimento que se seguiu, o Município da Batalha salientou que a criação da empresa “é sustentada pelo término do contrato de concessão” que “findou em janeiro de 2020” e “tem vindo a ser renovado mensalmente”, assinalando que em abril de 2020 a ERSAR emitiu parecer desfavorável “ao estudo de sustentabilidade económica e demais documentos do concurso público para uma nova concessão”.

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Purina lança campanha de Natal para “gerar corrente de boas ações entre pet lovers”. Nuno Markl é embaixador

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  • 6 Dezembro 2024

A campanha dá voz a três testemunhos com histórias diferentes sobre a partilha de tempo para cuidar dos animais. A criatividade é da Innovagency, enquanto o planeamento de meios é da Open Mind.

Com o claim “Partilhar é Cuidar, Juntos pelo Amor aos Animais”, a campanha de Natal da Purina pretende “promover a cooperação entre todos os pet lovers e gerar uma corrente de boas ações nesta época natalícia”. Nuno Markl é embaixador.

“Quem partilha o amor pelos animais sabe que nem todos têm a sorte de ter um lar e que todos merecem sempre a melhor atenção e cuidado. Esta campanha serve para consciencializar, inspirar e divulgar as diferentes formas que existem, envolvendo a comunidade, para ajudar os animais a serem mais felizes, as associações a cumprirem a sua nobre missão e os tutores a terem a vida mais facilitada. Basta um pequeno gesto para fazer a diferença”, diz Ana Silva, marketing manager da Purina.

No seu perfil nas redes sociais, Nuno Markl vai “integrar esta corrente de boas ações pelo amor aos animais” e dar a conhecer as várias formas como os seus seguidores podem ajudar os seus amigos de quatro patas neste Natal.

Entre as várias formas de oferecer tempo destacadas pela Purina na sua campanha está o apadrinhamento de um animal (suportando todos os custos que uma associação tem com ele ao longo da sua vida), o voluntariado numa associação/abrigo de animais, a oferta de donativos monetários, alimentação ou bens, a oferta de tempo para passear um cão de uma associação ou para ser “PetBuddy”, oferecendo-se a disponibilidade a um vizinho, amigo ou familiar de fazer petsitting ao seu animal de estimação.

Para materializar estas doações, a marca disponibiliza um voucher-presente, acessível para download no seu site, de forma a permitir que as pessoas o imprimam e ofereçam enquanto presente simbólico de Natal.

A campanha dá ainda voz a três testemunhos que contam histórias diferentes sobre como partilham o seu tempo a cuidar dos animais, “demonstrando o impacto positivo que estas ações têm nas pessoas e animais à sua volta”.

A criatividade é da Innovagency, enquanto o planeamento de meios é da Open Mind. O vídeo e edição fica a cargo do The Bakery Lab.

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