MPLA na frente com 52,8% dos votos em Angola, mas UNITA contraria dados da CNE

  • Lusa
  • 25 Agosto 2022

Resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições angolana dão vantagem ao MPLA com 52,8%, seguindo-se a UNITA com 42,8%, que contesta estes dados e garante estar na frente.

Os angolanos foram a votos esta quarta-feiraPAULO NOVAIS/LUSA

O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) já divulgou os mais recentes resultados provisórios das eleições gerais de Angola, que dão vantagem ao MPLA com 52,8%, seguindo-se a UNITA com 42,8%, que contesta estes dados. De acordo com Lucas Quilundo foram já escrutinados 86,41% do total dos votos.

Por candidatura, os resultados apontam para 52,8% para o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, e 42,8% para a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Porém, o número dois das listas da UNITA, Abel Chivukuvuku, afirmou que os dados provisórios recolhidos das eleições de quarta-feira apontam para uma vitória do partido. “Os nossos centros de escrutínio [dão] claros indicadores provisórios de tendência de vitória da UNITA em todas as províncias do no nosso país”, afirmou Chivukuvuku, em conferência de imprensa.

Como exemplo, Chivukuvuku indicou que, nos municípios da província de Luanda, o partido no poder (MPLA) ganhou apenas em um município.

Segundo Filomeno Vieira Lopes, dirigente do Bloco Democrático, partido que se associou às listas da UNITA, os dados atuais, só na província de Luanda, indicam que em 60% dos números contabilizados pelo partido, 66% dos votos são na maior formação da oposição.

Instantes antes, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou dados diferentes, com um terço dos votos contabilizados que, segundo as autoridades, indiciam uma vitória do MPLA com 60% dos votos.

Na mais recente atualização, com 77,12% dos votos dos votos apurados em Luanda, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) já lidera com 62,93% dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06%, anunciou esta quinta-feira o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo

(Notícia atualizada às 11h41)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Procura por automóveis de luxo escapa à pressão da inflação

Enquanto o segmento convencional assiste a uma redução na procura, em particular no mercado europeu e norte-americano, marcas de luxo como a Ferrari e Lamborghini festejam os seus melhores resultados.

À medida que a inflação acelera e as taxas de juro sobem, o rendimento disponível das famílias encolhe, levando a ajustamentos na procura. É um cenário que se verifica em muitos setores da economia, incluindo no setor automóvel, que também enfrenta outros constrangimentos, como a escassez de componentes e de matérias-primas. Esta gestão representa um grande desafio para as marcas, levando a ajustamentos na oferta e na procura, mas ainda há razões para otimismo no segmento dos carros de luxo.

De acordo com informações que foram sendo divulgadas pelas principais fabricantes de automóveis, a nível global, é possível ver uma tendência díspar entre o segmento de luxo e os segmentos mais convencionais. As marcas de luxo, como a Ferrari e a Lamborghini, ganham terreno no que toca ao número de encomendas, apesar dos desafios que assolam o setor.

Em contrapartida, a Volvo assistiu a uma queda na procura na Europa e EUA e a Volkswagen identifica sinais de alerta nestes mercados. Já a BMW reviu em baixa o número de novas encomendas, antecipando um ano volátil.

Enquanto isso, a Mercedez-Benz procura refúgio nos modelos topo de gama, antecipando que a procura pelos melhores automóveis continue a aumentar, afastando um cenário de recessão.

Ferrari

Os resultados da Ferrari no segundo trimestre do ano atingiram novos recordes, com as entregas a nível mundial a crescerem 29% e a mais do que duplicarem na China.

Para o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, “a qualidade dos primeiros seis meses e a robustez” do negócio permitem “rever em alta as orientações para 2022 em todas as métricas”, disse, citado pela Reuters.

Com as previsões de lucros superadas, também a “entrada líquida” de novas encomendas atingiu um novo recorde no segundo trimestre, avançou o CEO da marca, sublinhando que a procura aumentou, ainda que a maioria dos seus modelos estivessem esgotados.

Lamborghini

Embora esteja a ser afetada pelos mesmos constrangimentos que têm assolado o setor, a Lamborghini encerrou o primeiro semestre do ano com o melhor resultado de sempre.

Segundo avançou Paolo Poma, administrador financeiro (CFO) da Lamborghini, nos primeiros seis meses do ano, a marca entregou 5.090 unidades a nível mundial, o que representa um aumento de 4,9% face a igual período de 2021. Também o volume de negócios aumentou neste período, tendo atingido os 1.332 mil milhões de euros, um aumento de 30,6% em termos homólogos.

A margem de lucro aumentou dos 24,6% no primeiro semestre de 2021 para 31,9% em igual período de 2022. Face a estes resultados, a Lamborghini espera aumentar o lucro anual para um nível entre os 22% e os 25%, a médio prazo.

Mercedes-Benz

A Mercedes entregou no segundo trimestre do ano cerca de 40 mil veículos a menos, dentro do grupo de pequenos carros familiares (segmento C), em termos homólogos, dando gradualmente prioridade aos seus veículos topo de gama. Isto resultou numa queda geral de 7% das vendas.

Ainda assim, a marca antecipa que a procura pelos seus modelos topo de gama continue a aumentar no segundo semestre de 2022, descartando mesmo um cenário de recessão neste segmento, nos mercados europeu e norte-americano.

Para o CEO da marca alemã, Ola Källenius, a empresa está a verificar uma “forte procura tanto na Europa e nos EUA, como na China – com grandes carteiras de pedidos”, citou o Financial Times. Em função disto, a marca alcançou um lucro “muito sólido” apesar dos constrangimentos na sua cadeia de abastecimento, referiu o CEO.

A marca alemã antecipa agora que as receitas de 2022 fiquem “significantemente acima” dos valores do ano anterior, com um lucro antes de juros e impostos (EBIT) acima dos 16 mil milhões de euros de 2021, segundo Ola Källenius.

Os dados financeiros do setor automóvel apontam, desta forma, para uma manutenção da procura no segmento do luxo, apesar da inflação. No entanto, esta pressão está a afetar a procura das restantes marcas, cuja estratégia comercial não assenta neste nicho, principalmente nos mercados europeu e norte-americano.

Volvo

Fabricantes automóveis como a sueca Volvo já viram as suas vendas cair 21,5% em julho, em termos homólogos, devido a constrangimentos na cadeia de abastecimento. Embora a escassez de semicondutores, e outros componentes, tenha vindo a ditar um aumento de custos e a pressionar a produção automóvel em todo o setor, a Volvo nota uma melhoria na estabilização da sua cadeia de abastecimento.

A empresa sueca espera que a sua produção aumente progressivamente nos próximos meses, à medida que esta normalização continua. Contudo, “com base nessa melhoria esperada, a empresa prevê que as vendas a retalho permaneçam estáveis, ou um pouco mais baixas durante todo o ano de 2022, em comparação com os volumes em 2021”, cita a agência Reuters.

O motivo para esta declaração assenta na queda da procura em dois mercados. Só na Europa, as vendas da Volvo caíram 29,1% em julho, para as 15.893 unidades, e no mercado dos EUA afundaram mesmo 40,7%, para 6.868. Em comparação, as vendas da fabricante na China avançaram 6,4%, para 15.487 veículos, segundo dados citados pelo Marketwatch.

BMW

A fabricante sueca não é a única a rever em baixa as suas previsões de vendas. A alemã BMW, contrariamente à Volvo, não antecipa uma melhoria nos atuais constrangimentos que assolam o setor. A BMW alerta mesmo para um segundo semestre volátil, identificando o abastecimento europeu de energia, bem como o abastecimento de chips em todo o mundo, como os dois fatores principais a influenciar as suas previsões.

Segundo o CEO da BMW, Oliver Zipse, a marca registou uma redução no número de novas encomendas face ao volume do ano passado, sendo este recuo na procura mais percetível no mercado europeu, nomeadamente nos modelos Série 1 e 2, cita a Bloomberg. As atuais encomendas da BMW permanecem em níveis elevados, mas isto deve-se à escassez de semicondutores que tem atrasado as entregas anteriores, e a marca espera mesmo que as entregas de final de ano fiquem aquém do recorde do ano passado de 2,52 milhões de veículos, avança a Reuters.

O reforço das sanções contra a Rússia, a interrupção do abastecimento de gás europeu, e o risco da guerra na Ucrânia se alastrar para fora do país, não foram consideradas nas previsões da BMW.

Volkswagen

Em linha com a BMW e a Volvo, o CFO da Volkswagen, Arno Antlitz, admitiu que “a procura está a cair”, embora tenha sublinhado que “os sinais de alerta são para a Europa e América do Norte”, e não tanto para o mercado da China, indicou a Reuters.

Isto deve-se ao facto de a Volkswagen ter registado uma queda de 16,5% no segundo trimestre nas vendas de veículos elétricos no mercado europeu, um dos seus maiores segmentos, enquanto estas mais que duplicaram na China.

O total de entregas do grupo Volkswagen, a nível mundial, caiu 22,4% no segundo trimestre do ano, sendo que que as entregas afundaram mais acentuadamente na Europa Central e Oriental (-49,3%), avança a Reuters. Esta tendência também se alastra à Europa ocidental, cujas vendas recuaram 25,7% no segundo trimestre, enquanto as quedas no mercado americano e chinês se situaram entre os 16 e 18%.

Ainda assim, Arno Antlitz esclareceu que os registos de novos pedidos de encomendas permanecem preenchidos para os próximos meses.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro do Ambiente apresenta hoje medidas para mitigar aumentos do gás

  • Lusa
  • 25 Agosto 2022

Um dia depois de a EDP Comercial e a Galp anunciarem que vão aumentar os preços do gás a partir de outubro, o ministro Duarte Cordeiro vai revelar medidas de apoio aos consumidores.

O Ministério do Ambiente vai apresentar esta quinta-feira soluções para os consumidores mitigarem os aumentos do gás anunciados na quarta-feira pela EDP e pela Galp, disse à Lusa fonte oficial do ministério. As medidas serão apresentadas pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa à tarde no Ministério, em Lisboa.

As soluções encontradas para os consumidores fazerem face ao aumento do gás anunciado surgem de um trabalho conjunto com a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), acrescentou a mesma fonte.

A EDP Comercial disse à Lusa na quarta-feira que vai aumentar o preço do gás às famílias em média em 30 euros mensais, a partir de outubro, devido à escalada de preços nos mercados internacionais e após um ano sem atualizações. Segundo a presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, a esse valor acrescem ainda “cinco a sete euros de taxas e impostos”.

A EDP Comercial justificou a decisão com a escalada de preços do gás nos mercados internacionais nos últimos meses, uma situação que foi agravada pela guerra na Ucrânia e as restrições ao abastecimento de gás russo, o que fez também aumentar o preço em outros mercados, como, por exemplo, no gás proveniente da Argélia.

Pouco depois deste anúncio, também a Galp fez saber que vai aumentar os preços do gás natural em outubro, num “valor a indicar brevemente”. Em declarações à Lusa, fonte oficial da companhia, apontou a “volatilidade” e aumento do custo como razões para a atualização.

A Galp tinha atualizado o preço do gás natural em 01 de julho, com um aumento de cerca de 3,60 euros para o escalão mais representativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medina nomeia ex-chefe de gabinete para vice-presidente da Estamo

Após António Furtado ser nomeado presidente da Estamo, Medina leva Fátima Madureira para a vice-presidência da imobiliária do Estado. Ambos estavam na câmara de Lisboa quando o ministro era autarca.

Fátima Madureira, atual presidente da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e ex-chefe de gabinete de Fernando Medina quando este era presidente da Câmara de Lisboa, será a próxima vice-presidente da Estamo, a empresa que gere o património imobiliário do Estado. Esta nomeação já recebeu “luz verde” da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap).

Depois da nomeação de António Furtado, ex-diretor da área de Gestão Patrimonial da Câmara de Lisboa, para presidente da Estamo, em julho deste ano, Fernando Medina indica agora para a vice-presidência da imobiliária do Estado a sua ex-chefe de gabinete, Fátima Madureira. A informação foi confirmada ao ECO pelo próprio Ministério das Finanças. Recorde-se que a gestão do património é uma das áreas que ficou diretamente na responsabilidade do ministro das Finanças.

“A Dra. Fátima Madureira, quando terminar funções como Presidente da Agência para a Modernização Administrativa [AMA], irá desempenhar funções de vice-presidente da Estamo”, disse fonte oficial daquele ministério, notando que esta nomeação já tem parecer favorável da Cresap.

Fátima Madureira foi nomeada vice-presidente da Estamo.AMA

De acordo com o perfil de LinkedIn, Fátima Madureira licenciou-se em História na Faculdade de Letras de Lisboa. Começou a trabalhar na Câmara de Lisboa em 1981, na altura na área dos serviços culturais, passando depois para assessora no gabinete do vereador da Cultura, Turismo e Relações Internacionais. Em 1990 foi adjunta do secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).

Sete anos depois voltou para a Câmara de Lisboa, em 1997, onde ficou durante 23 anos, mudando quatro vezes de funções: chefe da Divisão de Promoção e Informação Turística; diretora do departamento de Turismo da Direção Municipal de Cultura, Desporto e Turismo; diretora do departamento de Marca e Comunicação; diretora municipal de Mobilidade e Transportes e, em outubro de 2017, chefe de gabinete de Fernando Medina.

Em outubro de 2020, deixou a autarquia lisboeta e assumiu a presidência da AMA, refere ainda o seu perfil no LinkedIn.

As nomeações de Fátima Madureira e António Furtado fazem parte da nova equipa de gestão da Estamo, que conta ainda com José Realinho de Matos, ex-presidente da Carris, nomeado vice-presidente da Parpública e vogal da Estamo, também em julho deste ano.

A Estamo é a empresa que gere o património imobiliário do Estado e tem atualmente sob gestão cerca de mil milhões de euros em imóveis. Em 2021, de acordo com o Relatório e Contas, a empresa registou um resultado líquido de 30,2 milhões de euros, um aumento de 10,8% face ao lucro de 27,3 milhões de euros alcançado em 2020. Para 2022, “em termos de liquidez”, a empresa previa um ano “particularmente exigente”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sánchez reafirma determinação de Espanha em avançar com gasoduto nos Pirenéus

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Líder do governo espanhol diz que se plano A não avançar, avança o plano B, ou seja, "a interconexão energética entre a Península Ibérica e Itália".

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reafirmou esta quarta-feira “a determinação de Espanha” em avançar com um gasoduto nos Pirinéus e a unanimidade com Portugal nesta matéria, mas garantiu que avançarão ligações com Itália se França demorar o processo.

“O que quero transmitir é, primeiro, a determinação de Espanha em fazer esta interconexão, segundo, o apoio de todas as instituições comunitárias, desde logo, o apoio unânime dos dois governos da Península Ibérica, de Portugal e de Espanha, e terceiro, se não avança o plano A, temos de passar ao plano B, que é a interconexão energética entre a Península Ibérica e Itália”, afirmou Pedro Sánchez.

O primeiro-ministro espanhol respondia a questões de jornalistas em Bogotá, numa conferência de imprensa durante a visita oficial que está a fazer à Colômbia, e tinha sido questionado sobre o ponto de situação do projeto do gasoduto dos Pirenéus, nomeadamente, se tem falado com o Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o assunto, depois de o líder do Governo alemão, Olaf Scholz, ter, há duas semanas, defendido a construção de um pipeline pan-europeu, desde Portugal até à Alemanha.

Agradeço sem dúvida alguma o interesse do chanceler alemão Scholz nesta interconexão, mas se não se puder fazer por causa de dificuldades na política doméstica em França, há uma alternativa”, que é “fazer uma interconexão entre Espanha e Itália”, afirmou Sánchez.

O líder do Governo espanhol lembrou que a Comissão Europeia definiu há algumas semanas as infraestruturas e investimentos na área da energia que devem ser prioritárias dentro da União Europeia, sendo o gasoduto nos Pirenéus uma delas e, como “plano B”, uma ligação a Itália.

A partir daí, o que queremos é que se financie com dinheiro europeu“, algo com que a Comissão Europeia está de acordo, afirmou. Sánchez voltou a lembrar que Portugal e Espanha têm insistido junto da União Europeia e de França na necessidade de acelerar as ligações energéticas entre a Península Ibérica, que é hoje uma “ilha energética”, e o resto da Europa.

Por estarem isolados energeticamente do resto da Europa, Portugal e Espanha desenvolveram infraestruturas que, voltou a lembrar Sánchez, poderiam ser agora usadas por outros países para importação e abastecimento de gás a partir da Península Ibérica e assim diminuir a dependência de gás russo que têm países como a Alemanha. Só no caso de Espanha, estão localizadas no país 30% das capacidades de regaseificação de toda a União Europeia. “Imaginem as capacidades que temos de oferecer alternativas ao gás russo”, disse Sánchez aos jornalistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Haitong Bank passa de lucros a prejuízos de 4,5 milhões no semestre

"Negócio relacionado com a China foi o principal fator para o desempenho mais fraco no primeiro semestre", explica o banco.

O Haitong encerrou o primeiro semestre com um prejuízo de 4,5 milhões de euros, depois de ter reportado lucros de três milhões de euros no mesmo período do ano passado, lê-se num comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O banco aponta a “incerteza económica” como um dos principais fatores.

O banco teve um “resultado líquido negativo de 4,5 milhões de euros, tendo a reversão de imparidades e provisões no período atingido 3,6 milhões de euros”, indica o banco. O produto bancário atingiu 21,7 milhões de euros, menos 51% face ao mesmo período do ano anterior.

“O negócio relacionado com a China foi o principal fator para o desempenho mais fraco no primeiro semestre, tendo os confinamentos impostos em diversas cidades chinesas para combater a Covid afetado negativamente tanto as operações de F&A e DCM, como as transações do grupo”, lê-se.

Os custos operacionais aumentaram 6% no semestre para os 30,5 milhões. O resultado operacional negativo de 8,8 milhões contrasta com os 15,4 milhões de euros positivos registados nos primeiros seis meses de 2021.

O banco aumentou os ativos para 3,1 mil milhões de euros, mais 13,9% face aos 2,7 mil milhões de euros registados no semestre homólogo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra garante apoios a municípios com ou sem estado de calamidade

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Municípios atingidos pelos incêndios vão ter direito a apoios, desde que preencham o critério da aérea ardida e independentemente da declaração do estado de calamidade.

A ministra da Coesão Territorial garantiu esta quarta-feira, em Vila Real, que os municípios atingidos pelos incêndios vão ter direito a apoios, desde que preencham o critério da aérea ardida e independentemente da declaração do estado de calamidade.

“Uma garantia que deixamos ao senhor presidente da Câmara de Vila Real é que, independentemente do estado de calamidade ou de outra classificação qualquer, nós estamos em presença de um problema gravíssimo, arderam cerca de 6.000 hectares aqui, e, portanto, os municípios que preencham um determinado critério, que vai ser a área ardida, vão ter todos direito a um conjunto de apoios”, afirmou Ana Abrunhosa.

A ministra visitou hoje municípios atingidos por fogos rurais e falava aos jornalistas após um reunião na Câmara de Vila Real, concelho onde ainda se encontra ativo um incêndio que deflagrou no domingo, afirmando que é “sempre terrível ver um cenário todo negro”, em que só escaparam as aldeias. “É um drama que nos deixa sempre bastante chocados”, frisou.

Questionada sobre o pedido de calamidade feito recentemente pelo autarca de Ourém, a governante respondeu: “Acontecerá em Ourém o que estamos a fazer em Vila Real, que é o levantamento exaustivo dos danos, nas diferentes dimensão e, depois, a resolução do conselho de ministros aplicar-se-á a todos os municípios que contemplem o mínimo de área ardida que viermos a definir”.

Ana Abrunhosa disse que o critério de área ardida vai ser definido em conselho de ministros e adiantou que será “muito parecido” ao que foi utilizado em Pedrógão Grande.

“O que eu acho que é importante para todos os autarcas perceberem é que não vai haver diferenciação de territórios quer haja ou não declaração do estado de calamidade. A declaração do estado de calamidade poderá ser feita num determinado tipo de território, com um contexto muito particular, mas isso não vai prejudicar, não vai discriminar em termos de medidas de apoio qualquer município que cumpra os critérios de acesso a essas medidas, tenha ou não sido declarado o estado de calamidade. Essa é a garantia que quero aqui deixar”, salientou.

Para o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, é “absolutamente indiferente que se chame estado de calamidade, resolução, o que interessa é que haja medidas e concreto que vão ao encontro das necessidades do território”.

Os apoios, segundo a ministra, “vão estar dependentes do levantamento” dos prejuízos na área da floresta, agricultura, equipamentos públicos e na área do turismo”. No caso de Vila Real deverá ser realizado nos próximos 10 dias. Ficou definida uma “metodologia de trabalho para levantamento dos danos dos incêndios”, a qual será feita pela autarquia com as entidades do Estado na região, como o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e Segurança Social.

E depois do levantamento de tudo o “que foram danos dos incêndios” é preciso, segundo a ministra, perceber quais as intervenções “muito urgentes a realizar” e que, por exemplo, têm a ver com a segurança na circulação e a estabilização dos solos para impedir que a cinza do incêndio escora para os aquíferos nas primeiras chuvadas.

Serão também desenhadas medidas para “tornar estes territórios mais resilientes na área da floresta e agricultura, mas também para “diversificar a base económica destes territórios”. Ana Abrunhosa lembrou que se está a iniciar o Portugal 2030 e que está em curso o Plano de Recuperação e Resiliência que já prevê um conjunto de medidas.

Esta manhã o autarca de Vila Real já tinha contabilizado uma área ardida neste fogo de cerca de 6.000 hectares. No combate ao incêndio que teve início da Samardã, em Vila Real, estavam, pelas 20:00, 397 operacionais e 112 viaturas. Durante a tarde contaram com o apoio dos meios aéreos para enfrentar as várias reativação que se foram verificando pelo perímetro, depois do fogo ter entrado em resolução esta manhã.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Iranianas podem voltar a ver futebol local em estádios, 40 anos depois

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Cerca de 30% dos 28 mil bilhetes para o jogo entre Esteghlal, treinado pelo português Ricardo Sá Pinto, e Mes Kerman, vão ser disponibilizados para o público feminino.

Mais de 40 anos depois, as mulheres iranianas vão poder voltar a ver futebol nacional nos estádios locais, informou esta quarta-feira o Ministério do Desporto do Irão.

Cerca de 30% dos 28 mil bilhetes para o jogo entre Esteghlal, treinado pelo português Ricardo Sá Pinto, e Mes Kerman, vão ser disponibilizados para o público feminino, num teste a esta abertura. Se a avaliação for positiva, a medida será alargada, posteriormente, a todo o país.

Em 2019, e face à pressão da FIFA, já foi autorizado público feminino nos jogos internacionais da seleção, o que aconteceu pela primeira vez desde a Revolução Islâmica de 1979.

Em causa o apuramento para o Mundial2022 do Qatar em que cerca de quatro mil mulheres puderam assistir ao desafio com o Cambodja, numa zona isolada do resto do público, entre o corpo de polícia e pessoal médico.

Essa permissão sucedeu depois de um caso mediático internacionalmente, quando Sahar Khodayar, de 29 anos, morreu depois de se ter imolado à porta de um tribunal em Teerão, revoltada pelo facto de poder ir para a prisão por ter tentado entrar num estádio de futebol disfarçada de homem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seca: Governo recomenda aumento de tarifas da água em concelhos mais afetados

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Governo anunciou mais 11 medidas para minimizar os efeitos da seca, a juntar a outras 82 que já tinham sido tomadas em reuniões anteriores.

O Governo anunciou esta quarta-feira que para fazer face à situação de seca vai recomendar o aumento da tarifa da água para os maiores consumidores em 43 concelhos em situação mais critica.

A medida foi anunciada pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa após uma reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES).

Depois da reunião, a 11.ª deste ano para debater a situação de seca no continente e medidas para minimizar os efeitos, os ministros da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciaram mais 11 medidas, a juntar a outras 82 que já tinham sido tomadas em reuniões anteriores.

O aumento da tarifa, explicou Duarte Cordeiro, deve dirigir-se a consumidores de mais de 15 metros cúbicos de água, sendo que o consumo médio de uma família é de cerca de 10 metros cúbicos.

Duarte Cordeiro explicou que o aumento da tarifa se destina aos 43 municípios com menos água, adiantando que “nada impede que outros” concelhos o façam. “Recomendaria essa medida para qualquer município do país”, disse.

Para os 43 concelhos em situação mais crítica, o Governo, acrescentou Duarte Cordeiro, vai também recomendar restrições no uso da água como a suspensão temporária de lavagem de ruas ou do uso de piscinas, e prevê também um “regime sancionatório para penalizar usos indevidos de água”. Segundo a lista de concelhos, 40 ficam a norte e centro do país e três no Algarve. São concelhos que têm uma capacidade de água que dá para menos de um ano.

Em relação às albufeiras com menos de 20% da sua capacidade, disse o ministro, vai haver uma monitorização mais apertada e vão ser revistos os vários usos da água (títulos de utilização) dessas albufeiras. Vai também procurar-se, acrescentou, alargar a utilização do volume morto dessas albufeiras, e o Governo vai dar também “atenção especial” à proteção de massas de água em zonas de incêndio.

Ainda em relação aos concelhos com menos água o ministro disse que vão ser instaladas torneiras redutoras nos edifícios públicos, com o apoio do Fundo Ambiental, e serão tomadas medidas na área da contabilização da água, para que não haja “volumes de água perdidos ou não considerados para faturação”.

O Governo recomenda também que nesses concelhos a rega se faça durante a noite, e que o setor industrial tenha projetos de eficiência no uso da água. “O país, como um todo, preserva a capacidade de abastecimento público por mais dois anos”, salientou o ministro, frisando que o Governo está disponível para discutir para as regiões com mais falta de água soluções estruturais, além das medidas pontuais agora anunciadas, “para reforçar a resiliência dos territórios”.

Maria do Céu Antunes disse aos jornalistas que a próxima reunião da CPPMAES se realiza dentro de um mês e lembrou que o país sofre uma “situação difícil” de seca, a “mais grave do século”, e que “os dados não são animadores”. Ainda assim, referiu a ministra, dos 44 aproveitamentos hidroagrícolas na maioria (37) foi possível a rega e o abeberamento animal, e nas outras sete albufeiras houve “algumas restrições”.

Atualmente, disse, há 49 albufeiras com água a menos de 40% e quatro abaixo de 20% da capacidade, nas quais o Governo recomenda que a rega se faça durante a noite.

A seca prolongada no continente está a afetar as culturas, levou a cortes no uso da água e obrigou aldeias a serem abastecidas com autotanques.

Desde outubro do ano passado até agosto choveu praticamente metade do que seria o normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA colocava no final de julho 55,2% do continente em situação de seca severa e 44,8 em situação de seca extrema. Não havia nenhum local continental que estivesse em situação normal, ou em seca fraca ou mesmo em seca moderada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Feira do Livro de Lisboa é evento cultural, mas faturação também importa

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Os editores admitiram um ligeiro ajuste nos preços dos livros. Feira do livro "é importante do ponto de vista comercial, porque se vendem livros que estão fora das livrarias".

A Feira do Livro de Lisboa, que começa esta quinta-feira, é um ponto de encontro cultural para leitores, mas também um momento importante de faturação para quem vende, mesmo em tempos de crise, afirmaram esta quarta-feira à Lusa alguns livreiros.

Na véspera de abertura oficial ao público, havia um reboliço no Parque Eduardo VII, com dezenas de trabalhadores, editores e livreiros a desempacotarem caixas, a ordenar livros nos escaparates e a colarem os últimos cartazes nos renovados espaços expositivos que acolhem os 140 participantes da 92.ª edição.

Na área da Relógio d’Água, que ocupa vários stands com novidades editoriais e fundos de catálogo, o editor Francisco Vale explicou à agência Lusa que a presença em feiras do livro, como as de Lisboa e do Porto, é importante para a saúde financeira da editora, representando cerca de 10% da faturação. “Uma vez por ano transformamo-nos em livreiros”, disse Francisco Vale, sublinhando que a Relógio d’Água, a celebrar 40 anos de existência, tem condições “para resistir” a mais uma crise, nomeadamente com a subida da inflação e do preço dos materiais de produção, em particular do papel.

Estamos a responder da maneira que podemos, não subindo o preço dos livros, a não ser muito ligeiramente, e poupar noutros fatores de produção, fazendo tiragens menores, escolhendo papéis mais acessíveis sem perda de qualidade”, exemplificou.

Noutro corredor da feira, Fernando Castro, representante editorial da Kalandraka, contou à agência Lusa que a feira deste ano “vai ser um tira-teimas” para se perceber se o aumento do custo de vida dos portugueses “vai ter influência na compra dos livros”. Admitindo que “a faturação é muito importante” para esta editora focada no livro ilustrado, Fernando Castro disse esperar que a Kalandraka alcance, pelo menos, os valores de venda de 2021, acima dos 20.000 euros.

O presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, sublinhou à agência Lusa que a Feira do Livro de Lisboa é um momento importante na vida cultural da cidade, pela presença de muitas editoras, pela extensa programação e porque permite o contacto direto entre leitores e autores. No entanto, também “é importante do ponto de vista comercial, porque se vendem livros que estão fora das livrarias”, permite o “escoamento de stocks” e é “um um momento privilegiadíssimo para gerar tesouraria” para as editoras de menor dimensão.

Pedro Sobral reconheceu o “sobrepeso de novas variáveis” no mercado da edição, com o aumento do custo e até escassez de matérias-primas, o que fez com que “alguns editores tivessem adaptado o plano editorial”. Os editores contactados pela agência Lusa admitiram um ligeiro ajuste nos preços dos livros, mas o presidente da APEL explicou que “a maioria dos aumentos dos preços das matérias-primas tem sido absorvida pelos editores”, não tendo um peso substancial no preço final do consumidor.

Percorrendo os corredores da feira, entre os últimos trabalhos de montagem, é possível ver quem cole cartazes informativos, instale espaços móveis e dê destaque a promoções e preços mais baixos.

Ana Gaspar Pinto, responsável pela comunicação do recente grupo editorial Infinito Particular, afirmou à agência Lusa que as expectativas para esta edição da feira são altas, porque a participação na edição de 2021 “correu muito bem”. “A feira é um ponto de contacto com o leitor. É muito bom falar com eles, ter feedback e a feira é a única oportunidade. Sabemos que é um ano mais difícil… tudo aumentou, desde bens de consumo a bens de cultura. Os portugueses terão menos dinheiro no bolso, mas esperamos conseguir conquistá-los com as ofertas que temos e tentar não aumentar o preço dos livros”, disse.

A 92.ª edição da Feira do Livro de Lisboa decorrerá até 11 de setembro e foi apresentada pela APEL como “a maior edição de sempre”, com 140 participantes – mais dez do que em 2021 – e 340 pavilhões, sendo esperados mais de meio milhão de visitantes no Parque Eduardo VII. A Ucrânia é o país convidado da feira, com a presença de um pequeno ‘stand’ com livros ucranianos e programação associada, para “criar uma espécie de bolha sobre a cultura editorial para que os ucranianos tenham um pequeno oásis de tranquilidade”, explicou Pedro Sobral.

Toda a programação da feira e informação sobre os participantes está em feiradolivrodelisboa.pt.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Observadores portugueses destacam normalidade do ato eleitoral em Angola

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Observadores portugueses que estão a acompanhar as eleições em Angola consideram que o processo eleitoral decorreu sem incidentes e com “total normalidade”.

Observadores portugueses que estão a acompanhar as eleições desta quarta-feira em Angola consideram que o processo eleitoral correu sem incidentes e com “total normalidade”, correspondendo a “um passo em frente do ponto de vista da democratização” do país.

“Creio que estas eleições correspondem a um passo em frente do ponto de vista da democratização”, disse o presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, observador convidado pelo Presidente da República de Angola e pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Para o político socialista, a eleição está a correr “de forma razoavelmente próxima das visões mais otimistas que poderiam existir para o seu desfecho”, e o facto de haver uma dúvida quanto ao vencedor “é sinal de que há um mínimo de densidade democrática no ato eleitoral”.

O observador concluiu que o ato eleitoral “correu com alguma desenvoltura”, recordando que pela primeira vez houve votação na diáspora e que o número de observadores internacionais foi “francamente aumentado e diversificado”.

“Verifiquei ao longo do dia que os cadernos eleitorais estão acessíveis aos delegados que ali estão presentes, têm fotografias, as pessoas são identificadas com uma marca de tinta que não lhes permite a duplicação do voto, há delegados dos partidos políticos – de mais do que um partido político – em todas as mesas de voto do país”, exemplificou.

Admitindo que nem tudo seja “concretizado e escrupulosamente respeitado”, Carlos César sublinhou que, do ponto de vista do direito eleitoral, “na generalidade, [o processo] corresponde ao perfil desses normativos, por exemplo, nos países europeus”.

O ex-ministro social-democrata José Luís Arnaut, observador convidado também pelo Presidente João Lourenço, disse, após acompanhar o dia eleitoral em cerca de 30 mesas de votos na região de Luanda e arredores e depois de falar com outros observadores em outras zonas do país, que “o processo correu com total normalidade”.

“O que pude constatar do que eu vi com os meus olhos e do que auscultei dos presidentes das mesas de voto nas assembleias mais significativas aqui da região de Luanda (…) foi que o processo ocorreu com toda a normalidade e não foram assinalados nenhumas situações”, disse.

Eventualmente poderá ter havido aqui e ali alguns problemas, mas isso há em todo o lado e não são significativos”, afirmou, sublinhando que “a normalidade do processo eleitoral é um sinal positivo a assinalar, que decorre também da normalidade da campanha”.

A campanha eleitoral, sublinhou Arnaut, foi “muito viva, muito intensa e muito participada, mas correu dentro da completa normalidade”, um sinal importante do “processo democrático evolutivo que Angola está a viver”.

O também social-democrata António Rodrigues, observador individual convidado da CNE, concordou que “tudo correu de acordo com o que estava programado e que constava de todas as indicações e instruções” da comissão eleitoral.

Após visitar 12 assembleias de voto, correspondentes a cerca de 40 ou 50 mesas, Rodrigues disse não ter recebido relatos de incidentes. “Devo dizer que encontrei um processo eleitoral organizado de uma forma fantástica, extraordinariamente profissional, como não encontramos por exemplo em Portugal, e nada indica, pelo menos que nós tenhamos conhecimento, que alguma coisa tenha corrido incorretamente”, afirmou.

As quintas eleições gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais partidos do país, o MPLA (Governo) e a UNITA (oposição), que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional. João Lourenço, atual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior.

No total, concorrem oito formações políticas que tentam conquistar o voto dos 14,4 milhões de eleitores. O processo eleitoral, que tem cerca de 1.300 observadores nacionais e internacionais, tem sido criticado pela oposição, considerando-o pouco transparente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Benfica compra direitos do jogador Fredrik Aursnes por 13 milhões

  • ECO
  • 24 Agosto 2022

A SAD dos encarnados indica ainda que o contrato com o jogador inclui uma cláusula de rescisão no valor de 50 milhões de euros.

O Benfica comprou Fredrik Aursnes aos holandeses do Feyenoord Rotterdam por 13 milhões de euros. O negócio foi confirmado esta quarta-feira, sendo que a este montante podem acrescer mais dois milhões de euros, mediante objetivos. Médio norueguês, de 26 anos, assinou contrato por cinco épocas.

Em comunicado enviado à CMVM, a SAD do Benfica indica que pagou 13 milhões de euros pelos direitos do jogador Fredrik Aursnes, ao “qual acresce um valor de 2.000.000 euros (dois milhões de euros) pagos em função de objetivos pré-definidos e num prazo máximo de 35 meses”.

As “águias” garantem ainda que o clube holandês terá direito a receber mais 10% do valor de uma futura transferência do médio norueguês.

Por fim, a SAD dos encarnados indica ainda que o contrato com o jogador inclui uma cláusula de rescisão no valor de 50 milhões de euros, que “vigora até 30 de junho de 2027″.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.