Governo explica limite do cheque de 125 euros: é o dobro do salário bruto mensal médio

O apoio de 125 euros, anunciado como parte do pacote anti-inflação, será atribuído a pessoas com rendimentos até 2.700 euros brutos por mês.

Já foi publicado em Diário da República o diploma que aprova os apoios anunciados pelo Governo para combater a inflação, que incluem um cheque de 125 euros para pessoas com rendimento bruto até 2.700 euros por mês. Este limite, que provocou alguma discussão após o anúncio, foi definido por ser o dobro da remuneração bruta mensal média em 2021, precisa o documento.

Este apoio extraordinário a titulares de rendimentos e prestações sociais vai dar um cheque de 125 euros para os cidadãos elegíveis, independentemente da sua situação familiar, sendo acrescido de 50 euros por cada dependente a cargo (até aos 24 anos). Para o receber, apenas podem ter um rendimento bruto até 2.700 euros por mês, o que corresponde a 37.800 euros por ano.

Estão assim excluídas as “pessoas que tenham auferido, em 2021, rendimentos elevados”, como caracteriza o próprio Governo.

Mas como são definidos os rendimentos “elevados”? Foi “tomando por referência o dobro da remuneração bruta mensal média apurada pelo Instituto Nacional de Estatística referente a 2021”, lê-se no diploma publicado terça-feira à noite em Diário da República.

O Governo já tinha sinalizado a intenção de incluir a classe média no pacote de apoios, com o ministro das Finanças a apontar, na apresentação das medidas que “as classes médias estão a ser muito atingidas”. “Entendemos que, porque temos contas certas, as podemos utilizar ao serviço do país”, disse.

A medida visa “abranger as pessoas residentes em Portugal que declarem rendimentos em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) ou tenham rendimentos declarados à Segurança Social nos anos de 2021 ou 2022, sendo excecionadas as pessoas que tenham auferido, em 2021, rendimentos elevados, os quais foram definidos tomando por referência o dobro da remuneração bruta mensal média apurada pelo Instituto Nacional de Estatística referente a 2021, ou ainda beneficiem de prestações sociais atribuídas pela Segurança Social abrangidas pela medida”, como define o Executivo.

Assim, quem não tenha declarado rendimentos em sede de IRS em 2021 fica excluído, enquanto estão incluídos aqueles que tenham rendimentos declarados à Segurança Social nos anos de 2021 ou 2022.

Além disso, são também elegíveis para receber o cheque as pessoas que tenham beneficiado, em 2021 ou 2022, de uma das seguintes prestações: prestações de desemprego; prestações de parentalidade com remuneração de referência mensal que não ultrapasse 2.700 euros; subsídios de doença e doença profissional, prestado por um período não inferior a um mês e com remuneração de referência mensal que não ultrapasse 2.700 euros; rendimento social de inserção, sendo maiores de 18 anos de idade; prestação social para a inclusão, sendo maiores de 18 anos de idade; complemento solidário para idosos, sem pensão atribuída; subsídio de apoio ao cuidador informal principal ou aquelas que estejam inscritas como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional, e não estejam numa situação de desemprego voluntário.

Há ainda o complemento de 50 euros por cada dependente a cargo, até aos 24 anos (sem limite de idade para dependentes com deficiência).

Estes apoios não serão tributados, sendo os montantes apresentados já líquidos (125 euros para cada cidadão elegível, mais 50 euros por cada dependente abrangido pela medida).

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Portugal estagna no segundo trimestre e é o quinto pior da UE

Zona Euro cresceu 0,8% no segundo trimestre face aos três meses anteriores. Com uma variação de 0%, Portugal está entre os piores desempenhos. No emprego também.

A economia da Zona Euro cresceu 0,8% no segundo trimestre face ao anterior, acelerando muito ligeiramente em relação aos 0,7% dos primeiros três meses do ano. Mesmo com a revisão em alta do PIB pelo INE, para 0%, Portugal regista o quinto pior desempenho entre os países da União Europeia.

Já em termos homólogos a economia portuguesa é uma das que mais cresce. O PIB avançou 7,1% no segundo trimestre, superando os 4,1% da Zona Euro. Só Irlanda, Grécia, Croácia, Malta, Eslovénia e Países Baixos cresceram mais que Portugal, indicam os dados do Eurostat.

No conjunto da União Europeia, o PIB avançou 0,7% em cadeia, uma décima menos do que ritmo registado entre janeiro e março. Comparando com o mesmo período de 2021, a economia do bloco avançou 4,2%.

O consumo das famílias (crescimento de 1,3% na Zona Euro e 1,2% na UE) e do Estado (ambos 0,6%), bem como o investimento (0,9% na Zona Euro e 0,7% na UE), contribuíram positivamente para a evolução do PIB. Já as exportações líquidas tiveram um contributo negativo, devido ao crescimento mais acelerado das importações (1,8% na Zona Euro e 1,9% na UE) do que das vendas ao exterior.

Os Estados-membros com melhor desempenho na variação trimestral foram a Holanda (+2.6%), Roménia, (+2.1%) e Croácia (+2.0%). Quatro países registaram uma contração do PIB: Polónia (-2.1%), Estónia (-1.3%), Letónia (-1.0%) e Lituânia (-0.5%).

Portugal entre países onde emprego desceu

Os dados mostram que a economia europeia tem resistido melhor do que alguns economistas antecipavam ao impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Isso é evidenciado também pelo emprego, que cresceu 0,4% em cadeia na Zona Euro e no conjunto da UE no segundo trimestre. O ritmo foi, no entanto, inferior aos 0,7% registados entre janeiro e março, no bloco da moeda única. Em termos homólogos, o crescimento foi de 2,7% na Zona Euro e de 2,4% na UE.

Portugal registou a segunda maior quebra trimestral no número de postos de trabalho, com uma variação de -0,7% face aos primeiros três meses do ano. Só a economia espanhola teve um comportamento pior: -1,1%. Estónia, Roménia e Croácia também tiveram quedas no emprego. Lituânia (3,1%), Chéquia e Irlanda (1,6%) registaram os maiores crescimentos.

A produtividade do trabalho aumentou 1,5% e 1,8% entre abril e junho, em termos homólogos, um ritmo superior aos 1% que marcaram os anos entre 2013 e 2018. Fazendo o cálculo com base nas horas trabalhadas, o crescimento foi de 0,3% na Zona Euro e 1% na UE.

(notícia atualizada às 11h00)

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Getlife lança novo seguro de vida para bombeiros

  • Servimedia
  • 7 Setembro 2022

A seguradora espanhola criou um novo seguro exclusivo para bombeiros. De acordo com dados do Ministério do Interior, existem cerca de 20 mil bombeiros em Espanha.

A Getlife, uma seguradora espanhola, lançou um novo seguro de vida especialmente concebido para bombeiros que não implica um aumento do prémio para este grupo e garante uma indemnização pelo valor do capital segurado para o utilizador, familiares ou entes queridos em caso de morte ou incapacidade permanente absoluta devido a acidentes durante atos de serviço.

Segundo dados do Ministério do Interior, cerca de 20 mil bombeiros em Espanha. O facto de estes profissionais estarem dispostos a pôr as suas vidas em risco para ajudar os outros leva-os a sujeitarem-se a condições perigosas, mas também a expor-se a ameaças invisíveis como produtos químicos tóxicos que podem causar doenças a longo prazo, tais como doenças cardíacas, danos pulmonares e cancro.

Estudos recentes mostram que os bombeiros correm maior risco de morrer de cancros contraídos no exercício das suas funções do que de acidentes de trabalho pontuais. Além disso, devido aos químicos com que frequentemente entram em contacto, os bombeiros têm uma esperança de vida oito anos mais curta do que o resto da população.

Por esta razão, a Getlife decidiu criar este novo seguro exclusivo para bombeiros que, além de permitir aos utilizadores receber antecipadamente 10% da indemnização, até 6 mil euros, em caso de morte do segurado para cobrir despesas funerárias, também beneficia do modelo de negócio desenvolvido pela ‘insurtech’.

Este modelo de negócio tem um método de contratação 100% online, sem papelada e sem exames médicos ou limites de tempo. O seguro entra em vigor imediatamente, o prémio é pago todos os meses e a apólice pode ser gerida e modificada online a qualquer momento para adaptar a cobertura às necessidades do utilizador em qualquer momento. A partir de 5 euros por mês, os utilizadores podem segurar 150 mil euros de compensação.

A Getlife tem como objetivo assegurar que todos tenham acesso a apólices de seguro de vida éticas e de fácil compreensão e que sejam adaptadas às vidas das pessoas que protegem. A empresa é, por isso, pioneira na utilização de análises preditivas e tecnologias de dados sofisticadas para remover barreiras que impedem as pessoas de obter uma cobertura justa e sem sobretaxas e políticas que não correspondem à situação de saúde do cliente.

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Preço do gás natural cai 4% para 228 euros por MWh

Ministros da Energia da União Europeia deverão reunir-se esta sexta-feira para discutir a fixação de limites aos preços do gás natural que vem da Rússia.

Os preços do gás natural na Europa estão a cair 4% esta quarta-feira, acumulando igualmente uma queda de 5% nos últimos cinco dias. Este desempenho acontece depois do disparo de 25% no início da semana. Os ministros da Energia da União Europeia (UE) deverão reunir-se esta sexta-feira para discutir a fixação de limites aos preços do gás natural que vem da Rússia.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em outubro está esta manhã a cair 4,1% para 230 euros por MWh, o equivalente a uma queda de 4,55% nos últimos cinco dias. Este desempenho é uma correção dos preços face ao disparo de 25% que acontece há dois dias.

Evolução do preço do gás natural na Europa desde março.

Os ministros da Energia da UE deverão reunir-se sexta-feira para discutir a fixação de limites aos preços do gás natural russo, disse a ministra da Energia da Espanha, Teresa Ribera, esta terça-feira. De acordo com a Reuters, a responsável referiu que a Comissão Europeia, que está a liderar as discussões entre os ministros, fez circular propostas que incluem limites para o preço pago pelos países da UE pelo gás russo.

“Dissemos às empresas espanholas e àqueles que operam no setor que é importante estarem preparados o obterem garantias antes de um possível limite de acesso a navios-tanque com gás liquefeito da Rússia”, disse a ministra espanhola, em declarações aos jornalistas.

De acordo com um draft consultado pela Reuters, em cima da mesa estarão opções como fixar um teto ao preço para o gás importado, para o gás usado para produzir eletricidade ou até a remoção temporária de centrais a gás do atual sistema da UE de fixação de preços de eletricidade. A construção de um novo gasoduto a ligar as redes de gás espanhola e francesa, conhecido como Midcat, também deverá ser discutido esta sexta-feira, disse Ribera.

De acordo com o Financial Times, a Noruega também está disponível para discutir possíveis acordos de gás de longo prazo e tetos de preços com os parceiros europeus, disse o primeiro-ministro daquele país, que se tornou um dos maiores beneficiários das sanções impostas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia, substituindo Moscovo como o maior fornecedor de gás da Europa e como um importante vendedor de petróleo e eletricidade em todo o continente.

“Compreendo perfeitamente que a Europa agora tem um debate profundo sobre como funcionam os mercados de energia, como estes podem garantir preços mais acessíveis para cidadãos, famílias e indústrias e de como essa escassez de gás depois da agressão de [presidente russo Vladimir] Putin pode ser tratada”, disse Jonas Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega. “A Noruega não fecha portas a essa discussão”.

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Erdogan culpa Ocidente por “provocação” contra a Rússia

Erdogan culpa o Ocidente por “provocação” contra a Rússia. A presidente da Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira cinco medidas urgentes para lidar com a crise energética.

O Presidente da Turquia, Recep Erdogan, responsabilizou esta quarta-feira, em Belgrado, os países ocidentais pela “provocação” contra a Rússia e salientou a necessidade de se manter uma postura de equilíbrio.

Já o Presidente russo quer travar a exportação dos cereais ucranianos para a Europa, reiterando que quer que se dirijam para “os países mais pobres”. Vladimir Putin disse que vai falar com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre este assunto. Putin sinalizou também que as sanções do Ocidente contra o país eram um perigo para o mundo inteiro, que na sua opinião se está a voltar cada vez mais para a Ásia.

A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, já conversou com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy para prometer o “apoio total” à Ucrânia. Além disso, também já se alinhou com o Presidente norte-americano, Joe Biden, sendo que ambos prometeram fortalecer o relacionamento perante a agressão de Vladimir Putin.

Esta quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia apresentou cinco medidas urgentes para lidar com a crise energética, onde se inclui a fixação de limites aos preços do gás natural que vem da Rússia. As medidas serão propostas e debatidas entre os Estados-membros na reunião extraordinária do Conselho Europeu de ministros com a tutela da energia, agendada para a próxima sexta-feira, 9 de setembro.

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Nas notícias lá fora: lucros inesperados, Repsol e Covid-19

  • ECO
  • 7 Setembro 2022

A antiga comissária europeia Emma Bonino defende a revisão dos tratados europeus para criar uma Europa federal e, esta semana, inicia-se nos EUA uma campanha anual de vacinação contra a Covid-19.

A Comissão Europeia está a pressionar para que os Estados-membros avancem com impostos nacionais sobre os lucros inesperados das empresas energéticas para ajudar a suportar o impacto da subida dos preços da eletricidade. A Repsol vendeu 25% do seu negócio de exploração de hidrocarbonetos ao fundo EIG, numa operação avaliada em 4.850 milhões de euros. E os Estados Unidos iniciaram esta semana uma campanha anual de vacinação de reforço contra a Covid-19. Veja algumas das notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

UE planeia taxar lucros inesperados para combater preços de energia elevados

Bruxelas está a fazer força para que avancem impostos nacionais sobre os lucros inesperados das empresas de energia, para mitigar as contas de eletricidade, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu como “astronómicas”. As taxas propostas, que serão debatidas pelos ministros de Energia da UE na sexta-feira, teriam como alvo produtores de combustíveis fósseis e geradores de energia de baixo carbono que obtiveram lucros extras graças aos preços da eletricidade elevados artificialmente.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Repsol vende 25% do negócio de produção de petróleo por 4.850 milhões

A Repsol vendeu 25% do seu negócio de exploração de hidrocarbonetos ao fundo EIG, numa operação avaliada em 4.850 milhões de euros, informou a empresa à CMVM espanhola. O fundo EIG, especializado em infraestruturas e energia, vai pagar 3.430 milhões de euros por um quarto das ações da Repsol Upstream e assumirá 1.400 milhões de dívida. A operação não implicará ganhos de capital para a Repsol, que continuará a consolidar este negócio nas suas contas.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Euractiv Italy

Ex-comissária Emma Bonino defende rever tratados para UE federal

A candidata às legislativas italianas pelo partido Mais Europa e ex-comissária europeia Emma Bonino defende a revisão dos tratados europeus no sentido da criação de uma Europa federal. No âmbito de uma atribulada campanha para as eleições antecipadas de 25 de setembro em Itália, em que os partidos – a maioria dos quais coligados em dois grandes blocos, de centro-esquerda e centro-direita – parecem cada vez mais dividir-se entre pró e anti-União Europeia, a líder da formação Mais Europa, defendeu que “há ainda algumas peças importantes em falta: não só a Europa da defesa, mas também a da política externa, porque, sem política externa, nem sequer sei o que defesa significa”.

Leia a notícia completa no Euroactiv Italy (acesso livre, conteúdo em italiano)

Swissinfo

Borrell pede à Geórgia que tome medidas para se aproximar da UE

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, desafiou a Geórgia a superar a polarização política e a avançar com as reformas definidas pela Comissão Europeia para poder integrar o grupo dos 27. Em conferência de imprensa com o primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili, após o Conselho de Associação UE-Geórgia, Borrell insistiu que a ambição de aderir à UE anda a par com a responsabilidade de superar a polarização política. As divisões entre partidos têm marcado a agenda política na Geórgia nos últimos anos. “Devemos construir pontes em todo o espetro político e concentrar os esforços coletivos da Geórgia para alcançar o objetivo declarado de ingressar na UE”, disse o chefe da diplomacia comunitária. “Não falo só de todos os polos do Governo, que tem mais responsabilidade, mas de todo o espetro político, este é um processo inclusivo em que todos devem participar”, acrescentou.

Leia a notícia completa no Swissinfo (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Estados Unidos recomendam vacinação anual contra a Covid-19 a cada outono

Esta semana inicia-se nos Estados Unidos uma campanha anual de vacinação de reforço contra a Covid-19 para todos os cidadãos com mais de 12 anos. Num comunicado divulgado pela Casa Branca, o Presidente norte-americano disse que a campanha irá marcar o lançamento de uma nova estratégia, segundo a qual a maioria dos norte-americanos poderá apenas receber uma dose de vacina de reforço uma vez por ano. “A partir desta semana, em dezenas de milhares de farmácias, consultórios médicos e centros de saúde comunitários, entre outros locais, os americanos com 12 anos ou mais podem ir receber esta nova vacina contra a Covid-19”, disse Joe Biden. O Chefe de Estado disse que, tal como a vacina anual contra a gripe, a vacinação contra a Covid-19 deverá acontecer entre o início de setembro e o final de outubro, reduzindo o risco de contrair ou espalhar da doença.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

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UE planeia taxar lucros inesperados para combater preços de energia elevados

A Comissão vai apresentar algumas propostas aos Estados-membros para fazer face aos preços da energia, que deverão incluir uma redução do uso de eletricidade e tetos para o gás russo.

Bruxelas estará a fazer força para que avancem impostos nacionais sobre os lucros inesperados das empresas de energia, para mitigar as contas de eletricidade, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu como “astronómicas”, segundo avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

As taxas que devem ser propostas, que serão debatidas pelos ministros responsáveis pela pasta da Energia dos países da União Europeia nesta sexta-feira, teriam como alvo produtores de combustíveis fósseis e geradores de energia de baixo carbono que obtiveram lucros extras graças aos preços da eletricidade elevados artificialmente, segundo pessoas familiarizadas com o plano.

Seriam assim aplicadas aos lucros acumulados pelas empresas de energia que não dependem do gás para produzir energia, como parques eólicos e centrais nucleares. A Comissão também defende taxas sobre os produtores de petróleo e gás que tiveram lucros recordes. Os Estados-membros ainda não apoiaram as propostas, que vão ser debatidas entre os ministros.

As taxas nacionais deverão então fazer parte de propostas que também contemplam uma redução do uso de eletricidade, deslocando a procura dos períodos de pico. Bruxelas sugere, por exemplo, reduzir o consumo de eletricidade durante os horários de pico, mudando os processos industriais para horários de baixo uso, como fins de semana e noites.

A Comissão Europeia também trabalhará com os Estados-membros para garantir que os produtores de eletricidade tenham liquidez suficiente.

Os planos da Comissão devem incluir ainda um teto de preço para o gás de gasoduto russo, uma medida que tem em vista limitar os lucros do Presidente russo Vladimir Putin com a “guerra atroz contra a Ucrânia”, segundo declarações de Ursula von der Leyen.

É de salientar que em Portugal, a possibilidade de impor taxas sobre os lucros extraordinários de empresas tem sido afastada, sendo que na conferência de imprensa desta semana o ministro do Ambiente salientou que já se está a “aproveitar estes ganhos extraordinários destas empresas na aplicação do financiamento das medidas que estamos a adotar”, por exemplo através do mecanismo ibérico.

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Lisboa pintada de vermelho com energia a penalizar

Bolsa de Lisboa está com todas as cotadas em terreno negativo, acumulando uma perda superior a 1%, e acompanhando a tendência negativa do resto da Europa.

A bolsa de Lisboa está pintada de vermelho esta quarta-feira, com todas as cotadas a desvalorizar. O destaque desta sessão são as cotadas do setor energético, nomeadamente Galp Energia e GreenVolt, que acumulam quedas de mais de 3%. Lisboa está a acompanhar perdas do resto da Europa.

O PSI está a cair 1,31% para 5.888,71 pontos, numa altura em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, recua 0,84% para 410,90 pontos.

Por cá, o destaque desta sessão são os títulos da GreenVolt, que caem 4,39% para 8,72 euros, depois da empresa apresentar um crescimento de 17% nos lucros no primeiro semestre, acompanhados pelos da Galp Energia, que desvalorizam 2,56% para 10,675 euros, num dia em que os preços do petróleo caem mais de 1% nos mercados internacionais.

Ainda no setor energético, a EDP recua 0,73% para 4,74 euros e a EDP Renováveis perde 1,13% para 23,52 euros. A REN perde 0,57% para 2,605 euros.

Destaque ainda para o BCP, que recua 1,57% para 0,1442 euros, e para as cotadas do setor do papel: a Altri recua 2,11% para 5,325 euros, a Navigator recua 1,73% para 3,75 euros e a Semapa desvaloriza 0,57% para 13,92 euros.

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Já pode mudar para o mercado regulado do gás

Consumidores que queiram regressar ao mercado regulado de gás natural já o podem fazer junto de um comercializador de último recurso.

Os consumidores que queiram regressar ao mercado regulado de gás natural já o podem fazer junto de um comercializador de último recurso (CUR) — ou seja, os comercializadores em mercado regulado. O decreto-lei que prevê esta mudança foi publicado na noite de terça-feira em Diário da República.

“O presente decreto-lei estabelece um regime excecional e temporário que permite aos clientes finais de gás natural com consumos anuais inferiores ou iguais a 10.000 m3 aderir ao regime de tarifa regulada de venda de gás natural”, refere o documento, que já está esta quarta-feira em vigor, permitindo aos consumidores que queiram regressar ao mercado regulado celebrar um novo contrato junto de um comercializador de último recurso.

A mudança de comercializador deve ser feita através do operador logístico de mudança de comercializador e os comercializadores de último recurso vão ter de dar a possibilidade de o consumidor fazer essa alteração por via eletrónica, dispondo de 45 dias para o fazer após a publicação do diploma. A passagem para mercado regulado não exige inspeção nem terá custo adicional para os consumidores.

Consulte aqui a lista dos comercializadores do mercado livre e regulado, elaborada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

O ministro do Ambiente adiantou esta terça-feira, em conferência de imprensa, que o mercado regulado proporcionará uma fatura 33% mais baixa do que a oferta mais competitiva do mercado livre e uma poupança média de 60% na comparação com o comercializador de gás com mais clientes.

“Se todos os clientes passarem para o mercado regulado [1,3 milhões de consumidores]”, a medida vai resultar numa redução da receita em IVA de 112 milhões de euros ao longo de um ano, explicou Duarte Cordeiro.

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Clara Raposo vai ser a nova vice-governadora do Banco de Portugal

A presidente do ISEG está prestes a entrar na equipa de Mário Centeno, como vice-governadora, tal como Máximo dos Santos, que deverá ser reconduzido no cargo.

Três anos depois da saída de Elisa Ferreira, rumo a Bruxelas, o Banco de Portugal vai ter uma nova vice-governadora. A presidente do ISEG, Clara Raposo, vai entrar no conselho de administração do supervisor, apurou o ECO junto de duas fontes diferentes. A professora estava indicada para o conselho de administração do BCP, como não executiva, soube-se esta semana que o seu nome não chegou a ser proposto ao BCE, mas o comunicado do banco omitiu as razões desta indisponibilidade, referindo apenas motivos “pessoais”. A indicação para o Banco de Portugal é, afinal, o verdadeiro motivo.

Licenciada em Economia na Universidade Nova de Lisboa, com mestrado na Universidade de Londres e doutoramento na London Business School, Clara Raposo teve uma experiência profissional muito próxima do mundo académico, primeiro no ISCTE e depois no ISEG. Em 2018 chegou a presidente do ISEG, onde já era Professora Catedrática de Finanças no Departamento de Gestão há oito anos.

Aos 51 anos, Clara Raposo está ligada à gestão de várias empresas. Neste momento, é presidente do conselho de administração da Greenvolt (2021-23) e membro não executivo do conselho da Nos. Antes, foi administradora não executiva da Interbolsa, membro da direção do Instituto Português de Corporate Governance (2019-2021) e estava indicada para a administração do Millennium BCP. O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre esta indicação para o Banco de Portugal — da responsabilidade do ministro Fernando Medina –, mas não obteve qualquer resposta até à publicação desta notícia.

Mulher do atual presidente da Infraestruturas de Portugal e ex-secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz , Clara Raposo tem de ser ouvida na comissão do orçamento e finanças da Assembleia da República, condição para a formalização da sua nomeação como vice-governadora.

A pouco e pouco, o ministério das Finanças começa a preencher os lugares vagos nos supervisores financeiros. No caso do Banco de Portugal, só Mário Centeno (nomeado em 2020 para governador) e Hélder Rosalino (reconduzido no ano passado) têm um mandato para lá deste ano. O conselho de administração do BdP pode ter até oito membros – governador, um ou dois vice-governadores e três a cinco administradores – e assegurar a representação mínima de 40% de cada um dos sexos, que de resto hoje não é cumprida.

Um dos cargos de vice-governador estava à espera de uma nomeação desde que Elisa Ferreira saiu para comissária europeia em 2019. O mandato do outro vice-governador, Máximo dos Santos, terminou em junho ano passado e o mais provável é a sua recondução, revela outra fonte governamental ao ECO.

Já o mandato de outros dois administradores do BdP – Luís Laginha de Sousa e Ana Paula Serra – termina este mês de setembro. Ana Paula Serra, segundo uma notícia do Expresso de maio, já terá anunciado a Fernando Medina que não está disponível para um novo mandato. Mesmo com a entrada de Clara Raposo, ficam ainda a faltar várias nomeações para completar o conselho de administração do BdP.

Entre os outros supervisores financeiros, faltam ainda as nomeações para a CMVM. O presidente do ‘polícia das bolsas’, Gabriel Bernardino, está demissionário desde o final de março, após ter renunciado ao cargo devido a problemas de saúde. O conselho de administração do regulador do mercado ainda tem mais duas vagas: o cargo de vice-presidente continua vazio, depois da saída de Filomena Oliveira em 2019, e ainda há outro lugar de administrador por ocupar.

No regulador dos seguros, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a administração foi fechada e reforçada, com a nomeação este ano de Diogo Alarcão e Adelaide Cavaleiro para a equipa de Margarida Corrêa de Aguiar, onde também está o ex-ministro da Economia do Governo socialista, Manuel Caldeira Cabral.

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Petróleo cai mais de 1% para 91 dólares

Receios de uma recessão global, bem como dos efeitos de mais confinamentos na China, estão a pressionar os preços do petróleo negociado nos mercados internacionais.

Os preços do petróleo estão a recuar mais de 1% esta quarta-feira, tendo chegado a atingir um mínimo anterior à invasão russa à Ucrânia. As restrições devido à Covid-19 na China, principal importador de petróleo, e as expectativas de mais aumentos nas taxas de juros estimularam preocupações de uma recessão económica global e menor procura por combustível.

Às 7h45 de Lisboa, os futuros de Brent, que servem de referência para a Europa, caem 1,41%, para 91,5 dólares por barril, depois de terem recuado 3% na sessão anterior. O contrato chegou mesmo a atingir um mínimo da sessão de 91,35 dólares, valor mais baixo desde 18 de fevereiro.

Já os futuros de crude do West Texas Intermediate dos EUA perdem 1,6%. O benchmark norte-americano caiu para um mínimo da sessão de 85,17 dólares, o menor desde 26 de janeiro.

Como já tinha acontecido noutras alturas, a política agressiva da China face à pandemia, que impõe confinamentos nas cidades perante surtos de Covid-19, preocupa os investidores devido ao impacto das medidas na procura por combustível.

Além disso, um dólar norte-americano forte, aumentos agressivos das taxas, um aumento nos rendimentos dos títulos e uma desaceleração no crescimento da China são fatores que pressionam os preços do petróleo, disse Tina Teng, analista da CMC Markets, citada pela Reuters.

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Contratos de renda acessível fora dos apoios fiscais

  • ECO
  • 7 Setembro 2022

Proprietários com baixos rendimentos ou que tenham aderido a programas de arrendamento acessível ficam de fora destes apoios, tal como os contratos celebrados antes de 1 de janeiro de 2022.

Depois de ter imposto um travão às rendas em 2023, o Governo decidiu compensar os proprietários através de apoios fiscais. Contudo, estas compensações deixam de fora os proprietários de baixos rendimentos ou que tenham aderido a programas de arrendamento acessível, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). E chegam apenas para os contratos de arrendamento celebrados antes de 1 de janeiro de 2022, tal como o ECO avançou terça-feira.

Em 2023, as rendas só poderão ser aumentadas, no máximo, 2%, mas o Governo vai assegurar-se que o rendimento anual líquido do senhorio será o mesmo se houvesse um aumento de 5,43%, que corresponde ao valor do coeficiente que serve de base à atualização das rendas. Mas a proposta de lei já entregue no Parlamento pelo Governo não prevê nenhuma solução para os senhorios que não sejam tributados.

Ou porque têm rendimentos baixos, que não chegam para pagar imposto, ou porque, por exemplo, colocaram a sua casa em programas de arrendamento acessível, que, como contrapartida de uma renda abaixo dos valores de mercados, oferecem isenção de impostos. De fora ficam ainda os contratos celebrados ao longo de 2022, isto porque, escreve o Jornal Negócios, a ideia é que estes contratos já contemplem a situação do mercado e, à partida, os valores de renda serão ajustados em função da realidade atual.

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