Despedimentos coletivos aumentam no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

Há 1.614 trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos, um valor ligeiramente superior aos 1.604 registados no primeiro trimestre de 2024.

O número de despedimentos coletivos comunicados aumentou para 161, no primeiro trimestre deste ano, face aos 125 registados no período homólogo, de acordo com dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

Assim, comparando os dados disponíveis até março deste ano, que ainda podem ser revistos, a DGERT apontou ainda que há 1.614 trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos, um valor ligeiramente superior aos 1.604 registados no primeiro trimestre de 2024.

Dos trabalhadores efetivamente despedidos por regiões, Lisboa e Vale do Tejo liderava com 230, seguida do Norte, com 88. Ainda assim, são valores bastante inferiores ao mesmo período de 2024, com 796 e 503, respetivamente, estando os valores mais dispersos pelas diversas zonas do país, em 2025.

As grandes empresas também despediram menos este ano, com 145 trabalhadores, face a 2024, em que atingiram 161. Entre micro, pequenas, médias e grandes empresas, 50 levaram a cabo este tipo de processos, um valor inferior às 132 do ano passado.

As atividades de comércio e restauração são aquelas com mais trabalhadores efetivamente despedidos, sendo que a principal razão apontada, globalmente, é a redução de pessoal.

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Atlântica e TAP formam parceria para levar recursos humanos noutros voos

Colaboradores da TAP têm oportunidade de desenvolver novas competências nas áreas da aviação e aeronáutica no âmbito de um acordo da companhia aérea com a Atlântica – Instituto Universitário.

Atlântica – Instituto Universitário5 maio, 2025

A Atlântica – Instituto Universitário, localizada em Oeiras, e a TAP Air Portugal estabeleceram uma parceria estratégia que prevê a formação especializada dos recursos humanos da companhia área nos setores da aeronáutica e aviação, assim como a integração dos alunos da Atlântica na TAP para estágios e projetos curriculares.

“A colaboração com uma instituição reconhecida pela formação nas áreas da aviação e aeronáutica representa, para os profissionais, uma oportunidade para desenvolver e aprofundar competências”, assinala João Almeida, diretor interino de Recursos Humanos da TAP.

A colaboração com uma instituição reconhecida pela formação nas áreas da aviação e aeronáutica representa, para os profissionais, uma oportunidade para desenvolver e aprofundar competências.

João Almeida

Diretor interino de Recursos Humanos da TAP

A diretora geral da Atlântica – Instituto Universitário, Natália Espírito Santo, considera, por sua vez, que “o protocolo estabelecido com a TAP é mais um passo no desenvolvimento de um núcleo de excelência para a formação de recursos humanos altamente qualificados em aviação civil, que representam uma mais-valia para o setor e para o país”.

Natália Espírito Santo refere que a Atlântica tem “procurado estabelecer sinergias com entidades que permitam a divulgação de informação, a realização de projetos e estudos, além da inserção dos alunos na vida profissional”.

As duas entidades comprometem-se ainda a colaborar em eventos de relevo para estudantes e profissionais, de modo a construir uma ponte entre o mundo académico e o universo profissional.

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Miranda Sarmento admite efeito das tarifas na aceleração das importações no arranque do ano

Ministro das Finanças justifica desempenho da economia no primeiro trimestre com o forte crescimento na reta final de 2024 e assinala desaceleração no investimento em construção e consumo.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, atribuiu esta segunda-feira a contração do Produto Interno Bruto (PIB) no arranque do ano, de 0,5% na comparação em cadeia, aos níveis de crescimento registados nos três meses precedentes. O governante admite que o acelerar das importações já reflita o efeito das tarifas.

Não nos deve surpreender muito, porque o crescimento em cadeia do quarto trimestre foi o mais elevado desde a entrada no euro, com exceção da pandemia“, considerou Miranda Sarmento, durante uma intervenção no almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal sobre os “desafios económicos, financeiros e orçamentais de Portugal e da UE”, no qual foi o orador convidado.

O ministro das Finanças aprofundou o argumento já defendido pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no debate das legislativas de domingo à noite. Montenegro tinha desvalorizado a questão e atribuiu os resultados “ao último trimestre de 2024”, sublinhando que este “teve uma taxa de crescimento muitíssimo elevado”. “Temos todas as condições para chegar ao final com todas as nossas estimativas cumpridas. Evidentemente que temos de ser prudentes, mas também temos de ser ambiciosos”, garantiu.

Miranda Sarmento sublinhou que na variação em cadeia se registou um contributo nulo da procura interna. “O que não deixa de ser razoável face ao crescimento muito elevado no quarto trimestre, provavelmente alguma desaceleração do investimento em construção”, disse, assinalando ainda o impacto do abrandamento do consumo privado.

O governante destacou ainda a aceleração verificada nas importações, o que, admite, “poderá ou não já ter a ver com alguma antecipação do efeito das tarifas“. As exportações cresceram 7,8%, enquanto as importações subiram 7,1% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na semana passada.

Miranda Sarmento defendeu ainda que as taxas de evolução do PIB estão “agora de certa maneira a estabilizar dentro do que é a sua estimativa de médio e longo prazo”.

Ainda assim, o ministro considerou que o crescimento de 1,9% na globalidade de 2024 “é manifestamente pouco”, considerando que o país deveria estar a crescer próximo de 3%. “Quando olhamos para o PIB potencial resulta de crescimentos de produtividade bastante baixos“, apontando para um crescimento anual médio da produtividade de 0,8% nos últimos 25 anos.

“Quando iniciámos funções iniciamos com propósito de aumentar a produtividade e ter economia a crescer mais, e com essa criação de receita, ter salários mais elevados e mais receita fiscal”, afirmou.

O ministro sinalizou ainda que o Governo está a refletir sobre o estudo do Livre Verde da Segurança Social. “Em 2029 diremos o que é necessário em termos de Segurança Social“, disse.

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Worten lança nova linha de comunicação. “Quando achas que sabes tudo, descobres mais na Worten”, diz a marca

A Worten tem uma nova linha de comunicação e aponta à geração Z. A Ricardo Araújo Pereira juntam-se os humoristas Joana Miranda e Manel Rosa. A criatividade é da Fuel.

Ricardo Araújo Pereira volta a protagonizar a campanha anual da Worten, lançada esta segunda-feira, mas agora na companhia dos humoristas Joana Miranda e Manel Rosa, considerados mais próximos da geração Z.

“Num mundo que já não vive sem inteligência artificial, os três protagonistas vão formar uma equipa de assistentes de IA — o ‘ChatoPT’, a ‘Suri’ e o ‘Alex’ — que, a partir do seu escritório, vão dar respostas (talvez demasiado) literais aos pedidos das pessoas, perante diferentes problemas do seu dia-a-dia”, antecipa a marca ao +M.

Com esta nova linha de comunicação, a Worten procura mostrar à nova geração de consumidores que a marca que “Tem tudo e mais não sei o quê” — a assinatura anterior — “é uma verdadeira one-stop shop que facilita a vida na hora de comprar, encomendar, instalar, reparar e até poupar“. “Quando achas que sabes tudo, descobres mais na Worten”, acrescenta agora a marca, liderada desde dezembro por Andreia Vaz.

“Já todos sabem que a Worten ‘Tem tudo e mais não sei o quê’, e a nova campanha vem mostrar que a Worten tem realmente a resposta para tudo — da compra de uma airfryer, ou de um aparador para a sala, ao arranjo da máquina de lavar loiça. Para isso, voltamos a apostar no humor, mas este ano trazemos uma nova geração com a participação da Joana Miranda e do Manel Rosa, que se juntam ao Ricardo Araújo Pereira para trazer novidade e aproximar-nos de novos consumidores”, aponta a responsável. “O resultado é um conjunto de filmes e conteúdos leves, divertidos e concebidos para entreter todas as gerações, mas começar a aproximar a marca das gerações mais jovens”, descreve.

A campanha multimeios arranca esta segunda-feira, mas a nova linha de comunicação terá uma componente digital materializada numa web series de vídeos exclusivamente digital que viverá ao longo do ano. “Pela primeira vez, vamos estender a campanha ao digital com histórias exclusivas no formato de web series. Vamos demonstrar à geração que pensa que tem todo o conhecimento na palma da mão que “quando acham que sabem tudo, descobrem mais na Worten”, prossegue a head of Brand & CX da Worten.

A criatividade é da Fuel, com produção da Krypton, os filmes são do realizador Augusto Fraga e a web series foi realizada por Angie Silva. O guarda-roupa tem a assinatura de Nuno Baltazar.

A campanha explora esta tensão entre a inteligência artificial e os humanos que acham que sabem tudo, mas que ainda têm muito por descobrir. Para dar vida às personagens, temos o Ricardo Araújo Pereira como ChatoPT, a Joana Miranda como Suri e o Manel Rosa como Alex. No digital, a história amplia-se e vamos explorar outras personagens que convivem com os protagonistas no escritório: o Gugas, o Alvaritmo, a ClaudIA e o EstagIArio”, descreve Andreia Ribeiro, diretora criativa da Fuel.

Os sketches digitais, especialmente criados para as novas gerações, serão lançados ao longo do ano. “Penso que cada filme vai surpreender o espectador, não só pelo humor e leveza com que tratamos pequenos dramas do quotidiano, mas também pelo visual forte da campanha. Do meu lado, uma honra trabalhar ao lado da Fuel e da Worten nesta campanha memorável”, refere Augusto Fraga, o realizador de Rabo de Peixe, que volta assim a trabalhar para a Worten. “Que (raio) acontece “do outro lado do ecrã” quando fazemos perguntas aos assistentes de IA? Dar vida a esse mundo digital, transformar algo tão abstrato numa coisa visual e cheia de humor, foi um exercício incrível. E uma vez criado o universo, muito proprietário da Worten, tínhamos caminho aberto para muitas situações incríveis. Houve muitos momentos em que nos rimos durante as filmagens, sobretudo quando o Ricardo Araújo Pereira disparava respostas improvisadas”, recorda Augusto Fraga.

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Bruxelas autoriza Sodecia a entrar no capital da alemã HUF

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

Executivo comunitário justifica ‘luz verde’ à operação com o facto de as empresas não operarem no mesmo mercado nem em mercados verticalmente relacionados.

A Comissão Europeia autorizou esta segunda-feira a empresa portuguesa Sodecia, do ramo automóvel, a entrar no capital da companhia alemã de componentes para veículos Huf, por considerar que o negócio não causa preocupações para a concorrência da União Europeia (UE).

“A Comissão Europeia aprovou, nos termos do Regulamento das Concentrações da UE, a aquisição do controlo conjunto da Huf Hülsbeck & Fürst GmbH & Co. KG e Huf Industrieverwaltung GmbH pela Huf Holding GmbH & Co. KG, ambas da Alemanha, e a Sodecia Participações Sociais, S.G.P.S., S.A. de Portugal”, indica o Executivo comunitário em comunicado.

Apontando que a operação diz respeito sobretudo ao desenvolvimento e produção de peças para veículos automóveis, a instituição justifica a ‘luz verde’ com o facto de o negócio “não suscitar preocupações em matéria de concorrência, uma vez que as empresas não operam no mesmo mercado nem em mercados verticalmente relacionados“.

A operação foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de análise das concentrações.

Num comunicado ao mercado divulgado em dezembro de 2024, a Sodecia anunciou a entrada no capital social do grupo HUF sujeito ao aval das autoridades de concorrência.

“A entrada da Sodecia far-se-á em várias fases, começando com uma participação minoritária de 30% e aumentando progressivamente até à aquisição da totalidade do capital social. Participaremos na gestão desde o início, mas com uma posição minoritária nos órgãos sociais”, indicou a empresa portuguesa na nota divulgada na altura.

A Sodecia é um grupo industrial português fundado em 1980 e que opera em 14 países do mundo (na Europa, África, América do Sul, América do Norte e Ásia Pacífico) enquanto fornecedor no ramo automóvel.

Por seu lado, o grupo alemão HUF é o especialista em sistemas seguros de acesso e autorização de automóveis e fornece soluções mecânicas, eletrónicas e de software para a indústria automotiva global, estando presente em 17 locais na Europa, América e Ásia.

No ano financeiro de 2023, esta companhia alemã gerou vendas de mais de 1,2 biliões de euros e empregou 7.500 pessoas em todo o mundo.

A Sodecia estava também na corrida à compra da Efacec, em consórcio com a Visabeira, mas foi o fundo alemão Mutares que adquiriu a empresa da Maia.

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Ministério Público acusa 123 arguidos por fraude na obtenção de fundos europeus

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

Em causa estão fundos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e do Sistema de Incentivos a Projetos de Modernização do Comércio (MODCOM).

O Ministério Público acusou 123 arguidos, incluindo 43 sociedades, por suspeita de associação criminosa e prática de fraudes na obtenção de fundos comunitários, num valor de quase 2,3 milhões de euros, revela a Procuradoria-Geral da República (PGR) do Porto.

Segundo publicação na Internet, são ainda imputados a 11 arguidos, oito pessoas e três sociedades, crimes como fraude na obtenção de subsídio ou subvenção qualificado e branqueamento de capitais.

Em causa estão fundos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e do Sistema de Incentivos a Projetos de Modernização do Comércio (MODCOM).

O MP considerou que, em 20 projetos de financiamento comunitários, os arguidos, “por si ou através das respetivas sociedades, assumiram a qualidade de promotores em alguns deles e nos outros apoiaram os demais promotores a fazê-lo, servindo-se das relações empresariais que detinham com estes e valendo-se dos conhecimentos e funções que desempenhavam”.

A atividade criminosa seria liderada por um grupo familiar que, entre 2009 e 2010, conseguiu dividendos de quase 2,3 milhões de euros.

Os projetos seriam todos não reembolsáveis, ou, no caso dos reembolsáveis, sem a cobrança de juros e com a possibilidade de conversão em não reembolsável, mediante a atribuição de prémios.

A PGR do Porto conta que, no âmbito desses projetos, “os arguidos fabricaram faturação falsa, empolando valores e/ou fazendo constar serviços ou bens inexistentes, e ficcionaram pagamentos, documentando dessa forma os pedidos de reembolso junto dos organismos de fiscalização”.

São ainda suspeitos de forjar aumentos de capital social das sociedades promotoras, quando os financiamentos exigiam capitais próprios, e de utilizar circuitos de faturação e financeiros paralelos que permitissem o retorno das quantias documentadas como pagas.

Entre os arguidos estão três contabilistas certificados, um diretor de finanças, bem como um quinto arguido que assumiu funções na Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), um dos organismos intermédios a quem cabia a análise e fiscalização dos projetos.

Os restantes arguidos assumiram a qualidade de promotores, beneficiários, contabilistas e fornecedores. “A atividade criminosa foi liderada por aquele grupo familiar que também partilhava relações em várias sociedades”, lê-se.

A PGR especifica que “da atividade criminosa resultaram dividendos no valor global de 2.235.900 euros, valor que o Ministério Publico requereu que fosse declarado perdido a favor do Estado”.

O MP também pede a condenação dos arguidos nas penas acessórias de privação do direito a subsídios ou subvenções outorgadas por entidades ou serviços públicos, de publicidade da decisão condenatória, e de total restituição da quantia ilicitamente obtida.

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Espanha identificou terceira falha de geração no sul do país antes do colapso

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

Autoridades espanholas detetaram uma terceira perda de geração de eletricidade no sul do país 19 segundos antes do apagão.

As autoridades espanholas detetaram uma terceira perda de geração de eletricidade no sul do país 19 segundos antes do apagão da semana passada, revelou a ministra com a tutela da energia, Sara Aagasen.

Na semana passada, a empresa Red Eléctrica (REE), que gere a rede elétrica espanhola, revelou que tinham sido identificadas duas “perdas de geração” consecutivas no sudoeste de Espanha antes do apagão. A primeira perda foi “superada satisfatoriamente” pelo sistema elétrico, mas 1,5 segundos depois ocorreu uma segunda, a que se seguiu o apagão, segundo a empresa.

Segundo a REE, “é muito possível que a geração [de eletricidade] afetada possa ser solar”, mas sublinhou que todas estas conclusões eram preliminares.

A ministra Sara Aagasen revelou que os primeiros trabalhos da comissão criada pelo Governo espanhol para investigar as causas do apagão identificaram uma “terceira perda de geração” no sul de Espanha 19 segundos antes do corte total de eletricidade, que afetou todo o território continental de Portugal e Espanha.

“Outra perturbação que se soma às duas anteriores. Temos de ver se há relação entre elas”, afirmou, numa entrevista à RTVE, a televisão pública de Espanha.

A ministra disse ser necessário entender por que motivo o sistema “não conseguiu amortecer” estas perturbações e perdas de geração, como normalmente acontece.

Sara Aagasen afirmou que estão a ser analisados mais de 700 milhões de dados de todos os operadores do sistema elétrico espanhol para tentar identificar “situações atípicas” e reiterou que nenhuma possibilidade está excluída, incluindo um ciberataque.

Na semana passada, a Red Elétrica descartou a possibilidade de um ciberataque à empresa, mas o Governo espanhol disse que todas as hipóteses continuam em aberto e que há dezenas de operadores no sistema elétrico, com “mais de 30 centros de operação” em todo o país.

“Há ainda muitas coisas por identificar”, disse a ministra, que defendeu que “a palavra prudência” é a melhor para este momento, apelando de novo para que não haja especulações em relação às causas do apagão.

A ministra voltou também a descartar que um excesso de energias renováveis no sistema tenha sido a causa do problema e considerou que esta explicação é “muito simplista”, porque o sistema elétrico é complexo e “estão em jogo muitas variáveis” que é preciso analisar na totalidade.

Por outro lado, negou que as empresas de energia presentes no mercado espanhol tenham alertado, nos dias e semanas anteriores ao apagão, para alguma situação “relacionada com o incidente” de 28 de abril, numa referência a notícias que têm sido publicadas nos últimos dias por alguns meios de comunicação em Espanha.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou na semana passada a criação de um comité para investigar as causas do ‘apagão’ “excecional e grave” na Península Ibérica. A organização disse que vai “investigar as causas essenciais, elaborar uma análise exaustiva e avançar com recomendações num relatório final”.

 

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Portal das Finanças está com falhas desde o apagão. Contabilistas exigem alargamento dos prazos

O apagão derrubou o Portal das Finanças, que já voltou a estar no ar, mas com falhas. Bastonária dos Contabilistas pedem alargamento de prazos, nomeadamente do IVA.

Há uma semana que o Portal das Finanças está com falhas, impedindo os contribuintes de cumprirem as suas obrigações. Em conversa com o ECO, a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, apela, assim, a “soluções robustas” e ao alargamento dos prazos, nomeadamente o relativo à entrega do SAF-T de faturação (que termina já esta quarta-feira) e do IVA.

O apagão energético vivido há uma semana, no dia 28 de abril, em Portugal e Espanha afetou os sistemas informáticos da Autoridade Tributária e deitou abaixo o Portal das Finanças. O Ministério das Finanças garantiu que, desde logo, que os contribuintes não seriam prejudicados, tendo alargado por um dia os prazos das obrigações fiscais.

Uma semana depois, o Portal das Finanças continua, contudo, com falhas e cumprir as obrigações não tem sido tarefa fácil.

Começamos a ficar preocupados“, sublinha Paula Franco, que indica ao ECO que as Finanças têm tido dificuldades em reconhecer os problemas e têm adotado soluções que não são robustas.

Por exemplo, a entrega do SAF-T de faturação já tem, tradicionalmente, um “prazo curto”, aponta Paula Franco. Se tudo estivesse a funcionar corretamente, deveria terminar esta segunda-feira, dia 5 de maio, mas as falhas no Portal das Finanças levaram o Governo adiar para quarta-feira, dia 7 de maio. A bastonária da OCC entende que o alargamento tem de ser mais expressivo, uma vez que as falhas persistem.

Paula Franco exige que também os prazos do IVA (20 de maio) e da Modelo 22 (31 de maio) sejam revistos, devido a estas perturbações informáticas. Em causa estão obrigações que dependem muito do e-Fatura, que tem sido um dos serviços com mais falhas, relata a bastonária.

Quanto ao IRS, Paula Franco frisa que houve dias em que o Portal das Finanças não permitiu a entrega da declaração. Neste caso, os contribuintes têm até 30 de junho para cumprirem a sua obrigação declarativa.

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AD chama antigos líderes à campanha e PS “mentiroso” a Montenegro

No final do último debate eleitoral, Montenegro aconselha portugueses a votarem pela “estabilidade política” e Pedro Nuno Santos não vê “razões que possam levar o povo a renovar a confiança" na AD.

Na ressaca do debate televisivo que juntou os oito líderes partidários com assento parlamentar e no final de um derradeiro encontro entre todos, desta feita transmitido pelas rádios, Luís Montenegro aconselhou os portugueses a “não desperdiçarem o instrumento que têm na mão” para conferir “estabilidade política” na próxima legislatura, enquanto Pedro Nuno Santos diz que “não há nenhuma razão que possa levar o povo a renovar a confiança numa coligação e num ainda primeiro-ministro que falhou nas áreas fundamentais”, apontando ao início de uma “nova fase política” em Portugal.

Além de falar diretamente aos reformados, reclamando ter aumentado todas as pensões, aumentado duas vezes o complemento solidário para idosos e a comparticipação dos medicamentos, o líder da AD voltou a piscar o olho aos eleitores do Chega. Depois do tema da expulsão de imigrantes ilegais, que marcou o fim de semana, destacou esta manhã o reforço do policiamento de proximidade, o combate à criminalidade violenta e a necessidade de “continuar a ter Portugal como um dos países mais seguros do mundo e aproveitar esse ativo económico para atrair recursos humanos e investimento empresarial”.

No dia em que Cavaco Silva voltou à campanha para defender Montenegro, dizendo que o social-democrata foi alvo de “campanha de suspeitas e insinuações”, Montenegro agradeceu a “lucidez e discernimento da análise política” do antigo Presidente da República. E anunciou que esta terça-feira, a propósito das comemorações dos 51 anos do PSD, terá um encontro com antigos líderes do partido, incluindo Cavaco e Pedro Passos Coelho, Marques Mendes e Rui Rio, para mostrar que o partido está “unido, coeso e muito empenhado em fazer com que Portugal não pare”. De acordo com a agenda da coligação, o almoço com ex-líderes irá acontecer na sede do partido.

Já Pedro Nuno Santos, também em declarações aos jornalistas à saída do debate das rádios, insistiu que o primeiro-ministro cessante “falhou no essencial”. “Deixa-nos uma economia a cair, um cenário macroeconómico completamente irrelevante – aliás, o crescimento económico para 2025 já vai ter de ser revisto em baixa. É o resultado do fracasso na governação. Deixa-nos o SNS num caos, a habitação muito mais cara do que há um ano e falhou redondamente na gestão de várias crises, além de ser o principal fator de instabilidade política em Portugal”, resumiu o líder do PS.

Aliás, acrescentou o secretário-geral socialista, Montenegro “devia pedir desculpa aos portugueses. Porquê? “Por deixar uma economia a cair e pela gestão negligente e irresponsável da greve do INEM que levou a 11 mortes, por mais mulheres estarem a ter partos em ambulâncias e a todos os jovens que estão ainda mais longe de conseguir comprar casa do que estavam há um ano, e pela forma irresponsável com que misturou negócios com política”, elencou Pedro Nuno. Descrevendo-se como “um político transparente em toda a linha”, contrapôs que o rival “transformou a mentira numa forma de viver” e “é alguém que faz da mentira uma prática quotidiana”.

Da parte do Chega, que as sondagens apontam como o terceiro mais bem colocado para as legislativas de 18 de maio, André Ventura lamentou que o ainda primeiro-ministro viva “alienado e alheado da realidade”, sustentando que o partido que lidera é “a única alternativa para evitar que o PS volte para o Governo”. “Face à maioria de direita para a qual apontam todas as sondagens, as pessoas têm de escolher se querem o Chega a liderar essa direita e, nesse caso, Montenegro terá de sair e de ser encontrada outra solução [interna no PSD], ou se querem a mesma solução de Montenegro para termos daqui a alguns meses outros capítulos desta história”, resumiu.

As pessoas têm de escolher se querem o Chega a liderar a direita e, nesse caso, Montenegro terá de sair e de ser encontrada outra solução [interna no PSD].

André Ventura

Presidente do Chega

Enquanto André Ventura pede “uma oportunidade para poder governar” e espera que o Presidente da República “nomeie o mais votado” depois de apurados os resultados daqui a menos de duas semanas, Rui Rocha reclama que “só um partido com impulso reformista para o país, que quer mudar as coisas na habitação, na carga fiscal, no acesso à saúde e na reforma do Estado que todos os outros partidos ignoram”.

Questionado sobre as linhas vermelhas para uma eventual coligação pós-eleitoral com a AD, respondeu que “a coligação da Iniciativa Liberal é com os portugueses”, prometendo “absoluto sentido de responsabilidade e de Estado” para que “destas eleições saiam soluções para os portugueses. “Somos absolutamente exigentes, mas responsáveis. Estamos disponíveis para nos coligarmos com os interesses dos portugueses, puxando por políticas mais liberais e rompendo com esta estagnação”, rematou.

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M Public Relations ganha comunicação do Lidl

  • + M
  • 5 Maio 2025

A agência liderada por Daniel Vaz foi escolhida através de um concurso aberto pela insígnia. Vai trabalhar a comunicação institucional e public affairs.

A M Public Relations é a nova agência de comunicação responsável por trabalhar a comunicação institucional e public affairs do Lidl. O processo de seleção ocorreu no âmbito de um concurso aberto pela insígnia, que se encontra a comemorar em 2025 os seus 30 anos no mercado português.

“É com imenso orgulho e um enorme sentido de responsabilidade que abraçamos o desafio de trabalhar a comunicação do Lidl. A M Public Relations tem crescido de forma sustentada, tanto na abrangência dos seus serviços, como nos setores de atividade dos nossos clientes, que assumimos sempre como parceiros. É um privilégio dar um novo passo nesse trajeto — aprofundando a nossa ligação ao setor do retalho — com uma empresa tão relevante, inovadora e próxima dos portugueses como é o Lidl”, diz Daniel Vaz, CEO e partner da M Public Relations, citado em comunicado.

Já Vanessa Romeu, que assumiu recentemente a direção de corporate affairs do Lidl Portugal, diz que o retalhista inicia “com entusiasmo” a ligação à M Public Relations e à sua equipa. “Acreditamos que a M traz uma nova energia e dinamismo para continuarmos a reforçar a reputação do Lidl como insígnia de excelência no retalho em Portugal“, acrescenta.

Até ao final do ano passado a comunicação institucional e public affairs do Lidl estava com a H/Advisors CV&A, que começou nessa altura a trabalhar o Continente. A parte de produto mantém-se com a Press Club.

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são alguns dos principais clientes da M Public Relations.

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PwC relança imagem

  • + M
  • 5 Maio 2025

Com a sua nova imagem, a companhia pretende reafirmar o seu posicionamento como uma "organização mais inovadora, mais próxima e voltada para o futuro".

A PwC tem, a nível global, uma identidade. A multinacional apresenta assim, 14 anos depois, um novo logótipo, com uma cor-assinatura laranja e novas imagens que “refletem o compromisso da PwC em apoiar os seus clientes a construir, sustentar e acelerar o momentum” e reafirmar o seu posicionamento como uma “organização mais inovadora, mais próxima e voltada para o futuro”.

Esta nova identidade da marca é mais do que uma mudança visual, é uma promessa e um compromisso, pois a PwC pretende reforçar a sua posição como parceiro de excelência, liderando com humanidade, conhecimento e tecnologia. Estamos a acelerar a nossa evolução em todas as áreas do negócio“, diz António Brochado Correia, territory senior partner da PwC, citado em comunicado.

“Recentemente, foi anunciado o lançamento do AgentOS, uma plataforma inovadora de transformação por IA. Nos próximos meses, a PwC adotará novas tecnologias e novas abordagens para capacitar os clientes a iniciar, acelerar e sustentar mudanças significativas nos seus negócios. Continuaremos a investir no desenvolvimento dos nossos colaboradores, capacitando-os com uma formação completa e abrangente, para melhoria dos seus comportamentos, com melhores ferramentas, de modo a liderarem a evolução do mercado e melhor apoiarem os nossos clientes, sendo as pessoas, internas e externas, os verdadeiros detentores do conhecimento e de cultura, e por isso os construtores da sociedade que ambicionamos”, acrescenta.

A PwC atualizou a sua marca com o objetivo de “corresponder à excelência” do que entrega aos seus clientes e à sociedade, aponta ainda a consultora em nota de imprensa. O novo visual começará a estar presente em publicidade, patrocínios e experiências de cliente nas próximas semana.

Além disso, a PwC estreou-se também como parceira oficial de consultoria da Fórmula 1, tendo dado início à parceria no Grande Prémio de Miami, que decorreu entre 2 e 4 de maio.

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Ramalho é o novo chairman da Lusoponte

O gestor regressa como chairman a uma área que conhece bem, já que foi presidente da Infraestruturas de Portugal. Lusoponte é detida pela Mota-Engil e pela Vinci.

António Ramalho foi nomeado esta segunda-feira, na assembleia geral da Lusoponte, presidente do conselho de administração da companhia que é detida pela Mota-Engil e pela Vinci e que tem a concessão das pontes 25 de abril e Vasco da Gama. O gestor sucede a Belen Marcos Cortes, que está na Lusoponte desde outubro de 2020 como vogal e assumiu as funções de chairwoman em março de 2023.

A Lusoponte tem a concessão das duas travessias do Tejo mas já se perspetiva uma terceira, por causa da ligação de alta velocidade a Madrid. O Governo de Montenegro anunciou a nova ligação em 2024, mas anunciou desde logo a necessidade de revisão da atual concessão.

A Terceira Travessia do Tejo (TTT) tem atualmente um custo estimado de 2,2 mil milhões de euros e será construída e explorada em modelo de Parceria Público-Privada (PPP).

A atual concessão da Lusaponte (detida em 41% pela Vinci, dona da ANA), para a 25 de Abril e a Vasco da Gama, termina em março de 2030 e o Governo pretende a definição de um novo modelo de concessão e gestão para as três pontes, que inclua também a construção da nova, conforme prevê a resolução do Conselho de Ministros.

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