Continente e Pingo Doce dizem que lojas funcionam normalmente em dia de greve

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

As cadeias de supermercados Continente e o Pingo Doce disseram que as suas lojas estão a funcionar normalmente, em dia de greve dos trabalhadores do comércio e serviços.

As cadeias de supermercados Continente e o Pingo Doce adiantaram que as suas lojas estão a funcionar normalmente, em dia de greve dos trabalhadores do comércio e serviços.

Fonte oficial do Continente afirmou que “a operação nas lojas Continente decorre dentro da total normalidade“. De igual modo, fonte oficial do Pingo Doce disse que não há qualquer loja encerrada e está “tudo a funcionar dentro da normalidade“.

Lidl e Auchan foram contactados mas não comentaram até ao momento.

Hoje, Dia do Trabalhador, há greve dos trabalhadores do comércio e serviços convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp, afeto à CGTP) e também pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Sitese, afeto à UGT).

De manhã, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp) Célia Lopes disse à Lusa que se estão a registar “excelentes adesões” apontando para encerramentos parciais de lojas e totais de alguns serviços, sobretudo na grande distribuição alimentar.

Célia Lopes detalhou que, “por exemplo, na cadeia Auchan há já balcões encerrados em lojas do Algarve”, sendo que, “no centro e no sul do país, as próprias gasolineiras dos Auchan estão fechadas”.

Afirmou ainda que a loja Lidl no Barreiro abriu apenas com duas chefias, o que o sindicato considera sem as mínimas condições de segurança para que abra. A sindicalista lamentou a “inércia das autoridades competentes na fiscalização” do direito à greve.

No topo das reivindicações dos trabalhadores do comércio e serviços estão os aumentos salariais.

“Há 10/15 anos, em topo de carreira, qualquer trabalhador numa empresa de distribuição recebia perto de 200 euros acima do salário mínimo nacional, hoje estes mesmos trabalhadores recebem o salário mínimo”, afirmou Célia Lopes.

O sindicato denuncia ainda “uma pressão enorme no sentido da desregulação dos horários de trabalho” no setor, “por força da imposição de regimes de banco de horas, em que os trabalhadores, que já têm horários completamente desregulados, passariam a saber apenas a hora de entrada, nunca sabendo a que horas saíam”.

Afirmou ainda que devido a horários que se estendem pela noite (há centros comerciais a funcionar até à meia-noite e trabalhadores com horários de trabalho até à 00:30/01:00) e à grave falta de transportes públicos há relatos de “trabalhadores a gastarem dezenas, alguns até centenas de euros, todos os meses com Uber para se poderem deslocar ao final do dia para as suas casas”.

O sindicato reclama a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, o encerramento dos estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados e a limitação dos períodos de funcionamento, para que estas unidades não possam estar abertas para além das 22:00.

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Wall Street em baixa à espera da decisão da Fed

  • ECO
  • 1 Maio 2024

Os analistas esperam que a Fed mantenha as taxas depois dos dados da inflação desapontantes, que derrubaram as expectativas de vários cortes nos juros ao longo deste ano.

Wall Street abriu a sessão desta quarta-feira em queda, com os investidores à espera da decisão da Reserva Federal americana em relação à evolução das taxas de juro.

Os analistas esperam que a Fed mantenha as taxas depois dos dados da inflação desapontantes, que derrubaram as expectativas de vários cortes nos juros ao longo deste ano.

Os mercados monetários apontam para cortes nas taxas de juro na ordem dos 30 pontos base em 2024, menos do que os 150 pontos base que se previam no início do ano.

O S&P 500 cai 0,24% para 5.023,65 pontos e o Nasdaq cede 0,28%. O Dow Jones escapa à pressão vendedora, com uma subida de 0,28%.

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Teixeira Duarte reduz prejuízos para três milhões em 2023

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

A Teixeira Duarte teve prejuízos de três milhões de euros em 2023, abaixo dos prejuízos de 14,9 milhões de euros de 2022.

A Teixeira Duarte teve prejuízos de três milhões de euros em 2023, abaixo dos prejuízos de 14,9 milhões de euros de 2022, divulgou ao mercado.

No relatório e contas divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na terça-feira à noite, o presidente da empresa, Manuel Teixeira Duarte, diz que “o nível de impostos apurados [26 milhões de euros] levou o grupo a registar resultados líquidos negativos no valor de três milhões de euros”, acrescentando que também penalizou o grupo a evolução da posição financeira que atribuiu sobretudo à desvalorização do kwanza (moeda de Angola, país onde a empresa tem forte presença).

As vendas e prestações de serviços foram de 767 milhões de euros em 2023, menos 8% face a 2022, tendo a atividade de construção representado 67% dessas vendas.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) cresceu 30% para quase 77 milhões de euros.

Por setor de atividade, o imobiliário contribuiu com quase 35 milhões de euros para o EBITDA, a hotelaria com 21 milhões de euros, concessões e serviços com oito milhões de euros, a distribuição com oito milhões, a construção com sete milhões de euros, o automóvel com quatro milhões e há 6,7 milhões negativos de atividades não afetas a segmentos.

A dívida líquida era no fim de 2023 de 647 milhões de euros, menos 50 milhões de euros do que em 2022.

O Grupo Teixeira Duarte refere, no relatório e contas, que opera em 21 países e tem 8.689 trabalhadores.

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UGT vê “sinais pouco animadores” no Governo

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

O secretário-geral da UGT considera que os sinais que chegam do governo da AD "não são muito animadores" e recusa a ideia de liberalização dos despedimentos.

O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, afirmou esta quarta-feira à Lusa, em Vila Real, que os sinais que chegam do governo da AD “não são muito animadores” e recusa a ideia de liberalização dos despedimentos.

Em declarações antes dos comícios que marcam a celebração pela central sindical das comemorações do Dia do Trabalhador em Vila Real, Mário Mourão considerou que as conversações em sede de concertação social devem começar no ponto onde pararam e “apontar ao futuro e não ao passado”.

“Está prevista uma reunião da Concertação Social para 07 [de maio] e os sinais que temos recebido pelas declarações feitas pelos membros do governo não são muito animadores“, disse o líder da União Geral de Trabalhadores.

Mourão prosseguiu com perguntas que tocam o que considera serem os pontos essenciais no regresso às negociações: “faz hoje um ano que a Agenda do Trabalho Digno entrou em vigor. É para piorar ou para melhorar? Queremos fixar jovens com uma legislação que não dá condições de estabilidade aos trabalhadores? Como é que nós queremos fazer?”.

A recente admissão pelo governo de “que o problema da precariedade se resolve com a flexibilização dos despedimentos”, não é, sequer cenário para o dirigente sindical.

“Provavelmente resolve-se. Os precários vão para o desemprego e deixam de ser precários. Esta não é a solução de que a UGT comunga. Temos aqui uma grande divergência sobre a forma como se combate a precariedade em Portugal“, enfatizou Mário Mourão.

O secretário-geral defende um “combate contínuo” à precariedade, recordando que ela “atinge os mais jovens”, e que deve ser por aí que terão de “dirigir o combate certo (…) criando melhores condições para que esses jovens se fixem e se sintam seguros no seu país”.

Questionando se os sinais dados pelo governo podem deixar mais confortáveis as confederações patronais, Mário Mourão avançou com uma novidade: “das conversas que tenho tido com os meus congéneres das confederações patronais, todos eles, com exceção de um, me têm dito, que temos um acordo de médio prazo, que foi assumido pelo governo, e sempre que chega um novo governo não podemos começar do zero”.

Os compromissos que foram assumidos têm de ser a base de uma negociação para construirmos um novo acordo“, reforçou

Para o dirigente sindical, “o acordo prevê que, face aquilo que são os indicadores, possa ir evoluindo e ser melhorado. Já se fez isso com o reforço do acordo no final do ano passado, passando de 810 euros, como estava previsto de Salário Mínimo Nacional, para 820 euros”.

“Havia condições para ir mais além do que aquilo que estava acordado, uma cláusula de salvaguarda que prevê a que, a todo o momento, os parceiros se possam sentar para melhorar aquilo que for possível do acordo, mas também para as empresas”, enfatizou.

Sobre a opção por Vila Real para a comemoração do Dia do Trabalhador em 2024, Mário Mourão afirmou que se justifica “para da voz às pessoas e associações do interior do país” ao mesmo tempo que “pede a valorização dos salários”, com atenção ao “crescimento do salário médio (…) para que tenha o mesmo crescimento do salário mínimo”.

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“Políticas públicas têm de servir para melhor emprego”

  • ECO e Lusa
  • 1 Maio 2024

"Hoje celebramos com todos os trabalhadores: que produzem, criam e contribuem para um Portugal moderno e ambicioso", escreveu Luís Montenegro na rede social X.

O primeiro-ministro defendeu que as políticas públicas têm de criar melhor emprego e um país “com menos impostos e mais rendimentos” e elogiou todos os trabalhadores que “contribuem para um Portugal moderno e ambicioso”.

Numa publicação na conta oficial na rede social X (antigo Twitter), para assinalar o 1.º de Maio, Luís Montenegro escreveu que “as políticas públicas têm de servir para melhor emprego num país mais produtivo e socialmente responsável, com menos impostos e mais rendimentos”.

“Hoje celebramos com todos os trabalhadores: que produzem, criam e contribuem para um Portugal moderno e ambicioso“, acrescenta o chefe de Governo, desejando um “feliz Dia do Trabalhador”.

O anterior primeiro-ministro também recorreu à mesma rede para assinalar o Dia do Trabalhador. “Manter o emprego em máximos, promover trabalho digno e salários justos” para aumentar o valor dos salários no PIB, escreveu António Costa, acrescentando que “é necessário monitorizar o impacto da Agenda do Trabalho Digno na dinamização da contratação coletiva e na regulação do trabalho nas plataformas”.

O Dia do Trabalhador é hoje comemorado em todo o país, com as centrais sindicais CGTP e UGT a promoverem manifestações e iniciativas pela valorização dos trabalhadores.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 137 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.

Há 50 anos, em Portugal, a celebração do 1.º de Maio, apenas uma semana após a revolução do 25 de abril, foi uma grande manifestação popular.

Por todo o país, centenas de milhares de pessoas saíram à rua mostrando a sua alegria e com exigências como ‘direito à greve’, ‘fim da guerra já’ ou ‘regresso dos soldados’, segundo as fotografias da época.

Em Lisboa, estima-se que tenham estado 500 mil pessoas na manifestação do Dia do Trabalhador de 1974.

(Notícia atualizada às 15h04 com reação de António Costa na rede X)

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Infraestruturas de Portugal passa de lucros a prejuízos de 18,8 milhões em 2023

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

O volume de negócios do grupo que gere a rede ferroviária e rodoviária nacionais foi, em 2023, de 1.201 milhões de euros, mais 30 milhões de euros do que em 2022.

A Infraestruturas de Portugal (IP) teve prejuízos de 18,8 milhões de euros em 2023, o que compara com lucros de 48,3 milhões de euros em 2022, disse a empresa pública em comunicado ao mercado.

Em informação divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa atribuiu os prejuízos sobretudo a alterações fiscais, devido à “aplicação das alterações à legislação fiscal introduzidas pela Lei do Orçamento do Estado de 2023, nomeadamente, o efeito conjugado da introdução no Estatuto dos Benefícios Fiscais do Regime Fiscal do Incentivo à Capitalização das Empresas com a alteração do regime de deduções de perdas fiscais”.

O volume de negócios do grupo que gere a rede ferroviária e rodoviária nacionais foi, em 2023, de 1.201 milhões de euros, mais 30 milhões de euros do que em 2022. Já o EBITDA (resultado operacional) desceu 62 milhões de euros para 448 milhões de euros.

Os gastos operacionais do grupo aumentaram 82 milhões de euros para 1.163 milhões de euros e a dívida desceu 288 milhões de euros para 3.857 milhões de euros.

Na sua mensagem no anúncio de resultados, o presidente executivo da IP, Miguel Cruz, destaca o investimento em 2023 nas redes ferroviária e rodoviária (excluindo manutenção e encargos com PPP) que ascendeu a 621 milhões de euros, mais 31% face a 2022 e o valor mais alto desde 2010. Desse valor, 550 milhões de euros foram para a requalificação e modernização da Rede Ferroviária Nacional.

Miguel Cruz destacou ainda o novo sistema de cabos submarinos de comunicações eletrónicas entre o Continente e Madeira e Açores.

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Trabalhadores envelhecidos e com salários baixos

  • ECO
  • 1 Maio 2024

Qual é o retrato do mercado de trabalho em Portugal? No dia 1 de Maio, a Pordata apresenta o perfil do trabalhador português.

Qual é o retrato do trabalhador português? De acordo com os dados compilados pela Pordata, a partir de fontes oficiais, o envelhecimento da população e a emigração dos mais jovens está a aprofundar um perfil do trabalhador português que, como sublinha Pedro S. Martins em artigo de opinião, exige “mudanças nas políticas públicas“.

De acordo com os dados da Pordata, podem extrair-se algumas conclusões:

  1. Praticamente metade dos trabalhadores tem entre 44 e 64 anos;
  2. Portugal é o 2º país da UE com menor percentagem de jovens no total de trabalhadores;
  3. Os trabalhadores portugueses estavam igualmente distribuídos por nível de escolaridade: 1/3 até ao 9º ano; 1/3 com ensino secundário e 1/3 com curso superior;
  4. Portugal é dos países da UE onde menos mulheres empregadas trabalham em part-time;
  5. Portugal é o 5.º país da UE com salário médio mais baixo (apenas com Eslováquia, a Grécia, a Hungria e a Bulgária abaixo);
  6. Um em cada seis trabalhadores tem um contrato a prazo.

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Tripulantes aprovam acordo de empresa na Azores Airlines

Sindicato Nacional Do Pessoal de Voo da Aviação Civil deu luz verde ao acordo de empresa na Azores Airlines por larga maioria dos seus associados.

O Sindicato Nacional Do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovou a proposta de acordo de empresa na Azores Airlines por larga maioria dos seus associados.

Na assembleia geral de emergência que contou com a participação de 212 associados, 174 tripulantes votaram a favor da proposta de acordo de empresa, enquanto 31 votaram contra, tendo havido sete abstenções, de acordo com o comunicado do SNPVAC a que o ECO teve acesso.

O acordo em relação à Azores Airlines segue a outros já negociados pela atual direção do SNPVAC, liderada por Ricardo Penarroias, incluindo os acordos de empresa na TAP e na PGA no ano passado.

Também em em 2023 o SNPVAC deu luz verde ao acordo de empresa na Easyjet.

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Parlamento discute fim das portagens nas ex-SCUT esta quinta com votação em aberto

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Com a atual geometria no Parlamento e com os partidos a não adiantarem o sentido de voto nas diferentes iniciativas, o desfecho das votações para o fim das portagens nas ex-SCUT é ainda uma incógnita.

O fim das portagens em autoestradas ex-SCUT vai ser discutido na quinta-feira no parlamento, um agendamento do PS que considera a sua proposta “exequível, justa e oportuna”, estando em aberto as votações das iniciativas dos diferentes partidos.

Ao projeto de lei do PS — que tinha sido anunciado pelo líder, Pedro Nuno Santos, durante o debate do Programa do Governo de Luís Montenegro no início de abril — juntaram-se os de BE e PCP e ainda os projetos de resolução (sem força de lei) de IL, PSD/CDS-PP, PAN e Chega.

Com a atual geometria da Assembleia da República e com os partidos a não adiantar ainda à Lusa qual será o sentido de voto nas diferentes iniciativas, o desfecho destas votações é ainda uma incógnita.

Em declarações à agência Lusa, a deputada do PS Isabel Ferreira defendeu que os socialistas têm “sido coerentes no compromisso com a redução gradual nas taxas de portagem até à sua eliminação”.

“Fizemos em 2021 um desconto de quantidade de 25% logo em janeiro, depois em julho de 2021 uma redução de 50% e agora desde janeiro deste ano uma redução de 65%”, recordou, referindo-se à governação do PS que integrou como secretária de Estado do Desenvolvimento Regional.

O “esforço adicional” para que as portagens sejam agora eliminadas na totalidade, de acordo com Isabel Ferreira, tem uma “perspetiva de coesão territorial porque reduz encargos de quem não tem alternativa e também permite proporcionar o acesso devido a bens e serviços essenciais”.

A proposta do PS pretende terminar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

“Esta era uma medida que constava do programa eleitoral do PS”, acrescentou, adiantando que a proposta tem um custo estimado de 157 milhões de euros.

De acordo com a deputada do PS, os socialistas estão a ser coerentes ao apresentar uma proposta “exequível, justa e oportuna” e também seguindo a trajetória que os socialistas fizerem de “redução gradual” das portagens nas antigas SCUT.

“Esperemos que a proposta seja aprovada porque é uma questão de comprometimento com territórios onde não há alternativa [para circular em segurança]. É mais do que justo do ponto de vista da coesão territorial e deve mobilizar e comprometer todos os partidos”, apelou.

Confrontada com o facto de o PS, então com maioria absoluta, ter chumbado em 2023 projetos do PSD, Chega e PCP para acabar com o pagamento de portagens, Isabel Ferreira explicou que então o Governo estava “num processo ainda de redução gradual das portagens, com um grupo de trabalho criado para estudar essa diminuição de custos de contexto associados às questões da mobilidade e da descarbonização”.

Na mesma linha e apenas com algumas diferenças nas vias abrangidas são os projetos de lei do BE e PCP.

Os bloquistas pretendem eliminar as portagens para as autoestradas de acesso às regiões do interior (A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41, A42) e os comunistas querem abolir este pagamento na A4, A13, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42.

Os partidos do Governo, PSD e CDS-PP, juntaram-se num projeto de resolução que recomenda a redução gradual e financeiramente responsável de portagens no interior e nas grandes áreas metropolitanas, pretendendo que o executivo apresente ao parlamento os custos envolvidos com a adoção desta medida e um estudo que fixe os valores base que acautelem os custos de manutenção das vias”.

Também sem força de lei, o Chega leva ao debate um projeto de resolução que prevê a implementação de um plano gradual de isenção do pagamento de portagens, a IL recomenda ao Governo que avalie o custo-benefício de isentar de portagens as antigas SCUT e o PAN sugere a renegociação dos contratos de parcerias público-privadas do setor rodoviário.

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Portagens em autoestradas contestadas ao longo dos anos

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

A introdução de portagens em autoestradas portuguesas tem sido motivo da contestação de populações, autarquias, empresas e partidos, suscitando também vários debates parlamentares.

Na quinta-feira, o tema das portagens nas autoestradas portuguesas volta a estar em discussão no plenário da Assembleia da República, com três projetos de lei do PS, do BE e do PCP para a eliminação de portagens em várias autoestradas, e com projetos de resolução (sem força de lei) da IL, do PSD e do CDS, do PAN e do Chega para isentar ou reduzir as taxas, inclusive de forma gradual.

Em causa estão, consoante a proposta, várias autoestradas que já foram SCUT (sem custos para o utilizador): A4, A13 e A13-1, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42.

Na anterior legislatura, com o PS no Governo, foram aplicadas algumas reduções em portagens, tendo agora o partido requerido um novo debate, ao abrigo do direito dos grupos parlamentares de fixarem algumas ordens do dia no plenário.

Eis uma síntese de alguns processos de contestação pela cobrança de portagens em ex-SCUT:

A4

Quando, em 2010, foram introduzidas portagens em algumas SCUT, o distrito de Bragança ainda não tinha um quilómetro de autoestrada (a Autoestrada Transmontana seria inaugurada em setembro de 2011) e chegar a Vila Real fazia-se sem o Túnel do Marão da A4, apenas concluído em 2016, após cerca de três anos de paragem nas obras.

Autarcas, partidos, empresários, associações e utentes sempre disseram não às portagens, tanto na ligação da Autoestrada Transmontana, entre Bragança e Vila Real, como na Autoestrada do Marão, entre Amarante e Vila Real, e a contestação chegou até à Assembleia da República com uma petição e projetos de resolução contra a cobrança e em defesa da interioridade, sem qualquer sucesso.

Em 2016, quando foram anunciados descontos nas portagens num troço da A4, empresários de Vila Real falaram num “analgésico” para ir colmatando os problemas da região.

O Orçamento do Estado para 2024 incluiu a A4 nos descontos a aplicar a autoestradas com portagens, mas o setor do granito reivindicou “mais oxigénio” por parte do Governo, lamentando a redução do custo das portagens em apenas 13% para os veículos pesados.

A13

A introdução de portagens na A13, conhecida como Autoestrada do Pinhal Interior (de Coimbra à Marateca, ligando as sub-regiões de Coimbra, Leiria e Médio Tejo), foi contestada por autarquias, movimentos e associações empresariais.

Logo em dezembro de 2011, dois meses depois da cobrança, a Câmara de Vila Nova da Barquinha anunciou que iria avançar para as vias judiciais. No ano seguinte, os municípios do Médio Tejo defenderam que uma “redução significativa das tarifas” na A13 provocaria o aumento das receitas de circulação.

Posteriormente, a Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte pediu ao Ministério da Economia a revisão em baixa do preço das portagens da A13 e manifestou o seu desagrado pela “discriminação negativa” a que o território estava sujeito.

A contestação não esmoreceu e, em outubro de 2016, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do distrito de Santarém apelou ao Governo que inscrevesse no Orçamento do Estado para 2017 a abolição das portagens na A13 (e também na A23).

Em fevereiro de 2020, as associações empresariais dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares defenderam o fim imediato da cobrança, alegando que, como este território se viu privado do Sistema de Mobilidade do Mondego, de alternativa à Estrada da Beira (EN17), e de uma ligação digna ao Itinerário Principal (IP) 3, a A13 era uma importante via para o desenvolvimento económico e turístico.

Três anos depois, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo realizou em Torres Novas uma concentração popular para exigir a abolição das portagens nas autoestradas A13 e A23, onde foram apresentadas mais de 12.500 assinaturas recolhidas em 13 municípios com esse fim.

 

Trânsito na A22 perto do nó de Olhão.Melanie Maps/Lusa

A22

A contestação à cobrança de portagens na também denominada Via do Infante, antiga SCUT que atravessa o Algarve, iniciou-se em 2005, alguns anos antes da aplicação da medida, por deputados, autarcas de várias forças políticas e entidades económicas da região, após o Governo de então ter anunciado a intenção de impor o pagamento.

Em 2010, um ano antes da entrada em vigor dos pagamentos, o que ocorreu em 08 de dezembro de 2011, os protestos assumiram maior visibilidade através da Comissão de Utentes da Via do Infante, um movimento cívico criado por um grupo de sete pessoas a que se juntaram outras dos diversos setores da sociedade.

O movimento promoveu diversas iniciativas de protesto, entre marchas lentas, abaixo-assinados, manifestações, concentrações à porta da Assembleia da República e até de habitações onde governantes gozavam férias no Algarve.

A um dos protestos juntou-se uma delegação composta por autarcas, militantes de partidos políticos, dirigentes empresariais e sindicalistas oriundos da Andaluzia, em Espanha, alegando que o pagamento afetava negativamente a economia dos dois países.

A A22, também conhecida como Via do Infante de Sagres, atravessa longitudinalmente a região do Algarve, entre Lagos e Castro Marim, terminando na Ponte Internacional do Guadiana, com ligação a Espanha.

A23, A24 e A25

A contestação ao pagamento de portagens nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), A24 (Viseu/Chaves) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso) começou ainda antes de a medida estar no terreno (o que ocorreu em dezembro de 2011), com comissões de utentes, movimentos e comunidades intermunicipais a prometerem não baixar os braços contra o que consideravam ser um atentado económico e social ao interior do país e um entrave à coesão territorial.

Em setembro de 2011, a comissão de utentes das três autoestradas mostrou-se descontente com a possibilidade da cobrança e apelou à desobediência e ao protesto nas ruas, o que viria a acontecer logo no mês seguinte, com marchas lentas em vários pontos da região Centro, que depois se foram repetindo ao longo dos anos.

Ainda o ano não tinha acabado e a Comissão de Utentes da Autoestrada da Beira Interior (A23) já estava a entregar na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, mais de 20 mil assinaturas contra a introdução de portagens.

Na mesma altura, o Movimento Pró IP6 anunciou a interposição de duas ações judiciais nos tribunais de Abrantes e de Leiria numa tentativa de terminar com a cobrança de portagens na A23 e reclamar o ressarcimento do que os automobilistas tinham entretanto pagado.

Portagens SCUT, na auto-estrada A23, Santarém, 02 de julho de 2023. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

As iniciativas de protesto foram-se sucedendo ao longo dos anos, sendo delas exemplo as marchas lentas e os buzinões promovidos pela Plataforma pela Reposição das SCUT nas Autoestradas 23 e 25 e a ação popular contra a cobrança de taxas apresentada no Tribunal Administrativo de Viseu pela comissão de utentes das autoestradas A23, A24 e A25.

Em fevereiro de 2019, o parlamento chumbou projetos de resolução do PCP, BE e PEV que recomendavam a eliminação das portagens nas três autoestradas (e também na A22).

A28

Desde 2008, mal se vislumbrou a possibilidade de introdução de portagens na A28, que autarcas, empresários e movimentos do distrito do Porto, de Viana do Castelo e da Galiza contestaram a opção, concretizada em outubro de 2010.

Buzinões, marchas lentas e outros protestos populares prolongaram-se por vários meses e a imprensa espanhola chegou mesmo a classificar a ex-SCUT A28 como as “mais cara autoestrada da Europa”, por obrigar os automobilistas estrangeiros a desembolsar 77 euros para percorrer 76 quilómetros.

A contestação nunca terminou e o Orçamento do Estado para 2024 serviu para novos lamentos e reivindicações, desta vez devido à exclusão da A28 da redução de 30% aplicada a algumas ex-SCUT.

Autarcas, partidos e empresários criticaram a falta de alternativas e penalização da região, nomeadamente nas relações com a Galiza.

O Alto Minho reclama ainda a relocalização do pórtico da A28 entre Neiva e Darque, de acesso a uma das principais zonas industriais do concelho de Viana do Castelo.

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Lucros da Amazon triplicam para 10,4 mil milhões no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Na base do bom desempenho da Amazon está o segmento da nuvem (cloud), que está a capitalizar o apetite dos investidores pelos serviços de informática à distância e pela inteligência artificial (IA).

A Amazon viu os lucros triplicarem para 10,4 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, com as vendas a subirem 13% para 143,3 mil milhões, um desempenho que superou as estimativas dos analistas.

Na base do seu desempenho está o segmento da nuvem (cloud), que está a capitalizar o apetite dos investidores pelos serviços de informática à distância e pela inteligência artificial (IA).

“A determinação das empresas na modernização das suas infraestruturas [informáticas] e na atração dos serviços de IA da AWS [Amazon Web Services] reaceleram a taxa de crescimento” da filial da nuvem, declarou Andy Jassy, o diretor da Amazon, citado no comunicado de divulgação dos resultados.

Acrescentou que a plataforma de venda também tinha contribuído para os desempenhos do grupo durante os primeiros três meses do ano, graças, na sua opinião, “aos preços baixos” e às “velocidades de entrega”.

A principal atividade da Amazon, o comércio eletrónico, “reencontrou a forma no final do ano 2023”, apontou Blake Droesch, da Emarketer.

“A empresa continua a colher os benefícios da sua estratégia de regionalização dos centros de tratamento das encomendas, com as entregas sempre mais rápidas, o que encanta os clientes”.

Para o analista, “isto permite continuar concorrencial face às novas ameaças que representam a Temu e a Shein”, as plataformas chinesas de preços baixos.

O grupo de Seattle acaba de anunciar que as suas velocidades de entrega aumentaram no início do ano.

“Em março, cerca de 60% das encomendas recebidas via Prime [assinatura paga dos serviços da Amazon] chegaram no próprio dia ou no dia seguinte nas 60 maiores cidades os EUA”, indicou a Amazon.

Mas os investidores saudaram sobretudo o crescimento da cloud, que representa o essencial dos lucros do conglomerado, e que a nova vaga de IA está em vias de alterar.

No primeiro trimestre, o AWS, o ramo de informática à distância da Amazon, obteve 25 mil milhões de dólares de lucro, com um crescimento de 17%, dos quais 9,4 mil milhões de dólares de resultados operacionais, indicador-chave de rentabilidade.

A aceleração do crescimento da AWS agradou a Wall Street, que não esperava tanto. A ação Amazon valorizava mais de 2% depois do fecho das operações.

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📹 Sabe o que é a economia social de mercado?

  • ECO
  • 1 Maio 2024

Na União Europeia há uma economia de mercado social que permite às economias crescerem ao mesmo tempo que reduzem a pobreza e as desigualdades.

A economia social de mercado da Europa tem tudo a ver com equilibrar o crescimento económico com o bem-estar social. A transparência salarial e a imposição de quotas para mulheres nos conselhos de administração, defesa de salários mínimos justos, regulamentar o trabalho em plataformas, investir na formação de competências para combinar as competências dos trabalhadores com as necessidades das empresas são algumas das iniciativas que a que a União Europeia está a tomar para criar uma força de trabalho próspera. Saiba mais neste vídeo:

http://videos.sapo.pt/LnfGQLTnlw5oGtPDG9tO

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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