Hoje nas notícias: Cruz Vermelha, malparado e RTP

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Cruz Vermelha está a passar por uma reforma na sua estrutura, reavaliando valências e fechando lares. Já o crédito malparado na habitação atingiu um mínimo histórico e a RTP quer vender seis edifícios e terrenos este ano. Estas e outras notícias estão em destaque nos jornais nacionais esta quinta-feira.

Cruz Vermelha reavalia apoios e fecha lares em edifícios velhos

A Cruz Vermelha corre risco de falência se não tiver uma gestão mais rigorosa, pelo que a instituição está a passar por uma reforma (que pode durar mais do que quatro anos) iniciada por António Saraiva, ex-presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal), que em entrevista ao Público e à Renascença enaltece “abnegação” mas lamenta falta acumulada de “profissionalismo”. A necessidade de concentração de recursos vão levar que algumas valências deixem de existir, há lares em edifícios decrépitos como os de Beja que vão encerrar, o “voluntarismo” vai ter de passar a ser acompanhado pelo “profissionalismo”, mas as pessoas que hoje estão a ser ajudadas não vão ser abandonadas, garante António Saraiva.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Malparado no crédito à habitação atinge mínimo histórico

Nunca o rácio de crédito vencido nos empréstimos para pagar casa esteve tão baixo, atingindo os 0,2% em dezembro — em contexto de crise da habitação mas também de pleno emprego — naquele que é o valor mais baixo desde o início da série que começou em 1998. Esta percentagem situava-se nos 0,3% desde outubro de 2022, depois de sucessivas reduções face aos 0,8% verificados no início da pandemia. O pico, de 2,7%, foi atingido no verão de 2016. Muitos devedores têm optado pelas amortizações antecipadas, o que contribui para a redução – ou, pelo menos, para o não aumento – do malparado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Mais de 80% dos novos médicos de família mantém-se no SNS

Segundo dados da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), 80,5% dos médicos de família contratados ao longo dos últimos cinco anos continuam no SNS, sendo que a falta de especialistas em medicina geral e familiar (MGF) deve estar mais relacionada com aposentações do que com a insatisfação dos profissionais e saída para o estrangeiro ou privado. A direção executiva do SNS aponta como prioridades o aumento da atratividade e a recuperação daqueles que saíram.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

RTP quer vender seis edifícios e terrenos

De acordo com o seu Plano de Atividades e Orçamento para este ano, a RTP pretende vender sete imóveis, desde que “autorizado pelo Governo”: o Centro Regional dos Açores, um terreno de Portalegre (Ribeira de Nisa), a delegação de Viana do Castelo, o Estúdio da Abrunheira (Sintra), o retransmissor de Azurara (Vila do Conde), a Estação Emissora de Chaves e o Centro Regional Comum de Faro (terreno). No entanto, a delegação de Viana do Castelo já foi vendida em novembro passado por 242 mil euros, pelo que restam seis imóveis passíveis de serem vendidos.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Com a aproximação das legislativas, não se podem criar fraturas insanáveis no Ensino Superior e da Ciência em Portugal, defende reitor de Coimbra

Em antecipação ao futuro do Ensino Superior e da Ciência em Portugal, tendo em conta a aproximação das eleições legislativas, Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra, defende que mesmo no caso de uma política de continuidade, o processo eleitoral e a formação de novo Governo leva pelo menos a uma perda de tempo. Mas o dano será ainda maior caso as opções políticas sofram alguma inflexão. Perante este cenário “o principal desafio será resolver tudo isto sem que se criem fraturas insanáveis entre os diversos atores, que são muitos e, genericamente, com pontos de vista bastante divergentes. Convergir com sucesso será bastante complicado”, diz Amílcar Falcão em entrevista.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Domingo Mirón, novo diretor executivo do grupo educacional do qual faz parte a Universidad Alfonso X el Sabio

  • Servimedia
  • 15 Fevereiro 2024

Com uma ampla trajetória no setor de consultoria tecnológica, ele chega ao grupo com o objetivo de continuar a impulsionar a inovação, a internacionalização e o crescimento da instituição académica.

O grupo educacional ao qual pertence a Universidad Alfonso X el Sabio anunciou a nomeação de Domingo Mirón como novo diretor executivo em substituição a Javier Cano, que deixará sua posição atual para empreender novos projetos profissionais.

Nos últimos cinco anos, a Universidad Alfonso X tem sido pedra angular na criação de um grupo de educação referência a nível nacional e internacional, duplicando seu tamanho com mais de 26.000 alunos graças ao lançamento de novos programas formativos, como o curso de Biotecnologia, “a consolidação do liderança da UAX em saúde e desporto através da Rafa Nadal School of Sport, graças ao acordo com Rafa Nadal, ou a abertura de um novo campus urbano no coração de Madrid para oferecer uma experiência multicampus aos estudantes da Faculdade de Business & Tech, a primeira faculdade na Espanha a unificar a formação nas áreas de tecnologia e negócios”, destacou a entidade. Um grupo que nos últimos anos também completou sua proposta educativa com a incorporação de centros de ensino profissionalizante, The Valley ou Mir Asturias.

Acrescentou-se que a nomeação de Domingo Mirón está alinhada com o compromisso contínuo do grupo UAX de promover ambientes de aprendizagem inovadores e dinâmicos voltados para preparar os futuros líderes profissionais.

Graduado em Matemática pela Universidad Complutense de Madrid e com um Programa de Executivos do IESE (PDD), ele possui uma trajetória dilatada de mais de 35 anos em cargos de alta direção na Accenture, onde chegou a ocupar o cargo de presidente da Iberia e Israel até 2023.

A entidade explicou que sua experiência em liderança estratégica e transformação tecnológica serão fundamentais para “continuar promovendo modelos de excelência educacional” alinhados com a realidade do mercado de trabalho, impulsionando a empregabilidade dos seus estudantes, aproximando o mundo universitário das empresas e guiando a universidade em direção a novos horizontes.

A UAX afirmou que “reconhece e agradece a dedicação e o serviço excepcional” do seu ex-diretor executivo, Javier Cano, que nos últimos anos contribuiu “de maneira significativa para o crescimento e desenvolvimento da instituição, consolidando sua posição como uma das universidades de referência no ensino superior a nível internacional”.

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Arábia Saudita, Reino Unido e Espanha, países que apostam na IA

  • Servimedia
  • 15 Fevereiro 2024

A era atual da tecnologia está a ser definida pelo surgimento da Inteligência Artificial (IA), um avanço que está a transformar profundamente o mercado de data centers em Espanha.

De acordo com dados recolhidos pela ‘La Vanguardia’, o investimento nesta tecnologia está em alta, com estimativas que sugerem uma contribuição de até 60 bilhões de euros para o PIB nacional até 2026, e um investimento global atual de aproximadamente 15 bilhões de euros. A procura por data centers tem aumentado significativamente, com um aumento de 200% apenas em 2023, impulsionado pela crescente procura de aplicações de inteligência artificial e pela acelerada digitalização de serviços.

Arábia Saudita, Reino Unido e Espanha estão convergindo para uma visão compartilhada de liderança no panorama tecnológico mundial, impulsionados por uma série de projetos inovadores e estratégicos. Cada um desses países está direcionando recursos significativos e dedicando esforços consideráveis para se posicionarem como referências em diferentes setores tecnológicos.

O caso da Arábia Saudita destaca-se pela sua ambiciosa estratégia de desenvolvimento conhecida como Visão 2030, que visa transformar sua economia e sociedade por meio da adoção de tecnologias avançadas. A Autoridade Saudita de Dados e Inteligência Artificial (DSAI) lidera iniciativas chave em inteligência artificial, cidades inteligentes e digitalização de serviços públicos, com o objetivo de transformar o país em um centro global de inovação e tecnologia. A DSAI prevê que a IA desempenhará um papel fundamental que influenciará os serviços de saúde pública, bem-estar e educação, e será fundamental para o desenvolvimento de cidades inteligentes, como NEOM. Esse investimento em tecnologia busca transformar o país em um dos mais competitivos em termos de inovação científica.

Por sua vez, o Reino Unido é o terceiro país que mais investe em IA, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O seu governo comprometeu-se a aprimorar as capacidades regulatórias com um fundo de 12,5 milhões de dólares e impulsionar a inovação nacional em IA por meio de um investimento de 113 milhões de dólares em centros de pesquisa em todo o Reino Unido. Além desse investimento, o país também financia projetos que buscam definir e desenvolver práticas responsáveis em IA em diversos setores. Isso impulsiona significativamente a garantia de que a inovação em IA no Reino Unido não apenas avance, mas também seja eticamente orientada e segura.

No que diz respeito a Espanha, o fornecimento e gestão de energia renovável representam um desafio para o mercado, devido ao alto consumo de energia dos data centers, necessários para gerir ferramentas tecnológicas como a nuvem ou a inteligência artificial. A colaboração entre o governo, empresas de energia e o setor privado é crucial para replanear a rede e garantir um crescimento sustentável, marcando um esforço conjunto para fortalecer o mercado ibérico e competir em nível global.

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Agregado familiar deve ser atualizado ou confirmado até hoje no Portal das Finanças

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2024

Esta quinta-feira termina também o prazo para a comunicação das despesas de educação pela frequência de estabelecimento de ensino localizado no interior ou região autónoma.

O prazo para os contribuintes informarem as Finanças sobre a composição do agregado familiar no final de 2023 termina esta quinta-feira, sendo esta a informação que o Fisco vai ter conta na declaração do IRS a ser entregue este ano.

A atualização da informação sobre o agregado familiar é, sobretudo, relevante para as famílias que em 2023 registaram alterações na sua composição, na sequência de, por exemplo, nascimentos, divórcio, alteração de acordo parental, óbitos de um dos elementos do casal ou mudança de residência permanente.

Sem esta informação atualizada, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) terá em conta e fará os cálculos para efeitos das deduções do IRS, com base nas informações pessoais e familiares que constam da declaração do IRS entregue no ano passado.

A atualização do agregado familiar pode ser feita através do Portal das Finanças, sendo este o momento para indicar também as situações em que os filhos ultrapassam a idade a partir da qual deixam de ser considerados dependentes para efeitos do IRS — mesmo que continuem a viver com os pais.

A comunicação do agregado familiar deve também ser cumprida pelos pais com dependentes em guarda conjunta e um Acordo de Regulação das Responsabilidades Parentais que determine o regime de residência alternada, bem como a percentagem de partilha das despesas por cada um dos responsáveis quando não seja igualitária.

Este passo deve der observado por ambos os pais e a informação relativa aos dependentes ser coincidente pois se assim não acontecer, o Fisco divide as despesas ao meio.

“Caso esta comunicação não seja feita no prazo, ou tendo sido, a mesma não for coerente com a comunicação efetuada pelo outro agregado familiar relativamente ao mesmo dependente em guarda conjunta, considera-se que este dependente não tem residência alternada e a percentagem de partilha de despesas dos respetivos responsáveis parentais é dividida em partes iguais”, segundo a informação disponível no Portal das Finanças.

A validação do agregado familiar permite ainda aos contribuintes beneficiar do IRS automático (caso preencham o perfil de rendimentos requerido para tal) e permite à AT efetuar os cálculos necessários para que as pessoas dispensadas da entrega da declaração do IRS possam obter e beneficiar de isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, da tarifa social de eletricidade ou de apoios sociais, por exemplo.

Esse passo deve ser observado mesmo por quem não tenha registado nenhuma alteração no agregado familiar, pois só desta forma assegura que é possível aceder (em caso de necessidade) a um comprovativo de composição do agregado atualizado, o que pode ser necessário para, por exemplo, renovar o passe família ou para efeitos de matrícula nas escolas do ensino público.

Esta quinta-feira termina também o prazo para a comunicação das despesas de educação pela frequência de estabelecimento de ensino localizado no interior ou região autónoma — situação em que estas deduções são majoradas -, bem como dos encargos com rendas pela transferência da residência permanente para o interior do país.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 15 de fevereiro

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2024

Ao longo desta quinta-feira, 15 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Novos cursos financiados pela União Europeia Next Generation EU

  • Servimedia
  • 15 Fevereiro 2024

Este plano de formação foi projetado para atender às necessidades do mercado de trabalho da Extremadura.

A necessidade de formação em áreas despovoadas da Espanha é um desafio que afeta não apenas a demografia, mas também o tecido social e económico dessas comunidades. Um dos enfoques chave para revitalizar essas regiões é promover a profissionalização e qualificação de grupos vulneráveis em setores estratégicos e em áreas em risco de despovoamento.

Neste contexto, destaca-se a importância da formação em habilidades digitais como uma ferramenta crucial para melhorar a empregabilidade desses grupos.

Com esse objetivo, foi lançado um ambicioso plano de formação online na Extremadura em parceria com a Coremsa Formación. Essa iniciativa, subsidiada e coordenada pelo Serviço Público de Emprego da Extremadura e pelo Ministério da Educação e Formação Profissional, insere-se no programa financiado pela União Europeia Next Generation EU.

Esse plano de formação, projetado para atender às necessidades do mercado de trabalho regional, é direcionado a diversos grupos prioritários, incluindo desempregados, trabalhadores com menos de 30 anos, mulheres, trabalhadores de baixa qualificação, trabalhadores com mais de 45 anos e pessoas com deficiência.

Com um total de 135 vagas disponíveis, são oferecidas 9 ações formativas que abrangem qualificações profissionais chave para o desenvolvimento profissional e inserção bem-sucedida no mercado de trabalho na região. Entre os cursos que serão ministrados pela Coremsa Formación estão: Preparação de ferramentas para o desenvolvimento de produtos e aplicativos que utilizem tecnologias descentralizadas Blockchain, Primeiros Socorros, Gestão básica da prevenção de riscos ocupacionais, Desenvolvimento de intervenções de atenção pessoal, Atenção socio-sanitária em instituições sociais, Acompanhamento de pessoas com deficiência em atividades programadas, Normas de poluição atmosférica, Prevenção de riscos ambientais e Regulamentação e política interna de gestão ambiental da organização.

Por sua vez, a Coremsa Formación, que faz parte do Grupo Coremsa, ressaltou a importância da formação de qualidade em todos os setores. Com sua experiência em formação regulada e projeção internacional, afirmou que é “um ator-chave na melhoria da qualidade da força de trabalho no setor turístico e na formação profissional”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Fevereiro 2024

Em dia de previsões económicas da Comissão Europeia, há debate entre BE e IL para as legislativas e a Euronext apresenta as contas do ano 2023.

O dia arranca com a atualização das projeções económicas do Executivo comunitário para este ano. A gestora da bolsa de Lisboa e outras, a Euronext, apresenta as contas relativas a 2023, enquanto o FC Porto deverá reportar resultados “francamente positivos” na primeira metade da época desportiva. Ainda por cá, continuam os debates para as eleições legislativas e há dados estatísticos da remuneração média dos trabalhadores.

Previsões económicas de Bruxelas para 2024

Esta quinta-feira, a Comissão Europeia divulga as previsões económicas intercalares do inverno. No balanço de outono, apresentado em novembro, Bruxelas apontava para um crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia em 2024, enquanto previa que o crescimento económico da Zona Euro se fixasse nos 1,2%. Relativamente à inflação, as projeções situavam-se nos 3,5% para o bloco comunitário e nos 3,2% na área da moeda única.

Novo debate das legislativas

Continuam os debates televisivos para as eleições legislativas, esta quinta-feira com apenas um frente-a-frente, entre a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, e o líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha. Tem transmissão na CNN, a partir das 18 horas.

Resultados da Euronext

A Euronext, que opera as bolsas de Paris, Amesterdão, Bruxelas, Milão, Dublin, Lisboa e Oslo, apresenta as contas relativas ao ano passado. Até setembro, a empresa reportou lucros de 383 milhões de euros, mais cerca de 13,5% em termos homólogos. No exercício de 2022, o resultado líquido da entidade teve um crescimento de 5,7% face ao ano anterior, para 555,3 milhões de euros.

FC Porto apresenta contas do 1.º semestre

Depois de ter fechado as contas relativas a 2022/2023 com um resultado líquido negativo de 47,627 milhões de euros, um prejuízo maior do que o lucro acumulado nas duas temporadas anteriores, a SAD do FC Porto apresenta esta quinta-feira os resultados do primeiro semestre do exercício 2023/2024. No início deste ano, a sociedade azul e branca emitiu um comunicado em que projetava “resultados francamente positivos” nos seis meses iniciais da época, que iriam “melhorar substancialmente” os capitais próprios negativos do clube, fixados nos 176 milhões de euros negativos, mas sem revelar números.

Como evolui a remuneração média dos trabalhadores?

Também esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a remuneração bruta mensal média por trabalhador referente ao último trimestre de 2023. Nos três meses anteriores, a remuneração média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 5,9%, para 1.438 euros, face ao mesmo período do ano anterior. Segundo o gabinete estatístico, esta evolução é explicada pelo abrandamento da inflação.

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Multinacional Devexperts já tem 200 colaboradores em Portugal. Quer recrutar mais 50

Há seis anos em Portugal, a empresa considera o mercado português "um ponto estratégico para o desenvolvimento de negócios, dentro da União Europeia, mas também fora".

A Devexperts, multinacional que presta serviços de software para empresas do setor financeiro, acaba atingir os 200 colaboradores em Portugal, mercado onde está presente desde 2018. Para este ano a empresa, com escritório no Porto, mantém um plano de recrutamento “ambicioso”. Quer atingir os 250 colaboradores até ao final do ano.

Há seis anos a empresa decidiu instalar-se em Portugal. “As razões que motivaram a nossa decisão de estabelecer um centro de pesquisa e desenvolvimento no Porto foram o crescente ecossistema tecnológico em Portugal e a oportunidade de atrair profissionais altamente qualificados, a nível nacional e internacional. O país oferece um ambiente tecnológico dinâmico, um sistema educacional robusto e uma cultura que fomenta a criatividade”, justifica Paulo Pina Pires, CEO da Devexperts Portugal, ao ECO.

“Em Portugal, a cultura e as pessoas têm permitido à empresa impulsionar a inovação e atrair os melhores talentos da indústria. A presença da Devexperts em Portugal alinha-se com os nossos objetivos de sermos líderes no campo da fintech e contribuir para a comunidade global de TI, que é excecionalmente ativa neste nosso fantástico país”, acrescenta.

A presença da Devexperts em Portugal alinha-se com os nossos objetivos de sermos líderes no campo da fintech e contribuir para a comunidade global de TI, que é excecionalmente ativa neste nosso fantástico país.

Paulo Pina Pires

CEO da Devexperts Portugal

Aquando da entrada da multinacional do país, os objetivos eram, em dois anos, terem 80 colaboradores. “Temos vido a crescer de forma sustentada desde a abertura, e no ano passado, o ritmo das contratações foi bastante acelerado. Conseguimos aumentar com sucesso o tamanho da nossa equipa em cerca de 35%, atingindo neste momento os 200 colaboradores“, adianta fonte oficial da empresa ao ECO. “Este crescimento reflete o nosso compromisso em investir no talento, local e internacional, e em expandir as nossas capacidades mantendo a qualidade e a excelência que nos caracterizam”, reforça.

Os planos de recrutamento para este ano “continuam ambiciosos”, refere a mesma fonte. “Pretendemos aumentar ainda mais a nossa força de trabalho”, diz.

Planeamos aumentar o nosso headcount e atingir, pelo menos, os 250 trabalhadores em 2024″, precisa, quando instada a concretizar o nível de ambição ao nível de reforço de equipa.

“Estamos especialmente interessados em programadores de software, tanto para o backend quanto para o frontend, engenheiros de QA e programadores Java. A qualidade desses perfis está no centro da nossa estratégia de crescimento, e o investimento em pessoas é sempre feito a pensar no médio e longo prazo, garantindo a retenção do talento e o desenvolvimento contínuo de quem está connosco”, refere fonte oficial da companhia.

Na área de carreiras no site da empresa já estão listadas mais de 20 ofertas de emprego.

A empresa tem um modelo de trabalho flexível, “combinando opções híbridas, remotas e presenciais”.A Devexperts permite aos funcionários trabalharem da maneira que melhor se adapta aos seus estilos de vida, e essa opção tem-se revelado muito interessante e produtiva para todos. Os nossos processos e o espírito colaborativo que reina na empresa fazem com que todos se sintam incluídos no trabalho e na nossa cultura, independentemente de onde estejam no mundo, e isso é uma mais-valia”, refere fonte oficial.

Portugal “ponto estratégico para o desenvolvimento de negócios”

O escritório da empresa no Porto tem vindo, no entanto, a aumentar a sua capacidade. “Ampliámos efetivamente o nosso espaço no edifício Península, onde já estávamos localizados. Ocupámos mais um piso em dezembro de 2022 e crescemos em capacidade. Estamos na Praça de Bom Sucesso, no Porto, e o novo espaço foi desenhado e equipado mantendo a identidade do anterior mas procurando melhorar ainda amais a experiência de trabalho, e com isso a produtividade. Esta expansão teve como principal objetivo apoiar a expansão da nossa equipa e operações em Portugal, que continuam a crescer“, descreve fonte oficial da empresa.

Neste momento, a multinacional não tem “planos imediatos” para espaços adicionais, mas não fecha essa hipótese.
“Continuamos a expandir as atividades, pelo que não fechamos a porta a essa possibilidade. Continuamos, entretanto, a oferecer opções híbridas e remotas para os nossos colaboradores em todo o país”, afirma.

O hub da Devexperts no Porto atua como um centro para o desenvolvimento e manutenção dos produtos de fintech, fornecendo serviços a clientes das mais diversas geografias. “O mercado português é, sem dúvida, um ponto estratégico para o desenvolvimento de negócios, dentro da União Europeia, mas também fora“, garante a empresa que tem centros de desenvolvimento na Alemanha, Bulgária, Lituânia, Geórgia, Estados Unidos, entre outros locais.

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Gigante francês investe 40 milhões para produzir 300 barcos de luxo por ano em Vagos

Grupo Catana constrói nova fábrica de barcos a motor na região de Aveiro e prevê investir em mais duas unidades de produção em Portugal, passando dos atuais 143 para 600 trabalhadores até 2026.

O francês Catana Group, um dos maiores grupos mundiais de fabrico de embarcações de luxo, tem 40 milhões de euros para expandir a sua presença em Portugal. O objetivo é fabricar 300 barcos por ano em Vagos, na região de Aveiro, onde espera ter cerca de 600 trabalhadores até 2026, mais 450 do que emprega atualmente.

Temos um investimento previsto de 40 milhões de euros para os próximos três anos”, adiantou ao ECO Antoine Maillot, diretor do Catana Group Portugal. Este investimento será todo realizado em Vagos, onde o grupo já tem um estaleiro e está a construir uma segunda fábrica focada na produção de barcos a motor.

Temos um investimento previsto de 40 milhões de euros para os próximos três anos. O objetivo é produzir 300 barcos por ano [em Portugal] dentro de quatro ou cinco anos.

Antoine Maillot

Diretor do Catana Group Portugal

Mas os planos não ficam por aqui, prevendo o terceiro maior grupo de produção de catamarãs a nível mundial acrescentar outras duas fábricas em Portugal durante este triénio. De acordo com o responsável do Catana Group, uma irá concentrar-se na produção de barcos a motor e todos os equipamentos náuticos, enquanto a outra irá produzir grandes embarcações.

Foi no ano passado que a empresa francesa comprou por quatro milhões de euros uma participação de 90% na Composite Solutions, empresa portuguesa sediada em Vagos e que era detida por Ricardo e Paulo Neta, especializada na conceção e fabrico de equipamentos náuticos.

Catana Group comprou em 2023 a Composite Solutions, especializada no fabrico de barcos a motor

Esta aquisição em Portugal, justificou a gigante francesa na altura em que concretizou essa operação, enquadrava-se na estratégia de crescimento no país, através da aposta no fabrico de barcos a motor e na criação de um novo polo motonáutico na região de Aveiro.

Quando estiver concluído este plano de investimento de 40 milhões, Antoine Maillot destaca que “o objetivo é produzir 300 barcos por ano dentro de quatro ou cinco anos” em Vagos. Em declarações ao ECO, o gestor mostra-se satisfeito com o andamento do negócio em Portugal, que afirma estar a crescer “rapidamente”. “Desde que tenhamos os fundos, pode andar-se depressa”, acrescenta.

Para chegar à velocidade cruzeiro, o grupo francês especializado no fabrico de catamarãs terá de acelerar as contratações. Dos 25 funcionários com que ficou inicialmente em Vagos, em março de 2023, já passou, entretanto, para 143 colaboradores e prevê ter mais de 600 pessoas ao serviço em Portugal até 2026.

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Vendedores, farmacêuticos, médicos, jogadores de futebol e taxistas cantam o hino da Fundação Juegaterapia ‘Para que tudo corra bem’

  • Servimedia
  • 15 Fevereiro 2024

A Fundação Juegaterapia presta homenagem às crianças doentes com cancro com a canção 'Para que tudo corra bem' no Dia Internacional do Cancro Infantil.

Para isso, reuniu diferentes pessoas em situações reais (vendedores, farmacêuticos, médicos, jogadores de futebol e taxistas…) que juntas cantaram esse hino em homenagem às crianças e suas famílias. Uma forma de mostrar que estão ao lado delas, compartilhando boas energias, sorrisos e canções.

Este ano, por meio de uma música inédita, trilha sonora do anúncio e criada especialmente para esse dia, a Fundação quer devolver às crianças todo o carinho e energia que elas diariamente proporcionam aos familiares e amigos. A letra da música traz uma mensagem profundamente significativa, apelando ao desejo de que tudo corra bem. Zaira, María, Ian, Javi, Sara, Sira, Celia, Aitana, Dani e Mathías são os protagonistas desse anúncio.

Os pais das crianças em tratamento contra o cancro relatam que são seus próprios filhos que os animam diariamente, que tentam ver o lado positivo da doença e lhes devolvem o sorriso nos dias mais sombrios. Sandra, mãe de Zaira, afirma que “o sorriso de Zaira e seu carinho são minha motivação para enfrentar o dia a dia de sua doença”. São as crianças que pegam nas mãos dos seus familiares e amigos quando estão tristes e dizem: “Não se preocupe, tudo ficará bem”.

Segundo a Fundação Juegaterapia, já que as crianças sustentam a esperança em muitas fases da doença, agora eles agradecem, recebendo todos os ânimos que eles mesmos distribuem e querem retribuir isso triplicado com essa homenagem.

LA#PARAQUETODOSALGABIEN

Um anúncio do diretor Marc González, produzido por Sal Gorda e filmado totalmente em uma localização natural (graças ao FOUR ROOMS, um projeto realizado pelo Juegaterapia), com a colaboração de Marisa Rodríguez (Produtora Executiva), Bernat Sampol (diretor de fotografia), Beatriz Almendros (diretora de arte), Paola Bosch e Rocío Bayo (estilistas), Perucha e Rocío Calvente (maquiagem e cabelo), Ángel Álvarez (fotógrafo), Ignacio Jiménez (making of), Viper’s (catering). Com uma composição musical original de OEO&PARSER e uma equipe de mais de 50 pessoas que contribuem todos os anos com seu tempo, talento e, acima de tudo, carinho.

Os anúncios da Juegaterapia são produções conscientes do planeta e do seu cuidado. A produtora Sal Gorda contou com a ajuda da Creast, uma empresa tecnológica espanhola especializada em consultoria ambiental no setor do entretenimento, para reduzir e medir a pegada de carbono das filmagens.

Por meio de suas campanhas, a Fundação Juegaterapia busca conscientizar sobre a importância de promover o universo do jogo e a humanização hospitalar nos processos de cancro pediátrico. Devido ao impacto do tratamento no estado de espírito, é importante que as crianças tenham salas preparadas dentro dos hospitais para que possam continuar a brincar e a viver como as crianças que são.

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Tábua é agora a autarquia que mais tempo demora a pagar aos fornecedores

Num universo de 179 municípios para os quais existem dados (não há para os 308), apenas seis demoram mais de 90 dias a pagar as faturas a fornecedores, menos um do que no trimestre anterior.

Tábua passou a ser a autarquia que mais tempo demora a pagar aos fornecedores. No último trimestre de 2023 demorou 219 dias a pagar as suas faturas e há quatro trimestres consecutivos que tem vindo a agravar este indicador, apesar de há pelo menos seis que paga a mais de 90 dias, de acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral das Autarquias Locais.

Num universo de 179 municípios para os quais existem dados (não há para os 308), apenas seis demoram mais de 90 dias a pagar as faturas a fornecedores, menos um do que no trimestre anterior.

A 29 de janeiro de 2024, data na qual foi feito o corte para definir os atrasos de pagamentos aos fornecedores no quarto trimestre, não havia dados disponíveis para Tabuaço, a autarquia com o pior desempenho no terceiro trimestre e demorava, em média, 167 dias para pagar aos fornecedores. Uma situação que já se tinha verificado no trimestre anterior. No segundo trimestre, Freixo de Espada à Cinta demorava 324 dias a pagar e era por isso a maior incumpridora a este nível, mas não tinha dados disponíveis para o terceiro trimestre, tal como não tem para o quarto.

O presidente da câmara de Tabuaço explicou ao ECO a ausência dos dados com problemas na validação da informação na plataforma da DGAL. Carlos Carvalho reconhece que o prazo de pagamento da autarquia continuará a ser elevado porque tem uma dívida de curto prazo muito elevada que já vem de executivos anteriores, sendo que alguma está a ser contestada em tribunal. “Essas situações ainda não se resolveram, mas estes números não refletem a gestão diária do município”, frisa o edil social-democrata. Carlos Carvalho recorda que a situação já foi pior – Tabuaço chegou a levar 376 dias para pagar aos fornecedores – antes de ter encontrado uma solução para a dívida de cerca de três milhões de euros junto do Grupo Águas de Portugal e está confiante que assim que as dívidas herdadas forem consolidadas será possível melhorar os prazos de pagamento.

Assim, Tábua é a autarquia que assume a liderança com uma demora de 219 dias, um agravamento face aos 131 dias registados no final do terceiro trimestre.

Com apenas 26 dias de diferença surge a Câmara Municipal de Caminha que demora agora 193 dias a pagar, um agravamento face aos 146 dias que levava no trimestre anterior. Caminha só passou a incumprir a regra de pagar a menos de 90 dias em 2023 e, desde então, tem vindo sempre a agravar o desempenho. No último trimestre de 2022, demorava 35 dias a saldar as suas faturas.

O presidente da câmara explicou ao ECO que este agravamento tem a ver com os acordos de pagamentos celebrados, nomeadamente Parcerias Público Privadas, que agravam a média. “Para o cálculo do Prazo Médio de Pagamento (PMP) estão incluídos os acordos de pagamento a fornecedores tais como Águas do Norte, Caminhaequi e Polis Litoral Norte. Enquanto estes valores contribuírem para o cálculo do PMP e o influenciarem nessa medida, não é possível reduzir este prazo”, diz Rui Lage.

“Observando o mapa «calendário de faturação a pagar por fornecedor» disponibilizado em todas as assembleias municipais constata-se que, com a exceção dos fornecedores atrás mencionados, o pagamento não supera 60 dias”, acrescenta o edil.

Prazos de pagamento das autarquias

O mesmo se passa com a Madalena que leva 105, uma estreia a pagar acima de 90 dias (mais 24 dias face ao trimestre anterior), Vagos com apenas menos um dia, mas com um agravamento muito maior (mais 44 dias face ao terceiro trimestre) e Santa Comba Dão que piorou em 17 dias (100) ou Alfândega da Fé em dez (98).

Os dados do quarto trimestre poderiam parecer indicar que as autarquias estão a regularizar as suas contas junto dos fornecedores, já que agora são seis as que pagam a mais de 90 dias, como ditam as regras, contra as sete de meados de outubro. Mas por outro lado, desta seis, quatro eram boas pagadoras, ou seja, tinham prazos inferiores a 90 dias e seis das autarquias que apresentavam prazos de pagamento superiores a 90 dias no terceiro trimestre, não têm dados disponíveis a 20 de janeiro. Ou seja, caso não tenham melhorado de desempenho, significa que no quarto trimestre haveria 12 autarquias incumpridoras.

O ranking dos prazos médios de pagamento das autarquias há muito que padece de falta de comparabilidade. Desde o quarto trimestre de 2019 que não existe uma listagem completa que inclua os 308 municípios devido às dificuldades técnicas de adaptação ao novo Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP) introduzido em 2020. Não é só o prazo médio de pagamento dos municípios que é afetado. Também a aferição do seu nível de endividamento foi afetado.

O ECO contactou as câmaras municipais de Tábua e Freixo de Espada à Cinta, mas não obteve respostas até à publicação deste artigo.

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Algarve é a única região abaixo dos níveis de 2019 no turismo

  • Ana Petronilho
  • 15 Fevereiro 2024

Número de dormidas no Algarve ficou aquém dos níveis de 2019, mesmo durante os meses do verão e sobretudo entre os estrangeiros, apesar de o número de hóspedes ter subido 1,4%.

O turismo português fechou 2023 a bater todos os recordes da era pré-pandemia, com o alojamento a registar 30 milhões de hóspedes e 77,2 milhões de dormidas. Estes números traduzem aumentos anuais de 13,3% e 10,7%, respetivamente, tendo sido superados “pela primeira vez” os níveis pré-pandemia, com mais 10,7% e 10%, respetivamente. Mas os dados preliminares do INE também revelam que o Algarve foi a única região do país a continuar abaixo dos níveis de 2019, com menos 2,5% de dormidas, apesar de o número de hóspedes ter subido 1,4%.

Números que refletem uma diminuição de 3,8% da estadia média dos turistas no Algarve, sobretudo entre os estrangeiros, aponta ainda o INE. De acordo com os dados revelados na quarta-feira, os mercados externos registaram uma maior redução da estada média (-4,2%), refletindo um aumento de 3% no número de hóspedes e um decréscimo de 1,2% nas dormidas. Ou seja, “os hóspedes estrangeiros, embora em maior número face a 2019, fizeram estadias mais curtas no Algarve”, refere o instituto.

Também os turistas portugueses procuraram menos o Algarve do que antes da pandemia. Em 2023, o número de hóspedes residentes ficou 2,8% aquém de 2019 e também as estadias médias foram mais curtas (-3,7%), “originando um decréscimo de 6,4% das dormidas”.

Ainda assim, entre 2019 e 2023, o Algarve “manteve-se sempre como o principal destino turístico nacional em termos do número de dormidas”, apesar da redução da sua quota de mercado em 3,4 pontos percentuais neste período (de 29,8% do total de dormidas em 2019 para 26,4% em 2023).

Já em número de hóspedes, a região a sul do país manteve-se como o terceiro principal destino nacional (17,1% do total de hóspedes; 18,7% em 2019), seguindo da Área Metropolitana de Lisboa (29,3%; 30,3% em 2019) e do Norte (23,2%; 21,6% em 2019).

A taxa líquida de ocupação-cama no Algarve situou-se em 49,2% em 2023, 0,9 pontos percentuais abaixo do valor observado em 2019. Na hotelaria, a taxa líquida de ocupação-cama (50,9%) apresentou a mesma diminuição, enquanto os estabelecimentos de alojamento local e de turismo no espaço rural e de habitação apresentaram evoluções positivas (+1,1 pontos percentuais e +3,6 pontos percentuais, respetivamente).

Dormidas no verão 6,8% abaixo de 2019

Os dados do INE revelam ainda que em média, durante os meses do verão, o número de dormidas caiu no Algarve 6,8% face a 2019. Entre maio e setembro, registaram-se sucessivos decréscimos do número de dormidas, face a 2019, com destaque para os meses de agosto (-7,6%), junho (-7,4%) e setembro (-6,6%).

Mas no último trimestre do ano, época do Natal e do fim de ano, voltaram a registar-se aumentos nas dormidas face a 2019 (mais 185,3 mil), com maior expressão nos meses de outubro (+7,3%) e novembro (+4,6%).

Entre os vários concelhos do Algarve, durante o verão, Albufeira, Loulé e Portimão registaram decréscimos face a 2019 no número de dormidas tanto de turistas portugueses como de estrangeiros.

O município de Albufeira (38,2% do total de dormidas da região) registou 7,8 milhões de dormidas, refletindo uma diminuição de 8,8%, face a 2019 (-17,9% nos residentes e -6,2% nos não residentes). As dormidas de estrangeiros representaram 80,4% do total de dormidas do município (+ 2,2 p.p. face a 2019).

Em Loulé (peso de 13,9% do total) registou 2,8 milhões de dormidas (+0,6% face a 2019), seguindo-se Portimão (12,5% do total), com 2,5 milhões de dormidas (-1,1%).

Ainda face a 2019, destacam-se os aumentos registados em Lagos (+15,4%), em Vila do Bispo (+15%) e em Faro (+11,5%).

No oposto, foi registada uma queda em Vila Real de Santo António (-15,4%), sendo que “na maioria dos municípios, foi no segundo e terceiro trimestre que se observaram as evoluções menos positivas face a 2019”, coincidindo com o verão.

Os dez principais mercados no Algarve em 2023 representaram 87,5% das dormidas de não residentes da região. Os britânicos atingiram 5,8 milhões de dormidas, 37% do total de dormidas de não residentes, ficando, ainda assim, 1,8% abaixo de 2019. Os alemães com 1,8 milhões de dormidas, 11,4% do total, recuaram 4,4%. Segue-se o mercado irlandês, que cresceu 16,5% e superou 1,6 milhões de dormidas.

No entanto, destacam-se as evoluções apresentadas pelos mercados norte-americano e canadiano, com mais 70,3% e 26,9% de dormidas, respetivamente.

Preço por noite acima da média nacional

Em 2023, o preço por noite atingiu 120,7 euros no Algarve, valor acima da média nacional (113,1 euros), mas que fica abaixo do registado na AM Lisboa (136,8 euros), onde foi registado o preço mais elevado do país.

Entre os principais municípios do Algarve, Vila do Bispo foi onde se observou o valor mais alto de rendimento médio por quarto ocupado com 147 euros, embora tenha sido o único onde se registou uma diminuição (-0,4%) neste indicador, face a 2019. Seguiram-se Loulé (146,4 euros) e Lagoa (141,3 euros).

Os maiores aumentos verificaram-se em Albufeira e Vila Real de Santo António (+30,1% em ambos), municípios que apresentaram as maiores diminuições no número de dormidas face a 2019.

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