Escola de Desporto UAX Rafa Nadal inicia a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Paris, analisando o sucesso de Barcelona 92

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2024

O evento "Caso Barcelona 92" contou com a presença de Javier Gómez Navarro, Juan Antonio Samaranch e Toni Nadal.

A Escola de Desporto UAX Rafa Nadal realizou o evento “Caso Barcelona 92” para analisar a organização e o impacto dos Jogos Olímpicos. Durante este evento, os estudantes do MBA em Gestão Desportiva da escola tiveram a oportunidade de ter uma visão exclusiva e interna desses Jogos Olímpicos, que foram um marco para a cidade, para a Espanha e para o mundo do olimpismo.

A UAX ressaltou que poucos eventos desportivos transmitem “os valores, a competição saudável e o esforço transmitidos pelos Jogos Olímpicos. Mas essa competição de referência internacional vai além, porque por trás de toda atividade desportiva há muitos aspetos económicos, de negócios, de inovações tecnológicas e até mesmo de desenvolvimento urbano, que são fundamentais para que sejam realizados com sucesso, integrando a celebração desportiva à vida quotidiana das grandes cidades ao redor do mundo. Nesse modelo de competição, sem dúvida, Barcelona 92 é um exemplo de sucesso que marcou a realização das competições subsequentes”.

Através de representantes do COI, como o vice-presidente Juan Antonio Samaranch, Javier Gómez Navarro, ex-presidente do Conselho Superior de Desporto (CSD) nos Jogos Olímpicos de 92, e Toni Nadal, os alunos puderam conhecer a visão deles sobre a experiência olímpica do ponto de vista da gestão desportiva.

Gómez Navarro explicou como foi o processo até chegar a Barcelona 92 e Samaranch destacou algumas das chaves para o sucesso e afirmou que esses Jogos Olímpicos “foram uma mudança de paradigma que nos transformou a todos. Eles foram bem-sucedidos porque reuniram uma série de elementos: uma organização poderosa, muita ilusão e algo que agora falta muitas vezes: pessoas trabalhando juntas. O resultado positivo de tudo isso foram os bem-sucedidos Jogos Olímpicos de Barcelona, que impressionaram o mundo com o seu design, arte, civismo e hospitalidade, entre outras coisas”.

Por sua vez, Toni Nadal compartilhou sua experiência olímpica e explicou que “a gestão desportiva é fundamental para a boa organização, neste caso, de uns Jogos Olímpicos. Se os de Barcelona foram os melhores, eu acredito que Madrid também merece uns Jogos Olímpicos que seriam os melhores”. Além disso, ele quis enriquecer sua intervenção com uma visão mais puramente desportiva do ponto de vista da participação de Rafa Nadal nos Jogos Olímpicos. Nesse sentido, ele expôs que “para Rafa, a medalha e os Jogos Olímpicos mais especiais foram os de Pequim. O próprio tenista reconheceu que foi a melhor experiência de sua vida desportiva e que ele venceu graças ao ambiente e ao apoio dos demais atletas”. Isso mostra o que todos os participantes reiteraram: o espírito olímpico é único e Barcelona 92 o resgatou e avivou de forma transcendental.

Além dos depoimentos de alguns dos medalhistas olímpicos espanhóis de Barcelona 92, como Fermín Cacho, Natalia Via-Dufresne, Mercedes Coghen e Theresa Zabell, que valorizaram a importância da chegada de gestores desportivos profissionais para evoluir e melhorar a indústria.

Também ofereceram sua visão desses Jogos Olímpicos figuras destacadas da organização, como Marina López, Diretora de Marketing e Comunicação da histórica marca Joma, Raúl Chapado, Presidente da Real Federação Espanhola de Atletismo (RFEA), Rafael Cortés Elvira, ex-presidente do CSD, e Albert Agustí, ex-Diretor de Marketing de Barcelona 92.

Para Miguel Palencia, diretor da Escola de Desporto UAX Rafa Nadal, “esse evento em colaboração com a Deloitte e a OBS (Olympic Broadcasting Services), juntamente com renomados medalhistas e organizadores de Barcelona 92, representa um passo adiante e uma aprendizagem diferencial para os alunos do MBA em Gestão Desportiva, que, graças a essas atividades, podem se capacitar em todos os aspetos da indústria desportiva, aplicando na prática seus conhecimentos e se aproximando do mundo do trabalho que irão enfrentar ao concluir seus estudos”.

A experiência “Caso Barcelona 92” é complementada por outras duas jornadas, onde os estudantes estarão acompanhados por esses parceiros “olímpicos” da UAX, como a Deloitte e a OBS (Olympic Broadcasting Services). Além disso, essa atividade se soma a outras desenvolvidas por esses alunos na Rafa Nadal Academy by Movistar, em Manacor, ou no Sports & Health Jobs Day, ao lado de ex-atletas de elite como David Villa, Pato Clavet ou Lola Fernández-Ochoa, entre outros, que compartilharam suas experiências pós-aposentadoria e enfatizaram a importância da formação contínua.

Esta atividade está inserida no exclusivo modelo educativo da UAX, que combina teoria, práticas reais e relacionamento com os agentes da indústria desportiva, oferecendo a formação mais profissional e com aplicabilidade no trabalho, impulsionando-os a se tornarem os próximos líderes do setor.

Dentro da ampla rede de colaboradores do setor empresarial ou institucional, a UAX explicou que “age como parceira do COE (Comité Olímpico Espanhol) e do COI (Comité Olímpico Internacional), como demonstra seu reconhecimento como Centro de Estudos e Pesquisa Olímpica (CEIO). Essa distinção coloca a UAX em uma posição de destaque a nível mundial e a transforma em uma plataforma para realizar, entre outros eventos, jornadas sobre o impacto da tradição olímpica e os valores que ela representa na sociedade”, como foi o ‘Caso Barcelona ’92’.

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AD à frente dos socialistas e direita aumenta a vantagem

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2024

Barómetro da Intercampus revela que AD ganha quatro pontos percentuais nas intenções de voto. Os mesmos que PS perdeu em fevereiro. Partidos à direita sobem nas intenções de voto e à esquerda descem.

A Aliança Democrática (AD) ultrapassou o Partido Socialista (PS) nas intenções de voto com 24,3% contra os 22,4%, segundo o barómetro da Intercampus para o Jornal de Negócios (acesso pago), Correio da Manhã (acesso pago) e CMTV. Os socialistas perderam a posição de liderança que detinham no último barómetro, publicado a 23 de janeiro, ao perderem quatro pontos percentuais. Já coligação liderada por Luís Montenegro ganhou, em fevereiro, exatamente o mesmo valor.

O Chega mantém-se como a terceira maior força política com 16,5%, embora tenha perdido uma décima, seguido da Iniciativa Liberal (6,6%, mais 1,2 pp), Bloco de Esquerda (5,4%, menos dois pontos percentuais), PAN (3,2%, mais um ponto), CDU e Livre (ambos com 2,7%).

O barómetro revela que os partidos à direita (AD, IL e Chega) subiram nas intenções de voto passando de 42,8% para 47,4%. Já os partidos à esquerda (PS, BE, CDU e Livre) descem de 39% para 33,2%. A chave para ganhar as eleições está no voto dos indecisos já que preferem votar na coligação liderada por Montenegro (16,7%) enquanto o PS cai nas intenções de voto desde grupo, de 18 para 10,9%.

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TransPerfect regista receitas recorde de 1,1 bilhão de euros em 2023

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2024

Sob a liderança de Phil Shawe, a empresa registou um aumento de 3% na sua receita anual e mantém um crescimento contínuo por mais de três décadas.

A multinacional americana possui cinco sedes em Espanha, onde já está consolidada nos setores tecnológico e audiovisual.

A TransPerfect, multinacional líder em soluções tecnológicas e serviços linguísticos, sediada em Barcelona, Palma de Mallorca, Madrid, Alicante e Valencia, anunciou receitas de 1,1 bilhão de euros em 2023. Essa cifra representa um aumento de 3% em relação aos 1,068 bilhões de euros de 2022.

A multinacional tornou-se o primeiro fornecedor de serviços linguísticos a alcançar um bilhão de dólares em 2021 e registou um crescimento contínuo por mais de três décadas. O presidente e CEO da TransPerfect, Phil Shawe, valorizou o trabalho dos seus funcionários durante o ano. “Estou orgulhoso da nossa equipa por navegar em um ambiente empresarial difícil em 2023 e continuar gerando crescimento. Os serviços de inteligência artificial e o sólido crescimento de clientes governamentais contribuíram para a resiliência do nosso desempenho”, afirmou.

Phil Shawe comunicou que muitas das plataformas tecnológicas da empresa experimentaram um crescimento orgânico. O GlobalLink teve um aumento de 30% nas suas receitas. A divisão jurídica da TransPerfect também cresceu cerca de 15%, assim como o centro de atendimento TransPerfect Connect e a unidade de interpretação telefónica.

Os esforços da empresa na inteligência artificial e aprendizado de máquina resultaram em um aumento de receita de mais de 27,6 milhões de euros. “Esperamos que a IA generativa e os Grandes Modelos de Linguagem (LLM) continuem transformando o setor, e nosso investimento em P&D nessa área é alto”, explicou Shawe, acrescentando que o investimento em P&D em tecnologia de IA e sua prioridade na gestão permitiram que a empresa oferecesse serviços de consultoria a muitos clientes que desejam integrar a IA generativa nos seus próprios negócios.

Em relação à localização no setor audiovisual, onde as greves em Hollywood tiveram um impacto significativo em 2023, o presidente e CEO da TransPerfect afirmou que a Ásia continua superando a América e a Europa em termos percentuais. A recente expansão geográfica da TransPerfect inclui o que a empresa considera “mercados emergentes com um potencial incrível, como Cidade do Cabo, Casablanca, Cidade de Ho Chi Minh, Jacarta, Lagos, Melbourne e Nairóbi”.

MUDANÇAS NA DIREÇÃO

Shawe dividirá a liderança da empresa como co-CEO com Jin Lee. Lee trabalha na empresa há mais de duas décadas e ocupou o cargo de vice-presidente sénior de produção global.

A empresa permanece fiel ao seu valor central de se envolver em atividades filantrópicas nas comunidades em que atua. Em 2023, a TransPerfect e seus funcionários colaboraram para fazer contribuições significativas para muitas organizações beneficentes importantes, incluindo Girls Who Code, The V Foundation for Cancer Research, CFES Brilliant Pathways, CLEAR Global, Athlete Ally, Bottom Line, AFANOC e Toys for Tots.

Recentemente, Barnaby Wass, diretor executivo de negócios da empresa, entregou um cheque no valor de 262.000 euros a Maite Golmayo, responsável por Marketing e Relações Externas da AFANOC, durante a cerimónia de apresentação do Desafio TransPerfect Mountain 2024 em Barcelona. Essa quantia representa o total das doações da TransPerfect para a AFANOC desde o início deste projeto. Em 2023, o valor arrecadado para as famílias de crianças com cancro na Catalunha foi de 72.000 euros.

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OPPO utiliza o poder da IA para otimizar o desempenho do ColorOS, o sistema operacional dos seus dispositivos móveis

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2024

A marca de tecnologia OPPO aplicou a Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a fluidez e a estabilidade do ColorOS, que é a camada de personalização integrada em seus dispositivos inteligentes.

A versão atual do software, ColorOS 14, foi lançada há alguns meses pela empresa e é um dos primeiros sistemas operacionais baseados no Android 14.

Não é a primeira vez que a OPPO anuncia o uso da Inteligência Artificial para impulsionar o desenvolvimento de sua linha de produtos. Neste caso, os engenheiros da empresa estão realizando pesquisas para entender como essa tecnologia pode otimizar aspetos como a memória ou o gerenciamento de energia nos dispositivos móveis.

A última versão do sistema operacional dos produtos da OPPO está equipada com um motor inteligente, chamado motor Trinity, que melhora a fluidez e a estabilidade do sistema por meio de uma gestão e programação ajustada dos recursos computacionais, memória e armazenamento.

As três tecnologias que compõem esse motor são: ROM Visualization, RAM Visualization e CPU Visualization, e servem, entre outras funções, para otimizar o espaço de armazenamento dos dispositivos, acelerar o funcionamento dos aplicativos e programar os recursos energéticos. A OPPO afirmou em comunicado que a nova atualização do software incluirá outras funções que aprimorarão o sistema de gerenciamento de memória e permitirão uma velocidade de uso dos dispositivos até 16 vezes maior.

Atualmente, segundo as últimas informações da empresa, o ColorOS possui 600 milhões de usuários ativos e é compatível com 68 idiomas. A OPPO afirmou que continuará investindo recursos para pesquisar como a IA pode melhorar o desenvolvimento de sua produção e reafirma seu compromisso em oferecer uma experiência móvel fluida e

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de fevereiro

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 14 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

Pedro Nuno Santos debate com André Ventura. Portugal volta a emitir dívida a dez anos. INE publica dados do mercado de trabalho e dados finais do turismo.

A política continua a dominar a atualidade esta quarta-feira, depois das celebrações do Carnaval (que deram tolerância de ponto à Função Pública). Portugal vai ao mercado emitir dívida a dez anos e o Eurostat permitirá avaliar melhor a performance da economia portuguesa em 2023 no conjunto dos países europeus.

Prosseguem os debates rumo às eleições

Continuam os debates televisivos entre os principais cabeças de lista às legislativas de 10 de março. André Ventura (Chega) vai debater com Pedro Nuno Santos (PS) às 21h, em sinal aberto, na TVI. Antes disso, às 18h, Rui Tavares (Livre) troca argumentos com Inês Sousa Real (PAN) na RTP3. Pelas 22h, no mesmo canal, debatem Rui Rocha (Iniciativa Liberal) e Paulo Raimundo (PCP).

IGCP volta a emitir dívida de longo prazo

O IGCP realiza hoje três leilões de dívida de longo prazo com o intuito de captar entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros, através de Obrigações do Tesouro a cinco, dez e 28 anos. No início do ano, Portugal já tinha obtido quatro mil milhões de euros numa emissão sindicada a dez anos, que é a maturidade de referência.

Economia portuguesa continua na frente?

O Eurostat, gabinete oficial de estatística da União Europeia (UE), vai divulgar pelas 10h uma nova estimativa rápida da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e do emprego na UE e na Zona Euro durante o quarto trimestre (e, em consequência, o fecho do ano). No final de janeiro, soube-se que Portugal terá crescido 2,3% no ano passado e que tanto a UE como a Zona Euro terão crescido 0,5% em 2023, com base nos países para os quais já havia dados. Ora, o crescimento português em cadeia (0,8%) foi o maior de todos, pelo que os dados de hoje, que incluirão mais países, permitirão medir melhor o desempenho da economia portuguesa face aos pares.

INE analisa mercado de trabalho…

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar novos dados sobre o andamento do mercado laboral no quarto trimestre do ano passado, nomeadamente os fluxos. Nos dados mais recentes, o INE destacou que 25,3% das pessoas que não tinham emprego no final do segundo trimestre conseguiram encontrar emprego no terceiro trimestre de 2023.

… e mede o pulso ao turismo

Além disso, o INE também vai divulgar os dados finais da atividade turística relativos a dezembro de 2023. Os resultados preliminares divulgados no final de janeiro sugerem que os hóspedes e as dormidas terão superado em 2023 os níveis pré-pandemia, atingindo novos recordes.

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Bain BCG, Boston Consulting e Alvarez & Marsal lideram o ranking das melhores consultoras estratégicas do mundo

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2024

A lista Vault Consulting Survey 2024 revelou que as melhores consultoras estratégicas a nível mundial são Bain BCG, 1º lugar, Boston Consulting e Alvarez & Marsal ocupando os três primeiros lugares.

Um dos aspetos mais destacados deste ranking é a progressão da Alvarez & Marsal, que, segundo o ranking, está entre as melhores consultorias do mundo, aparecendo tanto na América do Norte, como na Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e África.

 

 

Segundo María Ho, chefe de pesquisa da Vault, “é uma das empresas a se ter mais em conta” neste ano de 2024. Para ela, o salto “não é surpreendente, já que é uma empresa forte em reestruturações e assumiu compromissos de alto perfil, como o assessoramento ao governo suíço na falência da Credit Suisse”.

Este ano, a pontuação da Alvarez & Marsal subiu 0,276 pontos. Há apenas quatro anos, ocupava o 22º lugar com uma média de 7,081 pontos. Em outras palavras, a empresa subiu quase um ponto em apenas um ano. Ela está entre as cinco primeiras em duas categorias chave: Remuneração e Perspetivas de negócio. Além disso, é considerada uma das empresas de consultoria mais prestigiosas em geral: ocupa o 20º lugar em Prestígio, que, de acordo com o relatório, evoluiu de 3,897 para 5,949 desde 2018. Esta pesquisa é baseada em respostas de quase 10.000 profissionais e destaca a excelência contínua da empresa nas áreas de compensação e nível de desafio.

A Alvarez & Marsal, com mais de 9.000 funcionários em todo o mundo, descreve sua cultura como “centrada no cliente” e “empreendedora”, uma empresa com “grande acesso à alta administração”, “clientes interessantes” e “moral elevado dos funcionários”. “Os funcionários desfrutam de um alto nível de independência e a direção confia nos funcionários de todos os níveis para gerenciar as interações com os clientes”, afirmam.

Entre as demais dez primeiras, EY-Parthenon, Bridgespan Group e Kearney perderam 2-3 posições cada uma. Essa perda foi aproveitada pela Putnam Associates e pela Roland Berger Strategy Consultants, que subiram do 11º para o 7º lugar e do 13º para o 10º lugar, respectivamente, enquanto a L.E.K. Consulting saiu do Top 10.

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Coverflex entra em Espanha e quer expandir para novo mercado europeu

Depois de Itália e agora Espanha, fintech portuguesa quer expandir para novo mercado. Recrutou ex-CEO da Sodexo Portugal e Itália para responsável de Mercados e Expansão Internacional.

Depois da entrada em Itália, a Coverflex, fintech nacional que opera na gestão de benefícios, entrou este ano em Espanha. A expansão para “pelo menos mais um mercado na Europa” está nos planos da startup, que fechou o ano passado com 7,5 milhões de euros de receita, uma subida de 150% face a 2022.

“O mercado de Espanha foi lançado agora no início de 2024 e esta incursão está a ser iniciada com uma carteira de clientes sólida, que inclui alguns dos nossos clientes já estabelecidos em Portugal e Itália, que têm, também, operações em Espanha“, confirma Miguel Santo Amaro, cofundador da Coverflex, ao ECO.

Para apoiar a expansão neste mercado — o terceiro onde a startup portuguesa opera — a Coverflex, que tem um modelo de trabalho fully remote, contratou “duas pessoas locais, a diretora geral e o diretor comercial”.

“Temos também recrutamento aberto para a área comercial de Espanha, Portugal e Itália”, refere ainda o cofundador.

Miguel Santo Amaro, cofundador e CEO da Coverflex

Em Espanha, a startup entra com uma solução de serviços semelhante à oferecida em Portugal. “Estamos a disponibilizar um cartão de refeição juntamente com benefícios flexíveis, criando assim a primeira solução de compensação 360 na Espanha. Esta abordagem abrangente visa atender às necessidades das empresas e dos seus colaboradores, proporcionando uma gama completa de benefícios adaptados às suas preferências e exigências individuais”, refere.

A Coverflex já tem neste novo território “mais de duas centenas de empresas em fase bastante avançada de venda”, mas os objetivos são de “um crescimento e expressão muito semelhante ao que experienciamos nos outros mercados”, refere Miguel Santo Amaro. “Temos boas perspetivas de crescimento e queremos alcançar algo parecido ao que conseguimos em Portugal — 5.000 empresas e 100 mil utilizadores nos primeiros três anos”, aponta.

Espanha segue-se à entrada no ano passado em Itáliapaís onde a startup comprou a empresa italiana de vales de refeição EatsReady, a quarta em dois anos, depois de fechar uma ronda de investimento de 15 milhões de euros — onde regista “ótimo crescimento”. “Neste momento, já conquistámos mais de 400 empresas e uma base de utilizadores de 20 mil”, avança.

Aposta na internacionalização

E há planos para a entrada em novos mercados, garante Miguel Santo Amaro, sem detalhar prazos nem o país na mira. Para isso, a Coverflex recrutou na Sodexo, empresa que atua na área dos cartões de refeição.

“Além deste lançamento no mercado vizinho, a nossa meta é reforçar a nossa posição já consolidada em Portugal e Itália e pretendemos, ainda, lançar pelo menos mais um mercado na Europa. Para nos ajudar com este plano, concluímos recentemente o processo de contratação de Florent Lambert, ex-CEO da Sodexo Portugal e Itália, que assumirá as funções de responsável de Mercados e Expansão Internacional da Coverflex e que irá ter um papel crucial na realização deste plano ambicioso”, revela o cofundador da fintech.

A Coverflex fechou o ano passado com receitas anuais de 7,5 milhões, mais de 150% do que em 2022, com uma margem bruta de 75%, segundo dados avançados pela empresa. “Contamos com uma impressionante base de mais de 6.000 empresas e 125 mil colaboradores que escolheram a nossa solução de compensação flexível, evidenciando a robustez do nosso crescimento no mercado português, contando com um valor global de transações superior a 250 milhões de euros”, adianta Miguel Santo Amaro.

Num ano, entre julho de 2022 e julho de 2023, a empresa registou um “triplo aumento no número de empresas que adotaram” a plataforma de gestão de benefícios flexíveis. Revolut, Emma, Bolt e Remote estão entre o lote de clientes. A empresa quer, até final de 2025, atingir um total de um milhão de utilizadores.

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Custos dos patrões com salários aceleram, mas setor da construção foge à tendência

Num ano marcado ainda por níveis de inflação elevados, os custos dos patrões com salários aceleraram. O setor do construção foi exceção: os custos com os ordenados subiram, mas menos do que em 2022.

Os custos dos patrões com os salários aumentaram no último ano e, regra geral, aceleraram face a 2022. Mas houve um setor que fugiu a essa tendência: na construção, os custos salariais subiram, mas menos do que ano anterior. Em contraste, os patrões do setor dos serviços foram os que viram os custos com ordenados crescer mais, de acordo com as contas do ECO.

Vamos por partes. No conjunto do mercado de trabalho, o custo do trabalho aumentou 5,3% em termos homólogos em 2023, acima da variação de 3,2% registada no ano anterior.

No que diz respeito especificamente aos custos salariais (que inclui não só os ordenados em si, mas também os prémios e subsídios — como o subsídio de Natal e o subsídio de férias –, e o pagamento do trabalho extraordinário), houve um aumento de 5%.

Ora, em 2022 os custos salariais tinham subido 3%, o que significa que aceleraram no último ano. Esta tendência registou-se tanto no público, como no privado, mas houve um setor que fugiu à regra: a construção.

No caso da construção, os custos salariais saltaram 3,4% em 2023. Dos três grandes setores para os quais há dados (construção, indústria e serviços), esta foi a menor variação. Em contraste, em 2022 os custos salariais tinham aumentado 4,9%, sendo a variação mais expressiva entre os vários setores.

Ou seja, depois de terem estado em destaque, os custos salariais suportados pelos patrões da construção abrandaram (em 1,5 pontos percentuais) em 2023.

Custos salariais da construção aumentaram, mas menos que no ano anterior

Fonte: INE

Por outro lado, os patrões dos serviços — que inclui o comércio, mas também os transportes, o turismo, as atividades de informação e comunicação, as atividades imobiliárias e até as atividades de consultoria — viram os custos salariais crescer 4,7% em 2023, acima da variação de 3,4% registada em 2022.

Contas feitas, no setor dos serviços, houve uma aceleração (em 1,3 pontos percentuais) dos custos salariais.

Já na indústria — extrativas, transformadoras, eletricidade, água, saneamento e gestão de resíduos — houve uma aceleração de 0,3 pontos percentuais. Em concreto, os custos salariais dos patrões deste setor aumentaram 4,9%, acima da variação de 4,6% verificada em 2022.

Disparo de quase 12% dos outros custos

Se nos custos salariais a construção fugiu à regra, nos outros custos registou o maior aumento e a maior aceleração entre os vários setores.

Importa explicar que os outros custos incluem indemnizações por despedimento, encargos legais (nomeadamente, contribuições sociais, seguro de acidentes de trabalho e doenças profissionais) e encargos facultativos (nomeadamente, seguro de saúde, seguro de vida e prestação complementar de invalidez).

Em 2023, os custos dos patrões da construção nesse âmbito dispararam 11,7%, acima da variação de 5% que tinha registado em 2022. Ou seja, não só acelerou face ao ano anterior, como registou o maior aumento dos outros custos entre os vários setores.

Também na indústria houve uma aceleração, mas menos expressiva. Neste caso, o ano de 2023 foi sinónimo de um aumento de 5,6% dos outros custos, acima da variação de 4,7% verificada em 2022.

Em contraste, nos serviços houve um abrandamento. Os outros custos subiram 5,2%, mas tinham crescido 5,4% em 2022 (essa foi mesmo a variação setorial mais expressiva desse ano), desacelerando.

No conjunto do mercado de trabalho, os outros custos aumentaram 6,4% em 2023. Em 2022, tinham subido 4,1%, o que significa que, no conjunto da economia, houve uma aceleração dos outros custos.

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Economia começa a convergir mas faltam reformas para crescimento estrutural

Os dados económicos de 2023 foram melhores que o esperado e a economia portuguesa cresceu acima da média europeia. Mas economistas defendem reformas para um crescimento sustentado.

  • O ECO vai divulgar 5 séries semanais de trabalhos sobre temas cruciais para o país, no período que antecede as eleições legislativas de 10 de março. Os rendimentos das famílias, o crescimento económico, a crise da habitação, o investimento em infraestruturas e os problemas da Justiça vão estar em foco. O ECO vai fazer o ponto da situação destes temas, sintetizar as propostas dos principais partidos e ouvir a avaliação dos especialistas.

A imagem da economia de Portugal tem-se transformado ao longo do tempo, passando por várias fases desde o foco agrícola até ao descontrolo que levou à necessidade de resgastes, tendo agora virado a página e apresentando-se como um “bom aluno” que está lentamente a recuperar a sustentabilidade das contas públicas. Apesar do caminho que já foi feito, que tem levado a alguma convergência com a Europa, abundam as críticas à falta de reformas que levem a um crescimento mais estrutural, nomeadamente tendo em vista um aumento da produtividade.

Fazendo um raio-X à situação atual da economia portuguesa, verifica-se que o próximo Governo vai assumir as rédeas das Finanças com as contas numa situação mais positiva do que se tem verificado nos últimos anos. A economia cresceu 2,3%, a dívida pública recuou para menos de 100% do PIB e registou-se um excedente orçamental, à boleia da arrecadação de impostos e do turismo.

A dívida pública não atingia um rácio tão baixo desde 2009 e Fernando Medina já sinalizou que é possível, se não se verificarem grandes choques, que seja inferior a 95% do PIB este ano. Os dados do emprego também são positivos: o Executivo estava a apontar para uma taxa de desemprego de 6,7% em 2023, mas afinal ficou em 6,5% — ainda que tenha subido no último trimestre.

Já o crescimento do PIB deverá abrandar este ano, mas pode ter um impulso. Como salienta o Fórum para a Competitividade, numa nota de conjuntura, “o ritmo de crescimento do quarto trimestre foi de tal modo elevado que seria insustentável, pelo que o abrandamento em 2024 será quase inevitável, de forma mais nítida no primeiro semestre”. Mesmo assim, um desempenho melhor que o esperado traz alguns efeitos positivos para este ano.

“O bom resultado do quarto trimestre permite maior otimismo para 2024, mas o aumento de riscos, incluindo políticos, não permite rever em alta as previsões de crescimento, pelo que mantemos a estimativa de uma desaceleração do PIB de 2,3%, em 2023, para entre 0,9% e 1,3%, em 2024, sendo provável que o segundo semestre seja mais dinâmico, com maior clareza sobre o cenário político e com o impacto das descidas de taxas de juro do BCE”, indica o Fórum.

João Leão, ex-ministro das Finanças, salienta que “Portugal teve um crescimento de 2,3% no ano passado, está praticamente no pleno emprego, a economia está bem”. Neste cenário, “não há assim uma margem para crescer muito, ao contrário do que aconteceu depois da crise da troika, em que a economia estava muito em baixo e havia margem de crescimento ou depois da pandemia em que a economia bateu no fundo e depois é natural crescer muito”, exemplifica, em declarações ao ECO.

No Orçamento do Estado, o Governo previa um crescimento de 1,5% em 2024. Já o Banco de Portugal é menos otimista e, em dezembro, projetava que uma variação do PIB de apenas 1,2%.

Para os anos seguintes, o banco central, liderado por Mário Centeno, previa, nessa altura, um crescimento da economia de 2,2% em 2025, e de 2% em 2026. “A recuperação da atividade será gradual” ao longo de 2024, “beneficiando da aceleração da procura externa, do efeito da descida da inflação no rendimento das famílias e do impulso dos fundos europeus no investimento”, explicava o BdP.

Quanto aos partidos, o cenário macroeconómico que está a ser construído pelo PS de Pedro Nuno Santos para as legislativas de 10 de março projeta um crescimento da economia de 1,8% no final de 2027, que poderá rondar os 2% no termo da legislatura, em 2028, sabe o ECO. Trata-se de uma estimativa bem mais conservadora do que a de Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), coligação que une PSD, CDS e PPM, que atira para uma variação do PIB de 3%, em 2027, e de 3,4%, no ano seguinte.

Para João César das Neves, “fazer o PIB crescer mais de 3% não é uma coisa mítica”. Como diz ao ECO, “não é fácil, mas não é doido, sobretudo se for à boleia da redução de impostos e do aumento do investimento”. “Mas só é possível com políticas de capitalização de empresas, investimento, educação, tecnologia e inovação”, defende.

Há convergência, mas crescimento tem sido cíclico

Nos últimos anos, Portugal tem conseguido convergir, ao crescer acima da média da União Europeia (UE). Porém, quando se olha para o conjunto da década, a média de crescimento é muito inferior. Segundo a nova plataforma Comparar para Crescer, da associação Business Roundtable, neste século (até 2022), o PIB português cresceu em termos acumulados apenas 23%. A variação média da UE27 foi de 40,6%.

Tem-se registado, ainda assim, uma recuperação, mas em relação ao PIB per capita a dimensão da economia está a ficar para trás. Como nota Carlos Tavares, “entre 2015 e 2023, o diferencial de crescimento face à média da UE é pequeno”. “Se mantivéssemos esse diferencial, demoraríamos cerca de 60 anos para atingir a média da UE do rendimento per capita“, nota o coordenador do Observatório de Políticas Económicas e Financeiras da SEDES, sendo que, “se for em dez anos, temos de crescer 2,5% acima da UE, ou seja, 4% ou 4,5% ao ano”.

O economista Ricardo Ferraz também destaca que, apesar de ser “positivo que tenha havido convergência e que tenhamos crescido acima dos países da Zona Euro”, segundo os dados preliminares para 2023, “não nos podemos esquecer que é preciso melhores condições para o crescimento económico robusto em situação de normalidade”. “Isso passa por reformas”, acrescenta. “Não podemos ter medo de reformar, porque é fundamental para aumentar a capacidade produtiva da economia”, salienta o investigador.

No cômputo global, a economia portuguesa tem registado um crescimento moderado. A estagnação advém do “excesso de protecionismo” e da fraca concorrência externa, pelo que “faltam reformas estruturais na educação e na concorrência que nos permitam tornar líderes” nos mercados externos, como defendeu o economista Ricardo Reis, em declarações ao ECO.

O principal motor do crescimento deve então ser “a capacidade de trabalho, de empreendedorismo dos empresários e a capacidade de facilitar os negócios”, defendeu. “Numa economia que tem de crescer de uma forma sustentada e não apenas cíclica, o crescimento virá sempre com o aumento da produtividade“, reiterou.

O ex-ministro da Economia Augusto Mateus também defendeu a necessidade de uma nova política económica, que deve ser dirigida à “economia real e não reduzida à esfera financeira”, na apresentação de um estudo que realizou a pedido da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). O economista considerou que “é fundamental uma política de competitividade em Portugal”.

Para Augusto Mateus, para aumentar a competitividade e a produtividade é crucial uma maior colaboração das empresas, mas também uma política económica construtiva e ambiciosa.

Carlos Tavares defende ainda que, “para colocar o país a crescer 3% ou 4% ao ano, tem de se recuperar o gap de produtividade de quase 40% face à UE“. Este “défice de produtividade” surge porque “temos poucas máquinas e equipamentos e são fracos”. E detalha: “88% são construções; 11% são máquinas e equipamentos tecnológicos; e apenas 3% é propriedade intelectual como patentes. Isto mostra a fragilidade do nosso stock de capital”.

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LX Partners avança com venda de 4,2 mil milhões de malparado

De fora do maior negócio de crédito em incumprimento em Portugal ficará a plataforma Algebra Capital. LX Partners avança apenas com venda das carteiras com o valor bruto de 4,2 mil milhões.

O maior negócio de malparado em Portugal sempre vai avançar. A LX Partners decidiu retirar da transação a gestora Álgebra Capital, sendo que já escolheu o comprador para as carteiras de 4,2 mil milhões de euros de crédito malparado, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

O ECO sabe ainda que o investidor com quem a LX Partners está em negociações de exclusividade não é nenhum dos três consórcios que tinham sido anteriormente selecionados para apresentarem propostas vinculativas: os consórcios da Cerberus, Intrum e Finsolutia, da Carval e Whitestar e do fundo LCM.

O negócio esteve em risco de não se concretizar devido às baixas ofertas que a LX Partners tinha recebido pela plataforma Algebra Capital, responsável pela gestão das carteiras, segundo o Jornal Económico. Esta sociedade tinha 175 trabalhadores e faturou 13 milhões em 2022, mais 11% em relação ao ano anterior, tendo lucrado 1,5 milhões, de acordo com os dados disponibilizados pela InformaDB.

O facto de os três investidores então selecionados terem os seus próprios servicers fez com que as propostas para a Algebra tivessem ficado aquém do que pretendiam os acionistas da LX Partners. Que decidiu agora avançar apenas com a venda das carteiras a outro investidor. Em causa estão ativos problemáticos que a LX Partners adquiriu nos últimos anos à banca portuguesa, com um valor bruto de 4,2 mil milhões de euros, dos quais quatro mil milhões dizem respeito a crédito unsecured (sem garantias) e outros 200 milhões a crédito secured (com garantias).

As informações recolhidas inicialmente pelo ECO apontavam para um negócio avaliado em cerca de 200 milhões de euros.

A LX Partners, com sede no Luxemburgo, e a Algebra não responderam às questões colocadas pelo ECO até à publicação deste artigo.

Além de dívida de stress e NPL (non performing loans), os negócios da LX Partners incluem também a área do private equity e do imobiliário. Em Portugal, por exemplo, esta sociedade detém a Five Credit (plataforma digital de empréstimos alternativos para PME) e a sociedade gestora Circle Capital e investiu 125 milhões de euros na Smart Studios (estúdios para estudantes) em 2018.

Neste momento, há mais duas transações de gestoras de malparado em curso, a DoValue Portugal e a Hipoges a nível global. Estas operações marcam o início de um caminho de consolidação num mercado que viu o ano dourado de 2018 movimentar mais de oito mil milhões de euros, mas cuja atividade caiu para 1,4 mil milhões de euros no ano passado.

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Tribunal de Contas faz auditoria ao Fundo Ambiental

O requerimento apresentado pelo PCP, no ano passado, veio acelerar a auditoria já prevista pelo do TdC no âmbito da atividade regular do organismo. Governo encara processo com "naturalidade".

O Tribunal de Contas está a auditar o Fundo Ambiental. A decisão acontece no âmbito do requerimento apresentado pelo Partido Comunista Português (PCP), no ano passado, mas também na sequência de um outro processo interno no âmbito da atividade regular do organismo.

Ao ECO/Capital Verde, o órgão supremo de fiscalização das despesas públicas informa que “o Tribunal de Contas está a realizar uma auditoria ao Fundo Ambiental, correspondendo também a uma solicitação da Assembleia da República (AR)”, rejeitando que esta incidisse apenas sobre as contas deste fundo que têm sido apresentadas com sucessivos atrasos.

A solicitação vinda da AR foi submetida em março do ano passado na sequência de um requerimento do PCP apresentado durante a Comissão de Orçamento e Finanças, no qual era pedida, entre outras, uma auditoria ao Fundo Ambiental, no âmbito da Lei de Enquadramento Orçamental.

Ao ECO/Capital Verde, o deputado comunista Duarte Alves explica que a dimensão “significativa” deste fundo, que foi criado após a fusão de sete fundos ambientais extintos, obriga a que haja um “escrutínio das contas e da atividade do Fundo Ambiental“. Em 2023, o orçamento do Fundo Ambiental foi de 1.194 milhões de euros, cerca de 60 milhões de euros superior à verba de 2022.

“Pareceu-nos que, no conjunto de auditorias que são pedidas pela AR por ano, [quatro], tinha relevância pedir uma auditoria ao Fundo Ambiental. O pedido foi consensual [entre os deputados]. Aguardamos pelas conclusões do Tribunal de Contas à Assembleia da Republica”, acrescenta o deputado.

Além da auditoria ao Fundo Ambiental, os deputados aprovaram outros pedidos, nomeadamente, uma auditoria aos Institutos Públicos e Fundações (proposta do Chega), outra sobre as despesas das Infraestruturas de Portugal, incluindo as Parceria Público-Privada (PPP) e uma terceira aos custos das baixas médicas baixas médicas – estas últimas a pedido do PS.

A Lei de Enquadramento Orçamental prevê que os resultados das auditorias sejam enviados ao Parlamento no prazo de um ano, prorrogável até 18 meses, devendo o Governo responder em 60 dias às recomendações da Assembleia da República que incidirem sobre as auditorias. Ao ECO/Capital Verde o deputado Duarte Alves salienta que a auditoria pedida pelo PCP ainda não está concluída e que esta deverá ainda levar o seu tempo, recordando que o pedido de análise ao processo de venda da ANA foi feito pelo Parlamento em 2017 mas só ficou concluído em 2023.

Ao ECO/Capital Verde, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática garante encarar “com naturalidade qualquer pedido de auditoria”, rejeitando ter sido esse o motivo que levou a que o relatório e contas do Fundo Ambiental referente a 2022 fosse apresentado com atraso. Questionado sobre se está previsto algum atraso na entrega do balanço da atividade de 2023, o gabinete liderado por Duarte Cordeiro garante que “as contas serão entregues dentro dos prazos legais”.

Contas entregues com quase nove meses de atraso

Ao fim de quase nove meses, o Fundo Ambiental apresentou ao Tribunal de Contas (TdC) o balanço da atividade referente ao ano de 2022. O documento foi entregue ao órgão a 15 de dezembro de 2023, depois de terem sido apresentados e autorizados vários pedidos de prorrogação de prazos da parte da gestão do fundo, que está sob a alçada do MAAC. Na verdade, há quatro anos que o Fundo Ambiental tem apresentado contas com atraso, e todas as vezes o tribunal autorizou que assim fosse.

Nem o TdC nem o MAAC revelam ao ECO/Capital Verde quais foram os motivos apresentados para justificar estes pedidos de prorrogação de prazo. No entanto, é certo que os motivos apresentados têm sido suficientes para que o tribunal evitasse aplicar multas à gestão deste fundo, cujos valores oscilam entre os 510 euros e os 4.080,00 euros, de acordo com a lei.

“Quando um organismo não presta contas no prazo legal, sem justificação, tal facto constitui uma infração financeira punível com multa“, explica o Tribunal de Contas ao ECO/Capital Verde.

O mesmo se aplica se a justificação não for devidamente fundamentada, “de facto e de direito”, e “assente em elementos estritamente objetivos”, explica Ana Marques, advogada da Carlos Pinto de Abreu e Associados. Exemplo disso são casos em que estejam em curso auditorias a projetos financiados pelo próprio fundo, ou até mesmo atrasos no envio de informação por parte das entidades financiadas. Neste último ponto, a advogada salienta que muitas organizações apoiadas pelo Fundo Ambiental “também fecham contas a 31 de março” o que poderá, consequentemente, atrasar o envio do relatório final.

“Os atrasos nos últimos anos não são significativos, com exceção de 2022, cujas contas só foram entregues em dezembro“, aponta Ana Marques, referindo que um atraso “relevante ou muito significativo” seria se as contas fossem entregues no ano seguinte, “o que não é o caso”.

Porém, Jane Kirkby , sócia da Antas da Cunha ECIJA, salienta que “o prazo de remessa das contas é perentório“, ou seja, “não pode ser prorrogado ou estendido” e que, se tal acontece, resulta “meramente do dever de colaboração das entidades administrativas para com o Tribunal de Contas”.

“Incumprido o prazo de remessa, este não é suscetível de prorrogação ou extensão, limitando-se o Tribunal de Contas a aferir da justificação apresentada pela entidade administrativa”, explica a advogada.

Mas a verdade é que a aplicação de multas não é prática comum no tribunal. Na história do TdC, apenas se conhecem três processos de multa instaurados pela remessa intempestiva e injustificada das contas, de acordo com a informação disponibilizada online.

“O Tribunal de Contas é benevolente na aceitação das justificações apresentadas pelas entidades públicas para os atrasos”, sublinha Kirby.

Tal como o TdC revelou ao ECO/Capital Verde, desde 2020 que as contas do FA têm dado entrada no tribunal sempre fora dos prazos (e cada vez mais atrasadas). Apesar de o prazo legal de entrega das contas ser a 31 de março do ano seguinte, as contas de 2019 foram submetidas a 29 de maio de 2020, as de 2020 chegaram ao TdC a 30 de junho 2021, enquanto aquelas referentes a 2021 deram entrada a 7 de novembro de 2022. Em todas as situações, foi apresentado um pedido de justificação de entrega fora do prazo da conta, o que foi autorizado pela Conselheira da área.

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