Worten e Continente multados em meio milhão por venda de equipamentos ilegais

  • ECO
  • 24 Janeiro 2024

Comercialização de equipamentos de rádio que “não cumprem os requisitos legais" valem coimas de meio milhão de euros. Retalhistas do universo Sonae recorrem para o Tribunal da Concorrência.

A Anacom aplicou coimas de 515 mil euros à Modelo Continente e à Worten por “comercialização de equipamentos de rádio que não cumprem os requisitos legais”. A Worten, em concreto, foi alvo de uma coima de 291.250 euros, enquanto a Modelo Continente foi castigada em 223.700 euros, anunciou a Anacom num comunicado.

Na base da decisão esteve a venda de aparelhos sem o nome do modelo, número de lote e de série, ou qualquer outro elemento de identificação. A penalização aplicada pelo regulador, agora liderado por Sandra Maximiano, prevê ainda a “perda a favor do Estado” de um conjunto de 55 unidades de modelos considerados em situação irregular.

Em reação, as duas empresas já vieram contestar a decisão, dizendo que “não se [reveem] na decisão”. A Worten informa mesmo que “não procedeu ao pagamento da coima aplicada, tendo em alternativa impugnado judicialmente a decisão”.

“Cumpre agora ao Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão apreciar o caso e pronunciar-se. Nesta fase judicial terá a Worten a oportunidade de esclarecer os factos”, acrescenta a marca de eletrónica.

Reiterando o “compromisso de conduzir a sua atividade no estrito cumprimento da lei”, a empresa de retalho alimentar da Sonae refere que “este processo se baseia em factos ocorridos a partir de 2017, tendo a MC recorrido da decisão da Anacom, ao Tribunal da Concorrência”.

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Consultora do Porto abre tecnologia e mercados às fábricas portuguesas com nova aliança europeia

Market Access junta-se à espanhola ieTeam e ao organismo europeu EIT Manufacturing para "potenciar adoção de tecnologia disruptiva" e abrir novos mercados internacionais à indústria portuguesa.

A consultora portuguesa Market Access aliou-se à espanhola ieTeam e ao organismo europeu EIT Manufacturing para “abrir caminhos” para a indústria portuguesa adotar tecnologias disruptivas e entrar em novos mercados, numa parceria que visa “alavancar a inovação e a internacionalização”.

Em declarações ao ECO, Pedro Vieira, cofundador e administrador da portuense Market Access, fundada em 2005, explica que com este acordo com a empresa sediada em San Sebastián vão “juntar os processos de inovação com os processos de internacionalização, e alargar a oferta conjunta a uma escala iberoamericana”.

“Juntar os processos de internacionalização com processos de inovação significa, por um lado, inovar e trazer novo conhecimento e novas tecnologias para os processos de internacionalização das empresas; por outro, implementar os processos de inovação a uma escala global e não apenas local ou nacional”, acrescenta o líder da consultora nacional, que já fez projetos em 60 países.

Vamos apoiar a indústria portuguesa a desenvolver ações de inovação aberta que estreitem a ligação com start-ups europeias que potenciem a adoção de tecnologia mais disruptiva e a abrir novos mercados.

Pedro Vieira

Cofundador e administrador da Market Access

Já a aliança das duas empresas com o EIT Manufacturing, apresentada como a maior comunidade de inovação industrial europeia e que junta mais de 85 membros, acrescenta o acesso a uma rede de investigadores, startups, empresas e outros stakeholders determinantes na aceleração de um processo de inovação internacional, assim como a calls de financiamento de projetos.

“Em conjunto, vamos conseguimos apoiar a indústria portuguesa a desenvolver ações de inovação aberta que estreitem a ligação entre PME e grandes empresas com start-ups europeias que potenciem a adoção de tecnologia mais disruptiva e a abrir novos mercados. Em última linha damos um contributo para a reindustrialização da Europa”, resume Pedro Vieira.

Para assinalar esta parceria, as três entidades promovem esta quinta-feira, a partir das 14h30 na sede da Sonae, na Maia, uma conferência com o tema “Sinergias Globais”. O programa conta com a participação de vários oradores com experiência em inovação e internacionalização, entre os quais Javier González, business creation manager da EIT Manufacturing, que fará uma exposição acerca do papel da comunidade e os objetivos no desenvolvimento da inovação em Portugal.

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“Em termos políticos, esta investigação não mudou nada”, afirma Montenegro sobre buscas na Madeira

Esta quarta-feira, a Polícia Judiciária está a efetuar buscas, domiciliárias e não domiciliárias, em cerca de 60 locais, 45 desses locais na Região Autónoma da Madeira.

“Espero que esta investigação decorra com rapidez e diligência e que este quadro de suspeita possa ser alterado e esclarecido”, disse Luís Montenegro, à entrada da apresentação do cenário macroeconómico, no Centro de Congressos, em Lisboa. “Espero que seja elucidativo. Não é por estas pessoas serem do PSD que pode haver tratamento diferente, ninguém está acima da lei”, disse o líder social-democrata.

“Foi hoje conhecida uma investigação, são três inquéritos. Há ainda prova que tem de ser obtida”, sublinhou. Montenegro deseja que “sejam apurados os contornos da investigação. Nesses e noutros casos”, referindo-se à Operação Influencer. “Mas em termos políticos, não há nada que mude”, explicou. “Não estou a desvalorizar. Mas neste momento sei apenas aquilo que os senhores me disseram”. E falou apenas “numa perturbação da ação política”.

Esta quarta-feira, a Polícia Judiciária está a efetuar buscas, domiciliárias e não domiciliárias, em cerca de 60 locais, 45 desses locais na Região Autónoma da Madeira.

“O MP do DCIAP ordenou ainda a detenção de três suspeitos, para apresentação a primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação”, diz o comunicado do DCIAP, publicado no site do departamento do Ministério Público (MP).

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em causa estão factos ocorridos a partir de 2015 e os crimes de atentado contra o Estado de direito, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e de tráfico de influência.

As investigações estão ligadas à Região Autónoma da Madeira e incidem sobre a área da contratação pública, essencialmente sobre contratos de empreitada celebrados pelo Governo Regional da Madeira e várias entidades públicas da Região Autónoma com empresas da região.

Entre os visados estão Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal e do PSD Madeira, Caldeira Costa, empresário de Braga e Avelino Farinha, empresário da área da construção civil. “Sob investigação estão, além do mais, várias dezenas de adjudicações em concursos públicos envolvendo, pelo menos, várias centenas de milhões de euros”, diz o DCIAP.

Em causa estará a venda de uma quinta do presidente da Madeira a um fundo imobiliário com sede em Lisboa, em 2017, por 3,5 milhões de euros. O presidente do governo regional da Madeira é suspeito também de atentado ao Estado de Direito. Esse é um dos crimes indiciados pelo Ministério Público. Miguel Albuquerque é suspeito de condicionamento editorial de órgãos de comunicação social, mas também de controlo financeiro de jornais regionais, através de privados ligados ao governo regional. Em causa estão ainda crimes de abuso de poder, bem como recebimento indevido de vantagem.

Já sob Pedro Calado, presidente da câmara do Funchal, eleito pelo PSD, recaem suspeitas de favorecimento com as devidas aprovações de licenciamento camarário em troca de contrapartidas quando trabalhava no grupo AFA, que detém os hotéis Savoy.

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ERC pediu informação a mais acionistas e ainda não há data para a assembleia-geral da Global Media

Para além do fundo que controla a Global Media, a ERC pedir informação a outros acionistas. A assembleia-geral, anunciada pelos minoritários, ainda não tem data marcada.

A ERC esclareceu na tarde desta quarta-feira, em resposta ao +M, que “ainda decorre o prazo legal para os diferentes visados neste processo administrativo remeterem ao regulador as respetivas pronúncias“. Ou seja, a decisão sobre a aplicação do artigo 14ª da Lei da Transparência não será conhecida hoje e, por outro lado, o World Opportunity Fund (WOF), fundo que controla o grupo, não foi a única entidade a quem a ERC pediu explicações.

A data para o WOF entregar a informação pedida terminou ontem, dia em que terá sido enviada a documentação ao regulador. A ERC não avança detalhes sobre a documentação pedida a outros acionistas nem sobre os prazos no qual esta terá que ser recebida.

“No âmbito do processo administrativo em curso para a aplicação do artigo 14º da Lei da Transparência – Identificação da cadeia de imputação de participações sociais na Global Notícias – Media Group, S.A –, recebeu respostas de vários acionistas do Grupo”, escreve o regulador em resposta ao +M, acrescentando que a documentação está a ser analisada.

Entretanto, sabe o +M, também ainda não está marcada a assembleia-geral de acionistas, anunciada na última semana pelos acionistas minoritários e reclamada esta tarde pelos delegados sindicais.

Quando for convocada – o que terá que ser feito pelo presidente da mesa da assembleia-geral, Fernando Aguilar de Carvalho, a pedido dos acionistas – será necessário aguardar no mínimo 21 dias para a sua realização. Ou seja, não será antes de três semanas, após a convocatória.

Por outro lado, se a ERC optar pela inibição dos direitos de voto e patrimoniais do fundo que tem uma posição maioritária na Global Media através da Páginas Civilizadas, também de Marco Galinha, tal não significa o afastamento imediato da comissão executiva, atualmente composta só por José Paulo Fafe e Marco Galinha.

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Qatar alerta que entregas de gás estão a ser afetadas por ataques dos Huthis

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2024

A declaração da QatarEnergy foi divulgada no mesmo dia que uma explosão foi registada perto de um navio que navegava próximo da costa do Iémen.

O Qatar, um dos maiores exportadores mundiais de gás natural liquefeito, alertou esta quarta-feira que as suas entregas estão a ser afetadas pelos ataques contínuos dos rebeldes Huthis ao transporte marítimo no Mar Vermelho. A declaração da QatarEnergy foi divulgada no mesmo dia que uma explosão foi registada perto de um navio que navegava próximo da costa do Iémen, embora nenhum dano ou feridos tenham sido relatados, segundo os militares britânicos.

Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque, mas as suspeitas recaíram imediatamente sobre os rebeldes iemenitas Huthis. O Golfo de Aden e o Mar Vermelho são os locais que os Huthis estão a realizar os seus ataques, paralisando o transporte marítimo internacional. Esta é uma rota que é fundamental para a Ásia e para o Médio Oriente enviarem carga e energia para a Europa.

No entanto, o Qatar, que tem servido como mediador entre na guerra entre o Hamas e Israel, ainda não teve nenhum dos seus navios atacados. Numa declaração, a companhia estatal QatarEnergy afirmou que a sua “produção continua ininterrupta” e o seu “compromisso de garantir o fornecimento confiável de GNL aos clientes permanece inabalável”.

“Embora os desenvolvimentos em curso na área do Mar Vermelho possam impactar o agendamento de algumas entregas, uma vez que seguem rotas alternativas, os envios de GNL do Qatar estão a ser geridos com os nossos valiosos compradores”, afirmou o comunicado.

A declaração sugere que as cargas da QatarEnergy estão agora a viajar ao redor do Cabo da Boa Esperança, em África, o que aumenta o tempo das suas viagens. Enquanto isso, as Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido, uma organização que faz a vigilância das rotas navegáveis do Médio Oriente e supervisionada pelos militares britânicos, relataram uma explosão hoje perto do Estreito de Bab el-Mandeb, ao largo do Iémen.

A explosão aconteceu a cerca de 100 metros do navio, mas não causou danos e a tripulação está segura, disseram os britânicos. Os Huthis têm lançado, desde novembro, ataques a navios devido à guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. Os rebeldes iemenitas dizem que os ataques são em solidariedade aos palestinianos em Gaza.

Os EUA e o Reino Unido lançaram séries de ataques aéreos contra locais suspeitos de armazenamento e lançamento de mísseis usados pelos Huthis no Iémen durante os ataques aos navios.

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ADSE entra em défice em 2030 e almofada só dá para mais 11 anos

O subsistema saúde dos funcionários públicos deverá registar o primeiro saldo negativo, de 18,3 milhões, no final da década, à boleia do aumento de 72% das despesas segundo um dos cenários do PlanAPP.

A ADSE tem vindo a acumular, anualmente, excedentes superiores a 100 milhões de euros, mas, no final da década, em 2030, deverá registar o primeiro saldo negativo, de 18,3 milhões de euros, segundo o cenário mais pessimista traçado pela primeira fase do estudo sobre a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos, elaborado pelo Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP), e que foi apresentado esta quarta-feira ao Conselho Geral e de Supervisão da ADSE.

O instituto prefere focar-se neste “cenário menos favorável, como diz a prudência”, ainda que exista um mais otimista que atira o primeiro saldo negativo para 2051, segundo Manuela Faria, presidente do Conselho Diretivo.

Com base na metodologia usada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para um estudo de 2012, o relatório do PlanAPP projeta uma evolução do saldo, de um excedente de 183,8 milhões em 2022, que desce ligeiramente para 176 milhões, em 2023, para um défice de 18,3 milhões de euros em 2030.

Para a derrapagem financeira da ADSE, irá contribuir o aumento significativo da despesa, que salta de 548,7 milhões de euros, em 2022, para 944,2 milhões de euros, em 2030, o que corresponde a uma subida de 72% ou de 395,5 milhões de euros, no espaço de oito anos, de acordo com o mesmo relatório, que foi coordenado por Pedro Mazeda Gil.

Ainda assim, os saldos positivos, acumulados ao longo da década, constituem uma almofada que permite cobrir défices durante mais 11 anos, até 2041, tendo em conta uma valorização dos excedentes a uma taxa de juro média de 3%.

De salientar que estas projeções têm já em conta a entrada, este ano, das despesas dos cerca de 226 mil trabalhadores das autarquias, que antes eram suportadas pelas câmaras municipais.

Há um outro cenário, mais otimista, com base na metodologia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ou Económico (OCDE), de 2015, que atira os primeiros saldos negativos para mais longe, para 2051. Nesse ano, a ADSE poderá atingir um défice de 11,5 milhões de euros. Nesta projeção, e tendo em conta uma valorização dos excedentes a uma taxa de juro média de 3%, a almofada financeira daria para suportar saldos negativos por mais 35 anos, até 2086.

Pedro Mazeda Gil explicou que os dois cenários têm pressupostos diferentes até porque a metodologia do FMI assenta num estudo com dados até 2008, enquanto a OCDE tem informação recolhida até 2015. Por isso, “o peso de cada fator pode variar significativamente, nomeadamente, no que diz respeito ao efeito tecnológico”, afirmou. De salientar que as duas análises basearam-se numa amostragem de países, que inclui Portugal.

Assim, e tendo em conta o FMI, a despesa por beneficiário da ADSE deverá estabilizar nos 5,4% por ano, enquanto a OCDE aponta para uma variação anual de 3,1%.

Para a diretora do conselho diretivo da ADSE, Manuela Faria, “é preferível olhar para o cenário menos favorável, como diz a prudência”. “Em saúde, qualquer mexida tem um impacto de milhões de euros”, reforçou.

Aliás, Pedro Mazeda Gil notou que o excedente de 167,3 milhões de 2022, ainda que represente mais de 80 milhões face a 2018, “pode desaparecer facilmente nos próximos anos com pequenos desvios”. Ou seja, “é um saldo pequeno”.

Manuela Faria alertou que o envelhecimento dos beneficiários é um fator que pode fazer disparar os custos, salientando que, neste momento, “mais de 50% tem mais de 50 anos”. Se analisarmos a despesa média anual, consoante a idade, verifica-se que “no intervalo 50-70 anos, o encargo médio oscilou entre 500 e 700 euros”. “Os beneficiários com 70 ou mais anos tiveram uma despesa média de mais de 1.000 euros”, de acordo com o estudo do PlanAPP.

ADSE afasta aumento das contribuições

Ainda assim, Manuela Faria considera que “os resultados desta primeira fase do estudo colocam a ADSE numa situação confortável, desde que a gestão continue a ser prudente” e garantiu que “não há, no futuro, necessidade de aumentar as contribuições”, que estão nos 3,5%. Para além disso, desvalorizou o impacto de 60 milhões de euros, para este ano, relativa à passagem das despesas com os trabalhadores das autarquias para o subsistema.

“Para 2025, o impacto será 80 milhões de euros, dos quais 25 milhões em despesas e 55 milhões em perda de receita”, acrescentou Diogo Serras Lopes, vogal do conselho diretivo, esclarecendo que a perda de receita é relativa ao regime convencionado: a ADSE pagava primeiro mas depois cobrava à administração local.

A diversificação da rentabilização dos excedentes da ADSE poderá ser uma matéria a discutir no futuro e que poderá aumentar a capacidade de financiamento do instituto. Neste momento, o subsistema só pode aplicar os saldos positivos no IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, isto é, em dívida pública através de bilhetes do Tesouro, esclareceu o conselho diretivo, uma limitação de que decorre da lei.

O PlanAPP vai passar à segunda fase do estudo sobre sustentabilidade da ADSE, assim que a Comissão Nacional para a Proteção de Dados (CNPD) autorizar a análise dos dados individualizados dos beneficiários da ADSE, revelou Pedro Mazeda Gil. Ainda não há prazos nem datas para arrancar esta segunda etapa que será fundamental na orientação de tomadas de decisão da ADSE.

(Notícia corrigida com o ano de 2051, em vez de 20154, como o primeiro em que a ADSE terá saldos negativos, o que será de 11,5 milhões e não de 4,4 milhões de euros, segundo o cenário elaborado pela metodologia da OCDE)

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“Não me demito”, diz Miguel Albuquerque

Investigação visa atentado contra o Estado de direito, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio, abuso de poder e de tráfico de influências.

“O Governo Regional e eu próprio estamos a colaborar de forma ativa e consistente com a PJ e o MP, de forma a fornecer todos os elementos. A investigação incide sobre um conjunto de obras públicas que foram adjudicadas e estamos de consciência tranquila”, disse Miguel Albuquerque. “Nunca fui acusado de nada e sempre tive a minha independência económica e uma postura séria perante os empresários. Não me demito”.

O presidente do Governo Regional da Madeira, falava aos jornalistas à porta da Quinta Vigia, a residência oficial da presidência do Governo regional. Esta quarta-feira, a Polícia Judiciária efetuou buscas, domiciliárias e não domiciliárias, em cerca de 60 locais, 45 desses locais na Região Autónoma da Madeira.

Em causa e em investigação estará a criação do teleférico no Curral das Freiras, o plano de expansão da praia Formosa e o concurso dos autocarros para a região, disse Miguel Albuquerque. Acrescenta que tem direito a não ser suspeito “eternamente”. “Este processo não teve a ver com a minha venda da Quinta do Arco, isso está esclarecido”, garante.

“Os madeirenses conhecem-me há muitos anos. Se é com base em denúncias, todos são considerados suspeitos”, disse ainda. “A matéria em averiguação ainda está na fase de inquérito. Do meu ponto de vista não houve corrupção nenhuma. Eu nunca roubei nada a ninguém, nunca pedi dinheiro a ninguém e nunca ninguém me comprou!”. E acrescentou que a Justiça não pode demorar, garantindo que agora é suspeito.

Albuquerque é questionado sobre se alguma vez condicionou algum órgão de comunicação social e diz que “obviamente nunca”. “Nunca houve nenhum dia que não me batessem na comunicação social”, sublinha.

“O MP do DCIAP ordenou ainda a detenção de três suspeitos, para apresentação a primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação”, diz o comunicado do DCIAP, publicado no site do departamento do Ministério Público (MP).

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em causa estão factos ocorridos a partir de 2015 e os crimes de atentado contra o Estado de direito, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e de tráfico de influência.

As investigações estão ligadas à Região Autónoma da Madeira e incidem sobre a área da contratação pública, essencialmente sobre contratos de empreitada celebrados pelo Governo Regional da Madeira e várias entidades públicas da Região Autónoma com empresas da região.

Entre os visados estão Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal e do PSD Madeira, Caldeira Costa, empresário de Braga e Avelino Farinha, empresário da área da construção civil. “Sob investigação estão, além do mais, várias dezenas de adjudicações em concursos públicos envolvendo, pelo menos, várias centenas de milhões de euros”, diz o DCIAP.

Em causa estará a venda de uma quinta do presidente da Madeira a um fundo imobiliário com sede em Lisboa, em 2017, por 3,5 milhões de euros. O presidente do governo regional da Madeira é suspeito também de atentado ao Estado de Direito. Esse é um dos crimes indiciados pelo Ministério Público. Miguel Albuquerque é suspeito de condicionamento editorial de órgãos de comunicação social, mas também de controlo financeiro de jornais regionais, através de privados ligados ao governo regional. Em causa estão ainda crimes de abuso de poder, bem como recebimento indevido de vantagem.

Já sob Pedro Calado, presidente da câmara do Funchal, eleito pelo PSD, recaem suspeitas de favorecimento com as devidas aprovações de licenciamento camarário em troca de contrapartidas quando trabalhava no grupo AFA, que detém os hotéis Savoy.

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Amazon UK vai fechar loja de seguros que arrancou há um ano

  • ECO Seguros
  • 24 Janeiro 2024

Os seguros na Amazon arrancaram no Reino Unido em outubro de 2022 para coberturas de habitação. Agora a retalhista online avaliou o negócio e optou por descontinuar a loja.

A Amazon vai fechar a Insurance Store, após um ano de atividade explorando online a venda de seguros habitação no Reino Unido. A notícia divulgada pelo Insurance Post cita Vassil Gedov, responsável pelo negócio: “No último ano avaliámos vários negócios e programas e, como consequência disso, tomámos e difícil decisão de descontinuar a Amazon Insurance Store”.

A loja online era uma mediadora e tinha como parceiros seguradores Ageas UK, Co-op, LV=, Policy Expert e a Urban Jungle. Estas companhias vão continuar a assegurar o regular cumprimento dos contratos, como a gestão de sinistros, enquanto as apólices estiverem em vigor, garantindo a Amazon o apoio aos clientes por si captados.

Esta entrada nos seguros foi considerada à época como ambiciosa entrando num mercado numeroso e como concorrentes em seguros habitação como a MoneySupermarket e a ComparetheMarket, para além dos bancos com oferta dos seguros associados a créditos.

Ainda nos finais de 2022 foi considerado de algum risco o momento da entrada. A Amazon é conhecida no Reino Unido não por ter melhores preços, mas pela facilidade e uma app presente em milhões de telefones. Numa altura em que o preço voltava a ser importante, como sucedeu em 2023, os clientes seguiriam soluções de seguros mais baratas, não necessariamente as mais fáceis, cita uma consultora ao Insurance Post.

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APDL avança com obras de 7 milhões nas vias portuárias de Leixões

Projeto de modernização e reordenamento das vias portuárias, de “relevo estratégico e operacional no core business do Porto de Leixões”, tem conclusão prevista para outubro de 2027.

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. (APDL) vai avançar com o projeto de modernização e reordenamento das vias portuárias do Porto de Leixões. Com conclusão prevista para outubro de 2027, esta obra envolve um investimento de 6,82 milhões de euros.

A empreitada abrange a construção, substituição e modernização das vias portuárias, incluindo o reordenamento da circulação de acesso ao Terminal Ferroviário de Mercadorias de Leixões (TFML), bem como a requalificação e reformulação do terrapleno do Molhe Sul do Porto de Leixões e respetivos acessos.

O organismo liderado há menos de um ano por João Neves sublinha, em nota de imprensa, que este projeto “assume uma posição de relevo estratégico e operacional no core business do Porto de Leixões”. Está a ser candidato ao Programa para a Ação Climática e Sustentabilidade – Sustentável 2030, que tem uma taxa máxima de comparticipação de 85%.

“[É] um dos seis projetos de investimento que a APDL pretende realizar no âmbito do Sustentável 2030, objetivando melhorar as condições de operação e de realização de atividades logísticas do Porto de Leixões, apoiar a transição energética do setor portuário, reforçando ainda a resiliência da infraestrutura e promovendo a intermodalidade para as mercadorias na área portuária, bem como a expansão da capacidade marítimo-portuária”, resume na mesma nota.

Entretanto, a APDL já submeteu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) um processo de Avaliação de Impacte Ambiental para a ampliação e reorganização do Terminal de Contentores Norte do Porto de Leixões, com o qual pretende aumentar a capacidade de movimentação de contentores, assim como viabilizar a acostagem de navios porta-contentores de maiores dimensões (até 10.000 TEU).

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Engel & Völkers expande no Porto com abertura de segundo escritório no centro da cidade

Inaugurado junto ao emblemático Hotel Infante Sagres, o E&V Lounge criou 15 postos de trabalho. Gustavo Soares, líder da operação no Porto, projeta que chegará ao final deste ano com 40 advisers.

A Engel & Völkers, consultora especializada no segmento residencial de luxo, abriu esta semana um segundo escritório na cidade do Porto. Localizado no centro histórico da cidade, mais concretamente no número 101 da Rua de Avis, junto ao emblemático Hotel Infante Sagres e à Praça Filipa de Lencastre, o E&V Lounge criou 15 postos de trabalho, projetando chegar ao final deste ano com 40 advisers a colaborar com a marca alemã.

“É com grande satisfação que, após um forte investimento na consolidação da marca Engel & Völkers no Porto, iniciado há quatro anos, estamos capazes de lançar mais este novo projeto e disponibilizar a mais clientes no Porto os nossos exclusivos serviços de âmbito internacional“, disse Gustavo Soares, responsável por este investimento no Porto.

Gustavo Soares e Ana Luísa Campo, manager office da Engel & Völkers

A empresa realça que esta nova abertura faz parte do “objetivo de alargar a presença e concretizar o plano de liderança no mercado de luxo residencial“. Acrescentando que este novo projeto designado de E&V Lounge “permite de uma forma mais próxima e fácil ter acesso a algumas das melhores propriedades e projetos disponíveis para venda na cidade”.

Fundada em Hamburgo em 1977, a Engel & Völkers conta com cerca de mil escritórios em mais de 33 países e emprega 15 mil pessoas. Em Portugal soma 21 escritórios. No ano passado, a Engel & Völkers registou um volume de negócios superior a mil milhões de euros.

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Acionistas polacos da Greenvolt voltam a reduzir posição na empresa de energias renováveis

Depois de vender 3% do capital da Greenvolt a Borges de Oliveira, os polacos da V-ridium Europe voltaram a reduzir a sua posição em mais 2 pontos percentuais, detendo agora apenas 4,69% das ações

Os polacos da V-ridium Europe, que até 12 de janeiro detinham uma posição de 9,59% na estrutura de capital da Greenvolt, voltaram a reduzir a sua posição na empresa liderada por João Manso Neto.

Depois de a 12 de janeiro terem emitido um comunicado dando nota da venda de 3% do capital da Greenvolt a outro acionista de referência da empresa de energias renováveis – à 1 Thing Investment de Borges de Oliveira, que passou a deter uma posição de 10,08% na Greenvolt, que lhe confere 11,8% dos direitos de voto –, a V-ridium Europe voltou a diluir a sua posição na companhia.

Segundo uma nota enviada ao regulador do mercado esta quarta-feira, a V-ridium Europe revela que, entretanto, a sua posição foi diluída para 4,69%, como resultado da venda de mais 2% do capital que detinha na Greenvolt.

Recorde-se que, no seguimento da operação realizada a 12 de janeiro, em que as ações foram alienadas por 8,3 euros a unidade, foi ainda atribuído à 1 Thing Investment a “opção para adquirir 2.365.875 ações adicionais representativas de 1,7% do capital social e dos direitos de voto da Greenvolt”,

Atualmente está a decorrer uma operação pública de aquisição (OPA) sobre a Greenvolt por parte do fundo de capital de risco norte-americano KKR, que se comprometeu a pagar 8,3 euros por ação aos acionistas da empresa de energias renováveis.

Além disso, segundo o projeto do prospeto da OPA, a KKR firmou um pré-acordo com os sete principais acionistas da Greenvolt (em que se incluem a V-ridium Europe e a 1 Thing Investment) que controlam 60,9% do capital da empresa para comprar as suas posições por 8,3 euros por ação.

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“É preciso sinal claro” que acionistas não querem fim da Global Media

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2024

Os delegados sindicais questionam os acionistas minoritários do Global Media Group sobre a marcação da assembeia-geral na qual pretendem, como avançou o +M/ECO, destituir o CEO do grupo.

Os delegados sindicais da Global Media defendem que é preciso um sinal claro que os acionistas Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e António Mendes Ferreira, que vão pedir uma assembleia-geral, não querem o fim do grupo.

Na sequência do comunicado enviado por aqueles acionistas na sexta-feira, de que iriam agendar uma assembleia-geral (AG) para encontrar uma solução para a crise que atravessa a Global Media (GMG), os delegados sindicais questionam ainda sobre a data da mesma “com vista à destituição do presidente da Comissão Executiva”.

De acordo com fontes contactadas pela Lusa esta manhã, até ao momento não há data marcada, mas espera-se a convocatória durante o dia de hoje.

Os trabalhadores dos títulos da Global Notícias continuam, ao dia 23 de janeiro, sem receber os salários de dezembro, o subsídio de Natal, em alguns casos o subsídio de Férias e, no caso dos colaboradores (prestadores de serviços), os pagamentos de novembro“, referem os delegados sindicatos, classificando de “cenário intolerável e de consequências gravíssimas” a situação que “levou as redações do Jornal de Notícias [JN], O Jogo e Dinheiro Vivo a aprovar em plenários a suspensão dos contratos de trabalho, extensível também aos trabalhadores da Global Imagens, e a redação do DN [Diário de Notícias] a aprovar um pré-aviso de greve por tempo indeterminado”.

No entanto, “acreditamos que os senhores acionistas não quererão ficar associados ou ser cúmplices de um comportamento, relativamente ao não pagamento dos salários, que pode ser considerado crime, tal como foi exposto pelo Sindicato dos Jornalistas na denúncia ao Ministério Público, através do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto“, prosseguem.

Assim, referem que se impõe de forma urgente a resolução dos atrasos salariais e a aceleração de todo e qualquer processo que conduza a uma solução que salvaguarde a sobrevivência dos títulos.

É preciso um sinal claro de que os acionistas, ao contrário da Comissão Executiva, não querem o fim do GMG e das marcas por este detidas”, rematam.

Na semana passada, o World Opportunity Fund (WOF), que tem o controlo de gestão da GMG, informou da sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão do regulador ERC e de um alegado procedimento cautelar.

Em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

Em 21 de setembro, o WOF adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas, proprietária direta da Global Media, ficando com 25,628% de participação social e dos direitos de voto na Global Media.

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