Auditor da UE pede rede elétrica mais moderna e ‘verde’ e dá exemplo em Portugal

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) defende a modernização da rede elétrica comunitária para a União Europeia (UE) conseguir chegar à neutralidade carbónica em 2050.

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) defende a modernização da rede elétrica comunitária para a União Europeia (UE) conseguir chegar à neutralidade carbónica em 2050, dando exemplo de flexibilidade no sistema em Portugal entre possíveis medidas a adotar.

Em causa está um documento de análise divulgado pelo TCE, no qual o auditor comunitário defende ser “crucial um investimento em grande escala na rede para apoiar a transição energética e modernizar uma rede envelhecida” da UE.

A manter-se o ritmo atual, os investimentos previstos totalizarão 1.871 mil milhões de euros entre 2024 e 2050, [mas] este montante é inferior às necessidades de investimento na rede elétrica estimadas pela Comissão, que se situam entre 1.994 mil milhões de euros e 2.294 mil milhões de euros”, explica.

O TCE argumenta que “as necessidades de investimento podem ser reduzidas conferindo mais flexibilidade à rede elétrica e ao sistema elétrico no seu todo“, acrescentando que “a ambição da UE de alcançar a neutralidade carbónica e reforçar a sua independência energética constitui uma boa oportunidade para promover soluções eficientes”.

Porém, de acordo com tribunal, existem hoje “vários obstáculos à aceleração dos investimentos”, nomeadamente lentidão dos processos de licenciamento e reduzida aceitação pública, escassez de equipamento, de materiais e de mão-de-obra qualificada e um planeamento da rede ineficaz, complexo e fragmentado.

O TCE sugere, por isso, simplificação do licenciamento, a utilização de soluções tecnológicas modernas, a promoção de iniciativas de formação e melhoria de competências para suprir a escassez de mão-de-obra e um aumento da flexibilidade para evitar picos elevados, flutuações e imprevisibilidade tanto do lado da oferta como da procura.

Portugal como exemplo de flexibilidade

Relativamente a esta última questão, o TCE dá exemplo de uma estratégia de flexibilidade executada em 2022 em Portugal, quando a E-Redes, o maior operador de rede de distribuição português, lançou um leilão de mercado local de flexibilidade em oito zonas para aferir a disponibilidade dos utilizadores da rede para ajustarem a sua produção ou o consumo de eletricidade mediante um pagamento, no qual podiam participar consumidores diretos e entidades e agregassem consumidores de menor dimensão.

O primeiro leilão recebeu 623 licitações de 21 entidades diferentes, principalmente clientes industriais. A flexibilidade solicitada com um pré-aviso de uma semana foi a que suscitou mais interesse e foi mais popular do que as opções que exigiam tempos de ativação mais curtos“, exemplifica o TCE sobre o caso português.

No seu relatório, auditor da UE propõe ainda “sistemas de contadores inteligentes e aparelhos inteligentes que permitam o acompanhamento à distância e em tempo real, a comunicação e o controlo da utilização de eletricidade, bem como a interoperabilidade dos dados”, com Portugal a ocupar a 13.ª posição (o meio da tabela de 27 países) na implantação de contadores inteligentes na UE, com uma percentagem de 86%.

No relatório, o TCE fala ainda na necessidade de reforçar as interligações elétricas entre os Estados-membros, uma iniciativa pedida há vários anos por Portugal e Espanha e bloqueada por França. Sobre esta questão, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, defendeu há cerca de duas semanas um aumento da interligação energética de Portugal com o resto da UE, para 15% até 2030 através da construção de mais interconexões.

Portugal tem uma rede elétrica com uma dimensão de quase 235.000 quilómetros para distribuição e de 9.400 quilómetros para transporte e composta por 13 operadores e 6,5 milhões de clientes.

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Bruxelas avança com mais 3,5 mil milhões para apoiar Kiev

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

O desembolso eleva o apoio total da União Europeia (UE) à Ucrânia ao abrigo do mecanismo para cerca de 19,6 mil milhões de euros desde o início do programa, a 1 de março de 2024.

A Comissão Europeia desembolsou esta terça-feira um terceiro pagamento de 3,5 mil milhões de euros à Ucrânia, ao abrigo do mecanismo criado para o país, elevando o total para quase 20 mil milhões num ano para despesas e reformas.

“A Comissão Europeia continua a apoiar a Ucrânia com o desembolso de um terceiro pagamento regular de quase 3,5 mil milhões de euros no âmbito do Mecanismo de Apoio à Ucrânia. Este financiamento (…) permitirá reforçar a estabilidade macrofinanceira do país, apoiar a sua administração pública e fazer avançar reformas fundamentais a longo prazo”, anuncia a instituição em comunicado de imprensa.

O desembolso eleva o apoio total da União Europeia (UE) à Ucrânia ao abrigo do mecanismo para cerca de 19,6 mil milhões de euros desde o início do programa, a 01 de março de 2024.

A entrega desta verba surge depois de o país ter satisfeito as condições necessárias estabelecidas no plano referente a este terceiro desembolso, nomeadamente depois de ter implementado 13 medidas diferentes como a aprovação de reformas destinadas a aumentar a utilização de energias renováveis, o aumento da autonomia da entidade reguladora da energia, a simplificação dos procedimentos de passagem das fronteiras em conformidade com as normas da UE, a adoção de uma estratégia para a agricultura e o desenvolvimento rural (incluindo a remoção das minas terrestres das zonas agrícolas) e a continuação dos trabalhos de elaboração de uma lista das suas matérias-primas estratégicas e críticas.

O Mecanismo de Apoio à Ucrânia em causa visa apoiar a estabilidade macrofinanceira e a recuperação, reconstrução e modernização do país. O programa em questão entrou em vigor a 01 de março de 2024 e vai disponibilizar até 50 mil milhões de euros em financiamento estável, sob a forma de subvenções e empréstimos, para apoiar a recuperação, a reconstrução e a modernização da Ucrânia no período de 2024 a 2027.

Deste montante, até 32 mil milhões de euros são mobilizados a título indicativo para apoiar as reformas e os investimentos previstos no plano para a Ucrânia, estando os desembolsos condicionados ao cumprimento pela Ucrânia de uma série de condições preestabelecidas.

Desde a entrada em vigor, o Mecanismo de Apoio à Ucrânia já desembolsou seis mil milhões de euros a título de financiamento intercalar, 1,89 mil milhões de euros em pré-financiamento e duas frações de cerca de 4,2 e 4,1 mil milhões de euros, à qual se soma esta terceira parcela.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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PPM avança sozinho para as legislativas. Paulo Estêvão lidera os monárquicos

  • ECO e Lusa
  • 1 Abril 2025

Será Paulo Estêvão a representar o Partido Popular Monárquico nos debates, entrevistas e outros eventos no âmbito das eleições antecipadas.

O secretário-geral do Partido Popular Monárquico (PPM), Paulo Estêvão, foi o escolhido para encabeçar a lista do partido às eleições legislativas agendadas para 18 de maio, avança a Sic Notícias.

“O Conselho Nacional do PPM deliberou, por unanimidade, indicar o Secretário-Geral, Paulo Estêvão, como candidato a Primeiro-Ministro pelo partido”, confirmou o partido em comunicado.

“O PPM passará, então, a ser representado por Paulo Estêvão “nos debates, entrevistas e outros eventos que se venham a realizar no âmbito das próximas eleições legislativas nacionais e que tenham um caráter nacional”, lê-se no comunicado.

Paulo Estêvão, de 56 anos, foi presidente do PPM entre 2010 e 2017 e desempenha atualmente o cargo de secretário-geral do partido.

Contactado pela Lusa, Paulo Estêvão disse que não integra qualquer lista de candidatos a deputados nas legislativas antecipadas de maio, sublinhando que desempenha atualmente um cargo no Governo Regional dos Açores – onde ainda sobrevive a coligação AD entre PSD, CDS-PP e o PPM.

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CCDR Norte registou mais 65.200 novos empregados licenciados no último trimestre de 2024

CCDR Norte destaca mercado de trabalho em recuperação no último trimestre de 2024, com mais 65.200 pessoas com Ensino Superior empregadas.

O número de empregados com Ensino Superior aumentou 12,4% no Norte do país, no último trimestre de 2024, em comparação com igual período do ano anterior. “Este acréscimo representa 65.200 novos postos de trabalho, refletindo uma valorização crescente do Ensino Superior na região”, revela esta terça-feira a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Os dados estão incluídos no relatório trimestral “Norte Conjuntura”, lançado pela CCDR Norte e que apresenta as tendências da evolução económica na região. E que dão conta de “um panorama otimista para a economia do Norte, com um mercado de trabalho em recuperação e setores estratégicos a mostrarem crescimento“, assinala a comissão num comunicado.

Além do emprego de licenciados, a comissão também verificou um crescimento de 2,1% da população empregada total na região nortenha do país, superando o crescimento nacional de 1,3%. “Este desempenho sugere uma recuperação mais robusta do emprego na região, destacando a resiliência do mercado de trabalho do Norte”, sustenta a CCDR nortenha sob liderança de António Cunha.

Um panorama otimista para a economia do Norte, com um mercado de trabalho em recuperação e setores estratégicos a mostrarem crescimento.

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

Já a taxa de desemprego atingiu os 6,9% no quarto trimestre de 2024, uma redução de 0,4 pontos percentuais em relação a período homólogo de 2023. Mesmo assim, destaca a comissão, “essa taxa ainda se mantém acima da média nacional, que é de 6,7%”.

Também o salário líquido médio dos trabalhadores por conta de outrem no Norte cresceu 8,3% em termos reais, atingindo os 1.117 euros. “Em comparação, a variação real a nível nacional foi de 9,5%, com um salário médio de 1.184 euros”, assinala.

As exportações de bens do Norte também mostraram uma subida de 1,8% no último trimestre de 2024, abaixo do aumento de 4% observado em Portugal.

Já no setor do turismo, as dormidas em estabelecimentos turísticos na região cresceram 7,9%, em comparação com o mesmo período de 2023, ultrapassando a subida de 4,7% a nível nacional.

A CCDR Norte também constatou o aumento em 23,6% dos edifícios licenciados na região face a ao mesmo período de 2023, superando o crescimento nacional de 22,5%.

Por fim, o valor dos novos empréstimos às empresas na região cresceu 19,8%, apesar de uma ligeira redução de 0,8% na dívida das empresas, principalmente devido a amortizações.

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Finanças reconhecem que descida da retenção leva a reembolsos menores no IRS

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

Com a redução extraordinária dos adiantamentos do imposto ao Estado, em setembro e outubro, é "expectável que haja menor necessidade de acerto no final", reconhece o Ministério das Finanças.

O Ministério das Finanças reconhece que a descida extraordinária dos descontos para o IRS, em setembro e outubro do ano passado, vai levar a reembolsos menores. A redução das taxas de retenção na fonte nos últimos meses de 2024 permitiu antecipar a devolução do IRS nessa altura, resultando agora, com a entrega da declaração, em acertos de menor dimensão, disse o Ministério de Joaquim Miranda Sarmento à Lusa.

A entrega da declaração anual do IRS arrancou oficialmente esta terça-feira, mas o sistema ficou antes disponível no Portal das Finanças e vários contribuintes aproveitaram a antecipação para simular o imposto relativo aos rendimentos de 2024, tendo constatado que este ano terão um reembolso mais pequeno do que o habitual ou terão mesmo algum imposto a pagar.

Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças refere que os reembolsos do IRS “correspondem a uma devolução do imposto em excesso pago antecipadamente através das retenções na fonte que, idealmente, deverão ser o mais próximas possível do IRS devido a final”.

Neste contexto, assinala que as tabelas de retenção na fonte aplicadas na parte final de 2024, sobretudo as que foram aplicadas nos meses de setembro e outubro, refletiram a redução de taxas do imposto aprovadas no parlamento, na sequência de uma proposta do Governo, o que permitiu antecipar a devolução do imposto.

Face a esta antecipação da devolução do imposto é, por isso, “expectável que haja menor necessidade de acerto no final, uma vez que esses valores foram disponibilizados antes, evitando que as famílias tivessem que esperar pelo reembolso este ano”, precisou a mesma fonte oficial do Ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento.

Em termos práticos, a redução da retenção na fonte (mecanismo que funciona com o um adiantamento do imposto que cada contribuinte tem a pagar) permitiu que, sobretudo, nos meses de setembro e outubro do ano passado o valor líquido do salário e das pensões que caiu na conta tivesse sido maior.

A contrapartida desta maior folga do rendimento disponível naqueles dois meses é que o valor então devolvido teve agora de ser ‘subtraído’ ao montante retido durante a totalidade do ano, fazendo com que o reembolso diminua ou que, nalgumas situações, nem seja suficiente e se transforme agora em pagamento de imposto.

Este acerto, lembra o Ministério das Finanças, “dependerá, contudo, de cada situação concreta”, sendo “influenciado por diversos fatores” – cujo impacto apenas será conhecido após a submissão e liquidação das declarações –, nomeadamente a evolução dos rendimentos auferidos em 2024 comparativamente com 2023, a situação pessoal e familiar de cada contribuinte ou o montante das deduções à coleta.

Em declarações à Lusa esta segunda-feira, a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, acentuou que a diminuição do reembolso era “expectável” face à redução da retenção na fonte, lembrando que a Ordem fez vários avisos sobre esta situação.

Porém, lembrou Paula Franco, a redução do reembolso não significa que os contribuintes estejam a pagar mais impostos, sendo sobretudo consequência da descida da retenção na fonte em 2024.

Paula Franco partilhou alguns exemplos que mostram esta situação, apontando o caso de um pensionista, sozinho, com uma reforma de cerca de 1.300 euros, que no ano passado recebeu cerca de 500 euros de reembolso e que este ano vai pagar 50 euros. Num outro caso, um casal de pensionistas, ambos com reformas de cerca de 3.500 euros, fizeram a simulação concluindo que este ano vão receber de reembolso 2.500 euros quando no ano passado receberam cerca de 4.000.

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UE deve ter “uma defesa própria” com Portugal e Espanha “no núcleo duro”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

O Presidente da República diz que "o núcleo duro" da defesa própria da UE "tem de estar firme, e tem de ter firme o apoio dos eleitorados. E nesse núcleo duro estão Portugal e Espanha".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que a União Europeia deve ter “uma defesa própria”, com Portugal e Espanha no “núcleo duro”, admitindo que alguns Estados-membros queiram ficar de fora desse projeto.

O chefe de Estado assumiu esta posição num discurso no Fórum La Toja – Vínculo Atlântico, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a propósito do atual contexto global, dos desafios colocados pela atual presidência norte-americana de Donald Trump e das incertezas quanto à resolução da guerra na Ucrânia.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, esta “é uma fase decisiva” para a União Europeia, que tem de se manter “unida, forte e progressista” e lutar pelos valores democráticos. Neste contexto, o Presidente da República afirmou que a UE “precisa de ter defesa própria, não várias defesas, mas uma defesa própria”.

“Não que não seja fundamental, no que depender dela, fazer tudo para manter laços transatlânticos. Mas precisa de ter defesa própria, não várias defesas, mas uma defesa própria. E nela alinharão aqueles que na Europa quiserem manter a unidade”, considerou. De acordo com o chefe de Estado, “haverá sempre os que ficarão, porque não sairão, mas não entrarão nesse núcleo duro, haverá sempre, e manterão sempre alternativas de diálogo em simultâneo”.

“Mas o essencial, o núcleo duro tem de estar firme, e tem de ter firme o apoio dos eleitorados. E nesse núcleo duro estão Portugal e Espanha, Espanha e Portugal. Não são os únicos do núcleo duro, mas são essenciais no núcleo duro”, acrescentou. Em particular sobre Portugal e Espanha, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu “consensos externos e internos essenciais, sem fraturas que sejam um presente dado a quem está interessado noutros modelos, noutras lideranças, noutros projetos completamente diferentes”.

Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que os dois países ibéricos “conseguiram e conseguem hoje, apesar da mudança de governos, manter performances, resultados económicos e financeiros” e têm feito um “trabalho em conjunto que não é fácil ter com outros elementos do núcleo duro” da UE.

“Sem Espanha e Portugal fortes, fortes em liberdade, fortes em democracia, fortes em Estado Social, fortes em Estado de Direito, fortes em valores na vida internacional, o núcleo duro será menos forte. Mesmo tendo países tão importantes como a Alemanha ou a França, ou outros, mais dois ou três essenciais, verdadeiramente essenciais”, sustentou.

Esta foi a terceira edição do Fórum La Toja, promovido pela Fundación La Toja, que é presidida pelo empresário galego do setor da hotelaria Amancio López Seijas.

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Bruxelas multa fabricantes automóveis em 458 milhões de euros por cartel na reciclagem de veículos

Investigação concluiu que durante mais de 15 anos, 16 grandes fabricantes de automóveis celebraram acordos anticoncorrenciais e envolveram-se em práticas concertadas na reciclagem de carros.

A Comissão Europeia aplicou uma multa de 458 milhões de euros a 15 fabricantes automóveis, que inclui empresas como a BMW, Toyota e Volkswage, e à Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), pela participação num cartel duradouro relativo à reciclagem de veículos em fim de vida. Mercedes também participou nas práticas anticoncorrenciais, mas não foi multada porque revelou o cartel entre as empresas à Comissão.

A investigação da Comissão revelou que, durante mais de 15 anos, 16 grandes fabricantes de automóveis – que inclui a Mercedes, que não foi multada, por ter revelado o cartel à Comissão no âmbito do programa de clemência – e a ACEA “celebraram acordos anticoncorrenciais e participaram em práticas concertadas relacionadas com a reciclagem de veículos em fim de vida”. Segundo a Comissão Europeia, todas as empresas admitiram o seu envolvimento no cartel e concordaram em resolver o caso.

A investigação concluiu que as fabricantes envolvidas acordaram em não pagar às empresas de desmantelamento de veículos automóveis pelo tratamento e acordaram em não promover a quantidade de veículos que pode ser reciclada, recuperada e reutilizada e a quantidade de material reciclado utilizado nos automóveis novos para evitar que os consumidores tivessem em conta as informações sobre reciclagem ao escolherem um automóvel, o que diminuía a pressão sobre as empresas para irem além dos requisitos legais.

Já a ACEA, era, segundo a instituição europeia, a facilitadora do cartel, tendo organizado reuniões e contactos entre as fabricantes de automóveis envolvidas. As fabricantes automóveis envolvidas são a BMW, Ford, Hyundai/Kai, Jaguar Land Rover, Tata, Mazda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Opel, General Motors, Renault / Nissan, Stellantis, Suzuki, Toyota, Volkswagen, Volvo, Geely e a ACEA.

À gigante alemã Volkswagen foi aplicada a multa mais elevada, de quase 128 milhões de euros, enquanto a Stellantis vai ter que pagar cerca de 75 milhões e a Renault mais de 81 milhões de euros.

A Stellantis (incluindo a Opel), a Mitsubishi e a Ford beneficiaram de uma redução da coima devido à sua cooperação com a Comissão Europeia, sendo que o montante da redução depende do momento da sua cooperação, bem como dos elementos de prova que forneceram para demonstrar a existência do cartel.

Um veículo em fim de vida é um carro que já não está em condições de ser utilizado, devido à idade, desgaste ou a danos. Estes automóveis são depois desmantelados e processados ​​para reciclagem, recuperação e eliminação.

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Novo CEO da Bacalhôa reestrutura enologia e aposta nas “relações institucionais”

Aí estão as primeiras decisões de Luís Ferreira, que em dezembro assumiu a liderança executiva do grupo de Azeitão detido por Joe Berardo, presente em sete regiões com 935 hectares de vinha.

Luís Ferreira, CEO do grupo Bacalhôa

Quatro meses depois de assumir a liderança do grupo Bacalhôa, que integra também a Aliança e a Quinta do Carmo, Luís Ferreira avança com uma reorganização e renovação geracional na equipa de enologia e decide montar uma nova direção de Relações Institucionais, que apresenta como uma “nova área estratégica” do grupo detido por Joe Berardo.

Francisco Antunes, que enquanto diretor de enologia da Aliança foi responsável pelos vinhos das regiões dos Verdes, Douro, Beira Interior, Dão, Bairrada e Alentejo, assim como pelos espumantes e aguardentes, assume agora a liderança da equipa de enologia do grupo sediado em Azeitão e que em dezembro passou a ter como CEO este ex-gestor da Edifer e da Jerónimo Martins.

Licenciado em Engenharia Agrícola pela Universidade de Évora e diplomado em Enologia pelo Instituto de Enologia de Bordéus, o “Enólogo do Ano 2023” para a revista Grandes Escolhas passa a ocupar esta nova função “com o objetivo de elevar ainda mais a qualidade e excelência dos vinhos Bacalhôa”.

Vasco Penha Garcia, novo diretor de Relações Institucionais do grupo Bacalhôa

Vasco Penha Garcia, que coordenou a área de enologia do grupo nas últimas décadas, transita para a liderança da nova direção de Relações Institucionais. Em comunicado, a empresa diz que esta nomeação visa “estreitar laços com parceiros estratégicos e instituições, [aproximando-a] ainda mais dos protagonistas comerciais do setor”.

“O profundo conhecimento do Vasco Penha Garcia sobre o setor, aliado à sua vasta e diversificada experiência, será uma mais-valia no planeamento estratégico, na gestão de oportunidades e na garantia da responsabilidade ética do grupo, contribuindo para o nosso posicionamento e projeção a nível nacional e internacional”, acrescenta o grupo, que está presente em sete regiões com um total de 935 hectares de vinha, que abastecem mais de 70% das uvas de que precisa para produzir os seus vinhos.

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Erich substitui o pai Ronald na liderança do grupo Brodheim

Ronald Brodheim vai passar o testemunho ao filho Erich, que pertence à terceira geração do grupo Brodheim. Ronald manter-se-á como presidente do conselho de administração.

Erich Brodheim, filho de Ronald Brodheim, vai assumir o cargo de CEO no Grupo Brodheim, empresa familiar portuguesa que atua nos setores de moda e ótica. A transição terá efeito a partir de 1 de maio de 2025, iniciando uma nova etapa com a liderança da terceira geração da família.

Com quase 80 anos de história, Grupo Brodheim é dono de uma cadeia de lojas próprias atualmente com 70 espaços em Portugal, sendo representante exclusivo de marcas internacionais, como a Burberry, Tod’s, Guess, Timberland, Carolina Herrera, Vans ou Optivisão.

“Este é o momento certo para esta transição. O Erich tem demonstrado, ao longo dos últimos anos, uma liderança sólida, ética e alinhada com os valores que definem o Grupo Brodheim,” afirmou Ronald Brodheim.

“A essência do nosso negócio mantém-se, a mesma paixão pelas marcas que representamos, o compromisso com os nossos colaboradores e fornecedores e o foco na satisfação dos nossos consumidores”, conclui Ronald Brodheim que manter-se-á como presidente do conselho de administração, com papel ativo na orientação estratégica.

Ronald e Erich Brodheim

Com uma carreira internacional em empresas como a Johnson & Johnson, L’Oréal e BBVA, ErichBrodheim, atualmente vice-presidente, integra o grupo Brodheim desde 2019. Tem liderado as áreas da inovação, sistemas de informação, people & talent development e customer & digital marketing.

É uma honra dar continuidade a um legado familiar com tanta história. Encaro este novo desafio com respeito, entusiasmo e determinação, sem nunca perder de vista os valores que definem quem somo.

Erich Brodheim

CEO no Grupo Brodheim

Graduado em administração de empresas pela Les Roches, tem ainda formação executiva em Harvard e na Nova SBE. “É uma honra dar continuidade a um legado familiar com tanta história. Encaro este novo desafio com respeito, entusiasmo e determinação, sem nunca perder de vista os valores que definem quem somos.”

“A nova liderança combinará a experiência de décadas que Ronald Brodheim traz, com a energia e inovação que Erich incorpora, numa sinergia que prepara o Grupo Brodheim para futuras décadas de sucesso”, afirma o grupo em comunicado.

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Católica vai duplicar número de vagas em Medicina no próximo ano letivo

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

No próximo ano letivo, a Universidade Católica Portuguesa vai abrir portas a 100 novos alunos.

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) foi autorizada pela agência de acreditação a duplicar o número de vagas para o mestrado integrado em Medicina e no próximo ano letivo vai abrir portas a 100 novos alunos.

Criado em 2021, o mestrado Integrado de Medicina da UCP foi o primeiro curso de Medicina ministrado em Portugal por uma instituição privada e durante os primeiros quatro anos de funcionamento não pôde ir além das 50 vagas.

Com mais de 600 candidatos logo no primeiro ano, as 50 vagas não têm chegado para responder a todos os alunos que tentam aceder ao curso e, por decisão da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), a universidade poderá passar a disponibilizar 100 vagas já a partir do próximo ano letivo.

“A acreditação incondicional pela A3ES (…) é um marco significativo que reflete a dedicação e o compromisso da nossa equipa em proporcionar uma formação médica de excelência”, sublinha o diretor da Faculdade de Medicina da UCP, António Almeida, citado em comunicado.

Segundo António Almeida, o reforço de vagas vai permitir continuar esse percurso, contribuindo de forma positiva para o sistema de saúde em Portugal. De acordo com a informação disponibilizada no site da instituição, o prazo para apresentar a candidatura, que deverá ser acompanhada de uma carta de motivação ou portefólio, está a decorrer até 30 de maio.

Também as instituições de ensino superior públicas foram autorizadas, por despacho do Governo, a aumentar o número de vagas até ao limite máximo de admissões acreditado pela A3ES. No entanto, todas decidiram manter o valor do ano passado para o Regime Geral de Acesso, com as mesmas 1.594 vagas, aumentando-as apenas nos regimes e concursos especiais, com mais 130 lugares, sendo mais de metade para alunos estrangeiros.

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Brasileiros foram os que mais viram barrada a entrada em Portugal em 2024

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

Brasileiros tiveram 1.470 recusas de entrada, 85% do total, seguidos pelos cidadãos de Angola, com 274, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024.

Os brasileiros foram os estrangeiros que mais viram impedida a entrada em Portugal no ano passado pelas fronteiras aéreas, sendo o principal motivo a falta de justificação para entrarem no país, segundo o relatório de segurança interna.

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024, a que Lusa teve acesso, indica que foram registadas 1.727 recusas de entrada em Portugal em postos de fronteira aérea.

De acordo com o documento, os brasileiros destacam-se com 1.470 recusas de entrada (85%), seguido pelos cidadãos oriundos de Angola (274). No ano passado foi ainda recusada a entrada a 108 cidadãos do Reino Unido, 83 da Índia, 72 da Guiné-Bissau, 70 de Timor-Leste e 68 Senegal.

O RASI indica que a ausência de motivos que justificassem a entrada (768) e a ausência de visto adequado ou visto caducado (352) constituíram os principais fundamentos da recusa de entrada no país.

No ano passado verificou-se nas fronteiras aéreas um aumento do número de voos controlados (+5,5%), em termos de movimento de entradas (+6,1%) e de saídas (+5,9%). Foram controlados 24.613.497 passageiros, correspondendo a uma subida de 7,9%, face a 2023.

Nas fronteiras marítimas, foram controladas 47.331 embarcações, correspondendo a uma subida de 3,1%, e as embarcações de recreio (24.370) foram a tipologia mais controlada, seguida dos navios comerciais (19.420).

O documento refere que também aumentaram as pessoas controladas nas fronteiras marítimas, totalizando 3.885.825 (+29%), repartidas por 2.518.824 passageiros (+30,4%) e 1.367.001 tripulantes (+26,5%).

O RASI de 2024 foi na segunda-feira aprovado no Conselho Superior de Segurança Interna, seguindo agora para a Assembleia da República.

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Legislativas: Debate das rádios a 5 de maio

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

Os debates televisivos para as legislativas arrancam em 07 de abril na TVI, com Aliança Democrática (AD) e CDU, e terminam em 28, com transmissão na RTP, SIC e TVI do frente-a-frente entre AD e PS.

As rádios Antena 1, Observador, Renascença e TSF realizam o debate com todos os líderes dos partidos com assento parlamentar em 5 de maio, no âmbito das legislativas de 18 de maio, disse à Lusa fonte oficial da RTP.

As quatro rádios retomam, assim, a organização do “Debate da Rádio” entre “todos os líderes dos partidos com assento na Assembleia da República, no dia 5 de maio, entre as 09:30 e as 11:30”.

Este debate “insere-se no âmbito das eleições legislativas de 18 de maio e dá prosseguimento à tradição do ‘Debate da Rádio’, iniciado nas legislativas de 2015 e que a partir daí sempre se manteve no âmbito dos vários processos eleitorais”.

A rádio pública prepara “igualmente entrevistas aos cabeças de lista, no período da campanha eleitoral, assim como a edição de dois espaços informativos diários, na Antena1, para acompanhamento da campanha eleitoral”, adianta a RTP.

Os debates televisivos para as legislativas arrancam em 7 de abril na TVI, com Aliança Democrática (AD) e CDU, e terminam em 28, com transmissão na RTP, SIC e TVI do frente-a-frente entre AD e PS.

Ao todo serão 28 debates: 27 divididos entre os canais de sinal aberto e de cabo, de acordo com o sorteio, e o último, a 28 de abril, com transmissão na RTP, SIC e TVI. A estes debates acrescem dois a realizar pela RTP: um a 06 de maio, com os líderes de todos os partidos ou coligações com representação parlamentar, e no dia 08 de maio, com os líderes dos partidos sem representação parlamentar.

As eleições antecipadas foram anunciadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 13 de março, dois dias depois de o parlamento chumbar uma moção de confiança ao Governo e que ditou a demissão do Governo PSD/CDS-PP.

Essa moção foi anunciada pelo primeiro-ministro a 5 de março e justificada com a necessidade de “clarificação política” depois de semanas de dúvidas sobre a vida patrimonial e pessoal de Luís Montenegro e a empresa familiar Spinumviva, que motivaram duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e o

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