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Galinha admite manter Diário de Notícias “a perder entre 500 e 700 mil euros por ano”

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2024

Mesmo que implique perder mais de meio milhão de euros por ano, Marco Galinha está disponível para assegurar o Diário de Notícias e outros títulos históricos da Global Media.

O dono do Grupo Bel, Marco Galinha, garante que não deixará cair a Global Media e manifesta-se disponível para assegurar o Diário de Notícias e outros títulos históricos, mesmo que isso implique perder entre 500 e 700 mil euros por ano. Em entrevista ao Público, o empresário critica o Governo e os autarcas de Lisboa e Porto, e admite que foi uma má solução a venda do grupo de media ao fundo World Opportunity, que tem sede nas Bahamas, pois o grupo ficou “caótico”.

Como noticiou o ECO na semana passada, um grupo de empresários representado por Diogo Freitas assinou um acordo para comprar uma série de títulos da Global Media, incluindo o Jornal de Notícias e a TSF, sem incluir o Diário de Notícias.

O empresário diz que grande parte do dinheiro que tinha para investir no grupo acabou por ser desviada para a resolução de problemas inesperados. Conta que, quando chegou à Global Media, foi surpreendido com graves problemas, pois não havia dinheiro para pagar os salários do mês e chegou uma carta para pagar ao Fisco 65 milhões de euros de mais-valias, por exemplo. Garante ainda que, no total, foram investidos 16 milhões no grupo, incluindo na compra das posições ao BCP e ao Novobanco, equivalentes a 40% do capital, por quatro milhões.

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Hoje nas notícias: Diário de Notícias, banca e “almofada” das pensões

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Marco Galinha admite manter o DN a perder entre 500 e 700 mil euros por ano. Já Rui Baleiras arrisca prever excedente de “mais de 1%”, enquanto os bancos estão a reforçar as campanhas no crédito pessoal perante uma quebra na procura por crédito à habitação. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Galinha admite manter Diário de Notícias “a perder entre 500 e 700 mil euros por ano”

O empresário dono do Grupo Bel, Marco Galinha, garante que não deixará o Global Media Group cair e manifesta-se disponível para manter o jornal Diário de Notícias e outros títulos históricos, mesmo que isso implique perder entre 500 mil e 700 mil euros por ano. Em entrevista ao Público, Galinha critica o Governo e os autarcas de Lisboa e Porto, e admite que foi uma má solução a venda da empresa de media ao fundo World Opportunity, que tem sede nas Bahamas, pois o grupo ficou “caótico”. Como noticiou o ECO na semana passada, um grupo de empresários representado por Diogo Freitas assinou um acordo para comprar uma série de títulos do grupo Global Media, incluindo Jornal de Notícias e TSF, sem incluir o Diário de Notícias.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

Líder da UTAO arrisca prever excedente de “mais de 1%”

Rui Baleiras diz que o excedente em 2023 em contabilidade nacional terá ficado “francamente” acima dos 0,8%. Mas o coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) vai ainda mais além, arriscando prever que o ano passado tenha terminado com um excedente de “mais de 1%”. É um saldo muito mais positivo do que o anunciado pelo Governo.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago) e Antena 1 (acesso livre).

“Almofada” para pagar pensões já tem quase 30 mil milhões

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) fechou 2023 a valer 29,8 mil milhões de euros, mais 6,8 mil milhões de euros do que em 2022 (23 mil milhões), cobrindo 21 meses da despesa com pensões contributivas. Continua aquém, mas mais próximo, da meta de dois anos, de acordo com dados provisórios do Ministério do Trabalho. Este fundo foi criado, em 1989 para garantir o pagamento de pensões num cenário em que o sistema entra em défice ultrapassou os 20 mil milhões de euros em 2019.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Irmãos vencem Estado em caso de Certificados de Aforro

Dois irmãos ganharam um processo contra o Estado em que reclamavam o direito de propriedade de Certificados de Aforro, série B, subscritos pelo pai entre 1992 e 2000. Só em 2021 é que tomaram conhecimento da existência dos títulos, apesar de o pai ter morrido 19 anos antes. Por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai ter de lhes pagar 67.343,21 euros, a que se soma o montante que se vier a liquidar correspondente ao saldo da conta aforro titulada pelo pai na data em que a ré foi citada (9/11/2022) que exceda a verba em questão, mais juros. Este é mais um caso de litigância contra o IGCP, que insiste que os títulos têm de ser reclamados pelos herdeiros dez anos depois da morte do titular, e não dez anos a contar da data em que os herdeiros tomam conhecimento da existência dos mesmos.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Banca acena com “borlas” no crédito pessoal perante travão no crédito à habitação

Os bancos estão a reforçar as campanhas no crédito pessoal perante uma quebra na procura por crédito à habitação. Segundo o Jornal Económico, há instituições financeiras a darem vouchers aos clientes que usem o cartão de crédito ou a reembolsarem parte da despesa em supermercados. Outras estão a enviar notificações através das apps a oferecer crédito para consumo, nomeadamente para a compra de um telemóvel novo. O Jornal Económico escreve ainda que o Banco de Portugal desvaloriza este comportamento da banca, afastando a ideia de que representa um risco para o setor e para os clientes.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso livre).

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A associação europeia dos adeptos de futebol: “Nosso papel é garantir que os compromissos contra a Superliga sejam cumpridos”

  • Servimedia
  • 5 Fevereiro 2024

O diretor do Football Supporters Europe, Ronan Evain, a associação de adeptos de futebol mais importante do continente, expressou a sua firme oposição ao projeto da Superliga numa entrevista.

Nela, ele comenta que há “uma cortina de fumo para que a UEFA negocie e dê mais poder aos clubes” e especifica: “Quando A22 fala, quem está exatamente falando? É um fornecedor de serviços da Superliga? É um fornecedor de serviços do Real Madrid? Essas são perguntas que nos surgem”.

Além disso, Evain, reconhecendo que o sistema atual “não é perfeito”, admite que “pelo menos qualquer clube profissional pode se classificar para competições europeias” e destaca que “a classificação para competições europeias deve depender dos resultados da temporada anterior” nas competições nacionais. “É um princípio fundamental do desporto”, acrescenta.

Além disso, Evain ressalta o quão “inaceitável” é o novo formato da Superliga apresentado pela A22 após a sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia: “Se o Real Madrid tiver uma temporada má na Liga, ainda estará na sua Superliga. Trata-se de criar um sistema em que o Real Madrid, o FC Barcelona e os maiores clubes estejam protegidos”.

Por outro lado, Evain garante que, até o momento, a A22 não entrou em contacto com eles e que, apesar do que Anas Laghrari, co-fundador da A22 afirma sobre os seus contactos com associações de adeptos do continente, elas gravitariam em torno dos clubes envolvidos no projeto (Real Madrid CF e FC Barcelona). Ele também destaca que a Football Supporters Europe opera “com base no princípio de representatividade, como os sindicatos: ou seja, os associados em nível local são membros de organizações cujos representantes eles elegem, e são eles que designam seus homólogos em nível nacional, e assim por diante. Sob este sistema democrático, ninguém jamais demonstrou apoio à Superliga”.

Vale ressaltar os supostos vínculos de Laghari com Florentino Pérez, principal impulsionador da Superliga. Este banqueiro marroquino pode ter realizado trabalhos de consultoria ao presidente do Real Madrid em duas operações importantes: a decisão da ACS de participar da Abertis – com a qual a construtora adquiriu 50% da concessionária – e a captação de financiamento para enfrentar a última reforma do Santiago Bernabéu.

Nesse contexto, Roman Evain conclui enfatizando “o compromisso da maioria dos países europeus, as grandes ligas, a UEFA e a maioria dos clubes é de que a Superliga não veja a luz do dia. Nosso papel é garantir que esses compromissos sejam cumpridos e não temos motivos para duvidar disso neste momento. Se amanhã outros clubes se envolverem, a reação seria a mesma que em 2021. Ou seja, oposição da maioria dos adeptos”.

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Servihabitat lança uma campanha de mais de 6.000 imóveis com até 45% de desconto

  • Servimedia
  • 5 Fevereiro 2024

A iniciativa engloba várias campanhas comerciais que oferecem descontos em mais de 2.700 ativos residenciais, cerca de 1.500 lojas e escritórios e aproximadamente 1.900 terrenos.

A iniciativa “Aqui começa o seu melhor ano”, que Servihabitat ativou até meados de abril com descontos de até 45%, foca tanto em clientes particulares quanto em investidores, abrangendo diferentes segmentos do mercado imobiliário e se ajustando às necessidades e demandas específicas dos diferentes perfis.

O diretor executivo de Vendas e Marketing de Ativos Bancários da Servihabitat, Isidro Soriano, indicou que esta iniciativa busca oferecer diversas opções para aqueles que desejam adquirir uma casa ou imóvel de forma acessível e destacou que “os descontos foram realizados a partir de uma análise exaustiva e individualizada, de acordo com o ativo, com base em critérios de mercado e sociodemográficos, garantindo que o nível de renda das famílias permita uma opção real de compra e financiamento”. Soriano também ressaltou que esse tipo de campanha é uma oportunidade clara para que os jovens possam entrar no mercado imobiliário.

Dentro da iniciativa, destacam-se descontos de até 35% em mais de 2.700 ativos residenciais, que incluem casas, apartamentos, estúdios, despensas e garagens, principalmente localizados em Andaluzia, Catalunha, Comunidade Valenciana e Múrcia. Também estão contemplados cerca de 1.500 lojas e escritórios, principalmente localizados na Catalunha, Comunidade de Madrid e Andaluzia, e no segmento de terrenos, a oferta inclui aproximadamente 1.900 terrenos e propriedades rurais com descontos de até 45%, localizados principalmente em Andaluzia, Múrcia e Catalunha.

A campanha estará disponível até 15 de abril, momento em que os preços serão revistos devido à previsão de aumento no valor dos imóveis.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de fevereiro

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 5 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Sonae quer 89% da empresa francesa alimentar Diorren por 152 milhões

Grupo comunicou estar em "negociações exclusivas" para ficar com a maioria da francesa Diorren, dona da BCF Life Sciences, por um total de 152 milhões de euros.

Dias depois de ter falado num travão às grandes compras, a Sonae anunciou esta segunda-feira estar em “negociações exclusivas” para adquirir uma participação maioritária de 89% na francesa Diorren, detentora da BCF Life Sciences, que produz ingredientes para a indústria de nutrição. O grupo “apresentou uma oferta irrevogável” avaliada em 152 milhões de euros, “numa base livre de caixa e dívida”, segundo a Sonae.

A operação está a ser negociada pela Sparkfood, subsidiária da Sonae “que investe em empresas dedicadas a soluções alimentares sustentáveis e saudáveis”. Alinhada com o conceito de economia circular, a BCF “transforma resíduos da produção alimentar em ingredientes de elevado valor acrescentado (aminoácidos), os quais são incorporados em produtos farmacêuticos, na alimentação humana e animal, bem como em soluções para a agricultura sustentável”, explica a Sonae.

Na nota submetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo português nota ainda que a BCF foi fundada em 1986 na Bretanha e que os seus processos de produção “estão protegidos por várias patentes e segredos comerciais desenvolvidos internamente ao longo dos anos e aperfeiçoados pela atual equipa de gestão”. A Sonae valoriza também as “relações estáveis e de longo prazo” da BCF com “os seus principais clientes, nomeadamente produtores de alimentos para consumo humano e animal”.

A transação está “sujeita à satisfação das condições” legais e regulatórias, esperando-se que esteja concluída ainda neste primeiro semestre. A intenção da Sonae é que a BCF continue a ser “gerida pela atual equipa de gestão, a qual planeia reinvestir na Diorren e, em termos agregados, deterá uma participação minoritária de cerca de 11%”.

Segundo dados avançados pelo grupo aos mercados, a BCF fechou 2023 com lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) de 14,1 milhões de euros, com um crescimento anual composto entre 2020 e 2023 de 16%, e um volume de negócios de 53,5 milhões de euros, com crescimento anual nos últimos três anos de 11%. Para a Sonae, são números que demonstram “um percurso consistente de crescimento e rentabilidade”.

No final de janeiro, à Bloomberg, o administrador financeiro (CFO) da Sonae, João Dolores, afastou a hipótese de grandes compras “nos próximos anos”, depois de o grupo ter avançado com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) em novembro sobre a empresa de produtos para animais de estimação Musti. Nessa operação, a Sonae propôs pagar 26 euros por cada ação da Musti, o que a avalia em 868 milhões de euros.

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Sonae Capital entra com hotel na Madeira e soma unidade turística no Algarve em 2025

Atividade hoteleira da Sonae Capital alargada à Madeira com unidade no Funchal e reforçada no Algarve com segundo projeto em Lagos, num total de 300 quartos. Receita de alojamento chega a 30 milhões.

A Sonae Capital vai avançar com dois novos hotéis de cinco estrelas na Madeira e no Algarve, com aberturas previstas para o primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Estes novos projetos vão acrescentar 300 camas à oferta turística do grupo, que tem atualmente perto de 1.300 quartos num total de dez unidades espalhadas pelo Porto, Lisboa, Troia e Lagos.

A estreia na Madeira está marcada para fevereiro de 2025 com uma unidade de luxo de 98 quartos no Lugar da Ajuda, na zona do Lido, que vai permitir a criação de 30 postos de trabalho diretos. A Sonae Capital vai ficar com a exploração hoteleira do The Editory By The Sea Funchal, cujas obras arrancaram em dezembro e que resulta da reabilitação de um edifício que estava abandonado e que no passado chegou a ser ocupado por alojamento turístico.

“A Madeira está com uma performance muito boa do ponto de vista comercial e é um destino muito procurado e ao longo de todo o ano. Surgiu esta oportunidade e tomámos a decisão em tempo recorde. Já estávamos à procura há algum tempo e não tivemos grandes dúvidas de que gostaríamos de operar lá. Estamos com muita expectativa para este projeto”, justifica Isabel Tavares, diretora de marketing e vendas da The Editory Collection.

No Algarve, onde já detém o Aqualuz Lagos (aparthotel familiar de quatro estrelas), vai explorar na mesma cidade o empreendimento que há dois anos está a ser construído de raiz pelo grupo Ferreira Building Power. Além de um hotel de luxo com 204 quartos, terá também uma vertente residence. Os apartamentos estão em fase final de construção e 72% já comercializados pelo promotor, com a opção de serem colocados à exploração turística.

Situado sobre a falésia na Ponta da Piedade, o futuro The Editory By The Sea Lagos vai empregar diretamente cerca de 50 pessoas e tem data de abertura prevista para março de 2025. Até lá, o grupo liderado por Miguel Mata Gil – tem investimentos também na área industrial (Adira), da energia (Capwatt) ou do fitness (Solinca) – vai ficar responsável por aspetos como a decoração, os equipamentos hoteleiros ou as licenças de utilização.

Do ponto de vista do projeto de expansão, estamos a analisar vários destinos. O aumento do portefólio vai dando mais solidez para avaliar outro tipo de localizações. Ainda há espaço para a abertura de mais unidades hoteleiras em Portugal.

Isabel Tavares

Diretora de marketing e vendas da The Editory Collection

Isabel Tavares sublinha que “do ponto de vista do projeto de expansão [está] a analisar vários destinos” e que “o aumento do portefólio vai dando mais solidez para avaliar outro tipo de localizações”, além das cinco em que passará a estar presentes: Porto, Lisboa, Troia, Algarve e Madeira. A porta-voz diz que a Sonae Capital está “preparada para enfrentar a forte concorrência” e acredita que “ainda há espaço para a abertura de mais unidades hoteleiras em Portugal”.

Quando arrancou com esta área de negócio há mais de 35 anos, com a abertura do Porto Palácio, a operação estava associada à Solinca Eventos. Mais tarde, os hotéis passaram a integrar a Sonae Turismo, que acabou por desaparecer. Pelo meio surgiu a S.Hotels Collection como marca interna de comercialização, até que em 2021 adotou a marca agregadora The Editory Collection Hotels. No ano passado, as receitas de alojamento ascenderam a 30 milhões de euros, prevendo chegar aos 33 milhões de euros no final deste ano.

A projeção de crescimento para 2024 assenta no melhor resultado alcançado no primeiro trimestre face ao período homólogo, na plena recuperação no segmento dos grandes grupos e dos eventos corporativos (reuniões e congressos) para o nível anterior a pandemia, e na consolidação no objetivo de vendas do The Editory Garden Baixa, um boutique hotel de 48 quartos que abriu em abril do ano passado na Rua da Firmeza (Porto) e no qual investiu dez milhões de euros.

No ano anterior, a Sonae Capital tinha inaugurado em maio o TheEditory Boulevard Aliados, com 68 quartos na avenida mais conhecida da cidade Invicta, num investimento de 20 milhões de euros. Três meses anos, o grupo nortenho tinha assinalado a chegada à capital com a abertura ao público dos 126 quartos do TheEditory Riverside Lisboa, que representou um investimento de 12 milhões de euros e reabilitou parte da estação ferroviária e pintou de bordeaux a fachada de Santa Apolónia.

Sem inaugurações previstas para este ano, a diretora de marketing e vendas conta ao ECO que o grupo vai continuar a requalificar algumas unidades existentes. É o caso do histórico Porto Palácio, na avenida da Boavista, em que está a terminar a remodelação das salas de reuniões e do centro de congressos antes de avançar para a intervenção nos cerca de 220 quartos. Operação semelhante está a ser concluída no Aqualuz Lagos, que tem uma operação sazonal e que vai reabrir em maio com apartamentos mais modernos e um acréscimo de suítes no inventário.

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A Academia Emilio Sánchez completa 25 anos como referência na educação unida ao desporto de elite

  • Servimedia
  • 5 Fevereiro 2024

Consolidou-se como referência internacional ao oferecer aos estudantes a possibilidade de se formarem numa escola americana e, ao mesmo tempo, treinarem num centro de alto rendimento.

A academia, onde estudos e desportos caminham juntos, formou ao longo destes anos mais de 10.000 alunos de mais de uma centena de nacionalidades, e pelas suas salas de aula passaram vencedores de Grand Slam e estudantes com brilhantes carreiras universitárias.

O tenista Emilio Sánchez Vicario impulsionou este projeto com o objetivo de criar uma proposta onde se pudesse combinar esporte e estudos, dando igual importância a ambos. “Fomos pioneiros, com uma abordagem inovadora, porque queríamos criar oportunidades através do ténis e dos estudos”, afirma Sánchez Vicario, que obteve uma carreira de sucesso como atleta, tanto em simples como em duplas, e em 2008 também se tornou capitão da equipa espanhola da Copa Davis.

O ambiente desportivo confere a esta academia uma abordagem diferenciada e, nela, é estimulado um ambiente internacional e multicultural. Além disso, o centro destaca-se por oferecer um atendimento muito personalizado, com turmas reduzidas, nas três etapas que propõe: Elementary School, Middle School e High School.

Entre os seus alunos há grandes histórias, como a protagonizada recentemente por Alice Ferlito, que entrou na escola desde criança e se formou em 2023, estudando em Princeton, onde continua jogando ténis e estudando em uma das melhores universidades do mundo.

Além disso, a academia formou um bom número de alunos que continuaram os seus estudos em universidades americanas, bem como tenistas ATP/WTA como Andy Murray, Grigor Dimitrov, Svetlana Kuznetsova, Daniela Hantuchova e Janko Tipsarevic, entre outros.

Em 2012, com o objetivo de difundir a mesma filosofia e método de treino de sucesso da Academia Emilio Sánchez em Barcelona, decidiu abrir a Emilio Sánchez Academy, na Flórida, nos Estados Unidos, um projeto liderado pessoalmente por ele.

Entre os desafios futuros desta academia estão continuar a apostar num modelo altamente personalizado e inclusivo e o uso de inteligência artificial para que os estudantes melhorem o seu processo de aprendizagem, oferecendo-lhes novas oportunidades, criatividade e pensamento crítico. Até agora, os últimos 25 anos são o reflexo da história dos feitos dos seus alunos.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 5 Fevereiro 2024

O Eurostat divulga preços na produção industrial e a OCDE apresenta as suas perspetivas económicas intercalares. BPI e Abanca (futuro dono do EuroBic) apresentam resultados anuais.

Esta segunda-feira o Eurostat divulga os preços na produção industrial e a OCDE partilha as suas perspetivas económicas intercalares. No setor bancário, BPI e Abanca (futuro dono do EuroBic) apresentam os seus resultados anuais. Já o Banco de Portugal divulga dados sobre a execução orçamental e ainda estatísticas sobre o mercado secundário.

Eurostat divulga preços na produção industrial

O Eurostat vai divulgar os preços na produção industrial na Zona Euro relativos ao mês de dezembro de 2023. Recorde-se que em novembro passado, os preços na Zona Euro recuaram 0,3%, face ao mês anterior, enquanto na União Europeia (UE) baixaram 0,2% no mesmo período. Em Portugal, a queda mensal foi de 2,3%, a segunda maior no conjunto dos países da UE.

BPI apresenta resultados anuais

Esta segunda-feira o BPI apresenta os seus resultados anuais. No final de outubro, o banco divulgou que lucrou 390 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2023, numa subida de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia do aumento das taxas de juro.

Banco de Portugal divulga dados e estatísticas

O Banco de Portugal divulga também dados sobre a execução orçamental relativos a dezembro, bem como estatísticas sobre o mercado secundário, que compreende as transações em bolsa ou fora dela sobre títulos que se encontram em circulação, relativas a janeiro deste ano.

OCDE divulga perspetivas económicas intercalares

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) publica também esta segunda-feira as suas últimas perspetivas económicas intercalares, que contêm análises e projeções para a economia mundial e para todos os países do G20. Em novembro, a OCDE divulgou que no terceiro trimestre de 2023, os seus 38 membros contabilizaram um crescimento médio de 0,5%.

Abanca (futuro dono do EuroBic) apresenta resultados anuais

A instituição bancária espanhola Abanca também apresenta os seus resultados esta segunda-feira. Recorde-se que a Abanca será o futuro dono do EuroBic depois de ter fechado um acordo de compra de 100% do capital do EuroBic em novembro passado, num negócio que deverá ter superado os 300 milhões de euros.

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Desigualdade no cuidado e barreiras no acesso a tratamentos, desafios pendentes para pacientes de cancros menos conhecidos

  • Servimedia
  • 5 Fevereiro 2024

As desigualdades no cuidado oncológico e a existência de certas barreiras no acesso a alguns tratamentos são os principais desafios para os pacientes que sofrem de tipos de cancro mais raros.

De acordo com o relatório “Os números do cancro em Espanha 2024”, realizado pela Sociedade Espanhola de Oncologia Médica (SEOM) e a Rede Espanhola de Registos de Cancro (Redecan), mais de 286.000 casos de cancro serão diagnosticados em Espanha em 2024. Um número que aumenta em 2,6% em relação aos dados de 2023.

Desses quase 300.000 casos, a maioria será de cancros conhecidos, como mama, cólon, pulmão ou próstata, entre outros. No entanto, uma parcela considerável será um diagnóstico de algum tipo de cancro pouco conhecido ou raro, como o cancro no coração, cancro de mama metastático, linfoma da zona marginal (LZM) ou glioblastoma.

Este domingo, 4 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Cancro, uma data em que, globalmente, a campanha World Cancer Day lançou uma campanha com o objetivo de fechar a lacuna assistencial dos pacientes com cancro. Essa “luta contra a injustiça” realizada pela organização também inclui enfrentar a desigualdade no cuidado oncológico, que pode ser fatal, assim como as barreiras enfrentadas pelas pessoas que buscam esse tipo de atendimento. Por esse motivo, um dos principais objetivos desse movimento é garantir que todos os pacientes tenham acesso a serviços de saúde de qualidade onde, quando e como precisarem. Algo que também é procurado pelos pacientes em Espanha: serem considerados e ouvidos.

Muitos tipos de cancro são menos conhecidos devido à sua baixa prevalência, mas não são menos agressivos ou difíceis de tratar. Essa falta de conhecimento leva a muitos pacientes a não receberem atendimento completo de acordo com suas necessidades e, em algumas vezes, essas necessidades não estão entre as prioridades do Sistema Nacional de Saúde, como no caso do acesso a novos tratamentos. Após conversar com diferentes entidades e organizações de pacientes, a Servimedia identificou alguns dos cancros mais raros, incomuns ou desconhecidos na sociedade.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Um dos cancros mais desconhecidos é o glioblastoma, um tumor do sistema nervoso central (SNC). Com uma incidência de aproximadamente 1 caso a cada 150.000 pessoas, costuma afetar adultos entre 40 e 60 anos de idade. “É o tumor cerebral mais agressivo. Felizmente, é pouco frequente, mas apresenta múltiplos desafios aos neurocirurgiões”, explica o Dr. Santiago Gil Robles, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid. Essa agressividade traduz-se num prognóstico mau, já que os pacientes raramente sobrevivem além de 2 anos em média, um tempo que, há 10 anos, era lamentavelmente a metade. “Foram feitos avanços significativos, embora o tratamento ainda não seja curativo”, afirma.

CANCROS DO SANGUE

O linfoma da zona marginal (LZM) é um subtipo de linfoma não Hodgkin de células B ultra-raro e de crescimento lento que se origina nas zonas marginais do tecido linfático. Ele surge a partir de linfócitos B de memória ocultos na zona marginal dos gânglios linfoides secundários presentes no baço, tecidos linfoides associados a mucosas, como as amígdalas, e gânglios linfáticos.

Embora ocorra predominantemente em adultos, é diagnosticado principalmente em idosos, com uma média de cerca de 60-70 anos. Segundo o Dr. Xabier Gutiérrez, adjunto de Hematologia da seção Clínica do Hospital Universitário de Álava, “a nível nacional – levando em consideração a população do nosso país -, a incidência seria de cerca de 400 a 500 casos por ano. No entanto, é importante ressaltar que, dentro dos LZM, o linfoma MALT é o mais frequente, associado às mucosas. Já o linfoma marginal esplénico, que costuma afetar o baço, e o linfoma marginal nodal, que afeta os gânglios linfáticos, são ainda mais raros”.

Apesar de ser uma doença pouco comum, é um cancro com melhor prognóstico, uma vez que “os afetados geralmente têm um curso relativamente indolente e não agressivo, com uma sobrevivência global muito alta, de 80-90%, o que significa que a maioria dos pacientes está viva após 5-10 anos”. Além disso, esse especialista acrescenta que, há alguns meses, “temos disponível e podemos administrar aos nossos pacientes um novo medicamento chamado zanubrutinibe, que possui um perfil realmente satisfatório do ponto de vista da tratabilidade, pois os pacientes o toleram muito bem”.

Entre os cancros hematológicos que também receberam excelentes notícias nas últimas semanas está o linfoma folicular, que, apesar de ser o segundo tumor hematológico mais frequente e ter um bom prognóstico, em 30% dos casos o tumor é resistente e imune aos tratamentos convencionais. Há alguns dias, chegou o aguardado financiamento para o tratamento com CAR-T de pacientes adultos espanhóis com linfoma folicular (LF) refratário ou em recidiva após três ou mais linhas de tratamento sistémico.

Também são notícia positiva os pacientes com linfoma de células do manto, que agora contam com uma terapia CAR-T na Espanha após a incorporação do brexucabtagên autoleucel à carteira de serviços do Sistema Nacional de Saúde.

NEUROENDÓCRINOS

Os tumores neuroendócrinos são muito particulares, pois formam-se em células que têm propriedades tanto de neurónios quanto de liberação de hormonas, as células neuroendócrinas. “Essas células têm a função de regular algumas funções corporais para facilitar o bom funcionamento do organismo”, afirma o Dr. Jesús Sánchez, responsável por projetos da Cris Contra o Cancro. A sobrevivência desses pacientes varia muito de acordo com o órgão afetado e se o tumor se espalhou ou não.

Embora cresçam lentamente e sejam pouco frequentes, os tumores neuroendócrinos apresentam grandes desafios. “Justamente pelo seu crescimento lento, costumam demorar para apresentar sintomas, e o diagnóstico pode ser adiado por muitos anos, até décadas. Além disso, embora pareça contraditório, geralmente tumores que crescem muito rapidamente respondem muito bem a terapias direcionadas para bloquear a multiplicação celular, incluindo quimioterapia. Portanto, esses tumores representam um desafio importante para a medicina atual”, indica o Dr. Sánchez. Nos últimos anos, também estão sendo realizados inúmeros ensaios clínicos para melhorar as terapias atuais, diminuir suas toxicidades ou avançar com outras estratégias, como a imunoterapia.

CANCRO DE MAMA METASTÁTICO

O cancro de mama (CM) é uma doença muito conhecida pela sociedade. No entanto, ao adicionar o adjetivo “metastático”, essa situação muda drasticamente. Quando esse tumor está limitado à mama ou às regiões dos gânglios linfáticos próximos, é chamado de cancro em estágio inicial ou localmente avançado. Mas quando se espalha para uma área diferente, passamos a falar de cancro de mama metastático (CMm). O Grupo Espanhol de Pesquisa em Cancro de Mama (Geicam) afirma que cerca de 30% dos diagnósticos de CM em estágio inicial desenvolverão metástases ao longo da vida, tornando-se um tumor muito mais agressivo. Entre eles, estão alguns subtipos especialmente agressivos, como o triplo negativo metastático (TNBC) ou HR+.

Os cancros de mama metastáticos não têm cura. Como descreveu o Dr. Miguel Martín, chefe do Serviço de Oncologia Médica do Hospital Universitário Gregorio Marañón, durante a apresentação de ‘Retratos com Esperança’ em Madrid, “o objetivo atual no tratamento do cancro de mama metastático é cronificar a doença, tentar que eles vivam o maior número de anos possível com boa qualidade de vida”.

Os avanços no cancro de mama não foram proporcionais ao cancro de mama metastático; no entanto, desde dezembro de 2022, as pacientes com triplo negativo metastático, que até então tinham poucas opções terapêuticas, contam com o sacituzumabe govitecana. Esse medicamento trouxe esperança às pacientes em termos de resposta global, controlo da doença e melhoria da sobrevivência.

CORAÇÃO

Segundo o Dr. José Tuñón, diretor do Serviço de Cardiologia da Fundação Jiménez Díaz, “os tumores cardíacos são muito raros em comparação com outras patologias do coração. Os tumores malignos que afetam o coração são mais frequentemente devido à metástase de tumores de outras partes do corpo. Os cancros originados no próprio coração, chamados de primários, são muito raros”.

O prognóstico dos cancros originados em outras partes do corpo não é favorável, pois a metástase no coração sugere que se espalhou além do órgão de origem. Além disso, ao afetar um órgão vital, as opções de tratamento são reduzidas.

Outro especialista, o Dr. Jesús García-Foncillas, diretor do Departamento de Oncologia Médica da Fundação Jiménez Díaz e diretor do seu instituto oncológico, OncoHealth, afirma que “os sarcomas cardíacos primários malignos costumam estar localizados no átrio direito e são geralmente do tipo angiossarcoma. No átrio esquerdo, os tumores malignos mais comuns são o sarcoma pleomórfico e o leiomiossarcoma. Os tumores cardíacos primários malignos, que costumam afetar uma população de pacientes jovens, têm um prognóstico desanimador: sem cirurgia, a taxa de sobrevida em 9 a 12 meses é de apenas 10%”.

Em relação ao diagnóstico, o Dr. Xavier Ruyra, chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Instituto do Coração Quirónsalud Teknon, observa que “os tumores cardíacos eram considerados muito raros porque eram encontrados apenas em 1 a cada 10.000 autópsias. Atualmente, com os controlos de ecocardiograma e ressonância, tem-se observado que os tumores cardíacos são mais frequentes do que pensávamos”, acrescenta que “os tumores cardíacos podem permanecer por muito tempo sem serem detetados. Às vezes, o paciente só apresenta o que é chamado de síndrome constitucional, ou seja, mal-estar geral, febrícula, mialgias… mas, em outros casos, eles ocupam espaço e podem alterar o funcionamento das válvulas, causar embolias ou infiltrar as paredes cardíacas ou o tecido elétrico do coração”.

Quando malignos, a cirurgia deve remover o máximo possível do tumor, mas será necessário acrescentar quimioterapia ou radioterapia. Nessas situações, o prognóstico não é bom, pois eles tendem a reaparecer ou crescer novamente caso não sejam removidos completamente e também podem causar metástases.

 

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Bolieiro diz que vai governar nos Açores com “uma maioria relativa”

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2024

O líder da coligação AD, José Manuel Bolieiro, afirmou que quer governar com "uma maioria relativa", salientando que "uma vitória nunca é uma minoria".

O presidente do PSD/Açores e líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM, José Manuel Bolieiro, disse no domingo que irá governar com “uma maioria relativa”, salientando que “uma vitória nunca é uma minoria”. “Eu governarei com uma maioria relativa. E não se trata de uma minoria, uma vitória nunca é uma minoria, é uma maioria de votos e de mandatos“, disse aos jornalistas após o seu discurso de vitória, na sede do PSD/Açores, em Ponta Delgada, ao lado do líder social-democrata, Luís Montenegro.

José Manuel Bolieiro disse ainda que não irá “esmagar ninguém”, mas sim “governar os Açores” nos próximos quatro anos. Questionado como é que se aprovam orçamentos sem maioria no parlamento, respondeu: “Como sempre na democracia europeia e ocidental, desde logo, não se pode colocar as maiorias relativas em crise com coligações negativas na oposição“. “E, se o fizerem, cada um assume a sua responsabilidade. Foi assim que aconteceu com a rejeição do Plano e Orçamento [para 2024]”, acrescentou.

A direita parlamentar conquistou a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa dos Açores nas eleições de domingo, com a coligação PSD/CDS-PP/PPM, o Chega e a IL a ocupar 31 dos 57 lugares do parlamento.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM garantiu 26 deputados, o Chega cinco e a IL um parlamentar, ou seja, mais dois assentos do que os 29 necessários para assegurar uma maioria absoluta.

Nas eleições de 2020, PSD, CDS-PP e PPM, que então concorreram separados, também conseguiram eleger 26 deputados (PSD 21, CDS-PP três e o PPM dois).

O Chega agora mais do que duplicou o número de deputados, passando de dois para cinco parlamentares, enquanto a IL manteve o lugar que tinha conquistado pela primeira vez em 2020.

À esquerda, o PS conquistou no domingo 23 lugares no parlamento, menos dois que nas últimas regionais, e o BE perdeu um dos dois parlamentares que tinha conseguido eleger em 25 de outubro de 2020.

O PAN voltou a assegurar um assento no parlamento regional.

Estas três forças políticas juntas têm apenas 25 deputados, ficando a quatro da maioria absoluta.

Em novembro, a abstenção do Chega e do PAN e os votos contra de PS, IL e BE levaram ao chumbo do Orçamento dos Açores para este ano e, no mês seguinte, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa e a marcação de eleições.

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Ideia que aeroporto de Lisboa “será um hub intercontinental é ridícula” para a Ryanair

Comissão responsável pelo relatório do novo aeroporto chumbou o Montijo por não ter capacidade para ser um hub intercontinental. A Ryanair considera que aeroporto de Lisboa nunca o poderá ser.

A Ryanair considera que um novo aeroporto de Lisboa nunca será um hub internacional, ao contrário do que preconiza o estudo para o reforço da capacidade aeroportuária na região da capital. Na resposta ao relatório preliminar da Comissão Técnica Independente, a que o ECO teve acesso, a companhia contesta os pressupostos usados e volta a defender a opção pelo Montijo. O administrador com o pelouro comercial afirma que se a escolha for outra, nunca chegará a avançar ou será um “elefante branco”. A transportadora irlandesa quer ainda um novo concurso para criar um concorrente à ANA.

A ideia de que o novo aeroporto será um hub intercontinental é absolutamente ridícula. Os hubs europeus já existem; são Londres, Paris, Madrid, Frankfurt”, afirma Jason McGuinness, chief commercial officer da Ryanair, em declarações ao ECO.

A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) pedida pelo Governo pede uma solução que permita ao novo aeroporto evoluir para um hub internacional, ou seja, que sirva de plataforma alimentadora de voos de longo curso. Uma ideia defendida no relatório preliminar da Comissão Técnica Independente, onde se sustenta que “a posição geográfica de Portugal favorece o desenvolvimento de um hub intercontinental e, assim, da conectividade no Atlântico e noutras zonas do globo”. Um modelo que “não funciona com eficiência em espaços subdimensionados”. O limite à expansão foi, de resto, a principal razão para chumbar a base aérea do Montijo como opção para o novo aeroporto.

A Ryanair, que há muito defende a opção pelo Montijo, considera que Lisboa não tem condições para assumir esse papel. “Os resultados da avaliação das opções pela AAE é muito influenciada pelo desejo de construir um hub intercontinental. Há dois requisitos centrais para o desenvolvimento de um grande hub intercontinental: uma grande companhia área que alimente o hub e a localização geográfica correta para múltiplos fluxos de procura intercontinental. Lisboa simplesmente não tem estas características“, aponta a resposta da companhia irlandesa à consulta pública, a que o ECO teve acesso.

Para Jason McGuinness, sozinha a TAP não terá capacidade para alimentar um hub internacional e um futuro comprador da companhia portuguesa também não o fará.

O mais provável é a TAP ir parar às mãos do grupo IAG. A IAG tem um grande hub internacional em Londres. Não vão aumentar a capacidade internacional em Lisboa. Vão enviar as pessoas de Lisboa para Heathrow.

Jason McGuinness

Chief commercial officer da Ryanair

“O mais provável é a TAP ir parar às mãos do grupo IAG. Há a hipótese de ser a Lufthansa ou a Air France, mas o mais provável é o IAG. A IAG tem um grande hub internacional em Londres. Não vão aumentar a capacidade internacional em Lisboa. Nunca vai acontecer. Vão enviar as pessoas de Lisboa para Heathrow”, afirma o chief commercial officer. “Acha que a IAG vai comprar uma frota de longo curso para a TAP? Não”, acrescenta.

A Ryanair também contesta o cenário de crescimento da procura usado pela Comissão Técnica Independente, que diz ser “viciado” e “sem credibilidade”, condicionando os resultados da análise. O relatório parte de uma taxa de crescimento anual de 3,8%, com o número de passageiros a passar dos atuais 34 milhões para 84,7 milhões em 2050, tendo por base previsões das organizações internacionais. Uma capacidade que o Montijo já não suportaria.

A companhia irlandesa defende que a projeção não se coaduna com “um mercado desenvolvido e relativamente maduro, numa indústria que precisa de responder aos custos da descarbonização e em que as transportadoras low cost já têm uma presença significativa”. Pelas suas contas, que usam a previsão da OCDE para o crescimento do PIB português a longo prazo, Lisboa chegaria a 55 milhões de passageiros por ano em 2050.

Montijo ou “elefantes brancos”

A solução defendida é a Base Aérea n.º 6, na margem direita do estuário do Tejo. “Há três questões principais. Lisboa precisa de mais capacidade? Acho que toda a gente concorda que a resposta é sim. Quando precisa dessa capacidade? Agora. Qual a forma mais rápida e mais eficiente em termos de custo-benefício? É o Montijo“, dispara Jason McGuinness.

A resposta da Ryanair à consulta pública cita um estudo da Ernst & Young (EY) que concluiu que a economia de Lisboa perde 3,5 mil milhões de euros em receitas do turismo por cada ano em que a capacidade aeroportuária continua esgotada devido à saturação do Humberto Delgado. Uma perda que será ainda maior caso a opção recaia na construção de um aeroporto novo de raiz nas restantes localizações — Alcochete, Vendas Novas ou Santarém (esta também rejeitada pela CTI) — podendo atingir os 38,5 mil milhões.

É possível ter o aeroporto no Montijo a funcionar em dois ou três anos e com um custo entre os 500 milhões e os mil milhões de euros. As outras opções custarão mais de 10 mil milhões e demoram mais de 15 anos”, afirma o chief commercial officer da Ryanair. O relatório da CTI apontam para prazos mais curtos, a começar nos oito anos, para a entrada em funcionamento de uma primeira pista.

Os contribuintes vão ficar com um enorme elefante branco nas mãos. Vai custar demasiado dinheiro e ninguém vai querer usá-lo. A Ryanair não usará estes aeroportos.

Jason McGuinness

Chief commercial officer da Ryanair

O elevado custo leva mesmo Jason Mcguinness a afirmar que as alternativas ao Montijo “nunca serão construídas, porque não fazem sentido económico”. “Os contribuintes vão ficar com um enorme elefante branco nas mãos. Vai custar demasiado dinheiro e ninguém vai querer usá-lo. A Ryanair não usará estes aeroportos”, acrescenta.

O caso de Berlim

Os grandes projetos de raiz, como os localizados fora de Lisboa, estão repletos de riscos e os prazos de execução são longos”, aponta a resposta à consulta pública, dando como exemplo o aeroporto de Berlim-Brandemburgo.

Segundo a Ryanair, o aeroporto abriu com nove anos de atraso, em 2020, e custou 6,6 mil milhões de euros, mais 240% do que tinha sido originalmente orçamentado. “O aeroporto está agora paralisado pela sua situação financeira, o que o torna pouco competitivo, com taxas aeroportuárias substancialmente superiores às dos seus concorrentes”, refere a resposta, acrescentando que as companhias aéreas o estão a abandonar. Desde 2019, Berlim perdeu 16 milhões de lugares anuais (-36%), 100 mil voos (-39%) e 35 rotas (-17%), contabiliza. “Estes são os resultados de uma estratégia de hub mal concebida e mal pensada”.

A resposta da companhia irlandesa à consulta pública considera ainda que a avaliação ambiental deu grande peso ao impacto do ruído e da operação da infraestrutura no Montijo, mas desvalorizou o provocado pela construção de uma pista de raiz nas restantes localizações. Defende também que o benefício económico do aeroporto do Montijo para o distrito de Setúbal não foi devidamente considerado.

Jason McGuinness lamenta que a Agência Portuguesa do Ambiente tenha chumbado a extensão da Declaração de Impacte Ambiental do projeto da ANA para o Montijo, que a concessionária contestou. “O que faz é tornar o processo mais demorado e quem perde é a economia portuguesa. Na nossa opinião não houve alteração de circunstâncias ambientais, apenas o ruído criado pelas múltiplas opções admitidas pela Comissão Técnica Independente”, diz o chief commercial officer.

O desenvolvimento do Montijo como aeroporto independente de descongestionamento oferece a possibilidade de introduzir uma verdadeira concorrência no mercado, com mais capacidade e, potencialmente, um operador diferente. Este elemento de concorrência só pode ser alcançado através de
um novo concurso para a concessão da exploração dos aeroportos.

Jason McGuinness

Chief commercial officer da Ryanair

Se a Ryanair e a ANA estão alinhadas na preferência pelo Montijo, a companhia irlandesa não deixa de ser muito crítica da concessionária. Na resposta à consulta pública defende que se aproveite a construção do novo aeroporto para introduzir concorrência: “O desenvolvimento do Montijo como aeroporto independente de descongestionamento oferece a possibilidade de introduzir uma verdadeira concorrência no mercado, com mais capacidade e, potencialmente, um operador diferente. Este elemento de concorrência só pode ser alcançado através de
um novo concurso para a concessão da exploração dos aeroportos”.

“É necessário um operador independente que tenha um foco além do interesse dos acionistas franceses. É um cenário bizarro que um concessionário francês decida a estratégia aeroportuária do país”, atira Jason McGuinness. “Vamos falar com o novo Governo quando for eleito, tal como falámos recentemente com o chefe do Governo espanhol”, garante.

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