Lusíadas Saúde abre hospital de 30 milhões de euros em Paços de Ferreira

O Hospital Lusíadas Paços de Ferreira tem 25 consultórios, sete salas de exames de diagnóstico e bloco operatório com duas salas para diversas especialidades cirúrgicas.

A Lusíadas Saúde investiu 30 milhões de euros numa nova unidade hospitalar privada, no Centro Comercial Ferrara Plaza, em Paços de Ferreira, que vai criar 500 postos de trabalho. O grupo reforça, assim, o seu posicionamento no Norte do país, passando a servir mais de 400 mil habitantes da região do Tâmega e Sousa.

O Hospital Lusíadas Paços de Ferreira tem 25 consultórios, sete salas de exames de diagnóstico, bloco operatório com duas salas para diversas especialidades cirúrgicas e um serviço de imagiologia de última geração. Futuramente, haverá atendimento permanente, detalha o grupo num comunicado.

“A nova unidade da Lusíadas Saúde vai passar a desenvolver a sua atividade clínica em estreita articulação com a rede nacional Lusíadas, em particular com as unidades do Grupo presentes no Norte – Hospital Lusíadas Porto, Hospital Lusíadas Braga, Hospital Lusíadas Santa Maria da Feira e Clínica Lusíadas Gaia”, indica o grupo na mesma nota enviada às redações.

É justamente para eliminar essa assimetria que o Grupo Lusíadas Saúde está a apostar nesta região do país, contribuindo também para o seu desenvolvimento socioeconómico.

Vasco Antunes Pereira

CEO da Lusíadas Saúde

Com esta nova unidade, o grupo quer atenuar as desigualdades no acesso mais próximo aos cuidados de saúde e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico desta região.

“Se há realidade que os números nos têm mostrado é que os portugueses encontram no setor privado uma resposta para as suas necessidades de cuidados de saúde. Essas necessidades são ainda mais evidentes numa região como a do Tâmega e Sousa, onde ainda se registam desigualdades no acesso da população a uma oferta próxima”, assinala Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde. “É justamente para eliminar essa assimetria que o Grupo Lusíadas Saúde está a apostar nesta região do país, contribuindo também para o seu desenvolvimento socioeconómico”, completa.

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Grupo Paulo Duarte investe 4 milhões em centro logístico junto à futura base da Mercadona

A base operacional do Grupo Paulo Duarte deverá abrir no primeiro trimestre de 2025, junto ao futuro bloco logístico da Mercadona. É parte da estratégia de expansão da transportadora de mercadorias.

Com vista a “dar resposta ao forte crescimento que se tem verificado nesta zona do país [distrito de Santarém] ao nível dos serviços de transporte e logística“, o Grupo Paulo Duarte, uma das maiores empresas de transporte de mercadorias em Portugal, vai investir quatro milhões de euros numa nova base operacional no concelho de Almeirim. Tem abertura prevista para o primeiro trimestre de 2025.

O futuro centro logístico da transportadora portuguesa de mercadorias faz parte da estratégia de expansão do grupo. “Está a ser desenvolvido numa localização estratégica, impulsionada pela futura abertura do novo bloco logístico da cadeia de supermercados Mercadona, também previsto para a zona de Almeirim”, explana a empresa.

Está a ser desenvolvido numa localização estratégica, impulsionada pela futura abertura do novo bloco logístico da cadeia de supermercados Mercadona, também previsto para a zona de Almeirim.

Grupo Paulo Duarte

A infraestrutura vai ocupar uma área de 25.000 metros quadrados, distribuídos por um edifício administrativo de dois pisos, além de um parque para veículos, com oficina, áreas de lavagem e abastecimento. Acresce ainda um espaço dedicado ao descanso dos motoristas, com balneários e refeitório, “garantindo melhores condições de trabalho para toda a equipa de operações”, explica a empresa em comunicado.

O Grupo Paulo Duarte conta com uma equipa superior a 1.200 colaboradores, incluindo mais de 1.000 motoristas, e uma frota com 1.300 camiões.

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População do Algarve chamada a pronunciar-se sobre mobilidade na região

A AMAL questiona munícipes sobre a mobilidade na região algarvia com vista a otimizar a qualidade dos serviços de transporte público.

Com o propósito de melhorar a oferta de transporte público e aferir as necessidades de mobilidade, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) lança esta terça-feira um inquérito à população dos 16 municípios desta região do país. A iniciativa surge no âmbito da nova concessão do serviço público de transporte rodoviário de passageiros, que deverá arrancar no final de 2026.

Ainda que faltem dois anos para o início desta concessão, enquanto autoridade de transportes da região, a AMAL entende por bem aferir os cidadãos sobre esta matéria com vista a otimizar a qualidade dos serviços de transporte público no Algarve. Interpela os munícipes sobre as viagens realizadas com regularidade no percurso entre casa e trabalho/escola.

“Existe um vasto trabalho de preparação que já está a ser desenvolvido com o objetivo de definir a abrangência territorial, duração, exigências ambientais, compromisso financeiro dos municípios e o Plano de Rede e Oferta”, explana a comunidade intermunicipal num comunicado.

Existe um vasto trabalho de preparação que já está a ser desenvolvido com o objetivo de definir a abrangência territorial, duração, exigências ambientais, compromisso financeiro dos municípios e o Plano de Rede e Oferta.

Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL)

Além deste inquérito, a AMAL está igualmente a recolher os contributos de técnicos do setor e de várias instituições dos 16 municípios algarvios — Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.

Criada a 13 de março de 1992, esta comissão tem a missão de potenciar o desenvolvimento dos municípios e reforçar e promover a identidade da região do Algarve.

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“Painéis solares têm mesmo de estar nalgum sítio” e simplex não trouxe “nada de positivo”

João Matos Fernandes identifica como desafios à descarbonização o licenciamento de projetos renováveis, mas também o consumo energético associado à digitalização e a gestão de materiais.

Numa altura em que têm sido divulgados casos de não aprovação de projetos de energias renováveis, o ex-ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, alerta: “os painéis solares têm mesmo de estar nalgum sítio“. Em paralelo, critica a simplificação que foi feita no licenciamento de projetos de renováveis, ainda com o anterior Governo. “O simplex ambiental não trouxe nada de positivo“, considera.

O ex-governante rejeita as críticas que “andam a atapetar Portugal”, no sentido de se estar a cobrir o país com painéis solares. Ainda assim, concede: “Sim, existe uma pegada ambiental associada à transição energética, mas temos de a saber cuidar“. Caso contrário, se as populações apoiarem a transição “em tese” mas não “no concreto”, “não vamos conseguir” cumprir com as metas a que nos propomos nesta área, prevê.

No âmbito da implementação dos projetos, “o simplex ambiental não trouxe nada de positivo“, considera, apontando para a pressão que se coloca sobre as entidades públicas para dar uma resposta no prazo de 100 dias, nalguns dos casos. Caso os licenciadores não consigam fazer a avaliação correta no calendário proposto, Matos Fernandes “não condena” que estes optem pelo indeferimento em vez de se avançar para o diferimento tácito que está previsto na lei.

Estas declarações foram proferidas na 4.ª Conferência Anual do Capital Verde, a Green Economy Forum, que decorre esta terça-feira, em Vila Nova de Gaia.

Esta perceção é dada na sequência de a Agência Portuguesa do Ambiente ter chumbado vários projetos de energias renováveis, incluindo duas centrais solares flutuantes da Finerge e o investimento em bombagem hidroelétrica da EDP em Alto Lindoso.

Durante a apresentação que fez no início da conferência, Matos Fernandes salientou que em 2027 estima-se que a produção de eletricidade a partir de fonte solar já tenha mais expressão em capacidade instalada do que o carvão. “O solar vai ser a principal fonte de eletricidade antes do final desta década. Em Portugal é muito evidente”, afirmou.

Eletricidade barata será motor económico

João Matos Fernandes é perentório na acusação: é “mentira” que Portugal tem a eletricidade mais cara da Europa. Pelo Contrário, o preço da eletricidade doméstica está 26% abaixo da média europeia e 5% abaixo do de Espanha. Na indústria, Portugal tem o quinto preço da eletricidade mais baixo da Europa. “Não conheço nenhum industrial que diga que a eletricidade em Portugal é cara“, rematou.

Para Matos Fernandes, o facto de a Península Ibérica ser uma “ilha energética” – dadas as parcas ligações elétricas com o resto da Europa e a oposição de França a que estas se desenvolvam – “é, em tese, uma coisa negativa”. No entanto, realça o reverso da moeda: “muito melhor que vender eletrões, é vender serviços e produtos prestados com eletrões verdes”, e o excesso de produção de eletricidade, que não possa ser escoada para alimentar o resto da Europa, “é absolutamente essencial para atrair projetos industriais para Portugal“. O valor acrescentado destes produtos e serviços “é muito maior que os eletrões que podiam passar na rede”.

Digitalização e materiais impõem dificuldades

O ex-governante alerta para o “impressionante” consumo de eletricidade dos centros de dados que estão a proliferar pelo mundo. “Depois de anos a dizê-lo com convicção, que a digitalização é essencial, hoje em dia temos de reabrir esta discussão“, considera.

Por outro lado, se é verdade que “já há um divórcio entre as emissões [poluentes] e a economia, sobretudo à boleia da evolução no setor da energia, “do lado dos materiais não temos feito quase nada”, denuncia. Isto, quando 45% das emissões está relacionada com forma como produzimos e consumimos. “Não temos feito nada na melhor gestão dos materiais. O consumo de materiais cresce em absoluto paralelo à criação de riqueza“, concluiu.

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Morreu Magalhães Crespo, presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia

  • + M
  • 12 Novembro 2024

Magalhães Crespo foi responsável pelo grupo Renascença durante 30 anos. Em 2005, ano em que se reformou, foi nomeado presidente emérito. Morreu esta madrugada aos 94 anos.

Morreu Fernando Magalhães Crespo, presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia. Responsável pelo grupo dono da RFM, da Rádio Renascença e da Mega Hits durante 30 anos, integrou o conselho de gerência da Rádio Renascença primeiro como gerente, mais tarde como vice-presidente e em 2005, no ano da sua reforma, foi nomeado pelo então cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, presidente emérito do grupo, como homenagem aos serviços prestados à Renascença e à Igreja Portuguesa.

A Rádio Renascença recorda Magalhães Crespo como um “intenso lutador e homem de fé”, que desempenhou um “papel crucial na luta pela libertação da Renascença, ocupada pela extrema-esquerda nos anos quentes da Revolução“. “Os anos seguintes foram de forte desenvolvimento do projeto da Renascença, conduzindo-a à liderança e ao lançamento de novos canais como a RFM e a Mega Hits”, recorda o grupo que dirigiu durante 30 anos.

Em 2019, no aniversário dos 82 anos da Renascença, Magalhães Crespo foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma das salas do novo edifício para onde o Grupo Renascença Multimédia se mudou, em maio de 2016.

O grupo declarou dois dias de luto pela morte do seu presidente emérito. “Esta é uma hora de agradecer (…) uma personalidade fortíssima, uma personalidade de liderança, uma personalidade que abraça causas acima dos seus interesses pessoais, sempre numa atitude de serviço e luta pela verdade e pela liberdade, pelo bem e pela causa da comunicação social portuguesa, que ficará mais pobre, mas também indelevelmente marcada pela presença desta figura na nossa história (…) O Grupo Renascença Multimédia reage com uma profunda gratidão”, afirma esta terça-feira o presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia, cónego Paulo Franco.

O presidente emérito do grupo, que em 2023 foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, morreu na madrugada desta terça-feira, aos 94 anos.

O velório e as celebrações fúnebres decorrem na Capela Exterior da Quinta do Bom Pastor, sede do grupo, desde as 17h desta terça-feira. Será celebrada missa hoje às 19h, presidida pelo Cónego Paulo Franco, e amanhã missa exequial de corpo presente, às 10h, presidida pelo cardial-patriarca de Lisboa Rui Valério.

 

 

* Notícia atualizada com horário das cerimónia fúnebres

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Exportações de componentes automóveis voltam a cair 4,4% em setembro

Dados da AFIA mostram que no acumulado do ano, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023.

As exportações de componentes para automóveis caíram 4,4% em setembro, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, atingindo os 1.000 milhões de euros, segundo os dados divulgados esta terça-feira pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Embora o resultado permaneça negativo, ainda assim, a queda é menos acentuada do que a registada no mês de agosto (-5,4%).

O valor das exportações de componentes automóveis em setembro representou 14,7% no total das exportações de bens transacionáveis de Portugal. A associação liderada por José Couto recorda que “embora as exportações de componentes automóveis tenham sofrido uma erosão no ano em curso, continuam a ter um peso significativo nas exportações nacionais”.

No que respeita ao acumulado até setembro, as exportações de componentes automóveis atingiram cerca de 8.800 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 3,9% face ao período homólogo de 2023. Dados da AFIA mostram ainda que no terceiro trimestre, que inclui os meses de julho a setembro, o setor registou um declínio de 2,7% face ao mesmo período do ano anterior.

Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado.

Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA)

A Europa continua a ser o principal destino das exportações portuguesas de componentes automóveis, representando 88,5% das vendas internacionais. No acumulado de 2024, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023. Espanha mantém-se como o maior comprador, absorvendo 28% dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha (23,9%) e França (8,2%).

Por fim, a AFIA destaca que embora as exportações de setembro tenham caído 4,4%, esta redução é menos pronunciada do que a verificada em agosto, altura em que se verificou uma diminuição de 5,4%. “Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado”, conclui.

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Fim do programa das janelas eficientes deixa classe média “sem qualquer apoio financeiro”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Anfaje defende ”o redesenho e reforço" do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAES+) ao invés da sua extinção, bem como o IVA reduzido de 6% na instalação de janelas eficientes.

fundos A Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (Anfaje) criticou esta terça-feira o fim do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAES+), alertando que as famílias da classe média ficam sem qualquer ajuda para melhorar o isolamento térmico das habitações.

Em comunicado, a Anfaje defendeu que o problema do isolamento térmico dos edifícios é “um desafio que não se limita apenas às denominadas ‘famílias vulneráveis’, mas que se estende igualmente às famílias da classe média, as quais ficam sem qualquer apoio financeiro à melhoria do conforto das suas habitações”.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou na sexta-feira, no Parlamento, o lançamento de dois novos programas de apoio, destinados a pessoas e regiões mais vulneráveis — o E-Lar e o Áreas Urbanas Sustentáveis — com cerca de 50 milhões de euros cada, e o fim do PAES+.

A Anfaje realçou esta terça-feira que o novo apoio destina-se à instalação de aparelhos de ar condicionado, com IVA reduzido à taxa de 6%, e de eletrodomésticos, mesmo que mais eficientes, sem que se inclua a melhoria do isolamento térmico das habitações.

Ao invés de melhorar o isolamento das suas habitações, [as famílias] terão de aumentar a sua fatura energética para deixar de ter frio no inverno e calor no verão“, apontou.

Para a associação, “as janelas eficientes, pelas suas características técnicas, evitam o consumo de energia, ao contrário dos aparelhos elétricos”, e, por isso, o caminho a seguir “é o redesenho e reforço do programa e não a sua extinção”.

A associação defende ainda a inclusão da taxa de IVA reduzido de 6% na instalação de janelas eficientes, como no caso da instalação de aparelhos de ar condicionado, continuando a aguardar a disponibilidade do Governo para a sua aplicação.

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EUA vão continuar a ser “mercado de excelência” para EDP

A vitória de Trump não altera a aposta estratégica da EDP nas renováveis nos EUA. Ainda assim, há indefinição sobre as tarifas e há um "risco enorme" para as exportações para o país.

Os Estados Unidos são um país fundamental para a EDP e continuarão a ser um “mercado de excelência” para a empresa, garante o diretor de desenvolvimento de negócios EDP em Portugal, Hugo Costa. O responsável reconhece, porém, que a eleição de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA traz riscos para as exportadoras.

“Reconheço que possa haver algum deslocar de financiamento para a Europa. Não acredito que haja paragem das renováveis“, refere Hugo Costa no Green Economy Forum, que está a decorrer esta manhã em Vila Nova de Gaia.

Hugo Costa, diretor de Desenvolvimento de Negócios em Portugal da EDPRicardo Castelo

O especialista admite que haja ainda algum “abrandamento em tecnologias menos maduras, como hidrogénio verde, atrasando licenças e incentivos”. Ainda assim, e apesar da “filosofia de aumentar atividade de oil & gas, vai ser preciso continuar com eólico e solar” e “70% investimentos renováveis são em estados republicanos e que defendem renováveis”.

Referindo-se ao caso concreto da EDP, o diretor da elétrica aponta que “mais de 50% do portefólio” de renováveis da empresa é nos EUA. “É uma peça fundamental nas renováveis, continuará a ser mercado de excelência para EDP”, garante.

Em relação à política comercial de Donald Trump, Hugo Costa diz que “há uma indefinição sobre o que serão tarifas às importações nos EUA”, apontando “um risco enorme” para as exportadoras.

A vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas castigou as ações das empresas renováveis, com os investidores a anteciparem um desinvestimento nestas áreas. O CEO do grupo EDP, Miguel Stilwell de Andrade, numa reação à queda de 11% das ações da EDP Renováveis adiantou que os mercados reagiram de forma exagerada.

“Vamos esperar para ver, mas não atiraria a toalha ao chão, penso que os mercados reagiram claramente de forma exagerada em baixa“, disse Miguel Stilwell de Andrade, em teleconferência com os analistas.

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Cabo Verde traz 15 startups à Web Summit

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

Cabo Verde leva este ano à conferência tecnológica 15 startups, em áreas como e-commerce, saúde e bem-estar, recrutamento e marketing digital, para promover o desenvolvimento digital do país.

Cabo Verde traz este ano cerca de 15 startups, em áreas como e-commerce, saúde e bem-estar, recrutamento e marketing digital, à Web Summit Lisboa, cimeira tecnológica a decorrer até 14 de novembro, na FIL de Lisboa. O objetivo é promover o ecossistema digital do país. É o quarto ano que o país lusófono participa.

“Estar presente na Web Summit mais um ano e organizar o evento ‘Cabo Verde Nação Digital’ são dois marcos significativos para Cabo Verde, pois são fundamentais para o crescimento sustentável e global do nosso país, reafirmando o compromisso do arquipélago com o ecossistema digital”, afirma Milton Cabral, coordenador da Cabo Verde Digital, citado em comunicado.

A delegação cabo-verdiana conta com mais de 30 membros e pretende trazer à Web Summit “propostas para startups nacionais e condições para que entidades públicas e privadas” possam promover o desenvolvimento digital do país, pode ler-se em comunicado.

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Castro Almeida defende “menos radicalismos” na Política de Coesão

O ministro Adjunto e da Coesão defende "ajustamentos" na Política de Coesão, "com ponderação e seriedade". "Mafra não pode ter o mesmo tratamento que Hamburgo ou Berlim", reclama.

O ministro Adjunto e da Coesão defende a necessidade de fazer ajustamentos à Política de Coesão “com ponderação e seriedade”, de modo a reduzir os radicalismos que impedem regiões desenvolvidas como Lisboa a aceder a determinados fundos temáticos.

“Não entendo que se queira fazer aceleração tecnológica do país apostando em Portalegre, Bragança ou Viseu, deixando de fora Lisboa. Os programas operacionais temáticos não tocam em Lisboa”, frisou Manuel Castro Almeida a sessão de encerramento do Lisboa 2020. “Se concebo isto para infraestruturas municipais, não entendo que se mude o perfil tecnológico do país longe dos grandes centros tecnológicos”, acrescentou.

Por isso, defende que “há ajustamentos a fazer a Política de Coesão (…) com ponderação e seriedade”. “O país entende”, acrescenta. Castro Almeida frisa a necessidade de “menos radicalismos, que impedem totalmente regiões desenvolvidas como Lisboa a aceder a determinados fundos temáticos, sobretudo os da ciência e tecnologia”.

“Radicalismos que depois obrigam a truques. Fazemos truques”, confessa o responsável. “Financiamos com fundos as estruturas fora de Lisboa e com Orçamento do Estado as de Lisboa. É um truque. Os fundos deviam poder financiar todos”, defende.

“A política da Coesão não deve estar como está”, diz ainda. “Devemos dar passos em frente”, vaticina. “Na divisão da região de Lisboa, tratar Mafra como uma região desenvolvida não condiz com a realidade. Não pode ter o mesmo tratamento que Hamburgo ou Berlim. É um trabalho de casa que temos de fazer”.

O ministro Adjunto e da Coesão recorda que “há muitas tensões na Europa sobre o futuro da Política de Coesão”. “Portugal deve lutar com grande firmeza pela Política de Coesão porque é alicerce do desenvolvimento da Europa. É preciso acautelar condições de igualdade entre as diferentes regiões da Europa e as regiões devem ter decisão ativa na aplicação dos fundos europeus. Marcas essenciais para discutir como usar da melhor forma os recursos da Europa”, defendeu.

Já numas palavras gravadas em vídeo, a ainda comissária europeia da Coesão também sublinhou o debate que já se vai fazendo sobre a Política da Coesão pós-2027. “Cabe à nova Comissão Europeia avançar com propostas concretas e todos os intervenientes devem participar ativamente neste debate e na construção desta agenda”, frisou Elisa Ferreira.

Elisa Ferreira defendeu ainda que é necessário “assumir a coesão económica e social como uma prioridade”. “Até porque temos um alargamento à porta”, recordou. “Só o sucesso de todos os Estados-membros vai permitir o da Europa que todos desejamos”, frisou a responsável.

Em 50 anos, haverá três euros de ganho por cada euro investido de fundos

E os fundos europeus têm desempenhado um papel fundamental esse sucesso. “Estudos revelam que os fundos têm tido um impacto positivo sobre a economia. Em 50 anos, haverá três euros de ganho por cada euro investido, contribuindo assim para reduzir as disparidades regionais”, recordou a presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

Cláudia Joaquim sublinhou as grandes dificuldades enfrentadas no período de programação que está agora a terminar: a pandemia de Covid-19, a guerra a Ucrânia e a crise energética. Desafios a que a Comissão Europeia soube responder com mais rapidez e adaptação, recordou Elisa Ferreira.

“Mas se a execução financeira é relevante, a execução física é ainda mais”, frisou Cláudia Joaquim. A presidente da AD&C fez questão de lembrar os cerca de 800 projetos de competitividade e internacionalização financiados pelo Lisboa 2020 ou as quase 11 mil pessoas que beneficiaram de estágios profissionais. “Dados concretos que materializam o impacto dos fundos”, diz.

Apesar de o “cofinanciamento em Lisboa não ser igual às restantes regiões do país” – é mais baixo por ser uma região mais rica — com “grande esforço” foi possível realizar grandes projetos “impactantes”, nomeadamente as 50 infraestruturas técnico/cientificas, sublinhou a gestora do Lisboa 2020. “Foram estas infraestruturas que nos impactaram e envolveram, disse Teresa Almeida.

“Construímos isto juntos”, disse a responsável para o presidente do Técnico, Rogério Colaço, numa referência ao Tecnico Innovation Center, local onde decorreu a sessão de encerramento. Um edifício que assegurou regeneração urbana (era uma antiga central de camionagem) e ofereceu oito mil horas de estudo aos alunos do Técnico e duas dezenas de eventos de projeção de talento. Este edifício é “um sinal do sucesso do PT2020”, frisou Rogério Colaço, sublinhado que este “foi um sonho realizado”.

Há entrada, o centro tem uma exposição com os objetos que fazem parte da história do Técnico, construídos por estudantes da universidade ou cientistas consagrados, objetos que protagonizaram as 110 histórias do podcast do Técnico e que o ministro teve o cuidado de visitar, conversando com alguns alunos presentes.

 

 

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AstraZeneca aumenta as previsões de receitas e lucros para 2024, com base num forte desempenho e crescimento nos primeiros nove meses do ano

  • Servimedia
  • 12 Novembro 2024

A AstraZeneca apresentou os resultados do terceiro trimestre com um aumento das receitas de 19% para 39,182 mil milhões de dólares, impulsionado pelas fortes vendas dos seus medicamentos.

No terceiro trimestre, todas as áreas registaram um crescimento de dois dígitos, com a oncologia a subir 22%, a cardiovascular, renal e metabolismo a subir 20%, a respiratória e imunologia, vacinas e imunoterapias a subir 29% e as doenças raras a subir 11%.

De acordo com a empresa, estes resultados levaram a uma revisão em alta das previsões de receitas e lucros para o final de 2024. A empresa informou que investiu mais de 3,1 mil milhões de dólares em investigação e desenvolvimento no trimestre, ultrapassando os 3 mil milhões de dólares pela primeira vez. Isto representa aproximadamente 23% das receitas.

O presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou: “Estamos muito encorajados pelo amplo impulso subjacente a que estamos a assistir em toda a nossa atividade em 2024, e o crescimento parece destinado a continuar até 2025, proporcionando uma base sólida para concretizar a nossa ambição para 2030. Soriot também fez questão de destacar que “até agora, este ano, anunciámos vários resultados positivos de ensaios de alto valor e estamos a trabalhar para levar estas novas opções aos doentes o mais rapidamente possível. Além disso, a qualidade e o impacto da nossa investigação científica foram bem reconhecidos neste trimestre, com dados de medicamentos AstraZeneca apresentados em cinco sessões plenárias presidenciais sem precedentes nas duas principais conferências de oncologia em setembro”.

A empresa reforçou na sua comunicação que estes números fortes proporcionam uma base sólida para cumprir a sua ambição para 2030 de atingir receitas totais de 80 mil milhões de dólares. Isto inclui oferecer mais de 25 blockbusters até 2030, contra 13 no ano passado, continuar a aumentar as indicações para os seus medicamentos em todo o mundo, fornecer pelo menos 20 novas entidades moleculares até 2030, onde estamos a fazer bons progressos até agora, e tudo isto apoiado pelo desenvolvimento de uma série de tecnologias disruptivas que são o futuro da medicina: conjugados de anticorpos internos e medicamentos contra o cancro direcionados, terapias celulares e gestão de peso, entre outros.

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Centros de emprego subcontratam contact centers a privados por 932 mil euros

Governo fez publicar portaria na qual autoriza IEFP a investir 932 mil euros na aquisição de serviços de contact center para, nomeadamente, servirem a 1.ª linha do Centro de Contacto do instituto.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai ter à disposição cerca de 932 mil euros para contratar serviços de contact center em regime de outsourcing nos próximos três anos. Este montante consta de uma portaria publicada esta terça-feira em Diário da República, que é assinada pelo secretário de Estado do Orçamento, José Maria Brandão de Brito, e pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira.

“Fica o IEFP autorizado a celebrar o contrato para aquisição de prestação de serviços de contact center em outsourcing para o Instituto do Emprego e Formação Profissional, para o triénio 2025-2027, até ao montante de 932.601,60 euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor”, lê-se no diploma divulgado esta manhã.

Esse total será dividido em quatro tranches: cerca de 285 mil euros em 2025, quase 311 mil euros em 2026, quase 311 mil em 2027 e os demais 26 mil euros em 2028. O saldo apurado no final de um determinado ano pode ser transferido para o ano seguinte, indicam os secretários de Estado.

A portaria determina, por outro lado, que “os encargos decorrentes da execução do contrato de aquisição de serviços envolvem somente receitas próprias e são suportados por verbas adequadas, inscritas e a inscrever no orçamento do IEFP”.

“O IEFP, I. P., enquanto organismo público responsável pela execução das medidas de emprego e formação profissional, revela-se uma instituição que, pelas suas atribuições, tem grande impacto junto do cidadão. O âmbito do presente procedimento é a prestação de serviços de primeira linha do Centro de Contacto do IEFP, bem como disponibilização de uma plataforma de apoio à gestão e funcionamento do Centro de Contacto, incluindo a produção de indicadores e medidores de satisfação dos utilizadores”, detalha o governo, no mesmo diploma.

Com esta portaria publicada, o IEFP pode agora dar início ao concurso público para a aquisição destes serviços.

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