Fnac mostra a magia dos recomeços em campanha de Natal

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  • 8 Novembro 2024

Assinada pela Judas, a campanha divide-se em duas fases. Estando já disponível nas plataformas digitais da Fnac, a campanha vai depois, a partir de dezembro, marcar também presença em televisão.

A Fnac lançou a sua campanha de Natal, relembrando que “há paixões que são adiadas ao longo da vida, mas que nunca é tarde para descobrir um novo sonho“.

Tendo em conta que “todos os anos, em Portugal, milhares de pessoas precisam de pensar num novo caminho, numa transformação, que nem sempre é fácil”, a marca quer relembrar que “é possível dar magia aos recomeços com um presente de Natal Fnac“.

No spot conta-se a história de uma professora que se está prestes a reformar. “No seu derradeiro dia de trabalho, os alunos aproveitam a última aula para lhe escrever cartas com mensagens inspiradoras e de agradecimento pelo seu trabalho e dedicação. Quando a campainha toca, presenteiam-na com esta surpresa. De regresso a casa, os dias passam e a sensação de vazio e solidão tomam conta da antiga professora”, começa por se descrever em nota de imprensa.

“Para se sentir mais acompanhada, recupera a caixa com as mensagens dos alunos e começa a lê-las em voz alta para que fiquem registadas num antigo gravador. Ao descobrir esta vontade, a filha decide oferecer-lhe um microfone de podcast como presente de Natal. É neste momento que aceita o desafio de descobrir uma nova paixão”, acrescenta-se.

A professora, agora reformada, reinventa então a paixão de ensinar através da criação de um podcast. “40 anos depois, o medo não desapareceu”, “cada primeiro dia foi sempre a renovação de que era mesmo isto que eu queria fazer”, “mas o fim também é um novo começo” são algumas das mensagens que se ouvem na rádio da antiga escola.

“O Natal é, naturalmente, uma época de nostalgia, de cuidar, de criar momentos. Com esta campanha, pretendemos relembrar todos os portugueses que, de facto, é possível reinventarmos as nossas paixões acompanhadas dos melhores presentes. Com este vídeo, o nosso intuito foi, precisamente, passar esta mensagem, de que vamos sempre a tempo de encontrar um novo começo, uma nova paixão ou um novo sonho“, diz Inês Condeço, diretora de marketing e comunicação da Fnac, citada em comunicado.

Assinada pela Judas, a campanha divide-se em duas fases. Estando já disponível nas plataformas digitais da Fnac, a campanha vai depois, a partir de dezembro, marcar também presença em televisão, “reforçando a mensagem de que este Natal a Fnac convida a oferecer a magia de recomeçar”. O planeamento de meios ficou a cargo da Wavemaker.

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Prejuízos da Farfetch encolhem para 2 milhões. Coupang antecipa lucros até ao final do ano

Os sul-coreanos da Coupang fecharam a compra da Farfetch, este ano, por 500 milhões de dólares, um negócio que surgiu para a empresa como uma "oportunidade".

Os sul-coreanos da Coupang, os novos donos da Farfetch, que fecharam este ano a aquisição da empresa fundada por José Neves por 500 milhões de dólares, um negócio a “um preço muito atrativo” que se revelou uma “oportunidade”, preveem que a tecnológica dê lucros até ao final do ano, depois de a empresa ter reduzido os prejuízos no final de setembro.

A Farfetch fechou o terceiro trimestre deste ano com um prejuízo de dois milhões de euros, um resultado que compara com perdas de 31 milhões de euros no trimestre anterior, segundo os números divulgados pela Coupang.

O CEO da Coupang, Bom Kim, adiantou numa conferência após sobre os resultados que a Farfetch estava perto de atingir o breakeven no lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização no último trimestre, uma meta que a empresa antes antecipava alcançar até o final de 2024.

A aquisição da Farfetch pela Coupang por 500 milhões de dólares ficou fechada no final de janeiro, com os novos donos a anunciarem de seguida um plano de reestruturação, que incluía a redução de 25% a 30% dos trabalhadores a nível global.

No mesmo dia em que foram comunicados os despedimentos foi também anunciada a saída de José Neves do cargo de CEO e de outros oito diretores da empresa, ficando a liderança entregue a Bom Kim e à equipa executiva da tecnológica.

Bom Kim, o novo dono da Farfetch, tem estado a tornar a tecnológica mais à imagem da Coupang: menos exuberante e mais concentrada.

O novo líder daquele que foi o primeiro unicórnio de capitais portugueses já assumiu, em fevereiro, que não estava a olhar para aquisições quando surgiu a possibilidade de comprar a Farfetch, um negócio que se revelou uma “oportunidade”. “Deparamo-nos com uma oportunidade para comprar a Farfetch a um preço muito atrativo”, reconheceu.

Menos de um ano depois de ter sido anunciado o acordo com José Neves para salvar a empresa da bancarrota eminente, a Coupang já conseguiu dar a volta ao negócio, colocando a plataforma online de compra de bens de luxo próxima de se tornar rentável.

Além de um programa de despedimentos de grande escala, a Farfetch implementou um plano de reorganização, que resultou numa empresa menos exuberante e mais concentrada, com a tecnológica a moldar-se cada vez mais à imagem da Coupang, conhecida como a Amazon da Coreia.

A reestruturação da Farfetch no país incluiu ainda uma reorganização dos espaços onde a tecnológica está presente. Depois de anos marcados por um forte crescimento, que coincidiu com a abertura de novos escritórios no Porto e em Braga, a companhia encerrou as operações na capital minhota no final de setembro do ano passado, pouco mais de quatro anos após a inauguração do espaço que ocupou na Avenida Dom João II. Com grande parte dos colaboradores em regimes híbridos de trabalho, a decisão da tecnológica foi concentrar as equipas nos escritórios em Matosinhos e Guimarães.

Já este ano, um novo ajuste nas equipas. O Centro de Creative Operations (CrOps) que a empresa mantinha em Leça do Balio, em Matosinhos, foi encerrado no final do maio e as pessoas transferidas para a unidade de Guimarães, no Avepark, conforme avançou o ECO. Apesar do encerramento da unidade de operações em Matosinhos, a Farfetch manteve operações nesta localização – mas mais curtas.

Recentemente, o escritório da Lionesa diminuiu a área utilizável para metade, “dado que não justifica a dimensão do mesmo pela quantidade de gente que o utiliza (visto que grande parte dos colaboradores está em full remote)”, conforme explicou ao ECO uma fonte próxima da empresa.

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Águeda recebe selo europeu de boas práticas ambientais

Programa europeu distingue trabalho realizado pela câmara de Águeda nas reabilitação das áreas ribeirinhas e no Rio Águeda. Conta com o apoio da Universidade de Évora.

“O comité de acompanhamento do programa [europeu] URBACT reconhece o bom exemplo na realização dos trabalhos de reabilitação ecológica e de restauração das zonas ribeirinhas e no Rio Águeda, através do projeto Life Águeda”, avança a autarquia liderada por Jorge Almeida.

A Câmara Municipal de Águeda foi, assim, distinguida pela União Europeia com o selo das boas práticas URBACT, no âmbito do desenvolvimento sustentável que leva a cabo com projeto Life – ações de conservação e gestão para peixes migradores na bacia hidrográfica do Vouga. Este projeto é desenvolvido pelo município sob a coordenação da Universidade de Évora e conta com o apoio técnico-científico do MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.

A cidade já tem sido destacada como modelo na renaturalização ambiental dos ecossistemas ribeirinhos com recurso a técnicas de base natural. “É com enorme satisfação que recebemos esta distinção que aponta os projetos que desenvolvemos como referência em toda a Europa e que reconhece todo o trabalho de reabilitação dos nossos rios e ribeiras em que temos investido”, assinala Jorge Almeida.

Este programa conta ainda com diversas entidades parceiras, designadamente a câmara de Mora, através da equipa responsável pelo Fluviário de Mora, a Docapesca – Portos e Lotas e a Aqualogus – Engenharia e Ambiente.

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Novobanco tem nova administradora para área jurídica

Depois da saída de Luísa Soares da Silva em setembro, o banco apontou agora o nome da diretora do Departamento Jurídico, Patrícia Afonso Fonseca, para administradora de Legal e Sustentabilidade.

Patrícia Afonso FonsecaLinkedin

O Novobanco apontou o nome da diretora do Departamento Jurídico, Patrícia Afonso Fonseca, para administradora para a área Legal e Sustentabilidade, ocupando o lugar deixando vago por Luísa Soares da Silva em setembro, segundo anunciou a instituição esta sexta-feira ao mercado.

“Esta nomeação está sujeita à autorização das entidades reguladoras competentes”, adianta o banco no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Patrícia Afonso Fonseca tem 15 anos de experiência como advogada na área de serviços financeiros. Entrou para o BES em 2010 vinda da Linklaters. Nos últimos nove liderou o Departamento Jurídico do Novobanco, um período marcado pela resolução (agosto de 2014), venda ao fundo Lone Star e a reestruturação. O próximo capítulo passará pela venda do banco por parte dos americanos, que deverá acontecer na primeira metade do próximo ano.

“A Patrícia é uma gestora sénior, com comprovada experiência no setor financeiro e bancário, em governo corporativo e áreas regulatórias, contando ainda com sete anos de experiência na área de Corporate Finance e M&A de uma sociedade internacional de advogados de topo em Portugal”, frisa a instituição.

A nova administradora tem licenciatura e mestrado em Direito, juntamente com formações pós-graduadas e executivas nas áreas de corporate, gestão e governance. O Novobanco registou lucros de 610 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

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Apesar de ser arguido, REN mantém João Faria Conceição como administrador

O Conselho de Administração da REN decidiu manter João Faria Conceição como administrador e membro da comissão executiva, após ter sido acusado de corrupção no caso EDP/CMEC.

A REN – Redes Energéticas Nacionais decidiu manter João Faria Conceição como administrador e membro da comissão executiva, lê-se em comunicado da CMVM. A decisão surge após o administrador ter sido acusado por um crime de corrupção no processo EDP/CMEC.

“Na sequência da acusação deduzida pelo Ministério Público contra o Senhor Eng. João Faria Conceição […], a REN comunica que, após deliberação do seu Conselho de Administração, suportada numa opinião da Comissão de Ética e Governo Societário, é entendimento do Conselho de Administração que a referida acusação não afeta a capacidade […] para continuar a desempenhar as suas funções“, lê-se na nota.

No final de outubro, João Faria Conceição juntamente com António Mexia, João Manso Neto, Manuel Pinho e Miguel Barreto foram acusados de corrupção, no âmbito do processo dos CMEC/EDP. No caso concreto, João Faria Conceição, ex-assessor do ministro Manuel Pinho no Ministério da Economia, foi acusado de um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

António Mexia e João Manso Neto foram acusados pelo Ministério Público de terem corrompido Manuel Pinho, ex-ministro socialista da Economia, para obter 840 milhões de euros de benefícios ara a EDP.

De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.

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Portugal leva 125 startups à Web Summit, mais de metade opera internacionalmente

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

A delegação portuguesa de startups na Web Summit, que vai decorrer entre 11 e 14 de novembro, em Lisboa, conta com mais 10 empresas do que no ano anterior.

Portugal vai estar representado na cimeira tecnológica Web Summit por 125 startups, mais de metade a operar internacionalmente, num total de 907 trabalhadores, segundo dados da Startup Portugal.

Estas startups (empresas com rápido potencial de crescimento económico) vão ser hoje recebidas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no antigo Picadeiro Real, em Lisboa.

A delegação portuguesa de startups na Web Summit, que vai decorrer entre 11 e 14 de novembro, em Lisboa, conta com mais 10 empresas do que no ano anterior.

De acordo com os dados hoje divulgados, em comunicado, pela organização Startup Portugal, estas 125 empresas têm 907 colaboradores, quase 80% dos quais com formação superior. Por distrito, Lisboa surge a liderar com 53 startups, seguida pelo Porto (16), Coimbra (nove), Braga (seis) e Aveiro (três).

Os principais setores representados incluem inteligência artificial e machine learning, tecnologia ambiental, recursos humanos, soluções empresariais e fintech (empresas de tecnologia financeira).

Em 2023, estas empresas tiveram um valor acumulado de receitas que ultrapassou os 20 milhões de euros. Relativamente ao ano passado, estas startups quase triplicaram o valor de investimento captado, passando de 13 para 37 milhões de euros. Cerca de 60% das startups que integram a comitiva portuguesa já operam além-fronteiras.

Na edição deste ano da Web Summit são esperados mais de 70.000 participantes.

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Deutsche Bank vende três centros comerciais em Portugal

  • ECO
  • 8 Novembro 2024

Alemães colocaram à venda o Nosso Shopping (Vila Real), o Alma Shopping (Coimbra) e ainda o Fórum Madeira (Funchal).

A unidade de gestão de ativos do Deutsche Bank colocou à venda três centros comerciais em Portugal, aproveitando a recuperação do mercado imobiliário comercial, adianta a agência Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês), citando fontes próximos do processo.

Os três shoppings estão à venda separadamente por parte de entidades ligadas à DWS, detida pelo banco alemão: Nosso Shopping (Vila Real), o Alma Shopping (Coimbra) e ainda o Fórum Madeira (Funchal). Não foram revelados valores dos negócios.

Estes ativos foram adquiridos em 2015 a fundos controlados pela Lone Star, que viria a comprar o Novobanco em 2017. Os alemães procuram agora tirar partido da baixa de juros para vender os centros comerciais.

Contactada pela Bloomberg, a DWS não quis fazer qualquer comentário.

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Ministra do Ambiente admite auditoria à APA após Operação Influencer

Apesar de afirmar não ter desconfiança em relação à Agência Portuguesa do Ambiente, a ministra do Ambiente não descarta uma futura auditoria, perante uma justificação.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, afirma não ter qualquer desconfiança face à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), mas diz encarar com normalidade a hipótese de ser feita uma auditoria a esta entidade.

Não tenho neste momento nenhuma desconfiança em relação à APA, mas no dia em que tiver, não me custa nada [abrir uma auditoria]. É o normal funcionamento, haver auditorias às entidades”, afirmou Maria da Graça Carvalho.

Esta posição foi tomada em resposta à interpelação da deputada do Chega, Rita Matias, que informou que o Grupo Parlamentar do seu partido irá apresentar como proposta que seja feita uma auditoria externa à APA, depois de o nome da agência ter sido envolvido na Operação Influencer, que deu origem à queda do anterior Governo.

A mesma deputada questionou a governante sobre a possibilidade de a Agência para o Clima, criada por este Governo para gerir os fundos da área do Clima e Energia, ser uma fonte de “multiplicação da burocracia, que é chave para processos de corrupção”.

Em reação, a ministra assegurou que o seu ministério se pauta por uma “grande transparência” e, como exemplo, indicou que uma das políticas que segue é o distanciamento de casos específicos. “Não lido com projetos individuais. Quando precisam de uma autorização, são as entidades que lidam”, asseverou, referindo-se a entidades como a APA ou o Instituo de Natureza e Florestas (ICNF). “Não chegam ao nível político porque não as deixo chegar. Foi uma nova cultura que eu imprimi no ministério do Ambiente porque é isso que está na lei e é isso que deve ser feito“, concluiu.

Recorde-se que, de acordo com o despacho de indiciação do Ministério Público, que está na base da Operação Influencer, João Galamba, ex-ministro das Infraestruturas, Diogo Lacerda Machado, “melhor amigo” do ex-primeiro ministro António Costa, e Vítor Escária, chefe de gabinete de Costa, terão feito pressão sobre vários decisores para favorecer o Start Campus, a pedido dos administradores do centro de dados de Sines. O alegado tráfico de influências e corrupção passiva e ativa terá permitido obter autorizações ambientais decisivas para o projeto e despachos à medida, de acordo com a mesma acusação.

O procurador-geral da República (PGR), Amadeu Guerra, revelou no final de outubro que o ex-primeiro-ministro António Costa está ainda sob investigação no processo Operação Influencer, apesar de não ser arguido, quase um ano depois da operação lançada pelo Ministério Público (MP), a 7 de novembro de 2023.

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Trânsito condicionado no Parque das Nações até 20 de novembro

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

Cimeira tecnológica arranca na segunda-feira 11 de novembro decorrendo até dia 14. Os condicionantes ao trânsito prolongam-se até dia 20.

Diversas artérias da freguesia do Parque das Nações, em Lisboa, vão estar condicionadas ao trânsito automóvel até 20 de novembro devido ao evento Web Summit 2024, que decorrerá entre segunda e quinta-feira, alertou hoje a PSP.

De acordo com a Polícia de Segurança Pública (PSP), os condicionamentos de trânsito já se verificam desde 21 de outubro e prologar-se-ão até 20 de novembro, com maior incidência a partir de domingo (dia 10) e até 16 de novembro.

Nestes sete dias, a polícia prevê o encerramento da circulação “em toda a Alameda dos Oceanos (condicionada a veículos de emergência no sentido norte/sul entre a rotunda dos Vice-Reis e a Rua Mar da China) e na Avenida do Índico entre a Alameda dos Oceanos e a Avenida Dom João II, onde será garantido o acesso ao parque e a operações de cargas e descargas”.

Também de 10 a 16 de novembro, segundo a PSP, a Rua do Bojador será encerrada à circulação no troço entre a Rotunda do Bojador e a Alameda dos Oceanos e a Avenida da Boa Esperança estará condicionada à circulação entre a rotunda dos Vice-Reis e Hotel Myriad, ficando apenas circulável para viaturas autorizadas.

Segundo a PSP, que irá coordenar as alterações à circulação e os desvios de trânsito, todas as vias rodoviárias serão reabertas e repostas, gradualmente, entre 16 e 20 de novembro.

A edição deste ano da Web Summit, conferência dedicada à tecnologia, empreendedorismo e inovação, decorrerá entre 11 e 14 de novembro, nos pavilhões da Altice Arena e da FIL – Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações.

No âmbito do evento, a PSP aconselha os participantes a privilegiarem a utilização de transportes públicos e, se optarem pelo uso de automóvel privado e estacionarem na via pública, devem verificar se deixaram o veículo de forma a permitir a circulação rodoviária de outros automóveis e se o trancaram devidamente e sem valores à vista no seu interior.

“Não ostente ou transporte objetos valiosos, bem como quantias monetárias elevadas; se transportar mochilas ou malas, mantenha-as sempre fechadas e junto à parte frontal do corpo; acate com total disponibilidade as ordens dos polícias, seja um órgão facilitador da ação policial e não comprometa a sua segurança e a dos outros cidadãos; consulte através da ‘APP Web Summit’ a lista de objetos proibidos de portar para o interior do evento” são outras das recomendações da polícia.

Se for necessária a intervenção da polícia, os participantes devem ligar 112, assim como memorizar no telemóvel o número de telefone do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP: 21 765 42 42, acrescenta a PSP.

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Pedro Nuno acusa Governo de “negligência e de incompetência” no caso da greve do INEM

O líder do PS diz que "responsabilidade não é só da ministra, mas do Governo e do primeiro-ministro em particular", porque "optou por desvalorizar" a greve e não decretou serviços mínimos.

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, responsabiliza todo o Governo e, em especial, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, pelas mortes associadas à greve do INEM. “Este não é só um problema da ministra, é um problema do Governo todo e do primeiro-ministro em particular, porque optou por desvalorizar esta greve, dizendo que não podemos andar sempre atrás de pré-avisos de greve”, afirmou esta sexta-feira o secretário-geral do PS, em conferência de imprensa no sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

O líder socialista acusa o Governo de “negligência e incompetência”, sublinhando que “não houve nenhuma vontade em decretar serviços mínimos” para a greve. “Quando estão em risco vidas humanas, o Governo deve fazer tudo” para evitar mortes e a greve.

“Sabemos hoje que bastava uma reunião para impedir que a greve acontecesse, tal como foi conseguido, infelizmente após oito mortes motivadas aparentemente por atrasos do INEM”, continuou. Pedro Nuno Santos conclui que “o Governo não fez nada para evitar e minorar os impactos da greve, não foram decretados serviços mínimos”.

“E, ao contrário do que tenho ouvido, também podem ser decretados serviços mínimos ao trabalho suplementar e o Governo tinha obrigação de procurar decretar ou apresentar uma proposta de serviços mínimos para esta greve, porque o Governo sabe que o trabalho suplementar é fundamental para os serviços do INEM”, frisou.

O PS faz “uma avaliação negativa da competência da ministra da Saúde”, Ana Paula Martins, mas Pedro Nuno Santos prefere não pedir a demissão da governante, delegando essa decisão para Luís Montenegro. “A ministra tem, ao longo destes sete meses, revelado uma grande incapacidade na gestão do dossiê da saúde e no dossiê da emergência médica. Por isso, há um problema de incompetência, mas quem tem de fazer a avaliação dos seus ministros para continuar em funções é o primeiro-ministro”.

“Este problema não se resolve só com a substituição da ministra, mas com a forma como se gerem os problemas. Governar não é apresentar powerpoints!”, vincou.

Sem desresponsabilizar a ministra, Pedro Nuno Santos insiste, no entanto, que “o problema é do Governo, porque já sabia há muito tempo que esta greve poderia ocorrer e pelo menos há dias que ia ocorrer e nada fez para evitar a greve e para minorar os impactos desta greve”. “O Governo tem falhado no que é mais essencial que é a competência com que serve a população. Este é um caso muito grave de negligência e de incompetência”, criticou.

(Notícia atualizada às 17h38)

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Digi apaga cláusula que previa “direito” a subir preços à inflação

Condições gerais já não mostram cláusula contratual que dava à nova operadora o "direito" a atualizar os preços uma vez por ano. Decisão foi comunicada à Anacom.

A Digi retirou das condições gerais dos seus serviços uma cláusula que permitia à nova operadora aumentar anualmente os preços à inflação, ou no valor mínimo de 50 cêntimos. O ECO confirmou que o “direito” já não surge no articulado disponibilizado no site da empresa e soube, por fonte do mercado, que tal já foi comunicado à Anacom, o regulador do setor.

A operadora de origem romena apresentou-se esta segunda-feira ao mercado português e tinha garantido, no evento de lançamento, que não iria aumentar os preços à inflação. Mas, na terça-feira, nas condições gerais visíveis no seu site, a Digi reservava o “direito” a subir preços no início de cada ano civil para refletir a subida dos preços na economia. Agora, essa cláusula já não aparece no contrato.

O artigo em causa referia que, “de modo a suportar os custos referentes ao investimento na rede, no início de cada novo ano civil e mediante notificação prévia ao cliente através de um dos meios previstos na Cláusula 18, a Digi reserva-se no direito de proceder ao aumento da mensalidade do(s) serviço(s) e/ou tarifário(s) contratado(s), o qual será calculado com base no último Índice de Preços no Consumidor relativo a um ano civil completo, tendo por referência a data da referida notificação, conforme publicado pelo Instituto Nacional e Estatística, no valor mínimo de 50 cêntimos, com IVA incluído.”

Numa resposta ao ECO, a Digi tinha garantido que, apesar dessa cláusula, pretendia respeitar a promessa de oferecer preços desligados da inflação: “A mensagem que encontra nas ‘Condições de oferta de serviços’ é apenas uma previsão contratual, sendo referido ser uma opção. Contudo, não representa a política de preços do Grupo Digi, como provado em outros mercados, como em Espanha, onde não há subida de preços desde 2008, ou na Roménia, onde não há subida de preços desde 2019 (e a anterior em 2009)”, reagiu fonte oficial.

O ECO pediu um comentário à Digi sobre a retirada da cláusula contratual. Encontra-se a aguardar resposta.

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Proibir voos entre a 01:00 e as 05:00 “é passo positivo”, afirma associação Zero

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

"A atual portaria que estabelece máximos entre as 00:00 e as 06:00, de 91 movimentos aéreos semanais e de 26 diários, está constantemente a ser violada", lembra a associação.

A associação ambientalista Zero considera a proibição de voos no aeroporto de Lisboa entre a 01:00 e as 05:00 um passo positivo mas que não assegura o direito ao repouso noturno de centenas de milhares de cidadãos.

Reagindo ao anúncio na quinta-feira pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, da proibição de voos entre a 01:00 e as 05:00 no Aeroporto Humberto Delgado, após conclusões de um grupo de trabalho, a associação Zero classificou a medida como um primeiro passo para que o aeroporto se venha a aproximar do cumprimento limite legal de ruído noturno na cidade enquanto não é desativado.

A proibição de voos noturnos anunciada pelo ministro ficou aquém do período de horas ininterruptas sem voos que a associação tinha pedido como primeiro passo para uma restrição total de voos em período noturno, defendendo ser necessário reduzir o número de voos entre as 23:00 e a meia-noite e entre as 05:00 e as 07:00.

“A atual portaria que estabelece máximos entre as 00:00 e as 06:00, de 91 movimentos aéreos semanais e de 26 diários, está constantemente a ser violada, pelo que a imposição de restrições totais no período anunciado poderá não ter efeitos práticos desejados se este estado de incumprimento generalizado se mantiver”, diz a Zero em comunicado.

A organização defende também a imposição de uma taxa de ruído aeronáutico que corresponda ao custo socioeconómico dos voos noturnos, que no caso de Lisboa calcula ser de pelo menos sete euros por passageiro.

Cerca de três dezenas de moradores de bairros de Lisboa e Loures afetados pelo ruído e poluição causados pelo aeroporto de Lisboa manifestaram-se na quarta-feira junto à estrutura aeroportuária exigindo, entre outros, o direito ao descanso. O executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovou, em setembro, por unanimidade, uma moção para reduzir o número de movimentos por hora no Aeroporto Humberto Delgado e recusar qualquer aumento da capacidade aeroportuária.

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