Regime sancionatório da “lei das quotas” nas empresas precisa de melhorias, conclui estudo

Estudo conclui que regime instituído em 2017 tem contribuído para maior equilíbrio de géneros nas empresas públicas e na bolsa. No entanto, sanções precisam de maior clareza.

A lei das quotas, que prevê uma proporção mínima de 33,3% de pessoas de cada sexo na administração e fiscalização das empresas públicas, levou a avanços significativos no equilíbrio de género, mas ainda há caminho a percorrer, nomeadamente no que toca ao regime sancionatório. A conclusão é de um estudo do Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas (PLANAPP) divulgado esta quinta-feira.

De acordo com a análise, “embora algumas empresas ainda não cumpram os limiares mínimos e a obrigatoriedade de submeter um Plano para a Igualdade, o número de situações de não conformidade tem diminuído, o que se tem traduzido num aumento do número de mulheres em órgãos de administração e de fiscalização, tanto em termos absolutos como relativos“.

Em causa está o regime de representação equilibrada entre mulheres e homens nos órgãos de administração e de fiscalização das entidades do setor público empresarial e das empresas cotadas em bolsa, instituído em 2017. A lei estipulou uma proporção mínima de 33,3% de pessoas de cada sexo, a partir de janeiro de 2018 e, em cada órgão das empresas cotadas em bolsa, uma proporção mínima 20% de pessoas de cada sexo a partir de janeiro de 2018 e de 33,3% a partir de janeiro de 2020, bem como a elaboração anual de planos para a igualdade.

O estudo estima que a lei tenha contribuído diretamente para um aumento de 12 pontos percentuais na proporção de mulheres que ocupam cargos de administração. No entanto, adverte que a leitura desta informação deve ser feita com cautela, uma vez que a análise partiu de um conjunto limitado de dados.

Alerta também que, de acordo com as entidades entrevistadas, existem “algumas incongruências e imprecisões que, em certa medida, comprometem a efetividade da lei”.

Especialmente no que respeita do regime sancionatório, existe uma aparente unanimidade quanto à falta de clareza nas sanções a aplicar às empresas em incumprimento, à inexistente diferenciação ou gradação entre as sanções e à complexidade e conflitualidade entre normas, particularmente no que diz respeito à autoridade e atribuições jurídicas da entidade responsável pela aplicação das sanções”, refere.

Indica também que a fragmentação da informação por diferentes entidades, a par da fragilidade dos sistemas para o seu reporte, “tem dificultado a capacidade de recolha de dados essenciais a uma monitorização mais detalhada da implementação da lei e dos seus efeitos“.

O PLANAPP recomenda assim que se aumente o conhecimento sobre o impacto da lei, mas também que se altere certos aspetos, entre os quais “o aparente conflito entre a inerência de cargos no setor empresarial local e a inexistência de limiares de representação entre os mandatos autárquicos“. Propõe também “a melhoria dos procedimentos de reporte das empresas e de tratamento da informação por parte da Administração Pública”, a revisão dos prazos, o aumento da transparência e melhoria da comunicação dos resultados, bem como a revisão dos Planos para a Igualdade.

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Portugal é principal destino para emigrantes de seis países da OCDE

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Nacionais da Suíça, Países Baixos, Bélgica, Itália, Espanha e França escolheram Portugal como um dos principais destinos para emigrar, segundo o relatório de 2024 sobre Migração Internacional.

Portugal está entre os principais destinos de emigração de seis países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório publicado esta quinta-feira.

Portugal é dos principais destinos de emigração para os nacionais da Suíça (4.º lugar), Países Baixos (5.º), Bélgica (6.º), Itália (6.º), Espanha (7.º) e França (8.º), segundo o relatório de 2024 sobre Migração Internacional, no qual a OCDE analisa os dados da imigração de cada país-membro, de acordo com os dados das respetivas autoridades nacionais.

O relatório faz uma análise cruzada das migrações dos 38 países-membros da organização.

Em Portugal, no que diz respeito à população nascida fora do país, além dos países lusófonos, com Brasil e Angola no topo da lista — com 271,3 mil pessoas e 157 mil, respetivamente), destaca-se a França, com 103,3 mil, um país onde existem muitos lusodescendentes.

No que diz respeito às nacionalidades estrangeiras em Portugal, o Brasil segue destacado, com 226,9 mil pessoas, seguindo-se o Reino Unido (44,6 mil) Itália (22,8 mil), Índia (33,6 mil) Cabo verde (32,7 mil) Angola (29,8 mil) e França (27,1 mil).

De acordo com os dados oficiais, Portugal tem 10,8% da população nascida no estrangeiro, em linha com a média da OCDE, que é de 11%.

No que diz respeito à taxa de desemprego, entre os portugueses é de 6,3% (acima da média da OCDE, 5,2%) e entre os estrangeiros é de 8,3% (um ponto percentual acima da OCDE).

Em 2023, o número de primeiros requerentes de asilo aumentou 31%, atingindo cerca de 2.600. Das 440 decisões tomadas em 2023, 71% foram positivas.

Refletindo a situação internacional, países como a Venezuela, Índia, Gâmbia, Afeganistão, Israel ou Argélia que não tinham pedidos de asilo em 2012 ou 2013 passaram a estar entre as 15 nacionalidades que mais requereram este tipo de proteção em 2022.

No que diz respeito à emigração de portugueses para países da OCDE, houve um aumento de 15% em 2022, para 59.000, com cerca de um quinto (19%) a optarem por Espanha, seguindo-se França (17%) e Suíça (16%).

No relatório, a OCDE destaca a criação em 2023 da Agência para a Integração, a Migração e o Asilo (AIMA) e “os esforços para aumentar a digitalização dos processos”, as “alterações às regras do programa de residência por investimento (Golden Visa)”, o novo Plano de Ação para a Migrações, o acordo de mobilidade dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Entrevista rápida: Gonçalo Campos Alves, Diretor da SIBS Cartões

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

"Hoje em dia temos players que são puramente digitais e o cartão continua a ser a forma desses players digitais estarem corporizados no mundo físico", diz Gonçalo Campos Alves.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Em conversa com o ECO, Gonçalo Campos Alves, Diretor da SIBS Cartões, partilha a sua opinião sobre o futuro da empresa. “Eu acho que a SIBS Cartões daqui a 10 anos continuará a fazer cartões. Hoje em dia temos players que são puramente digitais e o cartão continua a ser a forma desses players digitais estarem corporizados no mundo físico”, explica.

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PSD afasta inspeção obrigatória nas motas e quer classe própria de portagens

  • ECO
  • 14 Novembro 2024

Outro diploma entregue no Parlamento prevê ainda alterações ao Código da Estrada para permitir sempre a circulação de motociclos em todos os corredores reservados aos transportes públicos.

O grupo parlamentar do PSD quer que os motociclos continuem dispensados de realizar inspeção periódica obrigatória e que seja criada uma classe própria para motas no pagamento de portagens, noticia o Público (acesso pago). As propostas constam de um conjunto de medidas que a bancada social-democrata entregou na terça-feira na Assembleia da República, mas que só deverão ser debatidas quando for concluído o processo orçamental.

A iniciativa de avançar com este projeto decorre da transposição de uma diretiva europeia que “permite excluir da obrigatoriedade da inspeção periódica motociclos, triciclos e quadriciclos, caso os Estados-membros tenham instituído medidas alternativas eficazes de segurança rodoviária” para estes veículos, “tendo em conta estatísticas de segurança rodoviária relevantes referentes aos últimos cinco anos”, refere o projeto-lei social-democrata.

Outro diploma entregue no Parlamento prevê ainda alterações ao Código da Estrada, de forma a permitir sempre a circulação de motociclos em todos os corredores reservados aos transportes públicos — uma regra que, atualmente, depende de decisão das câmaras municipais. “Importa agilizar e tornar universal o acesso a estas vias, permitindo a circulação de veículos de duas e três rodas, mas também facilitar o estacionamento destes veículos nos centros urbanos”, indica ainda o projeto de lei.

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Sueca Klarna volta a tentar IPO em Wall Street

Empresa do "compre agora, pague depois" disse na terça-feira que apresentou confidencialmente documentos à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA para um 'listing'.

A empresa de pagamentos Klarna iniciou o processo de entrada em bolsa pela segunda vez em três anos, apesar de uma queda acentuada na avaliação, tornando-se dessa forma a maior empresa sueca a lançar ações nos EUA desde a listagem do Spotify em 2018.

A empresa do “compre agora, pague depois” disse na terça-feira que apresentou confidencialmente documentos à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA para uma oferta pública inicial, mas o número de ações a serem oferecidas e a faixa de preço ainda não foram determinados.

A oferta pública inicial da Klarna será uma das maiores do próximo ano para uma empresa europeia, sendo que apenas a Revolut, avaliada em 45 mil milhões de dólares e cuja entrada em bolsa está prevista para o próximo ano, poderá superar esta cotação.

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La Vanguardia junta-se ao The Guardian e abandona “rede de desinformação” X de Elon Musk

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Jornal espanhol segue os passos do britânico The Guardian e sai igualmente da rede social X, que diz estar “convertida numa caixa de ressonância de teorias da conspiração e desinformação”.

O jornal espanhol La Vanguardia anunciou esta quinta-feira que deixará de publicar notícias diretamente na rede social X, alegando que se tornou uma “rede de desinformação” desde a chegada do bilionário Elon Musk.

Para o La Vanguardia, a rede X está “convertida numa caixa de ressonância de teorias da conspiração e desinformação”. Segundo o jornal, esta decisão é “necessária” e para ela contribuíram a recente campanha eleitoral nos Estados Unidos ou as “mentiras” que se espalharam em relação à tempestade Dana que assolou Valência.

O jornal considera que ideias que violam os direitos humanos, como o ódio às minorias étnicas, a misoginia e o racismo, fazem parte do conteúdo viral que é distribuído no X, onde adquirem viralidade e captam mais tempo dos utilizadores para ganharem dinheiro com publicidade. O meio de comunicação espanhol informou que deixa de usar o X ativamente, salvaguardando que os seus jornalistas são livres para continuar a usar a plataforma dentro das regras de contenção.

O diário espanhol segue assim os passos do britânico The Guardian que, na quarta-feira, informou os leitores da sua decisão de não publicar notícias no X, antigo Twitter, considerando-a uma plataforma “tóxica” ao serviço do discurso político do seu proprietário, Elon Musk.

Num anúncio aos leitores, explicou que a recente campanha eleitoral nos Estados Unidos “serviu apenas para sublinhar o que há muito” considerava: “que o X é uma plataforma tóxica e que o seu proprietário, Elon Musk, conseguiu usar a sua influência para moldar o discurso político”. “Isto é algo que temos vindo a considerar há algum tempo, tendo em conta o conteúdo perturbador que é frequentemente promovido ou encontrado na plataforma, incluindo teorias da conspiração de extrema-direita e racismo”, argumentou.

O jornal esclareceu que os utilizadores do X vão poder continuar a partilhar artigos do The Guardian naquela rede social e que a natureza da informação noticiosa em direto implica que, ocasionalmente, continuem a inserir conteúdos do X nos seus artigos. “As redes sociais podem ser uma ferramenta importante para as organizações noticiosas e ajudar-nos a chegar a novos públicos, mas, neste momento, o X desempenha um papel menos na promoção do nosso trabalho”, acrescentou o jornal.

epa10772473 An illustration pictures shows a user holding a mobile phone displaying the ‘X’ logo in front of Elon Musk’s page in Los Angeles, California, USA, 27 July 2023. Twitter announced on 23 July that it will rebrand to X. EPA/ETIENNE LAURENTEPA/ETIENNE LAURENT

O jornal acrescentou ainda que acredita que “os recursos podem ser mais bem gastos na promoção” do seu jornalismo “noutros locais”. O The Guardian realçou ainda que, “felizmente”, pode tomar esta decisão porque o seu modelo de negócio “não depende de conteúdo viral adaptado aos caprichos dos algoritmos gigantes das redes sociais”, mas sim dos seus leitores.

Elon Musk tem sido um aliado fundamental no apoio ao regresso do republicano Donald Trump à Casa Branca e deverá juntar-se ao Governo que vai tomar posse em janeiro, no novo Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo também empresário Vivek Ramaswamy.

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Bitcoin em máximos após eleição de Trump é “altamente positivo” para o Bison Bank

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Mesmo que a bitcoin venha a cair 60% num mês, o ecossistema "continua contente" porque a tecnologia por trás criptoativos, "é bastante robusta e só por si tem valor", argumenta António Henriques.

O presidente executivo (CEO) do Bison Bank considera, em entrevista à Lusa, que a valorização da bitcoin, que voltou a registar máximos na quarta-feira, “é sempre positivo” para o banco e relevante para o ecossistema. António Henriques participa esta quinta-feira à tarde no painel “The fringe economy”, na Web Summit.

Na quarta-feira, a bitcoin ultrapassou pela primeira vez os 90.000 dólares, sendo que desde que Donald Trump ganhou as eleições presidenciais norte-americanas, a criptomoeda tem vindo a registar recordes.

Questionado se esta valorização é boa para o Bison Bank, António Henriques é perentório: “É muito importante mostrar que o ativo continua a ter o percurso que todos querem que tenha e isso é sempre positivo”. Agora, “naturalmente que também não se consegue desconectar este valor atual da eleição nos Estados Unidos, mas ainda assim este mercado hoje já representa um valor muito interessante”, acrescenta.

“Para o banco é altamente positivo, para o ecossistema é altamente positivo”, diz, referindo que mesmo que daqui a um mês a bitcoin venha a cair 60%, o ecossistema “continua contente”. Porque a tecnologia que está por trás da bitcoin, dos criptoativos, “é, de facto, bastante robusta e ela só por si tem valor”, argumenta, admitindo que a atual valorização tem “um pouco de especulação por trás”, mas não é isso que move o banco ou o setor. “Não olhamos para a bitcoin como um ativo, olhamos para aquilo que a bitcoin pode ser dentro de um ecossistema tecnológico”, sublinha.

Questionado sobre qual a razão que leva a que a adoção da inteligência artificial (IA) seja mais acelerada que a das criptomoedas, António Henriques explica que o motivo está no facto de, em algum momento, todos já terem usado IA. “Todos nós já usámos inteligência artificial. Se calhar, nem todos nós comprámos criptoativos” e com isto “quero dizer que a inteligência artificial aparece de uma forma que permite a qualquer cidadão, de uma forma super simples e gratuita, ter um [caso de uso] que ele percebe”, considera.

“Agora, o blockchain não é assim, a tecnologia é altamente complexa, criptografada, que tem um conjunto de ativos que as pessoas até vendem, compram e ganham dinheiro” e até pode ser usado para lavagem de dinheiro, tem uma componente de soberania em cima, com países contra e outros a favor, o que “não é altamente interessante para o cidadão”, explica António Henriques. Por isso, “diria que essa é a razão principal pela qual nós temos a inteligência artificial a progredir muito e blockchain ainda a fazer o seu caminho normal de transformação”, remata.

Bison vai ter “resultado positivo superior a um milhão de euros” em 2024

Por outro lado, o presidente executivo (CEO) do Bison Bank, António Henriques, avança que 2024 “vai ser um ano bastante bom para a instituição”, com “um resultado positivo superior a um milhão de euros”. O antigo banco de investimento do Banif, agora Bison Bank, atingiu lucros de cerca de 641 mil euros em 2023, os primeiros em cinco anos de atividade. Apesar de a instituição só apresentar resultados no início do 2025, o gestor adianta que 2024 “vai ser um ano bastante bom”.

Quando o banco foi adquirido, em julho de 2018, “era um bocadinho como uma startup que acaba de nascer, porque, entretanto, teve três anos sem negócio, com a resolução do Banif, que nasceu em 2015″, recorda. Entretanto, em 2018 aparece com “um novo acionista e é um bocadinho uma ‘startup’ sem negócio, mas com 10 milhões de prejuízo, que é altamente complexo, principalmente em Portugal”, refere o CEO.

“Desafiou-nos e pensámos num modelo de negócio totalmente diferente dos outros” e no ano passado já fechámos o ano, pela primeira vez, “com break-even muito marginal”, prossegue. Contudo, “este ano vamos já fechar o ano com um resultado positivo superior a um milhão de euros”, avança.

António Henriques, CEO do Bison Bank.Hugo Amaral/ECO

Sobre a área de criptoativos, o executivo adiantou que não vão ter ainda resultados positivos nesta área: “Mas estamos, pelo menos, a esforçar-nos muito para fechar já o ano em break-even’. A área dos criptoativos “tem sido um acelerador grande” para o banco porque a “nossa marca melhorou muito internacionalmente” nesta área, explica.

“Vamos fechar o ano muito bem” e “estamos a desenvolver um modelo de negócio totalmente diferente da banca em Portugal, muito direcionado para as áreas internacionais”, acrescenta António Henriques. “Vamos fazer seis anos no Bison Bank, a licença”, adianta, referindo que a licença para ter os criptoativos faz dois anos em janeiro.

Questionado sobre o estado de arte das criptomoedas em Portugal, o executivo sublinha que o Bison Bank continua a ser “único banco com um projeto de ativos virtuais” aprovado pelo Banco de Portugal. “E isso tem sido altamente importante para nós porque, na verdade, somos o único banco em Portugal, mas continuamos a ser um dos poucos bancos no mundo inteiro e isso é muito agradável para nós e para mim, em particular: vou a Singapura, Hong Kong, Estados Unidos ou a Londres e toda a gente conhece o Bison Bank”, relata.

Até porque “o Bison Bank é um banco pequenino de 90 pessoas”, salienta, referindo que em Portugal ainda não existe uma comunidade de portugueses suficiente para suportar o negócio nesta área dos criptoativos. “Penso que o mercado de criptoativos para portugueses ainda é incipiente”, ou seja, ainda é insuficiente para acomodar uma linha de negócio de um banco.

“Não obstante, o mercado em Portugal de pessoas que vivem em Portugal, que não são necessariamente portugueses”, aí a situação é diferente, diz. Isto porque “há muita gente a escolher Portugal não por causa de criptoativos, mas a escolher Portugal para viver e há muita gente que, de facto, tem já a fortuna em criptoativos”, salienta. “Conheço pessoas que só receberam salários na sua vida em criptoativos”, exemplifica, adiantando que o Bison Bank “tem uma aposta muito forte em clientes não portugueses”.

No banco todo, “mas em particular na área de criptoativos, de facto, os clientes internacionais representam mais de 90% dos nossos clientes”, aponta António Henriques. Sobre a necessidade de as pessoas terem mais literacia financeira sobre criptoativos, o CEO salienta que é “preciso mais”, mas “em toda a área financeira”.

Portugal pode “claramente ser hub do Web3 e blockchain no futuro”

O presidente executivo do Bison Bank considera que Portugal pode “claramente ser o ‘hub’ do Web3 e blockchain no futuro e defende “um pensamento estratégico” para o país a longo prazo. Questionado sobre se Portugal poderia ter um papel importante na área dos criptoativos, o gestor diz perentoriamente que “sim”. “Penso que Portugal pode ter um papel importante no desenvolvimento do ecossistema Web3 ou blockchain”, até porque “Web3 e blockchain não são só criptoativos”, salienta. António Henriques acredita que o blockchain [tecnologia que permite rastrear informação] e Web3 [que cria interconexões entre várias tecnologias] “podem ser altamente transformadoras”.

No caso do blockchain “estamos a falar de uma base de dados gigante com extrema segurança descentralizada que, na verdade, custodia dados estruturados”, agora “imagine o que é aplicar a inteligência artificial em cima de uma base de dados gigante com dados estruturados. É uma explosão de coisas novas”, salienta.

Questionado sobre o que é preciso fazer para Portugal dar o ‘salto’ na inovação, defende um “pensamento estratégico” para o país “a longo prazo”. “Costumo dizer que Portugal é tão bom que não precisamos de fazer nada para atrair pessoas e capital estrangeiro. E a questão é: ‘e se fizéssemos'”, questiona. E se “fizéssemos alguma coisa para escolher, exatamente qual é o investimento que queremos trazer para Portugal? Quais são as pessoas que queremos trazer para Portugal? Quais são os países que nós queremos que invistam” no país, pergunta António Henriques.

O CEO dá o exemplo de Singapura, que nos anos 60 “estava anos atrás de Portugal e hoje está anos à frente de Portugal” porque fez um “planeamento de super longo prazo” e “conseguiu”, aponta. “Temos que ter um Portugal completamente diferente daqui a 50 anos”, afirma. Esse pensamento estratégico seria “determinante”, em que seriam definidos quais os setores estratégicos que seriam desenvolvidos no país. “Temos é que definir o que queremos para Portugal e ativar esses mecanismos”, remata António Henriques.

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Conferência da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos em streaming aqui

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

No dia 21 de novembro, a partir das 09h30, vamos exibir em streaming esta conferência da Cascais Ambiente, no âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos. ECO é media partner.

No contexto da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, Cascais será palco da Conferência Cascais Ambiente, a realizar-se no dia 21 de novembro, a partir das 9h30, no Edifício Cruzeiro.

Esta iniciativa pretende promover uma cultura de sustentabilidade e de ação ambiental, reunindo especialistas e líderes de diferentes setores para debater estratégias que podem moldar um futuro mais verde.

O evento é gratuito, mas sujeito a inscrição aqui. Pode também assistir à distância – o evento será partilhado em streaming neste artigo.

PROGRAMA

9h30 Sessão de Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Luís Almeida Capão, Diretor Municipal de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Cascais
Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente

10h00 O que é a EWWR e Contexto Europeu
Francesco Lembo, Deputy Secretary General ACR+ Association of Cities and Regions

10h15 Mesa-Redonda: Desperdício Alimentar (grande tema EWWR 2024)
Hunter Halder, Fundador da REFOOD
Guilherme Gonçalves, Gestor de Projetos de I&D e Inovação da MC Sonae Continente
Eduardo Diniz, Responsável da Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar
Fernanda Santos, Coordenadora do Departamento de Formação e Educação e Projetos da DECO

11h00 Zero Waste Cities: Combater o Desperdício na Escala Urbana
Sara Correia, Engenheira Ambiental da Associação ZERO

11h25 Pausa para café

11h45 Mesa-Redonda: A Prevenção na Cadeia de Valor dos Resíduos
Luís Almeida Capão, Diretor Municipal de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Cascais
Nuno Soares, CEO da Tratolixo
Pedro Nazareth, CEO da Electrão
Luísa Magalhães, Diretora Executiva da Smart Waste Portugal

12h30 Contar a História do Desperdício: O Desafio da Sensibilização/Comunicação
One-on-one com Catarina Barreiros, Fundadora & CEO da Loja do Zero

13h00 Encerramento Institucional
Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais

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Trabalho a tempo parcial cresce. Greves diminuem. Ouça o podcast “Ao trabalho”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

Vem aí um aumento extraordinário das pensões? A proposta está a ser estudada pelo PS, no âmbito da especialidade do Orçamento do Estado para 2025. Este é um dos temas quentes do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques, em menos de cinco minutos. Falamos também da diminuição das greves em Portugal e do crescimento do trabalho a tempo parcial.

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Hoje nas notícias: criptomoedas, motas e borrego

  • ECO
  • 14 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A fortuna de criptomoedas em Portugal é de, pelo menos, 100 milhões de euros, mas com a recente valorização da bitcoin este valor até deve ser mais elevado. O grupo parlamentar social-democrata quer que os motociclos permaneçam dispensados de realizar inspeção periódica obrigatória. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Fortunas cripto em Portugal superam os 100 milhões

Há, pelo menos, 100 milhões de euros em fortunas cripto em Portugal, uma estimativa avançada por várias fontes do setor e que é tida como conservadora por ser anterior à eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, que tem levado a Bitcoin a bater recordes. “As estatísticas que temos dizem que o ecossistema está estável, não temos fuga de talentos e até ao ano passado não havia fuga de fortunas”, que se concentram, sobretudo, no distrito de Lisboa, conta Hugo Volz de Oliveira, porta-voz da Federação de Associações de Cripto Economia (FACE).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

PSD afasta inspeção obrigatória nas motas e quer classe própria de portagens

O grupo parlamentar do PSD quer que os motociclos continuem dispensados de realizar inspeção periódica obrigatória e recomenda que seja criada uma classe própria para motas no pagamento de portagens. As propostas constam de um conjunto de medidas que a bancada social-democrata entregou na terça-feira na Assembleia da República, mas que só deverá ser debatido quando for concluído o processo orçamental.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Surto de língua azul dispara preço do borrego para a consoada

A compra de carne de borrego e cabrito para a consoada de Natal vai pesar mais na carteira este ano devido ao surto de língua azul que está a provocar a morte de milhares de animais em Portugal continental. Na primeira semana de novembro, o preço médio dos borregos, com peso entre 22 e 28 quilos, aumentou 39 cêntimos. A Associação dos Comerciantes de Portugal relata que “há explorações inteiras que estão com quebras de 80%”, enquanto o coordenador da Ovibeira avança com uma quebra de 60% de animais para venda. Do lado do comércio, a solução pode passar pela importação de carne de países que não foram afetados pela doença.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Governo tenta encontrar forma de evitar saída da ministra da Saúde

O Governo concorda que será improvável não haver demissões na sequência das 11 mortes que alegadamente resultaram de atrasos na resposta do INEM, cujos trabalhadores estavam em greve às horas extraordinárias. “É muito difícil que a culpa venha a morrer solteira”, concede um membro do Governo, numa altura em que decorrem inquéritos judiciais e investigações do IGAS sobre o caso. A questão é a quem imputar a culpa, com o Executivo de Montenegro a querer evitar que a ministra da Saúde seja a primeira peça a cair. Em vez de Ana Paula Martins, podem ser sacrificados a secretária de Estado Cristina Vaz Tomé — que, entretanto, “perdeu” a tutela do INEM –, ou o presidente do INEM.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Professores: previsto novo recorde de aposentações em 2025

Cerca de 4.700 professores deverão aposentar-se ao longo de 2025, um número que, a confirmar-se, será o mais elevado de sempre. A projeção é avançada por Arlindo Ferreira, diretor do agrupamento de escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim, que faz e analisa as estatísticas da educação, tendo em conta os números divulgados pela Caixa Geral de Aposentações e a idade dos professores ainda no ativo. “As escolas ficarão muito desfalcadas. 4.700 [docentes] num universo de cerca de 800 escolas, são 5 professores por agrupamento. E isto não contabilizando as substituições por doença”, explica, ressalvando que as previsões podem ser revistas ligeiramente em baixa, dependendo da adesão à medida do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) de retenção dos professores reformados.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Entrevista rápida: Vera Costa, SIBS’ Manager for MB WAY and Channels

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

"É sempre essencial para nós garantir que estamos a evoluir no sentido daquilo que as pessoas precisam", afirma.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Quando questionada sobre como a SIBS mantém a inovação contínua no serviço MB WAY, Vera Costa sublinha a importância de responder diretamente às necessidades dos utilizadores. “É sempre essencial para nós garantir que estamos a evoluir no sentido daquilo que as pessoas precisam”, afirma.

Vera Costa antecipa uma evolução significativa para o futuro dos pagamentos: “Imagino, daqui a 10 anos, pagamentos de uma forma muito mais desmaterializada, como fazer pagamentos com biometria.”

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Entrevista rápida: Massimo Itta, Chief Commercial Officer do Bancomat

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

“Os cidadãos italianos, espanhóis e portugueses serão capazes de transferir dinheiro uns para os outros apenas com o número de telemóvel”, diz.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Questionado sobre como a iniciativa EuroPA vai moldar o futuro dos pagamentos europeus, Massimo Itta, Chief Commercial Officer do Bancomat responde que o verdadeiro objetivo desta iniciativa é simplificar. “Os cidadãos italianos, espanhóis e portugueses serão capazes de transferir dinheiro uns para os outros apenas com o número de telemóvel”, diz.

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