Tiago Froufe autonomiza área da comunicação e lança Public, ‘irmã” da agência de influenciadores Luvin

A Public concentra o marketing de influência, PR e consultoria e estratégia e a Luvin fica com a gestão de celebridades, influenciadores e criadores de conteúdos. Tiago Froufe explica o lançamento.

A Lovin Content, dona da agência de influenciadores Luvin, vai autonomizar a área de comunicação e assessoria de imprensa. Nasce assim a Public, uma nova agência de comunicação. “A combinação de talentos de influenciadores com assessoria de imprensa tradicional no mesmo grupo, mas não na mesma empresa, pode ser vista como uma resposta às novas dinâmicas de comunicação e marketing, e atrair a atenção positiva do mercado”, justifica ao +M Tiago Froufe, fundador e CEO do grupo. “Acreditamos que irá trazer novos clientes e aumentar a satisfação entre os existentes”, prossegue o responsável.

A Public fica então com as áreas de marketing de influência, PR e consultoria e estratégia de comunicação e a Luvin com a gestão de celebridades, influenciadores e criadores de conteúdos.

“As áreas de PR, consultoria e influencer marketing passam agora a fazer parte exclusivamente da oferta da Public` que está mais formatada para dar uma melhor resposta, até devido à experiência que a equipa tem. A área de consultoria estratégica de comunicação que chega agora com a Public será uma parte muito importante do negócio desta nova agência“, adianta o CEO das duas marcas.

A Luvin, por seu turno, continuará a desempenhar o seu trabalho de “agenciamento de talentos nas diversas áreas, ligando-os ao mercado publicitário, aquilo para que foi criada há 11 anos”, continua. Ou seja, “no fundo, vai focar-se no core da sua atividade, representando atores, apresentadores de TV ou rádio, criadores de conteúdo digital ajudando-os a desenvolver as suas carreiras“.

Cristina Ferreira – também sócia minoritária da Lovin Content –, Fernanda Serrano, Joana Barrios, Nuno Agonia, Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce), Pedro Ribeiro ou José Mata são algumas das cerca de 30 personalidades agenciadas pela Luvin.

Estamos a fazer o percurso inverso ao do restante mercado, que fez uma adaptação do modelo tradicional de agência de comunicação a uma nova realidade, com desafios mais imediatos, mais digitais e também mais mensuráveis. Nascemos e crescemos desta “nova realidade” e, portanto, conhecemos as reais necessidades da estratégia da comunicação nos dias de hoje, pelo que o nosso desafio é demonstrar aos clientes que estamos a tomar a decisão mais acertada”, comenta. Sobre o potencial da nova estrutura, e até comparando com a área de pessoas, Tiago Froufe antecipa que as duas marcas podem trabalhar em conjunto, utilizando tanto a assessoria tradicional como as plataformas sociais. “Ao combinarem o expertise, as agências podem aproveitar dados e análises sobre as audiências e tendências de mercado para otimizar as suas estratégias de comunicação e, assim, maximizar resultados“, aponta.

Com uma equipa de cerca de 10 pessoas na Public, que absorve os profissionais de estratégia e influencer marketing da Luvin, a agência começará por trabalhar estas áreas em cliente como a AEG, Nacional, GrupoConcept (DepilConcept e BodyConcept), Bel Portugal, Pingo Doce, Pisca Pisca, Domino´s, BacanaPlay, entre outros.

“Temos clientes em certos segmentos e tipos de negócios que, pelo historial, teremos maior facilidade em angariar. No entanto, a Public será uma mais-valia para aqueles que valorizem a importância de uma comunicação estratégica e integrada, que procura alavancar tanto a media tradicional quanto as plataformas de influência nas redes sociais”, responde quando questionado sobre os clientes.

Quanto a perspetivas de faturação no próximo ano, o responsável não avança números concretos. “Como é óbvio a parte financeira é imprescindível, mas mais do que isso, o nosso foco é que 2025 seja o ano em que apresentamos a Public ao mercado e mostramos que, em parceria com a Luvin, os clientes passam a encontrar uma resposta robusta e integrada”. “Acreditamos que vamos aumentar a faturação, mas por agora o importante é que o mercado perceba que existe este novo player e que podem encontrar nele a resposta integrada que as marcas/empresas tanto procuram”, resume.

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Suspeitas relativas a 25 barragens fora da acusação do caso EDP. Só barragens de Pedrogão e Alqueva seguem para julgamento

Do total de concessões e explorações de 27 barragens portuguesas que os magistrados do DCIAP investigaram, nos últimos doze anos, só relativamente a duas é que o MP considera haver indícios de crime.

Uma das suspeitas previstas na acusação do Ministério Público no processo da EDP/CMEC é a entrega das barragens do Alqueva e de Pedrógão à EDP sem concurso público. Ou seja, do total de concessões e explorações de 27 barragens portuguesas que os magistrados do DCIAP investigaram, nos últimos doze anos, só relativamente a estas duas é que o Ministério Público (MP) considera, agora, que há indícios de crime. Deixando ‘cair’ as suspeitas às restantes 25.

Em causa as críticas ao facto do Executivo socialista (à data, liderado por José Sócrates) ter adjudicado a concessão e exploração de 27 barragens sem recurso a concurso público. A elétrica alegou que era um direito adquirido e, por isso, não eram obrigados a lançar esse mesmo concurso público.

Manuel Pinho terá autorizado, quando era ministro da Economia, uma extensão da concessão de exploração de 27 barragens por 25 anos à EDP em que esta deveria ter pago um valor mínimo de 1,6 mil milhões de euros, mas pagou apenas 759 milhões. O valor final a pagar pela EDP foi fixado num despacho assinado por Manuel Pinho e Francisco Nunes Correia, então ministro do Ambiente.

Na altura da negociação dos CMEC, a EDP fechou a extensão das concessões do domínio hídrico. Por 759 milhões, a elétrica garantiu a concessão de 27 barragens por 25 anos, numa produção de 4.000 megawatts. No texto original do relatório, assumiu-se o valor de 581 milhões de euros como uma renda excessiva tendo por base estimativas da REN.

O alargamento dos prazos de exploração de 27 barragens também motivou queixas à Comissão Europeia, em 2012. Depois de uma longa investigação, Bruxelas determinou, em 2017, que a metodologia utilizada para calcular o valor pago pela empresa foi adequado.

O que diz a acusação a Mexia, Manso Neto e Pinho?

António Mexia e João Manso Neto são acusados pelo MP de terem corrompido Manuel Pinho, ex-ministro socialista da Economia, para obter 840 milhões de euros de benefícios para a EDP. O MP pediu ainda a perda de bens dos arguidos e de duas empresas do Grupo EDP (EDP, SA e EDP Gestão de Produção de Energia, SA) no valor desses mesmos 840 milhões de euros a favor do Estado.

Um valor que corresponde ao alegado benefício que terá sido concedido pelos arguidos acusados de corrupção passiva ao Grupo EDP. Segundo a acusação, a que o ECO/Advocatus teve acesso, os magistrados do MP chegaram a este valor através de pareceres técnicos que foram sendo juntos ao processo ao longo dos 12 anos em que durou a fase de investigação.

De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e, em síntese, relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.

“Ainda segundo a acusação, um dos arguidos, à data ministro da Economia, apoiou a nomeação de outro arguido como presidente executivo da EDP e favoreceu indevidamente essa empresa, mediante contrapartidas. Ao acordo, que para o efeito ambos fizeram, vieram a aderir os restantes arguidos, que o concretizaram também mediante contrapartidas”, diz o mesmo comunicado.

“Ao acordo, que para o efeito ambos fizeram, vieram a aderir os restantes arguidos, que o concretizaram também mediante contrapartidas”, conclui a acusação. Quanto a alguns dos factos pelos quais era investigado Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia – relacionados com o negócio da “Home Energy” –, foram arquivados, por falta de provas, acrescenta o Ministério Público.

Quais os crimes imputados a cada arguido?

  • António Mexia, ex-presidente executivo da EDP: um crime corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político.
  • João Manso Neto, ex-presidente da EDP Renováveis e ex-administrador da EDP: um crime corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político
  • Manuel Pinho, ex-ministro da Economia do Governo socialista de José Sócrates: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
  • João Conceição, ex-assessor do ministro Manuel Pinho no Ministério da Economia: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
  • Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
  • Rui Cartaxo, ex-assessor de Manuel Pinho no Ministério da Economia: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

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Sporting confirma que Manchester United quer pagar cláusula de 10 milhões para levar Rúben Amorim

A SAD leonina informou a CMVM que o Manchester United quer pagar a cláusula de 10 milhões de euros por Rúben Amorim, devendo assim o treinador rumar a um dos maiores emblemas da Premier League.

O Sporting SAD comunicou esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o Manchester United manifestou interesse em contratar o treinador Rúben Amorim, estando disposto a pagar a cláusula de rescisão no valor de 10 milhões de euros.

Segundo o comunicado oficial emitido pela sociedade desportiva leonina, o clube inglês “manifestou interesse em pagar à Sporting SAD o valor da referida cláusula” do técnico português, tendo o Conselho de Administração da Sporting SAD remetido para as condições previstas no contrato de trabalho em vigor.

Esta informação foi divulgada pelo Sporting no cumprimento das suas obrigações enquanto sociedade cotada em bolsa, ao abrigo do Regulamento da União Europeia sobre abuso de mercado.

A confirmar-se esta transferência, representará uma das mais avultadas compensações pagas por um treinador no futebol europeu, depois de em 2020 a SAD leonina ter pago também 10 milhões de euros ao Sporting de Braga para contar com os serviços de Ruben Amorim.

Desta forma, o técnico português, que tem sido elogiado pelo seu trabalho no Sporting, poderá assim estar prestes a dar o salto para um dos clubes mais prestigiados da Premier League inglesa.

Esta notícia surge num momento crucial da temporada, podendo ter implicações significativas tanto para o Sporting como para o Manchester United nas respetivas competições nacionais e europeias. As ações da Sporting SAD estão a cair 3% para 0,97 euros.

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Governo funde serviços para garantir poupanças no Estado

A compra centralizada de combustíveis, gás e vigilância vai poupar, no próximo ano, 31,5 milhões de euros, revelou o ministro da presidência, António Leitão Amaro.

O Governo extinguiu e fundiu a secretaria-geral da presidência do Conselho de Ministros e o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (Ceger) que assegura os serviços informáticos de apoio ao Governo, na nova secretaria-geral do Governo. No Conselho de Ministros desta terça-feira foram ainda aprovados os estatutos da ESPAP, a nova entidade que vai gerir os serviços partilhados: compras, pagamento de salários, aquisição material informático. O ministro da presidência revelou que a compra centralizada de combustíveis, gás e vigilância vai poupar, para o próximo ano, 31,5 milhões de euros.

Naquela que é a prossecução da reforma da Administração Pública, Leitão Amaro explicou que o objetivo do Governo é cada vez mais caminhar para um modelo de compras centralizadas no Estado. “A semana passada foi ao nível da eletricidade e esta semana gás, combustíveis e vigilância que geraram uma poupança de 31,5 milhões de euros”, explicou.

Para a realização destas compras foram aprovadas duas Resoluções do Conselho de Ministros que “autorizam a assunção de encargos orçamentais e a realização das despesas inerentes ao fornecimento de gás natural e para os combustíveis rodoviários, para um conjunto de entidades da Administração Pública, para o ano de 2025”. “Esta aquisição centralizada gera uma poupança superior a seis milhões de euros no próximo ano, já realizada através da ESPAP e do Sistema Nacional de Compras Pública”, detalha o comunicado do Conselho de Ministros.

Mas haverá mais poupanças, seja ao nível dos dirigentes – “a partir do momento em que os respetivos diplomas sejam aprovados” –, ou através da libertação de 27 edifícios públicos, cujos serviços e ministérios serão concentrados na sede da Caixa Geral de Depósitos e que serão imediatamente alocados a projetos de habitação ou rentabilizados, sendo o rendimento dessa alienação alocado às despesas com habitação pública, “com custos que a classe média e famílias mais carenciadas possam suportar”.

Leitão Amaro prometeu mais fusões, “ao logo das próximas semanas”, o âmbito da reforma do Estado, que se iniciou em junho com a fusão de oito das secretarias-gerais de ministérios numa única secretaria-geral do Governo. O ministro revelou que ainda não foi escolhida a pessoa que irá dirigir esta nova secretaria-geral. Mas o modelo será semelhante ao utilizado para secretário-geral do sistema de informação da República, ou seja, a escolha recai sobre o primeiro-ministro Luís Montenegro.

Segundo o Governo, esta reforma permitirá uma poupança de 23 milhões de euros por ano, sendo que era essencial para o país poder pedir a Bruxelas o quinto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No total, pretende reduzir em 25% os cargos de dirigentes, passando de 315 para 236, o que implica uma quebra de quatro milhões de euros nos gastos com vencimento.

No diploma que determina a extinção por fusão, da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) é estabelecido também “o procedimento de integração dos trabalhadores da SGPCM, definindo os critérios de seleção dos recursos humanos a reafetar a cada um dos serviços e entidades que lhes sucedem nas competências e atribuições transferidas”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

No Conselho de Ministros desta terça-feira foi ainda aprovada a tutela partilhada das CCDR entre o ministro da Coesão e da Agricultura, que passa a ter a responsabilidade de nomear um vice-presidente nas várias CCDR. Esta foi a solução encontrada pelo primeiro-ministro para satisfazer as exigências da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) para assinar o acordo de concertação social. A decisão tinha sido anunciada por Montenegro no debate quinzenal no início de outubro.

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Portugal “não pode desperdiçar a última oportunidade” nos fundos europeus

AEP diz que "as associações empresariais não têm sido consideradas e valorizadas no desempenho futuro da economia nacional" e o Estado deve delegar nestas entidades competências de gestão operacional.

Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEP, no discurso de abertura do II Congresso Portugal EmpresarialRicardo Castelo/ECO

Os fundos europeus “assumiram um papel decisivo ao longo dos últimos anos” no desenvolvimento e reforço da competitividade e produtividade das empresas. Com Portugal praticamente a meio do atual período de programação dos fundos estruturais, o presidente do Conselho de Administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, alerta que o país não pode “desperdiçar a última oportunidade” nos fundos europeus. E diz que as associações empresariais devem ser valorizadas, atribuindo-lhes “competências de gestão e execução operacional”.

“Portugal já está praticamente a meio do atual período de programação dos fundos estruturais, que devia ser gerador de múltiplas oportunidades para a economia portuguesa”, referiu Luís Miguel Ribeiro, no discurso de abertura do II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP sob o tema “Escalar as Empresas, Fazer Crescer o País”, que está a decorrer esta tarde na Exponor e que conta com a presença do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, do economista-chefe da OCDE, Álvaro Santos Pereira, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente da AEP defende que as empresas portuguesas precisam continuar a ganhar escala, para reforçar a sua produtividade e competitividade, e os fundos europeus desempenham um papel crucial neste caminho, uma oportunidade que o país não pode perder.

A frase ‘não podemos desperdiçar esta oportunidade’ é um lugar-comum, mas é uma realidade incontornável. Provavelmente, esta poderá ser mesmo a última oportunidade para Portugal, atendendo aos novos reptos a que o orçamento europeu terá de dar resposta, alguns dos quais decorrentes do contexto geopolítico adverso”, avisa.

A frase ‘não podemos desperdiçar esta oportunidade’ é um lugar-comum, mas é uma realidade incontornável. Provavelmente, esta poderá ser mesmo a última oportunidade para Portugal, atendendo aos novos reptos a que o orçamento europeu terá de dar resposta.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente do CA da AEP

Numa menção a medidas concretas que o Executivo pode adotar para acelerar a concretização dos fundos, a AEP realça que “os avisos em contínuo são um importante contributo para a execução rápida, desburocratizada e eficaz, dos fundos europeus.”

Luís Miguel Ribeiro destacou ainda que “as associações empresariais não têm sido consideradas e valorizadas no desempenho futuro da economia nacional”. “Continuamos a defender que o Estado deve concentrar-se nas suas funções de regulador e delegar ao tecido institucional associativo, de base empresarial organizada e qualificada, que é representativo e próximo das empresas, competências de gestão e execução operacional de políticas coletivamente definidas, onde se incluem programas de formação, mas também outras políticas de desenvolvimento e de incentivo ao investimento empresarial”, defendeu.

O responsável reforçou aquele que tem sido o papel das associações junto das empresas, ajudando-as a ultrapassar desafios e a defender os seus interesses. “O movimento associativo empresarial liderou grandes campanhas de promoção, contribuindo para que as empresas pudessem alcançar importantes ganhos de quota nos mercados internacionais e elevar a intensidade exportadora do país num curto prazo”, salvaguardou.

O movimento associativo empresarial liderou grandes campanhas de promoção, contribuindo para que as empresas pudessem alcançar importantes ganhos de quota nos mercados internacionais e elevar a intensidade exportadora do país num curto prazo.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente do CA da AEP

A AEP defende, assim, que “a descentralização de competências deve colocar no âmbito de atuação da esfera privada um conjunto de ações que as entidades privadas têm vindo a demonstrar que desempenham com mais eficácia, eficiência e a mais baixo custo.”

“A AEP continuará empenhada em defender o interesse das empresas, batalhando por uma redução progressiva de todos os custos de contexto, nomeadamente, através de uma fiscalidade mais amiga do investimento e com previsibilidade, mas não só”, acrescentou.

Para Luís Miguel Ribeiro um dos principais problemas das empresas portuguesas continua a ser a falta de escala, lembrando que “o segmento das microempresas representa mais de 96% do número de empresas, contribuindo para uma proporção significativa do emprego. Porém, a sua representatividade é bem menor quando analisamos o seu peso relativo no VAB (que não atinge 30%) e no investimento (inferior a 40%).”

“Estes números refletem de forma muito objetiva que os ganhos de escala empresarial são fundamentais, rumo à melhoria da produtividade“, conclui.

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CEO da ANA admite que existam trabalhadores a dormir no Humberto Delgado. Garante que aeroportos são seguros

O presidente executivo da ANA disse no Parlamento que trabalhadores em causa não são da concessionária. Garantiu que os aeroportos portugueses são seguros e regularmente auditados.

O presidente da Comissão Executiva da ANA Aeroportos, Thierry Ligonniére, admitiu esta terça-feira no Parlamento que existam casos de trabalhadores da atividade de handling a dormir no aeroporto. Apontou como justificação a falta de transporte público adequado aos horários de trabalho. Caso está a ser analisado para encontrar soluções.

Thierry Ligonniére diz que soube através do requerimento do Chega que existirão trabalhadores a pernoitar no aeroporto. O presidente executivo da concessionária diz que a situação está a ser analisada e que “os casos que terão acontecido estarão relacionados com a falta de transporte público para o aeroporto“, afirmou na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, onde está a ser ouvido por requerimento do Chega.

O responsável garantiu que não se tratam de trabalhadores nem da ANA, nem da Portway, a empresa de handling detida pela concessionária. Os casos envolvem funcionários da Menzies Aviation, a antiga Groundforce, segundo foi noticiado pela RTP em julho.

“É uma atividade que começa muito cedo e acaba muito tarde. Vão para o aeroporto na véspera e dormem umas horas no aeroporto antes de começarem a trabalhar”, explicou. “A ANA está a analisar com as empresas e comunidade aeroportuária uma forma de chegarem ao aeroporto e terem condições dignas“, afirmou.

A questão foi levantada por Filipe Melo, deputado do Chega, que disse ter “conhecimento de que há trabalhadores da Menzies e da Portway, estrangeiros, que não falam uma palavra em português, que comem e dormem dentro do aeroporto“. E questionou as implicações destes casos na segurança aeroportuária.

Os nossos aeroportos em Portugal são seguros. É um setor muito escrutinado pelas autoridades e é constantemente auditado.

Thierry Ligonniére

Presidente do conselho de administração da ANA

O presidente executivo da ANA garantiu que “todo o sistema da aviação civil coloca em primeiro lugar a questão da segurança”. Explicou que “há manuais de operações, que integram a formação de cada uma das pessoas que têm de realizar atividades à volta dos aviões”. A formação “é sancionada por um teste, em língua portuguesa. Todas as pessoas deveriam ter um conhecimento da língua portuguesa, senão seria difícil passarem o teste“.

Thierry Ligonniére deixou a garantia de que a segurança é a prioridade de todas as entidades da aviação civil. “Os nossos aeroportos em Portugal são seguros. É um setor muito escrutinado pelas autoridades e é constantemente auditado“, afirmou o presidente executivo da ANA. Acrescentou ainda que para receberem o cartão que permite o acesso ao lado Ar, os trabalhadores têm de apresentar o registo criminal e uma declaração da PSP.

Filipe Melo criticou ainda a existência de remunerações muito próximas do salário mínimo entre os trabalhadores do handling. “É uma atividade com poucas margens, salários baixos, muita concorrência. Estas empresas tentam fazer o melhor para assegurar as melhores condições tendo em conta os constrangimentos económicos”, explicou Thierry Ligonniére.

O gestor responsável pela Menzies Aviation Portugal também já foi chamado à Comissão, mas a audição só acontecerá em dezembro, após a aprovação do Orçamento do Estado.

(Última atualização às 16h59)

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Alentejo 2030 abre candidaturas para apoio a investimentos em proteção civil e gestão de riscos

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Serão apoiadas ações em áreas como o investimento em infraestruturas e meios para prevenção e combate a incêndios rurais, o desenvolvimento de planos de prevenção e gestão de riscos.

O programa Alentejo 2030 abriu candidaturas ao aviso do concurso Apoio a Investimentos em Proteção Civil e Gestão Integrada de Riscos, com uma dotação total de 7,5 milhões de euros, para fortalecer as capacidades operacionais, foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em comunicado, os 7,5 milhões de euros são financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%.

O programa “foca-se em investimentos que promovam a adaptação às mudanças climáticas e a resiliência perante desastres naturais, incluindo eventos como erosão, galgamento, inundações, secas e incêndios rurais”, explicou a CCDR do Alentejo.

“A meta é fortalecer as capacidades operacionais, incluindo antecipação, reação e recuperação em face de tais eventos, alinhando-se com a Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva 2030”, esclareceu.

Segundo a CCDR, este aviso “contribui para o objetivo do Alentejo mais Verde, uma das prioridades do programa” Alentejo 2030.

Neste âmbito, acrescentou, serão apoiadas ações em áreas como o investimento em infraestruturas e meios para prevenção e combate a incêndios rurais, o desenvolvimento de planos de prevenção e gestão de riscos e de implementação de sistemas de monitorização, o planeamento e alerta em proteção civil.

O processo de candidaturas decorrerá em nove fases, entre 29 de novembro de 2024 e 05 de setembro de 2025 (datas de encerramento) e as dotações financeiras serão atribuídas e distribuídas entre as cinco Comissões Intermunicipais do Alentejo (CIM).

A dotação financeira da CIM Alto Alentejo será de 1,5 milhões de euros, a CIM Alentejo Central ficará com 1,6 milhões de euros, a CIM Alentejo Litoral com 821 mil euros, a CIM Baixo Alentejo com 1,3 milhões de euros, e a CIM Lezíria do Tejo com 2,1 milhões de euros.

De acordo com a CCDR, podem candidatar-se ao financiamento entidades públicas e associações com projetos de proteção civil enquadrados nos Planos de Ação dos Investimentos Territoriais Integrados das Comunidades Intermunicipais da região Alentejo.

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PSI passa a integrar 15 títulos depois da exclusão da Greenvolt

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Depois da OPA bem sucedida da KKR, a Greenvolt foi agora excluída do principal índice acionista português.

A Greenvolt foi esta terça-feira excluída do PSI, principal índice de referência do mercado de capitais português, que assim passa a ter apenas 15 empresas, confirmou fonte da Euronext à Lusa.

As ações da Greenvolt continuam cotadas “mas já foram excluídas do índice”, precisou a fonte.

A Greenvolt liderada por Manso Neto estreou-se no então PSI-20 em 20 de setembro de 2021, dois meses depois de ter entrado para a bolsa de Lisboa.

O PSI (Portuguese Stock Index) é o índice que agrega as maiores empresas cotadas na Euronext Lisboa que tenham mais de 1.000 milhões de euros de capitalização.

Na sexta-feira, a Euronext anunciou em comunicado que os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) conseguiram adquirir 97,64% da Greenvolt depois de lançarem uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória sobre a empresa liderada por Manso Neto.

De acordo com a informação divulgada na sexta-feira, o grupo, que lançou a oferta através da sociedade GVK Omega, detém 159.389.340 ações, que correspondem a 97,64% do capital social e direitos de voto da Greenvolt, sendo que o objeto desta oferta foi de 33,37%, correspondendo a títulos ainda não detidos pela americana.

A KKR pode agora avançar, como tinha previsto, com o direito de aquisição potestativa, por ter ficado com uma posição de 90% ou superior, “o que resultará na exclusão das ações da admissão à negociação no Euronext Lisbon“, lembrou.

O comunicado detalhou que o grupo adquiriu, através da oferente (GVK Omega) por outras participadas KKR em bolsa e fora de bolsa durante o período da oferta, 18,93% do capital da Greenvolt.

Já o total “adquirido pela oferente em resultado da oferta através do serviço de centralização de bolsa” foi de 12,08%.

No final de 2023, a KKR lançou uma oferta voluntária sobre a Greenvolt, que acabou por se converter em obrigatória. Em 03 de junho, a KKR revelou que iria, através da sociedade GV Investor Bidco, converter as obrigações em ações, ficando nessa altura com uma posição de 82% na empresa.

Nesta oferta, a KKR pagou 8,3107 euros por cada ação, “o que equivale ao montante global da oferta de 452.683.371,9 euros”, de acordo com um prospeto.

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Banco de horas, período experimental e teletrabalho em cima da mesa na revisão da lei do trabalho

Depois do ministro das Finanças, foi a vez da ministra do Trabalho defender a proposta de Orçamento do Estado para 2025 perante os deputados. Sinalizou também o que será discutido na lei do trabalho.

A ministra do Trabalho reiterou, esta terça-feira, que as alterações à lei do trabalho feitas pelo Governo anterior vão ser revisitadas, tendo adiantado aos deputados que vai estar em cima da mesa a revisão, por exemplo, das regras do teletrabalho, do banco de horas e do período experimental. Sobre as pensões, Maria do Rosário Palma Ramalho deixou a porta aberta a “aumentos estruturais”, se houver folga orçamental para tal.

No que diz respeito à lei do trabalho, o Governo, no seu programa, já tinha sinalizado a intenção de revisitar a chamada Agenda do Trabalho Digno e a ministra Palma Ramalho tem dito que a discussão será feita em breve (a partir de novembro) na Concertação Social.

Já esta terça-feira, numa audição parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025, adiantou os temas que estarão em cima da mesa, por proposta dos parceiros: a presunção do contrato de trabalho e o trabalho nas plataformas digitais, o período experimental, a remissão abdicativa dos créditos laborais, a suspensão dos despedimentos pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), o outsourcing, o banco de horas, e o teletrabalho.

Na segunda ronda, Palma Ramalho ressalvou que esta lista não é o que o Governo pretende mudar na legislação, mas as matérias que os parceiros sociais levantaram como “matérias suscetíveis” de serem revisitadas.

Por outro lado, quanto às pensões, em linha com o que já tinha dito o ministro das Finanças, a ministra do Trabalho sinalizou que o Governo admite dar um novo suplemento extraordinários aos pensionistas, visto os baixos valores de reformas praticados em Portugal. Mas há uma condição: haver margem orçamental para isso, daí que Joaquim Miranda Sarmento tenha remetido a decisão para o verão, altura em que já haverá dados sobre a execução das contas.

O Governo também estará disponível para um aumento estrutural das pensões, mas estamos aqui há seis meses. O nosso programa é para quatro anos.

Maria do Rosário Palma Ramalho

Ministra do Trabalho

O Governo também estará disponível para um aumento estrutural das pensões, mas estamos aqui há seis meses. O nosso programa é para quatro anos”, atirou a mesma governante. “Este Orçamento é prudente. Se for possível aumentar em termos estruturais, estaremos abertos. Não colocamos neste orçamento, porque a incerteza ainda é grande“, explicou aos deputados.

Quanto ao Orçamento do Estado para o próximo ano, a ministra explicou que esse plano “é desenhado para inverter a preocupante trajetória que o país tomou nos últimos anos“, nomeadamente o aumento das pessoas em situação de sem abrigo e os elevados níveis de desemprego jovens.

Recorde abaixo os principais momentos desta audição parlamentar.

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Cruzeiros em Lisboa geram impacto de 800 milhões, quase tanto quanto o excedente previsto para 2025

  • Alexandre Batista
  • 29 Outubro 2024

Cada navio atracado no terminal de cruzeiros de Santa Apolónia representa 2,29 milhões de euros, 910 mil euros de impostos e 59 empregos, mostra o estudo da Nova SBE apresentado esta terça-feira.

Os passageiros dos paquetes que atracam no terminal de cruzeiros de Lisboa deram, em 2023, um contributo médio de 159 euros per capita para a economia nacional, representando, no total das despesas efetuadas, 0,3% do Produto Interno Bruto do país (PIB). Os dados constam do estudo “A Indústria dos Cruzeiros em Lisboa – Avaliação de Impacto Económico”, feito pela Nova SBE para o Porto de Lisboa, que nesta terça-feira assinalou o seu 137.º aniversário. Estes 0,3% do PIB são praticamente o dobro dos 0,16% verificados em 2019, ano a que se reportava a edição anterior do estudo da universidade de economia.

Os quase 160 euros por passageiro, valor fortemente influenciado pela circunstância de o mapa da viagem incluir o início ou final da viagem na capital portuguesa, representam um crescimento de quase 100% face aos 82 euros registados em 2022.

A dimensão do ganho para a cidade, cujo presidente, Carlos Moedas, já se manifestou publicamente contra o terminal de cruzeiros, difere consideravelmente consoante se trate de uma simples escala, em que tipicamente os passageiros dormem e tomam pelo menos uma refeição a bordo, ou do chamado turnaround. Nesta situação, a viagem implica que os passageiros fiquem mais um, ou vários dias, na capital ou nos arredores, para iniciar ou finalizar o roteiro em Lisboa.

Quando se considera apenas o turnaround, mostram os dados da Nova SBE, cada passageiro deixa na Área Metropolitana de Lisboa 573 euros (dos quais 288 euros se referem a alojamento). Refira-se que, em 2022, a despesa por pessoa não ia além dos 367 euros. Esta subida é explicada pelo economista Pedro Brinca, que apresentou o estudo, como resultado do aumento da inflação (somatório de 10% em apenas dois anos) e pela maior presença de viajantes norte-americanos.

Caso muito distinto ocorre quando apenas existe uma escala, o designado passageiro em trânsito, situação em que cada viajante aporta à economia, em média, apenas 39 euros.

Individualizando o tráfego de 360 navios que tocaram a margem do Tejo em 2023, cada um destes gigantes aportou ao país 2,29 milhões de euros, gerou 59 empregos e ofereceu 910 mil euros ao Fisco.

Partindo do trânsito de passageiros em 2023, das despesas manifestadas pelos passageiros durante os inquéritos efetuados já em 2024 e do cruzamento com dados de fornecedores do setor dos cruzeiros, a Nova SBE conclui que os impactos diretos, indiretos e induzidos (o valor que é obtido em resultado dos cruzeiros e depois é reinvestido na economia nacional) representam 1.934 milhões de euros de atividade económica. Deste bolo, uma fatia de 542 milhões de euros é produção direta para a economia, distribuídos em metade deste valor pelo alojamento (142,2 milhões de euros) e agências de viagens (113 milhões de euros). Abaixo, vendas a retalho, restaurantes e bares e transporte terrestre.

No balanço final, a economia nacional regista 794 milhões de euros de valor acrescentado, referente ao que, efetivamente, fica alocado ao país. Ou seja, distingue-se aqui a aquisição de um perfume fabricado em França de uma garrafa de vinho nacional. Os quase 800 milhões de euros equivalem ao “excedente do Orçamento do Estado de 2025, ou 0,3% do PIB”, como notou Pedro Brinca na apresentação do documento. Deste montante, 288 milhões são obtidos de forma direta.

No que toca a impostos, o país arrecadou 317 milhões de euros só com a atividade do terminal de cruzeiros de Lisboa. A empregabilidade supera os 20 mil postos de trabalho, dos quais 8.390 gerados diretamente pela atividade.

A dar peso à dimensão dos benefícios económicos dos cruzeiros para o país, Pedro Brinca destacou os multiplicadores, efeito de geração de receita a partir de cada euro gasto. Assim, uma moeda de um passageiro de cruzeiro representa mais em receitas para o país do que um estrangeiro que venha ao país e aplique essa moeda em hotéis, alojamento local, bares e restaurantes. Nos exemplos deixados pela Nova SBE, apenas a receita gerada pelas agências de viagens tem um multiplicador superior.

Individualizando o tráfego de 360 navios que tocaram a margem do Tejo em 2023, cada um destes gigantes aportou ao país 2,29 milhões de euros, gerou 59 empregos e ofereceu 910 mil euros ao Fisco.

Depois do recorde de 2023, a “consolidação”

Apesar dos ventos favoráveis para o porto de cruzeiros de Lisboa, a perspetiva de trânsito de passageiros na capital aponta para uma queda dos 758.328 em 2023 para 740.125 durante este ano, ainda que o número de escalas saia reforçado, de 347 para 360. Pelos números do ano passado, Lisboa foi o sexto porto mais movimentado por paquetes, próximo das 360 escalas de Cádis e acima de Málaga (301), Funchal (273), Valência (269) e Açores (180).

Do ponto de vista da receita, o turnaround (porto de início ou final de cruzeiro, quando os passageiros mais gastam, de acordo com o estudo da Nova SBE), acaba por cair cerca de 20%, para cerca de 185 mil pessoas, ao passo que aqueles que apenas fazem escala, e menos contribuem para receitas e PIB, subiram ligeiramente para 555.594.

Referindo-se a 2024 como “o ano da consolidação”, após o recorde verificado em 2023, o economista da Nova SBE salientou uma vertente que vai além da folha de Excel do impacto económico para o país e para a cidade: ao registar o seu pico de passageiros antes e depois do verão, com uma curva descendente precisamente nos meses em que a cidade está pejada de turistas chegados sobretudo pelo aeroporto Humberto Delgado, o turismo de cruzeiros é um fator de combate à sazonalidade, ajudando a manter operacional a cadeia de fornecimento de serviços turísticos na capital.

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Exportação de Recondicionados: GreenFever na Europa

  • BRANDS' ECO
  • 29 Outubro 2024

Exportação de Recondicionados para a Europa. A GreenFever marcou presença como expositora e patrocinadora na maior feira europeia de brokers.

A GreenFever marcou presença como expositora e patrocinadora na maior feira europeia de brokers tecnológicos, reforçando o seu papel no mercado de exportação de recondicionados. Este evento, que aconteceu no Chipre, contou com mais de mil participantes, incluindo profissionais e empresas do setor. A feira foi uma oportunidade para a GreenFever promover o nome de Portugal e demonstrar a sua experiência, sustentabilidade e inovação.

A importância da feira para a exportação de recondicionados

Participar neste evento estratégico foi essencial para consolidar a posição da GreenFever no mercado europeu. Esta feira, sendo a maior da Europa em equipamentos recondicionados, permite o intercâmbio de ideias e tendências. Para a GreenFever, foi mais que um espaço de exposição: foi uma oportunidade para fortalecer parcerias e expandir a rede de contactos. Além disso, demonstrou o compromisso da empresa com a exportação de recondicionados como uma solução sustentável.

Tiago Moreira, CEO, afirmou: “Queremos mostrar ao público europeu que Portugal tem uma marca dedicada à qualidade e sustentabilidade. O nosso objetivo é ser o fornecedor de recondicionados de referência, oferecendo produtos que cumprem e superam as expectativas dos clientes.”

Um evento estratégico para fornecedores de recondicionados e parcerias internacionais

Consolidação de parcerias e expansão da exportação de recondicionados

Para a GreenFever, esta feira foi uma oportunidade para fortalecer parcerias e explorar novos mercados. Ao participar como patrocinadora e expositora, a empresa reforçou a sua visibilidade e compromisso com a qualidade dos produtos. A estratégia de internacionalização da GreenFever passa por expandir a exportação de recondicionados, alcançando mais países europeus.

“Queremos estar cada vez mais presentes no mercado europeu. Este evento mostrou-nos que a procura por fornecedores de recondicionados confiáveis é crescente. A nossa aposta em qualidade e sustentabilidade permite-nos responder a essa procura de forma diferenciada“, sublinhou o CEO. Assim, o stand da GreenFever foi um ponto de encontro para potenciais clientes e parceiros que valorizam produtos de durabilidade elevada e processos éticos de recondicionamento.

A GreenFever como marca portuguesa de referência na exportação de recondicionados

Representar Portugal na maior feira europeia reforça a posição da GreenFever como fornecedor de recondicionados. Mostra também o país como um líder em equipamentos recondicionados de qualidade. Com foco na sustentabilidade e economia circular, a GreenFever demonstra que é possível oferecer soluções tecnológicas com impacto ambiental reduzido.

Para Tiago Moreira, “esta feira foi uma oportunidade para elevar o nome de Portugal, mostrando o que fazemos no setor de recondicionados. O nosso compromisso com a exportação de recondicionados de qualidade é um diferencial e também uma responsabilidade para com o ambiente.”

Resultados da participação da GreenFever e perspetivas para a exportação de recondicionados

Impacto positivo e novas parcerias estratégicas

A participação da GreenFever trouxe resultados positivos. Na feira, a empresa firmou novas parcerias estratégicas que apoiarão o crescimento no mercado europeu. Estas colaborações são fundamentais para ampliar a rede de distribuição e consolidar a GreenFever como fornecedor de recondicionados confiável e competitivo.

O CEO da GreenFever destacou que “o networking foi essencial. Este tipo de evento fortalece parcerias e cria novas oportunidades. Queremos consolidar a nossa posição como líderes na exportação de recondicionados e, com estas novas parcerias, vamos conseguir chegar a mercados diversos.”

Desafios da internacionalização e da exportação de recondicionados

Expandir para o mercado europeu traz desafios, especialmente num setor competitivo. Contudo, a GreenFever tem uma estratégia sólida. Esta foca-se na inovação e adapta-se às necessidades dos mercados locais. Com a sua experiência, a empresa está preparada para esses desafios e para se manter um fornecedor de recondicionados confiável.

Para Tiago Moreira, “a internacionalização exige atenção às necessidades do mercado e às expectativas dos clientes. A nossa experiência permite-nos adaptar e inovar, assegurando sempre a máxima qualidade. Sabemos que a exportação de recondicionados é o futuro, e estamos prontos para responder a essa procura com durabilidade e sustentabilidade.”

GreenFever e a visão de crescimento na exportação de recondicionados

A presença da GreenFever na maior feira de brokers tecnológicos foi um marco no crescimento da empresa. A marca consolidou-se como líder na exportação de recondicionados e como fornecedor de recondicionados sustentável de Portugal. Este evento reforçou o compromisso com qualidade e sustentabilidade, valores essenciais que guiam a GreenFever.

Com uma visão de expansão clara, a GreenFever prepara-se para liderar na exportação de recondicionados, elevando o nome de Portugal e fortalecendo a sua posição no mercado europeu. A experiência na feira confirmou o potencial da GreenFever como parceiro confiável, levando equipamentos recondicionados de qualidade para toda a Europa.

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Repensar as Renovações: Um novo olhar, melhor proteção

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 29 Outubro 2024

Eduardo Félix, Responsável de Subscrição de Responsabilidades & Specialties, explica a importância da revisão e consulta das apólices antes de se renovarem os contratos.

Com a aproximação do final do ano, chega também a altura de maior atividade no mercado segurador, com a maioria das apólices existentes a renovarem-se para mais um ano de vigência e o início de novos contratos alinhado com o início do ano civil.

Para além dos pedidos de renovação nos mesmos termos e condições já em curso, frequentemente surge a notícia de que algumas apólices em vigor serão expostas à concorrência de mercado, com o legítimo intuito de procurar novas e melhores condições de cobertura. Na subscrição, procuramos então “defender” a apólice em vigor através da revisão das condições atuais, antecipando eventuais propostas de mercado que sejam mais vantajosas para o nosso segurado.

É a economia de mercado a funcionar para o setor segurador, e, como em outros setores, será um método eficiente: ou o cliente obtém melhores condições junto do segurador atual ou de outro, ou o cliente mantém a cobertura com a garantia de que já obteve as melhores condições disponíveis no mercado para o seu risco. Contudo, este método poderá não ser o mais eficaz para responder às necessidades do cliente, uma vez que o primeiro objetivo desta consulta ao mercado (muitas vezes o único) será a redução do prémio atual. Embora isso possa resultar em poupanças de custo, poderá também ser prejudicial para o cliente.

Quando o pedido de novas condições se limita à busca do melhor prémio para as coberturas predefinidas, todos os concorrentes tendem a reduzir o prémio, por via de maiores descontos para a mesma cobertura ou mesmo cortes em coberturas que não sejam essenciais para o cliente. Ano após ano, este processo traz um risco acrescido para o cliente, que poderá ficar com um seguro inadequado em relação à sua atividade atual ou a riscos emergentes que não existiam ou que não eram significativos no momento da primeira contratação de cobertura.

Eduardo Félix, Responsável de Subscrição de Responsabilidades & Specialties

Antes de lançar uma nova consulta ao mercado, é essencial identificar esses novos riscos e alterações para que sejam incluídos na cobertura pós-renovação, seja na apólice vigente ou em outra. Mesmo que isso implique um prémio superior, poderá também significar que o cliente obtém um produto mais adequado em relação ao prémio que paga e ao risco decorrente da sua atividade.

Nos anos em que não há essa consulta, surge também uma boa oportunidade para rever propostas alternativas de cobertura, promovendo um trabalho conjunto entre cliente, mediador e subscritor para identificar as necessidades de revisão mais imediata e para manter o produto adequado à atividade a garantir. Dependendo do histórico de sinistralidade, esta revisão poderá mesmo não acarretar um prémio adicional, oferecendo apenas benefícios de cobertura ao cliente sem aumentar o custo.

Ao juntar as duas formas de revisão da apólice é possível aumentar a eficácia do produto, através da atualização das suas coberturas, ao mesmo tempo que se aumenta a eficiência nos processos de renovação. Há uma complementaridade entre a revisão interna e a consulta ao mercado que oferece benefícios que não poderão existir apenas com uma delas. A revisão proporciona várias perspetivas sobre o risco (provenientes de quem melhor o conhece), para colmatar eventuais lacunas de cobertura e corrigir pontos com cobertura deficitária. Ao mesmo tempo, a consulta garante o melhor prémio do mercado. Em conjunto, ambas tornam o processo de renovação mais eficiente para todas as partes e também mais vantajoso para o cliente, que beneficia da melhor cobertura no momento do seu sinistro e do controlo de custos até esse momento chegar.

Eduardo Félix, Responsável de Subscrição de Responsabilidades & Specialties

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