Hoje nas notícias: Finanças locais, aeroporto de Beja e PME

  • ECO
  • 21 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo já só vai mexer na Lei das Finanças Locais em 2025, ano de eleições autárquicas, para entrar em vigor com o Orçamento do Estado para 2026. No Alentejo, giza-se um plano para dinamizar o aeroporto de Beja. Enquanto isso, a As­so­ci­a­ção Indus­trial Por­tu­guesa vai lançar um programa para tentar melhorar a literacia financeira de 1.000 pequenas e médias empresas (PME). Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais desta quarta-feira.

Nova Lei das Finanças Locais só no Orçamento do Estado para 2026

A nova Lei das Finanças Locais só deverá ser revista no próximo ano, para que figure no Orçamento do Estado para 2026, revelou ao Público fonte do Governo. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem vindo a garantir que o Governo vai revisitar a Lei das Finanças Locais para, através de “diálogo político”, atingir o objetivo de dar “maior previsibilidade e maior confiança” às autarquias na sua gestão financeira. Os autarcas esperavam que isso acontecesse ainda em 2024, mas o Executivo entende agora que precisa de mais tempo, não só porque apenas iniciou funções em abril, mas também para amadurecer e melhor avaliar a já concluída primeira fase do processo de descentralização, segundo o jornal.

Leia a notícia completa em Público (acesso pago).

Alentejo quer que Beja seja mais do que uma pista VIP

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo acredita que o aeroporto de Beja tem potencial para ser mais do que uma plataforma que recebe voos VIP. Por isso, vai sentar-se à mesa com várias entidades, entre as quais a gestora dos aeroportos nacionais, a ANA, para avaliar as oportunidades de atração de rotas e operadores para Beja. Ao Jornal de Negócios, o presidente do turismo do Alentejo, José Santos, conta ter o plano para dinamizar o aeroporto de Beja pronto para entregar ao Governo no final do ano ou início de 2025, tendo já contratado uma equipa de consultores. Foi neste aeroporto que, em maio, aterrou o avião que transportava a partir de Ibiza a cantora norte-americana Taylor Swift, para os dois concertos que tiveram lugar nesse mês no estádio da Luz, em Lisboa.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

AIP tenta aumentar literacia financeira de 1.000 PME

A As­so­ci­a­ção Indus­trial Por­tu­guesa (AIP) lança esta quarta-feira um programa, no âmbito do Por­tu­gal 2030, com o obje­tivo de sen­si­bi­li­zar 1.000 pequenas e médias empresas (PME) para a impor­tân­cia da diver­si­fi­ca­ção das fon­tes de finan­ci­a­mento. Ao Jornal de Negócios, o dire­tor de Eco­no­mia, Finan­ci­a­mento e Ino­va­ção da AIP-CCI, Paulo Cal­das, considera que as PME por­tu­gue­sas “são alta­mente des­ca­pi­ta­li­za­das e, com isso, aca­bam por con­di­ci­o­nar o seu cres­ci­mento e com­pe­ti­ti­vi­dade”, sub­li­nhando que “quase 30% das PME têm capi­tais pró­prios nega­ti­vos e não con­se­guem ter capa­ci­dade” para inves­ti­men­tos.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

Estado encerra milhares de sites ilegais de apostas

Desde que o jogo online foi legalizado em 2015, este tipo de apostas rendeu mais de mil milhões de euros aos cofres públicos. Já as entidades exploradoras faturaram mais 30% nos primeiros seis meses do ano em relação ao período homólogo do ano passado. No combate ao jogo ilegal, é possível observar que, desde a entrada em vigor do Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online, a 29 de junho de 2015, já foram notificados 1.283 operadores ilegais de jogo online para encerramento da atividade. Em paralelo, foram bloqueados 2.017 sites também de operadores ilegais. O regulador dos jogos e apostas online enviou ainda 33 processos para o Ministério Público para a instauração de processos-crime.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso livre).

Antigos clientes do Eurobic poupam em comissões no Abanca

Os clientes do Eurobic que transitaram para o Abanca, após a conclusão do processo de compra pelo banco espanhol, passaram a ter acesso a produtos novos, alguns com custo mais reduzido. No caso das contas pacote, os clientes vão poder optar por um novo produto designado por “Conta Plus”, que conta com uma comissão de manutenção de três e cinco euros por mês (60 e 36 euros, mais imposto do selo, respetivamente, por ano). No preçário do Eurobic que estava em vigor desde abril, a comissão de manutenção mais baixa entre as contas pacote era de 3,25 euros na “Conta EuroBic 365 com domiciliação de vencimento”, ou seja, 39 euros por ano. Feitas as contas, com a “Conta Plus”, os antigos clientes do Eurobic conseguem poupar 25 cêntimos por mês, ou seja, três euros ao fim de um ano.

Leia a notícia completa em Jornal Económico (acesso pago).

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Reclamações no seguro automóvel: CA Seguros a melhor, Mudum a pior

  • ECO Seguros
  • 21 Agosto 2024

O ramo automóvel foi o que mais queixas de segurados fez chegar ao supervisor de seguros ASF, que deu razão a 40% das reclamações. Veja o ranking das 15 companhias analisadas.

A CA Seguros foi a seguradora do ramo automóvel que menos gerou queixas dos seus clientes à ASF, entidade supervisora do setor, durante o ano passado. O recém-publicado Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado 2023 estabelece um ranking das seguradoras segundo a proporção de queixas recebidas pelo número de apólices do ramo automóvel ativas, em média, durante o ano de 2023.

No que diz respeito ao seguro automóvel, a ASF recebeu 1,01 reclamações por cada 1.000 veículos seguros, relacionando as 9.682 reclamações geradas pelos 9,6 milhões de veículos seguros em média anual durante 2023. Em 2022 aquele indicador foi praticamente idêntico: 1,02 reclamações por 1.000 veículos seguros.

O ramo automóvel foi o que mais gerou reclamações entre as mais de 25 mil recebidas pela ASF no ano passado em todos os ramos, tendo os reclamantes deste ramo obtido 40% de decisões favoráveis nas suas pretensões. Questões de Sinistros foram o motivo que maior conflitualidade criou entre clientes e seguradoras.

Grandes companhias bem colocadas

Além da CA Seguros, que liderou o ranking das seguradoras automóvel menos reclamadas, com 26 queixas para 213 mil apólices em média anual — 0,12, no rácio ASF -, também as grandes companhias estão no top das menos problemáticas. A Fidelidade obteve 0,33, a Generali Tranquilidade 0,35 e a Liberty 0,44. Nota que a integração da Liberty na Generali Tranqulidade reforça a liderança desta última em número de apólices para 3,23 milhões, ou seja, nesta altura cerca de um em cada três veículos em Portugal têm seguro Generali Tranquilidade.

O ranking elaborado pela ASF é o seguinte:

Seguindo no ranking, seguem-se Lusitania (0,77 de valor de rácio), Caravela (0,86), Mapfre Seguros Gerais (0,97) e Victoria (0,98).

Com a média em 1,01 reclamações por cada mil veículos seguros, o ranking prossegue com a Ok Seguros! (1,10), Allianz (1,21), Mapfre Santander (1,23) e UNA Seguros (1,84).

Duas seguradoras com uma carteira volumosa no ramo automóvel estão na parte inferior da tabela. A Ageas Seguros teve, em média, mais um milhão de apólices neste ramo e, com 2.746 reclamações, obteve um rácio de 2,60. Também a Zurich que segurou em 2023 859 mil veículos, registou um rácio de 2,98.

A Mudum foi a mais penalizada neste rácio com 259 queixas em 77 mil seguros ativos, destacando-se ainda a Euro Insurance DAC, uma companhia estrangeira ligada à financeira LeasePlan que agora, após a fusão com a ALD Automotive, se tornou a Ayvens. Na sequência desta operação, a companhia passou – já em 2024 – a ser designada Ayvens Insurance.

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Comunidade surda sente concerto do NOS Alive com o ‘Colete das Emoções’

  • BRANDS' ECO
  • 21 Agosto 2024

O primeiro concerto 5G para pessoas surdas em Portugal decorreu no NOS Alive 2024. A solução tecnológica desenvolvida pela NOS é mais um passo para a inclusão.

Oito pessoas Surdas assistiram ao concerto de Dua Lipa, no NOS Alive, e participaram numa experiência multissensorial, pautada pela inovação, que proporcionou um momento de inclusão, visibilidade e representatividade da comunidade surda no festival de música.

Tudo começou com o ‘Colete das Emoções’, um equipamento que os participantes usaram durante a atuação e que, graças a uma tecnologia háptica, vibra ao som da música. “Música é, acima de tudo, ritmo e o ritmo é o que estes coletes transmitem às pessoas”, explicou Margarida Nápoles, diretora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da NOS, que assinalou o papel essencial do 5G neste processo. A baixa latência garante a captação do som em tempo real, bem como a instantaneidade na transmissão das vibrações, mas a grande vantagem face a outras experiências semelhantes é a liberdade de movimentos.

Comunidade surda sente concerto do NOS Alive com o ‘Colete das Emoções’
Graças a uma tecnologia háptica, o ‘Colete das Emoções’ vibra ao som da música.

“Em eventos onde a língua gestual portuguesa existe, tipicamente os intérpretes estão circunscritos a uma área e as pessoas têm de estar nessa área a olhar para o intérprete. Este projeto vai dar total liberdade e a pessoa surda pode estar em qualquer ponto do recinto”, detalhou a responsável.

Além do colete que transmite o ritmo musical, a NOS Inovação desenvolveu uma aplicação móvel que permitiu às pessoas surdas ou com limitações auditivas acederem à interpretação em língua gestual portuguesa feita em tempo real durante o concerto de Dua Lipa.

“É interessante que o festival possa oferecer várias hipóteses de podermos participar, da forma que nos é possível e que é mais confortável. É muito importante podermos estar à vontade [no recinto], porque muitas vezes estamos fechados num sítio e isso não é inclusão. O que é mais interessante é podermos estar no festival a participar com as outras pessoas”, considerou Sebastião Palha, um dos participantes do grupo de pessoas surdas que integraram o projeto desenvolvido pela NOS com a Access Lab, assumidamente entusiasmado por ter participado no projeto-piloto.

Um dos grandes objetivos também é “ter feedback de diversos tipos de pessoas para perceber como é que as diferentes partes da comunidade reagem a estas ferramentas diversas”, afirmou Pedro Berga, gestor de projeto da Access Lab. Mais tarde, iniciativas deste tipo podem ser replicadas noutros eventos nacionais.

Tecnologia mediu reação do público

Se a música e os grandes espetáculos caracterizam o festival, no Passeio Marítimo de Algés a tecnologia foi um dos cabeças de cartaz – de forma discreta, mas muito presente. Para lá da experiência levada a cabo com a comunidade surda, a NOS desenvolveu o “entusiasmómetro”, uma solução 5G de analítica de som, baseada em inteligência artificial, que permitiu medir as reações do público a cada atuação. A ideia passou por avaliar, em tempo real e de forma automatizada, a resposta sonora da audiência para identificar os momentos de maior êxtase no palco principal com base na intensidade das palmas, assobios ou gritos.

O concerto dos Pearl Jam foi aquele que reuniu, globalmente, o maior número de aplausos e muitos assobios ao longo da atuação. Logo de seguida, Benjamin Clementine e The Smashing Pumpkins fecharam o pódio do “entusiasmómetro”.

Arlo Parks foi a artista que mais fãs conseguiu colocar a cantar as suas músicas em sintonia, feito replicado por Dua Lipa e os The Breeders. Ao nível dos assobios, Dua Lipa e Nothing but Thieves destacaram-se, bem como os Arcade Fire que conseguiram a liderança na intensidade dos gritos de alegria do público.

Infraestrutura de uma cidade média

São apenas 11 hectares que albergam o NOS Alive 2024, no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa, mas a infraestrutura de telecomunicações que ali foi instalada é “semelhante à de uma cidade média como Leiria”, exemplificou Judite Reis. A diretora de Engenharia de Redes Móveis da NOS detalhou que mais de 1200 quilómetros de fibra ótica foram instalados no recinto, para suportar todas as operações do festival.

E, claro, também a rede móvel foi muito reforçada. “Não há festival sem telemóvel, sem vídeos, sem necessidade de upload. Instalámos mais de 100 células para dar cobertura 4G e 5G”, explicou. A par das células móveis, a operadora de telecomunicações instalou no local uma Antena Lente, com cerca de 300 quilos e 22 metros de altura. É “única no país” e o mesmo tipo de tecnologia utilizada em grandes eventos internacionais, como o Super Bowl.

Além destes equipamentos, os cerca de 100 especialistas da empresa de telecomunicações monitorizaram, em tempo real, a utilização da rede para assegurar que nada falhava durante os três dias de festival. “Há pessoas da nossa equipa que a trabalhar desde maio para garantir que tudo corria bem”, apontou Judite Reis.

Recorde-se que a edição deste ano do NOS Alive esgotou a lotação diária e contou com cerca de 115 mil pessoas na audiência ao longo dos três dias. O festival tem regresso confirmado para os dias 10, 11 e 12 de julho de 2025. “Esperamos conseguir fazer jus a ‘o melhor cartaz sempre’“, afirmou o promotor Álvaro Covões, da Everything is New.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 21 de agosto

  • ECO
  • 21 Agosto 2024

Ao longo desta quarta-feira, 21 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Reditus publica contas de 2022 após sucessivos adiamentos. Lucros mais do que triplicaram

  • Lusa e ECO
  • 21 Agosto 2024

A Reditus registou um lucro de 8,7 milhões de euros em 2022, mais do tripo do obtido um ano antes. A empresa vinha a adiar sucessivamente a publicação dos seus resultados.

A Reditus registou um lucro de 8,7 milhões de euros em 2022, que é mais do triplo do resultado positivo de 2,7 milhões de euros um ano antes, e depois de ter sofrido prejuízos superiores a um milhão de euros em 2020, revelou a tecnológica na terça-feira.

A empresa, controlada por Miguel Pais do Amaral, vinha a adiar sucessivamente a publicação das contas, o que levou inclusivamente as suas ações a serem transferidas para o compartimento de penalização da Euronext Lisbon. Ainda assim, continuam por publicar os resultados do ano de 2023.

Segundo a empresa, no exercício de 2022, proveitos operacionais apresentam um aumento de 14,9% ascendendo a 28,2 milhões de euros, face aos 24,5 milhões de euros do período homólogo. “O aumento dos proveitos é reflexo de um crescimento significativo do segmento de IT Outsourcing, acompanhado pelo bom desempenho da atividade internacional”, pode ler-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM).

“Em 2022 os negócios da Reditus oriundos da sua atividade internacional representaram 43% do total de proveitos, registando um incremento de 18 pontos percentuais (pp) relativamente ao período homólogo. O volume de negócios situou-se nos 12,1 milhões de euros, representando um aumento de cerca de 6 milhões de euros relativamente ao ano anterior e uma variação positiva de 98,3%”, destacou ainda.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 13,6 milhões de euros em 2022, valor que compara com os 5,7 milhões de euros um ano antes. “Este valor reflete uma margem EBITDA de 48,1% e representa um incremento de 24,8 pp relativamente ao valor registado em 2021”, referiu a tecnológica.

“O sucesso da estratégia implementada pela Reditus, juntamente com o surgir de novas oportunidades de negócio, o kick-off e o relançamento de alguns projetos estratégicos e de grande dimensão no plano internacional, permitiram um crescimento acentuado dos negócios em 2022 e consequentemente dos seus indicadores financeiros”, frisou ainda a empresa, na comunicação ao mercado.

Em 14 de maio, a empresa tinha comunicado um novo adiamento da publicação dos resultados de 2022. O mais recente Relatório e Contas enviado pela Reditus ao mercado datava de 30 de maio de 2023 e dizia respeito ao exercício de 2021.

Num esclarecimento publicado em 22 de dezembro, a Reditus justificou os atrasos com “a necessidade de ter divulgado ao mercado informação financeira complementar, de forma retrospetiva e com reexpressão dos comparativos de 2020 e 2019, por referência aos documentos de prestação de contas relativos a 30 de junho de 2021″.

Desde então, afirma a sociedade, tal terá provocado um ‘efeito dominó’ nas contas. “Aquele esforço adicional provocou também um atraso no processo, ainda que longo e muito consumidor de recursos, que agora tem corrido com normalidade”, defendeu, então, a Reditus.

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#13 As férias de Carlos Mota Santos. “Mantenho o contacto permanente”

  • ECO
  • 21 Agosto 2024

O líder do grupo Mota-Engil leva três livros para férias, dispensa as séries e podcasts, prefere a música, e já sabe o que vão ser as prioridades da rentrée.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “As férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Carlos Mota Santos é chairman e CEO da Mota-Engil, um grupo de infraestruturas e construção que já passou os cinco mil milhões de euros de faturação. De férias, prefere a música às series ou podcasts, mas não dispensa os livros, e são três para este mês de agosto. As questões e decisões estratégicas deixa-as para o regresso, e a preparação dos resultados da Mota-Engil vai ser já a primeira prioridade da reentre.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

  • Livros:

Os livros destas férias são “Moscovo X” de David McCloskey, “White Noise” de Don de Lillo e “Iluminismo Agora” de Steven Pinker. São três livros diferentes, um romance de espionagem e bom de ler na praia, um romance mais complexo de um autor difícil e um livro sobre a razão, ou perda dela.

  • Séries e Podcasts

Não vejo séries em férias (já basta as que se vê nos aviões) nem ouço podcasts. Prefiro música.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Mantenho o contacto permanente.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

As férias não são para pensar muito em questões estratégicas, senão chegamos mais cansados do que fomos.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Os temas fortes para a rentrée serão a apresentação dos resultados do primeiro semestre no dia 28 agosto, a continuidade do plano de investimentos em infraestruturas em Portugal e uma série de visitas a mercados Latam e África.

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Mesmo com desemprego em mínimos, jovens estão mais ansiosos quanto ao futuro

Mais de 60% dos jovens de todo o mundo estão preocupados com a possível perda de emprego, aponta a OIT. Apesar do desemprego jovem ter caído, ansiedade quanto ao futuro está a aumentar.

O mercado de trabalho tem dados provas de resiliência, e os sinais, quanto ao futuro, até são positivos. Mas entre os jovens a ansiedade no que toca ao emprego tem crescido. O cenário é traçado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, num novo relatório, revela que a possibilidade de perder o posto de trabalho preocupa mais de 60% dos jovens de todo o mundo. A falta de estabilidade e de mobilidade social também gera receio entre os trabalhadores com idades menos avançadas.

“Apesar dos sinais positivos da economia global e do mercado de trabalho, os jovens mostram hoje sinais de níveis de ansiedade crescentes em relação ao seu futuro. Muitos jovens sentem stress em relação à perda do posto de trabalho, à estabilidade laboral, ao estado da economia, à falta de mobilidade social entre gerações e às perspetivas de eventual independência financeira”, explica a OIT, no relatório “Global Employment Trends for Youth 2024”.

No que diz respeito especificamente à perda de emprego, a organização realça que 64% dos jovens de todo o mundo confessam estar preocupados, sendo que há regiões do globo onde esse receio é mais acentuado.

Na África Subsariana, 83,3% dos jovens dizem-se preocupados. Em contraste, no Norte, Sul e Oeste da Europa (onde se inclui Portugal), essa aflição é admitida por 42,1% dos trabalhadores com até 29 anos, como mostra o gráfico abaixo.

Outra das preocupações dos jovens é a estabilidade laboral: 35% dos trabalhadores africanos com até 29 anos dizem-se “extremamente” ou “muito receosos”, enquanto, em contraste, “só” 25% dos jovens das Américas confessam níveis semelhantes de receio. Na Europa e Ásia Central, 18% dos jovens admitiram estar “extremamente” ou “muito receosos”, quando à estabilidade do seu trabalho.

Mas mesmo nas regiões do Ocidente nem tudo vai bem. Por exemplo, a fatia de jovens norte-americanos com até 25 anos que vivia fora de casa era de 84% em 1980. E em 2021? Nem chegava a 70%.

Aliás, entre os membros da geração millennials, só 37% eram donos de uma casa em 2015, cerca de oito pontos percentuais abaixo das duas gerações anteriores. Por isso mesmo, a independência financeira é uma das preocupações mais fortes dos mais jovens, aponta a OIT no seu novo relatório.

“Ajudar os jovens a navegar a natureza complexa da transição da escola para o trabalho deveria ser uma missão partilhada por todos os membros da sociedade“, defende, assim, a Organização Internacional do Trabalho, que atira: “claramente, estes são tempos desafiantes para os mais jovens“.

Mulheres jovens “duplamente prejudicadas”

Depois do impacto negativo da pandemia no mercado de trabalho, em 2023 o desemprego jovem a nível global conseguiu recuar para 13% e atingir, assim, o valor mais baixo dos últimos 15 anos. “O número total de jovens desempregados a nível mundial foi o mais baixo desde o arranque do milénio”, acrescenta a OIT. Mas há diferenças significativas entre as jovens e os jovens.

É que eles só não viram as taxas de desemprego aumentar menos durante a crise sanitária, como têm “beneficiado mais da recuperação do mercado de trabalho” do que elas, isto é, o desemprego entre os jovens tem diminuído mais do que entre as jovens.

Elas saíram, assim, “duplamente prejudicadas”, nota a OIT, que destaca ainda, no que diz respeito à diferença de género, que as mulheres continuam a estar em maior número entre os jovens que nem trabalham nem estudam.

“Não só duas em cada três jovens que nem trabalham nem estudam são mulheres, como a taxa de mulheres nessa situação é mais do dobro do que entre os jovens homens (28,1% contra 13,1%, respetivamente, em 2023)”, assinala a organização.

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ASAE, IMT e DGTF ajudaram Casa da Moeda a pagar dividendo extra ao Estado

ASAE, Instituto de Mobilidade e dos Transportes e Direção-Geral do Tesouro e Finanças pagaram dívidas vencidas no valor próximo do dividendo extra entregue pela empresa ao Estado.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), o Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) pagaram à Casa da Moeda dívidas vencidas no valor global de cerca de nove milhões de euros antes do previsto, valor próximo do dividendo extra entregue pela empresa ao Estado. A lista consta da informação remetida aos deputados, a que o ECO teve acesso, após um requerimento do grupo parlamentar do PSD.

Em causa está o pagamento extraordinário feito ao Estado no final de 2023, que terá ajudado à redução da dívida pública, e que tem sido contestado pela oposição. A informação agora conhecida resultou de um pedido do grupo parlamentar social-democrata sobre quais os clientes da Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM), que pagaram dívidas vencidas num montante próximo do dividendo extraordinário entregue pela empresa ao Estado no final de dezembro de 2023. O pagamento deu-se antes do previsto pela INC quando elaborou os três cenários de distribuição extraordinária de dividendos dirigidos à Parpública e à tutela.

Em informação assinada pela presidente do Conselho de Administração da INCM, Dora Brites Moita, é indicado que a DGTF pagou mais de 6,4 milhões de euros à Imprensa Nacional em 2023. Deste montante, 3,6 milhões de euros foram pagos em 2 de fevereiro de 2023 e cerca de 2,8 milhões de euros em 29 de dezembro de 2023. “À data de elaboração das estimativas, não dispúnhamos de número de compromisso, razão pela qual as verbas não foram incluídas nas projeções de caixa”, explica a Casa da Moeda sobre o cliente DGT.

Paralelamente, a ASAE pagou cerca 92,3 mil euros à INCM em 27 de dezembro e 1,4 milhões de euros em 28 de dezembro, referente a diversas faturas. A Casa da Moeda nota que “a dívida inclui valores em mora desde 2021”. “Apesar dos esforços de ambas as entidades, a 26 de dezembro não dispúnhamos de nenhuma informação que indicasse que iriam ser regularizadas num horizonte temporal de curto prazo”, detalha.

Por seu lado, o IMT pagou à INCM cerca de 570 mil euros em 13 de março de 2024 e cerca de 532 mil de euros a 22 de dezembro de 2023. “Numa abordagem conservadora, não estimámos que estes pagamentos pudessem vir a ser faturados/pagos no primeiro trimestre“, justifica, sem mais informação.

A Casa da Moeda destaca “que a Deliberação Social Unânime por Escrito (DSUE), emitida a 27 de dezembro de 2023, delibera a distribuição de parte das reservas livres constituídas em sede de aplicação do resultado líquido de 2022 e não a distribuição extraordinária de dividendos”.

O requerimento surgiu depois de a presidente da Casa da Moeda, numa audição em 11 de julho no parlamento, ter afirmado que não sentiu dificuldades de tesouraria no primeiro trimestre, não tendo sido necessário recorrer a nenhum tipo de endividamento. O PSD considerou que esta posição é distinta da assumida no cenário para um dividendo extraordinário de 10 milhões de euros. No Parlamento, Dora Brites Moita explicou que a mudança se deveu ao pagamento de verbas significativas por parte de alguns clientes públicos com os quais não contava.

Na documentação agora enviada, a Casa da Moeda salienta que “a Deliberação Social Unânime por Escrito (DSUE), emitida a 27 de dezembro de 2023, delibera a distribuição de parte das reservas livres constituídas em sede de aplicação do resultado líquido de 2022 e não a distribuição extraordinária de dividendos”.

Destaca ainda que, em regra, a prestação de serviços e fornecimento de produtos da INCM é “ao abrigo de competências delegadas por lei, e/ou contratos de continuidade relativos à produção e personalização de produtos de segurança”, como carta de condução, cartão tacógrafo, selos de certificação de qualidade, moeda, entre outros, e que nos primeiros meses do ano os clientes “necessitam de concluir as tramitações legais de obtenção de cabimento, compromisso, etc., que só podem ser iniciadas após a publicação do Decreto-Lei de Execução Orçamental”, o que reduz, “significativamente, a receita média mensal no início de cada ano civil”.

Neste sentido, sublinha que a situação “é agudizada sempre” que se está perante “um ano de eleições legislativas, como é o caso em 2024, razão pela qual, as projeções realizadas a 26/12/2023 revestiram-se de prudência”.

A Casa da Moeda remeteu ainda o balancete de 31 de dezembro de 2023, que indicava saldos devedores e credores, em ambos os casos, de cerca de 426,6 milhões de euros, que aumentaram para perto de 494,4 milhões de euros em março deste ano.

Aquando da audição no parlamento, Dora Brites Moita explicou que “grandes clientes, em determinada altura, pagaram dividas vencidas numa verba que ascendeu a praticamente nove milhões de euros”, acrescentando que esta informação não era conhecida quando as estimativas foram elaboradas.

O PSD recordou, aquando do pedido de informação, que, em dezembro de 2023, a Casa da Moeda salientava o “grau de risco elevado” sobre as receitas do primeiro trimestre, uma vez que os principais clientes da empresa são entidades públicas, que dependem do Orçamento do Estado, pelo que o dividendo extraordinário pedido então pelo Ministério das Finanças poderia implicar “uma muito provável pressão sobre a tesouraria da empresa ao longo do ano” e “a necessidade provável de recurso a financiamento de curto e/ou médio/longo prazo”.

A audição de Dora Moita ocorreu a par com outra ao ex-presidente da Águas de Portugal e outra ao presidente da NAV, na sequência dos dividendos destas empresas públicas e o impacto na redução da dívida pública. O tema entrou em discussão após uma análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ter classificado de “artificial” a diminuição da dívida.

Inicialmente, a Casa da Moeda transferiu dividendos extraordinários no valor de cinco milhões de euros, mas acabaram por ser transferidos mais cinco milhões de euros, elevando o total para 10 milhões de euros. As transferências de dividendos extraordinários da Casa da Moeda, Águas de Portugal e NAV no final do ano passado têm estado “debaixo de fogo”, com o PSD e o CDS-PP a criticarem a gestão do anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, para reduzir a dívida pública para menos de 100% do PIB.

(Notícia atualizada às 09h37 para corrigir que o valor pago pela ASAE foi em milhões e não mil milhões)

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Só 20 autarquias alargaram a isenção de IMI para cinco anos. Veja se é o seu concelho

Medida, incluída no Mais Habitação por proposta do PAN, permite que donos de habitação própria e permanente, adquirida entre 2020 e 2022, possam estar mais dois anos sem pagar o imposto.

Só 20 dos 308 municípios de Portugal aderiram à medida, incluída no pacote Mais Habitação por proposta do PAN, que permite alargar a isenção temporária do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de três para cinco anos a quem comprou a primeira casa para habitação própria e permanente ou fez obras de reabilitação, segundo dados enviados pelo Ministério das Finanças ao ECO. Isto significa que apenas 6,5% das autarquias decidiram libertar os seus munícipes desta tributação por mais dois anos extra, neste que é o primeiro ano de vigência do benefício.

Lisboa e Porto estão fora da lista das câmaras que estenderam o período de isenção assim como a maior parte das capitais de distrito com exceção de Leiria e Santarém.

Este apoio excecional, criado para minimizar o impacto da subida vertiginosa das taxas de juro Euribor do crédito à habitação, pode ser concedido desde que o rendimento bruto anual do proprietário ou do seu agregado familiar não ultrapasse os 153 mil euros, que a casa seja para habitação própria e permanente e que o seu valor patrimonial tributário não exceda os 125 mil euros. Estas são, aliás, as regras aplicáveis para a atribuição da isenção normal do IMI de três anos, que só pode ser gozada uma vez.

Para além destes requisitos, a prorrogação por mais dois anos exige que a aquisição do prédio tenha de ter ocorrido entre 2020 e 2022. Ou seja, os imóveis comprados em 2020 e que já usufruíram dos três anos de isenção — terminada em 2022 — terão direito a mais dois anos sem pagar o imposto, caso o concelho onde esteja localizado tenha aprovado o mecanismo em assembleia municipal. O mesmo se aplica para as casas alienadas em 2021 e 2022.

A lei n.º 56/2023, de 6 de outubro, que aprovou o Mais Habitação, refere expressamente que o benefício “aplica-se aos prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais cuja construção, ampliação, melhoramento ou aquisição a título oneroso tenha ocorrido no ano de 2022 ou que, tendo ocorrido em momento anterior, tenham beneficiado da isenção prevista” no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) em 2022, sendo nesses casos deduzido ao período de duração da isenção os anos já transcorridos”.

O fiscalista da Deloitte, Renato Carreira, explica que “a contagem dos três anos normais da isenção faz-se do seguinte modo: o imóvel adquirido em 2020 tem direito ao benefício fiscal em 2020, 2021 e 2022”. No entanto, “o proprietário só começa a pagar em 2024, porque o IMI a liquidar refere-se sempre ao ano anterior sujeito a tributação, isto é, 2023”, sublinha. Se lhe forem atribuídos agora mais dois anos de isenção, para 2025 e 2026, só volta a entregar imposto ao município a partir de 2028, por referência a 2027, ano em que perde a isenção adicional.

Na circunstância de o imóvel ter sido comprado em 2022, os três anos regulares do benefício fiscal aplicam-se em 2022, 2023 e 2024, somando mais dois extra, relativos a 2025 e 2026, significa que este proprietário só vai começar a pagar imposto em 2028, relativo ao ano de 2027, uma vez que a liquidação do IMI acontece sempre no ano seguinte ao do exercício sujeito a tributação tal como no IRS.

Também são elegíveis para a isenção do IMI por cinco anos os imóveis adquiridos para colocar no mercado de arrendamento, desde que o contrato seja para habitação própria e permanente, e preenchidos os requisitos já indicados em relação aos tetos para os ganhos anuais do senhorio, valor patrimonial da casa e data da alienação, de acordo com artigo 46.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

Assim, e de acordo com a redação introduzida pelo Mais Habitação, o EBF indica que “o período de isenção a conceder é de três anos, aplicável a prédios urbanos cujo valor patrimonial tributário não exceda 125 mil euros, prorrogáveis por mais dois, mediante deliberação da assembleia municipal, que deve ser comunicada à Autoridade Tributária e Aduaneira, por transmissão eletrónica de dados, até 31 de dezembro, para vigorar no ano seguinte”.

Os executivos camarários têm a faculdade de propor às assembleias municipais a extensão do período de isenção de três para cinco anos que depois podem aprovar ou rejeitar o benefício. Lisboa e Porto estão fora da lista das câmaras que estenderam o período de isenção assim como a maior parte das capitais de distrito com exceção de Leiria e Santarém.

Região centro concentra mais câmaras que estenderam o período de isenção

A região centro tem o maior número de autarquias que alargaram o benefício fiscal. Ao todo são oito, designadamente Estarreja, Vila Nova de Foz Coa, Vila Nova de Paiva. Alvaiázere, Leiria, Pombal, Rio Maior e Santarém.

Em segundo lugar, surgem, empatados, o norte e o sul, com quatro câmaras cada a aprovar a medida, nomeadamente Paços de Ferreira, Santo Tirso, no distrito do Porto, Vila Verde, no de Braga, e Valpaços, no de Vila Real. No distrito de Faro, Castro Marim, Lagoa, Portimão e Silves também avançaram com o apoio.

O município do Porto revelou ao ECO que optou por não avançar com esse instrumento, “porque, está em vigor, desde 4 de dezembro de 2018, o Regulamento de Isenções de Impostos Municipais do Município do Porto”, que prevê “a redução de 50% do IMI pelo período de cinco anos, prorrogável por mais cinco, para os prédios urbanos arrendados, desde que o valor a renda praticado cumpra as regras legais aplicáveis às rendas condicionadas (Lei n.º 80/2014, de 19 de dezembro)”.

“Esta medida fiscal, de iniciativa municipal, encerra um objetivo direcionado aos arrendamentos com renda condicionada, integrado no objetivo estratégico do executivo de promoção da habitação acessível na área do município, não se destinando, assim, a toda a habitação objeto de arrendamento, tal como o preconizado” na lei do Mais Habitação, “que se aplica à generalidade dos arrendamentos, independentemente do valor da renda praticada”, justifica a autarquia, liderada por Rui Moreira. De facto, os senhorios que celebrem contratos de arrendamento para habitação permanente podem beneficiar do alargamento da isenção do IMI, independentemente do valor da renda, ao abrigo do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Na zona da Grande Lisboa, apenas Cascais, Vila Franca de Xira e Moita deliberaram o alargamento da isenção do IMI para cinco anos. De salientar que, no caso do município cascalense, liderado pelo social-democrata Carlos Carreiras, o apoio “foi proposta pelo PAN, em sede de consulta prévia no âmbito do orçamento municipal”, indicou ao ECO fonte oficial do partido.

Quanto ao número de famílias estão beneficiar da isenção por mais dois anos no município de Cascais, fonte oficial da autarquia disse que “não era possível, na presente data, ter informação sobre o número de agregados abrangidos por esta medida”. “Essa informação só será disponibilizada pela Autoridade Tributária em 2026”, acrescentou.

Lisboa e Sintra também foram questionadas pelo ECO mas não responderam, sendo que o município da capital, presidido por Carlos Moedas remeteu para mais tarde novidades nesta matéria.

No Alentejo, apenas Vila Viçosa, no distrito de Évora, aprovou o alargamento da isenção do IMI por mais dois anos.

Falta de divulgação pelo anterior Governo e desconhecimento das câmaras

A fraca adesão dos municípios ao alargamento da isenção do IMI para cinco anos dever-se-á “à falta de divulgação pelo anterior Governo”, de António Costa, e “ao desconhecimento” autarquias, conclui Inês de Sousa Real, líder e deputada única do PAN, numa reação enviada ao ECO.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês de Sousa Real. MANUEL DE ALMEIDA/LUSAMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

“Relembro que falamos de uma medida que depois de aprovada não foi objeto de nenhuma divulgação por parte do anterior Governo e de uma proposta que apesar de importante mereceu pouca atenção pela comunicação social quando foi aprovada. Esta falta de divulgação pelo Governo e o desconhecimento por parte das câmaras municipais foi o que levou a que não houvesse tantas adesões como se esperava”, escreve a porta-voz do partido autor da proposta que deu origem ao benefício fiscal.

Apesar de apenas 6,5% dos municípios terem avançado com a não tributação dos imóveis por mais dois anos, “os números em apreço revelam que esta medida do PAN conseguiu chegar a zonas do país onde a crise da habitação se faz sentir com grande intensidade como os municípios de Cascais, Vila Franca de Xira e da Moita ou a região do Algarve (com quatro municípios a adotarem a medida)”, salienta.

Ciente de que esta ferramenta “teria uma implementação gradual nos 308 municípios do país”, o PAN propôs “uma norma transitória que permitia incluir no âmbito desta isenção” as primeiras habitações compradas desde 2020, lembra Inês de Sousa Real. Desta forma, explica, “os municípios poderão acolher esta medida e garante-se a inclusão de um maior número de famílias, mesmo que não seja logo neste que é o primeiro ano de vigência da medida”.

“Pelo potencial de alívio fiscal das famílias associado a esta medida”, o PAN entende que “é essencial que o Governo, no início deste que é o último semestre do ano e numa fase em que se começam a preparar os orçamentos municipais para 2025, faça um esforço de divulgação deste instrumento junto dos municípios, recorrendo para o efeito à Direção-Geral das Autarquias Locais para isso”, defende.

Neste sentido, o PAN propôs igualmente uma resolução que foi aprovada pelo Parlamento e publicada em Diário da República, no início de julho, que recomenda ao Governo “uma maior divulgação da possibilidade de prorrogação, por dois anos, da isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis na compra de casa própria”.

Para além disso, “é essencial que a Autoridade Tributária garanta uma maior divulgação pública deste instrumento junto dos cidadãos, revelando de forma simplificada a sua existência e os municípios onde se encontra em vigor”, vinca. A líder do PAN considera que “o conhecimento desta possibilidade pelos cidadãos poderá gerar uma maior pressão junto das câmaras municipais para assegurar a sua adoção”.

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13 pessoas detidas em Chicago durante protestos junto à Convenção Democrata

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Nos protestos, junto à arena onde arrancou a convenção democrata, participaram cerca de 3.500 pessoas e a maioria dos manifestantes eram pacíficos, segundo a polícia de Chicago.

Um total de 13 pessoas foram detidas no decorrer de protestos no primeiro dia da Convenção Nacional Democrata em Chicago, na segunda-feira, informou o superintendente da polícia daquela cidade nos Estados Unidos, Larry Snelling. A maioria das detenções esteve relacionada com uma “breve violação” da vedação de segurança nas imediações do pavilhão United Centre.

As 13 pessoas foram detidas sob acusações que vão desde invasão criminosa e resistência e obstrução a detenção até agressão agravada aos agentes da polícia. Outras duas pessoas tinham sido detidas no domingo, durante uma marcha de protesto, por destruição de propriedade privada e resistência a ordens de detenção. Até à manhã desta terça-feira foram detidas 15 pessoas no total.

Vários protestos foram planeados para decorrer ao longo da semana, incluindo um em frente ao Consulado de Israel na noite de hoje. Porém, a participação no comício principal, na segunda-feira, ficou muito aquém das estimativas dos organizadores, que previam a participação de mais de 20 mil pessoas.

Segundo o superintendente da polícia de Chicago, estiveram presentes cerca de 3.500 pessoas e a maioria dos manifestantes eram pacíficos. No entanto, alguns entraram em confronto com a polícia e laçaram gás pimenta contra as autoridades durante os confrontos no parque onde ocorreu uma brecha na vedação de segurança, segundo Snelling.

O parque onde foi feito o maior número de detenções fica a um quarteirão da arena onde decorre a convenção e serviu de ponto de destino para uma marcha de milhares de pessoas que pediam um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas. Várias dezenas de ativistas separaram-se do grupo principal, romperam a barreira de segurança e foram empurrados para trás pela polícia.

Segundo as autoridades, o perímetro de segurança interno em volta do United Centre não foi violado e não houve qualquer ameaça para os participantes na convenção. Na manhã desta terça foi instalada uma linha de vedação extra no parque e as altas barreiras metálicas foram reforçadas para evitar que os manifestantes as levantassem e removessem.

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Engie e Marubeni avançam com “cisão estratégica” de ativos portugueses

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Na divisão de ativos, a Engie fica com 5 parques eólicos e os ativos da Tejo Energia, Elecgas, Pegop e TrustEnergy. Já a Marubeni fica com 7 parques e a Turbogas, a Portugen e a TrustWind Services.

A joint venture entre a Engie e a Marubeni Corporation, acionistas da TrustEnergy, vai ser dissolvida para “aumentar o foco e a agilidade e impulsionar oportunidades de crescimento acelerado para cada um dos acionistas”.

A TrustEnergy, um dos principais players do setor energético português, anunciou hoje a decisão dos seus acionistas de se submeterem a uma cisão estratégica, resultando na dissolução da atual joint-venture entre a Engie (50%) e a Marubeni Corporation (50%)”, lê-se no comunicado enviado esta terça-feira.

Esta decisão foi “impulsionada pelo reconhecimento de que o setor está a passar por uma transformação significativa na nossa geografia, com o aumento da procura de soluções de energias renováveis e a evolução das preferências dos clientes”, explica a TrustEnergy.

As empresas asseguram que “todos os empregados da TrustEnergy têm os seus empregos assegurados e serão integrados nas organizações da Marubeni Corporation ou da Engie”, bem como que, durante todo o processo de transição, vão continuar a “cumprir os contratos existentes, a manter níveis de serviço de alta qualidade e a honrar os respetivos compromissos”.

“Após um período de reflexão e planeamento estratégico, ambos os acionistas da TrustEnergy decidiram seguir caminhos diferentes”, explica Célio Pinto, vice presidente da sucursal em Portugal da Marubeni Europower Limited, citado em comunicado, acrescentando que “esta decisão foi motivada pela ambição da Marubeni Corporation de se expandir como fornecedor de soluções energéticas e explorar novas oportunidades de negócio”.

Carlos Rosário, country manager de Portugal da Engie, destaca que “esta divisão estratégica é um passo no sentido de concretizar” as ambições da empresa de “construir um futuro mais sustentável e próspero para todos, através de um maior desenvolvimento das energias renováveis”.

Na divisão de ativos feita entre as empresas, a Engie fica com cinco parques eólicos e os ativos da Tejo Energia, Elecgas, Pegop e TrustEnergy. Já a Marubeni fica com sete parques e a Turbogas, a Portugen e a TrustWind services.

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Putin na Chechénia pela primeira vez em 13 anos

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

"O povo ficará contente. Ficará feliz por o Presidente [russo] ter vindo à República. Para nós, é estimulante, um impulso de energia. É uma grande alegria", declarou Kadyrov.

O Presidente russo, Vladimir Putin, chegou esta terça à noite à Chechénia, para uma visita à república russa do Cáucaso governada com “mão de ferro” pelo seu aliado Ramzan Kadyrov, onde não se deslocava desde 2011. “O Presidente russo, Vladimir Vladimirovich Putin, chegou à República da Chechénia. Está agendado um programa preenchido no âmbito desta visita”, afirmou Kadyrov na plataforma digital Telegram.

A televisão pública russa mostrou imagens da chegada de Putin, que saiu de um helicóptero e foi recebido na pista por Kadyrov e pelos seus assessores mais próximos. “O povo ficará contente. Ficará feliz por o Presidente [russo] ter vindo à República. Para nós, é estimulante, um impulso de energia. É uma grande alegria”, declarou ainda Kadyrov à comunicação social.

Segundo o chefe de Estado checheno, Putin iniciou a visita deslocando-se ao túmulo do seu pai e antecessor na Presidência da Chechénia, Akhmat Kadyrov, morto num atentado perpetrado por rebeldes islamitas em 2004. A visita de Putin à Chechénia segue-se à efetuada horas antes a Beslan, na Ossétia do Norte, outra república russa do Cáucaso. Nela, o Presidente russo prestou homenagem às vítimas do sangrento sequestro numa escola por um comando islamita checheno em 2004.

A Chechénia foi palco de dois conflitos mortíferos nas décadas de 1990 e 2000, que opuseram as forças federais russas a uma rebelião separatista que gradualmente se tornou islamita, se espalhou por toda a região e, em 2015, jurou fidelidade ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

A república russa é desde 2007 dirigida por Ramzan Kadyrov, cujas forças são regularmente acusadas de múltiplas violações dos direitos humanos no território. A visita de Putin ocorre numa altura em que as forças ucranianas lançaram, a 6 de agosto, uma ofensiva terrestre surpresa na região fronteiriça russa de Kursk, apoderando-se de dezenas de localidades. Há forças militares chechenas destacadas na região de Kursk precisamente para repelir essa ofensiva ucraniana.

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