Betano torna-se patrocinadora oficial global da Liga Europa e Liga Conferência

  • + M
  • 29 Agosto 2024

Depois de já ter patrocinado o Euro 2024, a Betano - que em Portugal é parceira dos três grandes - alarga a sua ligação ao futebol através do apoio a duas competições europeias até 2026/2027.

A Betano vai patrocinar a Liga Europa e Liga Conferência a nível global. A parceria tem início na presente época e estende-se até à temporada 2026/2027.

O anúncio foi feito pela UEFA, que divulgou que a empresa de gametech Kaizen Gaming – em conjunto com a sua marca Betano – seria patrocinadora oficial global da UEFA Europa League e da UEFA Conference League. A Stoiximan, outra marca da Kaizen Gaming que opera na Grécia e no Chipre, será a patrocinadora oficial de ambas as competições nesses países, refere-se em nota de imprensa.

“Perante o crescimento contínuo da Kaizen Gaming, através da oferta de uma experiência de entretenimento única suportada por políticas de jogo responsável, esta parceria com uma das organizações desportivas mais respeitadas do Mundo é um testemunho do nosso progresso e do contínuo trabalho árduo da nossa equipa“, diz Aris Dimarakis, vice-CEO da Kaizen Gaming, citado em comunicado.

Já por parte da UEFA, o diretor de marketing, Guy-Laurent Epstein, refere que se aguarda “com expectativa para ver como a Betano irá conseguir captar a paixão do futebol entre clubes europeus, para proporcionar ainda mais emoção aos fãs“. O acordo foi assinado no Mónaco, antes dos sorteios das competições de clubes masculinos da UEFA.

A Betano patrocinou este ano, pela primeira vez, o campeonato europeu de futebol. Como parte dessa parceria, a Kaizen Foundation e a UEFA Foundation For Children uniram-se de forma a apoiar o “Projeto 10.000 Sorrisos”, que permitiu que 10 mil crianças, de contextos socialmente desfavorecidos, assistissem a 40 jogos em dez estádios diferentes durante o Euro 2024.

Recentemente, a plataforma de apostas desportivas que está presente em Portugal há cinco anos apresentou uma nova imagem. Na altura, José Almeida, marketing manager da Betano Portugal, explicou ao +M a estratégia por detrás do rebranding da patrocinadora oficial do Futebol Clube do Porto, Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal, feito com o objetivo de dotar a marca de um caráter mais moderno e alinhado com a linguagem das grandes marcas mundiais.

A nova fase de grupos da Liga Europa, com 36 equipas, começa no dia 25 de setembro, enquanto a Liga Conferência, que também inclui 36 clubes, arranca oficialmente a 3 de outubro. O sorteio da fase de liga das duas competições acontece esta sexta-feira, dia 30 de agosto.

Recorde-se que a partir desta época, e entre 2024-2027, os canais em sinal aberto vão deixar de transmitir os jogos da Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência. Os direitos de transmissão são divididos entre os dois canais desportivo por cabo – Sport TV e Dazn.

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Confiança dos consumidores cai e clima económico estabiliza em agosto

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, "de forma moderada na construção e obras públicas e ligeiramente no comércio, tendo diminuído nos serviços".

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em agosto, após ter atingido em julho o máximo desde fevereiro de 2022, e o indicador de clima económico estabilizou, segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No mês em análise, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, “de forma moderada na construção e obras públicas e ligeiramente no comércio, tendo diminuído nos serviços”.

De acordo com o INE, a evolução do indicador de confiança dos consumidores em agosto resultou do contributo negativo das expectativas da realização de compras importantes, da situação económica do país e da evolução futura da situação financeira do agregado familiar.

Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo.

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país diminuiu em agosto, suspendendo a trajetória positiva observada desde novembro de 2022 e após ter atingido em junho o valor máximo desde fevereiro de 2022.

Quanto ao saldo das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar, “também diminuiu em agosto, interrompendo o perfil ascendente iniciado em dezembro de 2023”.

Por sua vez, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços “diminuiu significativamente no último mês, após o ligeiro aumento verificado em julho”, tendo o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentado em agosto, após ter diminuído nos dois meses anteriores, suspendendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro.

Na indústria transformadora, a confiança aumentou em agosto, após ter diminuído em julho, traduzindo o contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, enquanto as perspetivas de produção contribuíram negativamente.

O indicador de confiança aumentou em todos os agrupamentos: bens de consumo, bens intermédios e bens de investimento.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em agosto, após ter diminuído em julho, tendo a evolução no último mês refletido o contributo positivo das perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas “diminuiu ligeiramente”.

O INE detalha que o indicador de confiança aumentou nas divisões de promoção imobiliária e de construção de edifícios, e de atividades especializadas de construção, tendo diminuído na divisão de engenharia civil.

O principal fator limitativo à atividade indicado pelas empresas continuou a ser a dificuldade em recrutar pessoal qualificado, verificando-se nos últimos cinco meses um aumento da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, atingindo um novo máximo da série”, nota.

no setor do comércio, o INE dá conta de que o indicador de confiança “aumentou em julho e agosto, apenas ligeiramente no último mês, após ter diminuído no mês precedente”, traduzindo o contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa e das apreciações sobre o volume de ‘stocks’, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído negativamente.

Em agosto, o indicador de confiança aumentou no comércio por grosso e diminuiu no comércio a retalho.

Quanto aos serviços, viram o indicador de confiança diminuir em agosto, após ter aumentado no mês precedente. Segundo o INE, a evolução do indicador resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa, tendo as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído positivamente.

Os períodos de recolha de informação pelo instituto estatístico decorreram entre 1 e 19 de agosto no caso do inquérito aos consumidores, com 1.148 respostas obtidas por entrevista telefónica, e entre 1 a 23 de agosto no caso dos inquéritos às empresas.

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Euribor desce a seis e a 12 meses e mantém-se a três meses

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram nos prazos a seis e a 12 meses e manteve-se a três meses.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram nos prazos a seis e a 12 meses e manteve-se a três meses, e preparam-se para ter a maior queda em 15 anos.

  • A Euribor a três meses manteve-se no mesmo valor de quarta-feira, 3,505%, continuando acima das taxas Euribor a seis e a 12 meses.
  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, desceu 0,015 pontos para 3,376%, depois de, na quarta-feira, ter subido 0,006 pontos para 3,391%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, desceu 0,011 pontos para 3,108%, depois de no dia anterior ter subido 0,024 pontos para 3,119%.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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S&P deve manter rating de Portugal em “A-“

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Portugal deverá manter a classificação de risco junto da S&P, mas poderá ter mudanças na perspetiva positiva, estimam os analistas.

A Standard & Poor’s (S&P) vai avaliar o rating de Portugal esta sexta-feira, mas tudo aponta para a manutenção da notação em “A-“, decidida em março, enquanto a perspetiva positiva poderá ter mudanças, estimam analistas à Lusa.

“Nesta altura, os indicadores económicos mostram-se estáveis para Portugal”, além de que “as previsões para a condução da política monetária por parte do Banco Central Europeu são de estímulo pela redução das taxas de juro”, nota Vítor Madeira, analista da Xtb.

Desta forma, “o contexto será para que a capacidade de pagar com as suas obrigações por parte do Estado sejam semelhantes com as da última avaliação, sendo para nós provável que o rating seja mantido”, considera.

Já no que diz respeito ao outlook (perspetiva), atualmente positivo, o analista da Xtb salienta que “podem sempre existir mudanças”, nomeadamente já que “o contexto macroeconómico europeu não é muito animador e é claro que este pode impactar a direção que Portugal atravessa”.

“Além disso, a recuperação económica portuguesa tem vindo gradualmente acalmar, o que também pode indicar algum período de estagnação”, sinaliza.

Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, também aponta à Lusa que “o mais provável é que haja uma reafirmação da classificação de crédito em ‘A-‘”, mas “reiterando igualmente a perspetiva positiva do rating”.

“As tendências de descida do rácio da dívida pública face ao PIB nominal e de consolidação orçamental dever-se-ão manter nos próximos meses, mas, no entanto, o ritmo deverá abrandar relativamente ao verificado nos últimos dois anos, os quais foram caracterizados por uma elevada inflação que suportou consideravelmente a melhoria das contas públicas portuguesas”, indica o economista.

O responsável destaca ainda que, “nos últimos meses, o alívio fiscal, sobretudo ao nível do IRS, o aumento da despesa pública, essencialmente motivado pela subida dos salários dos funcionários do Estado, e uma eventual desaceleração do crescimento económico, são os principais entraves à manutenção da forte queda do rácio da dívida pública nacional observada desde 2022”.

Outro “obstáculo” à revisão em alta da atual classificação de crédito é, tendo em conta o “suporte parlamentar minoritário do atual executivo em funções, uma ameaça a eleições antecipadas na votação do Orçamento do Estado para 2025 em outubro”.

O economista sublinha que, nesta avaliação, a S&P vai tentar “perceber até que ponto o alívio fiscal e o aumento da despesa pública afetam a trajetória de queda da dívida pública e o excedente orçamental verificado em 2023“, tendo também em conta o atual “momento político”.

A pesar na análise da agência de notação financeira estará igualmente o contexto internacional, que pode afetar a economia portuguesa, nomeadamente o facto de a “economia alemã continuar a marcar passo e em território recessivo” e de o mercado de trabalho nos EUA estar a apresentar “gradualmente fragilidades”.

Em março, a S&P subiu o rating de Portugal de “BBB+” para “A-“, com perspetiva positiva, levando o país, treze anos depois, a estar entre os níveis ‘A’ de todas as principais agências.

O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

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Ana Patrícia Monteiro reforça equipa da BAS

A associada Ana Patrícia Monteiro vai dedicar-se ao acompanhamento de Parcerias Público-Privadas nas áreas de Direito Administrativo e de Contratação Pública da BAS.

A BAS reforçou a sua equipa com a integração de Ana Patrícia Monteiro, na qualidade de associada. A advogada vai dedicar-se ao acompanhamento de Parcerias Público-Privadas nas áreas de Direito Administrativo e de Contratação Pública.

“Com vasta experiência de contencioso, a sua atividade beneficiará ainda outras áreas estruturantes da atuação da BAS“, refere o escritório em comunicado.

Ana Patrícia Monteiro transita da MPABS – Menéres Pimentel, Ataíde, Bailão, Sevivas e Associados. O seu percurso conta com experiência nas áreas de Resolução Alternativa de Litígios (Arbitragem e Mediação), Insolvência, Direito Civil, Direito Administrativo e Contratação Pública, Contencioso Civil e Laboral e Contencioso Administrativo.

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Reservas de ouro do Banco de Portugal já valorizaram 19% desde o início do ano

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Banco de Portugal não comprou mais ouro nos últimos meses, mantendo a quantidade de cerca de 382,6 toneladas, mas, com a subida dos preços da onça, estas reservas já valem 27.469 milhões de euros.

O preço do ouro tem vindo a atingir máximos históricos, o que impulsiona o valor das reservas detidas pelo Banco de Portugal, que já se valorizaram 19% desde o início do ano.

O Banco de Portugal não comprou mais ouro nos últimos meses, mantendo a mesma quantidade, cerca de 382,6 toneladas, segundo indicou fonte oficial à Lusa. No entanto, o valor deste já aumentou, numa altura em que as perspetivas de corte de juros da Reserva Federal e as tensões geopolíticas têm impulsionado os preços deste metal precioso.

Esta valorização já tinha acontecido no ano passado, sendo que o Relatório do Conselho de Administração de 2023 indicava que “a quantidade de ouro detida pelo Banco não se alterou (382,6 toneladas), mas valorizou-se 9,3%”. O acréscimo de 1.993 milhões de euros face a 2022 resultou “da evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”, lê-se.

Este ano deverá acontecer o mesmo, sendo que a reserva de ouro já vale 27.469 milhões de euros, de acordo com os dados disponíveis no BPstat, o que compara com 22.978 milhões de euros no final de 2023.

O preço do ouro registou um máximo histórico na semana passada, ao atingir 2.531 dólares a onça, e tem estado a negociar em valores próximos dessa marca.

Apesar de o Banco de Portugal não estar a reforçar as reservas, existem bancos centrais a fazê-lo, o que também impulsiona os preços. Como sinalizou David Finger, Fund Manager na Allianz Global Investors, à Lusa, os bancos centrais estão a “aumentar as suas reservas de ouro para diversificar as exposições cambiais”.

Esta tendência também é destacada por James Luke, Fund Manager de Metais na Schroders, que escreveu numa nota de análise que “o agravamento das tensões entre os Estados Unidos e a China, e as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022, levaram os bancos centrais a comprarem um volume recorde de ouro como ativo de reserva monetária”.

“As mais de mil toneladas de ouro (20% da procura global) compradas pelos bancos centrais em 2022 e 2023, um ritmo que se manteve no primeiro trimestre de 2024, são potencialmente sísmicas”, considerou, apontando que é possível que a “atual dinâmica de poder incumbente/em ascensão, combinada com a fragilidade fiscal, que paira não só sobre a moeda de reserva emitida pelos EUA, mas todo o bloco económico desenvolvido, pode desencadear uma mudança sustentada para o ouro”.

Entre os bancos centrais que compraram mais ouro destacam-se os da China, Turquia e Índia, segundo o relatório de 2024 do Conselho Mundial do Ouro.

No primeiro trimestre deste ano, as reservas oficiais globais de ouro aumentaram em 290 toneladas métricas, o maior aumento no primeiro trimestre desde pelo menos 2000.

Já o banco central da Polónia tornou-se o maior comprador conjunto de ouro entre os bancos centrais no segundo trimestre de 2024 (empatado com a Índia). O presidente do Narodowy Bank Polski, Adam Glapinski, disse no início do ano que o banco central ia continuar a comprar ouro e que esperava que o metal precioso viesse a representar 20% das reservas do banco.

Como explica o Banco de Portugal, “o ouro monetário é um ativo de reserva, constituindo um meio de pagamento internacional e de reserva de valor” e no ano passado representava 57,7% dos ativos de investimento próprio da instituição.

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Governo falha quase 70% das medidas urgentes do plano para a Saúde

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

O Governo definiu 15 medidas urgentes a implementar no prazo de três meses no setor da saúde, mas apenas cinco (30%) eram dadas como concluídas até à tarde desta quarta-feira.

A grande maioria das medidas inscritas no Plano de Emergência e Transformação na Saúde consideradas urgentes pelo Governo continua por implementar. O Observador noticia que apenas um terço — ou seja, cinco das 15 medidas que deveriam ter sido concretizadas num prazo de três meses — foram, de facto, concluídas, citando a ferramenta de acompanhamento do plano disponível no site do SNS.

Segundo o jornal, o Ministério da Saúde começou por confirmar esta informação, mas, após a publicação da notícia do Observador, atualizou os dados do portal, dando mais cinco medidas como concluídas. Entre elas estão a atribuição de incentivos financeiros aos partos; a requalificação dos espaços de serviços de urgência; afetação de médicos de família aos utentes em espera com a capacidade atual do setor público (ou seja, segundo o Ministério da Saúde, a contratação de 900 médicos de família); a criação de um programa estruturado de saúde mental para as forças de segurança; e a contratação de psicólogos.

Porém, especialistas ouvidos pelo Observador contestam a implementação de algumas das medidas no terreno. O bastonário dos psicólogos, por exemplo, diz que “não tem nenhuma indicação de que o processo de contratação [de psicólogos] esteja em curso” e muito menos concluído. Quanto aos incentivos financeiros para a realização de partos, o presidente da Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente indicou que seria importante avançar com a medida, que ainda não se encontra implementada. Já no que toca à contratação de 900 médicos de família, cujos concursos foram abertos pelas Unidades Locais de Saúde de forma individual (o que tem vindo a atrasar o processo), é a própria associação que representa estes profissionais a garantir que o número de colocados até ao dia de hoje “é residual”.

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Municípios alertam que gestão do Alojamento Local deve ser acompanhada de financiamento

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

A ANMP considera que essa gestão "deve ser devidamente articulada com os instrumentos de planeamento existentes e integrada com outras vertentes de política pública além da habitacional”.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considerou esta quinta-feira que o reforço das competências dos municípios na regulação, fiscalização e promoção do alojamento local é o mais adequado tendo, contudo, de ser acompanhado da respetiva comparticipação financeira.

“A ANMP sempre entendeu que tinha de caber aos municípios — melhores conhecedores das necessidades habitacionais das suas populações e das efetivas demandas de alojamento turístico existentes no seu território — a gestão do dossier do alojamento local”, refere o parecer da ANMP ao decreto-lei que altera o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento local e que descentraliza os poderes de regulação da atividade para os municípios, aprovado pelo Governo PSD em 22 de agosto, e a que a Lusa teve acesso.

A ANMP salienta que essa gestão deve ser devidamente articulada com os instrumentos de planeamento existentes e integrada com outras vertentes de política pública além da habitacional, nomeadamente urbanística e ordenamento do território, política fiscal e taxas e estratégias de apoio social e desenvolvimento económico definida pelos poderes locais.

“O reforço das competências dos municípios neste domínio afigura-se-nos, assim, ser a abordagem mais adequada que pode, efetivamente, contribuir para a coexistência harmoniosa entre alojamento local e habitação”, sublinha.

Mas, a ANMP vinca que essa descentralização tem de ser “como manda a lei”, acompanhada dos devidos recursos económicos e financeiros e do tempo necessário à capacitação dos serviços e elaboração/implementação dos regulamentos.

Além disso, o parecer da ANMP, que foi favorável, destaca que as alterações introduzidas em matéria de alojamento local em prédios sujeitos ao regime de propriedade horizontal “beneficiariam de melhor ponderação e reflexão, pois os impactos desta convivência podem efetivamente potenciar conflitos entre residentes permanentes e hóspedes temporários, afetando a qualidade de vida e a tranquilidade, bem como o funcionamento normal destes edifícios, devido ao aumento do tráfego de hóspedes e à sobrecarrega das infraestruturas e serviços comuns dos prédios”.

A ANMP entendeu ainda ser importante dar resposta à “indefinição/dúvidas/inoperacionalização de muitas medidas do Mais Habitação e da manutenção de alterações ao seu abrigo efetuadas, muito potenciadas pela não atualização da Plataforma do Balcão do Empreendedor, gerida pela Agência para a Modernização Administrativa”.

Em 22 de agosto, o Governo aprovou o decreto-lei com as medidas sobre o alojamento local anunciadas em 8 de agosto que, entre outras coisas, volta a remeter para as câmaras municipais a decisão de pôr fim a alojamentos locais em edifícios de habitação.

Ao mesmo tempo, as câmaras podem não decretar o cancelamento imediato do registo de alojamento local e “convidar as partes a obterem um acordo”.

Os condomínios continuam a poder opor-se a alojamentos locais, mas têm de fundamentar essa oposição “na prática reiterada e comprovada de atos que perturbem a normal utilização do prédio, bem como de atos que causem incómodo e afetem o descanso dos condóminos”.

Simultaneamente, o Governo propõe a criação de um mediador para o alojamento local.

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BNP Paribas arrenda torre do Colombo por mais oito anos

Banco com 8.700 trabalhadores em Portugal concluiu a renegociação do contrato de extensão e expansão das suas instalações na Torre Ocidente pelo prazo de oito anos.

A Torre Ocidental é quase totalmente ocupada pelo BNP ParibasSouth Capital

O banco BNP Paribas vai manter-se instalado na Torre Ocidente do Colombo, em Lisboa, por mais oito anos, tendo concluído “recentemente a renegociação do contrato de extensão e expansão das suas instalações” neste imóvel até 2033.

A informação foi avançada pela consultora imobiliária Worx, que representou o banco francês nesta operação, envolvendo o arrendamento de mais de 27 mil metros quadrados de área para escritórios. A esmagadora maioria deste espaço já é ocupado atualmente pelo BNP.

Segundo Bernardo Vasconcelos, head of agency da Worx, esta será uma das maiores transações no mercado de escritórios “de sempre”. “É um dos maiores contratos que já foram assinados ao nível de arrendamento com uma entidade privada”, tendo “praticamente a dimensão da aquisição pela Caixa Geral de Depósitos do edifício WellBe“, acrescentou, referindo-se àquela que será a nova sede do banco público a partir de 2026.

O imóvel é gerido atualmente pela South Capital, uma empresa especializada na gestão de ativos imobiliários, e tem entre os seus proprietários o multimilionário francês Pierre Castel, fundador do Castel Group e um dos homens mais ricos de França, que detém muitos outros edifícios na capital.

O comunicado em que é anuncia a operação, envolvendo “cerca de 27 mil metros quadrados” de espaço de escritórios, segundo números da Worx, não refere valores e Bernardo Vasconcelos também não os quis revelar, justificando com a confidencialidade da operação.

Além do BNP Paribas, a Torre Ocidente do Colombo tem como inquilinos a Sonae Sierra e a farmacêutica Lilly, mas a South refere no seu site que o espaço é ocupado “quase exclusivamente pelo BNP Paribas”. Segundo Bernardo Vasconcelos, o novo contrato de arrendamento do BNP Paribas pressupõe ocupar a área atualmente usada pela Sierra.

Segundo uma nota de imprensa, “a Torre Ocidente está a ser alvo de obras de reestruturação, visando responder às necessidades que advêm de um modelo implementado de forma estratégica por um grupo com mais de 8.700 trabalhadores” no país. Esse modelo prevê “espaços de trabalho flexíveis”.

Citado no mesmo comunicado, o administrador do BNP Paribas com o pelouro operacional, Xavier Jombart, diz que desta aposta resulta, assim, a manutenção de “dois hubs em Lisboa (Torre Ocidente e Exeo) e um no Porto (Urbo)”. Este nível de presença, segundo o gestor, dá “resposta ao crescimento esperado dos próximos anos”.

O BNP Paribas também ocupa algum espaço de escritórios na outra torre do Colombo, e conta ainda com unidades instaladas noutros edifícios, um deles na Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa. A intenção do banco francês é concentrar as operações nos três hubs referidos por Xavier Jombart.

Em 2022, o BNP Paribas comprou à Avenue os edifícios Aura e Echo, inseridos no campus Exeo, num total de 37 mil metros quadrados de área e mais 13 mil metros quadrados de jardins abertos ao público. O espaço adquirido tem capacidade para acolher 5.000 trabalhadores em regime “flexível”, disse na altura o BNP Paribas, que já se encontra a usar os imóveis.

“Depois de mais de 35 anos a operar no mercado português, sentimos que este é o passo certo, reforçando um compromisso de longa duração”, diz Xavier Jombart. Segundo dados a que o ECO teve acesso, o BNP Paribas era um dos dez maiores empregadores de Portugal em junho, ocupando a oitava posição, depois da Randstad, mas à frente da TAP.

Também citado na nota, Bernardo Vasconcelos diz que, “após uma análise às alternativas existentes no mercado, a decisão do BNP Paribas foi a de prolongar a sua presença na Torre Ocidente, salvaguardando a sua expansão futura como ocupante institucional deste ativo”.

“É um sinal de confiança que, vindo de uma das principais instituições financeiras mundiais, nos reforça a convicção de que Lisboa continua a ser uma cidade atrativa para as principais multinacionais”, acrescenta.

Este mês, a consultora Savills publicou dados que mostram que Lisboa foi uma das cidades europeias onde a ocupação de escritórios mais subiu no primeiro semestre, em comparação com a média dos últimos cinco anos, tendo sido ultrapassada apenas por Praga, capital da República Checa.

(Notícia corrigida a 30 de agosto, às 15h06, depois de a South Capital ter clarificado ao ECO que Pierre Castel é um de vários proprietários do imóvel, através da participação num fundo. Uma versão anterior desta notícia sugeria que Castel era o único proprietário. Aos leitores e visados, um pedido de desculpas.)

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Carlos César acusa Governo de querer “gastar depressa até secar o poço”

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Presidente do PS acusou o Governo PSD/CDS de governar mal e de estar a gastar rapidamente a margem financeira deixada pelos socialistas.

O socialista Carlos César disse esta quarta-feira que o PS não vive obcecado com a votação do Orçamento do Estado (OE) para 2025 e acusou o executivo da Aliança Democrática (AD) de governar mal e promover a instabilidade.

“Este OE nunca será o nosso e nem o Governo terá o nosso apoio para a sua política geral, mas o nosso sentido de Estado obriga-nos a que ponderemos medidas e soluções, sejam fiscais ou sociais, que tornem o orçamento menos mau e o Governo menos perigoso”, salientou o presidente do PS, em Tomar, no primeiro dia da Academia Socialista.

Num discurso de mais de 45 minutos antes do jantar, perante uma plateia de jovens, Carlos César frisou que a apresentação de propostas não vai “aprisionar nem desviar” os socialistas da sua “interpretação mais autêntica do interesse nacional”. Salientando que o país é a “primeira preocupação”, o dirigente socialista referiu que compete ao PS, “sem se precipitar em ruturas políticas ou aproximações sem critério”, continuar a servir Portugal e cooperar com os Governos nas emergências.

O presidente do PS acusou o executivo de Luís Montenegro de “governar mal, desprezar o passado e pouco saber do futuro”, além de promover a instabilidade para se vitimizar e de “se afastar criteriosamente dos consensos para desvalorizar as alternativas e a opinião da pluralidade dos partidos com assento parlamentar”.

“O balanço destes quatro ou cinco meses de Governo bem se pode dizer, sem cair em exagero, que chegamos a um ponto em que o melhor que o Governo anuncia é muitas vezes o mais que o Governo copia do que já estava programado ou anunciado pelos Governos do PS”, sustentou.

Carlos César acusou ainda o Governo da AD de anúncios sucessivos “numa abundância de gastos às centenas de milhares e milhões de euros que provam que, no mínimo, não tem faltado dinheiro deixado pelo PS”.

O antigo líder parlamentar dos socialistas considerou que o país assiste atualmente a uma política de debilitação dos instrumentos do Estado e de funções de proteção dos cidadãos, “numa prática de desfazer o que está programado ou feito, numa irresponsável campanha alegre de destruição”.

Para o dirigente socialista, ao atual Governo da AD não se conhece uma “reforma a sério nem medida supostamente estrutural, que não se esvaia para lá da oratória e do reporte mediático” de pacotes ilusórios.

“O esforço do Governo parece ser um processo claro de gastar depressa e em força margem financeira que o Governo do PS deixou até secar o poço para não haver margem significativa de aprovação de propostas da oposição no próximo OE”, disse.

A terceira edição da Academia Socialista, dirigida a cerca de 80 jovens entre os 18 e os 30 anos, arrancou na quarta-feira em Tomar e prolonga-se até domingo.

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Hoje nas notícias: Orçamento, plano da Saúde e incêndios

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O secretário-geral do PS recusa a sugestão avançada por alguns socialistas de viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 sem negociação. O Governo definiu 15 medidas urgentes a implementar no prazo de três meses no setor da saúde, mas apenas cinco (30%) eram dadas como concluídas até à tarde desta quarta-feira. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Pedro Nuno Santos exclui viabilizar Orçamento sem negociação

O secretário-geral do PS recusa viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) sem negociação. Viabilizar o Orçamento “só porque sim” é “inaceitável”, considera Pedro Nuno Santos, contrariando as vozes que defendem que o partido deve viabilizar o documento mesmo sem negociar, para garantir a estabilidade política no país. Entre as personalidades que secundam a ideia de deixar passar o Orçamento sem negociação encontram-se Pedro Adão e Silva e Álvaro Beleza, enquanto o ex-primeiro-ministro António Costa defendeu que Portugal tenha um orçamento aprovado, mas também afirmou que é o Governo que “tem o dever de procurar uma maioria” e “deve criar condições para que o PS não inviabilize” o OE2025.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Governo falha quase 70% das medidas urgentes do plano para a Saúde

A grande maioria das medidas consideradas urgentes pelo Governo no Plano de Emergência e Transformação na Saúde continua por implementar. Apenas um terço, ou seja, cinco das 15 medidas que deveriam ter sido concretizadas num prazo de três meses foram, de facto, concluídas, de acordo com a ferramenta de acompanhamento do plano disponível no site do SNS. O Ministério da Saúde começou por confirmar esta informação, mas entretanto já atualizou os dados do portal, acrescentando mais cinco medidas como concluídas. Contudo, os especialistas contestam a implementação de algumas delas no terreno.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

Seguradoras pagam milhões em indemnizações por incêndios florestais

Os incêndios florestais de maior dimensão em Portugal, como os de Pedrógão Grande em 2017 ou os da ilha da Madeira em 2016, levaram as seguradoras a ter de pagar indemnizações muito elevadas. Só a seguradora Ageas pagou, desde 2016, 5,5 milhões de euros em indemnizações na sequência de incêndios florestais. Em cada ano e até 2022, os valores estiveram relacionados com grandes fogos: em 2016 deveu-se ao fogo na ilha da Madeira (1,7 milhões de euros); em 2017 ao de Pedrógão Grande (três milhões); em 2018 ao incêndio de Monchique (355 mil euros); e em 2022 por várias ocorrências registadas em Portugal Continental (496 mil euros). Também a Fidelidade contabiliza indemnizações altas por causa dos incêndios: desde 2016 e até agora já foram pagos 35 milhões de euros aos clientes lesados pelos fogos.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Mota-Engil arranca este ano obra do hospital de Lisboa

O CEO da Mota-Engil antevê que o Hospital de Lisboa Oriental começará a ser construído até ao fim deste ano. A parceria público-privada para o novo hospital da capital portuguesa foi adjudicada apenas este ano ao consórcio da construtora liderada por Carlos Mota dos Santos, no valor de 380 milhões de euros para os três anos de construção. A manutenção da infraestrutura irá ocorrer durante 27 anos e ascenderá a 143 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Falha no site do IGCP acelera venda de Certificados na app dos CTT

O AforroNet, o serviço online do IGCP que permite subscrever e consultar a carteira de produtos de aforro do Estado, como certificados de aforro e do Tesouro, está em baixo para “melhoria das condições de segurança”, sem que haja data para que volte a estar ativo. A alternativa tem sido o site dos CTT, que na terça-feira bateu o recorde de adesões e subscrições. Face ao mesmo dia da semana passada, verificou-se um aumento de 74% nas associações de contas e de 73% nas consultas dos produtos já existentes. Mas também se assistiu a uma subida da compra de novos títulos: de 27% no caso dos pedidos de subscrição e de 79% no que diz respeito ao valor aplicado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Empresas apontam mercado de trabalho como o principal desafio, até mais do que os impostos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Inquérito da AIP mostra que as dificuldades em recrutar surgem à frente do sistema fiscal enquanto responsáveis pelo baixos crescimentos e competitividade, na ótica de 300 empresas de vários setores.

Portugal vive quase em “pleno emprego” e as empresas continuam a registar dificuldades em recrutar, com uma em quatro a apontar o mercado do trabalho como o maior entrave à competitividade, segundo um inquérito da AIP — Associação Industrial Portuguesa.

“Nunca houve tantas pessoas empregadas, mas não são suficientes. Portugal vive praticamente em situação de pleno emprego, com muitas empresas a sentirem enormes dificuldades em encontrar os perfis que necessitam para reforçar as suas equipas para prosseguirem com as suas estratégias de crescimento”, apontou, em comunicado, a AIP.

Segundo um inquérito realizado pela AIP-CCI (Câmara de Comércio e Indústria), uma em cada quatro empresas referiu que o mercado trabalho é o maior desafio que enfrenta, constituindo um entrave à competitividade.

O mercado de trabalho está ainda à frente do sistema fiscal (23%) enquanto responsável pelo baixo crescimento e competitividade das empresas.

“Não podemos continuar com um quadro fiscal que é composto por 4.300 impostos e taxas e, ainda por cima, quando neles incidem 451 benefícios fiscais. Não faz sentido. É preciso que o Governo olhe para este problema que asfixia as empresas e a economia”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho.

A estes fatores que limitam a capacidade de crescimento das empresas portuguesas junta-se o contexto internacional, nomeadamente a tensão geopolítica e a conjuntura macroeconómica.

A análise da AIP revelou ainda que mais de metade das empresas considera que a sua situação financeira é “normal” e cerca de 40% como “boa” ou “muito boa”. Por sua vez, 7% disseram que é “má” e 1% que é “muito má”.

Entre os inquiridos, 35% referiram fazer uma gestão exclusivamente assente em fundos próprios e 49% admitiram que, pontualmente, recorrem a capitais alheios. Já 16% trabalham regularmente com crédito bancário.

Nunca houve tantas pessoas empregadas, mas não são suficientes. Portugal vive praticamente em situação de pleno emprego, com muitas empresas a sentirem enormes dificuldades em encontrar os perfis que necessitam para reforçar as suas equipas para prosseguirem com as suas estratégias de crescimento.

Comunicado da AIP

No que diz respeito ao investimento, 47% das empresas defenderam que será “igual” ao realizado em 2023 e 22% consideraram que vai ser “superior ao do ano passado”, enquanto 6% sublinharam que será “muito superior”.

O investimento em causa vai ser destinado, sobretudo, ao equipamento produtivo (29%), tecnologias de informação e comunicação (11%) e qualificação de recursos humanos (10,8%).

Para a AIP, é “preocupante” que a grande maioria das empresas ignore a importância do investimento e investigação e desenvolvimento para o futuro das organizações. Quase metade das empresas indicou que raramente investe nesta área.

A esta análise, realizada no início do segundo semestre, responderam perto de 300 empresas, incluindo sócios da AIP-CCI. Na edição de 2024, as empresas são dos setores dos serviços (32%), indústria (31%), comércio (23%) e construção (7%). Mais de 60% das empresas inquiridas têm um volume de negócios de até dois milhões de euros e 53% têm menos de dez colaboradores.

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