FMI alerta para riscos de descidas rápidas de juros e aponta primeiros cortes para segundo semestre

O Fundo alerta que a inflação deverá descer a um ritmo mais lento do que no ano passado e avisa que expectativas de cortes rápidos podem ameaçar descida de preços.

Os investidores têm-se mostrado muito otimistas em relação a uma mudança na política monetária, a anteciparem vários cortes de juros por parte dos grandes bancos centrais ao longo do ano. Vários membros do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal dos EUA têm procurado acalmar as expectativas dos investidores e agora é o Fundo Monetário Internacional (FMI) que vem avisar que os bancos centrais devem ser cautelosos a descer juros.

Gita Gopinath, a primeira subdiretora-geral do FMI, aconselhou os bancos centrais a gerirem as expectativas dos investidores em relação a rápidos cortes de juros de forma mais cautelosa, sob pena deste otimismo do mercado em relação a uma inversão do ciclo de juros alimentar uma nova subida da inflação.

A mesma responsável, em entrevista ao Financial Times no fórum económico de Davos, argumentou que a inflação deverá recuar mais lentamente este ano, devido a um mercado laboral mais restrito e elevada inflação nos serviços nos EUA, na Zona Euro e noutros países.

Gita Gopinath sugere que as taxas de juro não devem baixar antes da segunda metade do ano, argumentando que “o trabalho ainda não está feito”. Os bancos centrais “devem agir com cautela. Depois de cortar taxas, isso solidifica as expectativas de novos cortes de juros e pode acabar-se com um alívio muito maior – o que pode ser contraproducente”, avisa.

Com base nos indicadores que temos visto, esperaríamos que os cortes nas taxas de juro ocorressem no segundo semestre, e não no primeiro semestre”, concluiu.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, também apontou ontem o primeiro corte de juros para a segunda metade do ano, declarações que vieram refrear as expectativas dos investidores e determinaram um fecho negativo das bolsas europeias.

“Estamos a observar os salários, as margens de lucro, a energia e as cadeias de abastecimento”, referiu a presidente do BCE, anunciando ainda “ser provável” que a autoridade monetária da Zona Euro possa realizar os primeiros cortes das taxas diretoras no verão.

Atualmente, o mercado está a antecipar que o primeiro corte das taxas aconteça em abril e um segundo corte em junho. Estas declarações de Lagarde, juntamente à ideia de que “há um nível de incerteza e alguns indicadores que não estão ancorados no nível em que gostaríamos de os ver” contribuíram para retirar uma boa dose de otimismo ao mercado.

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Lusíadas Saúde investe 28 milhões em hospital em Alenquer e cria 500 empregos

Grupo liderado por Vasco Antunes Pereira continua empenhado na estratégia de expansão. A nova unidade no Campera Outlet Shopping, no Carregado, tem abertura prevista para o segundo semestre deste ano.

O Grupo Lusíadas Saúde vai investir mais de 28 milhões de euros num novo hospital no concelho de Alenquer. Localizado no Campera Outlet Shopping, no Carregado, a nova unidade hospitalar, criada de raiz irá criar cerca de 500 novos postos de trabalho. A abertura está prevista para o segundo semestre deste ano.

“Iniciamos o ano com mais uma demonstração firme da nossa estratégia de expansão. O Hospital Lusíadas Campera representa uma importante aposta do Grupo Lusíadas Saúde num concelho com uma oferta de saúde ainda com um elevado potencial de desenvolvimento. Não temos dúvidas de que as novas unidades não só reforçam o Sistema Nacional de Saúde, como também reduzem as assimetrias no acesso à saúde”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, citado em comunicado.

O Hospital Lusíadas Campera será uma unidade com cerca de 4.000 metros quadrados, constituída por 30 gabinetes de consulta, duas salas de bloco operatório, uma sala de gastroenterologia, uma área de imagiologia e um serviço de atendimento permanente.

 

A estratégia de expansão da Lusíadas Saúde contempla a abertura de unidades em novas localizações geográficas, assim como o reforço da resposta das unidades já existentes. Para além do investimento em Santa Maria da Feira e em Paços de Ferreira, o grupo já anunciou a abertura, em breve, do Hospital Lusíadas Vilamoura, a aquisição do Hospital Monsanto e a aquisição das Clínicas Dr. Well’s.

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De Abrantes a Vouzela, Governo apoia 228 regiões socialmente vulneráveis

Programa visa promover a inclusão social, combater a pobreza e reforçar a coesão nos territórios mais vulneráveis. Apoios variam entre 250 mil euros e 1,25 milhões dependendo do número de residentes.

O Governo definiu a lista de concelhos a intervencionar pela 5.ª Geração do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS-5G) nas regiões Norte, Centro e Alentejo. De Abrantes a Vouzela, o Executivo vai apoiar 228 regiões consideradas “socialmente vulneráveis“. Os apoios variam entre 250 mil euros e 1,25 milhões dependendo do número de residentes.

“O estudo com vista à identificação dos territórios de intervenção no âmbito do Programa CLDS – 5G, teve por base os fatores que tradicionalmente mais concorrem para a fragilização do tecido social dos territórios, tais como o desemprego, envelhecimento e pobreza, especialmente da pobreza infantil”, lê-se no decreto-lei publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Para definição do montante a atribuir aos territórios de intervenção, o valor base do financiamento, determinado em função da população residente, é o seguinte:

  • 250 mil euros para concelhos com menos de 6 mil habitantes
  • Entre os 260 mil euros e os 300 mil euros para os concelhos com pelo menos 6 mil habitantes e menos de 20 mil habitantes
  • Entre os 310 mil euros e os 350 mil euros para os concelhos com pelo menos 20 mil habitantes e menos de 60 mil habitantes
  • Entre os 400 mil euros e os 550 mil euros para os concelhos com pelo menos 60 mil habitantes e menos de 100 mil habitantes
  • Entre os 600 mil euros e os 1000 mil euros para os concelhos com pelo menos 100 mil habitantes e menos de 200 mil habitantes
  • Entre os 1.050 mil euros e os 1.250 mil euros para os concelhos com pelo menos 200 mil habitantes

“O montante do financiamento a atribuir resulta da conjugação da dimensão da população com a majoração a definir pelo número de vulnerabilidades identificadas pelos indicadores em cada perfil”, lê-se no decreto-lei.

De acordo com o decreto-lei publicado, “o critério de ponderação para majoração de financiamento corresponde a 10%, a atribuir aos concelhos, por cada uma das quatro vulnerabilidades identificadas pelos indicadores: territórios especialmente afetados por desemprego; territórios com situações críticas de pobreza infantil; territórios envelhecidos e territórios com reconfigurações sociodemográficas acentuadas.

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Deloitte investe em novo campus em Lisboa que vai criar 2.500 empregos

Deloitte vai construir novo centro em Lisboa dedicado à inteligência artificial, cibersegurança e computação quântica. Campus implica investimento de 25 milhões e dará emprego a 2.500 profissionais.

Vai nascer no Largo do Rato, em Lisboa, um novo centro tecnológico da Deloitte, que dará emprego a 2.500 profissionais qualificados. Em causa está um investimento de 25 milhões de euros, segundo explicou esta quinta-feira aos jornalistas António Lagartixo, CEO e managing partner do ramo português dessa consultora, na cerimónia de lançamento da primeira pedra.

Neste complexo de edifícios, vamos ter não só um conjunto de serviços baseados em tecnologia, mas também um cybersecurity operation center [um centro de cibersegurança] e um network operation center [um centro de operações em rede], que vão funcionar de maneira interligada com a nossa rede de centros de cibersegurança a nível mundial”, revelou o CEO.

O centro, cuja construção deverá estar terminada no fim do próximo ano, será também morada do novo hub da Deloitte dedicado à inteligência artificial generativa, acrescentou o mesmo responsável.

“Estas instalações visam dar um suporte mais adequado aos profissionais que estão no top of the edge“, sublinhou António Lagartixo, detalhando que o novo campus terá cerca de dez mil metros quadrados.

O CEO frisou ainda que este é um “investimento muito significativo da Deloitte em Portugal e, em particular, em Lisboa“. Em termos globais, a Deloitte tem um plano de investimentos de 75 milhões de euros em Portugal, num prazo de cinco anos. Desse montante, 25 milhões serão destinados para o novo campus, que acolherá 2.500 profissionais.

“Temos a ambição que venham a ser novos postos de trabalho“, adiantou o já referido responsável, que explicou também que os empregos em questão deverão ser ocupados “esmagadoramente por talento português. De notar que hoje a Deloitte conta com quase seis mil trabalhadores em Portugal, dos quais quatro mil em Lisboa.

Na cerimónia, esteve ainda presente Sami Rahal, CEO da Deloitte para a Europa Central e África. Destacou Portugal como um “destino atrativo” para os negócios e realçou que Lisboa e Porto são hoje ecossistemas vibrantes, em termos tecnológicos.

Sami Rahal lembrou também que a consultora que lidera tem vindo a fazer vários investimentos em Portugal, apontando como razões para tal a qualidade dos recursos humanos, as boas infraestruturas de comunicação, a fácil conexão a outras geografia e ainda a abertura das equipas para a colaboração.

Já o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, fez questão de salientar que Lisboa é, neste momento, a capital europeia da inovação. “Em dois anos, atraímos 54 empresas de tecnologia de ponta e 12 unicórnios, que criaram trabalho. Todas estas empresas anunciaram a criação de dez mil postos de trabalho“, assinalou.

Confrontado com a escassez de habitações para os trabalhadores, o responsável destacou o trabalho que a câmara tem feito na promoção da habitação acessível e criticou a oposição, por ter bloqueado o novo modelo que incluía os privados. Esta quarta-feira, a discussão da proposta de um novo modelo de parceria público-privada para habitação acessível em Lisboa foi adiada pela liderança PSD/CDS-PP por considerar que não existiam condições para a aprovar.

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Mar2020 apoiou portos de Sines e Sesimbra com 5,4 milhões

Com o apoio do Mar2020, o investimento na qualificação de 36 portos de pesca ronda os 43 milhões de euros.

O investimento nas infraestruturas portuárias, com apoio do programa Mar2020, totalizou quase 89 milhões de euros, com a qualificação dos portos a rondar 43 milhões. Na qualificação dos 36 portos de pesca foram investidos 9,2 milhões de euros no porto de Vila do Conde, 6,8 milhões de euros na Calheta e quatro milhões de euros no Porto de Sesimbra. A lota de Sines recebeu um investimento de 1,4 milhões.

“No total, o investimento realizado nestas infraestruturas portuárias ascendeu a 88,9 milhões de euros”, lê-se numa nota divulgada na página deste programa operacional.

Na modernização das lotas foram investidos cerca de 28 milhões, distribuídos por 24 concelhos. “Os maiores investimentos foram feitos nas Regiões Autónomas, nomeadamente na lota da Madalena (7,3 milhões), na lota do Funchal (5,6 milhões) e na lota da Horta (3,7 milhões). A lota de Sines teve o maior investimento no continente, com 1,4 milhões”, lê-se na mesma nota.

Já os locais de embarque intervencionados contabilizaram mais de 12 milhões de euros de investimento em 13 concelhos. O investimento apoiado em locais de abrigo representou 5,7 milhões de euros nos concelhos de Faro, Ílhavo, Lourinhã, Matosinhos e Póvoa de Varzim.

O programa Mar2020 atingiu 98% de execução da dotação programada até ao final de 2023, com 10.200 operações aprovadas.

O Mar 2020 é abrangido pela regra n+3, o que significa que, apesar da sua vigência terminar em 2020, são dados mais três anos para a sua execução. O dia 31 de dezembro correspondeu à data limite para os promotores pagarem as despesas, mas não o fim do programa, tendo em conta que se seguem passos como o envio dessas despesas para as autoridades de gestão dos programas em causa e a obtenção de “luz verde” por parte de Bruxelas.

O Mar2020, que se insere no Portugal 2020, tem como objetivo a implementação das medidas de apoio enquadradas no Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas FEAMP, estando entre as suas prioridades a promoção da competitividade e a sustentabilidade económica, social e ambiental, bem como o aumento da coesão territorial.

Este programa tem 505,2 milhões de euros de dotação, 392,5 milhões dos quais do FEAMP e 112,7 milhões do Orçamento do Estado.

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Investimento puxa pela economia, mas portugueses estão a consumir menos

Construção e serviços desaceleraram, enquanto atividade na indústria diminuiu em novembro. Já o investimento acelerou e impulsionou a atividade económica.

A atividade económica aumentou entre setembro e novembro, com o investimento a impulsionar. Por outro lado, o consumo privado desacelerou, segundo mostram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Já o clima económico também subiu em dezembro, ainda que se tenha verificado uma desaceleração nos serviços e uma queda na indústria.

“O indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, aumentou entre setembro e novembro, de forma mais intensa no último mês, após ter diminuído em termos homólogos em agosto”, indica o INE. Se virmos na perspetiva da produção, verificou-se uma desaceleração em volume da construção e em termos nominais dos serviços e diminuições na indústria.

Já na despesa, “os indicadores quantitativos de síntese de atividade económica e de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aceleraram em novembro de 2023, tendo o indicador de consumo privado desacelerado“, lê-se na nota do gabinete de estatísticas.

O consumo privado desacelerou mesmo numa altura em que a inflação está a abrandar, ainda que os preços se mantenham elevados. Dados para o conjunto do ano mostram que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média anual de 4,3% (7,8% em 2022). Por outro lado, os preços no produtor caíram, tendo registado uma variação média anual de -2,2% (depois de 20,5% em 2022, o crescimento mais elevado da série).

O INE revela ainda o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, e que “aumentou em novembro e dezembro, após ter diminuído entre julho e outubro”.

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Ferro e aço representam mais de metade do lixo exportado pela UE. Turquia foi o principal destino

Mais de metade dos 31,2 milhões de toneladas de resíduos exportados pelo bloco europeu em 2022 eram compostos por materiais ferrosos. Turquia foi o principais destino.

A União Europeia exportou 32,1 milhões de toneladas de resíduos para países terceiros, em 2022, menos 3% quando comparado com o ano anterior. Desse valor, mais de metade — 17,8 milhões de toneladas — diz respeito a resíduos de metais ferrosos, como o ferro e aço.

De acordo com o Eurostat, a Turquia foi o país que mais recebeu este lixo. Do total de resíduos exportados pelo bloco europeu, 12,4 milhões de toneladas tiveram como destino Ancara. Por seu turno, do universo dos resíduos ferrosos, foram enviados para aquele país quase dois terços (10,7 milhões de toneladas).

O segundo maior destino foi a Índia, que recebeu 3,5 milhões de toneladas de resíduos da UE em 2022, seguindo-lhe o Reino Unido (dois milhões de toneladas) e a Suíça, a Noruega e o Egito, que receberam 1,6 milhões de toneladas, cada um. O Paquistão fecha o top 5, tendo sido anfitrião de 1,2 milhões de todo o lixo produzido no bloco europeu, em 2022.

Além do destaque atribuído aos materiais ferrosos, o gabinete de estatística europeu sublinha que naquele ano foram também exportadas “quantidades consideráveis” de resíduos de papel, que ascenderam a 4,9 milhões de toneladas ou 15% das exportações de resíduos da UE em 2022. O principal destino foi a Índia, que recebeu 30% do total das exportações de resíduos de papel.

No que toca às importações de resíduos, estas diminuíram 5% desde 2021, ascendendo a 18,7 milhões de toneladas.

O Eurostat indica que a UE recebeu 4,2 milhões de toneladas de metais ferrosos (22% de todas as importações de resíduos) e 2,4 milhões de toneladas de papel (13% de todas as importações de resíduos). As maiores quantidades destes resíduos tiveram origem no Reino Unido — 1,3 toneladas ou 33% do total de resíduos de metais ferrosos e 1,2 toneladas ou 49% do total de importações de resíduos de papel.

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Digital Mindset: crucial para as pessoas e organizações

  • BRANDS' TRABALHO
  • 18 Janeiro 2024

Na era digital, o sucesso depende da mudança de mindset. Abraçar a tecnologia e ver os desafios como oportunidades. Cultivar um digital mindset não é apenas aconselhável, é imperativo para o sucesso.

No nosso panorama digital dinâmico e em constante evolução, cultivar um digital mindset surgiu como um imperativo crítico, tanto para os indivíduos como para as organizações. Este mindset ultrapassa as fronteiras tradicionais, incentivando-nos a pensar para além das abordagens convencionais de resolução de problemas e a adotar a tecnologia não apenas como uma ferramenta, mas como uma força transformadora para o crescimento.

Um digital mindset representa uma abordagem holística que vai para além da proficiência técnica. Representa uma mudança de mentalidade, incentivando os indivíduos a encarar os desafios não como obstáculos, mas como oportunidades de inovação e adaptação. Esta mudança é essencial, tendo em conta o ritmo acelerado dos avanços tecnológicos que redefinem a forma como vivemos e trabalhamos.

Individualmente, cultivar um digital mindset envolve adotar uma abordagem proativa e adaptativa em relação à tecnologia. Abrange uma compreensão profunda de como as ferramentas digitais podem ser aproveitadas para aprimorar objetivos pessoais e profissionais. Bem como não ter medo da mudança, mas ver os avanços tecnológicos como oportunidades de crescimento e melhoria.

Ao nível organizacional, as empresas que promovem um digital mindset estão melhor equipadas para navegar pelas complexidades do ambiente empresarial moderno, pois tornaram-se mais ágeis e resilientes face às rápidas mudanças tecnológicas.

Destacadas as vantagens que o digital mindset traz aos indivíduos e às organizações, este pode ser fomentado e desenvolvimento através da adoção e capacitação de algumas competências-chave.

De acordo com o World Economic Forum, adotar um digital mindset é fundamental para navegar nas incertezas colocadas pelas rápidas mudanças tecnológicas. Esta adaptabilidade não é apenas uma vantagem competitiva – é uma estratégia de sobrevivência num mundo onde a mudança é a única constante.

Adicionalmente, a Harvard Business Review destaca o papel do digital mindset na promoção de uma cultura de inovação nas organizações. Trata-se de cultivar um ambiente em que o pensamento criativo é encorajado, a experimentação é aceite e o fracasso é visto como um trampolim para o sucesso.

A resolução eficiente de problemas é outra característica de um digital mindset, segundo a Gartner. Os indivíduos com este mindset abordam os desafios com uma perspetiva orientada para a solução, tirando partido da tecnologia para encontrar soluções inovadoras e eficientes. Esta capacidade vai para além da resolução de problemas pessoais – enriquece o tecido de resolução de problemas de organizações inteiras.

A liderança desempenha um papel fundamental na formação e promoção de um digital mindset. Os líderes precisam de defender uma cultura que valorize a aprendizagem contínua, a experimentação e a abertura a novas ideias – não se trata apenas de se manter atualizado, mas de posicionar proativamente a organização para prosperar numa era de constante mudança.

Prioritizar a aprendizagem contínua é um tema recorrente nos debates sobre o digital mindset. As organizações que investem no desenvolvimento dos colaboradores garantem que as suas equipas se mantêm na vanguarda dos avanços tecnológicos. Este compromisso com a aprendizagem não é apenas um investimento nos indivíduos – é um investimento na capacidade da organização para se manter competitiva e relevante.

A agilidade e a flexibilidade são componentes essenciais de uma organização digitalmente madura. A capacidade de reagir rapidamente à dinâmica do mercado é acentuada quando associada a um digital mindset. Esta sinergia permite às organizações navegar pelas complexidades do panorama empresarial moderno com resiliência e previsão estratégica.

Digital mindset não é apenas uma palavra da moda – é um fator fundamental de sucesso na nossa era digital. A adoção deste mindset permite que os indivíduos e as organizações enfrentem as incertezas, promovam a inovação e se posicionem para um crescimento sustentado no nosso mundo em constante evolução. Cultivar um digital mindset não é apenas uma opção – é um imperativo para o futuro.

Renata Bobião, Senior Consultant EY, People Consulting

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Sofia Egídio é nova general counsel da Indico Capital Partners

Sofia Egídio assume a função de general counsel, reforçando a equipa da Indico Capital Partners. Transita da Fidelidade, onde era diretora jurídica de apoio ao investimento.

Sofia Egídio reforçou a equipa da Indico Capital Partners, assumindo a função de general counsel. Transita da Fidelidade, onde era diretora jurídica de apoio ao investimento.

“Sofia Egídio é reconhecida, nas organizações que integra, como parceiro estratégico, pela sua visão de negócio e orientação para os resultados, e tem mais de 20 anos de experiência multijurisdicional e multidisciplinar, tanto in-house como em escritórios de advogados, em todo o espetro societário, de investimento empresarial e assuntos jurídicos relacionados”, lê-se no comunicado.

Antes de ter integrado a Fidelidade, Sofia Egídio prestou assessoria ao Conselho de Administração da PME Investimentos, entretanto incorporada no Banco Português de Fomento, e pelo Conselho de Administração de fundos sob gestão desta, tendo antes integrado a Linklaters e a PLMJ.

A Indico Capital Partners é uma sociedade de capital de risco independente, sediada em Portugal, que investe em empresas ibéricas de tecnologia global e sustentável. Os fundos da Indico investem em deep tech, software como serviço, marketplaces, inteligência artificial, IoT, fintech, cibersegurança, web3 e empresas relacionadas com o oceano. A gama de investimentos da Indico vai, maioritariamente, do Pre-Seed à Série B (100k e 10M euros) em startups portuguesas e espanholas. Desde 2019, a Indico investiu 65 milhões de euros em 45 empresas, que levantaram mais de 1,8 mil milhões de euros de investidores globais.

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Taxa Euribor sobe em todos os prazos

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2024

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses, a seis e a 12 meses face a quarta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses, a seis e a 12 meses face a quarta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que avançou para 3,970%, ficou acima da taxa a seis meses (3,928%) e da taxa a 12 meses (3,660%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu esta quinta-feira para 3,660%, mais 0,064 pontos que na quarta-feira, depois de ter avançado a 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também subiu esta quinta-feira, para 3,928%, mais 0,066 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado a 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou esta quinta-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,970%, mais 0,067 pontos e depois de ter subido a 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, a 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Recibos verdes, salários e inteligência artificial. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" leva até si, todas as quintas-feiras, tudo o que precisa saber sobre o que está a fazer mexer o mercado de trabalho nessa semana.

O que está a fazer mexer o mercado de trabalho? Todas as quintas-feiras, o podcastAo trabalho!” conta-lhe tudo o que precisa saber. Esta semana falamos sobre o impacto da inteligência artificial nos empregos em todo o mundo, sobre as vantagens de ter uma experiência internacional durante o ensino superior, mas também sobre a proteção social dos recibos verdes e sobre o aumento das visitas dos inspetores do trabalho.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou aqui.

Começamos pela tecnologia. A inteligência artificial vai afetar os empregos, mas não de forma necessariamente negativa. Segundo o Fundo Monetário Internacional, quatro em cada dez empregos de todo o mundo vão ser impactados pela inteligência artificial. E o impacto será mais significativo nas economias avançadas.

Da inteligência artificial para os salários, ter uma experiência internacional durante o ensino superior dá acesso a salários melhores. Esta é uma das conclusões de um inquérito feito pelo Governo a 35 mil diplomados portugueses. Outra é que os diplomados com níveis mais elevados de qualificações superiores são “mais propensos” à mobilidade internacional, após se diplomarem.

Já quanto ao trabalho independente, a OCDE elogiou a “estratégia inovadora” de Portugal. Num relatório divulgado esta semana, a organização sublinha que o reconhecimento de uma subcategoria dos trabalhadores independentes permite proteção social acessível.

Por fim, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). De acordo com a inspetora-geral, a ACT quer fazer mais dez mil visitas inspetivas em 2024 do que fez no último ano. O sindicato que representa os inspetores tem, contudo, dúvidas quanto à sustentabilidade dessas metas.

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Portugal é o nono país da OCDE com a mais elevada taxa de desemprego

Desde agosto de 2020 que Portugal apresenta sistematicamente taxas de desemprego acima da média dos países da OCDE. Em novembro não foi exceção.

O mercado de trabalho no espaço da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da qual Portugal faz parte, continua a mostrar sinais de robustez.

De acordo com dados divulgados esta quinta-feira, a taxa de desemprego média nos 38 países da OCDE fixou-se em 4,8% em novembro, mantendo-se assim inalterada pelo nono mês consecutivo e no nível mais baixo desde janeiro de 2001 (início da série da OCDE).

A taxa de desemprego manteve-se inalterada em novembro em 20 países da OCDE com dados disponíveis, enquanto sete países registaram descidas e outros seis registaram aumentos da taxa de desemprego”, refere a OCDE em comunicado.

Portugal foi um dos países que não sofreu alterações na sua taxa de desemprego em novembro, que voltou a fixar-se nos 6,6%. No entanto, os atuais níveis de desemprego registados em Portugal permanecem acima da média da Zona Euro (6,4%) e da média da União Europeia (5,9%) e fazem de Portugal o nono país da OCDE com a mais elevada taxa de desemprego.

A baixa taxa de desemprego no seio da OCDE foi também acompanhada por uma estabilização da taxa de emprego no terceiro trimestre (que se manteve nos 70,1%) e por um ligeiro aumento da taxa de participação no mercado de trabalho para 73,8% no final do terceiro trimestre.

Segundo os economistas da OCDE, ambos os números são dos “níveis mais elevados registados desde o início da série, em 2005 e 2008, respetivamente”, com ambos os indicadores a “atingirem ou a aproximarem-se dos seus máximos históricos em nove dos 38 países da OCDE, incluindo França, Itália e Japão.”

Os dados divulgados esta quinta-feira revelam ainda que a taxa de emprego excedeu os 70% em quase dois terços dos países da OCDE, como sucede com Portugal desde o segundo trimestre de 2021. No entanto, a taxa de emprego diminuiu em 20 países da comunidade no terceiro trimestre de 2023.%).

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