As cadeias hoteleiras mais premium continuam a investir na Arábia Saudita com novos complexos de luxo

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

Cadeias hoteleiras de luxo como Marriott International e Six Sense continuam a expandir sua oferta por meio de novos complexos hoteleiros no Oriente Médio, reforçando a posição da Arábia Saudita.

A Marriott International localiza The St. Regis Riyadh, seu novo hotel de luxo número 500 na Arábia Saudita, reforçando a sua oferta de turismo experiencial por meio do descobrimento cultural das suas marcas The Ritz-Carlton, St. Regis Hotels & Resorts, W Hotels, The Luxury Collection, Edition, JW Marriott e Bulgari Hotels & Resorts.

Segundo Jenni Benzaquen, vice-presidente sénior das marcas The Ritz-Carlton e St. Regis Hotel & Resorts, “estamos expandindo o alcance da nossa carteira para o que chamamos de ‘novas fronteiras do luxo’, fugas que quebram fronteiras e combinam os desejos de aventura e exclusividade dos hóspedes”.

Ao longo de 2023, a marca procurou estimular a demanda por visitar novamente destinos de luxo preferidos pelos viajantes. Para 2024, a Marriott International está focada em oferecer novos destinos, escapadas éticas e um desejo de defender práticas sociais para que as viagens continuem sendo sustentáveis para as gerações futuras. Presente em 69 países com sua carteira de luxo, possui mais de 200 hotéis e resorts em desenvolvimento, incluindo cerca de 20 que serão inaugurados este ano.

Com este novo projeto, a Marriott International aposta em antecipar as tendências do espaço de luxo, enquanto o setor experimenta uma demanda crescente por viagens e experiências cada vez mais personalizadas. Como afirma Tina Edmundson, presidente de luxo da cadeia, “nossa missão é oferecer acesso incomparável aos destinos mais exclusivos e lugares mais remotos do mundo. A nossa carteira de produtos de luxo é complementada por experiências verdadeiramente excecionais para os hóspedes, o que nos permite estabelecer o padrão para o futuro das viagens, ao mesmo tempo em que continuamos inovando e abrindo novos caminhos”.

Por sua vez, o grupo hoteleiro Six Sense construirá um complexo em Wadi Safar, o grande projeto da Autoridade de Desenvolvimento de Diriyah Gate em Riad, Arábia Saudita, com um total de 80 quartos no topo da colina para oferecer aos hóspedes vistas panorâmicas do vale.

Este complexo é caracterizado por uma arquitetura de estilo Najdi como reflexo da cultura da região e por oferecer aos hóspedes extrema privacidade, já que os quartos estarão isolados. Como instalações de luxo, o hotel terá spa com salas de tratamento, hammam, academia e estúdio de ioga independente, além de espaços para eventos.

Todos estes novos investimentos estão inseridos no programa de transformação nacional da Arábia Saudita – a Visão Saudita 2030 -, com o objetivo de desenvolver e diversificar a base económica do país através do fortalecimento da posição de Al Madina Al Munawwarah como destino religioso de prestígio. Nesse sentido, a Visão Saudita 2030 prevê, entre outros objetivos, atingir 100 milhões de visitas anuais até 2030, alcançar uma contribuição do turismo para o PIB de 10% e criar um milhão de novos empregos no setor turístico.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de janeiro

  • ECO
  • 12 Janeiro 2024

Ao longo desta sexta-feira, 12 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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OPPO lança os imagine IF Photography Awards 2024 para fomentar a criatividade através da fotografia móvel

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

A OPPO acaba de lançar a edição de 2024 dos OPPO imagine IF Photography Awards, um concurso anual criado para impulsionar a excelência da fotografia móvel.

Esta edição do certame internacional conta com um júri composto por figuras emblemáticas do campo da fotografia, incluindo Steve McCurry, referência na fotografia contemporânea; o fotógrafo da National Geographic, Michael Yamashita; a mestra da Hasselblad, Tina Signesdottir Hult, e o membro da Magnum Photos, Alec Soth.

Os OPPO imagine IF Photography Awards 2024 contam com nove categorias diferentes (Paisagem, Retrato, Cores, Momentos Inesquecíveis, Moda, Instantâneo, Luz, Viagens e Coleção), criadas para que os fotógrafos possam dar asas à sua criatividade e compartilhar suas histórias e emoções capturadas através das câmaras dos dispositivos OPPO.

O primeiro prémio (Prémio Ouro) tem um valor de 24.000 dólares. Além disso, o vencedor terá a oportunidade de apresentar suas obras em exposições internacionais, como Paris Photo, e assinar um contrato com a empresa para se tornar um Fotógrafo OPPO com acesso prioritário a eventos especiais.

Também serão concedidos quatro Prémios Prata OPPO, dez Prêmios Bronze OPPO e cinco Prémios Juventude, além de quatro Menções Honrosas em cada uma das nove categorias. Os vencedores de todas as categorias receberão premios em dinheiro, os mais recentes dispositivos OPPO e terão oportunidades de projeção internacional.

Da mesma forma, a OPPO organizou diversos eventos, como OPPO imagine IF Workshop, OPPO imagine IF Community e OPPO imagine IF Academy, que oferecem a oportunidade de se relacionar com alguns dos melhores fotógrafos do mundo, aprender novas técnicas fotográficas e discutir as últimas ideias em imagem móvel.

Em 2023, os OPPO imagine IF Photography Awards atraíram mais de 700.000 propostas de usuários OPPO de 51 países e regiões. Os interessados em participar e saber mais sobre este certame internacional de fotografia podem visitar o site https://imagine-if.oppo.com/en/

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Autarca de Setúbal teme quebra de compromissos na habitação e saúde com mudança de Governo

André Martins assume "preocupação" com a eventual mudança nas tutelas políticas, depois de a Câmara de Setúbal ter assumido "compromissos financeiros bastante significativos" na saúde e na habitação.

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal está preocupado com a hipótese de o próximo Governo não manter os compromissos assumidos com a autarquia para a construção de centros de saúde e de mais habitação no concelho, num investimento superior a 100 milhões de euros, temendo que alguns dos custos acabem por ser suportados pelo município.

“À partida, esperamos que estejam garantidos estes investimentos, porque são parcerias do interesse de qualquer Governo, em que a Câmara Municipal também é parte interessada. Mas é uma preocupação que temos antes das eleições” legislativas de 10 de março, assinala André Martins, em declarações ao ECO/Local Online.

Enquanto isso, a autarquia continua à espera de aprovação do Executivo para avançar com a construção de um novo centro de saúde na cidade, envolvendo um investimento de 3,5 milhões de euros, cuja competência seria do Governo. “Confiámos na palavra do senhor ministro e demos andamento ao processo do Centro de Saúde da Bela Vista, mas a candidatura a financiamento ainda não foi aprovada. Não avançamos com a obra enquanto o Governo não garantir o financiamento”, garantiu André Martins.

“Não tendo nenhuma responsabilidade na construção destes equipamentos, a Câmara Municipal de Setúbal tem aqui um compromisso financeiro bastante significativo. Em primeiro lugar, porque disponibilizamos o terreno; depois comprometemo-nos também a fazer os projetos de arquitetura e da especialidade”, detalha André Martins, eleito pela CDU.

André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, acompanhado do Presidente da República

A intervenção do município não fica por aqui. “Comprometemo-nos a fazer os arranjos exteriores destes equipamentos e garantir as acessibilidades e, ao mesmo tempo, também somos nós que assumimos o lançamento dos concursos e o acompanhamento da obra”, descreve ao ECO/Local Online.

É que a autarquia acaba por ter mais despesas com estas intervenções, desviando verbas dos cofres municipais e que poderiam ter outros fins. “São custos significativos para o município e investimentos que, em vez de serem dirigidos para aquilo que são as competências próprias da Câmara Municipal, são destinados para esta área da saúde, que é competência do Estado Central., sustenta.

São custos significativos para o município e investimentos que, em vez de serem dirigidos para aquilo que são as competências próprias da Câmara Municipal, são destinados para esta área da saúde, que é competência do Estado Central.

André Martins

Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Ainda assim, a autarquia setubalense decidiu avançar com a parceria com o Governo para enfrentar a “muito complicada situação na prestação de cuidados de saúde às populações” do concelho, para a qual tem “chamado a atenção do Governo”. Por isso, explana, “embora não seja uma responsabilidade da Câmara, as questões da saúde são de importância maior para as populações, daí a parceria com o Governo”. “Assumimos ser parceiros na construção de três novos centros de saúde”, descreve.

O autarca cita ainda ao ECO/Local Online outro compromisso assumido com o Governo, que nos próximos dias vai entrar em gestão, para construir outro centro de saúde na cidade de Setúbal, num investimento de cerca de sete milhões de euros, cujo projeto também está a ser desenvolvido pelo município.

Também a componente da habitação é motivo de preocupação para o edil de Setúbal. “Temos outro compromisso na área da habitação, em que elaboramos uma estratégia de desenvolvimento para a habitação que foi aprovada pelo Governo e, portanto, assumimos lançar candidaturas para a requalificação de todo o património de habitação municipal“, explica.

O executivo tem uma dotação de 163 milhões de euros para reabilitação do edificado, através de candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E mais 67 milhões até 2026 para a construção de 500 fogos para atribuir em regime de renda apoiada e mais de 150 fogos para venda em regime de custos controlados.

Ao todo, são 3.700 fogos que precisam de ser requalificados, calcula o autarca. “Estão adjudicadas neste momento quatro candidaturas, que atingem um valor de 100 milhões de euros. Temos ainda mais quatro candidaturas que estão para apreciação no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e no Ministério da Habitação”, detalha. “Isto é um grande compromisso da autarquia, porque o PRR tem financiamento a 100%, mas é só relativamente aos valores de referência”, resume o comunista.

O nosso maior compromisso é aproveitar ao máximo os fundos comunitários, através do PRR, que é uma oportunidade única para garantir a requalificação de todo esse património municipal.

André Martins

Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Feitas as contas, no final, o orçamento poderá disparar e quem terá de pagar o diferencial será o município. “Há que ter em conta os valores do mercado porque os custos de mercado, como a falta de mão-de-obra, que implicam sempre revisões de preços. E depois, no final da obra, há sempre diferenças e algumas são significativas — que, muitas vezes, terão de ser assumidas pela Câmara”, sublinha Martins.

“O nosso maior compromisso é aproveitar ao máximo os fundos comunitários, através do PRR, que é uma oportunidade única para garantir a requalificação de todo esse património municipal”, assinala. “Esperemos que o novo Governo não venha por em causa esta parceria”, insiste.

Recusa integrar direção da Unidade Local de Saúde

Por outro lado, a autarquia recusou integrar a direção da Unidade Local de Saúde, criada pelo Governo para os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra. “Consideramos que, enquanto não estiveram resolvidos os problemas relacionados com compromissos assumidos com as populações, não devemos integrar órgãos de administração da saúde”, referiu André Martins, no final da apresentação do orçamento municipal para 2024, na ordem dos 239 milhões de euros.

A Câmara de Setúbal tem mais 30% de orçamento para 2024, o que representa “um crescimento de 100 milhões de euros desde 2021”, avança o presidente da autarquia. André Martins destaca, contudo, o maior peso das despesas de funcionamento do município, como é caso do “aumento do número de trabalhadores, do surto inflacionista e dos custos da energia”.

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5 coisas que vão marcar o dia

As contas dos maiores bancos dos Estados Unidos é um dos temas que vai marcar a agenda, neste final de semana.

Esta sexta-feira serão divulgados vários indicadores económicos importantes na China e no Reino Unido, num dia que será ainda marcado pelo arranque da divulgação de resultados anuais nos Estados Unidos. Em Portugal, os investidores vão estar a reagir às vendas preliminares de a Jerónimo Martins, em 2023.

Inflação da China abre o dia

Enquanto os investidores europeus estiverem a dormir será conhecido mais um dado da inflação, desta feita na China. Depois do índice de preços no consumidor chinês ter recuado 0,5% em novembro, a maior descida em três anos, os investidores aguardam esta sexta-feira a divulgação dos números da inflação no final do ano, na segunda maior economia global.

Como vai a economia do Reino Unido?

Na agenda para esta sexta-feira está a divulgação dos números mais recentes sobre a evolução do produto interno bruto (PIB) do Reino Unido. Segundo as estimativas dos economistas consulados pela agência Bloomberg, o gabinete de estatística britânico deverá revelar um ligeiro aumento do PIB em novembro, afastando uma recessão técnica. Os economistas preveem que a economia tenha crescido 0,2% em novembro, após uma contração de 0,3% em outubro.

Ações da Jerónimo reagem a vendas preliminares

As ações da Jerónimo Martins vão estar a reagir aos resultados preliminares divulgados pela retalhista, esta quinta-feira. Num ano marcado pela “progressiva redução da inflação alimentar e pela persistente contenção do consumo por parte das famílias”, o volume de negócios da Jerónimo Martins disparou 20,6%, para um total de 30.608 milhões de euros. O grupo justifica o “forte desempenho” de vendas com “foco na competitividade de preço e no crescimento em volume”.

Pedro Soares dos Santos destaca que, pela primeira vez, o grupo superou o “marco dos 30 mil milhões de euros de vendas”, notando, num comunicado enviado à CMVM, que “esta conquista traduz o reconhecimento pelos consumidores da consistência do foco das insígnias na liderança de preço e na melhoria contínua da oferta e da experiência de compra”.

Bancos dos EUA dão pontapé de saída nos resultados

Os principais bancos dos Estados Unidos divulgam os resultados relativos ao quarto trimestre de 2023. JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo e Citigroup têm agendado para esta sexta-feira a apresentação de resultados. Estes números serão importantes para verificar como é que o setor se está a preparar para um eventual aumento do malparado e se estão a realizar provisões. De acordo com um “research” do Goldman Sachs, a margem financeira dos maiores bancos norte-americanos deverá ter caído 10% no quarto trimestre, devido aos maiores custos suportados pelo setor com os depósitos, para refletir os juros mais elevados.

Lançamento do concurso para primeiro troço da Alta Velocidade

O concurso público internacional para o primeiro troço da Alta Velocidade Lisboa – Porto, que ligará o Porto a Oiã, no distrito de Aveiro, será lançado esta sexta-feira, durante uma cerimónia no Pragal para assinalar o momento, com a presença de António Costa. A primeira fase tem um custo estimado de 3.550 milhões de euros e envolve duas Parcerias Público-Privadas .Quando estiver concluída, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49.

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Salários até 130 mil euros. Estas são as 10 profissões mais bem pagas em Portugal

Cargo de diretor geral nos setores da indústria e serviços é o mais bem remunerado em Portugal, segundo o "ranking" que o Manpower Group avançou em primeira mão ao ECO. Salário chega a 130 mil euros.

O cargo de diretor-geral dos setores da indústria e serviços é, neste momento, o mais bem remunerado em Portugal, de acordo com um levantamento feito pelo Manpower Group, que foi avançado em primeira mão ao ECO. Entre as dez profissões com salários mais atrativos, há também vários cargos ligados à tecnologia, numa altura em que a cibersegurança e a inteligência artificial têm conquistado cada vez mais atenção. Já entre as profissões técnicas, os salários dos motoristas de pesados internacionais destacam-se.

Todos os anos, a empresa de recursos humanos Manpower Group prepara um ranking das dez profissões com os ordenados mais robustos em Portugal.

No último ano, por exemplo, com um salário até 120 mil euros, foi o cargo de diretor-geral da área de engenharia e indústria a conquistar o topo dessa tabela. Já este ano, a “medalha de ouro” vai para o cargo de diretor-geral dos setores da indústria e serviços, cujo salário varia entre 110 mil euros e 130 mil euros por ano.

Ao ECO, Pedro Amorim, corporate sales director do Manpower Group, explica que essa subida do salário da profissão mais valorizada é explicada pela inflação, mas também pela escassez de profissionais altamente qualificados, o que tem levado os ordenados a subir.

No caso do cargo de diretor-geral da indústria e serviços, em causa está, adianta o responsável, o “principal executivo” das empresas nessas áreas de atividade, sendo responsável por “liderar e supervisionar todas as operações e aspetos estratégicos“.

Espera-se de um diretor-geral da indústria e serviços que demonstre uma combinação de capacidade de liderança, visão estratégica, tomada de decisões assertivas e competências de comunicação eficazes.

Pedro Amorim

Corporate sales director do Manpower Group

“É responsável por tomar decisões estratégicas que afetam diretamente o desempenho e a orientação da empresa. Lidera a equipa executiva, define metas organizacionais e assegura a execução eficaz das iniciativas. Espera-se que demonstre uma combinação de capacidade de liderança, visão estratégica, tomada de decisões assertivas e competências de comunicação eficazes“, descreve o especialista em recursos humanos.

Pedro Amorim assinala ainda que outra das características “essenciais para o sucesso” neste cargo é a capacidade de adaptar a empresa a um “ambiente em mudança constante” e de estar continuamente à procura de inovação.

“Sendo uma posição de alta senioridade, exige-se experiência nos setores em que atua, bem como uma formação comercial e financeira sólida. Dada a instabilidade económica atual, esta função é uma das mais bem remuneradas para o ano de 2024“, sublinha a mesma fonte.

Em detalhe, num contexto de maior “turbulência”, os profissionais com capacidade de tomarem “decisões de forma ágil e assertiva” tendem a ser mais valorizados, em termos salariais e de benefícios, acrescenta Pedro Amorim. A “complexidade crescente das operações” e os “desafios económicos em evolução permanente” também contribuem para a valorização destes profissionais, aponta ainda.

O segundo lugar do pódio é ocupado por outro cargo na indústria: com um salário entre 90 mil euros e 130 mil euros, a posição de diretor industrial é a segunda mais valorizado, em termos salariais, em Portugal, analisa o Manpower Group.

Importa explicar que o diretor industrial é, nas palavras de Pedro Amorim, “crucial na gestão de uma central de produção“, uma vez que supervisiona todas as operações, de forma a assegurar a qualidade e eficiência.

“As suas responsabilidades vão desde a gestão da equipa até à manutenção da fábrica, exigindo, assim, competências que ultrapassam o conhecimento técnico operacional. Entre estas, destacam-se a gestão de pessoas e de equipas, a liderança, a estratégia e, ainda, a disciplina e organização“, salienta o corporate sales director.

Para este cargo, a formação em Engenharia é essencial, mas não basta. Antes, face à evolução tecnológica do setor industrial, espera-se que estes profissionais “procurem adquirir novos conhecimentos ao longo da carreira“.

“O cargo de diretor industrial é reconhecido como uma das funções mais bem pagas em 2024, essencialmente devido à sua relevância estratégica num contexto de retenção de talento desafiante. A complexidade das operações industriais requer líderes capazes de gerir eficientemente a produção, garantir a qualidade, manter a infraestrutura da fábrica e liderar equipas com competência“, realça Pedro Amorim.

Na visão do corporate sales director, estes são profissionais “musculados e com experiência comprovada, que impactam diretamente o desempenho e compromisso das equipas“.

Já a completar o pódio das profissões mais bem pagas aparece o diretor de compras, com um salário que vai de 80 mil euros por ano a 120 mil euros por ano.

O diretor de compras é o responsável pelo planeamento e controlo das aquisições de maquinaria, equipamentos e materiais da organização, alinhando-as com as políticas e necessidades das empresas.

Pedro Amorim

Corporate sales director do Manpower Group

Em causa estão os profissionais responsáveis pelo planeamento e controlo das aquisições de maquinaria, equipamentos e materiais da organização, “alinhando-as com as políticas e necessidades das empresas”.

“As suas responsabilidades incluem também a gestão de processos, como a contratação de novos fornecedores, e a implementação de estratégias de negociação para obter as melhores condições, abrangendo prazos de entrega e termos de pagamento, entre outros fatores”, explicita o já mencionado especialista em recursos humanos.

Esta é uma posição de senioridade elevada, que é especialmente valorizada num contexto de escassez de profissionais capazes de a desempenhar, destaca o Manpower Group.

Cargos tecnológicos entre os mais bem pagos do país

O lugar imediatamente a seguir ao pódio é ocupado por uma profissão que tem beneficiado, em termos salariais, do contexto de instabilidade económica: os diretores financeiros, cujo salário varia entre 90 mil euros e 100 mil euros por ano.

“O diretor financeiro é o executivo sénior responsável por supervisionar e gerir as operações financeiras de uma organização. Este profissional desempenha um papel estratégico na tomada de decisões financeiras, participando ativamente do planeamento e implementação de estratégias que visam o crescimento sustentável da empresa. É também responsável por gerir orçamentos, analisar investimentos, coordenar a elaboração de relatórios financeiros e assegurar o cumprimento de regulamentações“, enumera Pedro Amorim.

A formação em Finanças ou Contabilidade é fundamental, mas estes profissionais têm também de demonstrar competências analíticas, visão estratégica e profundo conhecimento do ecossistema económico e de mercado.

“A capacidade de comunicar informações financeiras de maneira clara e eficaz é crucial, assim como a aptidão para liderar equipas e colaborar com outros setores da empresa“, sublinha o Manpower Group.

Também em destaque neste ranking estão os diretores comerciais, com um salário que vai de 75 mil euros a 100 mil euros por ano. Por ser muito relevante na “concretização de novas oportunidades e abertura a novos mercados”, este cargo está a ser especialmente valorizado em 2024.

“O diretor comercial é responsável por impulsionar o crescimento das receitas e maximizar os resultados comerciais de uma empresa. Supervisiona as equipas de comerciais, define metas de vendas e implementa estratégias para alcançar esses objetivos”, relata Pedro Amorim.

Já as demais posições desta tabela são ocupadas por cargos ligados à tecnologia (ver tabela abaixo).

Assim, em sexto lugar, está o cargo de engenheiro de DevOps, com um salário entre 60 mil euros e 100 mil euros por ano. “Uma vez que esta função permite acelerar o processo de entrega de software, melhorar a qualidade do produto, aumentar a eficiência e, consequentemente, a satisfação do cliente, um profissional de DevOps revela-se um dos mais procurados pelas empresas, sendo também o sexto cargo mais bem remunerado em 2024″, frisa o Manpower Group.

Em sétimo, está o consultor SAP, com um vencimento entre 45 mil euros e 90 mil euros por ano, “devido à complexidade e variedade de ferramentas oferecidas por este sistema”.

Em oitavo, aparecem os especialistas em cibersegurança, com um salário que varia entre 40 mil euros e 90 mil euros por ano. “Devido ao aumento constante do número de ciberataques a organizações e empresas, que podem sofrer danos irreparáveis nos seus negócios, esta profissão tem vindo a ser cada vez mais procurada pelos empregadores e é, por isso, uma das mais bem remuneradas em 2024”, salienta Pedro Amorim.

Já em nono lugar, estão os cloud architects, com um ordenado que varia entre 60 mil euros e 85 mil euros, uma vez que são “cada vez mais as organizações que utilizam tecnologia na cloud para garantir o bom funcionamento dos seus negócios”.

E em décimo lugar, a fechar a tabela, aparece o cargo de engenheiro de software, cujo salário varia entre 42 mil euros e 75 mil euros por ano, segundo o Manpower Group.

A procura de software engineers especializados continua a crescer e a alargar-se a quase todos os setores, à medida que as empresas têm necessidades de software mais complexas.

Pedro Amorim

Corporate sales director do Manpower Group

“A procura de software engineers especializados continua a crescer e a alargar-se a quase todos os setores, à medida que as empresas têm necessidades de software mais complexas. Esta elevada procura, a par da falta de profissionais disponíveis no mercado, faz desta uma das funções mais procuradas em 2024 e também uma das mais bem pagas“, adianta Pedro Amorim.

Ao ECO, esse responsável realça que há alguma estabilidade neste ranking das profissões mais bem pagas, mantendo as funções tecnológicas “uma representação significativa” e as de direção em destaque, particularmente num contexto, como o atual, de incerteza.

Por outro lado, apesar de o ranking sofrer poucas alterações, há um desalinhamento entre os profissionais que as universidades estão a formar e as posições que são efetivamente valorizadas, no mercado de trabalho português, avisa Pedro Amorim. “A nossa perceção é de que, embora haja exceções, esse ecossistema ainda está algo desalinhado, nos currículos académicos propostos, face aquilo que são hoje as reais necessidades das organizações“, denuncia, apelando a uma maior aproximação entre empresas e academia.

Motoristas de pesados internacionais e chefs em destaque

Entre as profissões técnicas, os salários, mesmo os mais expressivos, são menos atrativos do que os associados às dez profissões referidas acima. Neste caso, o topo do pódio é ocupado pelos motoristas de pesados internacionais, cujo salário varia entre 32.200 euros e 41.300 euros por ano.

Esta é, salienta o corporate sales director do Manpower Group, uma “profissão exigente devido às longas horas de condução, à necessidade de conhecimento de várias regulamentações nacionais e internacionais e ao stress relacionado com prazos apertados“, sendo o isolamento social e os riscos associados a acidentes desafios significativos.

Já no segundo lugar deste pódio, estão os chefs de cozinha, cujo salário varia entre 23.800 euros e 35 mil euros.

“É obrigatório ser especialista numa determinada cozinha (italiana, japonesa, portuguesa, entre outras) e em determinados ambientes podem ser especialistas em mais do que uma cozinha, o que aumenta a complexidade do perfil. São necessárias competências e experiência em liderança de equipas, conhecimentos de idiomas e flexibilidade de horário“, relata Pedro Amorim.

E a fechar o pódio aparecem os gestores de conteúdos, com um ordenado que varia entre 22.400 euros e 25.200 euros por ano. Esta profissão tem sido valorizada, numa altura em que a procura por conteúdo digital de qualidade “está em ascensão”.

Do levantamento feito pelo Manpower Group, constam ainda os supervisores de logística (salários até 44.800 euros), os instaladores de painéis solares (até 28 mil euros), os técnicos de injeção (até 33.600 euros), os perfis multilingues (até 22.400 euros), os técnicos de gases fluorados (até 22.400 euros), os gestores de tráfegos (até 25.200 euros) e os técnicos de manutenção (23 mil euros).

A valorização dos salários, de forma global, em Portugal tem sido uma das reivindicações de vários partidos (incluindo o PS), já que os ordenados portugueses saem mal na fotografia europeia. “A realidade portuguesa apresenta, para as mesmas funções, salários inferiores aos da média da União Europeia”, confirma Pedro Amorim, que frisa que tal traz dificuldades ao nível da atração e retenção de talento.

As empresas têm avisado, contudo, que é preciso melhorar a produtividade e competitividade para que tal aconteça de forma sustentável.

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Novobanco encaixa 70 milhões com venda de duas jóias imobiliárias

  • Ana Petronilho
  • 12 Janeiro 2024

No fim de 2023 o banco fechou a venda do Arade, em Portimão, à Lintinvest por cerca de 30 milhões. Nessa altura, foi ainda fechada a transação do Cabanas Golf, em Oeiras, à RE Capital por 40 milhões.

O Novobanco só conseguiu vender dois dos cinco terrenos incluídos na carteira Eleanor, avaliada em 365 milhões e que representa mais de metade do valor total do portfólio de imóveis do banco que estão ainda por vender, que ronda os 600 milhões.

O ECO sabe que no final do ano passado foi vendido à Lintinvest, um promotor da zona das Caldas da Rainha, o terreno localizado junto à marina de Portimão, o Arade. A transação foi fechada por um valor ligeiramente inferior a 30 milhões de euros, abaixo dos 32 milhões pedidos pelo banco.

Além deste, foi ainda vendido à RE Capital, empresa pan-europeia de investimento, desenvolvimento e gestão de ativos, o terreno junto ao TagusPark, inserido no empreendimento Cabanas Golf. Este negócio foi fechado por um valor situado entre os 35 e os 40 milhões de euros.

O banco que nasceu com a queda do BES tinha como meta vender até ao final de 2023 os cinco terrenos que compõem a carteira Eleanor, que são considerados por Volkert Schmidt, CEO do Grupo Novobanco Real Estate, como os “melhores ativos” do banco.

No entanto, por causa de problemas de licenciamento e de arquitetura os investidores interessados nos outros três terrenos – dois em Lisboa (Amoreiras e no Parque das Nações) e um em Benagil – decidiram aguardar pela aprovação dos projetos pelas autarquias, não fechando o negócio. Estes três processos, estão, para já, suspensos, sabe ainda o ECO. Desta forma, dos 365 milhões pedidos pelo banco, só ainda foram arrecadados cerca de 70 milhões.

Nos terrenos vendidos vão nascer os projetos apresentados em maio pelo Novobanco que foram, entretanto, aprovados pelas respetivas autarquias. No caso do Arade, um terreno de 116 mil metros quadrados de área em frente à marina de Portimão, foi licenciada a construção de um hotel com 153 quartos a que se somam 613 apartamentos turísticos e outros 652 residenciais, ou seja, um total de 1.265 apartamentos.

Volkert Schmidt, disse que o projeto tem a dimensão “para criar uma nova Portimão” estando ainda prevista a construção de um imóvel de retalho e um jardim público.

Para o terreno de Oeiras, o Cabanas Golf, que conta com uma área bruta para construção de 80 mil metros quadrados, o projeto aprovado prevê construção de apartamentos turísticos, lojas e um campo de golfe.

Banco prevê vender Benagil até ao fim de 2024

O próximo terreno da carteira Eleanor que pode ser vendido é o de Benagil, no concelho de Lagoa, pelo qual o Novobanco está a pedir 52 milhões de euros.

O ECO sabe que há pelo menos três interessados para investir no terreno: a empresa que detém o grupo Sana, um grupo mexicano e um outro ucraniano.

O projeto previsto para as arribas de Benagil foi chumbado em 2018 pela Comissão de Avaliação do Impacte Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) por considerar que iria provocar um aumento de pressão humana sobre as pequenas praias, um aumento em quase cinco vezes do volume de tráfego rodoviário naquela zona e a artificialização de um troço protegido da costa. No entanto, o projeto chumbado pela APA foi alterado e o ECO sabe que o banco tem a expectativa de o conseguir licenciar e vender até ao final deste ano. Mas, para já, o processo de venda está suspenso.

O terreno fica localizado nas arribas junto à entrada das conhecidas grutas de Benagil e para aqui o projeto previsto será um hotel de luxo com 150 quartos, 288 apartamentos, a que se somam 242 moradias em banda e cinco villas de luxo. Esta propriedade tem uma área total de 59 mil metros quadrados.

O terreno de Benagil chegou às mãos do antigo BES depois de a Inland, uma das empresas de Luís Filipe Vieira, ter entregue o terreno ao banco por dívidas de um financiamento que ascendia a 48 milhões de euros.

Venda dos dois terrenos em Lisboa adiada para os próximos anos

Mais atrasada está a venda dos dois terrenos em Lisboa, que só deverá ser fechada nos próximos anos, por causa de atrasos no licenciamento. Trata-se do imóvel que fica na zona das Amoreiras, na Rua Artilharia 1, em frente ao hotel Dom Pedro – a jóia da coroa do Eleanor e para onde chegou a ser pensada a sede do Novobanco – e o outro terreno fica na zona dos Olivais Sul, em frente às instalações da Xerox.

Quando entrou no mercado, o terreno das Amoreiras – que o banco quer vender por um preço que ronda os 60% do total pedido pelo portfólio, os 365 milhões – despertou o interesse de vários investidores. Inicialmente, estavam na corrida por este ativo a Norfin, do grupo Arrow, a Vanguard, os americanos da Bain Capital, a Kronos, a Quest Capital ou a Sixth Street.

Mas perante o atraso no licenciamento, vários investidores desistiram do negócio e apenas continuam interessados a Bain Capital, a Sixth Street, a Norfin, um grupo brasileiro e um fundo americano, que o ECO sabe que apresentaram propostas com um valor bastante abaixo do que é pedido pelo banco e que fizeram saber que só apresentam propostas vinculativas depois de o projeto ser aprovado pela Câmara de Lisboa.

Em maio Volkert Schmidt disse que “há cinco anos” que a autarquia de Lisboa está a analisar alterações ao antigo projeto, que foi revogado em reunião de câmara no final de dezembro. Só com esta revogação a análise à alteração do projeto pode, então, ser avaliada pela autarquia aos comandos de Carlos Moedas.

Em causa está o aumento de 570 para 683 apartamentos de luxo com a conversão de área que inicialmente seria comercial para residencial. No novo projeto já está também prevista a construção do metro e de uma praça e jardim que serão espaços públicos.

No total, o terreno nas Amoreiras tem uma área de construção de mais de 133 mil metros quadrados onde vão ser edificados seis edifícios. O imóvel é da propriedade do banco desde 2014, depois da execução de dívidas à promotora Temple, do empresário Vasco Pereira Coutinho.

O Eleanor inclui ainda um terreno nos Olivais Sul, em frente às instalações da Xerox, com 88 mil metros quadrados de área, que também permite o desenvolvimento de um projeto de escritórios, serviços e retalho. O valor pedido pelo banco para este imóvel ronda os 43 milhões de euros e o CEO do Grupo Novobanco Real Estate contou em maio que estão em curso “negociações com a câmara de Lisboa para incluir no projeto apartamentos de arrendamento acessível”. Ou seja, uma das três torres previstas para o terreno será para arrendamento acessível, com 310 apartamentos.

Para atrair investidores, o Novobanco disponibilizou “condições especiais”, para financiar as obras dos projetos previstos naqueles terrenos. O investimento rondará os mil milhões de euros sendo que para o investidor existe um volume potencial de vendas de dois mil milhões de euros.

Quando nasceu o Novobanco, o total de ativos imobiliários estava avaliado em cerca de 3,5 mil milhões de euros.

Contactado pelo ECO, até à hora da publicação deste texto, o Novobanco não prestou qualquer esclarecimento sobre os negócios da carteira Eleanor.

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Infraestruturas de Portugal “convicta que há vários consórcios interessados” no TGV

Concurso público internacional para o primeiro troço da Alta Velocidade Lisboa - Porto é lançado esta sexta-feira. Obra deverá atrair interesse de construtoras portuguesas e espanholas.

A Infraestruturas de Portugal (IP) espera que o concurso público para o primeiro troço da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, que é lançado esta sexta-feira numa cerimónia no Pragal, atraia bastantes interessados.

“A Infraestruturas de Portugal está convicta de que há vários consórcios interessados no concurso da Alta Velocidade”, afirmou fonte da empresa responsável pelas redes rodoviárias e ferroviárias. A IP tem, de resto, recebido vários pedidos de informação de potenciais candidatos nos últimos meses.

O concurso público internacional para o primeiro troço da Alta Velocidade Lisboa – Porto, que ligará o Porto a Oiã, no distrito de Aveiro, é lançado esta sexta-feira. O momento será assinalado com uma cerimónia no Pragal, que contará com a participação do primeiro-ministro.

A primeira versão do projeto da Alta Velocidade foi apresentada em 1999, era António Guterres primeiro-ministro. Um quarto de século depois, é dado o primeiro passo para a concretização efetiva da construção.

A obra do primeiro troço está orçada em 1.950 euros, mais 300 milhões face ao valor avançado em setembro de 2022, na apresentação pública do projeto que, quando estiver concluído, permitirá fazer a viagem entre Lisboa e Porto em 1h15 minutos.

A dimensão do projeto deverá atrair grandes construtoras portuguesas e espanholas para o concurso público internacional. O consórcio vencedor será responsável pela conceção, financiamento, construção e manutenção do troço, em regime de Parceria Público-Privada (PPP). A concessão terá a duração de 30 anos, cinco para a construção e 25 para a gestão da linha, como avançou o ECO.

O projeto apresentado pelo Governo em 2022 prevê três PPP. Duas para a primeira fase, que inclui ainda o troço Oiã – Soure, e que terão um custo global estimado em 3.550 milhões de euros. Deverá estar em funcionamento em 2030, encurtando a viagem entre Lisboa e Porto de 2h49 para 1h59. O concurso para a segunda PPP terá de ser lançado já pelo novo governo.

A terceira PPP, correspondente à segunda fase, diz respeito ao troço entre Soure e o Carregado. Para a ligação entre o Carregado e Lisboa não estava ainda definido o modelo.

O Governo considera que o lançamento do concurso público é decisivo para a aprovação da candidatura de Portugal a 729 milhões de euros do Mecanismo Interligar a Europa, que será decidida pela Comissão Europeia em julho. Por estar em gestão desde dia 8, o primeiro-ministro considerou essencial o apoio do PSD.

O PS deu entrada com uma resolução que recomenda “o desenvolvimento das diligências conducentes ao início do concurso da Linha de Alta-Velocidade Porto-Lisboa”, que foi aprovada na terça-feira por todas as bancadas, com a exceção do Chega, que se absteve.

“Hoje é um dia histórico para a mobilidade e para o transporte público”, reagiu António Costa, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), após a votação. “Acho que é um momento que deve ser aplaudido, porque revela enorme maturidade democrática, e que é particularmente importante para um país onde as obras públicas são obsessivamente discutidas, e obsessivamente adiadas”, considerou.

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Engel & Völkers registou um volume de negócios em 2023 superior a mil milhões de euros

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

Embora os rendimentos do grupo tenham diminuído ligeiramente, de 1200 milhões de euros em 2022 para 1100 milhões de euros em 2023, foi um desempenho acima da média, em comparação com o mercado global.

“Graças à nossa vasta experiência em consultoria pessoal e ao uso de tecnologias digitais, estamos numa posição excelente para aproveitar as principais vantagens competitivas do mercado imobiliário”, afirmou Jawed Barna, CEO do Grupo Engel & Völkers.

Num contexto de aumento das taxas de juros, os agentes imobiliários enfrentam o desafio de alinhar as expectativas de preços entre compradores e vendedores. Nesse sentido, Engel & Völkers destaca a importância do serviço personalizado, especialmente ao oferecer soluções adaptadas às necessidades dos potenciais compradores.

Apesar das previsões de desaceleração do mercado imobiliário a médio prazo, Engel & Völkers pretende manter seu crescimento sustentável, focando na atração de especialistas do setor, expansão global, oferta de serviços personalizados aos clientes cada vez mais exigentes e investimento não apenas em formação de alta qualidade para seus assessores, mas também em inovação tecnológica, por meio de ferramentas como visitas virtuais de 360º, vídeos com drones e home staging digital.

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Parlamento aumenta sanção para ex-governantes que trabalhem em empresas de áreas que tutelaram

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2024

O texto final teve os votos favoráveis do PS, Chega, BE, PAN e Livre, o voto contra da IL e a abstenção de PSD e PCP.

O parlamento aprovou esta quinta-feira o texto que aumenta a sanção para ex-titulares de cargos políticos executivos que vão trabalhar para empresas privadas da área que tutelaram e que tenham sido privatizadas ou recebido incentivos durante o seu mandato.

O texto final apresentado pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados foi aprovado em votação final global com os votos favoráveis de PS, Chega, BE, PAN e Livre, voto contra da IL e abstenção de PSD e PCP.

Em causa estão alterações do PS a um projeto de lei do PCP com o objetivo de combater as chamadas “portas giratórias”. O PCP avocou para plenário a votação da sua iniciativa, mas todos os pontos votados acabaram rejeitados, tal como tinha acontecido na quarta-feira, na reunião da 14.ª comissão, tendo sido aprovadas apenas as propostas dos socialistas.

Com esta alteração, a Assembleia da República reforça o regime sancionatório previsto na lei do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos. Os deputados aumentam dos atuais três até aos cinco anos a inibição para o exercício de cargos políticos e altos cargos públicos para quem não cumprir a norma que estipula que os titulares de cargos com natureza executiva não podem, nos três após o fim do mandato, exercer funções em empresas privadas do setor que tutelavam.

A lei estabelece que este impedimento se aplica quando estiverem em causa as empresas que tenham sido privatizadas, beneficiado de incentivos financeiros ou benefícios fiscais de natureza contratual ou, ainda, aquelas em que tenha havido uma intervenção direita do ex-ministro ou secretário de Estado.

As alterações aprovadas estabelecem também que os ex-governantes não podem exercer funções em empresas privadas nestas condições “através de entidade em que detenham participação”. Os deputados decidiram ainda incluir que as entidades que contratem antigos titulares de cargos políticos em violação da lei “ficam impedidas de beneficiar de incentivos financeiros ou de sistemas de incentivos e benefícios fiscais de natureza contratual por um período de três a cinco anos”.

Já os comunistas propunham aumentar para cinco anos os impedimentos previstos e que as empresas que contratassem antigos titulares de cargos políticos em violação da lei ficassem obrigadas a devolver os apoios ou fundos de que tivessem beneficiado por decisão direta ou indireta do referido titular.

O PCP propôs que ficassem também impedidas de “celebrar contratos com o Estado ou com quaisquer entidades públicas, de beneficiar de quaisquer incentivos ou isenções que envolvam recursos públicos, bem como de aceder a fundos comunitários, por um período de cinco anos a contar da prática da infração”.

O plenário aprovou, também em votação final global, outro texto final da 14.ª comissão que altera a mesma lei e repõe o “regime de garantias quanto ao reassumir das funções profissionais por quem seja chamado ao exercício de funções governativas e da contagem do tempo de exercício de cargos políticos para efeitos de aposentação ou reforma”.

Este texto mereceu os votos a favor de PS, PSD, IL, PCP, BE, PAN e Livre e o voto contra do Chega. Com esta alteração, o parlamento acrescenta um artigo relativo às garantias de trabalho e benefícios sociais dos membros do Governo, que estipula que “não podem ser prejudicados na sua colocação, nos seus benefícios sociais ou no seu emprego permanente por virtude do desempenho de funções governativas”.

Fica também definido que “o desempenho das funções governativas conta como tempo de serviço para todos os efeitos, salvo para aqueles que pressuponham o exercício efetivo da atividade profissional” e que, no “caso de função temporária por virtude de lei ou de contrato, o desempenho de funções governativas suspende a contagem do respetivo prazo”.

Noutro artigo, relativo às garantias de outros titulares de cargos políticos, refere-se que este regime vai ser aplicável, com as necessárias adaptações, aqueles sem regime jurídico próprio. Numa intervenção antes das votações, o PCP defendeu a necessidade de reforçar o regime para combater a “promiscuidade entre público e privado”, enquanto PS e PSD salientaram o bom senso das alterações aprovadas e acusaram os comunistas de quererem introduzir “desequilíbrio” e “ir longe demais”.

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Fisco ainda admite cobrar IMI das barragens de 2019

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2024

"Aquilo que tenho a certeza é que nós fizemos e continuaremos a fazer os possíveis para garantir a liquidação e a cobrança destes impostos", afirmou Helena Borges.

A diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, Helena Borges, disse esta quinta-feira que não afasta a possibilidade de continuar a liquidar o IMI das barragens relativo a 2019.

“Não excluímos a possibilidade de continuar a liquidar impostos de 2019”, afirmou a diretora-geral da AT que está a ser ouvida na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), após requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE) sobre a caducidade do prazo de pagamento do IMI das barragens.

Lamentando que alguns deputados já tenham dito que o imposto caducou, afirmou que não exclui a possibilidade de ainda cobrar o imposto relativo a 2019, baseando essa possibilidade numa lei de 2020, aprovada no âmbito da pandemia de covid-19, que suspende os prazos de caducidade da liquidação dos impostos.

“Aquilo que tenho a certeza é que nós fizemos e continuaremos a fazer os possíveis para garantir a liquidação e a cobrança destes impostos”, afirmou Helena Borges, lamentando que se façam “julgamentos prematuros” e se condene uma instituição e pessoas dessa instituição “que estão a dar o seu melhor”.

Também esta quinta, o secretário de Estado dos Assunto Fiscais, Nuno Santos Félix, foi ouvido na COF para explicar o atraso no processo de cobrança do IMI, tendo indicado que até ao final de 2023 foi concluída a avaliação de 83 barragens, tendo sido emitidas notas de liquidação relativas a 32 destes aproveitamentos hidráulicos. No âmbito deste processo de avaliação das barragens, Helena Borges adiantou que já foram identificados até ao momento 225 destes aproveitamentos hidráulicos, precisando que, além das 83 já avaliadas, há 93 cuja avaliação está em curso.

Relativamente às 32 liquidações emitidas, precisou que correspondem ao mesmo número de barragens. Durante a audição, Helena Borges garantiu que este processo de avaliação das barragens e cobrança do IMI não é apenas uma prioridade do parlamento, mas também da AT, lembrando que não estão em causa apenas as seis barragens que a EDP vendeu ao consórcio liderado pela Engie, mas a totalidades destes equipamentos.

Segundo a diretora-geral do fisco, do total de barragens existentes, apenas 34 permaneciam inscritas na matriz desde o final da década de 80. “Das barragens de Bragança, apenas uma delas estava inscrita na matriz desde 1990. As outras nunca estiveram e por isso nunca pagaram imposto”, afirmou, considerando que “tem havido muito ruído” à volta deste tema.

A responsável da AT disse ainda que este é um “bom momento”, uma vez que há “orientações claras do Governo”, que estão a ser postas em prática e que a AT nunca as questionou. O município de Miranda do Douro apresentou, em 5 de janeiro, uma queixa-crime contra “pessoas singulares desconhecidas” na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa, por anulação de matrizes de IMI das barragens desde 2007.

 

 

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Zelensky diz que “conflito congelado” beneficiaria Rússia

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2024

"Temos de evitar que a Rússia volte a ser poderosa", disse Zelensky, depois de avisar: "Deem à Rússia dois ou três anos e ela esmagar-nos-á. Não tomaremos esse risco".

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quinta-feira que um “conflito congelado” permitiria à Rússia recrutar uma nova geração de jovens russos que vão servir de “carne para canhão” quando os combates fossem reiniciados. Em conferência de imprensa conjunta na Letónia com o seu homólogo letão Edgars Rinkevics, frisou ainda que as guerras terminam, enquanto “os conflitos congelados não têm fim”.

Uma situação na qual uma paralisia na guerra, sem resolução, permitiria à Rússia alimentar a sua população com “narrativas e desinformação” que justificariam o reinício dos combates mais adiante. “Temos de evitar que a Rússia volte a ser poderosa”, assegurou Zelensky em Riga, a última etapa de um périplo pelos Estados do Báltico, iniciado quarta-feira na Lituânia e que prosseguiu esta manhã na Estónia.

Por sua vez, o Presidente letão anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, que inclui obuses, helicópteros, armas antitanque e de defesa aérea, para além de munições de 155 milímetros, entre outras. A deslocação de Zelensky aos Estados do Báltico decorre num momento em que Moscovo e Kiev se acusam mutuamente de atingir deliberadamente civis nos seus ataques com mísseis, num contexto de escalada dos ataques.

Rinkevics não mencionou uma soma específica para o pacote de ajuda financeira a Kiev, mas afirmou que até ao momento a Letónia entregou à Ucrânia o equivalente a 600 milhões de euros, cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Zelensky agradeceu a ajuda e saudou a decisão do Parlamento letão de nacionalizar um centro cultural russo em Riga, que considerou correta e inserida na perspetiva de confiscar propriedades russas em território da União Europeia.

Previamente, e no decurso da deslocação a Talin, capital da Estónia, Zelensky considerou que uma “pausa” na defesa da Ucrânia contra a invasão russa permitiria “esmagar” o país, no segundo dia do seu périplo pelos Estados do Báltico. “Deem à Rússia dois ou três anos e ela esmagar-nos-á. Não tomaremos esse risco (…). Não haverá uma pausa a favor da Rússia”, declarou em resposta a uma questão durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo estónio Alar Karis.

“Uma pausa no campo de batalha, no território da Ucrânia, não é uma pausa na guerra. Isso não significa o fim da guerra. E nem conduzirá a um dialogo político com a Federação da Rússia ou com qualquer outro”, insistiu. A passagem por Talin, segunda etapa de uma deslocação aos três Estados do Báltico, também ex-repúblicas soviéticas e fiéis aliados da Ucrânia, decorreu no âmbito dos esforços destinados a reforçar o apoio a Kiev quando se aproxima o segundo ano do início da guerra.

Zelensky também sublinhou a importância da ajuda internacional ao país, e lamentou o bloqueio pela Hungria de uma ajuda europeia de 50 mil milhões de euros. “Existe um atraso e o bloqueio de um importante pacote financeiro sem o qual é impossível sobreviver. Digamos que é difícil”, declarou numa conferência de imprensa conjunta, desta vez acompanhado pela primeira-ministra estónia Kaja Kallas.

Em resposta, Kallas assegurou o apoio da Estónia à Ucrânia “até à vitória” e sublinhou que “a liberdade deverá ser a melhor arma contra a tirania”. Reiterou ainda a promessa do seu Governo de consagrar 0,25% do PIB do país em ajuda militar à Ucrânia no decurso dos próximos quatro anos. “Esperamos que sirva de exemplo a todos os outros”, acrescentou Kallas.

O Presidente ucraniano também repetiu que a adesão à NATO constitui a melhor garantia de segurança para o seu país e para a região. A NATO garantiria desse forma “um Exército dotado de experiência militar, não teórica mas prática”, acrescentou.

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