Oito em 10 internautas portugueses consomem áudio digital

  • + M
  • 10 Maio 2024

Com cerca de 78,2% dos inquiridos a revelar que ouve áudio digital diariamente, a média de horas de consumo deste tipo de conteúdos é de 14 horas por semana.

Oito em cada 10 (83,5%) utilizadores de internet em Portugal consomem áudio em formato digital, seja através de rádio, música ou podcasts. Já 57,3% referem que este consumo é feito através da escuta de rádio em tempo real através dos sites ou aplicações móveis das rádios.

As conclusões são do “Estudo sobre Consumo de Áudio Digital em Portugal”, realizado pela Marktest para a Bauer Media Áudio Portugal, junto de internautas portugueses com mais de 15 anos, tendo sido realizadas 808 entrevistas, entre os dias 16 e 29 de fevereiro de 2024. “Consumo de áudio digital”, refere-se ao consumo de rádio, música ou podcasts através da internet.

O consumo de áudio digital parece ser uma tendência crescente, sendo que 38,7% dos portugueses ouviram mais conteúdos digitais no ano passado, em particular de podcasts. Já 31,9% esperam aumentar o consumo de áudio online nos próximos 12 meses.

“A morte da rádio tem vindo a ser sucessivamente anunciada, primeiro com a televisão, depois com a internet, e agora com o streaming. Contudo, o que estes dados nos mostram é que uma grande parte da população – e é transversal a todas as gerações – continuam a ouvir rádio, embora agora a consumam de uma forma digital“, refere Salvador Ribeiro, CEO da Bauer Media Áudio Portugal, citado em comunicado.

“Este estudo abre muitos caminhos para o futuro do áudio digital e para podermos continuar na frente desta transformação, percebendo os ouvintes e dando-lhes aquilo que eles querem ouvir”, acrescenta.

A principal diferença nos hábitos de consumo verifica-se entre as diferentes faixas etárias, sendo que a quase totalidade (98,4%) da geração Z –que nasceu entre 1996 e 2010 — indica consumir áudio digital. Desses, 38,1% diz fazê-lo através de rádio em tempo real através do site ou apps das rádios.

Esta percentagem vai baixando progressivamente à medida que aumenta a idade dos ouvintes, sendo que entre os baby boomers — que nasceram entre 1946 e 1964 –apenas 68,4% refere consumir conteúdo áudio de forma digital, com 67,8% destes a ouvir rádio em tempo real através do site ou das apps das estações de rádio.

Por outro lado, os dados mostram também não existir uma diferença substancial no consumo de áudio digital em termos de género, sendo que 83,2% da população masculina diz consumir áudio em formato digital, muito em linha com o público feminino, que fica ligeiramente acima, com 83,7.

Com cerca de 78,2% dos inquiridos a revelar que ouve áudio digital diariamente, a média de horas de consumo deste tipo de conteúdos é de 14 horas por semana.

A música é, de forma expressiva, o conteúdo mais consumido pelos internautas portugueses (80%), à qual se segue o humor (42,6%) e o entretenimento (38,3%). No entanto, na geração dos baby boomers, os conteúdos humorísticos perdem destaque em prol dos conteúdos relacionados com notícias e temas políticos.

o smartphone é a tecnologia mais utilizada (67,1%) para consumo de áudio digital, principalmente pela geração Z, junto da qual este número sobe para 82,2%. Os rádios dos carros (50,7%) – seja em modo connected car ou com outro dispositivo em bluetooth – e o computador (48,9%) completam o top três.

Em termos de plataformas, YouTube (77,7%) e Spotify (58,4%) lideram o ranking, seguindo-se as apps de estações de rádio (42,3%).

De um modo geral, os internautas portugueses consomem áudio digital maioritariamente quando estão a conduzir (54,9%). Mas junto da geração Z este consumo também é comum em conjunto com a atividade desportiva (46,1%) ou com as deslocações em transportes públicos (49%). Já quanto aos baby boomers em específico, estes ouvem conteúdos de áudio principalmente em contexto de condução (57,8%), mas também para relaxar (56,6%) ou no desempenho de tarefas domésticas (54,8%).

Dentro do consumo de podcasts, quatro em 10 inquiridos (40,8%) garante ouvir este tipo de conteúdos, sendo o período noturno, entre as 19h e as 0h, o preferido. A opção pela audição de podcasts faz-se maioritariamente por uma questão de escolha pessoal (65,3%), mas também pelo facto de o utilizador querer manter-se atualizado (51,1%), aprender algo novo (50,7%) ou acompanhar um tema ou apresentador (42,5%).

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Europeias: ADN interpõe providência cautelar contra televisões por não participar nos debates

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

A antiga deputada Joana Amaral Dias é a cabeça de lista do ADN às eleições europeias, com o objetivo de conseguir pelo menos um mandato no Parlamento Europeu.

O Alternativa Democrática Nacional (ADN) interpôs uma providência cautelar contra a RTP, SIC e TVI por estas televisões não integrarem o partido nos debates televisivos para as eleições europeias de 9 de junho, anunciou o ADN.

Em comunicado, o ADN justifica a providência cautelar, considerando que “não estão a ser respeitados os princípios da imparcialidade, igualdade e pluralismo político, princípios basilares, na organização dos debates eleitorais“.

Pese embora o ADN não ter assento parlamentar europeu, os partidos Chega, Iniciativa Liberal e Livre também não o têm, pelo que não se compreende comportamento diferenciado das candidaturas“, sublinha o partido.

O ADN salienta que os “critérios de decisões jornalísticas relacionadas com a participação dos partidos nos debates eleitorais televisivos, não podem contrariar os comandos legais que concretizam os princípios constitucionais designadamente, o Princípio de Igualdade de oportunidades e tratamento de diversas candidaturas”.

No entendimento do ADN, a liberdade editorial por parte dos meios de comunicação social, não pode sobrepor-se às normas constitucionais.

O partido lembra que nas eleições Legislativas de 10 de março, o ADN contou com mais de cem mil votos, “ou seja, teve praticamente quatro vezes mais votos que o partido imediatamente a seguir colocado, fazendo com que seja o único partido com direito a subvenção pública, mas que ainda não tem representação no Parlamento português“.

Na opinião do partido, “é uma extrema violação do princípio da igualdade de oportunidades não incluir no programa de debates televisivos dos partidos com direito a subvenção pública o partido ADN“.

Recorda igualmente que nas eleições europeias que ocorreram no dia 26 de maio de 2019 apenas o PS, PPD-PSD, BE, PCP-PEV, CDS-PP e PAN elegeram deputados para o Parlamento Europeu.

“Partidos como o Chega, Iniciativa Liberal e Livre não elegeram deputados na eleição anteriormente mencionada, como é de conhecimento comum e estão neste plano em igualdade de circunstâncias com o partido ADN”, refere o partido.

A antiga deputada Joana Amaral Dias é a cabeça de lista do ADN às eleições europeias, com o objetivo de conseguir pelo menos um mandato no Parlamento Europeu.

As eleições para o Parlamento Europeu, em que os eleitores dos 27 Estados-membros escolhem os 720 deputados, decorrem entre 06 e 09 de junho. Em Portugal, a votação está marcada para dia 09, escolhendo-se os 21 representantes nacionais no hemiciclo europeu.

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Mais de metade dos CEO nacionais acredita que a IA vai aumentar a eficiência das suas empresas

Cerca de metade das empresas em Portugal ainda não incluiu soluções de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) nos seus negócios. No entanto, essa realidade deverá mudar em breve.

Cerca de metade dos líderes em Portugal revela que ainda não integrou modelos de inteligência Artificial Generativa (GenAI) nos seus modelos de negócio. Ainda assim, os CEO portugueses acreditam que esta tecnologia vai permitir mudar, nos próximos 12 meses, como o seu negócio cria valor.

Além disso, 65% dos líderes empresariais prevê que a GenAI melhore a eficiência das suas empresas, revela o “CEO Survey” deste ano, um inquérito realizado pela PwC que contou com a participação de 80 CEO em Portugal e que será apresentado esta sexta-feira em Lisboa por António Brochado Correia, presidente da PwC, numa iniciativa conjunta da PwC e do ECO.

“Em Portugal, a adoção desta tecnologia [GenAI] é ainda residual — 49% dos respondentes indica não a ter ainda integrado no seu negócio, e apenas 28% alteraram a sua estratégia tecnológica”, refere o “CEO Survey” deste ano. Ainda assim, quase 70% dos líderes nacionais acredita que a GenAI irá permitir mudar como a tecnologia cria valor nas suas operações, revela a 27.ª edição do “CEO Survey”.

No evento, que terá lugar no no Palácio Sottomayor, em Lisboa, estarão figuras Pedro Reis, ministro da Economia, Isabel Vaz, CEO do Grupo Luz Saúde, José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, e Pedro Leitão, CEO do Banco Montepio.

Em Portugal, a adoção desta tecnologia [GenAI] é ainda residual — 49% dos líderes empresariais inquiridos para o “CEO Survey” indica não a ter ainda integrado no seu negócio, e apenas 28% alteraram a sua estratégia tecnológica.

CEO Survey 2024

A PwC realça que a GenAI “está agora a aproximar-se de um ponto crítico, em que exerce uma significativa influência na transformação de modelos de negócios, na redefinição de processos de trabalho e na reformulação do modo de operação das indústrias”, tendo dedicado uma parte do relatório deste ano a este tema.

“Os CEO que responderam ao nosso inquérito parecem acreditar tanto na rápida adoção da GenAI como no seu potencial disruptivo”, lê-se no documento. No caso dos CEO portugueses, a perspetiva de 80% dos empresários que responderam ao questionário é de que a GenAI irá implicar o desenvolvimento de novas competências junto da sua força de trabalho nos próximos três anos.

“Olhando para as consequências operacionais resultantes da adoção da GenAI, 65% dos líderes inquiridos em Portugal está confiante que esta tecnologia irá proporcionar o aumento da sua eficiência, bem como a dos seus colaboradores”, aponta o “CEO Survey” de 2024.

Quando questionados sobre o impacto na rentabilidade do seu negócio, menos de metade acredita que esta tecnologia irá proporcionar um aumento das receitas e dos níveis de rentabilidade das suas operações.

Desafios no mercado de trabalho e na segurança

O relatório refere ainda que, em termos sociais, há uma grande incerteza quanto ao impacto da GenAI nas empresas, mas perto de metade dos CEO portugueses diz que vai continuar a contratar nos próximos 12 meses. “Ainda que a maioria dos CEO portugueses considere manter a sua força de trabalho inalterada (64%), e 15% pondere aumentá-la, quase a mesma percentagem diz acreditar que se verificará uma redução do número de colaboradores igual ou superior a 5%”, aponta o estudo.

Sem considerar a aposta na GenAI, “49% dos CEO nacionais diz planear aumentar a sua força de trabalho, sem qualquer tipo de influência no decorrer dos próximos 12 meses, uma percentagem relativamente superior ao global”.

O “CEO Survey” deste ano realça a importância dos líderes empresariais envolverem as suas equipas quando se trata da gestão da GenAI. “Ser transparente, orientado por propósitos e confiável em relação aos planos e decisões relacionados à GenAI pode ajudar os funcionários que estão mais receosos a sentirem-se mais confortáveis em experimentar — e inovar — com esta tecnologia”.

“Em última análise, os CEO devem aceitar esta questão como uma nova característica do seu papel: compreender, explicar e gerir as tensões inevitáveis entre as perdas de empregos a curto prazo e o potencial de criação de empregos a longo prazo devido à GenAI”, aponta o relatório.

“53% dos CEO nacionais acreditam, também, que a GenAI poderá acentuar o preconceito em relação a grupos específicos de colaboradores ou clientes”, revela o “CEO Survey” deste ano.

Ainda assim, a PwC nota que “as empresas líderes estão, assim, a integrar a IA Generativa com as suas estratégias tecnológicas e digitais, capacitando a sua força de trabalho e incentivando à sua utilização experimental em toda a empresa de forma a identificar casos de uso viáveis”.

“Ao recorrer a produtos digitais com base em Inteligência Artificial (incluindo modelos de serviço), as empresas terão que explorar várias oportunidades para otimizar a forma como criam valor, tanto para os seus clientes como para os restantes stakeholders“, lê-se no relatório.

Apesar de todas estas valências perspetivadas para o uso da inteligência artificial, há uma preocupação que sobressai entre os líderes das empresas: a cibersegurança. A principal preocupação referida pelos líderes portugueses é a cibersegurança — e mais de metade concorda que esta poderá aumentar a propagação de desinformação e trazer riscos legais e reputacionais para as suas empresas”, conclui o “CEO Survey” deste ano.

O estudo mostra ainda que “53% dos CEO nacionais acreditam, também, que a GenAI poderá acentuar o preconceito em relação a grupos específicos de colaboradores ou clientes“.

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Nos aposta no recrutamento inclusivo. Está à procura de trabalhadores autistas

Nos junta-se ao programa de neurodiversidade e está a recrutar pessoas com perturbações do espetro do autismo. Já está a preparar adaptação dos "processos e formas de trabalho" a novos trabalhadores.

Pela primeira vez, a Nos está a recrutar especificamente trabalhadores neurodiversos, isto é, profissionais com perturbações do espetro de autismo. Em declarações exclusivas ao ECO, a diretora de pessoas da empresa de telecomunicações, Isabel Borgas, reconhece que ainda existem barreiras no recrutamento tradicional, acreditando que este programa direcionado vai ajudar a superar essas dificuldades.

“Já recrutámos pessoas neurodiversas, mas esta será a primeira vez que as ‘targetizamos’, através de um processo de recrutamento e acompanhamento posterior específico. Com este programa pretendemos superar as barreiras que frequentemente existem num recrutamento tradicional, mesmo que muitas das vezes de forma inconsciente”, sublinha a responsável.

Este recrutamento de trabalhadores autistas está a ser dinamizado no âmbito do programa de neurodiversidade, que já vinha sendo promovido (esta será a quarta edição) pela tecnológica Critical Software, pela Critical Techworks e pela Specialisterne, nas quais também há vagas à disposição, neste momento.

As candidaturas, que devem ser feitas online, estão abertas até 19 de julho, sendo que há vagas nas áreas de teste e desenvolvimento de software, não só em Lisboa e no Porto, mas também em Coimbra, Vila Real, Tomar e Viseu.

Questionada pelo ECO, Isabel Borgas não revela para já quantos lugares estão disponíveis — “uma vez que é a primeira edição, ainda não temos fechado o número final de pessoas que vamos recrutar”, sinaliza –, mas adianta que está confiante que este será “um passo crucial para normalizar o recrutamento inclusivo, abrindo as portas não apenas aos indivíduos neurodivergentes, mas também a outros talentos, que possam enriquecer as nossas equipas, independentemente da sua condição”.

Considerados altamente produtivos e hiperfocados, segundo o neurocientista Miguel Castelo-Branco, os profissionais neurodiversos exigem, contudo, que sejam feitas certas adaptações às dinâmicas de trabalho.

Ao ECO, a diretora de pessoas da Nos adianta que já estão a ser organizadas “ações de consciencialização, sensibilização e formação às equipas, que visam dar resposta aos desafios e receios associados ao recrutamento e integração de pessoas com estas características, bem como de adaptação de processos e formas de trabalho, que permitam uma boa integração dos candidatos nas nossas equipas”.

“Esta preparação é essencial para o sucesso, não só desta iniciativa, mas também do nosso caminho para o futuro. Temos de pensar que não se trata apenas de preparar o acolhimento destas pessoas, mas de garantir as condições necessárias para desenvolverem, na Nos, uma carreira o mais bem-sucedida possível“, observa Isabel Borgas.

E ainda que este seja o primeiro ano em que a Nos dinamiza este tipo de recrutamento, a responsável indica que o objetivo é tomar esta experiência como uma referência para os próximos anos. Não se compromete, assim, com uma próxima edição do programa de neurodiversidade, mas garante que a empresa está apostada na inclusão.

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NAV implementa novo sistema em Lisboa que pode reduzir atrasos nos voos

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

Sistema Point Merge custou perto de dois milhões de euros e vai permitir uma gestão mais eficiente do tráfego, poupanças de combustível e a redução de emissões poluentes e do ruído.

O novo sistema da NAV de reorganização do tráfego aéreo em Lisboa, Point Merge, que pode reduzir atrasos, entra em vigor em 16 de maio, após negociações com a Força Aérea e um investimento de dois milhões de euros.

À meia-noite (Tempo Universal Coordenado) de dia 16 de maio, o controlo do espaço aéreo de Lisboa, que inclui Cascais e as bases militares do Montijo, Sintra e Alverca, passa a ser feito com uma nova ferramenta — o Sistema Point Merge –, um investimento que ascende a perto de dois milhões de euros e que vai permitir uma gestão mais eficiente do tráfego, poupanças de combustível, redução de emissões poluentes e do ruído, segundo explicaram o presidente do Conselho de Administração da NAV Portugal, Pedro Ângelo, e o diretor de Procedimentos Aeronáuticos, Rui Marçal, num encontro com jornalistas.

Devido ao aumento de tráfego e face às crescentes exigências ambientais, a NAV iniciou em 2016 a maior reestruturação do espaço aéreo que alguma vez tinha feito e, mais tarde, numa Resolução do Conselho de Ministros (RCM) de junho de 2019, foi mandatada pelo governo liderado por António Costa a celebrar uma Carta de Operação com a Força Aérea, para a cedência de espaço aéreo de Sintra, por forma a viabilizar a operacionalização do Point Merge a partir de 23 de abril de 2020.

Contudo, explicaram os responsáveis, a pandemia de Covid-19 alterou os prazos previstos e só agora estão reunidas as condições para a implementação do novo sistema (PMS, na sigla inglesa), após quase cinco anos de negociações com a Força Aérea para cedência de espaço aéreo militar para a aviação civil, sobretudo em Sintra mas também em Monte Real, no concelho de Leiria.

O PMS é um sistema de sequenciação para aproximação a aeroportos, em que, em caso de acumulação de tráfego, os aviões em espera pela sua vez de aterrar são alinhados em dois arcos e encaminhados para uma sequência de aterragem a partir desses arcos, a uma velocidade constante.

Já no modelo utilizado até agora, os aviões têm de fazer esperas circulares em torno do mesmo ponto e, quando têm autorização para aterrar, passa-se a um procedimento de descida por patamares, exigente do ponto de vista de comunicação entre o controlo de tráfego aéreo e os pilotos.

Substituindo as esperas circulares por esperas lineares a maior altitude, permite-se uma gestão mais eficiente, organizada e segura do tráfego aéreo, contribuindo para maiores poupanças de combustível, uma redução de emissões poluentes e do impacto do ruído nas populações.

Adicionalmente, com a cedência de espaço aéreo militar de Sintra, que inclusivamente incluiu a transferência da escola de pilotagem para Beja, passa a ser possível descolar para Oeste (Açores, ou EUA), até agora impossível, permitindo às companhias aéreas poupar tempo de viagem e combustível.

Segundo a RCM de 2019, a Força Aérea foi autorizada a realizar despesa com a aquisição dos bens e serviços associados às transferências necessárias até ao montante máximo de 18,8 milhões de euros, mais IVA.

Embora esperem que o novo sistema contribua para a redução dos atrasos no aeroporto de Lisboa, os responsáveis da NAV realçaram que isso não depende apenas do espaço aéreo, mas sobretudo da infraestrutura, salientando que, em 2023, o contributo do controlo de tráfego aéreo para os atrasos nos voos foi de 10%.

O PMS foi apenas testado para Lisboa e esteve a ser trabalhado numa altura em que se perspetivava uma solução aeroportuária dual com Portela + Montijo, para se aumentar gradualmente a capacidade do sistema aeroportuário de Lisboa de 44 para 72 movimentos por hora (46 em Lisboa, dois em Cascais e 24 no Montijo).

A localização Montijo foi, entretanto, considerada inviável pela Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pela avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, que recomendou uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas, mas apontou que Humberto Delgado + Santarém “pode ser uma solução” provisória.

Ainda antes de ser primeiro-ministro, o líder social-democrata, Luís Montenegro, tinha garantido que a decisão sobre o novo aeroporto seria tomada “nos primeiros dias” do seu Governo.

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Economia torna empresas europeias menos otimistas em relação à China

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

Inquérito revela que percentagem de empresas que consideram expandir as operações no gigante asiático este ano caiu para 42%, o valor mais baixo de sempre, por receios com abrandamento económico.

O abrandamento económico está a pesar nos planos de negócio e investimento das empresas europeias na China, numa altura em que o país tenta atrair investimento estrangeiro. De acordo com um inquérito divulgado esta sexta-feira, feito pela Câmara de Comércio Europeia na China a mais de 500 empresas, o abrandamento da economia é agora a principal preocupação.

A China continua a ocupar uma posição de destaque como destino de investimento, mas a percentagem de empresas que consideram expandir as operações no país este ano caiu para 42%, o valor mais baixo de sempre. “As perspetivas de negócio são as mais pessimistas de sempre, com as expectativas de crescimento e rentabilidade das empresas a sofrerem um golpe e as preocupações com a concorrência a intensificarem-se”, afirmou a Câmara, no inquérito, sobre a confiança das empresas.

As preocupações económicas juntam-se às queixas de longa data sobre regulações e práticas que as empresas veem como favorecimento dos concorrentes chineses ou não são claras, criando incerteza para as empresas e os funcionários.

Esses problemas mais antigos são agora agravados pelo enfraquecimento da economia, corroendo a confiança das empresas, disse o presidente da Câmara de Comércio Europeia, Jens Eskelund. “As empresas começam a aperceber-se de que algumas das pressões a que temos assistido no mercado local, quer se trate da concorrência ou de baixa procura, estão a assumir uma natureza talvez mais permanente“, disse, em conferência de imprensa, assinalando que isso “está a começar a ter impacto nas decisões de investimento e na forma como se pensa no desenvolvimento do mercado local”.

O Governo chinês está a lançar programas para estimular o consumo, mas a confiança continua baixa devido a um mercado de trabalho débil. Nos primeiros três meses do ano, o crescimento económico foi mais rápido do que o esperado, com um ritmo anual de 5,3%, mas grande parte do crescimento do produto interno bruto (PIB) resultou das despesas do Executivo em infraestruturas e do investimento em fábricas e equipamento.

O investimento maciço em indústrias como a dos painéis de energia solar e a dos automóveis elétricos criou uma intensa concorrência de preços, reduzindo os lucros.

Mais de um terço dos inquiridos afirmou ter observado um excesso de capacidade no seu setor. Para 15% das empresas, as operações na China terminaram 2023 no vermelho. As empresas estrangeiras precisam de crescimento na procura doméstica, não na capacidade de produção, observou Eskelund.

“O que é importante para as empresas estrangeiras não é necessariamente um tipo de número do PIB — 5,3%, qualquer que seja –, mas a composição do PIB”, frisou.

Cerca de 40% das empresas afirmaram ter transferido ou estar a considerar transferir futuros investimentos para fora da China.

O Sudeste Asiático e a Europa são os maiores beneficiários, seguidos da Índia e da América do Norte. Cerca de 60% das empresas afirmaram que vão manter os planos de investimento na China, mas este valor foi inferior ao do ano passado.

“O fascínio da China como um dos principais destinos de investimento está a desvanecer-se”, lê-se no relatório do grupo empresarial sobre o inquérito. “Sem melhorias significativas no ambiente empresarial, as empresas vão continuar a procurar oportunidades noutros mercados que consideram oferecer mais fiabilidade, previsibilidade e transparência”, acrescentou.

Cerca de um terço das empresas estavam otimistas quanto ao crescimento dos negócios este ano, perante mais da metade em 2023, e apenas 15% estavam otimistas quanto ao crescimento dos lucros.

Mais de metade espera cortar custos na China este ano, incluindo 26% que planeiam reduzir o tamanho das equipas, o que, referiu o relatório, “aumentará ainda mais a pressão sobre um mercado de trabalho já tenso”.

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EDP reduz investimento. Prevê 17 mil milhões até 2026

A elétrica coloca como objetivo para o horizonte entre 2024 e 2026 um investimento bruto de 17 mil milhões de euros. 

A EDP anunciou esta sexta-feira uma “desaceleração do investimento” até 2026, colocando como objetivo para o horizonte entre 2024 e 2026 um investimento bruto de 17 mil milhões de euros.

As novas metas constam de uma apresentação partilhada com os analistas, numa chamada a propósito da apresentação de resultados. A EDP prestou contas aos investidores esta quinta-feira, divulgando uma subida de 17% para 354 milhões de euros no lucro do primeiro trimestre do ano.

Como conclusão da apresentação, a EDP aponta uma “atualização do plano para 2024-2026”, que prevê uma “desaceleração do investimento, com 17 mil milhões de euros de investimento bruto“. A energética afirma que aplicará “critérios de investimento seletivos e disciplinados, priorizando o retorno sobre o volume”.

As condições de mercado, que mudaram ao longo dos últimos seis meses, levaram à atualização do plano, lê-se ainda na apresentação. A EDP aponta “preços da eletricidade mais baixos” e taxas de juro mais altas, em comparação com as estimativas que partilhou em 2023.

No que diz respeito aos preços da eletricidade em 2026, enquanto no final do primeiro trimestre de 2023 a estimativa da EDP apontava para 82 euros por megawatt-hora (MWh), de momento está nos 58 euros por MWh.

Em março de 2023, no Capital MarketsDay (CMD) da empresa, a EDP projetava um investimento bruto de 25 mil milhões de euros entre 2023 e 2026, em paralelo com adições brutas de capacidade de 4,5 gigawatts por ano.

Em 2023, de acordo com o relatório e contas do ano passado, a EDP fez um investimento bruto de 6,13 mil milhões de euros. Neste sentido, verifica-se uma redução de cerca de 2 mil milhões de euros, em termos de investimento acumulado, para o período de 2023 a 2026, em comparação com o projetado no plano estratégico. Um número confirmado pelo responsável pelas finanças da EDP, o CFO Rui Teixeira, durante a chamada.

O objetivo, de acordo com o plano apresentado no CMD, seria atingir um EBITDA de 5,7 mil milhões de euros em 2026, antecedido por 5,3 mil milhões em 2024, e receitas entre os 1,4 e 1,5 mil milhões também em 2026 (depois de subir para até 1,3 mil milhões em 2024).

No documento partilhado esta sexta-feira com os analistas, a perspetiva é a de chegar a 2026 com um EBITDA de até 5,1 mil milhões, e receitas até 1,3 mil milhões.

No que diz respeito à remuneração acionista, a empresa propôs-se em 2023 a distribuir um dividendo de pelo menos 20 cêntimos por ação no final do triénio, uma projeção que mantém. Isto corresponderia a um payout ratio de 60 a 70%, em vez dos 75 a 85% correspondentes a 2023, quando o dividendo era de 19 cêntimos.

Quanto à dívida, a EDP traçou como meta no CMD manter o rating de crédito BBB, meta na qual se mantém firme, e atingir um rácio de fundos gerados pela empresa sobre a dívida líquida (FFO/Net Debt) de 21%, logo em 2024, mantendo até 2026. Agora, reduz o objetivo deste rácio para 20%. As perspetivas para a dívida líquida caem agora para os 16 mil milhões de euros, em comparação com os 17 mil milhões do plano estratéico.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h15)

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Hoje nas notícias: Supremo, Novobanco e CSI

  • ECO
  • 10 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Nunca houve tantos candidatos à presidência do Supremo Tribunal de Justiça. Mais 24 mil idosos deverão beneficiar do complemento solidário após as mexidas aprovadas na quinta-feira pelo Governo. Estas são algumas das notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Há um número recorde de candidatos à presidência do Supremo

Nunca houve tantos candidatos à presidência do Supremo Tribunal de Justiça. Cinco juízes conselheiros manifestaram disponibilidade para ascenderem ao topo da instituição, em substituição de Henrique Araújo, que sai por limite de idade no início de junho. Três dos candidatos — Cura Mariano, José Lameira e Nuno Gonçalves — têm 67 anos, pelo que, se um deles for o eleito, não cumprirá a totalidade do mandato, pois será obrigado a jubilar-se aos 70. As outras candidaturas são de mulheres, designadamente Graça Amaral e Leonor Furtado, que são as únicas que podem cumprir a totalidade do mandato. Em caso de vitória, será a primeira vez que uma mulher ocupa esta função.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

FdR e Estado podem receber 163 milhões de dividendos num acordo com Novobanco

A Lone Star e o Fundo de Resolução estão a negociar o fim do Acordo de Capitalização Contingente antes de 2025. O argumento mais forte usado pelo maior acionista do Novobanco são os dividendos que o Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e das Finanças receberiam e, segundo as contas do Jornal Económico, o atual rácio de capital permitiria distribuir 50% dos lucros de 2022 e 50% dos lucros de 2023. Isto significa que o Fundo de Resolução ganharia 85 milhões de euros em dividendos do banco e o Estado receberia 78 milhões, calcula o jornal.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Alterações no complemento solidário para idosos beneficiam mais 24 mil pessoas

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estima que o universo de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos, que atualmente é de cerca de 140 mil pessoas, aumente em 24 mil pessoas a partir de junho em resultado das medidas aprovadas esta quinta-feira pelo Governo. Enquanto mais 22.500 idosos vão passar a receber a prestação social na sequência do aumento de 50 euros por mês, a eliminação do rendimento dos filhos como fator de exclusão para a sua atribuição deverá abranger outros 1.500 idosos.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Governo diz que Portugal pode ser suspenso do Espaço Schengen

O Governo considera que Portugal corre o risco de ser suspenso do Espaço Schengen devido a um atraso na instalação dos equipamentos necessários para a entrada em vigor dos novos sistemas de controlo de fronteiras na União Europeia. Os testes e a validação dos equipamentos em causa têm de ocorrer até julho — data em que os Estados-membros têm de fazer uma declaração de prontidão –, mas os procedimentos ainda não estão concluídos. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, realça o “enorme problema” para o turismo português que uma suspensão pode trazer, responsabilizando o anterior executivo pelo atraso.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Novo Governo suspende até 2025 lei que trava vendas de imóveis

O Governo aprovou na quinta-feira uma alteração à lei do cadastro predial que suspende até janeiro do próximo ano duas normas cuja aplicação está dependente da criação e entrada em funcionamento de uma plataforma informática que ainda não existe. A lei em causa entrou em vigor em novembro de 2023 e lançou a confusão em sete concelhos do território nacional (Loulé, Oliveira do Hospital, Paredes, Penafiel, São Brás de Alportel, Seia e Tavira) onde, desde então, não é possível registar negócios jurídicos relacionados com imóveis.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Banco polaco do BCP lucra menos 50% no início do ano

Bank Millennium, que é detido em 50,01% pelo BCP, viu o resultado líquido afundar para o equivalente a 29,7 milhões de euros no período de janeiro a março.

O resultado líquido do Bank Millennium na Polónia, que é controlado pelo banco português BCP, registou uma queda de 50% no primeiro trimestre, em comparação com igual período do ano passado, totalizando 128 milhões de zlótis, o equivalente a 29,7 milhões de euros. A notícia chegou esta sexta-feira através de um comunicado remetido à CMVM pelo BCP.

“Os resultados do Bank Millennium no primeiro trimestre de 2024 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços que totalizaram 824 milhões de zlótis antes de impostos (190,9 milhões de euros)”, refere a nota.

No trimestre, a margem financeira do banco cresceu 7% em termos homólogos. O número de clientes particulares ativos subiu 122 mil e superou os três milhões, com os depósitos a aumentarem 16%. Os empréstimos a este segmento mantiveram-se estáveis.

Do lado dos clientes empresariais, notou-se uma queda de 6% no crédito a empresas, embora os depósitos neste segmento tenham aumentado 4% no período. O banco notou ainda uma redução de 11% no volume de negócio de factoring e de 4% no leasing.

Ao nível das comissões, a receita líquida decresceu 1%. Os proveitos core somaram 6% no trimestre em comparação com janeiro a março do ano passado. O rácio de loans-to-deposits fixou-se nos 65,3%.

O BCP nota ainda que os custos do Bank Millennium, que detém em 50,01%, aumentaram 15% no trimestre. Mas fala também num “aumento expressivo dos rácios de capital, que se fixaram em 18% no que respeita ao Rácio de Capital Total (TCR) e em 14,9% no que respeita a rácio T1”.

Na terça-feira, o Bank Millennium anunciou que o prolongamento das moratórias no crédito à habitação na Polónia deverá ter um impacto negativo até 247 milhões de zlótis (57,2 milhões de euros) nos seus resultados.

O governo polaco prorrogou as moratórias de crédito para mutuários de créditos hipotecários denominado em zlótis por mais quatro meses. Este programa já esteve em vigor em 2022 e 2023 e destina-se a ajudar famílias em situação de debilidade financeira. Contudo, estes apoios deverão penalizar as contas do Bank Millennium.

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Fluidra fecha a semana com uma subida acumulada de 13% e atinge o seu nível mais elevado desde 2022, após a apresentação de resultados

  • Servimedia
  • 10 Maio 2024

A Fluidra tornou-se um dos principais protagonistas da semana bolsista, com uma subida de 6% e uma revalorização acumulada de 13% na semana em que apresentou as contas do primeiro trimestre.

Estes ganhos levaram a empresa ao seu nível mais elevado dos últimos dois anos, na casa dos 23 euros por ação.

A empresa de equipamentos e soluções conectadas no setor da piscina e do bem-estar atingiu vendas de 527 milhões de euros e um EBITDA de 118 milhões de euros no primeiro trimestre do ano e reconfirmou as suas orientações para o ano de 2024. Estes resultados estão em linha com as expectativas e foram recebidos de forma positiva por analistas e investidores.

Neste sentido, a Alantra e a JP Morgan subiram a sua recomendação sobre a empresa de neutral para buy, na sequência da apresentação das contas da Fluidra. “Melhorámos a nossa recomendação sobre a empresa porque acreditamos que é a melhor opção para apostar numa recuperação residencial entre as empresas europeias de bens de equipamento. É um ponto de entrada atrativo, com a correção dos inventários já ultrapassada e os sinais de uma dinâmica comercial positiva em abril, que nos dão uma visão mais clara do caminho para a recuperação”, explicou a empresa americana.

A Alantra baseia a sua visão positiva da Fluidra na “sua liderança num setor de crescimento secular, um negócio altamente rentável com capacidade para expandir as margens, espaço para crescer num mercado fragmentado e um sólido historial de fusões e aquisições”.

A Alantra é um dos analistas mais positivos em relação às ações da Fluidra, fixando o seu preço-alvo em 25,2 euros por ação, o que representa um potencial de valorização de cerca de 10% face ao nível atual.

Outra das entidades que aconselha a aquisição das suas ações é o Barclays, que mantém a sua recomendação de compra devido à “melhoria sequencial do negócio apoiada pela recuperação do gasto em construção residencial e pela normalização da indústria, além da capacidade de expandir as margens graças ao poder de fixação de preços e à poupança de custos”.

Das 17 entidades que seguem a empresa, sete aconselham a compra das suas ações, seis mantêm-nas em carteira e apenas quatro as vendem.

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As reformas regulamentares vão ao encontro do consenso do sector imobiliário, que apela a uma maior planificação para impulsionar o investimento na habitação

  • Servimedia
  • 10 Maio 2024

Estas foram algumas das principais conclusões da terceira edição das Land Talks, uma conferência organizada pela Serviland e pela Asprima sobre o mercado fundiário e a gestão urbana.

Conseguir uma mudança de paradigma no setor com todas as reformas normativas que estão a ser promovidas pela administração territorial e nacional foi um dos pontos de maior convergência entre os representantes da administração pública e os profissionais do setor imobiliário e da promoção do país durante a terceira edição das Land Talks, um encontro organizado pela Serviland e pela Asprima, ao qual assistiram mais de 200 pessoas.

Neste quadro de diálogo entre profissionais dos setores público e privado, Borja Goday, CEO da Servihabitat e presidente da Serviland, defendeu um sistema flexível, capaz de responder às diferenças e às necessidades territoriais e adaptado a uma necessária parceria público-privada.

Carolina Roca, presidente da Asprima, sublinhou que “é essencial que todos os novos regulamentos avancem” e destacou a evolução da plataforma LandCAM, que “monitoriza os desenvolvimentos urbanos da CAM e permite prever os terrenos que vão ser carregados anualmente”.

PLANEAMENTO E RESPONSABILIDADE

Ernesto Tarazona, CEO da Serviland, presidiu à mesa redonda com os representantes máximos dos principais promotores do país, que concordaram em estar otimistas quanto ao bom andamento do setor e à evolução dos últimos anos para que deixe de ser visto como um setor especulativo e seja entendido como um vetor essencial para o país em termos de acessibilidade à habitação. David Martínez, CEO da AEDAS Homes, salientou que “temos um setor sólido, solvente e fiável, pelo que devemos crescer mantendo a disciplina, o rigor e a responsabilidade para continuar a atrair capital”.

Alberto Prieto Ruiz, Diretor Geral da Coral Homes, “é imperativo simplificar e poder prever prazos e procedimentos para atrair investimento” e foi categórico ao afirmar que “precisamos de um negócio modelável e de segurança jurídica a longo prazo”. Borja Garcia-Egotxeaga, CEO da Neinor Homes, alertou para o facto de o planeamento não estar a ser feito com vista ao futuro, pelo que “planear e medir” são dois conceitos-chave para enfrentar os próximos anos e continuar a trabalhar em soluções.

Apesar do amplo consenso sobre as inovações que estão a ser introduzidas pelas reformas regulamentares no domínio fundiário, reconhecem que “ainda há muito espaço para melhorar a partir do qual se pode continuar a trabalhar e avançar para a industrialização”, como expressou a presidente da ASPRIMA, Carolina Roca.

DIREITO FUNDIÁRIO

María Teresa Verdú, diretora-geral da Agenda Urbana e Arquitetura do Ministério da Habitação e da Agenda Urbana do Governo espanhol, reconheceu durante a sua intervenção que o atual sistema de planeamento e ordenamento se tornou demasiado rígido e complexo, aspetos que o novo regulamento pretende modificar. Entre as medidas enumeradas, destacou que “pretendemos definir o regime jurídico para distinguir entre nulidade e anulação por vícios processuais”, um ponto que aceleraria os processos de desenvolvimento e que são uma exigência constante do setor.

Já o sócio de Urbanismo e Ambiente da Pérez-Llorca, Alberto Ibort, sublinhou na sua intervenção que “a atual efervescência regulatória vai provocar alterações relevantes no setor” e, para ele, é fundamental manter o caminho da colaboração público-privada, bem como dotar o setor de segurança jurídica.

ADMINISTRAÇÃO

Durante o evento, as perspetivas de outros territórios também foram colocadas em cima da mesa para conhecer as diferentes abordagens de planeamento urbano no país. Ramón Cubián, Diretor Geral do Território do Ministério Regional do Ambiente, Agricultura e Interior da Comunidade de Madrid, explicou o trabalho que está a ser realizado na região de Madrid e antecipou que dentro de “um ano e meio ou dois haverá uma nova lei do território para a Comunidade de Madrid”. Por seu lado, Agustín Fernández, Diretor-Geral da VISOCAN, explicou que, no caso das Ilhas Canárias, as obras paradas são uma das alavancas fundamentais a ativar para promover um desenvolvimento habitacional mais sustentável e, ao mesmo tempo, mais eficaz em termos de rapidez.

A visão da situação andaluza foi dada por Violeta Aragón, secretária-geral da Associação Provincial de Construtores e Promotores da Província de Málaga, que explicou que a comunidade foi pioneira nas alterações regulamentares com a aprovação da LISTA. Aragón também defendeu o bom entendimento entre as comunidades.

Nesta terceira edição do evento, o “Prémio pela contribuição para o desenvolvimento do planeamento urbano em Espanha” foi entregue a José Mª Ezquiaga, Doutor em Arquitetura e sócio fundador da Ezquiaga Arquitetura Sociedad y Territorio SL.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 10 de maio

  • ECO
  • 10 Maio 2024

Ao longo desta sexta-feira, 10 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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